Tecnologias Exponenciais 242
Transição Energética e ESG
Agência Pública: Estudo aponta que Brasil pode criar 7,1 milhões de empregos verdes até 2030
A pesquisa “Empregos do Futuro no Brasil: Transição Justa para Economias de Baixo Carbono”, lançada pela Agenda Pública e Fundação Grupo Volkswagen, indica que o país pode gerar 7,1 milhões de empregos verdes até 2030, desde que adote políticas integradas de requalificação profissional e desenvolvimento territorial. O estudo criou o Índice de Capacidade de Transição Sustentável Municipal (ICTSM), que avalia a vulnerabilidade socioeconômica e a capacidade adaptativa de cada cidade, variando de 0 a 1. O levantamento revela fortes desigualdades regionais, enquanto São Caetano do Sul e o Rio de Janeiro são municípios resilientes, cidades como São Bernardo do Campo e Duque de Caxias são classificadas como críticas. A pesquisa aponta oportunidades em setores como eólica offshore, eletromobilidade, química verde e mineração limpa. Para os especialistas, a transição requer políticas de formação técnica, inclusão de jovens e territorialização de programas como o Plano de Transformação Ecológica, de modo a garantir uma mudança justa, com geração de renda e redução das desigualdades. (Valor Econômico – 29.10.2025)
BNDES: Banco seguirá investindo em energias renováveis
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mantém seu compromisso com o setor de energia e continua desenvolvendo uma carteira de projetos voltados a fontes renováveis, mesmo diante dos desafios atuais do segmento. Segundo a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática, Luciana Costa, o Brasil vive uma nova fase da transição energética, impulsionada pelo avanço dos combustíveis sustentáveis, da eletrificação, do mercado de carbono e das inovações tecnológicas. Durante o evento Brazil WindPower, Costa ressaltou que, apesar da retração recente da indústria eólica, o BNDES seguirá apoiando projetos onshore e offshore que apresentem segurança e viabilidade financeira. Ela destacou ainda a necessidade de ampliar a demanda interna, especialmente com a chegada de data centers e grandes consumidores de energia, e observou o crescente interesse internacional pelo mercado de carbono brasileiro, evidenciando o papel estratégico do país na transição energética global. (Megawhat - 29.10.2025)
EPE: Publicação de estudo sobre rotas tecnológicas para produção de SAF e biobunker
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou o estudo "Processos de Biorrefinaria para a Produção de SAF e Biobunker", que reforça o compromisso institucional do Brasil em alinhar o desenvolvimento tecnológico do setor energético com as metas globais de descarbonização. A pesquisa foi elaborada no âmbito do Projeto ProQR – Combustíveis Alternativos sem Impactos Climáticos, uma cooperação técnica entre GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH) e MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), com participação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Este estudo apresenta uma análise abrangente sobre rotas tecnológicas e oportunidades para a produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e marítimos (biobunker), ressaltando o papel estratégico da inovação no avanço da transição energética nacional. Acesse o estudo aqui. (EPE – 27.10.2025)
Mapfre: Redução de mais de 80% das emissões de carbono até o fim de 2025
A Mapfre anunciou que neutralizará mais de 80% de sua pegada de carbono até o fim de 2025 em 13 países, incluindo o Brasil, por meio de uma estratégia que alia eficiência energética, redução de custos e sustentabilidade. Em 2024, a companhia evitou o consumo de 124 mil litros de combustíveis fósseis e reduziu em 25% suas emissões totais em relação a 2022, superando as metas previstas e evitando 450 toneladas de CO₂ — o equivalente à absorção anual de 21 mil árvores. As ações incluem a substituição da frota por veículos híbridos e elétricos e a ampliação do uso de energia renovável certificada, com 100% do consumo global já proveniente de fontes limpas, apoiado pela geração solar própria. No Brasil e em outros países, a empresa busca integrar sustentabilidade à gestão corporativa, segundo Fátima Lima, diretora de sustentabilidade. O Plano de Sustentabilidade 2024-2026 define metas de neutralidade total em 2030 e emissão líquida zero até 2050, além de reduzir em 43% as emissões da carteira de investimentos até o fim da década. (Agência CanalEnergia - 27.10.2025)
Petrobras: Estudo de criação de hubs de captura e armazenamento de carbono no Brasil
A Petrobras está avaliando a implantação de um hub de captura e armazenamento de carbono (CCS) na Bacia do Paraná, em São Paulo, que poderá atender suas refinarias e usinas de etanol da região, reduzindo a pegada de carbono e possibilitando emissões negativas em alguns casos. Além deste, a estatal estuda três outros polos de CCS na Bahia, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, todos em diferentes estágios de análise. O projeto faz parte da estratégia de transição energética da companhia, que busca diminuir emissões sem abrir mão da produção de petróleo e gás. Na Bahia, o foco é o uso de poços depletados; no Espírito Santo, aquíferos salinos onshore; e no Rio, um projeto piloto em Macaé já captura até 100 mil toneladas de CO₂ por ano. A iniciativa também abre novas oportunidades de negócios em descarbonização industrial, oferecendo serviços de CCS a outras empresas. (Agência Eixos – 27.10.2025)
Energy Summit e MIT: Relatório apresenta 10 tendências que estão redefinindo a transição energética global
O relatório “10 Energy Megatrends 2025”, elaborado pelo Energy Center da MIT Technology Review Brasil em parceria com o Energy Summit, aponta que a transição energética deixou de ser uma meta futura e se tornou uma urgência global que pressiona governos, empresas e consumidores. Com base no modelo de inovação do MIT, o estudo identifica dez forças tecnológicas, econômicas e geopolíticas que estão redefinindo o setor energético e tornando a transição um processo irreversível. Lançado durante o Energy Summit 2025, realizado no Rio de Janeiro, o documento destaca que tendências como a digitalização, a inteligência artificial e as mudanças regulatórias já estão provocando transformações concretas na matriz energética mundial. Segundo o relatório, o avanço de tecnologias emergentes e a urgência climática exigem ação imediata e coordenação entre políticas públicas, ciência, capital e empreendedorismo. Entre os principais eixos de transformação estão o aumento da demanda energética dos datacenters, a ciber-resiliência das redes, a expansão de biogás e biometano, o desenvolvimento de baterias alternativas e a digitalização por meio das usinas virtuais de energia. O estudo também ressalta o papel estratégico do Brasil, cuja matriz elétrica renovável e posição logística o colocam em posição de destaque na nova geopolítica da energia e nas cadeias produtivas da descarbonização global. (Cenário Energia - 24.10.2025)
IEA: Restrições a exportações de minerais críticos elevam riscos das cadeias globais de energia
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) alertou que o avanço de políticas de restrição à exportação de minerais críticos em diversos países pode aumentar a concentração da oferta e fragilizar as cadeias produtivas globais. Desde 2019, o número de medidas de controle quase dobrou, superando cem até meados de 2025. Embora justificadas por motivos de segurança nacional e de fortalecimento da indústria local, essas restrições podem gerar instabilidade no suprimento e elevar os custos da transição energética, impactando setores estratégicos como armazenamento de energia, mobilidade elétrica e redes inteligentes. Segundo a IEA, a produção mundial de minerais críticos já apresenta forte concentração geográfica, com poucos países dominando a extração e o refino de recursos como lítio, cobalto e terras raras. Essa dependência aumenta a vulnerabilidade do sistema global a choques geopolíticos e comerciais, ameaçando o ritmo da descarbonização. Diante desse cenário, a agência recomenda a diversificação das fontes de suprimento, o incentivo à reciclagem e o fortalecimento da economia circular. Ressalta ainda que países com abundância de reservas, como o Brasil, podem assumir papel estratégico ao combinar potencial mineral com políticas de sustentabilidade e rastreabilidade ambiental. (Cenário Energia - 24.10.2025)
ABEEólica: Regulação é principal desafio para viabilizar energia eólica offshore
A regulação da eólica offshore é o principal desafio para viabilizar projetos no Brasil, afirmou Matheus Noronha, Head de Energia Eólica Offshore da ABEEólica, no dia 28 de outubro, durante o BrazilWindpower. Em resumo, a cessão de áreas para eólicas offshore no Brasil se refere ao processo de licenciamento e concessão, por meio de leilões, de áreas marítimas para o desenvolvimento de projetos de energia eólica. Segundo o executivo, embora a eólica offshore ainda não esteja contemplada integralmente no Plano Decenal de Energia (PDE), o avanço da tecnologia tende a reduzir custos e aumentar a competitividade. Além disso, também ressaltou os impactos econômicos da tecnologia, expondo o caráter potencializador de empregos em diversos setores. Por fim, Noronha relacionou a expansão da eólica a chamada “ansiedade climática”, associada a necessidade de atingir o net zero e conter a temperatura global. (Agência CanalEnergia - 28.10.2025)
BNDES: Desenho de estratégia de financiamento para impulsionar energia eólica offshore no Brasil
O BNDES está desenvolvendo uma estratégia de financiamento específica para impulsionar o setor de energia eólica offshore no Brasil, tendo em vista seu potencial de transformar a matriz energética nacional. O anúncio foi feito por Luiz Antonio Pazos, responsável pelo Programa de Economia Marinha (PEM), durante o Brazil Windpower. Segundo ele, o banco se prepara para oferecer financiamentos de longo prazo, equilibrando a preservação dos recursos marinhos com o atendimento às comunidades costeiras. A iniciativa integra o programa BNDES Azul, que posiciona a energia eólica offshore como eixo central da economia azul brasileira, articulando sustentabilidade, inovação e desenvolvimento socioeconômico. O modelo proposto vai além do crédito tradicional, ao incorporar o planejamento espacial marinho e fomentar projetos que aliem tecnologia e preservação, como o uso da energia eólica offshore para alimentar data centers. A abordagem marca um avanço estratégico na consolidação do Brasil como protagonista na transição energética sustentável. (Agência CanalEnergia - 28.10.2025)
Curso GESEL “Transição Energética: Inovação nas Fontes de Eletricidade”
O curso “Transição Energética: Inovação nas Fontes de Eletricidade” apresenta os principais desafios e oportunidades do setor elétrico brasileiro no processo de modernização. Com foco em inovações em fontes de eletricidade, destaca a energia solar, a energia eólica, a biomassa, a hidrelétrica e as tecnologias de armazenamento. Aborda ainda conceitos essenciais da transição energética, perspectivas futuras, políticas públicas e soluções regulatórias, sempre com base em análises do cenário nacional e internacional. O programa está estruturado em seis módulos, que incluem desde a introdução aos vetores da transição até o estudo de novas tecnologias, impactos ambientais e regulação do setor. Serão 12 horas de carga horária, com aulas online às segundas e quartas-feiras, das 18h às 20h. O início do curso está previsto para o dia 3 de novembro. Inscreva-se já: https://forms.gle/DXjB3vg5pKd1Z3Ru8 (GESEL-IE-UFRJ – 28.10.2025)
Geração Distribuída
Associações cobram ajustes na MP 1.304 para equilibrar expansão da MMGD
Em carta conjunta ao Congresso, Abradee, Abeeólica, Abrage, Abrace, Abiape, Apine, Anace e a Frente dos Consumidores defendem que a MP 1.304/2025 seja usada para corrigir distorções e harmonizar a expansão da MMGD com a estabilidade do SIN. As entidades afirmam que a GD já ultrapassa 43 GW e pode chegar a 58 GW até 2029, provocando sobreoferta diurna e rampas de pôr do sol que exigem despacho térmico acentuado e elevam custos operativos. Pedem valoração adequada dos impactos sistêmicos da MMGD, mais governança, transparência e responsabilidade na alocação de custos, sem negar o papel da GD na diversificação da matriz. A carta alerta que, sem ajustes, aumentam os riscos de crédito e cai a previsibilidade dos investimentos, além de piorar o curtailment. O texto ecoa discussões sobre serviços ancilares, capacidade e armazenamento como condições para reduzir cortes e preservar modicidade. O tema foi remetido à Comissão Mista que analisa a MP, em meio ao calendário apertado de deliberação. (Megawhat – 28.10.2025)
AXS Energia: Captação de R$ 170 milhões para investimento em GD compartilhada
A AXS Energia concluiu uma emissão de debêntures de R$ 170 milhões para financiar a construção de novas usinas solares no modelo de geração distribuída remota compartilhada. Os empreendimentos serão instalados em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, ampliando a presença da empresa nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde já opera 62 usinas solares. Com a nova captação, o investimento total previsto nos projetos soma R$ 200,85 milhões, o que permitirá atingir 35 MWp de capacidade instalada. Atualmente, a AXS conta com 200 MW em operação, e planeja chegar a 350 MW até 2027. A nova captação reforça o ritmo acelerado de expansão da AXS Energia e sua atratividade junto ao mercado de capitais. Entre 2022 e 2025, a empresa já obteve R$ 1,9 bilhão em recursos financeiros. (Agência CanalEnergia - 22.10.2025)
MP 1304: Associações pedem manutenção do Marco Legal da GD
Em carta enviada à Câmara dos Deputados, a Associação Brasileira de Geração Distribuída, a Associação Brasileira de Energia Solar, o Instituto Nacional de Energia Limpa e o Movimento Solar Livre fazem um apelo em favor da manutenção do Marco Legal daGeração Distribuída. O pedido é pela não criação de novos encargos ou tarifas multipartes. Isso abalaria a previsibilidade regulatória e a segurança jurídica da área. No documento, as entidades citam os números da GD. A modalidade já tem mais de 6,9 milhões de unidades consumidoras e sustentam 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos. Dessa maneira, todo o debate que precedeu a aprovação do marco legal também foi lembrado, como forma de dizer que foi fruto de um consenso. “A geração distribuída representa o maior movimento popular de energia limpa do país, com impacto social e econômico em mais de cinco mil municípios brasileiros”, diz um trecho. (Agência CanalEnergia - 24.10.2025)
Ministério da Fazenda: Proposta para antecipar fim dos subsídios para GD
A Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda recomendou dar base legal para limitar a geração de MMGD e de fontes renováveis não despacháveis em momentos de sobreoferta, além de partilhar os efeitos econômicos dos cortes entre todos os agentes, e não apenas geradores centralizados. A nota, que subsidia o debate da MP 1.304, argumenta que a expansão da GD e das renováveis alterou a operação do SIN, deslocando cortes para usinas centralizadas enquanto a MMGD também contribui para picos de excedente. A Fazenda propõe ajustes à Lei 14.300/2022 para que cortes energéticos se reflitam nos créditos de energia da GD e defende antecipar o fim dos descontos: equiparar MMGD1 e MMGD2 à MMGD3 a partir de 2026 (pagando 60% dos custos de rede em 2026; 75% em 2027; 90% em 2028; e 100% em 2029). O documento também sugere marco legal para o agente armazenador (baterias e UHRs), chamando armazenamento de peça-chave para reduzir cortes e deslocar energia solar diurna. A ABGD reagiu, dizendo que a proposta parte de premissa equivocada e fere a segurança jurídica da GD. A Fazenda ainda menciona, como discussão possível, repactuação de desligamentos passados inspirada no GSF, mas restrita a restrições técnicas. Em paralelo, reforça pilares das MPs 1.300 e 1.304 (abertura de mercado, teto para a CDE, revisão de subsídios). (Megawhat – 28.10.2025)
Veículos Elétricos
Alemanha: Endurecimento de regra para recarga de VEs híbridos plug-in
A VDA, principal associação da indústria automotiva alemã, propôs tornar obrigatória a recarga elétrica de híbridos plug-in (PHEVs) para viabilizar sua permanência no mercado europeu após 2035, quando a União Europeia exigirá vendas apenas de veículos com emissões zero de CO₂ por quilômetro. A entidade, apoiada por parte de políticos alemães, defende que os PHEVs sejam aceitos se operarem majoritariamente em modo elétrico. A presidente Hildegard Müller sugeriu um sistema que obrigue a recarregar a bateria dentro de uma distância pré-definida, com limitação automática de potência caso o motorista prossiga sem carregar, como forma de incentivar o uso elétrico e garantir redução de emissões. A proposta, porém, suscita dúvidas de eficácia e viabilidade. O resultado dependeria do intervalo fixado entre recargas: limites longos manteriam o uso extensivo do motor a combustão; limites curtos inviabilizariam viagens, um dos trunfos dos PHEVs. Além disso, a necessidade de recargas frequentes poderia levar esses veículos a ocuparem carregadores rápidos para repor pequenas quantidades de energia (cerca de 20 kWh, para menos de 100 km elétricos), ampliando a pressão sobre a infraestrutura pública de recarga. (Inside EVs - 28.10.2025)
Toyota: Investimento de US$ 360 milhões para produzir VEs híbridos no Vietnã
A Toyota Motor anunciou que começará a fabricar veículos híbridos no Vietnã em 2027, ampliando sua capacidade produtiva na fábrica de Phu Tho, no norte do país, para atender à crescente demanda por carros movidos a gasolina e eletricidade. Com investimento estimado em US$ 360 milhões, a montadora japonesa instalará novas prensas, automatizará o processo de pintura e substituirá tintas à base de óleo por opções mais sustentáveis. O Vietnã será o quarto país asiático, além do Japão, a produzir híbridos Toyota, após Tailândia, Indonésia e Malásia. Embora os híbridos representem menos de 3% das vendas locais, as vendas do segmento cresceram 70% em 2025. A Toyota planeja dobrar sua capacidade anual para cerca de 100 mil veículos, acompanhando a previsão de que o mercado vietnamita alcance 1 milhão de carros novos por ano até 2030. A medida também busca aproveitar possíveis reduções fiscais sobre híbridos, enquanto a concorrente local VinFast se destaca no país com forte apoio governamental aos veículos elétricos. (Valor Econômico – 28.10.2025)
ABVE: Lançamento de coalizão em defesa da eletrificação de caminhões e ônibus no Brasil
Organizações da sociedade civil, lideradas pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), lançaram a coalizão Gigantes Elétricos para defender políticas públicas que acelerem a eletrificação de caminhões e ônibus no Brasil. O movimento surge em contraposição à preferência do governo pelos biocombustíveis e busca espaço no debate da COP30, em Belém (PA). A iniciativa, integrada a uma rede internacional, critica o impacto ambiental e a dependência fóssil da produção de biocombustíveis e propõe um arcabouço regulatório que estimule infraestrutura de recarga e competitividade dos veículos elétricos. Segundo a coalizão, com matriz elétrica 88% renovável, o país poderia reduzir em até 76,5% os custos operacionais do transporte. Para a ABVE, o programa Mover não favorece a eletrificação pesada, e o avanço tecnológico das baterias LFP já permite maior eficiência e queda de preços, tornando o frete elétrico economicamente viável e sustentável. (Agência Eixos – 29.10.2025)
China: Reciclagem de 99% dos materiais de baterias de VEs
A China tem se destacado no avanço da reciclagem de baterias para veículos elétricos, alcançando índices de recuperação de até 99,6% para níquel, cobalto e manganês, e entre 96% e 98% para lítio — resultados que superam as metas previstas pela União Europeia para o final da década. Esse desempenho é impulsionado por padrões nacionais rigorosos estabelecidos pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) e pela atuação de grandes empresas como a CATL, cuja subsidiária Guangdong Brunp Recycling Technology opera centenas de unidades de reciclagem com processos automatizados e técnicas hidrometalúrgicas de alta eficiência. Os padrões chineses abrangem não apenas baterias automotivas, mas também as usadas em armazenamento de energia, aplicações marítimas e outros setores industriais, promovendo uma economia circular que reduz a dependência de mineração e o impacto ambiental. Além disso, a China tem papel ativo na formulação de normas internacionais de reciclagem e reutilização, participando com dezenas de especialistas em comitês técnicos que buscam padronizar critérios globais de desempenho e classificação para a chamada “segunda vida” das baterias. (Inside EVs - 25.10.2025)
Gestão e Resposta da Demanda
Cemig: Instalação de medidores inteligentes em MG
A Cemig iniciou a instalação de medidores inteligentes de energia elétrica em unidades consumidoras de Uberaba, no Triângulo Mineiro. O projeto tem como objetivo modernizar o processo de medição de energia, substituindo os equipamentos convencionais por dispositivos digitais mais precisos e eficientes. De acordo com a concessionária, nesta etapa, mais de 6 mil medidores serão substituídos nos residenciais Isabel Nascimento e Rio de Janeiro, com conclusão prevista em 2025. Em síntese, os equipamentos permitem aos consumidores acompanharem o consumo diário de energia pelo app Cemig Atende, assim oferecendo maior confiabilidade e controle sobre o consumo de energia. Por fim, além de facilitar o monitoramento do consumo, os medidores inteligentes também contribuem para a redução de perdas e a melhoria na qualidade do fornecimento. (Agência CanalEnergia - 28.10.2025)
CPFL: Instalação de medidores inteligentes em SP
A CPFL Piratininga iniciou a instalação de medidores inteligentes em Sorocaba (SP) como parte de seu plano de modernização, que prevê 2,1 milhões de novos equipamentos até 2028, com investimento de R$ 1,2 bilhão. Na região, serão substituídos mais de 360 mil medidores até agosto de 2026, beneficiando cerca de 220 mil clientes em 12 municípios. A substituição será gratuita e realizada mediante aviso prévio, seguindo normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os novos medidores permitirão leitura remota e precisa do consumo, dispensando visitas presenciais e agilizando o atendimento em casos de falhas ou interrupções. Com o avanço do projeto, os consumidores poderão acompanhar o consumo diário pelo aplicativo CPFL Energia e aderir a novas modalidades tarifárias, reforçando a digitalização e eficiência do serviço elétrico. (Agência CanalEnergia - 24.10.2025)
NOVA IMS: Desenvolvimento de tecnologia que permite a troca de energia entre vizinhos em Portugal
Uma equipe da NOVA Information Management School (NOVA IMS) está desenvolvendo uma solução baseada em blockchain que permite a compra e venda direta de energia entre vizinhos com painéis solares, sem a necessidade de intermediários. A iniciativa integra o projeto europeu COMMUNITAS, liderado pelo EDP R&D Center, e está sendo testada em diversos países, incluindo Portugal. O objetivo é fortalecer a autonomia energética local e ampliar a participação dos consumidores, possibilitando que o excedente de eletricidade gerado seja comercializado de forma simples e descentralizada dentro das comunidades. A contribuição da NOVA IMS concentra-se na plataforma Wattswap, desenvolvida pelo NOVA Blockchain Lab, que utiliza contratos inteligentes para registrar transações e automatizar pagamentos com transparência e segurança. Com conclusão prevista para 2026, o projeto reúne 18 parceiros de oito países e conta com financiamento de sete milhões de euros, propondo um novo modelo energético comunitário, mais sustentável, colaborativo e eficiente. (Ambiente Online - 23.10.2025)
Brasil: Especialistas apontam que VEs podem ajudar a rede elétrica através de tarifas dinâmicas
O aumento da frota de veículos elétricos no Brasil tem gerado discussões sobre seu potencial impacto no Sistema Interligado Nacional (SIN). Especialistas apontam que esses veículos poderiam auxiliar o equilíbrio da rede ao consumir o excedente de energia, especialmente a solar gerada durante o dia, desde que existam tarifas horárias que incentivem o carregamento em momentos de maior oferta. Além disso, os carros elétricos conectados à rede podem atuar como baterias distribuídas, armazenando energia renovável e liberando-a nos horários de pico, contribuindo para a estabilidade do sistema. Atualmente, porém, a maioria dos usuários ainda realiza o carregamento à noite por conveniência, o que reduz o aproveitamento do excedente solar. Para que o setor automotivo elétrico se torne de fato um aliado do sistema elétrico, especialistas defendem a adoção de mecanismos de precificação dinâmica e de programas como a Resposta da Demanda, que estimulem o uso flexível da eletricidade. A integração eficiente entre geração, distribuição e consumo é vista como essencial para que os veículos elétricos participem ativamente da transição energética e do gerenciamento inteligente da rede. (Inside EVs - 27.10.2025)
Eficiência Energética
CBIC e ENBPar: Parceria para impulsionar a eficiência energética na construção civil
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) firmaram um convênio de cooperação técnica para ampliar o uso do Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE Edifica) no setor da construção civil, com foco na eficiência energética e na sustentabilidade. O acordo, com duração inicial de 18 meses, busca medir os impactos econômicos e ambientais da certificação, avaliando custos, garantias, tempo de execução e percepção do mercado sobre imóveis com selo de eficiência. A iniciativa será desenvolvida em cinco etapas, incluindo modelagem financeira, análise comparativa antes e após a entrega dos imóveis, identificação de benefícios econômicos, sistematização dos dados em linguagem acessível e disseminação dos resultados por meio de capacitação e boas práticas. Segundo o presidente da CBIC, Renato Correia, a parceria reforça o compromisso do setor com construções mais inovadoras e sustentáveis, especialmente na habitação social. O convênio pretende gerar informações que subsidiem políticas públicas e financiamentos verdes, demonstrando que eficiência energética representa investimento em conforto, economia e valorização imobiliária, não um custo adicional. (Agência CanalEnergia - 30.10.2025)
Celesc: Chamada pública para projetos de eficiência energética em SC
A Celesc anunciou investimento de R$ 15 milhões em novos projetos de eficiência energética em Santa Catarina, por meio da Chamada Pública do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Aneel. A iniciativa busca selecionar propostas que promovam o uso racional da eletricidade e está aberta à participação de indústrias, hospitais, escolas, universidades, órgãos públicos, prefeituras, instituições beneficentes e empresas de serviços de eficiência energética (ESCOs). Os recursos serão destinados à modernização de sistemas industriais, hospitalares e educacionais, à troca de iluminação pública por LED e a projetos de cunho social. Além de reduzir o consumo e os custos operacionais, as ações visam aumentar a durabilidade dos equipamentos e contribuir para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa. O programa reforça o compromisso da Celesc com o desenvolvimento sustentável e com a adoção de práticas que aliem economia, inovação e responsabilidade ambiental. (Notisul - 29.10.2025)
Energisa: Chamada pública para projetos de eficiência energética
O Grupo Energisa lançou a chamada pública do Programa de Eficiência Energética (PEE), iniciativa regulada pela Aneel que incentiva projetos voltados ao uso racional da energia elétrica, à inovação e à sustentabilidade. Podem participar consumidores atendidos pela Energisa Sul-Sudeste, abrangendo municípios do interior de São Paulo, sul de Minas Gerais e Guarapuava (PR). As inscrições ficam abertas até 19 de dezembro de 2025, e os resultados serão divulgados em março de 2026. O programa destina recursos a iniciativas rurais, de iluminação pública, instituições sociais e órgãos governamentais, buscando reduzir o desperdício e ampliar os benefícios ambientais e econômicos nas comunidades atendidas. Alinhada às diretrizes da Aneel, a ação reforça o compromisso do Grupo Energisa com práticas de sustentabilidade e governança e com a promoção de uma cultura de eficiência energética nas regiões de sua concessão. (Jornal Mais Bragança - 27.10.2025)
EPE: Publicação analisa potencial de eficiência energética na indústria brasileira
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) destacou, na publicação “Jornada Firjan pela Transição Energética”, o papel estratégico da eficiência energética na indústria como motor de uma transição justa e de baixo carbono. Em artigo apresentado pela superintendente Carla Achão, a EPE apontou que a eficiência pode gerar resultados imediatos enquanto novas tecnologias amadurecem, com potencial expressivo em setores como cimento, química, siderurgia e papel e celulose. O texto defende políticas públicas e ações empresariais — como retrofit de instalações, implantação de unidades industriais mais eficientes (greenfield) e gestão do uso de energia — para ampliar os ganhos industriais. Segundo o Balanço Energético Nacional 2025, as fontes renováveis já representam 50% da matriz energética total e cerca de 90% da matriz elétrica do país, reforçando o avanço histórico da transição brasileira desde programas como o Proálcool e o Procel. (EPE - 24.10.2025)
EUA: Queda no ranking global de eficiência energética
Os Estados Unidos caíram da 10ª para a 11ª posição no Ranking Internacional de Eficiência Energética 2025 do Conselho Americano para uma Economia com Eficiência Energética (ACEEE), apesar de terem melhorado sua pontuação total — puxada por avanços em “iniciativas nacionais” ligados à Lei de Redução da Inflação e a reduções de intensidade energética. O desempenho por categoria foi: 21 em iniciativas nacionais, 17 em edifícios, 13 em indústria e 6 em transportes (principal gargalo). A ACEEE elogia os códigos-modelo de energia dos EUA — estimados para economizar US$ 138 bilhões e evitar 900 MtCO₂ (2010–2040) —, mas recomenda códigos obrigatórios nacionais e etiquetagem compulsória de desempenho energético, hoje definidos localmente. No topo do ranking estão França, Alemanha, Reino Unido e Itália; a China subiu para a 5ª posição graças a metas de consumo/intensidade e forte uso de transporte público. (Utility Dive - 29.10.2025)
Microrredes e VPP
Brasil: Validação de microrrede com baterias na distribuição em MG
Uma prova de conceito conduzida pela Concert Technologies para a Cemig, com testes realizados na UFMG e no Estádio do Mineirão, resultou no desenvolvimento da primeira microrrede do Brasil conectada ao sistema de distribuição, que será implantada em Serra da Saudade (MG). O estudo demonstrou que os Sistemas de Armazenamento de Energia com Baterias (SAEB) em média tensão aumentam a confiabilidade da rede, permitindo o fornecimento contínuo de energia mesmo em situações de falha. Com capacidade de 1 MWh e potência nominal de 750 kVA, o sistema opera remotamente pelo Centro de Operação da Distribuição e é gerenciado por uma plataforma DERMS. Com base nos resultados obtidos, a Cemig estruturou um projeto pioneiro que integra geração solar, armazenamento em baterias e medição inteligente para garantir maior estabilidade e eficiência no fornecimento de energia a municípios. A solução, desenvolvida em parceria com Fitec, ITEMM e UFMG, representa um avanço na adoção de tecnologias de energia distribuída no país e reforça uma tendência global de uso de sistemas de armazenamento, cada vez mais viáveis com a redução dos custos tecnológicos e o avanço regulatório do setor elétrico. (Diário do Comércio - 24.10.2025)
EUA: Microrrede irá proporcionar economia de US$ 1,6 milhão por ano
A Meritus Health concluiu uma microrrede multifásica que manterá o Meritus Medical Center operando durante quedas de energia e deve economizar cerca de US$ 1,6 milhão por ano, evitando 2.000 tCO₂e anuais. O sistema combina geração no local com 1.917 painéis solares (1.421.991 kWh/ano), cogeração (CHP – combined heat and power) redundante de 2,4 MW, carregadores para veículos elétricos e refrigeração por absorção que aproveita o calor residual para produzir água gelada, tudo orquestrado por uma plataforma inteligente de controle de microrredes. O projeto recebeu mais de US$ 1 milhão em subsídios da Administração de Energia de Maryland, foi instalado ao longo do último ano e entrou em operação em outubro de 2025. A FESCO Energy, de Maryland, projetou e construiu o projeto turnkey em parceria com a Meritus e empresas locais. (Triste Alert - 29.10.2025)
EUA: SolarEdge ultrapassa 500 MWh de armazenamento em VPPs
A SolarEdge superou 500 MWh de baterias residenciais inscritas em usinas virtuais de energia (VPPs, na sigla em inglês) em 16 estados dos EUA e em Porto Rico, impulsionada por parcerias com concessionárias e provedores de DERMs; hoje, mais de 40% dos clientes com baterias participam de programas que remuneram o suporte à rede em picos. Em 2025, a empresa lançou novos incentivos como APS (US$ 110/kW por desempenho), TEP (até US$ 120/kW por evento sazonal), expansão na Carolina do Sul (até US$ 624/ano) e programas em Nova York (National Grid, NYSEG, RG&E) somados ao incentivo da NYSERDA (até US$ 6.250 por sistema), além de iniciativas recordistas na Califórnia (DSGS) e em Porto Rico. A SolarEdge também amplia serviços de rede globalmente, contando com parcerias tecnológicas como Uplight e EnergyHub — esta última conectando mais de 120 concessionárias, 1,8 milhão de DERs e 2,5 GW de capacidade flexível — reforçando o papel das VPPs na resiliência da rede e na economia do armazenamento residencial. (Renewable Energy Magazine - 29.10.2025)
Reino Unido: Lançamento de microrrede com sistema BESS de 1 MW/2 MWh
A Eclipse Power Optimise entregou seu primeiro projeto de microrrede, a Carpenters Yard, em Epping Forest (Essex), que interliga 113 casas eficientes e garante aos moradores “conta zero” de energia por pelo menos cinco anos por meio do programa Zero Bills da Octopus Energy. Desenvolvida com a Total Utility Connections e a própria Octopus, a solução opera “atrás do medidor”, possui subestação dedicada e um BESS comunitário de 1 MW/2 MWh, coordenados por otimização em tempo real para equilibrar geração, consumo e armazenamento. Energizada em outubro de 2025, a microrrede combina renováveis, aquecimento elétrico e carregamento de veículos, oferecendo benefício direto aos residentes e flexibilidade de demanda ao sistema elétrico. A Eclipse planeja dialogar com reguladores para ampliar os limites de tamanho definidos nas Isenções de Classe de 2001 e replicar o modelo em empreendimentos maiores. (Transport And Energy - 28.10.2025)
Tecnologias e Soluções Digitais
CPFL: Desenvolvimento de técnica de medição ultrassônica para manutenção preditiva na rede elétrica
Foi concluído o projeto Medição Ultrassônica, desenvolvido em parceria entre o Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (CT-UFSM) e a CPFL Energia, com financiamento do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Aneel. A iniciativa criou uma metodologia inédita para avaliar a degradação da isolação de transformadores de instrumentos e para-raios por meio da medição ultrassônica de descargas parciais, permitindo a detecção de falhas sem interrupção do funcionamento dos equipamentos e aumentando a confiabilidade do sistema elétrico. O método, que utiliza um procedimento portátil para identificar sinais precoces de degradação, representa um avanço importante na manutenção preditiva de subestações e linhas de transmissão. Com investimento superior a R$ 4 milhões, o projeto aprimora a eficiência das intervenções e reduz o risco de interrupções no fornecimento de energia, reforçando a integração entre pesquisa acadêmica e inovação tecnológica no setor elétrico. (UFSM - 21.10.2025)
Energisa: Investimento em IA para tomada de decisões rápidas em períodos de queimadas no MT
A Energisa Mato Grosso vem testando soluções tecnológicas para mitigar os impactos de eventos climáticos extremos sobre o fornecimento de energia no estado. Desde junho de 2025, a distribuidora avalia o sensor ambiental NEMo, desenvolvido pela Nokia, capaz de identificar queimadas em um raio de até 500 metros por meio da detecção de fumaça, variações de temperatura, partículas de CO e umidade. Integrado a uma plataforma de análise em nuvem e inteligência artificial, o sistema busca acelerar a tomada de decisões e permitir ações preventivas antes que incêndios atinjam a rede elétrica. O projeto-piloto conta com dezesseis sensores instalados em Alto Araguaia, cobrindo uma área de 8 km, e será submetido a testes controlados em dezembro de 2025. Caso aprovado, o sistema será expandido para pontos estratégicos da rede elétrica estadual. A iniciativa reforça o uso de tecnologias avançadas e parcerias com multinacionais para aprimorar a resiliência do sistema elétrico e garantir a continuidade do fornecimento mesmo em situações de crise ambiental. (G1 - 28.10.2025)
Segurança Cibernética
Artigo de James Chicken: “Tecnologia e cibersegurança no setor energético”
O artigo de James Chicken, diretor-geral de energia na BMS, discute o desafio duplo enfrentado pelo setor energético moderno: adotar tecnologias como inteligência artificial (IA), IoT e computação em nuvem para aumentar eficiência e resiliência, enquanto protege a infraestrutura crítica contra ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas. A IA tem se mostrado essencial para otimizar redes, prever falhas e integrar fontes renováveis, mas a digitalização amplia a vulnerabilidade a ataques como o ransomware da Colonial Pipeline (2021) e o malware TRITON (2017). Em resposta, governos e reguladores — como o Departamento de Energia dos EUA e a Comissão Europeia — vêm criando políticas e financiando projetos de cibersegurança baseada em IA. O texto também aborda o papel crescente do mercado de seguros de energia, que desenvolve coberturas híbridas para lidar com riscos físicos e cibernéticos, destacando a importância da comunicação entre seguradoras e empresas para mitigar perdas e garantir continuidade operacional. (Business Insurance - 27.10.2025)
ACN e Terna: Assinatura de Memorando de Entendimento para cooperação em cibersegurança
O Protocolo de Intenções assinado em Roma entre a A Agência Nacional de Cibersegurança (ACN) da Itália e a Terna, empresa responsável pela rede elétrica de transmissão na Itália, assinaram um protocolo de intenções que tem como objetivo reforçar a segurança e a resiliência de toda a cadeia elétrica e do setor energético nacional. O acordo, firmado por Bruno Frattasi, diretor-geral da ACN, e Giuseppina Di Foggia, CEO da Terna, estabelece cooperação mútua baseada na troca de informações e análises para aprimorar a proteção cibernética das infraestruturas críticas do país. Segundo Frattasi, o contexto atual de ameaças digitais cada vez mais complexas exige colaboração para fortalecer as defesas do sistema elétrico e garantir a continuidade dos serviços essenciais. Ele destacou que o acordo permitirá avanços em inovação, capacitação e conscientização sobre riscos cibernéticos. Di Foggia reforçou a importância da parceria, considerando a natureza estratégica da infraestrutura gerida pela Terna, e afirmou que o protocolo ampliará as ações de prevenção, monitoramento e resposta a ataques cibernéticos, além de promover o compartilhamento de boas práticas e o desenvolvimento de competências específicas no setor. (Terna - 22.10.2025)