09/03/2017
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GESEL na mídia: parece cedo para comemorar uma retomada mais consistente da economia

O consumo de energia tem demonstrado indícios de recuperação neste início de 2017, principalmente na indústria e nos consumidores do mercado livre. A demanda no segmento residencial, porém, deve levar um tempo maior para se concretizar. Enquanto ainda é cedo para falar de retomada de crescimento na demanda – principalmente no mercado cativo, das distribuidoras -, dados publicados recentemente pela EPE e pela CCEE indicam pelo menos um indício de recuperação da atividade econômica e no consumo de energia. O consumo de energia pela indústria cresceu 4,4% em janeiro na comparação anual segundo a EPE. A maior alta foi no segmento têxtil, de 20,4%, seguido pelo setor automotivo, com 15,1%, e pelo de borracha e material plástico, de 8,1%. “O resultado do consumo industrial de eletricidade talvez aponte uma possível transição gradual de estabilização da economia, embora sinais mais consistentes precisem ser observados para se afirmar isso”, diz o documento da EPE. No acumulado em 12 meses, porém, o desempenho do consumo de energia na indústria continua ruim, com queda de 1,7%. Para Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, os números da EPE precisam ser vistos com cautela, devido ao número maior de dias úteis em janeiro de 2017 (22) em relação a janeiro do ano passado (20). “Com isso, parece cedo para comemorar uma retomada mais consistente da economia. O que está se verificando no momento, em termos de atividade econômica é o aumento da produção em setores bem localizados e ainda sem previsão de uma retomada imediata de um crescimento mais consistente”, disse Castro. (Valor Econômico – 09.03.2017)