Tecnologias Exponenciais 246
Transição Energética e ESG
Artigo GESEL: "COP 30: Os caminhos opostos de Estados Unidos e China"
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Leonardo Gonçalves e Gustavo Esteves (pesquisadores associados do GESEL-UFRJ) analisam os caminhos divergentes de Estados Unidos e China na transição energética global, no que se refere à realização da COP30, que ocorre em um contexto de intensificação dos eventos climáticos extremos e desaceleração das ações climáticas desde 2021. As perdas globais ultrapassaram US$ 328 bilhões em 2024, reforçando a urgência de mecanismos de implementação — prioridade da presidência brasileira para esta edição da conferência. Os autores destacam que o futuro da descarbonização depende, em grande medida, das estratégias energéticas e industriais das duas maiores potências emissoras. A China avança como uma “superpotência renovável”, promovendo uma expansão acelerada de solar e eólica, reduzindo custos tecnológicos e exportando equipamentos e infraestrutura para países em desenvolvimento. Já os Estados Unidos caminham para um processo de “destransição energética”, retomando a centralidade do petróleo, gás e carvão, enfraquecendo padrões regulatórios e reduzindo incentivos às fontes limpas — postura que limita sua capacidade de liderança climática. Diante desse quadro, o artigo argumenta que a definição de padrões tecnológicos sustentáveis, a descentralização das cadeias globais de valor e a ampliação do financiamento em larga escala serão determinantes para uma transição energética justa e eficaz. Os autores concluem que, se o descompasso entre China e Estados Unidos persistir, os EUA correm o risco de perder protagonismo na nova ordem energética, enquanto a China tende a consolidar sua liderança nos rumos da descarbonização global. Acesse o texto aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 19.11.2025)
CNI: Estudo aponta importância da certificação do H2 para a transição energética
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a certificação do hidrogênio de baixo carbono (H₂BC) pode ser um instrumento importante para que o Brasil avance na descarbonização da indústria e dos transportes pesados. O levantamento destaca que, embora o país tenha grande potencial para liderar o mercado, será importante estabelecer um sistema de certificação confiável e bem estruturado para garantir credibilidade ambiental, atrair investimentos e permitir o acesso a políticas de incentivo. O levantamento Certificação de Hidrogênio: Benchmarking do Processo e Contribuições ao Brasil compara modelos adotados por dez países Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, China, Canadá, Japão, Índia, Austrália, França e Coreia do Sul, além do Brasil, e destaca a importância de um sistema nacional que garanta credibilidade ambiental ao H₂BC, fortaleça o mercado interno e externo e viabilize o acesso a políticas de estímulo, sem comprometer a competitividade. (Petronotícias – 18.11.2025)
COP30: Brasil lança estratégia para descarbonizar a indústria
A Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial (ENDI) foi lançada na COP30. O documento foi preparado ao longo dos últimos dois anos como parte da estratégia brasileira de revitalização a indústria brasileira. O governo colocou essa política em Consulta Pública para aprimorar os termos que apresentam quatro pilares de atuação e com horizontes de tempo distintos, até chegar a 2050. A ideia é contribuir com o atendimento à meta de redução de gases de efeito estufa do país. A redução das emissões a zero até 2050 faz parte da NDC brasileira, apresentada ao final do ano passado como um primeiro passo da presidência do país na COP. De acordo com o documento, o planejamento das ações foi organizado por 4 pilares, facilitando a compreensão da estratégia. Cada um desses pilares reúne medidas e ações — tanto gerais quanto subsetoriais — distribuídas por diferentes horizontes temporais. São eles ações para 2026, 2030, 2035 e 2050. “É importante ressaltar que os horizontes temporais funcionam apenas como uma indicação das expectativas de conclusão das ações. Essas iniciativas poderão ser finalizadas antes, durante ou após o período indicado (a ser endereçado no plano de monitoramento)”, relata a estratégia publicada. (Agência CanalEnergia - 18.11.2025)
COP30: Cúpula expõe disputa geopolítica entre hidrogênio, eletrificação e biocombustíveis na transição energética
Na COP30, em Belém, a rivalidade entre biocombustíveis, hidrogênio e eletrificação voltou ao centro das discussões climáticas, refletindo não apenas divergências tecnológicas, mas uma disputa geopolítica por influência e cadeias de valor da transição energética. A agenda europeia, historicamente orientada para eletrificação e hidrogênio verde, moldou padrões internacionais que limitaram o espaço para biocombustíveis, impactando negociações multilaterais e diretrizes financeiras globais. O Brasil, por sua vez, defende a neutralidade tecnológica e tenta reposicionar seus ativos, etanol, biodiesel, biogás e matriz elétrica renovável, como soluções legítimas de descarbonização. A tensão ficou evidente no recuo do país do memorando Drive to Zero, que excluía biocombustíveis ao definir emissões zero apenas no escapamento. No setor marítimo, o debate segue: biocombustíveis enfrentam barreiras em corredores verdes dominados por combustíveis sintéticos. Ainda assim, o Brasil possui competitividade não só em biocombustíveis, mas também em eletrocombustíveis como amônia e hidrogênio verde, reforçada por casos como o projeto do Porto do Açu. A estratégia brasileira acerta ao defender múltiplas rotas tecnológicas, mas especialistas alertam para o risco de focar demais nos biocombustíveis e perder protagonismo em novas cadeias globais do hidrogênio e seus derivados. (Agência Eixos – 16.11.2025)
COP30: Rascunho final mantém omissão sobre fim de combustíveis fósseis
O rascunho do documento final da COP 30 divulgado no dia 21 de novembro, continuou sem trazer referências a políticas para o fim do uso de combustíveis fósseis. Entretanto, a minuta traz apelo por mais financiamento aos países em desenvolvimento, por uma meta de desmatamento zero até 2030 e pelo reflorestamento de áreas degradadas. Assim, a ausência do chamado ‘Mapa do Caminho’, despertou críticas da comunidade científica, que chegou a divulgar uma carta de protesto. Em contraponto, o presidente da COP 30, André Correa do Lago, reforçou a importância do consenso. Segundo ele, o ciclo político do Acordo de Paris está em pleno andamento e há a consciência da urgência. Em síntese, o rascunho faz breves citações sobre a transição e o processo para baixas emissões de gases e desenvolvimento resiliente ao clima, além de reafirma o apelo ao plano de ampliação do financiamento em até US$ 1,3 trilhão por ano até 2035 para a ação climática. (Agência CanalEnergia - 21.11.2025)
IRENA: Investimento global em renováveis bate recorde de US$ 2,4 trilhões em 2024
Os investimentos globais voltados à transição energética alcançaram um novo recorde. Ao todo, foram US$ 2,4 trilhões em recursos aplicados em 2024, uma alta de 20% na comparação com a média anual de 2022/23. Cerca de um terço desse montante foi destinado a tecnologias de energia renovável, elevando o total investido no segmento para US$ 807 bilhões. Ainda que o número seja expressivo, o ritmo de crescimento das renováveis desacelerou de forma relevante: os aportes aumentaram 7,3% em 2024, bem abaixo dos 32% registrados no ano anterior. Os dados fazem parte de um novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e da Climate Policy Initiative (CPI). (Petronotícias - 18.11.2025)
G20: Cúpula na África do Sul destaca crise de acesso à energia no continente africano
A declaração final dos líderes do G20, realizada este ano em Joanesburgo, na África do Sul, reafirmou a importância de apoiar os países em desenvolvimento na transição energética. O documento diz que o grupo de países vai atuar para facilitar o financiamento a baixo custo, inclusive por meio de financiamento concessional e inovador, além de mecanismos de financiamento misto, instrumentos de mitigação de riscos e apoio tecnológico. O texto reconhece as profundas desigualdades globais no acesso à energia, em especial no continente africano, onde estima-se que um bilhão de pessoas não tenham acesso a combustíveis limpos para cozinhar e mais de 600 milhões não possuam acesso à eletricidade. Diante desse cenário, os membros do grupo assumiram um compromisso voluntário para a consolidação da de um ambiente político favorável para a solução desse gargalo continental. Além disso, o comunicado também aborda outras questões, como a expansão do movimento de transição e a elevação da demanda por minerais críticos, que se destacaram dentro do plano. (Agência CanalEnergia - 24.11.2025)
Workshop: BNDES, MME e GESEL-UFRJ debatem diretrizes para hidrelétricas reversíveis
Em função da importância crescente e da necessidade estratégica de usinas hidrelétricas reversíveis, o BNDES promoverá, em parceria com o MME e o GESEL-UFRJ, um workshop que contará com a participação dos principais stakeholders e policy makers institucionais do segmento de geração do SEB. O encontro, em formato híbrido, será realizado no dia 9 de dezembro, das 14h às 18h, e contará com transmissão on-line simultânea. Para receber o link da transmissão do evento, é necessário inscrever-se aqui: https://forms.gle/G8H7PT3nwqc5ZoHQ9 (GESEL-IE-UFRJ – 26.11.2025)
Geração Distribuída
ABGD: Estudo aponta que cada R$ 1 em MMGD adiciona R$ 1,60 no PIB brasileiro
A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) divulgou estudo técnico que evidencia o forte impacto econômico, ambiental e sistêmico da micro e minigeração distribuída (MMGD). O trabalho mostra que cada R$ 1 investido em MMGD gera R$ 1,60 no PIB e que a fonte solar é a maior geradora de empregos do setor. O levantamento destaca ainda o alto valor ambiental da redução de CO₂ quando se considera o Custo Social do Carbono, estimado entre US$ 100 e US$ 600 por tonelada evitada, e reforça que a GD entrega benefícios como redução de perdas, postergação de investimentos e aumento da resiliência elétrica. Em redes de média tensão, a MMGD pode reduzir perdas em até 3,7%, melhorar tensões e aliviar transformadores, com vantagens predominantes até 70% de penetração. O estudo aponta, ainda, que a GD evitará 60 milhões de tCO₂e até 2038 ao deslocar térmicas fósseis. Além disso, a integração de baterias e carregadores de veículos elétricos é vista como caminho essencial para modernizar as redes. Para a regulação, a ABGD defende modelos tarifários modernos com valoração locacional e temporal, além do reconhecimento dos serviços ancilares prestados pela MMGD. (Agência CanalEnergia - 25.11.2025)
ANEEL: Equilibrar complexidade e simplicidade na valoração da GD é desafio do momento
Um evento realizado em São Paulo reuniu representantes da ANEEL, da ABGD e especialistas debateu temas centrais do setor elétrico, com destaque para a valoração dos custos e benefícios da micro e minigeração distribuída (MMGD), prevista na Lei 14.300/2022. A ANEEL enfatizou que esse será um dos principais desafios regulatórios atuais, já que o processo precisa chegar à Agência em estágio de maturidade suficiente para permitir a conversão de estudos técnicos em regras aplicáveis ao mercado. O debate destacou a necessidade de equilíbrio entre profundidade técnica e simplicidade regulatória. Análises excessivamente detalhadas podem tornar o modelo tarifário inviável e pouco compreensível, enquanto simplificações exageradas criam distorções e aumentam o risco de judicialização. O desafio central consiste em definir um grau de complexidade que seja economicamente adequado, transparente para a sociedade e resistente a questionamentos. (Canal Solar - 26.11.2025)
ANEEL: Questionamentos sobre orientações para corte de carga e de geração distribuída no Congresso
A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara realizará uma audiência para questionar o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, sobre um ofício enviado ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que orienta distribuidoras sobre critérios para corte de carga e até de geração distribuída (GD). O deputado Lafayette de Andrada, autor do pedido, afirma que a Aneel pode ter extrapolado suas atribuições ao interferir em comandos que seriam de competência do ONS, responsável pela operação do Sistema Interligado Nacional. O tema ganha relevância diante da forte expansão da GD e dos desafios para garantir segurança e estabilidade do sistema em situações emergenciais. A audiência buscará esclarecer o conteúdo do ofício, a base jurídica da atuação da agência e os possíveis impactos operacionais e regulatórios. (Cenário Energia - 24.11.2025)
CGU: Ministério alerta para impacto tarifário da MMGD
A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que o modelo atual de incentivos à micro e minigeração distribuída (MMGD), responsável pela expansão da energia solar no país, tornou-se economicamente insustentável e socialmente regressivo. Embora reconheça os benefícios ambientais da geração distribuída, o órgão destaca que consumidores sem sistemas solares — especialmente os de baixa renda — vêm arcando com os custos dos descontos concedidos aos proprietários de painéis fotovoltaicos, revelando uma distorção estrutural já conhecida no setor, mas agora formalmente evidenciada. O problema central identificado é o subsídio cruzado decorrente do antigo modelo de compensação, que isentava a MMGD do pagamento de parcelas da TUSD/TUST e de encargos setoriais da CDE. Com o crescimento acelerado da geração distribuída, essa renúncia ganhou escala bilionária, podendo ultrapassar R$ 120 bilhões até 2030, valor repassado aos consumidores que continuam dependentes integralmente da rede. Assim, o incentivo, antes voltado ao desenvolvimento tecnológico, passou a representar uma transferência indireta de renda dos consumidores cativos para os autoprodutores solares. (Cenário Energia - 27.11.2025)
Solfácil: Brasil mantém liderança em energia solar com payback abaixo de três anos
A pesquisa da Solfácil indica que o mercado brasileiro de energia solar mantém alta competitividade, com custo médio de R$ 2,49 por watt-pico no terceiro trimestre, consolidando o país entre os mais acessíveis para a tecnologia. Estados com valores mais baixos apresentam payback inferior a 36 meses, reforçando a atratividade da geração distribuída para consumidores, integradores e investidores. Mesmo diante das oscilações internacionais nos preços de equipamentos, o Brasil preservou condições favoráveis graças ao avanço da cadeia de suprimentos, à maior maturidade dos integradores e à ampliação do crédito especializado. Segundo a empresa, o cenário atual representa um dos períodos mais vantajosos da série histórica para novos investimentos em energia solar. O CEO da Solfácil, Fabio Carrara, destaca que os preços permanecem inferiores aos registrados há um ano e que o país oferece um dos retornos mais rápidos do mundo no segmento residencial, com payback inferior a três anos. (Cenário Energia - 24.11.2025)
Armazenamento de Energia
GreenYellow: Instalação de sistema de baterias em torre empresarial na BA
O Civil Towers, em Salvador (BA), recebeu o primeiro sistema de armazenamento de energia (BESS) da GreenYellow. O contrato deve trazer uma redução de 15 a 20% na conta de energia elétrica do empreendimento. O sistema instalado no edifício empresarial localizado no bairro Costa Azul possui capacidade de 215 kWh de armazenamento e 108 kW de potência, operando no modelo load shifting. Esta tecnologia permite armazenar energia durante os horários fora de ponta, quando as tarifas são mais baixas, para utilizá-la nos períodos de pico, quando os custos são mais elevados. Segundo o head comercial de BESS da GreenYellow, Giovanni Milani, o principal benefício está na arbitragem local da energia, que permite gerenciar melhor o consumo nos horários mais caros. Ele ainda afirmou que em cidades como Salvador, onde o custo no horário de ponta é elevado, a tecnologia ajuda a mitigar esse impacto de forma inteligente, sustentável e financeiramente viável. A estratégia é especialmente vantajosa na Bahia, onde a tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD) pode superar R$ 3.200,00 por MWh no horário de pico. (Agência CanalEnergia - 19.11.2025)
Veículos Elétricos
ABNT: Norma define qualificação obrigatória para manutenção de VEs no Brasil
A ABNT apresentou a PR 1025, primeira norma brasileira dedicada à capacitação de profissionais que atuam na manutenção de veículos elétricos e híbridos. Elaborada em parceria com o IQA e discutida ao longo de dois anos com montadoras, oficinas, centros de pesquisa e entidades do setor, a diretriz estabelece três níveis de certificação, desde serviços básicos até intervenções em sistemas de alta tensão, como baterias e motores de tração. Para atuar nesses veículos, serão exigidas ao menos 160 horas de formação ou dois anos de experiência, além de cursos adicionais e renovação periódica da certificação. Com a expansão da frota eletrificada e o crescimento da procura por oficinas independentes, a norma busca padronizar procedimentos, reduzir riscos de acidentes e garantir segurança ao consumidor por meio de equipamentos adequados, áreas isoladas e protocolos de proteção. Agora em Consulta Nacional, a PR 1025 deverá ser adotada gradualmente, levando oficinas, montadoras e instituições de ensino a adequarem processos e comprovarem a qualificação dos técnicos.(Inside EVs – 22.11.2025)
EPE: PDE 2035 projeta forte avanço da eletromobilidade no Brasil
O Caderno de Eletromobilidade do PDE 2035, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE), aponta forte expansão da eletrificação no transporte rodoviário brasileiro. As vendas de eletrificados cresceram 89% em 2024, com avanço de 219% nos veículos 100% elétricos (BEVs), impulsionadas por maior oferta, queda de preços e políticas públicas. A infraestrutura de recarga também cresce, embora concentrada em SP (30%). Em 2035, as projeções indicam que 23% dos licenciamentos de veículos leves serão eletrificados (784 mil unidades), levando a uma frota de 3,7 milhões, com o flex mantendo predominância (76%). Nesse cenário, a eletrificação também avança em nichos comerciais como last-mile delivery. Já no transporte público, o Novo PAC destina R$ 7,3 bi para 2.296 ônibus elétricos, e o Plano Decenal de Energia (PDE) projeta 48,5 mil ônibus eletrificados em 2035. Ainda, para caminhões, semileves e leves devem atingir 19% dos licenciamentos, totalizando 43 mil unidades eletrificadas no período. Ademais, A demanda elétrica associada à eletromobilidade deverá crescer de 627 GWh (2025) para 7,8 TWh (2035), exigindo atenção ao planejamento do setor e aos riscos globais ligados a minerais críticos. Acesse o estudo aqui. (EPE – 18.11.2025)
Global EV Driver Survey: Pesquisa aponta que brasileiros estão entre os mais satisfeitos com VEs
A Global EV Driver Survey 2025 revela que o mercado brasileiro de veículos elétricos atingiu maturidade, com 92% dos motoristas declarando que comprariam outro EV e apenas 1% cogitando voltar à combustão, índices que superam a média global e se equiparam a líderes como Noruega e Alemanha. A fidelidade é impulsionada por fatores como menor custo operacional, tecnologia embarcada, conforto de condução, motivação ambiental e sensação de modernidade. Mesmo em viagens intermunicipais, usuários destacam desempenho e conforto, apesar da infraestrutura ainda limitada. Os principais desafios permanecem na recarga: 40% relatam ansiedade de autonomia, especialmente diante de eletropostos lotados ou inoperantes, percentual muito superior ao de países maduros. O levantamento também evidencia forte potencial de mercado, indicando que políticas públicas e montadoras devem ampliar a oferta de modelos, fortalecer a rede de recarga e comunicar benefícios ambientais e econômicos. Com consumidores bem informados e altamente satisfeitos, o Brasil consolida a mobilidade elétrica como escolha definitiva e com espaço para forte expansão nos próximos anos. (Inside EVs – 18.11.2025)
GAC: Início da produção de baterias sólidas para VEs
A GAC Group iniciou a operação da primeira linha industrial chinesa dedicada à produção de baterias de estado sólido em grande capacidade, avançando na fabricação de células automotivas acima de 60 Ah. A tecnologia promete praticamente dobrar a densidade energética em relação às baterias de íons de lítio convencionais, possibilitando que veículos com autonomia de 500 km ultrapassem 1.000 km por carga. As células utilizam eletrólitos sólidos com maior estabilidade térmica, capazes de operar entre 300 e 400 °C, o que representa um avanço significativo em segurança e desempenho. O processo produtivo incorpora ainda um método de anodo seco, que integra etapas de mistura, revestimento e prensagem, aumentando a eficiência fabril e reduzindo o consumo de energia. A GAC também explora o uso de anodo de silício esponja, material nanoestruturado que armazena mais íons do que o grafite e é apontado como elemento central para elevar a densidade energética das baterias de estado sólido. A expectativa é que a produção em massa seja alcançada entre 2027 e 2030. (Inside EVs - 26.11.2025)
Recurrent: Baterias de VEs mostram alta durabilidade
Pesquisas recentes da startup Recurrent indicam que baterias de carros elétricos modernos apresentam baixíssima taxa de falhas, contrariando o temor comum entre compradores. Dados de milhares de veículos mostram que apenas 0,3% das baterias de modelos vendidos após 2022 precisaram ser substituídas, excluindo recalls, e que a maioria dos casos decorre de defeitos de fabricação, não de desgaste. A evolução tecnológica tem papel central nessa confiabilidade: sistemas de gerenciamento térmico mais eficientes e práticas como o pré-condicionamento da bateria reduziram significativamente a degradação. Enquanto EVs antigos, como o primeiro Nissan Leaf, registravam até 8,5% de trocas, modelos entre 2017 e 2021 caíram para 2%, e os atuais devem operar sem problemas sérios por pelo menos 15 anos. Além disso, garantias amplas e a queda contínua no custo das baterias tornam eventuais substituições menos preocupantes para os consumidores. (Inside EVs – 22.11.2025)
VoltBras: Estudo apresenta o panorama das redes de recarga para VEs no Brasil
O Anuário VoltBras 2025 apresenta o primeiro mapeamento abrangente e comparativo das redes de recarga para veículos elétricos no Brasil, analisando modelos de operação, economia da recarga, estrutura de capital, maturidade tecnológica e experiência do usuário. O estudo reúne dados primários de 56 redes distribuídas por 25 estados e pelo Distrito Federal, totalizando 1.249 pontos de recarga AC e DC, e estabelece a primeira base pública de inteligência dedicada à infraestrutura de recarga, considerada crucial para a expansão da mobilidade elétrica no país. Os resultados destacam o descompasso entre o avanço da frota elétrica e a disponibilidade de eletropostos, apontado como o principal entrave à massificação dos veículos elétricos. O anuário evidencia que os carregadores AC ainda garantem a capilaridade urbana, enquanto os equipamentos DC, embora menos numerosos, começam a estruturar corredores de longa distância em rodovias estratégicas, sobretudo nas regiões Sudeste, Sul e partes do Nordeste. (Cenário Energia - 26.11.2025)
Gestão e Resposta da Demanda
ANEEL: Ajustes na regulação de sandboxes tarifários
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou ajustes na Resolução Normativa 966/2021 para incluir critérios mínimos para autorização de Sandboxes Tarifários, projetos inovadores de modernização de tarifas. A medida, que atende recomendação da Controladoria Geral da União (CGU), objetiva inserir no texto normativo a prática que já é utilizada na governança dos Sandboxes Tarifários. Os critérios agregados ao regulamento são metodologia de definição do amostral; metodologia de definição das tarifas; aplicabilidade técnica e operacional; e relevância regulatória. A diretoria ainda decidiu estender de 1º de janeiro de 2027 para 1º de junho de 2027 o prazo máximo para envio do relatório final dos projetos de Sandboxes Tarifários da 1ª Chamada Pública para avaliação pelo Projeto de Governança. A prorrogação atende a dificuldades surgidas no desenvolvimento de sistemas de faturamento e de medição. Também foi estendido por dois meses o prazo de finalização de projeto desenvolvido pela Copel constante na 2ª Chamada Pública. (Aneel – 18.11.2025)
Eficiência Energética
ANEEL e Neoenergia: Acordo de cooperação para criação do Museu de Eficiência Energética
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) firmou um Acordo de Cooperação Técnica com a Neoenergia Distribuição Brasília S.A. para criar o Museu ANEEL de Eficiência Energética, que será instalado na sede da Agência e aberto ao público gratuitamente a partir de 2026. Financiado pelo Programa de Eficiência Energética (PEE) e integrado ao projeto educacional Aulas de Energia, o museu será um espaço interativo voltado à educação sobre geração, consumo sustentável e impactos ambientais da eletricidade. A iniciativa, considerada um marco pela ANEEL, pretende aproximar a sociedade do setor elétrico por meio de conteúdos lúdicos, ambientes tecnológicos e atividades para crianças e adolescentes, unindo memória, inovação e aprendizado em eficiência energética. (ANEEL - 21.11.2025)
EDP: Abertura de chamada pública para projetos de eficiência energética no ES
A EDP-ES abriu inscrições para sua nova Chamada Pública de Projetos de Eficiência Energética (CPP), disponibilizando um aporte recorde de R$ 12,2 milhões para iniciativas dos setores público e privado que promovam uso inteligente e redução do desperdício de energia. Desde 2014, a CPP já viabilizou 59 projetos, somando R$ 30,4 milhões em investimentos e gerando economia anual de 26,3 gigawatts-hora (GWh) — equivalente a um mês de consumo da cidade de Cariacica — além de evitar 1.433 toneladas de CO₂ equivalente. O edital contempla ações como modernização de iluminação, climatização, refrigeração e instalação de geração solar fotovoltaica, incentivando maior sustentabilidade em prédios públicos, hospitais e entidades sociais. (Petronotícias - 26.11.2025)
Neoenergia e CNI: Parceria para ampliar projetos de eficiência energética na BA
A Neoenergia Coelba estabeleceu parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para ampliar projetos de eficiência energética no Brasil, com foco na Bahia, que receberá R$ 3,7 milhões em iniciativas nos próximos dois anos. O acordo foi firmado em Brasília com participação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), responsável pela execução técnica. Os projetos seguirão o Programa de Eficiência Energética (PEE) da ANEEL e contemplam diagnósticos energéticos, modernização de instalações, uso de fontes incentivadas, armazenamento de energia e tecnologias de aquecimento eficiente. Segundo a empresa, a parceria fortalece a agenda de inovação e sustentabilidade; para o SENAI, reforça sua experiência em modernização industrial e capacitação técnica. O aporte deve gerar economia para consumidores e melhorar a infraestrutura produtiva no estado. (Bahia Econômica - 27.11.2025)
UFPel: Realização de congresso sobre edificações de alta eficiência energética
A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realizará em 2 de dezembro o 5º Congresso Internacional Passive House Brasil 2025, evento gratuito e majoritariamente on-line dedicado ao padrão alemão de edificações de alta eficiência energética Passive House. Organizado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FaUrb) e pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (Prograu), o congresso reunirá especialistas da Europa, Ásia, América do Sul e Brasil para discutir aplicações do modelo em diferentes climas, incluindo o contexto brasileiro. A programação intensiva, das 8h30 às 17h45, abordará conceitos fundamentais, certificações como EnerPHit, sistemas construtivos como o EIFS (External Insulation and Finish System) e experiências de retrofit e habitação eficiente em diversos países. (Gaúcha ZH - 23.11.2025)
Microrredes e VPP
E.ON e Hover: Acordo para construção de microrredes inteligentes em centros urbanos no Reino Unido
A E.ON UK e a Hover Energy firmaram uma parceria para desenvolver e implementar microrredes inteligentes em áreas urbanas, começando pelo distrito de Newham, em Londres, com o objetivo de modernizar redes locais e ampliar o acesso a energia limpa, resiliente e acessível. A Hover, que integra energia solar e eólica em telhados com sistemas avançados de gestão e armazenamento, fornecerá sua tecnologia Microrrede Eólica™, enquanto a E.ON utilizará sua experiência em projetos comunitários e redes inteligentes. Juntas, as empresas pretendem criar “laboratórios vivos” que combinem geração renovável distribuída, baterias, digitalização e dados de medidores inteligentes para equilibrar oferta e demanda em tempo real. A iniciativa promete benefícios como redução de custos, maior segurança energética, criação de empregos verdes, descarbonização e liberação de capacidade na rede. (News Eon Energy - 25.11.2025)
Synertec e Shell QGC: Assinatura de contrato para construção de microrrede
A Synertec conquistou um contrato com a Shell QGC para fornecer e operar sua microrrede renovável Powerhouse em um poço de gás de carvão (CSG) na Bacia de Surat, em Queensland, ampliando a adoção da tecnologia por grandes operadoras da região. A Powerhouse é uma microrrede 100% renovável, baseada em energia solar e baterias, controlada por uma plataforma de Inteligência Preditiva com IA, já operando há cinco anos sem uso de combustíveis fósseis e sem falhas não planejadas — um diferencial essencial para operações remotas. O acordo segue o modelo BOOM (construção, propriedade, operação e manutenção), com período inicial de testes de seis meses, e deve começar a gerar receita no final do ano fiscal de 2026. Segundo a Synertec, o contrato confirma a crescente confiança no sistema e abre caminho para que a Shell QGC possa migrar grande parte de seus 2.800 poços para soluções renováveis robustas e escaláveis. (Proactive Investors - 26.11.2025)
Univers e o SP Group: Parceria para implementar projeto piloto da VPP
A Univers, especialista global em IA e IoT, firmou uma parceria estratégica com o SP Group para implementar o projeto-piloto da Usina Virtual de Energia (VPP) de Singapura dentro do Sandbox Regulatório da EMA, avançando um passo importante rumo à operação real da tecnologia no país. A iniciativa, que teve sua prova de conceito demonstrada com sucesso durante a CEPSI/SIEW 2025, agregará diversos recursos energéticos distribuídos para oferecer serviços essenciais à rede — como regulação de frequência, reserva de contingência e balanceamento — e foi concebida para futura expansão em escala nacional. Pelo Memorando de Entendimento, Univers e SP irão aprimorar conjuntamente a plataforma, reforçando integração, testes e escalabilidade. (Solar Quarter - 27.11.2025)
Tecnologias e Soluções Digitais
AXIA Energia: Operação de alto desempenho para reforço da infraestrutura e demanda de IA
A Axia Energia iniciou operações de processamento de dados voltadas à mineração de bitcoin no Rio de Janeiro e na Bahia, como etapa preparatória para atuar no fornecimento de energia e na gestão de capacidade computacional para data centers e aplicações de Inteligência Artificial no Brasil. A empresa utiliza energia renovável para alimentar chips ASICs, escolhidos por demandarem menor investimento por MW do que processadores usados em IA, permitindo testar soluções representativas para o futuro com Capex reduzido. No Rio, a operação piloto funciona em pequena escala, enquanto na Bahia a Axia desenvolve um projeto de P&D em Casa Nova, integrando mais de 170 máquinas a um microgrid que combina parque eólico, planta solar e bateria, somando investimentos de R$ 90 milhões. O sistema, que simula cargas diversas e exige cerca de 1 MW para as máquinas de dados, testa a operação conjunta de geração renovável, armazenamento e processamento computacional, avaliando também o papel dessas cargas na estabilização do grid — tema central para o avanço de data centers, mineração e aplicações de IA no país. (Agência CanalEnergia - 21.11.2025)
AXIA Energia: Uso de drones e IA visando elevar confiabilidade no monitoramento de ativos
A AXIA Energia vem ampliando sua estratégia de digitalização ao adotar drones equipados com Inteligência Artificial e sensores avançados, como LiDAR, para aprimorar o monitoramento de seus ativos de geração e transmissão. A iniciativa fortalece a capacidade de identificar anomalias, antecipar falhas e reduzir riscos operacionais, especialmente em áreas de difícil acesso, além de permitir mapeamentos tridimensionais precisos e maior controle sobre fatores críticos, como o avanço da vegetação próximo às linhas de transmissão. No âmbito operacional, a empresa destaca o Projeto Inspetor, desenvolvido para integrar e automatizar a análise das diferentes frentes de inspeção, com foco inicial na detecção de corrosão em pinos de isoladores de vidro — um dos problemas mais relevantes para a confiabilidade da rede. A combinação de drones e IA, segundo a companhia, tem elevado substancialmente a precisão na coleta de dados e a eficiência das inspeções, tornando-se peça central na modernização das atividades de manutenção e na segurança dos ativos elétricos. (Cenário Energia - 27.11.2025)
EDP: Inauguração de centro de predição com IA em SP
A EDP inaugurou um Centro de Predição e Performance para Geração Hídrica que utiliza digitalização e inteligência artificial para monitorar, em tempo real, milhões de eventos diários e mais de 300 mil variáveis internas e externas. Integrado ao Centro de Operação da Geração e Transmissão em São José dos Campos, o sistema atende usinas hidrelétricas do Tocantins, Mato Grosso e Pará, cruzando dados operacionais da empresa com informações de órgãos como INMET, ANA, CCEE e ONS para aumentar a eficiência, a confiabilidade e a precisão das decisões operacionais. O projeto, que recebeu investimento de cerca de R$ 15 milhões, foi implantado em três módulos progressivos: análise estatística de falhas com base em dados históricos; aplicação de regras definidas por especialistas processadas por IA; e, por fim, modelos capazes de identificar automaticamente anomalias e padrões sutis de degradação. A expectativa é reduzir falhas, custos e tempos de resposta, além de aprimorar a manutenção preventiva e elevar a sustentabilidade da operação das usinas. (IT Fórum - 25.11.2025)
Energisa: IA agiliza atendimento de mais de 600 mil clientes
A Energisa passou a utilizar um sistema de URA aprimorado por Inteligência Artificial, capaz de compreender a fala do cliente, identificar automaticamente o número de origem da chamada e cruzar essas informações com os dados da unidade consumidora. Essa evolução torna o atendimento mais direto, reduz a necessidade de navegação por múltiplos menus e permite respostas imediatas, como a confirmação de interrupções de energia e a previsão de restabelecimento do serviço. A tecnologia, baseada em um modelo de “pergunta aberta”, já está disponível em todas as distribuidoras do grupo e possibilita a coleta ágil de informações essenciais para o atendimento, como detalhes da ocorrência e eventuais riscos. Segundo a empresa, a URA Inteligente integra um movimento de modernização que busca aprimorar a experiência do cliente, unindo eficiência operacional a interações mais fluidas e humanizadas em ambientes digitais. (Leopoldinense - 24.11.2025)
Equatorial: Implementação de sistema digital de diagnóstico de equipamentos elétricos
O Grupo Equatorial Energia iniciou a adoção do sistema DianE, desenvolvido pelo Cepel, para digitalizar e aprimorar a gestão de ativos em suas sete distribuidoras. A ferramenta integra dados de diferentes equipamentos, como transformadores, reatores e disjuntores, reunindo informações de ensaios e monitoramento online em um ambiente centralizado. Essa abordagem permite diagnosticar degradações, acompanhar tendências e priorizar intervenções preventivas, reduzindo indisponibilidades e custos operacionais. O novo sistema também fortalece práticas de gestão baseadas em risco, alinhadas às exigências regulatórias e à busca por maior confiabilidade e eficiência no ciclo de vida dos ativos. Segundo a Equatorial, a solução representa um avanço estratégico para consolidar um Centro de Monitoramento de Ativos próprio, ampliando a autonomia tecnológica e a capacidade de planejamento preditivo, com impacto direto na segurança, continuidade e qualidade do fornecimento de energia. (Cenário Energia - 19.11.2025)
Redtrust: Digitalização impulsiona modernização e segurança no SEB
O SEB vive forte expansão, com mais de 24 mil usinas e potência superior a 210 GW, além de uma matriz majoritariamente renovável, que representa 88% da geração e coloca o país entre os líderes globais em energia eólica e solar. Segundo especialistas da Redtrust, esse avanço é acompanhado por uma transformação digital que torna operações mais ágeis, seguras e transparentes, do fornecimento à comercialização. Certificados digitais têm papel central ao garantir autenticidade, integridade e validade jurídica de documentos e transações, essenciais em um mercado regulado e complexo. A integração com órgãos como CCEE e ANEEL exige autenticação confiável, ampliando a necessidade de gestão eficiente de identidades e certificados. Plataformas de gerenciamento centralizado ajudam a monitorar usos, evitar expiração, definir políticas de acesso e reduzir riscos de segurança, fortalecendo a governança digital. Com a crescente adoção de renováveis e smart grids, a infraestrutura digital segura torna-se indispensável à evolução do setor. (Valor Econômico - 24.11.2025)
Segurança Cibernética
Eslovênia: TSO adere à Rede Europeia de Segurança Cibernética
A operadora do sistema de transmissão da Eslovênia (TSO), ELES, aderiu à Rede Europeia para a Segurança Cibernética — European Network for Cyber Security (ENCS), fortalecendo a cooperação internacional para proteger a rede elétrica europeia diante do crescimento e da sofisticação das ameaças digitais. Com a adesão, a ELES passa a ter acesso a inteligência colaborativa, treinamento especializado e conhecimento técnico da ENCS, aprimorando sua capacidade de detectar, prevenir e responder a ataques contra redes de alta tensão. A iniciativa ocorre em um contexto de pressão crescente sobre infraestruturas críticas, conforme alerta o relatório ENISA Threat Landscape 2025, da Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA), que aponta maior exposição devido à digitalização e às atividades de Estados-nação. (Balkan Energy News - 26.11.2025)