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IFE
08/08/2025

Tecnologias Exponenciais 230

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
08/08/2025

IFE nº 230

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Tecnologias Exponenciais 230

Transição Energética e ESG

IEA: Fontes renováveis serão maior fonte de eletricidade do mundo até 2026

Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), as fontes renováveis devem ultrapassar o carvão como principal fonte de geração elétrica mundial até 2026, impulsionadas sobretudo pela energia solar fotovoltaica e eólica. A participação combinada dessas duas tecnologias crescerá de 15% em 2024 para quase 20% em 2026, enquanto a representatividade do carvão cairá abaixo de 33% pela primeira vez neste século. Estima-se que eólica e solar atendam 90% do aumento da demanda global por eletricidade em 2025, superando 6.000 TWh em 2026. A geração a carvão, que registrou alta de 1,3% em 2024, deve sofrer leve retração em 2025, com quedas na China e Europa parcialmente compensadas por aumentos nos EUA, Índia e outros países asiáticos. A produção nuclear, por sua vez, caminha para novos recordes, com destaque para o reinício de usinas no Japão e entrada de novos reatores em nações como China, Índia e Coreia do Sul. Espera-se crescimento médio de 2% ao ano da fonte nuclear entre 2025 e 2026, aproximando-se de 3.000 TWh. (Portal Solar - 30.07.2025)

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Ember: Metas nacionais de energia renovável ficam aquém do necessário para 2030

Uma análise da Ember revelou que as metas nacionais de energia renovável estão muito aquém da meta global definida na COP28, que visa triplicar a capacidade instalada até 2030. Desde o acordo, as metas aumentaram apenas 2%, totalizando 7,4 TW projetados, enquanto seriam necessários 11 TW para atingir o objetivo, evidenciando um déficit de 3,7 TW. Apenas 22 países revisaram suas metas desde então, majoritariamente na União Europeia, com pouca ambição entre os 20 maiores produtores de eletricidade. Os EUA seguem sem uma meta nacional para 2030, enquanto a Índia mantém sua meta de 500 GW e a Rússia ainda não definiu uma. A China e a África do Sul estão em processo de revisão, mas sem definições claras. Segundo a analista Katye Altieri, metas bem planejadas ajudam a otimizar a construção, integrar renováveis à rede e atrair investimentos. A Ember alerta que, sem revisões urgentes e implementação eficaz, o mundo corre o risco de não cumprir a meta de 2030, comprometendo avanços rumo a sistemas energéticos mais limpos, seguros e acessíveis. (Energy Monitor – 31.07.2025)

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Brasil: ABIHV anuncia portfólio de projetos de H2V com R$ 63 bilhões em investimentos

A Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV) anunciou um portfólio de projetos que totaliza R$ 63 bilhões em investimentos, com potencial para gerar 40 mil empregos diretos. O Complexo do Pecém (CE) concentra a maior parte dos investimentos (R$ 56 bi), com cinco megaprojetos de amônia verde previstos para decisão final em 2026, incluindo iniciativas da Fortescue (R$ 18 bi) e Qair (R$ 17,7 bi). Outros estados como Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Norte também receberão projetos estratégicos, diversificando a produção para e-metanol e fertilizantes verdes. A carteira posiciona o Brasil como player global no mercado de hidrogênio de baixo carbono, aproveitando sua matriz renovável para descarbonizar processos industriais e criar nova pauta de exportação. (Agência CanalEnergia - 04.08.2025)

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BNDES: Chamada pública irá destinar R$ 5 bilhões à inovação verde e transição energética

O BNDES lançará em agosto uma chamada pública para destinar R$ 5 bilhões a investimentos em tecnologias inovadoras no setor de energia e em soluções baseadas na natureza. A iniciativa será voltada a gestoras que aplicarão os recursos em áreas como hidrogênio verde, biometano, reflorestamento e biofertilizantes, com foco em sustentabilidade e transição energética. Segundo Luciana Costa, diretora do banco, o Brasil precisa zerar o desmatamento e restaurar áreas degradadas para avançar na descarbonização. Durante evento no Rio, especialistas destacaram o papel estratégico do Estado na transição energética e apontaram oportunidades em baterias, hidrelétricas reversíveis e eólicas offshore, cujos avanços ainda dependem de definições regulatórias. (Valor Econômico - 05.08.2025)

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Reino Unido: Governo inicia construção de dez projetos comerciais de H2V

O governo do Reino Unido iniciou a construção de dez projetos comerciais de H2V, avançando na meta de se tornar uma superpotência de energia limpa. Esses empreendimentos, distribuídos por regiões como South Wales, Bradford, North Scotland e Teesside, devem gerar mais de 700 empregos qualificados e atrair mais de £ 400 milhões em investimentos privados entre 2024 e 2026, apoiando a descarbonização da indústria pesada e a reindustrialização do país. Projetos como o HyMarnham, que transforma uma antiga usina a carvão em centro de hidrogênio, e o Cromarty, que abastecerá indústrias locais, exemplificam essa transição. Paralelamente, a Kimberly-Clark investirá £ 125 milhões em parcerias para iniciativas similares. O governo também destinou £ 500 milhões para desenvolver a primeira rede de transporte e armazenamento de hidrogênio, buscando conectar produtores e consumidores, além de consultar sobre misturas de transmissão para reduzir custos e contas de energia. Clare Jackson, CEO da Hydrogen UK, ressaltou que esses contratos demonstram a confiança na construção de um setor sustentável, crucial para atingir as metas líquidas zero e impulsionar o crescimento econômico. (Energy Monitor – 24.07.2025)

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Reino Unido: Energias renováveis geraram 50% da eletricidade em 2024

Em 2024, o Reino Unido atingiu um marco histórico: mais de 50% da eletricidade gerada veio de fontes renováveis, totalizando 143,7 TWh. Essa marca superou os combustíveis fósseis, que caíram para 31,8% da geração total. A energia eólica liderou a geração limpa, com 83,3 TWh, sendo 17% offshore e 12,2% onshore, ambos recordes. A energia solar representou 5%, e a nuclear, 14,25%. Fontes de baixo carbono no total corresponderam a 64,7% da matriz elétrica. Jane Cooper, da RenewableUK, destacou que as renováveis são agora a espinha dorsal energética do país e defendeu reformas no mercado e na rede para maximizar os benefícios aos consumidores. (Renews.Biz – 31.07.2025)

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Espanha: País reduziu em apenas 3% suas emissões de CO2 nos últimos 34 anos

Segundo o Observatório da Sustentabilidade, as emissões de gases de efeito estufa na Espanha aumentaram 1% em 2024, totalizando 278,5 milhões de toneladas de CO₂ equivalente. Desde 1990, a redução foi de apenas 3%, muito abaixo do necessário. O aumento no consumo de petróleo (+4,2%) e no transporte rodoviário (+1,6%) contribuiu para esse resultado. Apesar do avanço das renováveis — com alta de 44% na hidrelétrica e 19,4% na solar fotovoltaica — o setor residencial enfrenta pobreza energética e estagnação na instalação de telhados solares. O carvão foi praticamente eliminado da matriz elétrica (1,1%). Especialistas criticam a lentidão nas reformas estruturais e alertam que a descarbonização precisa avançar 7% ao ano para atingir as metas climáticas. (Energias Renovables – 05.08.2025)

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Geração Distribuída

EPE: PDE 2035 prevê que a geração distribuída irá alcançar 98 GW no Brasil

A EPE divulgou novo caderno técnico do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2035, destacando o crescimento projetado da micro e minigeração distribuída (MMGD) e o papel das baterias atrás do medidor no sistema elétrico. Segundo o estudo, a potência instalada da MMGD poderá alcançar entre 61 e 98 GW até 2035, a depender do ritmo de adoção e dos incentivos aplicados. Atualmente, essa capacidade é de cerca de 42 GW. No cenário mais provável, cerca de 9,5 milhões de unidades consumidoras contarão com sistemas próprios de geração, predominantemente a partir da energia solar. A MMGD representa hoje aproximadamente 5,6% da geração elétrica nacional e atende a 13% do consumo regulado. O avanço é liderado pelo segmento residencial, favorecido pela redução dos custos da tecnologia fotovoltaica e por marcos regulatórios mais definidos, como a Lei nº 14.300/2022, que estabelece diretrizes para o setor. O estudo reforça a expectativa de que a MMGD desempenhará papel relevante na diversificação da matriz elétrica e no engajamento dos consumidores na transição energética. (Canal Solar - 04.08.2025)

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ANEEL: Geração distribuída já ultrapassa 100 MW em todos os Estados do Brasil

Segundo dados da ANEEL, todos os estados brasileiros alcançaram ao menos 100 MW de potência instalada em geração distribuída (GD) solar, com Roraima sendo o último a atingir essa marca. O Brasil possui atualmente 41,7 GW instalados em mais de 3,74 milhões de sistemas fotovoltaicos distribuídos por 5.559 municípios, restando apenas 11 cidades sem instalações em operação. Mais de 6,5 milhões de unidades consumidoras já são abastecidas por GD solar. São Paulo lidera o ranking estadual com 5,90 GW, seguido por Minas Gerais (5,14 GW) e Paraná (3,78 GW), enquanto 14 estados já ultrapassaram 1 GW de capacidade instalada. A classe residencial é responsável pela maior parcela dessa expansão, com 20,7 GW — quase o dobro do setor comercial. Especialistas apontam a popularização da GD em todo o país como evidência de sua consolidação, com a tecnologia presente em praticamente todas as unidades federativas. (Canal Solar - 06.08.2025)

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ONS: Parceria com a SolarZ visando aprimorar estimativas de geração fotovoltaica distribuída

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) firmou uma parceria com a SolarZ para aprimorar as estimativas e previsões da geração fotovoltaica distribuída no Brasil. A colaboração permitirá ao ONS acessar dados verificados e anonimizados de micro e minigeração distribuída (MMGD), contribuindo para a validação e calibração de modelos estatísticos mais precisos. A iniciativa integra um projeto em parceria com a agência alemã GIZ e visa fortalecer a integração da geração descentralizada ao planejamento e à operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Com essa ação, o ONS avança na modernização dos processos operacionais e reforça seu compromisso com a transição energética, a digitalização e a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro. (Cenário Energia - 07.08.2025)

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Brasil: Consumo rural na geração distribuída cresce 60% em dois anos

Entre junho de 2023 e junho de 2025, o consumo rural na geração distribuída (GD) no Brasil cresceu cerca de 60%, passando de 3,5 GW para 5,6 GW de potência instalada, segundo dados da ANEEL e da ABGD. O setor rural já representa 13% da capacidade total de GD do país, consolidando-se como uma estratégia essencial para o agronegócio. A GD tem proporcionado maior autonomia energética, previsibilidade no fornecimento e redução de emissões, além de atender a demandas internacionais por práticas sustentáveis. Para o próximo ciclo, destaca-se o potencial dos sistemas de armazenamento de energia, que aumentam a estabilidade e a resiliência das propriedades rurais, especialmente em regiões remotas. (Canal Solar - 07.08.2025)

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União Europeia: Expansão da energia solar deve desacelerar pela primeira vez em 10 anos

A União Europeia deve registrar sua primeira desaceleração anual na expansão da energia solar em uma década, com uma capacidade projetada de 64,2 GW para 2025, 1,4% abaixo do ano anterior, segundo análise da SolarPower Europe. Essa queda ocorre devido à redução de subsídios para instalações solares residenciais, principalmente em países como Alemanha, França e Holanda, impactando a participação das instalações em telhados, que devem representar apenas 15% da nova capacidade, contra 30% entre 2020 e 2023. Em 2023, a energia solar respondeu por 22% da eletricidade gerada na UE, a maior fonte individual, mas o ritmo atual pode deixar a região 27 GW aquém da meta de 750 GW até 2030, prejudicando a transição energética e a segurança contra dependência de fontes russas. Dries Acke, vice-CEO da SolarPower Europe, alertou que o declínio, embora pequeno numericamente, simboliza um risco para os objetivos climáticos e pede políticas robustas para eletrificação, flexibilidade e armazenamento, essenciais para impulsionar a energia solar na próxima década. (Energy Monitor – 25.07.2025)

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Solfácil: Preço da energia solar residencial cai 3% no 2º trimestre de 2025

O preço médio da energia solar residencial no Brasil caiu 3% no segundo trimestre de 2025, segundo o Radar, indicador trimestral da Solfácil. O valor por Watt-pico (R$/Wp) ficou em R$ 2,51, refletindo a forte competição entre integradores, que reduziram suas margens de lucro para segurar os preços, apesar do aumento no custo dos equipamentos. Além disso, o estudo considerou pedidos de financiamentos para sistemas residenciais entre abril e junho de 2025. Por fim, dando uma perspectiva regional, o Centro-Oeste segue como a mais barata do país, seguido pelo Nordeste, Sul e Sudeste. (Agência CanalEnergia - 30.07.2025)

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Axial: Desenvolvimento de tracker solar para terrenos irregulares

A empresa espanhola Axial lançará no mercado brasileiro, durante a Intersolar South America 2025, o SlopeSync — um novo modelo de tracker solar projetado para otimizar a instalação de usinas fotovoltaicas em terrenos irregulares, comuns em várias regiões do país. A tecnologia permite desvios de até 30º entre fileiras e 15% na variação de altura, eliminando a necessidade de alinhamento preciso dos pilares e reduzindo a dependência de obras civis complexas. O sistema utiliza um eixo cardan que confere maior flexibilidade estrutural, adaptando-se ao relevo natural e mantendo a eficiência dos módulos solares. Estudos da Axial indicam que o uso do SlopeSync pode reduzir em até 80% os custos com movimentação de terra, acelerando a execução das usinas e promovendo ganhos ambientais por minimizar intervenções no solo. A solução contribui para a redução do CAPEX dos projetos e para a sustentabilidade da geração solar. (Canal Solar - 06.08.2025)

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Synhelion: Teste com combustível solar na aviação comercial

A empresa suíça Synhelion realizou a primeira entrega mundial de combustível solar sintético quase neutro em CO₂ para uso em voos comerciais, fornecendo 190 litros ao Aeroporto de Hamburgo, na Alemanha. A companhia aérea SWISS, parceira da Synhelion, utilizou o combustível em um voo para Zurique, cobrindo cerca de 7% da energia necessária. Produzido em Jülich com energia solar concentrada e processado em uma refinaria no norte do país, o combustível foi integrado ao sistema convencional do aeroporto, sem necessidade de adaptações na infraestrutura existente. Diferente dos biocombustíveis convencionais, o produto da Synhelion é fabricado a partir de calor solar, CO₂ capturado e hidrogênio, por meio de um processo termoquímico que gera combustíveis líquidos com emissões líquidas até 99% inferiores às dos fósseis. A tecnologia se destaca pela autossuficiência energética, viabilizada pelo armazenamento do calor solar, o que permite produção contínua e torna o modelo escalável e independente de condições climáticas. (Canal Solar - 01.08.2025)

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GESEL: Nivalde de Castro critica subsídios da MMGD e alerta para desequilíbrios no setor elétrico

Em 2025, a micro e minigeração distribuída de energia (MMGD) recebeu R$ 8,3 bilhões em subsídios, liderando os incentivos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que já totaliza R$ 27,6 bilhões. Nivalde de Castro, coordenador geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)e membro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), destacou durante o fórum Smart Grid 2025 que a MMGD entrou em um “círculo vicioso” de subsídios, comprometendo o equilíbrio do setor elétrico. Ele criticou a politização da política energética, que estaria sendo formulada pelo Congresso com base em interesses privados, sem embasamento técnico, o que, segundo ele, pode levar a uma crise financeira no setor. Castro questionou ainda o fato de apenas 2% dos imóveis receberem 25% dos subsídios pagos por todos os consumidores. Apesar das críticas, projeta-se que a MMGD alcance 78,1 GW de capacidade instalada até 2035, impulsionada principalmente pela geração solar fotovoltaica. Acesse a matéria na íntegra aqui. (Megawhat Energy - 05.08.2025)

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Armazenamento de Energia

EPE: PDE questiona viabilidade financeira das baterias até 2035

O Plano Decenal de Energia (PDE) 2035, por meio do caderno sobre micro e minigeração distribuída (MMGD) e baterias, indica que o uso de sistemas de armazenamento atrás do medidor não apresenta, até 2035, viabilidade financeira para a maioria dos consumidores quando o objetivo é apenas reduzir a conta de energia. O estudo avaliou aplicações como o deslocamento do consumo da ponta para fora da ponta, o armazenamento de excedentes de geração solar e a gestão de demanda para aliviar a rede. A viabilidade econômica foi identificada apenas para consumidores com alto fator de carga na ponta, se o custo das baterias atingir cerca de R$ 1.000/kWh, podendo competir com geradores a diesel. A análise aponta que a diferença reduzida entre a tarifa de consumo e a remuneração pela energia injetada, conforme a Lei nº 14.300/2022, limita o retorno do investimento, agravado pela subutilização dos sistemas. As mudanças regulatórias previstas para 2029 trazem incertezas adicionais, dificultando a atratividade no horizonte do PDE. Em 2024, o mercado nacional de baterias atingiu 685 MWh de capacidade instalada, com crescimento anual de 29%, e investimentos estimados em até R$ 44 bilhões até 2035 em diversas aplicações. (Megawhat - 04.08.2025)

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Portugal: Realização de leilão de armazenamento de energia antes de janeiro de 2026

Portugal lançará até janeiro de 2026 um concurso para instalar 750 MVA em baterias de armazenamento de energia, dentro de um pacote de € 400 milhões. O objetivo é fortalecer a confiabilidade da rede elétrica e evitar futuros apagões. A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, afirmou que o país está mais preparado para interrupções, embora não sejam esperadas. A iniciativa surge após um apagão em abril, causado por falha na Espanha. Mesmo com a investigação em andamento, os sistemas elétricos portugueses são considerados seguros e resilientes. A expectativa é de melhorias significativas na rede nos próximos três anos. (PV Magazine – 30.07.2025)

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EUA: Subsistema de transmissão MISO precisará de incremento de 500% no armazenamento de energia até 2035

Um relatório da American Clean Power Association (ACP) e da Aurora Energy Research aponta que a MISO, maior operadora de transmissão dos EUA, precisará aumentar em 500% sua capacidade de armazenamento em baterias até 2035. Isso visa lidar com a crescente demanda elétrica, redes antigas e preços voláteis — que chegaram a subir 2.000% neste verão. A implantação de mais de 10 GW em baterias pode gerar US$ 4,5 bilhões em economia até 2035 e mais de US$ 25 bilhões em 20 anos. Contudo, barreiras como processos de interconexão lentos, licenciamento complexo e falta de incentivos ainda limitam o avanço. O relatório propõe reformas no mercado, como valorização do armazenamento e atualizações nas metodologias de risco da MISO. Atualmente, o mercado de regulação de frequência é mais lucrativo para baterias do que o de capacidade. (Energy Storage – 05.08.2025)

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EUA: Produção de células de baterias atingirá 50 GWh até o final de 2026

A Lei de Redução da Inflação de 2022 impulsionou a fabricação nacional nos EUA, beneficiando especialmente fornecedores de sistemas de armazenamento de energia (ESS). A legislação oferece créditos fiscais e bônus para produtos com conteúdo nacional, incentivando a instalação de fábricas no país. O setor de veículos elétricos liderou os investimentos, mas o armazenamento de energia também atraiu fabricantes interessados em fortalecer cadeias de suprimento locais. A tendência foi reforçada por tarifas em negociação e pelo One Big Beautiful Bill Act, que elevou os requisitos de conteúdo nacional e restringe benefícios fiscais para componentes ligados a entidades estrangeiras. (Energy Storage – 05.08.2025)

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Google e Energy Dome: Parceria visando desenvolvimento de baterias de CO2

O Google firmou uma parceria com a empresa italiana Energy Dome para implantar sua inovadora bateria de CO₂ em projetos globais de armazenamento de energia de longa duração (LDES). Essa tecnologia permite fornecer eletricidade por até 24 horas, ajudando o Google a alcançar sua meta de operar com energia 100% livre de carbono 24/7 até 2030. A bateria funciona com um ciclo termomecânico que comprime e expande CO₂ para gerar energia. Além de armazenar energia renovável intermitente, o sistema também fornece inércia mecânica, ajudando a estabilizar a rede elétrica. Os projetos serão distribuídos pela Europa, América e Ásia-Pacífico. O Google também investiu financeiramente na Energy Dome, embora os valores não tenham sido divulgados. (Smart Energy – 28.07.2025)

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Veículos Elétricos

Brasil: Gecex antecipa para 2027 alíquota máxima de 35% para importação de VEs desmontados

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) decidiu antecipar em um ano e meio a aplicação da alíquota máxima de 35% do imposto de importação para veículos elétricos e híbridos desmontados (CKD), que passa a valer em janeiro de 2027, em vez de julho de 2028. A medida atende parcialmente à pressão da Anfavea, que solicitava a antecipação para 2026, e impacta especialmente montadoras chinesas como a BYD, em expansão no mercado brasileiro. Para veículos prontos, a alíquota de 35% será retomada em julho de 2026, contrariando o pedido da associação para adiantar a cobrança para 2025. O Gecex também ampliou, por seis meses, as cotas de importação com tarifa zero para CKD e SKD, totalizando US$ 463 milhões, beneficiando empresas em fase de instalação no país. Segundo o órgão vinculado ao MDIC, a decisão visa alinhar a política tarifária aos investimentos previstos no setor automotivo, estimulando a nacionalização de tecnologias e o fortalecimento da cadeia produtiva brasileira. (Agência Eixos – 30.07.2025)

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Brasil: Emplacamento de ônibus elétricos cresce 141% no primeiro semestre de 2025

O primeiro semestre de 2025 registrou um crescimento de 141% no emplacamento de ônibus elétricos no Brasil em comparação com o mesmo período de 2024, passando de 127 para 306 unidades, segundo a ABVE. Em junho, o aumento foi ainda mais expressivo, com 34 veículos emplacados frente a 9 no ano anterior, um salto de 278%. Esse avanço reflete o fortalecimento da eletromobilidade no transporte público, impulsionado por políticas públicas, maior oferta de modelos e o comprometimento de gestores municipais com a descarbonização. O estado de São Paulo liderou as vendas no período, concentrando todas as 306 unidades, sendo 275 apenas na capital. A cidade está sob a Lei Municipal nº 16.802/2018, que exige emissão zero de gases de efeito estufa na frota de ônibus até 2038, embora o cronograma esteja atrasado. O plano atual prevê substituir 2,2 mil ônibus a diesel até 2028. Em julho, a frota elétrica da cidade chegou a 841 veículos, ou 6,3% do total. Outras cidades paulistas, como São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto e Campinas, aparecem com números bem menores, enquanto outros estados ainda têm baixa adesão à eletrificação do transporte coletivo.(Agência Eixos – 31.07.2025)

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Brasil: País bate recorde de vendas de ônibus elétricos em julho

Em julho de 2025, o mercado brasileiro de ônibus elétricos registrou seu maior volume histórico, com 160 unidades comercializadas, representando um crescimento de 370,6% em relação a junho e de 1.130,8% frente a julho de 2024. Esse avanço reflete a aceleração da eletrificação no transporte público, impulsionada por políticas de descarbonização, maior adesão municipal e diversificação da oferta. No acumulado do primeiro semestre, 306 ônibus elétricos foram emplacados, aumento de 141% em relação ao mesmo período de 2024. A cidade de São Paulo concentrou 90% das vendas no semestre, com 275 unidades adquiridas, resultado de políticas públicas consolidadas como a Lei nº 16.802/2018, que estabelece metas anuais de redução de emissões até 2038. A proibição da entrada de ônibus a diesel no sistema a partir de outubro de 2022 acelerou a adoção dos modelos elétricos. Atualmente, dez fabricantes atuam no país, mas apenas sete realizaram vendas no período. Eletra e BYD lideraram o mercado, com 34,3% e 31% das entregas, respectivamente. (Inside EVs - 06.08.2025)

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Brasil: Governadores pedem adiamento da redução do imposto para kits de VEs e híbridos

Seis governadores dos principais estados industriais do Brasil — São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná — enviaram uma carta conjunta ao vice-presidente Geraldo Alckmin, presidente da Camex, pedindo o adiamento da decisão sobre a redução do imposto de importação para kits SKD e CKD de veículos elétricos e híbridos. Eles argumentam que a medida pode desestimular a industrialização local e prejudicar a cadeia automotiva nesses estados, que concentram a produção nacional de veículos eletrificados e empregam cerca de 50 mil pessoas. A solicitação vem antes da reunião do Gecex para discutir a proposta, que prevê reduzir as tarifas de 18% para 5% para elétricos e de 20% para 10% para híbridos, atendendo a pedido da chinesa BYD, que visa viabilizar sua operação nacional por meio da importação de kits. Montadoras tradicionais, como Volkswagen, Stellantis, Toyota e GM, também manifestam preocupação, alegando que a redução pode afetar a competitividade, investimentos e empregos na indústria nacional. Enquanto isso, marcas chinesas defendem a medida para avançar na produção de veículos eletrificados mais tecnológicos no país. (Inside EVs – 30.07.2025)

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Arábia Saudita: Pesquisadores desenvolvem tecnologia que aumenta em 10 anos a vida útil das baterias

Pesquisadores da Universidade King Abdullah de Ciência e Tecnologia, na Arábia Saudita, desenvolveram uma técnica promissora que pode aumentar em até dez vezes a vida útil das baterias, com impactos relevantes tanto na mobilidade elétrica quanto em sistemas de armazenamento estacionário de energia. O avanço se concentra na proteção do ânodo, que costuma ser degradado por reações químicas indesejadas causadas pela água livre presente nos eletrólitos aquosos. Para resolver esse problema, os cientistas utilizaram sulfato de zinco, que reduziu significativamente a presença de água livre e, consequentemente, a degradação do ânodo. A pesquisa também indicou que outros sais de sulfato podem ter efeito semelhante, ampliando as possibilidades de aplicação em diferentes tipos de baterias. A descoberta fortalece o potencial das baterias à base de água, conhecidas por sua segurança térmica e baixo risco de incêndio, ao superar seu principal desafio: a durabilidade limitada. (Inside EVs - 04.08.2025)

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Eficiência Energética

ANEEL: Prorrogação do prazo para contribuições sobre Programa de Eficiência Energética

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estendeu até 14 de agosto o período para envio de sugestões ao Programa de Eficiência Energética (PEE) por meio da Tomada de Subsídios 009/2025. A iniciativa visa aprimorar projetos que promovam o uso racional de energia, com benefícios para consumidores (redução de custos) e para o setor elétrico (sustentabilidade operacional). Empresas do setor energético e de conservação de energia (ESCOS) podem participar do processo, que seleciona propostas baseadas em impacto e eficácia. As contribuições devem ser enviadas pelo formulário disponível no site da Aneel. (Aneel – 25.07.2025)

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Brasil: Parceria com a IEA visa promover eficiência energética em edifícios

O Brasil está avançando na área de eficiência energética em edificações com o apoio da Agência Internacional de Energia (IEA), por meio do Programa de Colaboração Tecnológica em Energia em Edificações e Comunidades (EBC). Em webinar promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), foram apresentados os resultados de pesquisas que visam reduzir o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa em edifícios residenciais, comerciais e públicos. Desde que aderiu oficialmente ao programa em 2020, o Brasil tem contribuído para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e participado ativamente de estudos internacionais, aproximando-se de padrões globais de construções com emissões quase zero. O evento destacou a importância da colaboração entre governo, universidades, centros de pesquisa e setor produtivo para transformar conhecimento técnico em políticas públicas e soluções aplicáveis. (MME - 06.08.2025)

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Brasil: Governo de Goiás abre chamamento público para eficiência energética

O governo de Goiás lançou um chamamento público para credenciar empresas especializadas em eficiência energética com o objetivo de modernizar prédios públicos estaduais e reduzir o consumo de energia elétrica. A iniciativa, liderada pela Secretaria-Geral de Governo (SGG), contará com recursos a fundo perdido, ou seja, sem necessidade de reembolso, viabilizando a elaboração e execução de projetos sem custos diretos para os órgãos públicos. As empresas selecionadas — ESCOs ou de engenharia — serão responsáveis por todas as etapas do processo, desde o diagnóstico até a implementação de soluções como automação e substituição de equipamentos obsoletos. O credenciamento é válido por 12 meses e renovável, com foco em garantir economia, eficiência e sustentabilidade na gestão energética do Estado. (Agência Cora de Notícias - 05.08.2025)

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EDP: Ações de eficiência energética no ES

A EDP anunciou a conclusão da modernização do sistema de iluminação do Hospital da Polícia Militar (HPM), no Espírito Santo. Com um investimento de mais de R$ 2,1 milhões, o projeto – que foi contemplado na Chamada Púbica de Eficiência Energética da companhia – inclui a instalação de uma usina solar com 840 módulos fotovoltaicos (capacidade de 483 kWp) e a substituição de 772 luminárias por tecnologia LED. A iniciativa proporcionará uma economia anual de 749 MWh, equivalente ao consumo de 312 residências, e resultará em uma redução de mais de R$ 490 mil nas despesas do hospital com energia elétrica. Além do benefício financeiro, o projeto contribui para amenizar o impacto ambiental do consumo de energia elétrica. (Agência CanalEnergia - 31.07.2025)

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Sérvia: Pacote europeu visa impulsionar projetos de eficiência energética

A União Europeia aprovou um pacote de € 240 milhões em fundos não reembolsáveis para a Sérvia, destinado a impulsionar projetos de gestão de resíduos, tratamento de águas residuais, eficiência energética e transição para fontes renováveis. O investimento total, de € 325,2 milhões, será implementado até 2032 como parte do Programa Operacional Plurianual para o Ambiente e a Energia, com foco também na melhoria da qualidade do ar e infraestrutura ambiental. A iniciativa reforça o compromisso da UE com a adesão da Sérvia e a transição verde no país. (Balkan Green Energy News - 07.08.2025)

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Microrredes e VPP

Microrredes ganham protagonismo em movimento de modernização energética

As transformações no setor energético são inevitáveis e refletem uma mudança significativa na forma como a energia é percebida e utilizada. O que antes era visto apenas como um custo operacional, passou a ser tratado como um fator estratégico para a competitividade e sustentabilidade dos negócios. Com isso, observando esse cenário, as microrredes ganham protagonismo e destaque. Essa tecnologia atua com sistemas locais e autônomos de geração, armazenamento e distribuição de energia, além disso, proporciona maior controle sobre sua própria matriz energética. Ademais, observa-se um possível volume alto de capital investido nesses projetos para os próximos anos, essa tendência se deve à demanda crescente por confiabilidade e avanço das IA. Por fim, essa tecnologia combina monitoramento inteligente e operação autônoma, assim consolidando a visão futurista e combinação com soluções concretas dos desafios contemporâneos. (Agência CanalEnergia - 25.07.2025)

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Colômbia: Microrrede garante estabilidade energética em território insular

A Ilha Grande, no Caribe colombiano, passou a contar com fornecimento contínuo de eletricidade pela primeira vez, por meio da implantação de uma microrrede híbrida off-grid. O projeto, resultado da parceria entre o IPSE e a empresa ATESS, visa ampliar o acesso à energia e promover a transição energética na Colômbia. Com investimento de 16,3 bilhões de pesos colombianos, a iniciativa beneficia mais de 1.200 pessoas, atendendo residências, estabelecimentos comerciais, escolas, centros de saúde e igrejas. A planta híbrida, em operação desde abril de 2025, combina energia solar, armazenamento e geradores a diesel, trazendo impactos positivos para a região. Entre os principais resultados estão o fornecimento ininterrupto de energia, melhorias nos serviços públicos, redução do uso de combustíveis fósseis e estímulo à economia local, especialmente no setor turístico. A comunidade também busca o reconhecimento como “Comunidade Energética”, reforçando a participação cidadã na gestão e democratização do acesso à energia. (Canal Solar - 04.08.2025)

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EUA: Redwood Materials reutiliza baterias de VEs em microrredes para data centers de IA

A Redwood Materials, empresa americana especializada em reciclagem de baterias, lançou a divisão Redwood Energy para reaproveitar baterias de VEs com capacidade residual em microrredes solares que abastecem centros de dados focados em IA. Seu primeiro projeto, em Nevada, fornece 64 MWh de energia para uma instalação da Crusoe, combinando energia solar e armazenamento em baterias reutilizadas, reduzindo emissões e custos em relação a sistemas com baterias novas. Com mais de 100 mil VEs saindo de circulação anualmente nos EUA, a Redwood já dispõe de material para microrredes de até 1 GWh e planeja expandir para polos tecnológicos no Texas e Virgínia, onde a demanda por energia cresce com o avanço da IA. Essa estratégia prolonga a vida útil das baterias, promove a circularidade da eletromobilidade e contribui para uma infraestrutura digital mais sustentável, frente ao previsto aumento do consumo dos data centers até 2030. (Inside EVs – 26.07.2025)

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EUA: Brattle Group valida o Sunrun VPP como recurso de rede de nível de planejamento na Califórnia

A Sunrun demonstrou a eficácia de sua usina virtual de energia (VPP) com mais de 100 mil baterias residenciais na Califórnia durante um teste coordenado com autoridades estaduais em 29 de julho de 2025. Segundo análise independente do Brattle Group, a empresa forneceu mais de 360 MW — mais de dois terços do total de 535 MW entregues por diversos agregadores — de forma consistente durante duas horas, causando uma redução visível na carga da rede. A validação do Brattle marca um avanço significativo, posicionando baterias residenciais como recursos confiáveis de nível de planejamento, comparáveis a geradores tradicionais. O modelo da Sunrun, que remunera consumidores pela participação e oferece benefícios diretos à rede, destaca-se como solução limpa e escalável frente à crescente demanda por alternativas às usinas a gás, especialmente em tempos de picos extremos de consumo e calor. (Solar Builder - 07.08.2025)

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CleanAI: Desenvolvimento de microrredes híbridas para data centers de IA

A CleanAI, startup especializada em energia para data centers, está lançando microrredes híbridas que combinam energia solar, armazenamento e gás natural como alternativa rápida e escalável ao atraso nas interconexões da rede elétrica tradicional. Focada inicialmente no Texas, onde a legislação permite a venda direta de energia "atrás do medidor", a empresa promete colocar seus sistemas em operação em apenas 18 meses, oferecendo energia a preços competitivos e com menor impacto ambiental. Seu modelo de negócios, baseado no conceito de "terreno energizado como serviço", transfere a energia como despesa operacional para os clientes, evitando grandes investimentos iniciais. A espinha dorsal do projeto é um avançado software proprietário que simula e controla as microrredes, otimizando o desempenho em tempo real conforme as demandas específicas de cada data center. (Latitude Media - 06.08.2025)

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Alinta Energy e National Renewable Network: Lançamento de VPP residencial sem custo inicial

A Alinta Energy e a National Renewable Network lançaram o programa "Solar Together" na Austrália, uma iniciativa de Usina Virtual de Energia (VPP, na sigla em inglês) que oferece sistemas residenciais de energia solar e baterias sem custo inicial para os consumidores. Inicialmente implantado em Nova Gales do Sul e Austrália do Sul, com planos de expansão, o programa permite que famílias utilizem energia solar a tarifas reduzidas e paguem uma taxa fixa diária pelo acesso à rede e ao VPP. Os clientes podem adquirir o sistema a qualquer momento ou tornarem-se proprietários após 12 anos. A iniciativa visa tornar a energia solar mais acessível, sem repassar custos aos consumidores, enquanto abre novas oportunidades de receita para varejistas e instaladores de energia. (PV Magazine - 07.08.2025)

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Tecnologias e Soluções Digitais

Artigo GESEL: "Capacidade inovativa da inteligência artificial no setor elétrico"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Marcelo Maestrini (pesquisador associado do GESEL/UFRJ) analisam a capacidade inovativa da Inteligência Artificial (IA) no setor elétrico brasileiro. Os autores destacam que a IA é uma tecnologia disruptiva e estratégica, comparável à “nova eletricidade” da Indústria 4.0, por sua capacidade de transformar transversalmente processos decisórios. No setor elétrico, ela é considerada um imperativo para enfrentar os desafios da transição energética, permitindo otimizar operações, integrar fontes renováveis e antecipar eventos com base em dados. Apesar do potencial, eles alertam que a adoção da IA ainda é limitada por diversos fatores. Entre os principais desafios estão a cibersegurança, a escassez de dados de qualidade, a dificuldade de integração com sistemas legados e a baixa capacidade das empresas de acumular conhecimentos técnicos e organizacionais. O setor, historicamente conservador, tende a operar de forma reativa e tem dificuldade em incorporar novas tecnologias. A reestruturação do setor com foco na eficiência de custos também contribuiu para a redução de investimentos em inovação e para o enfraquecimento da relação com o consumidor. Outro obstáculo importante está relacionado à força de trabalho, com formação inadequada de novos perfis digitais, descompasso entre a velocidade da transformação tecnológica e a qualificação profissional, além de alto turnover. Para enfrentar esses entraves, os autores defendem uma política pública de fomento à inovação, a ser articulada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com a ANEEL promovendo chamadas de PD&I voltadas à IA. Também sugerem a criação de um ambiente regulatório experimental (sandbox) para testar soluções em condições reais. Concluem que a IA é crucial para tornar a transição energética brasileira mais eficiente, acelerada e benéfica para a sociedade. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 29.07.2025)

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ONS: Proposta de implementação do modelo DSO

O ONS propôs à ANEEL a adoção do modelo de gestão descentralizada da rede elétrica por meio dos Distribution System Operators (DSOs), com o objetivo de enfrentar os desafios decorrentes da crescente penetração de fontes renováveis intermitentes e da expansão da micro e minigeração distribuída. Inspirado no modelo britânico, o DSO atuaria como um novo agente no setor, independente das distribuidoras, responsável por gerenciar localmente os recursos energéticos distribuídos e por equilibrar o fluxo bidirecional de energia, articulando-se com o ONS para garantir ajustes operacionais coordenados e seguros. A proposta considera o cenário em que, até 2029, apenas 45% da capacidade instalada estará sob controle direto do ONS via despacho centralizado. Nesse contexto, o DSO desempenharia papel estratégico ao viabilizar maior flexibilidade, segurança e eficiência na operação do sistema, além de fomentar a integração de tecnologias como baterias e VEs. O modelo prevê ainda a representação dos REDs por meio de agregadores, possibilitando a oferta de energia conforme critérios técnicos, o que pode contribuir para evitar apagões, reduzir custos e acelerar a transição energética no país. (Megawhat - 04.08.2025)

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IRENA: Tecnologias digitais tornam redes elétricas mais inteligentes e eficientes

Durante a IRENA Innovation Week 2025, destacou-se a interdependência entre digitalização e transição energética, com ênfase no papel vital da tecnologia para integrar fontes renováveis como solar e eólica às redes elétricas. Com o crescimento global de dispositivos conectados, aumenta também a demanda por eletricidade, exigindo uma transição que dependa da digitalização para operar redes inteligentes, prever demanda e gerenciar recursos energéticos de forma eficiente. Tecnologias como inteligência artificial, manutenção preditiva, gêmeos digitais e dispositivos IoT tornam possível otimizar a operação em tempo real, reduzindo custos e tornando o fornecimento de energia limpa mais estável. Do lado do consumo, medidores inteligentes e preços dinâmicos permitem respostas mais eficazes à demanda, promovendo economia e eficiência. No entanto, desafios persistem, como o alto consumo energético de data centers de IA, a desigualdade na adoção de tecnologias em mercados emergentes, a falta de padronização e os riscos de segurança cibernética. Superar essas barreiras é essencial para uma transição energética segura e inclusiva. (IRENA – 01.08.2025)

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Electro Graphics: Desenvolvimento de software para modelagem de sistemas fotovoltaicas

A Electro Graphics lançou a versão 2025 do software SOLergo, com foco no dimensionamento de sistemas fotovoltaicos do tipo Grid-Zero, que visam à autossuficiência energética sem injeção de energia na rede elétrica. A ferramenta permite configurar o uso de baterias para armazenar excedentes e otimizar o consumo, considerando variáveis como endereço, consumo máximo e autonomia desejada. O sistema Grid-Zero controla a exportação de energia, garantindo que toda a geração seja destinada ao consumo local, o que reduz custos com tarifas e amplia a independência energética. O software calcula o retorno econômico com base no consumo simultâneo e na capacidade das baterias, e realiza automaticamente o dimensionamento dos componentes necessários para atender à demanda energética do usuário. (Canal Solar - 01.08.2025)

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Portugal: Investimento de € 400 milhões para modernização da rede elétrica

O governo de Portugal anunciou um investimento de até € 400 milhões para reforçar a gestão da rede elétrica e ampliar a capacidade de armazenamento com baterias. Do total, cerca de € 137 milhões serão destinados a melhorias operacionais da rede, que enfrenta desafios crescentes com a intermitência de fontes renováveis como solar e eólica. O anúncio acontece após um apagão que afetou a região ibérica em abril deste ano. A falha se originou na Espanha por um erro de cálculo na composição energética e falhas em usinas térmicas, provocando uma sobrecarga que se espalhou até Portugal. Na nova ação, a operadora portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN) instalará dispositivos para medir com precisão a corrente elétrica, regular a voltagem e garantir maior estabilidade. Parte do plano inclui também ampliar a capacidade de baterias de apenas 13 MW para 750 MW, com foco em proteger serviços essenciais como hospitais e forças de segurança. (Reuters - 28.07.2025)

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Segurança Cibernética

TI Safe: Lançamento de plataforma de IA com foco em cibersegurança e aplicação no setor elétrico

A TI Safe anunciou o lançamento comercial do Safer, uma plataforma de inteligência artificial desenvolvida especificamente para a cibersegurança de infraestruturas críticas, com foco também no setor elétrico. A solução será disponibilizada ao mercado em 2 de janeiro de 2026 e marca a transição da empresa para um modelo SaaS (Software as a Service) de nicho. Destrinchando o produto, o Safer foi projetado para transformar a forma como as empresas lidam com a proteção de ambientes de Tecnologia Operacional (TO), este combina IA, Machine Learning e governança normativa. Ademais, a plataforma automatiza auditorias, acompanha ações corretivas, garante rastreabilidade de processos e reduz o tempo médio de respostas. Por fim, o modelo inclui assinatura mensal e consumo via tokens, permitindo escalabilidade conforme a necessidade do cliente. (Agência CanalEnergia - 31.07.2025)

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EUA: DOE abre inscrições para programa de segurança cibernética para o setor de energia

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) abriu inscrições para a OT Defender Fellowship 2026, programa de formação voltado à cibersegurança em infraestruturas críticas do setor energético. Voltada a profissionais de nível médio e sênior de empresas de energia elétrica, petróleo e gás natural, a iniciativa visa fortalecer a defesa contra ameaças cibernéticas a sistemas de tecnologia operacional (OT). O programa é realizado em parceria com o Laboratório Nacional de Idaho e agências federais como CISA, NSA e FBI. As inscrições vão até 22 de agosto de 2025. (Industrial Cyber - 04.08.2025)

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SixMap: Principais empresas de energia dos EUA estão expostas a falhas críticas de segurança

Um relatório da empresa de segurança cibernética SixMap revelou que mais de 20 das maiores empresas de energia dos Estados Unidos estão expostas a falhas críticas de segurança, com mais de 5.750 vulnerabilidades identificadas em suas redes — duas em cada três de alta ou gravidade crítica. O estudo detectou que equipamentos vulneráveis estão sendo utilizados com portas potencialmente expostas e mal monitoradas, incluindo 43 falhas de segurança (CVEs) comuns entre as empresas, sendo que seis já estão ativamente exploradas. Apesar de o setor energético ser considerado um dos mais protegidos do país, o relatório aponta deficiências significativas em sua postura de cibersegurança, especialmente na detecção de riscos em ativos IPv6 e portas efêmeras, frequentemente ignoradas por ferramentas convencionais de escaneamento. (Cyber Security Dive - 06.08.2025)

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