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IFE: nº 4.143 - 28 de julho de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Governo ainda vai avaliar venda de participações da Eletrobras em SPEs
2 Aneel divulga desempenho das distribuidoras de energia por município
3 Câmara discute proposta de desconto para cooperativas rurais na compra de energia
4 Proposta em tramitação na Câmara prevê energia solar em novos imóveis do Minha Casa Minha Vida
5 BNDES: desembolso para energia elétrica cai 56% no ano
6 Custo da energia elétrica para indústria nacional sobe 59,3% em três anos
7 Artigo de Fábio Alves: “Lanternas vermelhas”

Empresas
1 Eletrobras planeja recuperar distribuidora antes da venda
2 Wilson Ferreira Júnior: situação do país reduziu a oferta de crédito que viabilizava a entrada de muitas empresas do setor nas licitações
3 Wilson Ferreira Júnior: Eletrobras precisa recuperar sua credibilidade
4 GESEL: presidência de Wilson Ferreira nos conselhos de administração de todas as subsidiárias é uma mudança crucial
5 State Grid tenta concluir compra de linhas da Abengoa
6 Ampla tem prejuízo cinco vezes maior no primeiro semestre
7 Coelce tem lucro ligeiramente menor no primeiro semestre
8 WEG termina segundo trimestre de 2016 com lucro de R$ 255 mi

9 Lucro da Gamesa cresce 42% no semestre

10 Cteep emite R$ 148,2 milhões em debêntures

11 Programas de eficiência energética são pilares para desenvolver indústria carioca

12 CPFL destina R$ 12 milhões a projeto de gestão em educação e saúde

13 Ministro diz que Eletrobras vai gerir distribuidoras do Norte e Nordeste

Leilões
1 Governo pode realizar três leilões de LTs e dois de reserva em 2016
2 Brasil possui 2,6 GW solares contratados até 2015

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Meio Ambiente
1 Sem-teto invadem e desmatam área de 38 mil m² à beira da Billings em SP
2 Grupo Amsia tem projetos de carros elétricos

Energias Renováveis
1 Geração eólica cresce 53% entre janeiro e maio
2 Setor de energia eólica cresce e amplia busca por especialistas
3 Estado do Ceará conta com 118 escolas profissionalizantes no setor de energia eólica

4 Placas solares são instaladas em imóveis de Fernando de Noronha

Gás e Termelétricas
1 Governo prevê lançar minuta de política para setor de gás até setembro
2 MME coordena negociações entre distribuidoras de gás e Bolívia
3 Petrobras conclui venda de participação em subsidiária na Argentina
4 Obras da UTE Porto de Sergipe I começam até setembro
5 Petrobras estuda compartilhar terminais de regaseificação
6 Imetame Energia pode quadruplicar projeto termelétrico na Bahia

Grandes Consumidores
1 Lucro da Vale recua 43% no segundo tri devido à Samarco
2 Goldman eleva perspectiva de preços para minério de ferro

Economia Brasileira
1 Brasil fecha 91 mil vagas de trabalho em junho
2 Confiança no varejo sobe pelo terceiro mês seguido

3 IGP-M desacelera para 0,18% em julho
4 Arrecadação federal cai 7,14% em junho e soma R$ 98,129 bi
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia avança em El Bala e em seu objetivo de se tornar uma potência regional
2 Endesa paga 1.2 bi para sua matriz Enel por suas renováveis na Espanha

Biblioteca Virtual do SEE
1 ALVES, Fábio. “Lanternas vermelhas”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 28 de julho de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Governo ainda vai avaliar venda de participações da Eletrobras em SPEs

A decisão sobre venda de ativos da Eletrobras está definida até o momento apenas para as concessionárias de distribuição, afirmou o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr, em entrevista. Segundo o executivo, ainda será preciso analisar a situação das 179 Sociedades de Propósito Específico nas quais a empresa participa atualmente. O governo já anunciou a intenção de vender participações societárias da estatal em empreendimentos de geração e transmissão de energia. Das SPEs com participação da Eletrobras, 41 são transmissoras que apresentam resultado financeiro satisfatório. A empresa é sócia também em bons projetos hidrelétricos como Teles Pires, Santo Antônio e Jirau, todos com tarifa acima de R$ 100/MWh, mas há empreendimento na área de eólicas com problemas de execução. Para Ferreira Jr, a empresa tem que se voltar para sua vocação original que é geração e transmissão de energia, porque essas são atividades menos intensivas em mão de obra. Ele acredita que se a empresa conseguir alcançar padrões de qualidade e excelência, é possível fazer com que esses ativos possam ser solução para geração de caixa futuro. A estatal, acrescentou, já é a maior empresa de energia elétrica da América Latina. O executivo também destacou a importância da integração energética com os países vizinhos, como as interligações existentes com o Uruguai e a Argentina, e disse que é absolutamente natural que hajam outras interligações. Ele não descarta a retomada no futuro do processo de internacionalização da empresa. Disse que a decisão da Eletrobras de sair do projeto de construção de uma hidrelétrica na Nicarágua foi correto, mas completou que há projetos bem sucedidos no Peru e no Uruguai, onde a taxa de retorno é de 10,25% em dólar. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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2 Aneel divulga desempenho das distribuidoras de energia por município

Já está disponível no site da Aneel a consulta ao Painel de Desempenho das Distribuidoras de Energia Elétrica por município. A ferramenta interativa permite ao consumidor verificar como está a qualidade do fornecimento de energia elétrica em sua cidade. Os indicadores coletivos de qualidade DEC e FEC foram utilizados como referência na elaboração do Painel. Os indicadores são apurados pelas distribuidoras e enviados periodicamente para a Agência. Representam respectivamente o tempo e o número de vezes que uma unidade consumidora ficou sem energia elétrica. Foi disponibilizado ainda um FAQ para o esclarecimento das dúvidas mais comuns dos consumidores. Para ter acesso ao Painel de Desempenho das Distribuidoras de Energia Elétrica, clique aqui. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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3 Câmara discute proposta de desconto para cooperativas rurais na compra de energia

Está sendo analisada pela Câmara dos Deputados, a concessão de descontos para as cooperativas de eletrificação rural na compra de energia. Conforme o Projeto de Lei 4732/16, do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), caberá à Aneel conceder descontos de 60%, com base no custo de energia disponível para venda. Pelo texto, os descontos valerão até 31 de dezembro de 2030. Depois disso, serão reduzidos no percentual de 25% ao ano, até sua extinção. O deputado afirma que, historicamente, as comunidades rurais sempre tiveram serviços de infraestrutura de qualidade inferior às áreas urbanas. A proposta de Moreira pretende, na verdade, garantir a continuidade de um desconto cujo fim está previsto no Decreto 4.541/02. A redação do parágrafo, modificado em 2007, prevê a redução do desconto a cada ano e para cada permissionária, em 25% ao ano, até a sua extinção. Na avaliação do parlamentar, o decreto trará prejuízos para a atuação das cooperativas de eletrificação rural. O projeto de lei tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Outra proposta em análise na Câmara – o Projeto de Decreto Legislativo 319/16 – também busca garantir o desconto, mas a partir da suspensão do ato do Poder Executivo. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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4 Proposta em tramitação na Câmara prevê energia solar em novos imóveis do Minha Casa Minha Vida

Está em tramitação na Câmara dos Deputados a proposta que prevê que todos os novos imóveis do programa Minha Casa Minha Vida venham equipados com sistema de energia solar. Para o deputado João Fernando Coutinho (PSB-PE), autor do projeto, todos os imóveis que forem construídos pelo programa Minha Casa Minha Vida devem ser equipados com o sistema de energia solar, para ajudar ao meio ambiente e também como uma forma de maior economia para essas famílias. Outro projeto do deputado João Fernando Coutinho cria medidas que facilitam a aquisição de equipamentos de energia solar. O MME lançou, em dezembro de 2015, o Programa de Geração Distribuída de Energia Elétrica. O objetivo é estimular a geração de energia pelo próprio consumidor residencial, comercial, industrial e rural, com base em fontes renováveis, em especial a fotovoltaica. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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5 BNDES: desembolso para energia elétrica cai 56% no ano

Os desembolsos do BNDES para o segmento de energia elétrica somaram R$ 4,58 bilhões entre janeiro e junho deste ano, representando uma queda de 56% na comparação com igual período em 2015. As aprovações, porém, apresentaram crescimento de 21%, totalizando R$ 4,2 bilhões. As consultas somaram R$ 11,7 bi, queda de 22%. As consultas e aprovações são estágios que apontam o comportamento futuro dos desembolsos do BNDES. Por isso, é importante observá-los. No total, os desembolsos do BNDES acumularam R$ 40,1 bi no primeiro semestre deste ano, queda de 42% na comparação com 2015. A maior parte dos recursos foi para projetos do setor de infraestrutura, que receberam R$ 12,9 bi, ou 32,3% do total desembolsado. Em seguida, vieram os setores da Indústria, com R$ 11,8 bi (participação de 29,5%), Comércio e Serviços (R$ 8,7 bilhões) e Agropecuária (R$ 6,6 bilhões). De janeiro a junho último, as consultas por novos financiamentos, no total de R$ 56,4 bi, tiveram recuo de um por cento na comparação com igual período de 2015, em termos nominais, indicando desaceleração no ritmo de queda. Já as aprovações, que vinham apresentando declínios sucessivos, reagiram e registraram aumento de um por cento no acumulado do primeiro semestre do ano, atingindo R$ 43,9 bi, também a preços correntes. Segundo o BNDES, a tendência desses indicadores se tornará mais nítida nos próximos meses, quando já estarão refletindo as novas políticas operacionais do banco, atualmente em fase de revisão. Conforme já sinalizado pela nova diretoria do Banco, as novas políticas abrirão maior espaço para a complementação de financiamentos com mecanismos de mercado. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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6 Custo da energia elétrica para indústria nacional sobe 59,3% em três anos

Pesquisa sobre o custo da energia elétrica para a pequena e média indústria no Brasil, divulgada hoje (27) pela Firjan, revela aumento real de 59,3% no custo com energia para a indústria brasileira nos últimos três anos. O Rio de Janeiro é o estado com o custo médio mais alto do país. Ele alcança R$ 628,53 por MWh com tributos, “que é o valor final que a indústria chega a pagar com Imposto sobre ICMS, PIS e Cofins”, disse a analista de Estudos de Infraestrutura do Sistema Firjan, Ana Thereza Carvalho Costa. O custo da energia elétrica do Rio de Janeiro supera em 17,4% a média nacional de R$ 535,28 por MWh e é 27,7% mais alto do que em Minas Gerais e 29,6% maior do que em São Paulo, principais estados competidores. De acordo com a Firjan, isso faz com que a energia elétrica diminua a competitividade do setor produtivo fluminense. A pesquisa mostra que, de todos os tributos, o ICMS é o que pesa mais para o aumento do custo da energia na indústria do Rio de Janeiro. “Representa 29%, o maior do país”, informou Ana Thereza. Entre os fatores que influenciaram o aumento do custo de energia para a indústria no Brasil, a analista citou a questão hidrológica “bastante complicada” dos últimos anos, que levou ao acionamento de usinas termelétricas, mais caras que as hidrelétricas, e, em consequência, acionou a bandeira tarifária vermelha. “Foi basicamente esse acionamento das termelétricas que aumentou o custo“. A analista da Firjan destacou que, este ano, já se notou queda no custo da energia para a indústria nacional por causa do acionamento da bandeira tarifária verde, que não traz nenhum adicional ao custo da tarifa. Segundo Ana Thereza, houve melhoria das condições hidrológicas que permitiram o desligamento das termelétricas mais caras “e, assim, a gente desligou a bandeira tarifária vermelha”. Esse fato favoreceu o setor industrial nacional, porque a energia elétrica pode representar, no caso das indústrias eletrointensivas, até 40% dos custos de produção. (Agência Brasil – 27.07.2016)

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7 Artigo de Fábio Alves: “Lanternas vermelhas”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, o colunista de economia Fábio Alves trata da “invasão do setor elétrico brasileiro pela China”. O autor, depois de afirmar que diversos fatores devem atrair os chineses e outros investidores estrangeiros para empreendimentos já prontos ou em construção no setor elétrico, questiona: “quão saudável é ter um número elevado de ativos num setor tão estratégico como o elétrico nas mãos de um único país?”. Para Alves, “a desconfiança em relação ao avanço da China sobre um setor tão importante para a economia do País é natural, porém infundada até o momento. A realidade é que as sociedades mistas nacionais do setor elétrico – federais ou estaduais – são reconhecidamente ineficientes, muitas delas inchadas de funcionários, vulneráveis a interesses políticos, guiadas pelo corporativismo e pouco ágeis nas suas decisões.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (O Estado de São Paulo – 28.07.2016)

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Empresas

1 Eletrobras planeja recuperar distribuidora antes da venda

O novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, afirmou nesta quarta¬-feira que a venda das seis distribuidoras do grupo, cuja decisão foi tomada pelo conselho de administração na última sexta-¬feira, deve ocorrer entre o segundo e o quarto trimestres de 2017. Ele avalia que, no prazo de seis a 12 meses, a nova gestão terá condições de torná¬-las melhores, em condições de serem colocadas à venda. “Operando sem limitações de caixa, dentro do equilíbrio econômico financeiro, não tenho dúvida que melhorarão”, afirmou o executivo. Segundo Ferreira, a possibilidade de voltar a aplicar reajustes tarifários e contar com aportes de recursos do governo garantirá a recuperação. Para o novo presidente da Eletrobras, não haverá pressa em colocar os ativos de distribuição à venda sem que tenham o mínimo de atratividade ao setor privado. “Não precisamos ou não devemos vender [agora] porque seria por um valor simbólico”, afirmou durante entrevista à imprensa. Ferreira foi questionado sobre o interesse do governo de colocar à venda a participação da Eletrobras em projetos de transmissão e geração, distribuídos em mais de 170 sociedades de propósito específico (SPEs). “A decisão de vender ativos foi tomada até agora apenas para as seis distribuidoras”, disse. O novo presidente afirmou que seria preciso avaliar os casos de projetos que apresentam baixa taxa de retorno ou problemas de execução, o que poderia levá-¬los a integrar um novo portfólio de venda. Essa medida, segundo ele, ajudaria a solucionar parte do problema de geração de caixa. O executivo da Eletrobras ressaltou que, das 179 SPEs com participação da estatal, 41 são de transmissoras que estão proporcionando bons resultados financeiros ao grupo. Ele explicou que esses projetos têm um papel importante de recuperar a capacidade de caixa para além de uma necessidade imediata. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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2 Wilson Ferreira Júnior: situação do país reduziu a oferta de crédito que viabilizava a entrada de muitas empresas do setor nas licitações

Sobre a volta da Eletrobras aos leilões de energia, o novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, afirmou que a ausência da companhia não é explicada apenas pelo momento de dificuldade financeira da empresa. Ferreira disse que a situação do país reduziu a oferta de crédito que viabilizava a entrada de muitas empresas do setor nas licitações, por exigir menor aporte de capital próprio. Para ele, a venda "total ou parcial" das distribuidoras controladas pela Eletrobras será "benéfica para todos os nossos públicos e interesses". De acordo com o executivo, as restrições impostas pela Lei de Licitações e a estabilidade dos funcionários dificultam ganhos de competitividade em uma área fortemente regulada pela Aneel. "O órgão regulador estabelece ciclos de aumento de produtividade a cada quatro ou cinco anos", disse Ferreira em discurso de posse no MME. Segundo ele, há "desvantagens competitivas" que impedem as distribuidoras da estatal de serem eficientes. Na sexta¬-feira passada, a Eletrobras decidiu não renovar as concessões de suas seis empresas de distribuição. "Somos uma empresa pública, mas não devemos ser confundidos com órgão de governo", alertou Ferreira. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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3 Wilson Ferreira Júnior: Eletrobras precisa recuperar sua credibilidade

O novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, defendeu que a estatal precisa recuperar sua credibilidade no setor elétrico, inclusive no mercado internacional, citando os investidores da Bolsa de Nova York (Nyse), onde recentemente a empresa teve que responder ao órgão de controle americano por atraso na entrega de informações. Os recibos de ações (ADR) da estatal estão suspensos. O executivo acrescentou que a Eletrobras precisa resgatar a sustentabilidade financeira. “Somos a maior empresa do setor elétrico brasileiro e temos que ser a mais produtiva”, afirmou o executivo. Ferreira ressaltou que, nos últimos quatro anos, a companhia perdeu R$ 35 bilhões. No entendimento do Ferreira, a estatal precisa usar melhor sua “escala e tamanho” no setor para melhorar o seu desempenho. “Gerar e transmitir energia são o que fazemos de melhor”, disse, ao destacar duas áreas prioritárias. “Precisamos ser um grupo integrado e inteligente, não um conjunto de empresas com pouca capacidade articulação entre si”, afirmou Ferreira, que também salientou a necessidade de buscar mais transparência e combater práticas ilegais. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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4 GESEL: presidência de Wilson Ferreira nos conselhos de administração de todas as subsidiárias é uma mudança crucial

“Precisamos ser um grupo integrado e inteligente, não um conjunto de empresas com pouca capacidade articulação entre si”, afirmou o novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, que também salientou a necessidade de buscar mais transparência e combater práticas ilegais. Esta é exatamente a missão do novo presidente da Eletrobras, com controle sobre as atividades e decisões das subsidiárias, segundo avaliação Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ. “Ele [Ferreira Jr.] vai presidir os conselhos de administração de todas as subsidiárias. É uma mudança crucial", disse o coordenador do Gesel/UFRJ, professor Nivalde de Castro. Ferreira foi indicado para ocupar vaga no conselho de administração da Chesf, braço de operações da Eletrobras no Nordeste. Ele deve ser eleito em assembleia da empresa marcada para 11 de agosto. Castro reforçou que outra função importante do executivo será evitar a influência política nas subsidiárias da Eletrobras. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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5 State Grid tenta concluir compra de linhas da Abengoa

State Grid está finalizando os detalhes para fechar um acordo de aquisição de linhas de transmissão da Abengoa no Brasil. Apurou-se que um grupo de executivos da holding da State Grid, de Pequim, está no Brasil para tratar desse e de outros assuntos. A Abengoa tem sete linhas de transmissão em operação no Brasil. Em 2015, esses projetos tiveram receita total de R$ 592 mi, sendo que a fatia correspondente da companhia - que tem o controle de todos os ativos - somou R$ 329,3 mi. O lucro no ano passado foi de R$ 178,9 mi. Isso permitiu que os projetos pagassem pela primeira vez dividendos aos acionistas. Até então, todo o resultado positivo era destinado a abater parte dos prejuízos acumulados nos exercícios anteriores. A Abengoa, que está em recuperação judicial, vai receber R$ 13,8 mi em dividendos. Se por um lado, a Abengoa pode ter êxito na venda de ativos, por outro a companhia enfrenta dificuldades em alienar participações. (Valor Econômico – 28.07.2016)

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6 Ampla tem prejuízo cinco vezes maior no primeiro semestre

A Ampla teve prejuízo de R$ 126,7 mi no primeiro semestre, cinco vezes maior que as perdas registradas em igual período de 2015, de R$ 19,1 mi. Em igual comparação, houve redução de 10% nas receitas, que somaram R$ 3,6 bi. Por outro lado, o ebitda da empresa cresceu 7%, somando R$ 166 mi no semestre. “O resultado da companhia no período está sendo impactado pela desaceleração econômica do país e do Rio de Janeiro, que se reflete no aumento da inadimplência e furto de energia na área de concessão da Ampla”, avalia o country manager da Enel Brasil, controladora da distribuidora, Carlo Zorzoli. A companhia atribui o prejuízo principalmente ao aumento dos custos financeiros, impulsionados pela dívida maior, em razão dos investimentos necessários para melhorar a qualidade do serviço. De fato, a dívida líquida da companhia cresceu 25%, somando R$ 2,7 bi. O aumento, de acordo com a distribuidora, refere-se a empréstimos tanto com bancos quanto com o controlador direto Enel Brasil, para financiar plano de investimentos e capital de giro. Os investimentos aumentaram em 22%, somando R$ 379 mi no primeiro semestre, destinados principalmente à melhoria da rede de distribuição da Ampla, em esforço para atender às metas de qualidade definidas pela Aneel. (Agência Brasil Energia – 27.07.2016)

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7 Coelce tem lucro ligeiramente menor no primeiro semestre

A Coelce lucrou R$ 218,2 mi no primeiro semestre deste ano, uma queda 1% em relação a igual período de 2015. “Apesar da desaceleração econômica do país e conseqüente aumento da inadimplência, conseguimos manter o resultado da companhia praticamente estável no período”, avalia Carlo Zorzoli, presidente da Enel Brasil, controladora da distribuidora. Já a receita da companhia totalizou R$ 2,98 bi no período, queda de 3%, na mesma comparação. O Ebitda foi outro indicador com queda nas comparações semestrais: de R$ 405,3 mi, caiu para R$ 381,6 mi. De acordo com a companhia, houve o efeito do aumento da provisões de recursos para arcar com a inadimplência, “em função da cenário macroeconômico adverso do país”. Apesar disso, a distribuidora conseguiu chegar a uma dívida líquida 16% menor em relação à que somava em junho do ano passado. A divída líquida da companhia está em R$ 957 mi. O nível dos investimentos foi o indicador que mais mudou entre o primeiro semestre de 2015 e igual período deste ano, com uma alta de 30%. Ao todo, a Coelce investiu R$ 210 mi. O mercado consumidor da distribuidora aumentou 3,7%, totalizando 3,8 mi em julho de 2016. Foram adicionados cerca de 136 mil novos clientes no semestre. (Agência Brasil Energia – 27.07.2016)

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8 WEG termina segundo trimestre de 2016 com lucro de R$ 255 mi

A WEG terminou o segundo trimestre de 2016 com lucro líquido de R$ 255 mi. A fabricante de equipamentos teve um recuo de 2,3% no lucro na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre do ano, a queda chegou 9,7%. A receita líquida de vendas ficou em R$ 2,33 bi, caindo 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre do ano, a receita registrada ficou em R$ 2,41 bi, o que mostra recuo de 3,4%. Já o Ebitda no segundo trimestre de 2016 apresentou recuo de 7,4%, ficando em R$ 326 mi , que teve Ebitda de R$ 352,1 mi. No primeiro trimestre do ano, a WEG teve um Ebitda de R$ 342,2 mi, reduzindo em 4,7%. No semestre, o lucro líquido da WEG subiu 6%, chegando a R$ 537,3 mi. A receita líquida de vendas ficou em R$ 4,75 bi, aumentando em 6,1% na comparação com os mesmos seis meses de 2015. O Ebitda de R$ 668,2 mi apresentou queda de 4,6%. Os investimentos em expansão e modernização de capacidade produtiva totalizaram R$ 194,5 mi, sendo 76% destinados aos parques industriais no exterior e 24% às unidades produtivas no Brasil. De acordo com o presidente da empresa, Harry Shmelzer Junior, o ambiente de negócios continuou difícil no trimestre. Segundo ele, o foco da fabricante ficou nos ajustes operacionais para manutenção das margens e aumento da geração de caixa. Embora no exterior o ambiente também não seja favorável, a WEG continua ganhando participação de mercado. Em GTD, o desempenho em geração tem dependido do mercado eólico, em que a carteira de pedidos é mais longa. O aumento dos volumes fabricados trouxe ganhos de produtividade no processo fabril e na logística, melhorando a rentabilidade deste negócio. A empresa ressalta que nas outras fontes, a carteira não é longa, o que a deixa mais exposta a uma queda nos pedidos, devido ao excesso de oferta de energia no médio prazo. A WEG disse ainda que no último leilão A-5, ela conseguiu fechar contratos com quase todas as PCHs viabilizadas e com a única UHE, a de Santa Branca, da Lexis Energia. Em transmissão e distribuição, o ritmo de entrada de pedidos se mantém lento. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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9 Lucro da Gamesa cresce 42% no semestre

A fabricante de aerogeradores Gamesa aumentou em 42% o seu lucro no primeiro semestre de 2016, de € 138 mi. A empresa divulgou que terminou o período com recorde na receita, que chegou a € 2,19 bi, mostrando crescimento de 32,8%, e em vendas, que somaram 2,1 GW, 47,1% a mais que no período anterior. A performance foi além do que era esperado no início do ano, o que a permitiu atualizar o seu guidance para 2016. De acordo com a Gamesa, o crescimento nas receitas veio por conta de um forte aumento na fabricação e vendas de turbinas eólicas, que proporcionou receitas de €1,964 bilhões, um aumento de 47% no volume, o que fez com por onze trimestres seguidos o crescimento fique em dois dígitos. Ainda segundo a fabricante, a forte performance ficou evidente na entrada de pedidos, que aumentou 16% no segundo trimestre, ficando em 1.180 MW. A carteira de encomendas no fim de junho chegou a 3.228 MW, ultrapassando o limite para o ano inteiro, em torno de 3.800 MW e apoiar uma atualização para a meta para o ano, para cerca de 4 mil MW. Os modelos G114-2 MW de 2,5 MW foram responsáveis por 55% dos pedidos no semestre. Os serviços de operação e manutenção no período ficaram em linha com as projeções do plano de negócios da empresa para 2015-2017. No comunicado, a Gamesa lembrou o acordo celebrado com a alemã Siemens em junho para fusão de ativos eólios, que deve resultar em um player líder global. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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10 Cteep emite R$ 148,2 milhões em debêntures

O Conselho de Administração da Cteep aprovou a emissão de R$ 148,2 mi em debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária. Embora a reunião na qual a decisão foi tomada tenha acontecido em 29 de junho, a informação foi divulgada na Comissão de Valores Mobiliários nesta quarta-feira, 27 de julho. Como a operação tem data em 15 de julho, o vencimento das debêntures ocorrerá ao térmico do prazo de cinto anos, em 15 de julho de 2021. Segundo a companhia, os recursos arrecadados com a operação serão utilizados para investimento na Interligação Elétrica Garanhuns e Interligação Elétrica do Madeira. O IE Garanhuns é um empreendimento que compreende a implantação de quatro linhas de transmissão e uma subestação, passando pelos estados Pernambuco, Alagoas e Paraíba. O consórcio IE Madeira é responsável por um dos linhões de transmissão utilizados no escoamento da produção das hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, para a região Sudeste. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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11 Programas de eficiência energética são pilares para desenvolver indústria carioca

A implementação de programas de eficiência energética e de geração distribuída nas empresas é um dos pilares para o crescimento industrial do município do Rio de Janeiro apontou a Firjan, em novo estudo. O documento, chamado Mapa do Desenvolvimento, traz seis propostas em diversas áreas e mais de 30 sugestões de ações para até 2025, voltadas para a alavancagem socioeconômica das indústrias do Rio de Janeiro. Inseridos no fomento da sustentabilidade econômica, social e ambiental, os programas de eficiência deveriam ser intensificados, segundo a fundação, assim como a microgeração e adoção de novas tecnologias no setor, entre elas a smart grid. O mapa indica também maior aperfeiçoamento do planejamento do setor, com redução de atrasos de obras, para minimizar os impactos sobre oferta e custo de energia. "O planejamento do setor elétrico precisa estar integrado ao de gás natural, possibilitando que projetos âncora de geração de energia viabilizem o desenvolvimento desse mercado. E para ampliar a oferta de petróleo e gás, o marco regulatório precisa ser revisto”, ressaltou também a federação no documento. As ações vêm em conjunto com outra série de medidas, como a simplificação da estrutura de tributos. A instituição propôs a redução da alíquota do ICMS sobre a tarifa de energia elétrica do estado ao mesmo patamar dos principais estados industriais, o que seria viável a partir de aperfeiçoamento das políticas, ajustes e inclusive com a criação de um código nacional de ICMS, de modo a unificar a legislação para todos os estados. O documento foi elaborado com a participação de mais de mil empresários e traz alternativas também para os setores de infraestrutura, mercado de trabalho, gestão e políticas públicas. (Agência Brasil Energia – 27.07.2016)

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12 CPFL destina R$ 12 milhões a projeto de gestão em educação e saúde

Após um ano de negociações com o BNDES, a companhia de energia CPFL vai destinar R$ 12 mi em programas de gestão nas áreas da saúde e educação. As companhias que captam linha de crédito acima de R$ 100 mi do banco de fomento são obrigadas a investir entre 0,5% e 1% do financiamento em obras civis de projetos sociais. Em 2014, foram revertidos um total de R$ 232,6 mi nesse tipo de iniciativa. Segundo a CPFL, é a primeira vez que o BNDES permite reverter o recurso — conhecido como subcrédito social — para um projeto totalmente voltado à gestão, sem obras de infraestrutura. Na área da educação, a companhia de energia fechou uma parceria com a Geekie, empresa de tecnologia especializada em ensino a distância. Os alunos de escolas públicas de Araraquara e Botucatu, no interior de São Paulo, estão usando a plataforma tecnológica da Geekie para um aprendizado personalizado: o estudante realiza um teste que mostra em quais disciplinas tem mais dificuldades e aulas de reforço são focadas nesses pontos. O professor recebe um relatório do desempenho de seus alunos e pode, assim, redirecionar o aprendizado. O ensino personalizado é uma das principais apostas do setor de educação e já bastante difundido entre os grandes grupos de ensino superior como Kroton, Estácio, Anima e Ser Educacional. Todas elas usam o ensino adaptativo para nivelar o conhecimento dos calouros que muitas vezes chegam com deficiências acadêmicas. A Geekie é a plataforma contratada pelo MEC para os simulados do Enem. Na área da saúde, o subcrédito social da CPFL é usado em um sistema para agilizar o atendimento nos hospitais da rede pública de Campinas e Guarujá, ambos em São Paulo. Como já acontece em muitos hospitais da rede privada, esse sistema, desenvolvido pela empresa de tecnologia aplicada à saúde To Life, consiste em detectar no primeiro atendimento a gravidade do problema do paciente. Normalmente, esse diagnóstico inicial é definido de acordo com a cor de uma pulseira colocada no paciente. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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13 Ministro diz que Eletrobras vai gerir distribuidoras do Norte e Nordeste

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse em 27 de julho que a Eletrobras manterá a gestão, de forma “precária”, das distribuidoras de energia nos estados do Piauí, Alagoas, Rondônia, Roraima, Acre e Amazonas, mesmo após a decisão dos acionistas da estatal de não prorrogar essas concessões. De acordo com ele, a ideia é gerir a distribuição nessas localidades até a privatização das empresas, o que deve acontecer até o fim de 2017. As distribuidoras de energia da Eletrobras enfrentam prejuízos recorrentes, além de problemas em atender metas de qualidade dos serviços e de equilíbrio financeiro definidas pela Aneel. Segundo o ministro, dessa maneira a estatal poderá ter acesso a recursos de fundos setoriais e da União para fazer investimentos nas companhias, o que estava inviabilizado em razão do alto nível de endividamento das empresas. Ainda de acordo com Fernando Coelho Filho, até a privatização das empresas o fornecimento de energia naqueles estados não será “prejudicado”. “A nossa maior preocupação é que a população desses seis estados não tenha nenhum tipo de prejuízo no fornecimento de energia. Isso não vai acontecer. A gestão continuará sendo feita pela Eletrobras que já tem toda a memória, tem todo o conhecimento, e agora com uma particularidade, separando a questão da inadimplência das antigas distribuidoras", disse o ministro. "Isso vai possibilitar ela [Eletrobras] acessar alguns fundos e recursos para que a gente possa fazer os investimentos, até o final de 2017, necessários para tocar a operação de distribuição”, completou o ministro. (G1 – 27.07.2016)

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Leilões

1 Governo pode realizar três leilões de LTs e dois de reserva em 2016

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou nesta quarta-feira, 27 de julho, que o governo planeja realizar dois leiloes de transmissão ainda no segundo semestre, com possibilidade de um terceiro certame até o fim do ano. Está em estudo também um segundo leilão de energia de reserva em 2016, além do que já está previsto, revelou o ministro. A definição sobre os leilões de transmissão vai depender, segundo ele, da decisão da Aneel em relação à caducidade das concessões da Abengoa. Todos os projetos da empresa espanhola em implantação no Brasil tiveram suas obras paralisadas após a abertura do processo de recuperação judicial na Espanha. A Aneel ainda prefere uma solução de mercado, com a transferência dos empreendimentos para novos controladores. Mas o processo de revogação das outorgas já foi iniciado pela agencia reguladora. Coelho deu posse nesta quarta-feira ao novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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2 Brasil possui 2,6 GW solares contratados até 2015

O Brasil contabilizou contratação de 2,6 GW de capacidade instalada em leilões de geração até 2015, segundo dados do MME. A fonte teve contratação de 890 MW em 2014 e 1.763 MW em 2015. Nos dois anos, foram 94 projetos que fecharam negócio nas licitações centralizadas, de acordo com o ministério. Os dados fazem parte do boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2015”, publicado pelo ministério, segundo o qual, um grupo formado por China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália respondem por 68% do total mundial solar instalado. (Agência Brasil Energia – 27.07.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Norte recuaram 0,3% e operam com volume de 55,5%, de acordo com dados do ONS referentes ao último dia 26 de julho. A energia armazenada é de 8.347 MW/mês e a ENA é de 1.494 MWm, que equivale a 47% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está com 84,19% da sua capacidade. No Nordeste, a hidrologia ruim prossegue com mais um recuo de 0,1% no volume da região, que deixou os níveis em 24%. A energia armazenada chega a 12.422 MW/mês e a ENA é de 1.237 MWm, o mesmo que 32% da MLT. A usina de Sobradinho registra volume de 19,43%. No Sul, os níveis estão em 91,3%, resultado de uma expressiva queda de 0,7%. A energia armazenada é de 18.230 MW/mês e a ENA é de 7.541 MWm, que é o correspondente a 96% da MLT. A usina de Passo Real está com 85,42%. No SE/CO, os reservatórios estão com 52,3%, recuando 0,2% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 106.118 MW/mês e a ENA é de 20.776 MWm, que é o mesmo que 92% da MLT. A usina de Furnas está com volume de 74,61% da capacidade e a de Jurumirim, com 80,59%. (Agência CanalEnergia – 27.07.2016)

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Meio Ambiente

1 Sem-teto invadem e desmatam área de 38 mil m² à beira da Billings em SP

Um terreno de 38 mil metros quadrados em área de manancial nas margens da Represa Billings, no Balneário São Francisco, zona sul de São Paulo, foi invadido há duas semanas por um grupo sem-teto. Boa parte do terreno, em área de preservação ambiental permanente, já foi desmatada para a construção de 350 moradias. O terreno pertence à Emae, estatal responsável pela represa. No dia 26 a empresa obteve na Justiça um mandado de reintegração de posse. A maior parte do desmatamento aconteceu no último fim de semana. Com as clareiras abertas, os invasores lotearam o terreno, passaram fiação elétrica e estão erguendo barracos de madeira e lona. A área invadida compõe a mata ciliar da represa, local sem previsão legal de ocupação. Pela legislação municipal, o terreno é uma APP. Um dos coordenadores da ocupação, Celio Joel Tiago afirma que o local foi escolhido por causa de supostas dívidas da Emae com a Prefeitura - a empresa não consta no cadastro de consulta da dívida ativa do Município, disponível nos site da Secretaria de Finanças. Tiago nega que tivesse impedido o acesso de técnicos na área. “Estamos cadastrando todo mundo, medindo os terrenos, repartindo aqui de forma organizada. Já estamos levando as mulheres grávidas até o posto de saúde, cuidando das crianças e vamos ficar aqui”, afirmou TiagoO coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, confirmou a falta de ligação. “Ocupações são muito comuns naquela região, mas não são nossas”, afirmou. (Agência Brasil – 28.07.2016)

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2 Grupo Amsia tem projetos de carros elétricos

Uma fábrica de carros e outra de máquinas agrícolas com um investimentos previstos de mais de US$ 1 bi. O projeto vem sendo discutido há alguns meses com o governo de Minas Gerais, onde a Amsia Motors quer instalar as duas fábricas. A Amsia fala em montar em Minas carros híbridos, com motores que rodem com etanol, gasolina, gás natural liquefeito ou diesel. Moeth Ahmed, diretor global de vendas da companhia e responsável pelo projeto brasileiro, afirmou que a ideia é montar um setor de desenvolvimento e pesquisa no país para no futuro trabalhar também com modelos de carros elétricos. "Estamos planejando tecnologias novas e diferentes", disse o executivo. Uma delas poderia ser uma alternativa às atuais e caras baterias de lítio de carros elétricos. A aposta da Amsia, agora, é lançar uma marca internacional de veículos com sua marca. Moeth Ahmed disse que a intenção da empresa é usar o Brasil também como uma plataforma para exportações de seus produtos. (Valor Econômico – 28.07.2016)

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Energias Renováveis

1 Geração eólica cresce 53% entre janeiro e maio

A geração de energia eólica no país cresceu 53% nos cinco primeiros meses do ano. O volume ficou em 2.703 MWm, frente os 1.762 MWm no mesmo período de 2015. A apuração da CCEE inclui os 356 parques em operação atualmente, que somam capacidade instalada de 9.092 MW, alta de 46,5% na base anual. No ranking dos maiores estados produtores de energia eólica, estão o Rio Grande do Norte (960,5 MWm), com crescimento de 33,5%; Bahia (712,6 MWm), que teve alta de 54%; Ceará (470 MWm), aumento de 24%; e Rio Grande do Sul (461 MWm), com mais 41% no período. Já em relação à capacidade instalada, o Rio Grande do Norte (2.711 MW) cresceu 29%;, seguido da Bahia (1.750 MW) e Ceará (1.615 MW), com aumentos respectivos de 82% e 24%; além do Rio Grande do Sul (1.569 MW), com alta de 20,8%. Entre janeiro e maio de 2015, eram 244 projetos em operação, com capacidade total de 6.211 MW. Os dados foram divulgados pela câmara nesta terça-feira (27/7). (Agência Brasil Energia – 27.07.2016)

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2 Setor de energia eólica cresce e amplia busca por especialistas

O setor de energia eólica emprega no Brasil cerca de 41 mil pessoas - entre postos diretos e indiretos, segundo dados da Irena. O crescimento é de 14% em relação a 2014. Somos o quinto maior empregador do mundo, e o número de vagas não dá sinal de que vai encolher nos próximos anos. Ao contrário. Estimativas da ABEEólica, que leva em conta o cálculo de 15 empregos criados para cada megawatt instalado, mostram que 43,6 mil novas vagas serão criadas no setor em 2016. Em 2017 serão mais 36,5 mil. "Essa curva de crescimento da eólica é feita com base nos leilões contratados e não em perspectiva de venda", enfatiza Élbia Gannoum, presidente da ABEEólica. Os profissionais demandados são os mais variados, desde técnicos até gestores. O difícil é precisar onde os empregos serão criados. A conta não é simples, porque a cadeia está espalhada pelo país. Então, um megawatt instalado no Rio Grande do Norte, por exemplo, pode criar emprego em uma fábrica no Sudeste. Jean-Paul Prates, diretor geral do Cerne, afirma que, na fase da construção, praticamente todos os empregos são gerados no local - exceção feita aos equipamentos construídos em fábricas fora do Estado. Além disso, diz ele, um terço do investimento médio de R$ 5 mi feito por megawatt é destinado a compras locais. No Estado potiguar foram investidos, segundo Prates, R$ 15 bi nos últimos dez anos. Os locais mais beneficiados pela indústria eólica são o litoral norte do Estado. Na visão dele, a indústria eólica está conseguindo compensar, desde 2009, a queda da indústria do petróleo no Estado e ainda consegue manter as pessoas em suas cidades locais, gerando emprego onde moram. Para dar conta de atender a geração de empregos do setor - e graças também à política do governo federal de investir em capacitação -, o número de IFRN passou de duas para 20. (Valor Econômico – 28.07.2016)

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3 Estado do Ceará conta com 118 escolas profissionalizantes no setor de energia eólica

No Ceará, o impacto da energia eólica na economia local é estimado em R$ 6 bi. Até 2024, cerca de R$ 18 bi devem ser investidor no setor de energias renováveis no estado e 18 mil novos empregos devem ser criados no segmento de energia eólica. Para capacitar os profissionais que atuam no setor, o estado do Ceará conta com 118 escolas profissionalizantes, além de mestrado em energias renováveis. No Rio Grande do Sul, Ricardo Rosito, presidente do Sindieólica, não sabe precisar o número de pessoas empregadas pelo setor no Estado. Na fase da construção, estima-se que cada megawatt instalado gere 15 novos postos de trabalho. Depois, com o parque já instalado, a estimativa de vagas por megawatt cai para quatro. Hoje, Rosito diz que as contratações estão paradas. Em Santa Catarina, o impacto da energia eólica na economia local é bastante pequeno, segundo Edilson Godinho, diretor de trabalho, emprego e renda da Secretaria de Estado da Assistência Social. "Há um mercado de trabalho promissor, mas ainda é muito pequeno", diz. (Valor Econômico – 28.07.2016)

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4 Placas solares são instaladas em imóveis de Fernando de Noronha

A Celpe está efetuando a instalação de placas solares fotovoltaicas nos imóveis de nove clientes de Fernando de Noronha. O trabalho faz do P&D, e tem a está a finalidade de fomentar a geração de energia a partir de fontes renováveis. A ideia é demonstrar os benefícios da microgeração distribuída para os moradores da ilha, a partir da redução do valor da conta de energia dos clientes atendidos pela iniciativa e da diminuição do impacto ambiental. As placas solares terão capacidade total de geração aproximada de 27 kWp. Após a conclusão do projeto, a expectativa é de que sejam economizados 3.400 kWh por mês, proporcionando uma redução de 80% a 90% no valor das contas de energia dos clientes atendidos. Com isso, aproximadamente 12.000 litros de óleo diesel devem deixar de ser queimados por ano em Noronha. A energia gerada pelos sistemas de microgeração abastecerá os imóveis e, caso a geração seja maior do que o consumo, o excedente vai ser injetado na rede de distribuição da Celpe, gerando créditos para o consumidor. A bonificação, em kWh, pode ser utilizada em outro momento, caso a unidade consumidora necessite de energia da concessionária. Os créditos deverão ser utilizados em até 60 meses, em conformidade à resolução normativa nº 687/2015 da Aneel. Ao todo, a concessionária investiu pouco mais de meio milhão de reais na iniciativa. A iniciativa faz parte do processo de instalação de REI em Noronha. A ilha será o primeiro local em Pernambuco a contar com o sistema Smart Grid. Entre os benefícios da nova rede estão o controle remoto de todos os processos, como leitura e religação, além da identificação mais rápida de falhas no sistema. Ao todo, estão sendo investidos R$ 17,6 mi durante a implantação do sistema. A ilha também já conta com duas usinas solares fotovoltaicas instaladas pela Celpe. A primeira, Noronha I, foi inaugurada em julho de 2014 e recebeu um aporte financeiro de R$ 5 mi. A Usina Solar Noronha II entrou em funcionamento no ano passado, com recursos da ordem de R$ 6,4 mi. As duas unidades respondem por cerca de 10% do consumo de energia de Fernando de Noronha. (G1 – 27.07.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Governo prevê lançar minuta de política para setor de gás até setembro

A diretora do Departamento de Gás Natural do MME, Symone Araújo, disse nesta quarta-feira que coordenar as regulações estadual e federal para o setor será um dos desafios que o governo pretende incluir no pacote de medidas de estímulo à indústria de gás. A expectativa da pasta é divulgar uma minuta de políticas e diretrizes para o setor até o fim de setembro e publicar as novas regras em novembro. Segundo ela, as medidas em estudo pelo governo pretendem tratar de questões consideradas entraves para a entrada de novos agentes no mercado. “Queremos publicar um conjunto de medidas para sinalizar que investimentos podem ser feitos num ambiente de segurança regulatória”, disse aos empresários do setor, em evento promovido pelo IBP. Sem apresentar detalhes, Symone afirmou que algumas medidas podem ser “rapidamente aplicadas”. Um dos aspectos que devem ser incluídos no novo marco regulatório será a possibilidade de compartilhamento de infraestrutura de gás. Hoje apenas o compartilhamento de gasodutos de transporte está regulamentado, mas a ideia é estender o livre acesso também para unidades de processamento, terminais de regaseificação e gasodutos de escoamento, por exemplo. Outro objetivo buscado pelo governo, segundo a diretora, será a simplificação da tarifação e tributação do setor. A criação de um órgão independente para operação da malha de gasodutos também está sendo avaliado, assim como a regulamentação da política de comercialização do gás natural da União, de campos negociados sob regime de partilha. “Não tenho medo de rever o que a gente fez. É importante amadurecer os marcos regulatórios. É olhar para trás para ver o que acertamos e erramos”, disse Symone, que vê o momento como favorável para a entrada de novos agentes, em meio ao programa de venda de ativos da Petrobras no setor. “Passarão muitos anos até que universo conspire tão favoravelmente quanto agora”, afirmou. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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2 MME coordena negociações entre distribuidoras de gás e Bolívia

O MME vai coordenar as negociações para compra de gás natural entre as distribuidoras de gás natural do Brasil e o governo da Bolívia, de acordo com Symone Araújo, diretora do departamento de gás natural do ministério. As distribuidoras foram chamadas, a pedido do MME, para um encontro com representantes das partes bolivianas envolvidas na produção e exportação de gás natural, realizado em janeiro deste ano. “Desde então, temos conversado. As distribuidoras contrataram alguns estudos que devem ser divulgados em duas ou três semanas para apresentar um desenho de como pode ser essa nova participação”, segundo a diretora. Sobre o assunto, o ministro brasileiro Fernando Bezerra Coelho Filho e seu par boliviano Luis Alberto Sánchez tiveram diálogo aberto. “O ministério tem o papel de juntar o interesse da Petrobras, o olhar das distribuidoras e também de outros comercializadores”, explicou. Com a sinalização da Petrobras de que vai reduzir o volume importado da YPFB após 2019, algumas distribuidoras brasileiras demonstraram interesse em comprar o gás boliviano — como é o caso da SCGás (SC), que hoje atende a 100% de sua demanda pelo Gasbol. O Brasil importa hoje 30% de sua demanda de gás pelo Gasbol, volume que foi negociado em 1996, quando a Petrobras assinou um acordo de longo prazo com a estatal boliviana YPFB que garantia o suprimento até 31 de dezembro de 2019. (Agência Brasil Energia – 27.07.2016)

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3 Petrobras conclui venda de participação em subsidiária na Argentina

A Petrobras finalizou hoje (27) a operação de venda da totalidade de sua participação de 67,19% na Petrobras Argentina (PESA) para a Pampa Energía. O negócio chegou a US$ 897 milhões. Segundo a Petrobras, a operação, realizada por meio de processo competitivo, é parte importante do plano de desinvestimentos (venda de ativos) da empresa. A venda da participação na subsidiária argentina também contemplou um acordo para operações subsequentes, visando à aquisição por parte da Petrobras de 33,6% da concessão de Rio Neuquen, que são áreas com grande potencial de produção de gás natural na Argentina, e de 100% do ativo de Colpa Caranda, que são campos de produção de gás natural na Bolívia, por um valor total de US$ 52 milhões. Essa negociação, no entanto, está sujeita a aprovação pelo Conselho de Administração da PESA. Os ativos de Rio Neuquen e Colpa Caranda têm valor estratégico para a Petrobras, pois apresentam grande potencial de produção de gás natural, especialmente em Rio Neuquen, onde há estimativas de haver grandes reservas de gás natural não convencional. (Agência Brasil – 28.07.2016)

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4 Obras da UTE Porto de Sergipe I começam até setembro

As obras da UTE Porto de Sergipe I (1.515 MW) devem começar até o início de setembro, afirmou Celso Silva, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Golar Power, que participou nesta quarta-feira (27/7) de um evento do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), no Rio de Janeiro (RJ). Segundo o executivo, já estão sendo feitos os preparativos na área da usina. A Golar detém 49% do projeto por meio de um consórcio com a GenPower, além de ser responsável pelo afretamento do terminal de regaseificação que atenderá à usina. A construção é de responsabilidade das Centrais Elétricas de Sergipe (Celse), empresa criada pela EBrasil — que é também a sócia majoritária da UTE com 51% de participação — especificamente para a instalação. O fornecimento de GNL será realizado pela Exxon Mobil. As empresas estão agora negociando o EPC (contrato) do projeto, que provavelmente ficará entre Siemens e GE, segundo o executivo. A termelétrica, contratada no leilão A-5 de 2015, deve receber US$ 850 mi em investimentos, de acordo com o governo de Sergipe. Essa foi a terceira usina a GNL privada contratada pelo governo brasileiro, sendo as duas primeiras da Bolognesi Energia, e deve entrar em operação em janeiro de 2020. Golar, GenPower e EBrasil também querem investir em outras duas usinas a GNL, as UTEs Marcelo Déda e Laranjeiras, de 713 MW cada. A ideia é fazer a instalação no mesmo site da UTE Porto de Sergipe I para, inclusive, compartilhar o terminal de regas. “Esses projetos foram inscritos no último leilão [A-5 de 2016], mas não houve demanda. É possível que sejam contratados em 2018, depende da sinalização”, de acordo com Silva. (Agência Brasil Energia – 27.07.2016)

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5 Petrobras estuda compartilhar terminais de regaseificação

A Petrobras está estudando a possibilidade de compartilhar terminais de regaseificação. De acordo com o gerente de comercialização de GNL da companhia, Victor Raposo, essa pode ser uma forma de utilizar a capacidade ociosa e otimizar os ativos ao mesmo tempo. “A Petrobras vem avaliando bastante essa possibilidade (...). Existem algumas dificuldades, temos que superar entraves tributários que reduzem a eficiência de um arranjo com mais de um player operando dentro do mesmo terminal, mas isso é possível e tem muito valor”, explicou Raposo durante um evento no IBP nesta quarta-feira (27/7), no Rio de Janeiro. Outra possibilidade de otimização das operações de gás apontada pelo executivo foi a criação de arranjos comerciais para casar o suprimento de GNL e a instalação de termelétricas. “Se houver mais empresas trabalhando, cooperando no sentido de tentar encontrar arranjos comerciais que otimizem as operações, esse é um grande espaço para negócios” afirmou Raposo. A companhia também considera fazer cooperações internacionais, como acordos de swap com companhias asiáticas. De acordo com Raposo, o mercado de GNL tem grande capacidade de crescimento na América Latina. “Oportunidades num mercado como esse de associação de compradores, parcerias com as empresas que farão o suprimento destes mercados, são algo que devemos discutir e avaliar” defendeu o executivo. Como parte de seu plano de desinvestimento, a Petrobras está vendendo seus terminais de GNL no Rio de Janeiro e no Ceará, com termelétricas associadas. A capacidade de regaseificação é de 20 milhões de m³ por dia no terminal do Rio de Janeiro e de 7 milhões de m3 por dia no terminal do Ceará. A petroleira pretende levantar US$ 14,4 bi com a venda de ativos entre 2015 e 2016 e US$ 42,6 bi em 2017 e 2018. O Brasil tem terminais com capacidade para regaseificar 41 milhões de m³/d de GNL. A Petrobras opera três deles, sendo um na Bahia, um no Rio de Janeiro e um em Pecém, no Ceará. (Agência Brasil Energia – 27.07.2016)

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6 Imetame Energia pode quadruplicar projeto termelétrico na Bahia

A Imetame Energia pode quadruplicar seu projeto termelétrico Prosperidade I (28 MW), no município de Camaçari, Bahia. A usina, contratada no leilão A-3 de 2015 por um período de 20 anos, será construída no modelo reservoir to wire (ou gas to wire ou usina "cabeça do poço"), em cima da descoberta de gás natural Cardeal do Nordeste, no Recôncavo Baiano. Usina "cabeça do poço" é aquela que o empreendimento é construído bem próximo da jazida de gás, dispensando malha de dutos para escoamento do insumo. A área para a expansão do projeto já foi comprada e o volume de gás do campo acomoda o consumo de mais três usinas do mesmo porte, mas o desenvolvimento depende da demanda de energia que será contratada nos próximos leilões, de acordo com Roberto Baptista, diretor executivo da empresa. O executivo participou na última terça-feira (26/7) de um evento do IBP, no Rio de Janeiro (RJ). Serão destinados R$ 95 mi para o projeto, incluindo os investimentos no campo de gás natural, na usina e na instalação das linhas de transmissão. Essas últimas devem percorrer de 25 a 28 km para conectar a usina à subestação Camaçari IV, da Chesf. Além disso, a UTE terá motores da Wärtsilä, que devem consumir de 140 a 150 mil m³/dia de gás. A licença de instalação já foi emitida. Segundo Baptista, a empresa também cogita construir termelétricas em outras áreas de concessão, não somente no Recôncavo Baiano. Com exceção da Petrobras, a Imetame Energia é a primeira empresa brasileira do setor de óleo e gás que desenvolve todas as etapas de um projeto integrado de gás natural e energia elétrica. Quando encontrou gás em Camaçari, a primeira ideia foi vender o energético para o polo petroquímico da cidade, mas como não era possível acessar à rede de transporte, a empresa considerou desenvolver um projeto de compressão de gás. Nesse modelo, a Imetame venderia sua produção por meio de GNC, mas um conflito regulatório com a distribuidora local, Bahiagás, impediu o andamento do projeto. Finalmente, a empresa encontrou a solução para viabilizar sua descoberta, por meio da construção de uma termelétrica, captando o gás do poço e vendendo a energia produzida no mercado regulado. Assim, a UTE Prosperidade I deverá entrar em operação em janeiro de 2018. “Aprendemos a monetizar o gás natural”, garantiu Baptista. (Agência Brasil Energia – 27.07.2016)

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Grandes Consumidores

1 Lucro da Vale recua 43% no segundo tri devido à Samarco

A Vale, maior produtora global de minério de ferro, informou nesta quinta-feira que obteve um lucro líquido de R$ 3,585 bi no segundo trimestre do ano, 43% abaixo do lucro líquido de R$ 6,311 bi registrado no primeiro trimestre. Em relação a igual período do ano passado, o resultado do segundo trimestre foi 30% menor. A queda de R$ 2,726 bi no lucro líquido deve-se principalmente a uma provisão anunciada na véspera de R$ 3,733 bi relacionada ao rompimento de uma barragem da Samarco, em Mariana. O lucro básico recorrente — ajuste no lucro líquido para os itens não recorrentes — foi de R$ 2,455 bi no segundo trimestre, principalmente devido aos ajustes para variação cambial (R$ 6,698 bi), provisão para o desastre envolvendo a Samarco (R$ 3,733 bi) e swaps de moeda e taxas de juros (R$ 1,608 bi). A dívida bruta totalizou US$ 31,814 bi em 30 de junho de 2016, registrando um ligeiro aumento em relação aos US$ 31,470 bi de 31 de março de 2016, principalmente em função do impacto do câmbio na conversão da parcela da dívida denominada em real para dólar. O impacto do câmbio foi parcialmente compensado pelos pagamentos líquidos de empréstimos de US$ 375 mi no segundo trimestre. A dívida líquida caiu para US$ 27,508 bi em 30 de junho de 2016 contra US$ 27,661 bi em 31 de março de 2016, com uma posição de caixa de US$ 4,306 bi. A queda da dívida líquida se deveu, principalmente ao fluxo de caixa livre de US$ 761 mi no segundo trimestre, que foi parcialmente compensando pelo impacto do câmbio na conversão da parcela da dívida denominada em reais para dólares. A Vale destacou que teve bons resultados operacionais no segundo trimestre do ano como a produção de minério de ferro em Carajás de 36,5milhões de toneladas, produção de níquel de 78.500 toneladas, produção de cobre de 105.600 toneladas e produção de ouro de 109.000 oz. A receita líquida totalizou R$ 23,203 bi no segundo trimestre, aumentando R$ 1,136 bi em comparação com o primeiro trimestre, devido aos maiores volumes de venda de finos de minério de ferro (R$ 1,621 bi) e maiores preços de venda de finos de minério de ferro (R$ 452 mi) e pelotas (R$ 344 mi), sendo parcialmente mitigados pela variação cambial (-R$ 2,007 bi). O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustados somou R$ 8,341 bi, alta de 22% ante o mesmo período do ano passado, diante de maiores vendas de minério de ferro. (O Globo – 28.07.2016)

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2 Goldman eleva perspectiva de preços para minério de ferro

O Goldman Sachs elevou sua perspectiva de curto prazo para o minério de ferro e projetou a continuidade dos altos níveis de volatilidade dos mercados do aço teve avanço de 30% neste ano, favorecendo companhias do setor produtivo — é o caso de Vale, Usiminas e Gerdau, no Brasil, e Rio Tinto Group e BHP Billiton, no exterior. A valorização, após três anos de queda, se deveu à demanda e à produção de aço da China, mais resilientes do que o esperado. A commodity será negociada a US$ 50 a tonelada em três meses e a US$ 40 em seis meses, disseram analistas do Goldman, incluindo Christian Lelong e Amber Cai, em relatório com data de 27 de julho. As projeções superam as de US$ 45 e US$ 35 feitas anteriormente. O minério com 62% de conteúdo em Qingdao, na China, subia 0,9 % nesta quarta-feira, para US$ 58,63, segundo a Metal Bulletin. No UBS, a projeção é de US$ 47 a tonelada no ano que vem, com preços começando a cair neste segundo semestre. Já os analistas da Sanford C. Bernstein veem preços sustentados em patamares mais altos por mais 12 meses. “Estamos mantendo a meta de longo prazo a US$ 35 por tonelada, mas ressaltamos o potencial de continuidade da volatilidade de preço até a normalização dos estoques de aço”, escreveram os analistas do Goldman. Os baixos estoques de aço na China, a principal produtora, provocaram fortes oscilações de preço em um momento em que os investidores que especulam com as tendências macro miram primeiro os mercados do aço e do minério de ferro. O momento da normalização dos estoques — e, consequentemente, o ponto de equilíbrio dos preços — é ponto de dúvida. Enquanto isso, a continuidade do avanço das cotações vem desafiando os alertas sobre excesso de oferta. O UBS Group enfatiza que a recuperação deste ano levou a retomadas de minas no Brasil, na África Ocidental, na Austrália e na China, ampliando a oferta global e potencialmente contribuindo para o enfraquecimento dos preços até o ano que vem. “A oferta que havia deixado o mercado está voltando.” (O Globo -27.07.2016)

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Economia Brasileira

1 Brasil fecha 91 mil vagas de trabalho em junho

O mercado formal fechou em junho 91.032 vagas com carteira assinada, desempenho ligeiramente menos negativo do que o registrado no mesmo período do ano passado, 111,2 mil. O número veio acima da estimativa média de 13 consultorias ouvidas pelo Valor Data, que esperavam corte de 58,2 mil postos com carteira no mês passado. No semestre, o número de vagas fechadas chega a 531.765. Conforme os dados do Caged, os serviços tiveram o pior desempenho entre os setores, com 42.678 demissões líquidas (-39,1 mil no mesmo período de 2015). A indústria perdeu 31.102 postos (64,3 mil em junho do ano passado) e foi seguida de perto pela construção civil, com 28.149 perdas (24 mil no mesmo intervalo de 2015), e pelo comércio, -26.787 (25,6 mil cortes em junho do ano passado). Em 12 meses, o saldo negativo é de 1.765.024. O Centro- Oeste foi a única região do país a registrar número maior de contratações que de dispensas no mês passado. Segundo os dados do Caged, foram 3.110 admissões líquidas, alta de 0,1% no volume total de trabalhadores. Na outra ponta, o Sudeste apurou o maior volume de corte de vagas, 47.523, uma queda de 0,23% no estoque. (Valor Econômico – 27.07.2016)

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2 Confiança no varejo sobe pelo terceiro mês seguido

A confiança dos empresários do comércio subiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, novamente com melhora tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas, informa a FGV. O Índice de Confiança do Comércio subiu 1,2 ponto, ao passar de 73,7 de pontos em junho para 74,9 em julho e, com isso, se distancia em dez pontos do mínimo histórico de dezembro passado. Entre os integrantes do índice, a novidade foi a alta em igual magnitude (1,2 ponto) do ISA e do IE, após três meses em que esse último subiu bem acima do primeiro. Em julho, a alta da confiança atingiu 10 dos 13 segmentos principais pesquisados. "A sondagem de julho traz uma boa notícia: há um primeiro sinal de otimismo nos segmentos revendedores de bens duráveis, algo que vai ao encontro da melhora observada no ímpeto de compras de duráveis pelos consumidores também neste mês", afirmou, em nota Aloísio Campelo, superintendente adjunto para ciclos econômicos do Ibre-FGV. A alta de 1,2 ponto no indicador de situação atual levou- aos 66,1 pontos, maior nível desde agosto de 2015. Entre os seus componentes, a maior contribuição veio do quesito que mede o grau de satisfação com o volume de demanda atual, que subiu 2 pontos em relação ao mês anterior, chegando a 65,6 pontos. Apesar de muito próximo ao nível mínimo histórico e refletir demanda ainda enfraquecida, o índice avançou 6,3 pontos nos últimos três meses. O índice de expectativas subiu 1,2 ponto, atingindo 84,8 pontos, o maior desde janeiro de 2015 (84,9). A alta de julho foi determinada pelo indicador que mede o grau de otimismo com as vendas nos três meses seguintes -avanço de 2,8 pontos em relação a junho, chegando a 85 pontos. Nos últimos três meses, o índice de expectativas avançou dez pontos, sinalizando diminuição relativamente rápida do pessimismo no setor. (Valor Econômico – 28.07.2016)

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3 IGP-M desacelera para 0,18% em julho

A inflação medida pelo IGP-M teve forte desaceleração, de 1,69% em junho para 0,18% em julho, e ficou abaixo das expectativas dos analistas de mercado. Houve queda nos preços de matérias-primas como milho, soja e minério de ferro e desaceleração da alta do feijão, cujo valor tinha disparado no mês passado. Com o resultado de julho, o IGP-M acumulou alta de 6,09% no ano e de 11,63% em 12 meses. O indicador serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel. A taxa do IGP-M do sétimo mês de 2016 ficou abaixo da média de 0,26% estimada por 21 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data. O intervalo das estimativas ia de 0,17% a 0,46% de alta. Depois da forte elevação em junho, de 2,21%, o atacado, representado pelo IPA, teve deflação de 0,01%. Essa taxa foi influenciada principalmente pelos preços dos produtos agrícolas, que saíram de alta de 5,89% para queda de 0,25% no período. Os produtos industriais registraram desaceleração, de 0,75% para 0,09% de alta. Na análise por estágios de produção, a queda do índice do atacado foi puxado pelas matérias-primas brutas, que caíram 1,96% em julho, depois de avanço de 3,66% um mês antes. (Valor Econômico – 28.07.2016)

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4 Arrecadação federal cai 7,14% em junho e soma R$ 98,129 bi

Sem retomada da economia, a arrecadação de tributos federais registrou uma nova queda real, desta vez de 7,14% em junho ante o mesmo mês de 2015, totalizando R$ 98,129 b. No semestre, o recuo, em termos reais, foi de 7,33%, somando R$ 617,257 bi. Sem correção inflacionária, a receita com impostos e contribuições teve alta de 1,07% no mês e de 1,65% no semestre, informou a Receita Federal. Considerando apenas as receitas administradas, o recuo real foi de 7,11% em junho e 6,75% no acumulado do ano, para R$ 96,291 bi e R$ 606,138 bi, respectivamente. Em termos nominais, houve alta, de 1,10% no mês e de 2,28% no semestre. (Valor Econômico – 28.07.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h47, a moeda americana caía 0,26%, para R$ 3,2639. Na quarta-feira, o dólar comercial desacelerou e fechou em alta de 0,06%, a R$ 3,2724. (Valor Econômico – 28.07.2016 e 27.07.2016)

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Internacional

1 Bolívia avança em El Bala e em seu objetivo de se tornar uma potência regional

O governo boliviano assinou esta manhã com a empresa italiana Geodata um acordo para a criação do desenho técnico do Projeto Hidrelétrico El Bala, que pretende gerar 3.676 MW de potência e colocar o país no seu objetivo de se tornar a força motriz da América do Sul. O acordo foi assinado em uma cerimônia no Palácio do Governo, onde o presidente Evo Morales fez uma revisão dos investimentos feitos por sua administração no região de La Paz e confirmou que, se aprovado como projeto final, o Executivo vai garantir os US$ 6 bi necessários para a construção das duas plantas que fazem parte do projeto: Chepete e Bala. Morales disse que o governo decidiu continuar nesta segunda fase com a mesma empresa para evitar contratempos no caso de outra empresa ser escolhida em um processo de licitação. "Gostaríamos de 'reservas'", disse. Atualmente, a demanda de energia elétrica no país atingiu 1.300 MW, enquanto a geração é de cerca de 1.600 MW. (La Razón – Bolívia - 27.07.2016)

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2 Endesa paga 1.2 bi para sua matriz Enel por suas renováveis na Espanha

Endesa adquiriu 60% da Enel Green Power España (EGPE), quarto operador do setor de energias renováveis espanhol, do qual já detinha 40%, como anunciou quarta-feira à tarde na Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV). O pagamento atinge 1.207 bi de euros, 108 a menos do que deveria ter pago pelo valor da empresa nos livros (2.192 bi em 100%). A transação permite que o grupo presidido por Borja Prado cubra o déficit que se arrastou no sector das energias renováveis e melhore o seu mix de produção para retomar o perfil regulado de seus negócios. Com esta aquisição, a Endesa se torna proprietário direto de 1.706 MW de instalações renováveis (95% eólica) e uma carteira de projetos que totalizam outros 700 MW. Segundo a empresa, a operação é "perfeitamente compatível com o cumprimento das metas econômico-financeiras" e é uma clara melhoria da sua alavancagem financeira (dívida líquida / EBITDA), que estava em um nível considerado baixo pelo mercado. (El País – Espanha – 27.07.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 ALVES, Fábio. “Lanternas vermelhas”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 28 de julho de 2016.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Vitória Cavalcante.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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