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IFE
19/09/2025

Tecnologias Exponenciais 236

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
19/09/2025

IFE nº 236

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Tecnologias Exponenciais 236

Transição Energética e ESG

EPE: Lançamento de documentos com análise de riscos climáticos para fontes renováveis

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançou mais dois Fact Sheets da série dedicada à análise dos efeitos das mudanças climáticas sobre o setor elétrico brasileiro. Os documentos reúnem dados e reflexões sobre os principais riscos climáticos que ameaçam estas fontes de geração e apontam caminhos para fortalecer a resiliência do sistema. As publicações fazem parte da segunda etapa do "Roadmap para Fortalecimento da Resiliência do Setor Elétrico em resposta às Mudanças Climáticas". Em síntese, após as análises das projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e do Plano Clima, os resultados demostram tendências de elevações dos ventos e da irradiação solar, o que representa oportunidades associadas à elevação da geração. Porém, ainda percebem gargalos que representam riscos para essas fontes que, somados às incertezas, afetam o sistema em sua totalidade. Pensando nessas conclusões, os novos Fact Sheets desempenham o papel de disserta sobre essas gerações no país, localizando seus principais riscos e recomendando adaptações e fortalecimentos. Acesse os documentos aqui. (EPE – 12.09.2025)

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AIEA: Agência projeta boom nuclear global até 2050 com avanço dos SMRs

Pelo quinto ano consecutivo, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revisou para cima suas projeções para a expansão da energia nuclear, em meio ao avanço do apoio global a essa fonte limpa e segura. No cenário mais otimista, a AIEA estima que a capacidade nuclear em operação no mundo mais que dobrará até 2050 — alcançando 2,6 vezes o nível de 2024 — com os pequenos reatores modulares (SMRs) desempenhando um papel central nessa expansão. O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, anunciou as novas projeções durante a 69ª Conferência Geral da agência, que está acontecendo nesta semana em Viena. (Petronotícias - 15.09.2025)

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GOWA: Energia eólica offshore pode alcançar 2.000 GW até 2050

A energia eólica offshore atingiu quase 83 GW de capacidade em 2024 e é vista como chave para triplicar a geração renovável até 2030, com meta de 500 GW. A Global Offshore Wind Alliance (GOWA) comprometeu-se a chegar a 2.000 GW até 2050, meta considerada viável pela IRENA graças à maturidade tecnológica que reduziu em 48% os custos de instalação desde 2010, levando o LCOE a US$0,079/kWh em 2024. Parcerias público-privadas internacionais têm papel decisivo, oferecendo alinhamento regulatório, mitigação de riscos e integração socioeconômica. Além disso, digitalização e IA aumentam eficiência operacional por meio de monitoramento em tempo real, manutenção preditiva e otimização de produção, reduzindo custos e ampliando a atratividade para investidores. Para acelerar a expansão, governos devem adotar metas claras e processos de licenciamento simplificados, estimulando confiança e investimentos em escala global. (IRENA – 09.09.2025)

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GWEC: Capacidade instalada global de energia eólica duplicará até 2032

A capacidade global de energia eólica deve dobrar até 2032, alcançando mais de 2,7 TW instalados, segundo relatório da GWEC. Apenas em 2024, espera-se a instalação de cerca de 130 GW, superando o recorde de 117 GW de 2023. A China continuará liderando o crescimento, especialmente no segmento offshore, seguida por mercados como Europa e Estados Unidos. Apesar do avanço, desafios como custos de financiamento, gargalos na cadeia de suprimentos e lentidão em processos de licenciamento ainda limitam o ritmo de expansão. O setor também depende de políticas públicas mais claras e investimentos em infraestrutura de transmissão. Até 2032, a energia eólica deverá responder por aproximadamente 13% da matriz elétrica mundial, reforçando seu papel na transição energética. (Renews.Biz – 09.09.2025)

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EDP: Produção da primeira molécula de hidrogênio em Portugal

A EDP anunciou, em 15 de setembro de 2025, a produção da sua primeira molécula de hidrogênio na Europa. O combustível foi injetado em uma turbina a gás de uma usina de ciclo combinado de Lisboa, Portugal. O marco integra o projeto europeu FLEXnCONFU (sigla para “Flexibilização de usinas de ciclo combinado através de soluções Power-to-X usando combustíveis não convencionais”). A investida testa a co-combustão de hidrogênio e gás natural em condições reais para avaliar viabilidade técnica, ambiental, operacional e econômica. O projeto conta com um eletrolisador de 1,25 MW inaugurado no mesmo evento e é financiado pelo programa Horizon Europe, reunindo 21 parceiros de dez países. O piloto funcionará até 2026, orientando decisões futuras da EDP sobre investimentos em hidrogênio verde e adaptação de turbinas. A termelétrica do Ribatejo, inaugurada em 2004 com 1.176 MW de capacidade, é a base do projeto, que busca consolidar o papel do hidrogênio na transição energética europeia. (MegaWhat – 16.09.2025)

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Eletrobras: Companhia amplia liderança em energia limpa e assume papel central na descarbonização do Brasil

A Eletrobras vem se consolidando como protagonista da transição energética no Brasil, com cerca de 98,5% de sua capacidade instalada proveniente de fontes de baixa emissão de carbono. Responsável por 22% da geração elétrica e 39% das linhas de transmissão do país, a empresa investe em inovação e sustentabilidade para garantir um modelo energético mais limpo, seguro e competitivo. Projetos como o parque eólico Coxilha Negra, o uso de hidrogênio verde e o armazenamento por baterias reforçam seu compromisso com soluções renováveis. Entre os marcos recentes está a conclusão da linha Manaus–Boa Vista, que conectou Roraima ao Sistema Interligado Nacional após 11 anos. A Eletrobras também assumiu a meta de atingir a neutralidade de carbono até 2030, com apoio da iniciativa SBTi da ONU. A atuação da empresa inclui reflorestamento e restauração de bacias hídricas, integrando estratégias de sustentabilidade às decisões corporativas. A companhia reafirma sua posição como agente de transformação energética no cenário nacional e internacional. (Valor Econômico – 16.09.2025)

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Bancos brasileiros intensificam esforços para descarbonizar carteiras de crédito

As instituições financeiras brasileiras intensificam esforços para descarbonizar suas carteiras de crédito, especialmente em setores historicamente emissores de gases de efeito estufa, como carvão, cimento, óleo e gás, indústria e agronegócio. Com base nos Princípios de Equador e diretrizes internacionais como as da IFC e do Banco Mundial, bancos como Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, BTG Pactual e Santander adotam critérios rigorosos para avaliação socioambiental, monitoramento constante e exigência de compliance dos clientes. O Itaú detalha o cálculo das emissões financiadas e estuda incluir o escopo 3, enquanto o Bradesco estabelece metas concretas de redução em setores complexos como cimento e geração elétrica. O agronegócio, setor relevante e intensivo em emissões, é alvo de projetos colaborativos para estimar e mitigar impactos. Além disso, a governança ambiental e social é reforçada, incluindo monitoramento por sensoriamento remoto e restrições a práticas ilegais, como trabalho escravo e desmatamento em áreas protegidas. Os bancos equilibram performance financeira com metas climáticas, embora enfrentem desafios na coleta e divulgação transparente de dados para o público, buscando aprimorar a comunicação e ampliar o engajamento com clientes para avançar na transição energética e sustentabilidade. (Valor Econômico - 18.09.2025)

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Febraban: Federação destaca avanço dos bancos brasileiros em finanças sustentáveis

A Febraban vem destacando o papel crescente dos bancos brasileiros na agenda de finanças sustentáveis, impulsionada por regulações do Banco Central e mecanismos internos de autorregulação. Segundo Amaury Oliva, diretor-executivo da entidade, o setor já compreende que riscos socioambientais são também financeiros e devem ser monitorados, com foco especial na gestão de desmatamento ilegal e uso da terra, principalmente na Amazônia. Cerca de 20% da carteira de crédito bancário, equivalente a R$ 445 bilhões, já é considerada verde. Além disso, o Brasil lidera emissões de dívida ESG entre emergentes, com R$ 437 bilhões captados em operações recentes. A Febraban reforça a importância do mercado regulado de carbono e a aproximação da COP30 para impulsionar a sustentabilidade no setor. (Valor Econômico – 17.09.2025)

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Wood Mackenzie: Projeção de até US$ 117 trilhões em energia visando net-zero em 2050

O investimento global em energia no âmbito do NetZero 2050 deve movimentar US$ 78 trilhões a US$ 117 trilhões. As projeções nos cenários atuais e os de zero emissão aparecem em um novo livro da Wood Mackenzie. Nele, a consultoria revela ainda sua estratégia abrangente de Inteligência Artificial (IA) para apoiar as empresas nos crescentes desafios de evolução dos sistemas elétricos. Em síntese, a publicação “Connected”, escrita pelo CEO Jason Liu e pelo presidente e analista-chefe Simon Flowers, detalha o Synoptic. Uma tecnologia que promete reduzir os ciclos de planejamento estratégico de meses para dias. Isso permite que executivos não técnicos se envolvam diretamente com a modelagem energética complexa e alavanquem os recursos de IAs para potencializar o enfrentamento das mudanças climáticas. Outro ponto relevante mencionado é a instalação de sensores para uma visibilidade dinâmica dos mercados de energia. O livro cita como caso de sucesso, as recentes ondas de calor em MaryLand, nos EUA, que foram palco para o uso de data centers para evitar picos de preços. Por fim, o livro descreve ainda como a IA e os data centers estão criando padrões de consumo a partir da demanda. (Agência CanalEnergia - 17.09.2025)

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IEA: Redução de 24,5% projeção para produção de hidrogênio até 2030

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) revisou para baixo sua projeção de produção global de hidrogênio de baixo carbono em 2030, reduzindo a estimativa em 24,5%. O volume previsto passou de 49 milhões para 37 milhões de toneladas por ano, em função de custos elevados, incertezas regulatórias, demanda limitada e atrasos na infraestrutura. Apesar das dificuldades, a agência aponta que a produção de hidrogênio de baixa emissão ainda deve registrar expansão significativa até o fim da década, conforme destacado na edição 2025 da Global Hydrogen Review. A demanda global de hidrogênio alcançou quase 100 milhões de toneladas em 2024, aumento de 2% em relação ao ano anterior, com predominância da produção de origem fóssil, especialmente nos setores de refino e indústria. O preço competitivo do hidrogênio fóssil, favorecido pela queda no valor do gás natural e pelo encarecimento dos eletrolisadores, mantém sua dominância. Contudo, a IEA prevê que a diferença de custos em relação ao hidrogênio de baixo carbono deve diminuir até 2030, impulsionada pelo avanço tecnológico e por políticas de estímulo. (Canal Solar - 15.09.2025)

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Geração Distribuída

ANEEL: Discussão de medidas para conter pressão da geração distribuída

Após riscos recentes de apagão, a Aneel convocou uma reunião com distribuidoras, o ONS e a Abradee para tratar da crescente pressão da micro e minigeração distribuída (MMGD) sobre a rede elétrica. O alerta mais grave ocorreu no Dia dos Pais, quando o excesso de energia solar em telhados somado ao baixo consumo típico quase levou ao colapso momentâneo do sistema, com a GD respondendo por 37,6% da demanda. Para manter a rede, o ONS precisou cortar drasticamente hidrelétricas, térmicas e até 98,5% da geração eólica e solar de grande porte. A Aneel avalia medidas emergenciais para dar mais controle às distribuidoras e já discute a inclusão de sistemas de armazenamento, como baterias, nas licitações de transmissão. O episódio reforça a necessidade urgente de adaptação regulatória diante da rápida expansão da geração distribuída no país. (Valor Econômico - 15.09.2025)

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ABEEólica: Proposta de ajustes para geração distribuída

A Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica) alertou para os impactos do crescimento acelerado da micro e minigeração distribuída (MMGD), que já soma mais de 40 GW e se tornou a segunda maior fonte de geração do Brasil. A entidade defende ajustes regulatórios para equilibrar custos e responsabilidades, já que consumidores com MMGD pagam menos encargos como a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), onerando quem não gera a própria energia e alimentando a chamada “espiral da morte” das tarifas. Além disso, aponta riscos de segurança elétrica pelo fato de a geração distribuída não ser controlada em tempo real pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), o que pode levar a desperdício de energia limpa. (Tribuna do Norte - 18.09.2025)

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TJGO declara inconstitucional ICMS sobre energia compensada na geração distribuída

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) decidiu que a cobrança de ICMS sobre a energia elétrica compensada no modelo de geração distribuída (GD) é inconstitucional. A ação foi proposta por União Brasil e MDB contra o Estado, contestando a interpretação da Fazenda Estadual e da concessionária Equatorial Goiás, que haviam iniciado a cobrança sobre a energia excedente injetada na rede e posteriormente compensada. O desembargador Aureliano Albuquerque Amorim afirmou que não se trata de operação de compra e venda, mas de um empréstimo gratuito de energia para futura compensação, o que afasta a incidência do imposto. A medida, já suspensa liminarmente desde janeiro de 2025, agora ganha respaldo definitivo, garantindo segurança jurídica e econômica para consumidores-geradores. (Canal Solar - 18.09.2025)

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InfoLink Consulting: Brasil tem queda de 40% no volume de importações de painéis solares

Entre janeiro e julho de 2025, o Brasil importou 7,82 GW em painéis solares chineses, uma queda de 42% em relação aos 13,5 GW do mesmo período de 2024, segundo a InfoLink Consulting. Apesar da retração, o país continua liderando as importações no continente, que somaram 16,4 GW no período. Em julho, o Brasil recebeu 0,98 GW, quase metade do total importado pelas Américas (2,25 GW), mas 32% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado. Globalmente, a China exportou 21,25 GW em julho (+8% ante 2024), acumulando 148,6 GW em 2025 (-2%). Holanda, Arábia Saudita, Filipinas, Brasil e Grécia foram os principais destinos, concentrando 37% dos embarques. A previsão é que o mercado brasileiro siga estável em 2025, com retomada apenas a partir de 2026. (Portal Solar - 15.09.2025)

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ABGD: Tarifas hora-sazonais previstas na MP 1.300 prejudicam investidores em geração distribuída

A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) emitiu um comunicado em Brasília hoje, repudiando o uso de 'tarifas hora-sazonais' que, segundo a entidade, prejudicam os consumidores que investiram em geração distribuída. Essa questão está inserida na medida provisória 1.300/2025, que versa sobre a ampliação da tarifa social. O sistema de tarifação em discussão envolve variação do custo da energia elétrica de acordo com o horário do consumo, com valores mais altos nos horários de pico e mais baixos nos períodos de menor demanda. A ABGD expressou apoio à proposta em si, porém destacou preocupações com as alterações que considera oportunistas e prejudiciais à segurança jurídica, especialmente em relação aos poderes conferidos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pela MP. A entidade argumenta que a flexibilidade concedida à Aneel para definir tarifas diferenciadas, incluindo por horário e outras variáveis, pode resultar em insegurança jurídica e falta de previsibilidade tarifária. A ABGD alerta para os riscos e sugere que as mudanças propostas necessitam de revisão para garantir a proteção dos consumidores de baixa renda e a estabilidade do setor de geração distribuída. (BroadcastEnergia - 16.09.2025)

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Armazenamento de Energia

Greener: Demanda por baterias no Brasil quase dobra em 2024 e deve movimentar R$ 23 bilhões até 2030

A principal motivação para a adoção de sistemas de armazenamento de energia no Brasil é a busca por confiabilidade, com foco em evitar apagões e assegurar o suprimento em operações críticas e residenciais. Segundo a consultoria Greener, o segmento pode movimentar até R$ 23 bilhões em investimentos até 2030. Em 2024, as compras de Battery Energy Storage Systems (BESS) cresceram 89% em relação a 2023, e a expectativa é que a maior parte das novas instalações ocorra em 2025. Em 2024, foram instalados 269 MWh, um aumento de 29% frente ao ano anterior. No primeiro semestre de 2025, já foram adicionados 167 MWh, elevando a capacidade nacional para 852 MWh, com destaque para sistemas isolados, que concentram 64% do total. Dentro desse grupo, estão os SIGFI e MIGDI, com 367 MWh, e soluções off-grid, com 176 MWh. Já as aplicações na distribuição, transmissão e geração somam 70,79 MWh, enquanto o setor comercial e industrial absorveu 124 MWh, principalmente para reduzir custos no horário de ponta. (Megawhat - 18.09.2025)

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Growatt: Companhia enxerga avanço de armazenamento e mobilidade elétrica no Brasil

O avanço do armazenamento de energia e da mobilidade elétrica vem se consolidando como uma das principais tendências do setor solar brasileiro, segundo avaliação da Growatt após a Intersolar South America 2025. A receptividade do mercado às novas linhas de inversores híbridos, microinversores de alta potência e carregadores de veículos elétricos revela uma mudança no perfil da demanda. A companhia aponta que consumidores residenciais e comerciais estão cada vez mais atentos à resiliência energética, priorizando sistemas que assegurem fornecimento mesmo em falhas da rede e que integrem baterias, geradores e módulos de maior potência. Nesse contexto, a Growatt reafirma o compromisso em disponibilizar soluções fotovoltaicas e de armazenamento inteligentes, eficientes e confiáveis, alinhadas ao objetivo de promover maior independência energética e um futuro sustentável. (Canal Solar - 15.09.2025)

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NewCharge: Estudo projeta 71,8 GWh de armazenamento no Brasil até 2034

Um estudo da NewCharge, encomendado pela ABSAE, estima que o Brasil pode atingir 71,8 GWh em capacidade de armazenamento até 2034, com investimentos de R$ 77,2 bilhões, impulsionados sobretudo por instalações atrás do medidor (BTM), que devem representar 45% do mercado. Apesar da falta de regulamentação específica, consumidores e empresas já adotam soluções para reduzir custos em horários de pico e otimizar consumo, especialmente em regiões como Pará e Bahia. A expectativa é de queda de 28% no preço das baterias no período, ampliando a viabilidade de projetos comerciais, industriais e off-grid. Atualmente, o país soma cerca de 800 MW instalados, em sua maioria sistemas isolados na Amazônia, mas já surgem iniciativas de grande escala, como a de 10 MWh da Vale em Mangaratiba. O estudo aponta ainda potencial em capacidade de reserva e geração distribuída, destacando que a regulação futura poderá acelerar ainda mais o setor. (Ess News – 09.09.2025)

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Austrália: Subsídio de AU$ 2,3 bilhões impulsiona capacidade instalada de baterias nas residências

Após o subsídio nacional de AU$ 2,3 bilhões para baterias residenciais (desconto médio ~30%), o país registrou em agosto 423 MWh de capacidade via o esquema de Renováveis de Pequena Escala — mais da metade dos 852 MWh de todo o ano passado. Segundo a SunWiz, o tamanho médio das baterias saltou para 21 kWh (vs. 10–12 kWh nos anos anteriores), com forte tração nas faixas de 20–30 kWh e 30–50 kWh; os sistemas de 12–14 kWh recuaram. A combinação FV + BESS tornou-se o caminho dominante nas residências, e já há 114 baterias para cada 100 sistemas solares registrados. Para residências e pequenos negócios, o novo patamar de capacidade favorece autoconsumo e redução de pico, enquanto os preços incentivados encurtam payback e ampliam a penetração em estados-chave, deslocando instalações apenas solares. (Ess News – 03.09.2025)

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Wood Mackenzie: Capacidade de armazenamento deve atingir 23 GW até 2034

Relatório da Wood Mackenzie prevê que a América Latina alcançará 23 GW de capacidade de armazenamento de energia até 2034, com crescimento anual de 8%. O Chile lidera a região, seguido por México e República Dominicana. O avanço é impulsionado por projetos híbridos, principalmente solar+BESS, e pela demanda do setor comercial e industrial. Hoje, a região possui 2,5 GW instalados, sendo 1,5 GW em baterias e 1 GW em hidrelétricas reversíveis. Apesar do potencial, desafios regulatórios, custos elevados e limitações de infraestrutura podem atrasar projetos. Especialistas defendem marcos regulatórios robustos para garantir que o armazenamento contribua plenamente à transição energética. (Ess News – 11.09.2025)

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Veículos Elétricos

Thymos Energia: Modernização regulatória é essencial para acelerar eletrificação da frota no Brasil

O Brasil enfrenta grandes desafios para ampliar a eletrificação de sua frota, segundo estudo da Thymos Energia. Apesar de as vendas de veículos elétricos terem crescido 85% em 2024, apenas 7% dos licenciamentos foram desse tipo, demonstrando que o país ainda está em estágio inicial. O relatório destaca a necessidade de digitalização das redes elétricas, descentralização da geração e adoção de tecnologias como carregamento inteligente e intercâmbio de energia entre veículos e rede. Outra prioridade é a revisão do modelo tarifário, de modo a incluir realidades como horários de recarga e autonomia dos veículos. A modernização exige coordenação entre governo, indústria automotiva, setor elétrico e consumidores. Entre as barreiras, estão altos custos de aquisição e baterias, tributação elevada, complexidade fiscal e infraestrutura insuficiente. O setor de transporte público também é afetado: menos de 1% da frota nacional de ônibus é elétrica, enquanto o Chile já opera cerca de 2,6 mil veículos, liderando a América Latina. (Agência Eixos – 08.09.2025)

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Holanda: Investimento em infraestrutura de recarga visando difusão de VEs

A Holanda ocupa a quarta posição entre os países europeus com maior penetração de veículos elétricos, que já representam 35% da frota nacional. O país possui 157 mil pontos de carregamento para 18 milhões de habitantes, a maior proporção da Europa, com dez carregadores a cada mil pessoas. A meta é alcançar 200 mil pontos até o fim de 2025. O governo adotou uma estratégia de antecipação, ampliando a infraestrutura antes mesmo do crescimento da demanda, o que ajudou a reduzir a percepção de baixa autonomia e incentivou a compra de veículos elétricos. No Brasil, em contraste, existem apenas 16.880 pontos de recarga, apesar da dimensão territorial muito maior. Pesquisa da Roland Berger aponta que 78% dos brasileiros consideram a falta de infraestrutura o principal entrave à adoção dos elétricos. A estratégia neerlandesa mostrou resultados: atualmente, um em cada três veículos vendidos no país é elétrico, mesmo diante da redução gradual dos subsídios, que caíram de € 3.700 em 2022 para € 2.550 em 2025. (Automotive Business - 16.09.2025)

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BMW e E.ON: Criação de tarifa de carregamento bidirecional para VEs

A BMW e a E.ON anunciaram no Salão de Munique a primeira solução comercial de carregamento bidirecional (V2G) da Alemanha, após três anos de testes. O sistema, inicialmente com o BMW iX3 e a BMW Wallbox Professional, permite que o veículo não apenas consuma, mas também alimente energia de volta à rede, operando com uma tarifa V2G específica e software desenvolvido em conjunto. Os clientes podem receber até € 720 por ano de bônus, o que equivale a cerca de 14.000 km de rodagem gratuita, com créditos proporcionais ao tempo de conexão. Não há tempo mínimo exigido e o usuário mantém prioridade sobre sua meta de carregamento, enquanto uma função de proteção assegura a vida útil da bateria. A solução será expandida para outros modelos da BMW e, no futuro, integrada a uma plataforma energética mais ampla que conectará carregamento, energia solar, bombas de calor e sistemas domésticos inteligentes. (PV Magazine – 11.09.2025)

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Wood Mackenzie: VEs chineses desafiam mercados ocidentais

A China consolidou liderança mundial em VEs a bateria, respondendo por 73% das vendas globais até julho de 2025, com penetração superior a 50% no mercado doméstico, contra 24% na Europa e apenas 9% nos EUA. O avanço se deve à estratégia governamental de construir uma cadeia de valor integrada, priorizando baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP), mais baratas e seguras. Enquanto fabricantes chineses operam com plataformas dedicadas e processos ágeis, montadoras ocidentais ainda adaptam modelos a combustão. Na Europa, os VEs chineses já ampliam participação, mas ainda enfrentam barreiras de tarifas, reputação de marca e resistência política ligada à perda de empregos no setor tradicional. Nos EUA, as perspectivas são ainda mais desafiadoras, com políticas recentes enfraquecendo incentivos e regulações ambientais. Apesar disso, a tendência é de parcerias entre grupos ocidentais e chineses para acelerar a eletrificação. (Wood Mackenzie - 11.09.2025)

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ABVE: Oferta de recarga rápida de VEs avança em 2025

O Brasil conta atualmente com 16.880 pontos públicos e semipúblicos de carregamento de veículos elétricos, conforme levantamento da Tupi Mobilidade em parceria com a ABVE, concluído em agosto. O número representa crescimento de 14% em relação à última atualização, de fevereiro, com destaque para os carregadores rápidos, que tiveram expansão de 59% no período. Considerando a frota nacional de 302.225 veículos elétricos plug-in (BEV e PHEV), a proporção é de 18 veículos por eletroposto. Do total de pontos de recarga, 77% ainda correspondem a carregadores lentos e 23% a carregadores rápidos, mas a expansão mais acelerada destes últimos reflete a redução de custos e a maior demanda por viagens de longa distância. Essa mudança no perfil da infraestrutura mostra que o segmento, antes considerado um gargalo, passou a ser o principal vetor de crescimento do mercado de recarga elétrica no país. (Portal Solar - 17.09.2025)

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Eficiência Energética

Brasil: Olimpíada Nacional de Eficiência Energética está com inscrições abertas até o fim do mês

A Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE) 2025, com apoio da Enel Distribuição Rio, está com inscrições gratuitas até 30 de setembro para professores do 8º e 9º ano e visa conscientizar sobre uso responsável de energia e sustentabilidade, com meta de mobilizar 500 mil estudantes. A competição tem duas fases (desafios gamificados e prova on-line em outubro) e premiação nacional em 6 de novembro, em Brasília. Alunos ganham medalhas, notebooks para o melhor de cada estado e vaga direta na 2ª fase da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) 2026; professores concorrem a até R$ 15 mil em vales-compra e recebem formação gratuita de 40 horas do Instituto Crescer. Para se inscrever acesse o seguinte site: www.onee.org.br. (Diario de Petropolis - 19.09.2025)

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Enel: Ações de eficiência energética em SP

A Enel Distribuição São Paulo modernizou quatro unidades da AACD com um projeto de eficiência energética que incluiu a troca de sistemas de ar-condicionado por modelos com tecnologia inverter, a substituição de cerca de 1.000 lâmpadas por LEDs e a instalação de aproximadamente 552 placas solares. A iniciativa, realizada no âmbito do Programa de Eficiência Energética (PEE) regulado pela ANEEL, deve gerar economia superior a 1.080 MWh por ano, reduzindo custos, aumentando o conforto e garantindo parte do consumo com energia limpa e renovável. O projeto deve proporcionar benefícios por pelo menos 15 anos, trazendo mais sustentabilidade e confiabilidade para unidades como Ibirapuera, Mooca, Lar Anália Franco e São Francisco. (Canal Energia - 18.09.2025)

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Enel: Ações de eficiência energética na CPTM

A Enel Distribuição São Paulo informou que investirá cerca de R$ 1 milhão em um projeto de eficiência energética para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A iniciativa inclui a modernização da iluminação de 16 estações e a instalação de uma usina solar com 270 módulos, capaz de gerar até 155 kWp. Também serão substituídos aparelhos de ar-condicionado por modelos inverter mais eficientes. O projeto deve resultar em economia anual de mais de 600 MWh e redução da demanda de ponta em 74,6 kW. As melhorias contemplarão estações das linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira, abrangendo Luz, Jaraguá, Tamanduateí, Guaianases, Comendador Ermelino e outras. Segundo a Enel, além da economia de energia, o uso de lâmpadas LED e sistemas modernos aumentará a durabilidade, o desempenho e a eficiência operacional, contribuindo também para a redução dos impactos ambientais. (Agência CanalEnergia - 16.09.2025)

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Canadá: Encerramento de programa de eficiência energética para residências

O governo canadense decidiu encerrar o Programa de Empréstimos para Casas Mais Verdes, que oferecia crédito sem juros de até US$ 40 mil para reformas residenciais de eficiência energética, com inscrições abertas somente até 1º de outubro de 2025, data marcada como o Dia da Eficiência Energética. A medida preocupa especialistas e entidades como a Efficiency Canada, que alertam para o risco de confusão no setor, perda de empregos em ofícios qualificados e enfraquecimento da agenda climática nacional. O programa já havia mostrado resultados expressivos: famílias reduziram em média 24% do consumo de energia e 49% das emissões de gases de efeito estufa, além de economizarem nas contas e ganharem conforto. Apesar disso, a falta de novos aportes, mesmo após um reforço de US$ 600 milhões em 2024, ameaça o futuro da política. (The Energy Mix - 19.09.2025)

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Portugal: Banco CTT reforça compromisso com a sustentabilidade e aposta na eficiência energética das residências

O Banco CTT, distinguido com o selo “Escolha Sustentável 2025”, vem reforçando sua estratégia ambiental e social ao integrar práticas responsáveis nos seus produtos, operações e relacionamento com clientes. Entre as iniciativas, destacam-se o Crédito Habitação Sustentável, que oferece condições mais vantajosas para imóveis com melhor certificado energético, e a digitalização de processos, reduzindo deslocamentos, consumo de papel e emissões. Internamente, o banco acompanha métricas trimestrais de sustentabilidade, incluindo a descarbonização da frota e campanhas de sensibilização, validadas por auditorias externas. (Green Savers - 15.09.2025)

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Microrredes e VPP

Austrália: UCS Group e Schneider Electric fazem parceria para fornecer soluções de microrrede inteligentes

O UCS Group fechou parceria com a Schneider Electric para levar soluções de microrrede inteligentes em toda a Austrália, combinando o EcoStruxure™ Microgrid Flex e o EcoStruxure™ Microgrid Advisor com armazenamento em baterias para operar em modo ilha ou conectado à rede. A plataforma usa previsão e otimização por inteligência artificial (IA) para orquestrar geração solar, carga/descarga de baterias e carregamento de veículos elétricos, reduzindo custos e emissões e aumentando a resiliência. Em sua própria unidade, o UCS já obteve mais de 60% de economia na conta de luz e passou a utilizar 100% da geração solar no local, sem desperdício. A dupla planeja lançar vários projetos no país, com foco em energia 100% verde para empresas, comunidades e residências. (News Hub - 19.09.2025)

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Delta: Desenvolvimento de solução de microrrede para data centers

A Delta apresentou na RE+ 2025 sua Solução de Microrrede para Data Centers, que integra renováveis, baterias, geradores e outras fontes para garantir energia estável durante atrasos de conexão e aumentar a resiliência. O sistema usa sincronização por gerador síncrono virtual (VSG), controla em tempo real com resposta <4 ms, faz transição contínua entre ilha e rede, oferece black-start e mantém regulação de tensão em ±2% mesmo sob cargas de IA. Com arquitetura flexível de hardware/software e modelagem de nível de usina (pequenos sinais, resposta transitória, detecção de ilhamento), a solução otimiza a estabilidade e a transferência de energia. Segundo a Delta, a oferta atende às exigências da nova era de data centers de IA e redes mais resilientes. (Solar Power Grid - 17.09.2025)

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EUA: Califórnia corta financiamento para a maior VPP do país

O governo da Califórnia e o governador Gavin Newsom decidiram não renovar o financiamento do programa Demand-Side, Grid-Support (DSGS), que inclui a maior Usina Virtual de Energia do país, diante de um déficit orçamentário de US$ 12 bilhões. O corte ameaça encerrar a iniciativa em 2026, apesar de sua contribuição comprovada para a confiabilidade da rede elétrica em ondas de calor e de estimativas que apontam até US$ 206 milhões em economia para consumidores. O DSGS, criado após apagões em 2020 e 2022, integra baterias, energia solar e termostatos inteligentes para reduzir picos de demanda e evitar o uso de usinas de pico caras. Entidades como a Advanced Energy United criticam a decisão como um retrocesso para a energia limpa e a acessibilidade. (ESS News - 16.09.2025)

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Viridi: Nomeação de parceira-chave para acelerar a implantação de microrredes

A Viridi foi nomeada parceira-chave do ecossistema de energia da Schneider Electric dentro da Iniciativa de Aceleração de Infraestrutura Resiliente, que reúne mais de 20 organizações — como Microsoft, Sunrock, Zurich e AlphaStruxure — para expandir rapidamente a adoção de microrredes nos EUA. A colaboração une a plataforma global da Schneider às baterias Fail-Safe da Viridi, fabricadas nos EUA e dotadas de tecnologia antipropagação para evitar fuga térmica, oferecendo maior segurança e confiabilidade. O objetivo é acelerar a implantação de soluções energéticas resilientes para clientes que vão de pequenas instalações a data centers de hiperescala e utilities, em um contexto de envelhecimento da infraestrutura, aumento da demanda impulsionada por IA, eventos climáticos extremos e riscos cibernéticos. A parceria permitirá que os projetos aproveitem incentivos como o Crédito Tributário para Investimentos (ITC) de 30%, mais bônus de 10% para conteúdo fabricado nos EUA, além de modelos de “Energia como Serviço”, reduzindo custos e prazos de implantação. (Market Screener - 18.09.2025)

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Wartsila: Microrredes são essenciais para sustentar o crescimento dos data centers na Europa

Um estudo da Wartsila, em parceria com a AVK, aponta que o avanço das microrredes será fundamental para sustentar o crescimento acelerado dos data centers na Europa, cuja demanda de energia deve aumentar 250% até 2030, chegando a 35 GW. Os atrasos de até uma década para novas conexões à rede tornam as microrredes — que integram renováveis, armazenamento e usinas locais, operando de forma independente ou conectada — uma solução prática para garantir suprimento. O estudo calcula um custo nivelado de energia (LCOE) de até € 108/MWh em projetos que combinem data centers de 80 MW, renováveis e armazenamento. Com previsão de que até 40% dos data centers de IA enfrentem restrições energéticas até 2027, as microrredes surgem como alternativa para aliviar gargalos, apoiar a transição energética e manter competitividade. (Montel News - 16.09.2025)

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Tecnologias e Soluções Digitais

Cemig: Desenvolvimento de IA generativa para o setor elétrico

A Cemig, em parceria com o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás, desenvolve o EnergyGPT, modelo de inteligência artificial generativa voltado ao setor elétrico. O projeto busca criar uma tecnologia de propósito geral capaz de lidar com a complexidade desse setor, caracterizado por linguagem técnica específica, exigências regulatórias rígidas e alta demanda por confiabilidade. A iniciativa é parte de um projeto de P&D da Aneel e pretende disponibilizar soluções para todo o setor elétrico brasileiro, não apenas para a companhia. O EnergyGPT está sendo treinado em português com base em documentos reais, visando aplicações como leitura automatizada de normas, apoio à análise jurídica, interpretação de dados de medição e simulações regulatórias. Além disso, a Cemig desenvolve assistentes digitais para áreas como jurídico, auditoria, relacionamento com clientes e regulação. O principal desafio está no treinamento do modelo, que exige retroalimentação constante para corrigir respostas insatisfatórias e aprimorar a precisão. (Convergência Digital - 12.09.2025)

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Eletrobras: Digitalização de 269 subestações até 2027

A Eletrobras anunciou que planeja digitalizar 269 subestações até 2027, utilizando modelos 3D em BIM (Modelagem da Informação da Construção) associados a dados construtivos e operacionais, criando gêmeos digitais para otimizar gestão, reduzir custos e apoiar decisões. Segundo o VP de Inovação, Juliano Dantas, 15% da base de transmissão já deve estar digitalizada até o fim de 2025. A tecnologia GeoBIM permitirá monitoramento digital das obras, com drones captando imagens para fiscalização em tempo real. Em paralelo, a companhia investiu mais de R$ 20 milhões em Wi-Fi 6G interno na usina hidrelétrica Tucuruí, garantindo conectividade em galerias a 90 metros abaixo do nível do mar e possibilitando suporte remoto de especialistas. O projeto será expandido para usinas como Itumbiara, Furnas e Paulo Afonso, com mais R$ 90 milhões previstos. O VP de Operações e Segurança, Antônio Varejão, destacou que o objetivo é ampliar o número de sensores e fortalecer modelos de manutenção preditiva, aumentando a eficiência e a confiabilidade dos ativos. (Agência CanalEnergia - 12.09.2025)

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Segurança Cibernética

CCEE: Entidade evita 539 milhões de tentativas de ataques cibernéticos

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) bloqueou mais de 539 milhões de tentativas de ataque cibernético no primeiro semestre de 2025, reforçando investimentos em modernização tecnológica e segurança digital. No mesmo período, foram desenvolvidas 97 iniciativas voltadas a demandas regulatórias e operacionais, além da aplicação de R$ 60 milhões na modernização do centro de dados, que teve sua capacidade de processamento triplicada para lidar com mais de 700 terabytes de informações. Entre as medidas recentes, destaca-se a implementação de um novo modelo de migração de consumidores para o mercado livre, baseado em APIs, que substitui procedimentos manuais por interações automatizadas. A entidade também amplia o uso de inteligência artificial, blockchain, computação confidencial e data streaming para análise de dados e aprimoramento de serviços, incluindo a leitura automatizada de despachos regulatórios e atas técnicas, com foco em eficiência, competitividade e segurança do setor elétrico. (Canal Solar - 15.09.2025)

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Iberdrola: Obtenção de certificação de proteção de dados Europrivacy para contratação digital

A Iberdrola tornou-se a primeira empresa de energia da Europa a conquistar o Selo Europeu de Proteção de Dados (Europrivacy), certificação oficial aprovada pelo Comitê Europeu de Proteção de Dados e reconhecida em todos os Estados-membros da União Europeia e do Espaço Econômico Europeu. A certificação foi concedida às subsidiárias Iberdrola Clientes España, Curenergía e Iberdrola Clientes Portugal, abrangendo o tratamento de dados em processos de contratação digital, navegação no site, interação com chatbot e comunicações por e-mail, assegurando conformidade com os mais elevados padrões de privacidade previstos no Regulamento Geral de Proteção de Dados. O reconhecimento reforça o compromisso da Iberdrola com a segurança e transparência no tratamento de informações pessoais, em linha com sua estratégia digital ética e responsável. Além disso, a recente revalidação pela Agência Espanhola de Proteção de Dados das Normas Corporativas Vinculantes do grupo fortalece a padronização global de práticas de privacidade. Dessa forma, a empresa consolida sua posição de liderança no setor energético europeu, destacando-se como referência no cumprimento das exigências regulatórias de proteção de dados. (Iberdrola - 16.09.2025)

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Artigo de Thiago Branquinho: "Colonial Pipeline: Um marco para a segurança digital no setor de energia"

Em artigo de opinião, Thiago Branquinho, CTO da TI Safe, defende que o ataque de ransomware à Colonial Pipeline (2021) foi um marco que expôs como falhas simples — no caso, uma conta de VPN sem autenticação multifator — podem gerar crises físicas de grande escala, interrompendo quase metade do fornecimento de combustíveis na Costa Leste dos EUA. O episódio acelerou mudanças regulatórias e técnicas nos EUA: exigências da TSA (segmentação de redes, MFA, monitoramento contínuo), a lei CIRCIA (reporte obrigatório em até 72h) e atualização da API 1164 alinhada a NIST/IEC 62443, além de elevar cibersegurança a tema de conselho, integrando IT e OT e ampliando a cooperação com reguladores. Apesar dos avanços, persistem riscos ligados a sistemas legados e à instabilidade geopolítica. (Eixos - 13.09.2025)

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