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Usinas com potência equivalente a 11% da capacidade de oferta de energia elétrica do país estão com obras paralisadas ou não iniciadas. Esses projetos, que somam 14.000 MW de potência instalada, representam 35% da capacidade dos empreendimentos de geração licitados e que já deveriam ter entrado em operação ou deveriam fazê-lo nos próximos anos. A demora na expansão da capacidade de geração e transmissão de energia agrava a crise do setor. “Como nós trabalhamos no limite da geração, qualquer MW a mais ajudaria, e qualquer MW a menos prejudica”, diz Nivalde de Castro, coordenador do grupo de estudos do setor elétrico da UFRJ. A Aneel ressalta que nem todas as usinas dessa lista estão necessariamente atrasadas. Mas também há grandes projetos fora do prazo, como a hidrelétrica Belo Monte, que não estão na relação porque têm obras em andamento. O potencial de geração com o cronograma comprometido, portanto, pode ser maior do que os 11% da potência instalada brasileira, de 132.000 MW em outubro. Entre os projetos ainda não iniciados, como a hidrelétrica de Tijuco Alto com 144 MW. Casos como o de Tijuco Alto, com questões ambientais ou judiciais pendentes, devem deixar de adicionar quase 5.000 MW ao sistema até 2020, segundo a Aneel. No ano passado, a meta da Aneel para o aumento da potência instalada foi frustrada. Dos 10.000 MW previstos em janeiro de 2014, só 5.600 MW começaram a operar até 15 de outubro. Naquele mês, data do boletim mais recente, a previsão para o acumulado do ano era de 7.600 MW. Segundo a Aneel, a previsão não se confirmou devido a atrasos de unidades da hidrelétrica de Jirau. O consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável pelas obras, diz que o atraso foi provocado por “incêndios criminosos ocorridos entre 2011 e 2012” e que, desde novembro de 2014, não se encontra mais em atraso. Entre as fontes de energia, o maior atraso é das usinas eólicas, que têm 6.000 MW de potência instalada em atraso, 63% do total previsto. (Folha de São Paulo – 22.01.2015)
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