Tecnologias Exponenciais 225
Transição Energética e ESG
MCTI: Emissões de CO₂ da geração elétrica brasileira sobem em abril
Em abril de 2025, o setor elétrico brasileiro registrou uma média de 28,9 kg de CO₂ emitidos por MWh gerado, segundo dados do MCTI, revelando aumento em relação aos meses anteriores. Esses dados são disponibilizados pelo Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE), ferramenta oficial para monitoramento de GEE no país. O fator médio mensal de emissão é utilizado por empresas e instituições em inventários de emissões e projetos de descarbonização, como os do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Apesar da elevação pontual, a tendência de longo prazo é de redução nas emissões, acompanhando o crescimento das fontes renováveis na matriz elétrica. Segundo a EPE, em 2024, 88,2% da oferta de energia elétrica no Brasil teve origem em fontes limpas, com destaque para hidrelétricas (56,1%) e solar e eólica (23,7%). A partir de 2025, o cálculo do fator de emissão passou a incluir integralmente novos empreendimentos renováveis conectados ao SIN, ampliando a precisão dos dados. Para o MCTI, essa atualização representa um avanço na transparência e na confiabilidade das informações utilizadas em políticas climáticas e estratégicas. (Canal Solar - 13.06.2025)
MME e CIF: Programa promove financiamento para descarbonização da indústria brasileira
O Brasil conquistou o primeiro lugar no Programa de Descarbonização da Indústria (PID), promovido pelo Fundo de Investimentos Climático (CIF), o que garantiu ao país um financiamento de R$ 1,3 bilhão voltado à ampliação do uso de tecnologias limpas. Parte desses recursos será destinada à implantação de hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono, por meio de chamada pública conduzida pelo MME. A expectativa é que cada dólar investido pelo CIF possa atrair até US$ 12 adicionais em financiamentos complementares, ampliando o alcance das ações. O PID tem como objetivo apoiar projetos que contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa no setor industrial, responsável por aproximadamente um terço das emissões globais. O programa permite que até 100% dos recursos sejam destinados a iniciativas privadas ou que atraiam capital privado relevante. Além disso, contempla medidas de proteção social, como requalificação profissional e apoio a comunidades vulneráveis, visando assegurar que a transição energética gere empregos sustentáveis e inclusivos. (Canal Solar - 16.06.2025)
BNDES e Finep: Investimento em projetos estratégicos para a transição energética
O BNDES e a Finep anunciaram a seleção de 56 projetos voltados à transformação de minerais estratégicos para a transição energética, com investimentos previstos de R$ 45,8 bilhões. Os projetos, escolhidos entre 124 propostas submetidas a uma chamada pública, priorizam minerais como terras raras, lítio, grafite, cobre e silício — insumos essenciais para tecnologias verdes como baterias, painéis solares e veículos elétricos. As propostas selecionadas, que deverão receber apoio financeiro por meio de crédito, subvenções ou recursos não reembolsáveis, buscam fortalecer a autonomia tecnológica e o protagonismo do Brasil na economia de baixo carbono, conforme diretrizes do governo federal. (Agência Eixos - 12.06.2025)
Enase 2025: Especialistas apontam que Brasil pode figurar entre líderes da transição energética
O ENASE 2025 reuniu, nos dias 11 e 12 de junho, autoridades públicas, reguladores e lideranças empresariais para discutir os rumos do setor energético brasileiro, diante do cenário global de transição energética. O evento destacou o papel do Brasil como um dos cinco países emergentes que mais investem em energia limpa, com US$ 37 bilhões aplicados em 2023. Durante o encontro, o governo federal anunciou medidas estruturantes, como a Medida Provisória nº 1.300, que propõe a abertura total do mercado livre de energia até 2027, o fim dos subsídios cruzados, uma nova estrutura tarifária mais justa e uma tarifa social reformulada, com foco na inclusão e na segurança jurídica. A ANEEL, por sua vez, lançou a Tomada de Subsídios nº 7/2024, reforçando a necessidade de responsabilidade social e climática na regulação. A infraestrutura nacional foi apontada como um diferencial competitivo, com 84% da geração elétrica proveniente de fontes renováveis em 2024 e 90% do território interligado ao SIN. O debate também abordou os desafios técnicos, como os efeitos da sobreoferta e do curtailment, exigindo maior coordenação regulatória. Representantes da CCEE e da EPE defenderam a modernização do planejamento setorial, com a transição para um modelo mais flexível e guiado por sinais de mercado. A crescente digitalização e a expansão dos data centers pressionam a demanda por energia limpa e estável, motivando o governo a preparar um projeto de lei específico. Por fim, especialistas destacaram a necessidade de planejamento de longo prazo e investimentos em tecnologias como armazenamento de energia e hidrelétricas reversíveis. (Canal Solar - 12.06.2025)
Enase 2025: EPE debate transição energética justa em conferência do setor elétrico nacional
A EPE participou do Enase 2025 debatendo o papel do setor elétrico na transição energética justa e inclusiva, políticas climáticas e descarbonização. No painel de abertura, o presidente Thiago Prado, ao lado de autoridades do MME, Aneel, ONS e CCEE, apresentou o Observatório Brasileiro de Erradicação da Pobreza Energética e o de Políticas Públicas, voltados a orientar decisões no Conselho Nacional de Política Energética, no MME e no Congresso. Em sessão sobre data centers, Prado e especialistas discutiram a integração dessas instalações a uma matriz 100% renovável, políticas de atração de investimentos e os estudos de planejamento da transmissão em curso para suprir a demanda crescente de cargas digitais e inteligência artificial. (EPE – 11.06.2025)
Geração Distribuída
Brasil: Construção de fábrica de vidro para painéis solares na BA
A Bahia será sede de uma fábrica de vidro solar destinada à produção de painéis fotovoltaicos de alta performance, conforme anunciado no projeto "Brasil Transparente", lançado em evento da FIEB, em Salvador. A iniciativa, liderada pela Homerun Brasil em parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), utilizará sílica de alta pureza extraída exclusivamente do solo baiano. A unidade será construída no município de Belmonte e contará com um investimento de R$ 1,8 bilhão, embora a data de inauguração ainda não tenha sido divulgada. O projeto prevê práticas sustentáveis, como uso de energia limpa, reaproveitamento de água, minimização de resíduos, qualificação profissional por meio de um fundo educacional e inclusão produtiva local. Para a CBPM, a fábrica tem potencial para inserir a Bahia no mercado internacional da energia solar, reforçando seu papel na transição energética. Representantes da FIEB e da Homerun destacaram os benefícios econômicos e estratégicos do investimento para a cadeia produtiva de energia e mineração, além de seu impacto positivo no setor de armazenamento de energia. (Canal Solar - 12.06.2025)
SNEC: Maior evento de energia solar do mundo chega ao Brasil em 2026
A principal feira de energia solar do mundo anunciou sua primeira edição no Brasil. A SNEC, reconhecida internacionalmente como um dos eventos mais relevantes do setor, será realizada entre os dias 17 e 19 de março de 2026, no Distrito Anhembi, em São Paulo. O anúncio oficial contou com a participação de figuras de destaque da área de energia limpa. A apresentação foi conduzida por João Paulo Pícolo, CEO da NürnbergMesse Brasil, e Sérgio Carvalho, CEO da OAKSTREAM. O evento reuniu lideranças, especialistas e representantes de empresas do setor, criando um ambiente propício para discussões sobre inovação, parcerias internacionais e os caminhos da transição energética no país. (Canal Solar - 13.06.2025)
Brasil: Câmara dos Deputados arquiva projeto que limita instalação de UREs
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados arquivou o Projeto de Lei nº 4462/19, que propunha proibir a instalação de Usinas de Recuperação Energética (UREs) a menos de 1 km de áreas residenciais. O autor da proposta, deputado Lincoln Portela, argumentava que essas usinas poderiam gerar riscos à saúde ao converter materiais tóxicos do lixo em novos compostos potencialmente mais nocivos, liberando poluentes na atmosfera. No entanto, a Associação Brasileira de Energia de Resíduos (ABREN) contestou a justificativa, afirmando que os argumentos apresentados estavam desatualizados e careciam de respaldo técnico-científico. A ABREN destacou que diversos países desenvolvidos operam UREs em áreas urbanas sem registro de impactos negativos à saúde pública. Segundo seu presidente, Yuri Schmitke, o arquivamento do projeto representa uma vitória para a gestão de resíduos e para o meio ambiente, pois a proposta inviabilizaria investimentos no setor. Ele enfatizou que as modernas usinas diferem significativamente dos antigos incineradores, sendo licenciadas, seguras e equipadas com tecnologias avançadas de controle de emissões. Estudos internacionais demonstram que essas unidades operam com níveis de poluição até 70% abaixo dos limites legais, sem representar riscos à saúde ou ao meio ambiente. (Canal Solar - 13.06.2025)
Alemanha: Usinas solares plug-in alcançam marca de 1 milhão de unidades instaladas
Os sistemas plug-in, também conhecidos como "usinas de varanda", têm registrado forte adesão na Alemanha devido ao seu baixo custo e à atratividade em termos de custo-benefício. Segundo a Associação Alemã da Indústria Solar (BSW), com base em dados da Agência Federal de Redes (BNetzA), o país deve alcançar a marca de um milhão de dispositivos instalados até julho de 2025, embora esse número possa já ter sido atingido devido a atrasos nos registros. O setor apresenta expectativa de crescimento contínuo, reforçada por uma pesquisa da YouGov que aponta alta aprovação entre os entrevistados. Realizada no final de 2024, a pesquisa revelou que 8% dos entrevistados planejam adquirir um sistema Plug-in até o final de 2025, enquanto 9% demonstraram interesse com intenção futura. Somente entre janeiro e abril de 2025, cerca de 135 mil novos dispositivos foram instalados, representando um aumento de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior e impulsionando um crescimento de 75% no desempenho das usinas de varanda. A tendência indica que, após a consolidação dos painéis solares em telhados, os sistemas plug-in devem ganhar protagonismo nos centros urbanos. (Canal Solar - 17.06.2025)
TÜV Rheinland: Maioria das placas solares apresenta potência inferior à declarada
Em 2024, a maioria dos painéis solares testados apresentou potência inferior à declarada pelos fabricantes, segundo o laboratório TÜV Rheinland. Os ensaios, realizados em laboratórios na Ásia e Europa, envolveram tecnologias como PERC, TOPCon e BC. Apenas 34,3% dos módulos analisados entregaram desempenho igual ou superior ao especificado, enquanto 65,7% ficaram abaixo. Apesar disso, a maioria dos resultados permaneceu dentro da margem de incerteza laboratorial de 1,5%. O desempenho registrado contrasta com os testes de 2015 e 2016, quando 71,7% dos painéis superaram as especificações dos fabricantes. A TÜV Rheinland alerta que, mesmo com variações dentro dos limites aceitáveis, essas discrepâncias podem afetar a confiança dos consumidores. O laboratório recomenda a realização de testes independentes ainda nas fases iniciais de produção, permitindo ajustes antes da entrada dos produtos no mercado. (Portal Solar - 12.06.2025)
Armazenamento de Energia
GESEL na mídia: Baterias podem atacar curtailment, diz Nivalde de Castro
O papel estratégico das baterias no avanço da transição energética e na modernização do sistema nacional ganha cada vez mais atenção tanto no Brasil quanto na Europa, e já é tratado como elemento central para garantir flexibilidade, segurança e eficiência à operação do setor. As soluções que vão desde grandes instalações até equipamentos menores, voltados ao consumidor, mas em larga escala, podem prestar serviços relevantes ao sistema elétrico. Durante o Enase 2025, o professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL, Nivalde de Castro, afirmou que uma das funções objetivas das baterias é atacar o curtailment. “E para isso nada melhor do que você colocar a bateria na mão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ele quem vai trazer um grande benefício. Faz um leilão, dá um contrato regulado, que é mais valorizado pelas empresas e isso dá previsibilidade e atratividade ao investidor”, disse. (GESEL-IE-UFRJ – 13.06.2025)
Solfácil: Baterias para energia solar ficam 25% mais baratas em um ano
Um levantamento da Solfácil apontou que, entre maio de 2024 e 2025, os preços das baterias utilizadas em sistemas de energia solar no Brasil apresentaram queda significativa. As baterias monofásicas, voltadas para residências, tiveram redução de 25%, enquanto as trifásicas, empregadas em sistemas comerciais e industriais, caíram 20%. A principal causa foi a redução do preço do lítio, aliado ao ganho de eficiência na produção devido ao aumento da demanda. Apenas no primeiro semestre de 2025, a queda acumulada chegou a 18%. Segundo a empresa, a tendência é de continuidade na redução dos preços, o que fortalece o papel das baterias como solução para ampliar a autonomia energética. Diante das dificuldades de homologação de usinas e das restrições ao uso de créditos de energia, o armazenamento se torna uma alternativa viável. O amadurecimento do mercado, tanto em tecnologia quanto na percepção de valor, indica que as baterias tendem a deixar de ser um nicho e se tornar parte integrante dos projetos solares no país. (Canal Solar - 17.06.2025)
Brasil: Projetos híbridos levam descarbonização para comunidades isoladas
A descarbonização da matriz energética brasileira enfrenta o desafio de levar eletricidade limpa e confiável a mais de três milhões de pessoas em áreas isoladas do SIN, especialmente no Amazonas. Nessas regiões de difícil acesso, os sistemas híbridos, que integram geração térmica, energia solar e armazenamento por baterias, têm se mostrado soluções eficazes para garantir o fornecimento contínuo de energia com menor impacto ambiental. O subsistema Norte, que inclui o Amazonas, responde por quase 30% da energia gerada por termelétricas fósseis no Brasil, o que reforça a necessidade de substituição gradual por fontes renováveis, como previsto em programas públicos e investimentos privados. Exemplos recentes incluem a instalação de um sistema híbrido em Caiambé (Tefé-AM), que combina 1,4 MW de geração térmica, 373 kWp de energia solar e 1 MW em baterias, resultando na economia anual de 130 mil litros de diesel e na redução de 405 toneladas de CO₂. Também em destaque, o município de Autazes passou a ser atendido integralmente por energia híbrida, com 2,1 MW gerados por 3,4 mil painéis solares, resultando em redução de 8% no consumo de diesel e na emissão de mais de 5 mil toneladas de CO₂ ao ano. Com apoio do programa Pró-Amazônia Legal, outros projetos visam expandir essa abordagem para mais 23 comunidades, com a meta de instalar 88 MWp em geração solar e 105 MWh em armazenamento, consolidando o modelo híbrido como solução estratégica para a região amazônica. (Canal Solar - 11.06.2025)
Powersafe: Desenvolvimento de soluções de armazenamento para segurança eletrônica e infraestrutura crítica
Durante a Exposec 2025, realizada em São Paulo entre 10 e 12 de junho, a Powersafe apresentou suas soluções completas em baterias para segurança eletrônica e infraestrutura crítica, voltadas a setores como proteção de dados, redes bancárias, centros logísticos e indústrias. O destaque foi a linha 12V da marca Getpower, amplamente utilizada em sistemas de alarme, CFTV, controle de acesso e iluminação de emergência. A empresa aposta na expansão dessas tecnologias para atender também mercados como data centers, segurança patrimonial e operações industriais de grande porte. A Powersafe também exibiu um portfólio abrangente, incluindo baterias de lítio – com maior autonomia e ciclo de vida –, chumbo-puro e ventiladas, ideais para aplicações críticas. A linha Freedom, outra protagonista da exposição, é voltada para operações com alta demanda energética, como redes de vigilância e centros logísticos. Segundo o diretor executivo Leandro Alvares, a crescente adoção de sistemas de monitoramento e automação predial aumenta a demanda por soluções confiáveis de energia. (Canal Solar - 13.06.2025)
Veículos Elétricos
Brasil: PL institui política para reciclagem de baterias de VEs
Diante do crescimento expressivo do mercado de carros eletrificados no Brasil — 177 mil unidades emplacadas em 2024, um aumento de 80% — o senador Jaques Wagner apresentou o PL 2.132/2025, que cria a Política Nacional de Circularidade das Baterias. O objetivo é garantir a sustentabilidade no ciclo de vida das baterias usadas em veículos elétricos e híbridos. A proposta abrange desde a fabricação até o descarte dos acumuladores, promovendo a economia circular, reciclagem, rastreabilidade e reutilização de materiais críticos como lítio e cobalto. Ainda, é defendida também a inclusão de cooperativas de reciclagem e a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, usuários e poder público. Entre os instrumentos previstos na nova política estão o passaporte da bateria, metas de rastreabilidade e circularidade, incentivos fiscais, certificações técnicas e socioambientais, e critérios para compras públicas sustentáveis. Como justificativa à proposta, o senador argumenta que o Brasil deve se antecipar aos impactos ambientais da eletromobilidade, citando experiências internacionais enquanto referência para o texto. (Agência Senado – 16.06.2025)
ICCT: Brasil pode dobrar empregos no setor com indústria de VEs
Estudo realizado pelo ICCT em parceria com a USP e a Unicamp aponta que a transição da indústria automotiva brasileira para VEs pode mais que dobrar a geração de empregos até 2050, em comparação com a manutenção do modelo baseado em motores a combustão. Utilizando uma abordagem de insumo-produto, o levantamento comparou dois cenários: o Base, com predominância de veículos a combustão e biocombustíveis, e o de Eletrificação, com crescimento na produção de veículos 100% elétricos e nacionalização parcial das baterias. No cenário de eletrificação, a estimativa é de um aumento de 116% nos empregos, impulsionado principalmente pela produção local de baterias e motores elétricos, com impactos positivos também em setores industriais e de serviços. O estudo destaca ainda que o cenário de eletrificação proporciona maior participação dos salários na renda total (53%, frente a 45% no cenário Base), refletindo a predominância de setores com melhor remuneração e menor margem de lucro na cadeia de valor dos veículos elétricos. A produção local de baterias é apontada como fator estratégico para o aumento do emprego, com projeção de elevação do conteúdo nacional de 21% para 50% até 2050. (Inside EVs - 15.06.2025)
BYD e Tupi: Criação de sistema de recarga automática para VEs
A BYD anunciou o lançamento da AutoCarga, um sistema de recarga automática para seus VEs, desenvolvido em parceria com a Tupi Mobilidade. A tecnologia elimina a necessidade de aplicativos ou cartões para iniciar o carregamento, tornando o processo mais prático. A partir de 23 de junho, o sistema estará disponível nos eletropostos rápidos localizados em concessionárias da BYD no Brasil, exigindo o uso do aplicativo BYD Recharge apenas na configuração inicial. O objetivo da AutoCarga é facilitar o acesso à recarga inteligente e incentivar a adoção da mobilidade elétrica no país, com tecnologia nacional. A BYD destaca que a nova funcionalidade integra o veículo à infraestrutura de recarga, reforçando seu compromisso em oferecer soluções completas que promovam a praticidade e a expansão da eletromobilidade no cotidiano dos brasileiros. (Inside EVs - 16.06.2025)
99: Desenvolvimento de sistemas de créditos de carbono para motoristas de VEs
A 99 está implementando um sistema de créditos de carbono voltado a motoristas que utilizam VEs na plataforma, com compensações financeiras baseadas na quilometragem percorrida. A iniciativa integra a Aliança pela Mobilidade Sustentável, composta por 23 empresas e liderada pela própria 99. O objetivo é tornar a eletrificação economicamente viável, monetizando as emissões evitadas por meio de um sistema auditado e certificado, inspirado no mercado voluntário de carbono. A cada quilômetro rodado com veículos de zero emissão, o motorista acumulará créditos que poderão ser convertidos em pagamentos periódicos. A empresa aposta que o transporte por aplicativo será responsável por até 85% da frota elétrica nacional até 2040, conforme projeções da consultoria McKinsey. Nesse contexto, a 99 busca liderar a transição com soluções escaláveis e sustentáveis. O projeto de créditos deve ganhar tração ao longo de 2025, com potencial para se tornar um exemplo relevante na COP30, em Belém (PA), e servir de modelo para outras plataformas e setores que desejam incentivar o uso de VEs. (Inside EVs - 14.06.2025)
BYD: Montadora afirma que guerra de preços de VEs é insustentável
A vice-presidente global da BYD, Stella Li, afirmou que a guerra de preços entre montadoras de veículos elétricos, especialmente na China, é insustentável diante da intensa competição e margens reduzidas. Em entrevista à Bloomberg, Li destacou que esse cenário deve resultar em um processo de consolidação do setor. Apesar da crítica ao excesso de cortes, a BYD não pretende abandonar sua estratégia de preços agressivos, que a levou à liderança de vendas no mercado chinês. A postura, no entanto, tem provocado preocupações entre investidores e autoridades, com o governo chinês discutindo medidas para coibir práticas de venda com preços abaixo do custo. O impacto da disputa já se reflete no mercado financeiro, com a BYD perdendo cerca de US$ 22 bilhões em valor de mercado desde o pico de maio de 2025. Mesmo assim, a empresa é apontada como uma das possíveis vencedoras no longo prazo, especialmente se concorrentes menores saírem do mercado. Paralelamente, a BYD projeta expandir sua atuação internacional, com investimentos previstos de até US$ 20 bilhões na Europa, visando ampliar sua rede de concessionárias e fortalecer o serviço pós-venda como diferencial competitivo. (Inside EVs - 13.06.2025)
Eficiência Energética
ANEEL: Aprovação da ONEE 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou a proposta da RGE Sul para a Olimpíada Nacional de Eficiência Energética (ONEE) 2025, que envolverá 500 mil estudantes do 8º e 9º anos, 25 mil professores e 8 mil escolas em todo o país. Com orçamento de R$6,36 milhões do PEE, a iniciativa usa metodologias inovadoras, como gamificação e Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL), alinhadas à BNCC. Professores receberão formação EaD de 40 horas. Os melhores alunos de cada estado ganharão notebooks, e os 27 finalistas disputarão o título nacional em evento presencial em Brasília, em novembro. A execução é liderada pelo Instituto ABRADEE, com apoio de especialistas em educação e comunicação. (Agência CanalEnergia - 13.06.2025)
Enel: Ações de eficiência energética no RJ
A Enel Rio entregou as obras de eficiência energética no Complexo Naval da Ponta da Armação (CNPA), sede da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha. A ação teve investimentos de R$ 850 mil, com recursos viabilizados pelo Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com a distribuidora, as obras foram selecionadas por meio da Chamada Pública de Projetos aberta pela companhia, que apoia, via edital, iniciativas de eficiência energética. O projeto envolveu a instalação de 1.292 lâmpadas LED, 22 condicionadores de ar com tecnologia inverter e quatro condicionadores ambientais de alta capacidade, promovendo uma estimada economia de 523,74 MWh/ano. Ainda, a energia poupada pela ação evitará a emissão de 32 toneladas de CO2 anualmente na atmosfera, um impacto ambiental positivo equivalente ao plantio de 228 árvores por ano. (Agência CanalEnergia - 16.06.2025)
Energisa: Ações de eficiência energética em RO
A Energisa Rondônia dará início, na segunda quinzena de julho, às obras de eficiência energética no Hospital Regional de Cacoal (HRC), por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE), regulamentado pela ANEEL. O projeto prevê a substituição de 1.118 lâmpadas convencionais por modelos LED e a instalação de 74 placas solares, com um investimento superior a R$ 450 mil. A iniciativa visa reduzir o consumo de energia elétrica, proporcionando economia financeira e ambiental, com expectativa de redução anual de 215,18 MWh e de 27,20 toneladas de CO2. Desde que passou a operar em Rondônia, há seis anos, a Energisa já investiu aproximadamente R$ 68 milhões em 89 projetos de eficiência energética. As ações contemplaram hospitais, escolas, organizações sociais e instituições públicas, resultando em uma economia anual de 25 mil MWh. A empresa destaca que a economia gerada permite o redirecionamento de recursos para melhorias no atendimento à população. (Rondônia Agora - 17.06.2025)
União Europeia: Lançamento de medidas para conter o consumo de energia de data centers
A Comissão Europeia prepara um conjunto de medidas para reduzir o consumo de energia em data centers na União Europeia, refletindo preocupações com os impactos ambientais e estruturais dessas instalações. Atualmente, os data centers respondem por cerca de 3% do consumo elétrico do bloco, com projeção de duplicação nos próximos cinco anos, segundo a Agência Internacional de Energia. As medidas devem ser implementadas em 2026, embora mais detalhes ainda não tenham sido divulgados. Alguns países europeus já adotaram restrições à construção de novos centros de dados, como a Irlanda, onde o setor representa cerca de 20% do consumo elétrico, motivando uma moratória na região de Dublin. As futuras medidas da Comissão devem demandar cooperação entre reguladores, empresas de energia e companhias de tecnologia, com base na meta da UE de estabelecer centros de dados neutros em carbono e energeticamente eficientes até 2030. (Data Center Dynamics - 18.06.2025)
Tecnologias e Soluções Digitais
Curso GESEL “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias disruptivas e Inteligência Artificial”
A partir do dia 22 de julho, o GESEL promoverá o curso EAD “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias Disruptivas e Inteligência Artificial”. Com carga horária total de 12 horas, divididas em 6 aulas de 2 horas cada, o curso será ministrado por especialistas do setor e abordará os impactos das novas tecnologias no setor elétrico, incluindo cases e projetos reais em andamento. O conteúdo do curso incluirá os pilares da transformação digital do setor elétrico, tecnologias disruptivas associadas e seus novos modelos de negócios. Curso recomendado para profissionais da área interessados em conhecer experiências e melhores práticas acerca de tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Digital Twin, Virtual Power Plant (VPP), Microrredes, Realidade Aumentada e Realidade Virtual. O curso será realizado em formato on-line síncrono. Inscreva-se já: https://forms.gle/6KiWs34n3geWLBvc6 (GESEL-IE-UFRJ – 13.06.2025)
Segurança Cibernética
Akamai Technologies: Setor financeiro é o maior alvo de ataques cibernéticos
Pelo terceiro ano consecutivo, o setor financeiro foi o principal alvo de ataques de negação de serviço distribuída (DDoS), segundo relatório da Akamai Technologies. O aumento no uso de APIs ampliou a vulnerabilidade da camada de aplicação, resultando em um crescimento de 23% nos ataques em 2024. A região Ásia-Pacífico concentrou 38% dos ataques volumétricos ao setor, com destaque para uma ofensiva em outubro que resultou no maior ataque registrado pela Akamai, dentro de uma campanha coordenada contra instituições financeiras. Os ataques tornaram-se mais sofisticados, simulando o comportamento de usuários reais, o que dificulta sua detecção. O uso crescente de serviços de “DDoS de aluguel” e o aumento do hacktivismo impulsionado por tensões geopolíticas agravam o cenário. Em resposta, a Akamai e a FS-ISAC desenvolveram um Modelo de Maturidade para auxiliar instituições na avaliação de suas defesas e na priorização de investimentos. Especialistas reforçam que estratégias robustas e boas práticas são fundamentais para proteger a infraestrutura crítica e manter a confiança dos clientes. (CISO Advisor - 17.06.2025)