Informativo Eletrônico – Tecnologias Exponenciais nº 24 – publicado em 12 de novembro de 2020.

IFE: Informativo Eletrônico de Tecnologias Exponenciais
– GESEL-UFRJ

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IFE: nº 24 – 12 de novembro de 2020
https://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Transição Energética
1
P&D na MP 998: GESEL aponta risco em um momento de modernização do setor

2 DSOs da América Latina querem associação para debater desafios da transição

3 Hidrogênio verde é fator chave para eletrificação na UE
4 Maior complexo de hidrogênio verde na Europa em construção

5 Shell Catalysts & Technologies lança processo de hidrogênio azul

6 Equinor define metas de alcançar emissões líquidas zero até 2050

7 CTG Brasil: experiência chinesa pode impulsionar energia limpa no País
8 Centro Europeu de Aceleração de Hidrogênio Verde

9 EUA saem oficialmente do acordo de Paris

Geração Distribuída
1
GD atinge 4 GW de potência instalada no Brasil

2 Santander aumenta para seis anos prazo para financiamento de GD

3 Fintech impulsiona financiamento de energia solar residencial no país

4 Absolar: GD já atraiu mais de R$ 19 bi em investimentos no Brasil

5 Celesc retoma instalação de kits fotovoltaicos para eletrodependentes

Armazenamento de Eletricidade
1
Custos com baterias caem em 2019

2 Neoen ganha contrato para construir bateria na Austrália

3 Planta de armazenamento criogênico do Reino Unido

Mobilidade Elétrica
1
Brasil: bases para a mobilidade elétrica estão sendo montadas

2 COVID-19 pode impulsionar eletrificação na EU

3 Perspectiva de iniciativas de mobilidade elétrica no setor público brasileiro

4 Honda compra créditos de CO2 da Tesla

5 Mobilidade elétrica está crescendo no Brasil

Medidas de Gestão e Resposta da Demanda
1
EDP Ventures investe R$ 2 mi em start up

Digitalização do Setor Elétrico
1
CPAMP reuniu-se com agentes do setor elétrico

2 Cemig desenvolve plataforma para despacho de UHEs

3 Siemens lança podcast: Acelerando a Transformação Digital

4 Engie lança plataforma digital para negociação e gestão de contratos no ACL

5 Cepel fecha acordo com companhia americana para venda de solução tecnológica

Eventos
1
GESEL no Fórum Internacional de hidrelétricas com armazenamento bombeado

2 GESEL no Webinar ABDAN – Nuclear Trade and Technology Exchange 2020

Artigos e Estudos
1
Soluções de energia renovável para segurança climática nas cidades

2 EPE: resultados do estudo de Integração de Fontes Renováveis Variáveis na Matriz Elétrica do Brasil

3 IEA: A oportunidade do hidrogênio na América Latina: das estratégias nacionais à cooperação regional

4 Wood Mackenzie: Europa precisa melhorar seu armazenamento de energia para corresponder às suas ambições sustentáveis


 


 


Transição Energética


1 P&D na MP 998: GESEL aponta risco em um momento de modernização do setor

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, acredita que faltou uma análise mais profunda da Aneel e do ministério em relação ao Setor de P&D, na construção da Medida Provisória 998 e alerta para o risco de reduzir a velocidade de decisão e afetar toda uma cultura criada em 20 anos, no momento de modernização do setor e de entrada de tecnologias disruptivas. Estudo realizado pelo Gesel nos últimos três anos sobre o programa de P&D concluiu que há uma melhora dos projetos em execução em termos de qualidade, de produção de tecnologia e, principalmente, de desenvolvimento da cultura de inovação no setor elétrico. “Quando eles foram criados, eram vistos como um problema pelas empresas, tanto que eram colocados na área regulatória”, conta o especialista. Com a evolução e a definição pela agência de área importantes para os projetos de pesquisa, nos grandes grupos empresariais a parte de P&D passou para a área de engenharia, onde são desenvolvidos novos produtos. Além disso, hoje a inovação é aberta, em rede, o que levou a Aneel a elaborar chamadas de P&D estratégicas, que atraem recursos adicionais de outras empresas. A chamada de mobilidade elétrica, por exemplo, gerou 35 projetos, com investimentos de mais de R$500 milhões. “A possibilidade hoje dos recursos serem aplicados e gerando novos negócios é muito maior que no começo. Ai veio essa questão da covid e alguém cantou essa pedra que tinha R$ 4,5 bi parados. Mas tem projetos que seguem processos licitatórios da Lei 8666. Então grande parte desses recursos está nas empresas Eletrobras em geração e transmissão”, afirma Castro. (GESEL-IE-UFRJ – 03.11.2020)

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2 DSOs da América Latina querem associação para debater desafios da transição

O sistema de energia está passando por uma transição na qual Operadores de Sistema de Distribuição – os chamados DSOs – desempenham um papel altamente relevante, sendo confrontados com um crescimento sem precedentes de cargas novas e mais flexíveis, bem como dispositivos de armazenamento conectados às suas redes elétricas. Essas mudanças já estão afetando os sistemas de energia na região e requerem abordagens inovadoras e cooperativas, razão pela qual os principais operadores de distribuição da América Latina decidiram se unir para gerar novas ideias, perspectivas e soluções. Alguns tópicos prioritários da discussão se concentrarão na evolução da estrutura do Mercado de Distribuição de Energia para responder à transição energética, incluindo Veículos Elétricos, Integração de Rede, Resposta à Demanda, Outros Recursos de Energia Distribuída, Transformação de borda da Rede e demandas de novos clientes. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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3 Hidrogênio verde é fator chave para eletrificação na UE

A União Européia está avançando na eletrificação de sua economia para atingir a descarbonização plena. A contribuição da eletricidade para o consumo de energia hoje mal ultrapassa 20% do total e deve triplicar em apenas 30 anos se os objetivos forem alcançados. Paralelamente, existem alguns usos de energia que, por razões tecnológicas, são difíceis de eletrificar. É o caso dos processos industriais de alta temperatura e do transporte de veículos pesados. Para eles, a produção de hidrogênio verde a partir da eletrólise – usando energia renovável – é um fator chave no caminho para a neutralidade climática em 2050. Cientes deste desafio, mas também desta grande oportunidade, a União Europeia e o Governo da Espanha lançaram estratégias para promover o hidrogênio verde. A UE pretende ter 40 GW de eletrolisadores de hidrogênio verde em apenas dez anos, enquanto na Espanha a meta é de 4 GW de capacidade instalada. (REVE – 02.11.2020)

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4 Maior complexo de hidrogênio verde na Europa em construção


Em 2021, o maior complexo de hidrogênio verde da Europa para uso industrial estará operacional em Puertollano, após um investimento de € 150 milhões. O complexo será composto por uma usina solar fotovoltaica de 100 MW, um sistema de bateria de íons de lítio com capacidade de armazenamento de 20 MWh e um dos maiores sistemas de produção de hidrogênio por eletrólise (20 MW). Seu desenvolvimento e construção vão gerar ao todo 700 empregos. Quando estiver em operação, evitará a emissão de 39 mil toneladas de CO2 por ano. A Iberdrola está envolvida na construção do projeto. O hidrogênio verde produzido será utilizado na planta de amônia da Fertiberia, empresa de fertilizantes, em Puertollano. (REVE – 02.11.2020)

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5 Shell Catalysts & Technologies lança processo de hidrogênio azul

A Shell Catalysts & Technologies está lançando o Processo Shell Blue Hydrogen, que integra tecnologias para aumentar significativamente a viabilidade de projetos de produção de hidrogênio ‘azul’ a partir do gás natural, juntamente com a captura de carbono. O hidrogênio azul permite a descarbonização de indústrias pesadas, ao mesmo tempo que cria valor para refinadores. O novo processo da Shell pode reduzir o custo nivelado do hidrogênio em 22%. Com o dióxido de carbono (CO2) custando entre US$ 25 e US$ 35 / t, o hidrogênio azul torna-se competitivo em relação ao cinza, mesmo com seus custos de capital mais elevados. (Energy Global – 03.11.2020)

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6 Equinor define metas de alcançar emissões líquidas zero até 2050

A Equinor anunciou ontem sua meta de se tornar uma empresa de emissões líquidas de carbono zero até 2050. A ambição inclui as emissões da produção e do consumo final de energia. Para tal, as energias renováveis serão uma área de crescimento significativo. A Equinor já definiu metas de crescimento em energias renováveis e espera uma capacidade de produção de 4 a 6 GW em 2026 e de 12 a 16 GW em 2035. (REVE – 02.11.2020)

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7 CTG Brasil: experiência chinesa pode impulsionar energia limpa no País

“O intercâmbio de experiências positivas entre países é um dos grandes ganhos do crescente processo de globalização em todos os mercados e no setor elétrico não seria diferente”. A afirmação é de Zhao Jianqiang, chairman e CEO da CTG Brasil, uma das líderes em energia limpa no País. Jianqiang acredita que a troca de conhecimento com a China, por exemplo, país de origem da CTG, pode contribuir para o crescimento do Brasil por meio da geração de energia limpa e para o impulsionamento do setor. Um exemplo disso é sua visão sobre a necessidade de um olhar integrado no crescimento das fontes limpas na matriz elétrica nacional. (Agência CanalEnergia – 03.11.2020)

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8 Centro Europeu de Aceleração de Hidrogênio Verde


O EIT InnoEnergy lançou o Centro Europeu de Aceleração do Hidrogênio Verde (EGHAC), um esforço sem precedentes para apoiar o desenvolvimento de uma economia anual de hidrogênio verde de € 100 bilhões até 2025, que poderia criar meio milhão de empregos diretos e indiretos em toda a cadeia de valor do hidrogênio verde. A iniciativa é apoiada pela Breakthrough Energy, uma rede de entidades fundada por Bill Gates e os principais líderes mundiais em tecnologia e negócios para acelerar a transição para um futuro de energia limpa. Como uma fonte comprovada de energia com baixas emissões, o hidrogênio verde está bem posicionado para se tornar uma peça central da economia da UE, ajudando o continente a garantir autonomia estratégica ao diminuir sua dependência de mais de € 320 bilhões de importações de combustíveis fósseis a cada ano. O EGHAC promete acelerar a produção de hidrogênio verde para entregar projetos industriais de grande escala em toda a Europa. (Renews – 04.11.2020)


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9 EUA saem oficialmente do acordo de Paris

A saída, iniciada por uma carta de Presidente Trump exatamente um ano atrás, deixa os EUA como o único país do mundo a sair do acordo climático histórico. “O Acordo do Clima de Paris é simplesmente o exemplo mais recente de Washington entrando em um acordo que coloca os Estados Unidos em desvantagem para o benefício exclusivo de outros países, deixando os trabalhadores americanos e os contribuintes para absorver o custo em termos de empregos perdidos, menores salários, fábricas fechadas e produção econômica amplamente diminuída ”, disse Trump em um discurso no Rose Garden em junho de 2017. A mudança foi celebrada por muitos nos círculos republicanos, embora democratas e ambientalistas lamentem as implicações que a saída dos EUA terá para o clima e a economia americana. O democrata Joe Biden prometeu voltar a aderir ao acordo de Paris no primeiro dia de mandato. (The Hill – 04.11.2020)

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Geração Distribuída


1 GD atinge 4 GW de potência instalada no Brasil


A geração distribuída de energia renovável atingiu 4 GW de potência instalada. Cada vez mais os “prossumidores” estão investindo em geração própria do insumo utilizando fontes como a solar fotovoltaica, o biogás, a biomassa, as Centrais Geradoras Hidrelétricas e os sistemas eólicos. O presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, Carlos Evangelista comemora, já que o ano começou com 2 GW e a marca foi dobrada antes de 2020 acabar. De acordo com ele, isso é possível, durante um ano como este, porque a GD é uma alternativa sustentável que também contribui para a redução dos gastos com energia. (Agência CanalEnergia – 03.11.2020)



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2 Santander aumenta para seis anos prazo para financiamento de GD


A Santander Financiamentos decidiu alongar de 60 para 72 meses ou seis anos o plano de pagamento de equipamentos fotovoltaicos. Outro estímulo à adoção da chamada “energia limpa” é a ampliação de 90 para 120 dias do período de carência para o vencimento da primeira parcela. Os novos prazos atendem a empresas de todos os segmentos e tamanhos, além de pessoas físicas que planejam instalar o sistema em casa. Para ter acesso às linhas de financiamento não é necessário ser correntista Santander. As medidas da financeira do Santander Brasil são resposta a um estudo de mercado que aponta o prazo de 120 dias como o tempo adequado para começar a pagar o financiamento, enquanto se aguarda por trâmites como importação dos equipamentos, disponibilidade e instalação completa do sistema. (Agência CanalEnergia – 03.11.2020)


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3 Fintech impulsiona financiamento de energia solar residencial no país


Com capilaridade nacional por meio de uma plataforma digital que une cerca de 2500 integradores de energia solar à potenciais novos consumidores da fonte, a Solfácil é uma startup criada em 2018 para oferecer linhas de financiamento que substituam a conta mensal de eletricidade por um investimento em um sistema fotovoltaico, onde parceiros executam o projeto na residência e o cliente paga em até dez anos, com juros em torno de 1%, e podendo produzir energia praticamente de graça após o período de quitação do aporte. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o fundador e CEO da fintech, Fábio Carrara diz: “Nosso diferencial é que julgamos que o grande risco da operação está no projeto, muito mais do que no cliente. Os bancos sabem avaliar CPF, CNPJ, e fazemos isso também, mas a questão nesse mercado é garantir que o investimento retorne com a produção de energia e economia ao longo prazo”, comenta o executivo. (Agência CanalEnergia – 04.11.2020)



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4 Absolar: GD já atraiu mais de R$ 19 bi em investimentos no Brasil




Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 400 mil unidades consumidoras com geração distribuída solar fotovoltaica. Desde 2012, a geração distribuída a partir da fonte solar já representa mais de 3,8 GW de potência instalada operacional, sendo responsável pela atração de mais de R$ 19 bilhões em novos investimentos ao País, agregando cerca de 110 mil empregos acumulados no período, espalhados pelas cinco regiões nacionais. Em número de unidades consumidoras com energia solar, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 68,8% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços, com 20,2%; consumidores rurais, que são 8,0%; indústrias, com 2,6%; poder público, com 0,4% de participação e outros tipos, os serviços públicos com 0,03% e a iluminação pública com 0,01%. (Agência CanalEnergia – 05.11.2020)


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5 Celesc retoma instalação de kits fotovoltaicos para eletrodependentes


Após sete meses de suspensão em função da pandemia de Covid-19, a Celesc retomou projeto que contempla a instalação de kits geradores fotovoltaicos e substituição de lâmpadas por modelos LED para consumidores eletrodependentes (por exemplo, aqueles que precisam de aparelhos médicos conectados à rede elétrica 24 horas por dia) beneficiários da tarifa social de energia. Ao todo, serão instalados 145 kits que podem gerar uma economia de até 20% da fatura de energia de cada residência. Para isso, a Celesc informa que a empresa 3E Engenharia, responsável pelas análises técnicas, está visitando os clientes cadastrados selecionados, com objetivo de identificar as condições para instalação do sistema. (Brasil Energia – 06.11.2020)



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Armazenamento de Eletricidade


1 Custos com baterias caem em 2019


Os custos das baterias de íon de lítio usadas em armazenamento estacionário e por veículos elétricos diminuíram 19% em 2019, de acordo com o último relatório do Observatório Mundial de Mercados de Energia (WEMO) da Capgemini. O relatório observou “custos consistentemente mais baixos sendo registrados mês após mês”, com 115 projetos de megafábricas de bateria de íon de lítio anunciados, sendo 88 deles localizados na China. Outras observações importantes da edição de 2020 do relatório WEMO incluem a queda significativa no consumo devido à Covid-19, que levou à maior redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) desde a 2ª Guerra Mundial. O relatório WEMO também apontou que, com o aumento da participação da fontes intermitentes de energia renovável(energia eólica e solar), o equilíbrio da rede é mais difícil e a segurança do abastecimento pode ser ameaçada. (Renews – 03.11.2020)



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2 Neoen ganha contrato para construir bateria na Austrália


A produtora francesa de energia renovável Neoen SA ganhou um contrato do governo para construir uma bateria de 300 MW em Victoria, Austrália. A francesa vai assinar contrato com a Australian Energy Market Operator (AEMO), anunciou na quinta-feira a ministra da Energia, Ambiente e Mudanças Climáticas, Lily D’Ambrosio. Chamada de Victorian Big Battery, no projeto a Neoen instalará um enorme sistema de bateria de íon-lítio que superará a atual reserva de energia existente no sul da Austrália de 150 MW a 194 MWh. Baterias da Tesla Inc serão usadas. (Renewables Now – 05.11.2020)


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3 Planta de armazenamento criogênico do Reino Unido


As empresas Highview Power e Carlton Power inauguraram uma instalação de armazenamento de energia de 50 MW perto de Manchester, na Inglaterra. A CryoBattery está programada para entrar em operação comercial em 2023 e usará a infraestrutura de subestação e transmissão existente, com sua receita derivada de vários mercados, incluindo arbitragem – compra de eletricidade quando os preços estão baixos e venda quando os preços são altos – equilíbrio da rede, mercado de capacidade e serviços ancilares, como resposta de frequência e suporte de tensão. A tecnologia de armazenamento de energia criogênica da Highview Power utiliza liquefação de ar, na qual o ar ambiente é resfriado e transformado em líquido a -196 graus Celsius. O ar líquido é armazenado em baixa pressão e posteriormente aquecido e expandido para acionar uma turbina e gerar energia. (Renews – 06.11.2020)



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Mobilidade Elétrica

1 Brasil: bases para a mobilidade elétrica estão sendo montadas

Quando se fala em mobilidade elétrica no Brasil, duas ideias contrastantes vêm à mente: o enorme potencial de mercado, considerando o tamanho da frota; e o grande desafio de expandir esse segmento. A mobilidade elétrica consiste em um grande ecossistema com importantes players envolvidos, como montadoras, empresas de energia, fornecedores de soluções, startups, governos e, claro, o consumidor final. Pensar o Brasil como uma potência pode estar distante, mas as bases estão sendo montadas. No primeiro semestre, as vendas cresceram 221%, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Além disso, a infraestrutura ganha reforço e os primeiros eletropostos da maior rede pública de recarga ultrarrápida do País vão ser entregues até o fim do ano: um corredor eletrificado de 2.500 km vai conectar Florianópolis, Curitiba, SP, RJ e Vitória. (O Estado de São Paulo – 30.10.2020)

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2 COVID-19 pode impulsionar eletrificação na EU

A UE estabeleceu uma meta geral de atingir a neutralidade de carbono até 2050. Os legisladores da UE pretendem usar a crise do coronavírus para reconstruir as economias dos estados membros de uma forma mais ambientalmente sustentável. Parte do apoio para essa transição viria de um plano de recuperação econômica de 750 milhões de euros, chamado Next Generation EU. O dinheiro será desembolsado por meio de doações e empréstimos e irá para medidas para atingir a meta de redução das emissões de carbono de médio prazo da UE para 2030. A meta pede um corte mínimo de 55% nas emissões coletivas de gases do efeito estufa em relação ao nível de 1990, um aumento em relação à meta anterior de 40%. (Automotive News Europe – 01.11.2020)

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3 Perspectiva de iniciativas de mobilidade elétrica no setor público brasileiro

A baixa nas taxas de juros e as trocas nas gestões das prefeituras, a partir do próximo ano, devem incentivar a busca de parcerias público-privadas (PPPs) nos segmentos de energia renovável e eficiência energética. Os esforços do governo para incentivar o financiamento de investimentos privados em infraestrutura também poderão dar fôlego às iniciativas. Guilherme Naves, sócio da consultoria especializada no segmento Radar PPP afirma que a previsão é que nos próximos anos também despontem iniciativas de mobilidade elétrica. (Valor Econômico – 04.11.2020)

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4 Honda compra créditos de CO2 da Tesla

A Honda não foi capaz de reduzir a emissão média de CO2 de toda a sua frota de carros novos para o nível exigido pela UE em 2020. Dessa forma, a única saída é assinar um acordo com uma empresa que tenha ‘créditos’ excedentes, como é o caso da Tesla, que por não ter nenhum veículo à combustão pode vender esse excedente para montadoras que não atingiram a meta. Dessa forma, juntar-se ao pool de CO2 com outros fabricantes sai mais barato do que arcar com as pesadas multas da UE. No acumulado do ano, a marca japonesa registrou na Europa Ocidental apenas cerca de 2%de VEs de todo o volume de suas vendas. Acredita-se que as empresas do Grupo FCA consumirão a maior parte dos “excedentes” da Tesla na Europa, enquanto a Honda, como uma montadora menor, usará apenas uma pequena parte. (Inside EVs – 04.11.2020)

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5 Mobilidade elétrica está crescendo no Brasil

No Brasil, o avanço da mobilidade elétrica ainda é tímido se comparado aos mercados mais maduros, como Europa, EUA e China. Das 2,5% vendas globais de carros 100% elétricos, o Brasil corresponde a apenas 0,01%, segundo a consultoria IHS Markit. Mas a adesão no país está crescendo. De janeiro a outubro do ano passado foram emplacados 7,4 mil veículos elétricos e híbridos, quase o dobro de 2018, segundo dados do Renavam. Na visão de Alexandre Uchimura, gerente de novos negócios em eletromobilidade da Bosch América Latina, os veículos híbridos flex, uma inovação brasileira, ajudarão a impulsionar a eletrificação da mobilidade no país. (Automotive Business – 05.11.2020)

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Medidas de Gestão e Resposta da Demanda

1 EDP Ventures investe R$ 2 mi em start up

A EDP Ventures Brasil realizou aporte financeiro de R$ 2 milhões na Time Energy, empresa que fornece tecnologia e equipamentos para o setor elétrico. A startup de Campinas desenvolveu uma solução de internet das coisas voltada para a gestão eficiente do consumo de energia em estabelecimentos comerciais e industriais. A Time Energy foi criada em 2012 com a missão de auxiliar clientes residenciais e empresariais no acesso às informações e no controle do consumo de energia. A aproximação com a EDP Ventures ocorreu em 2019, quando a startup foi uma das finalistas do Starter Business Acceleration, programa global de aceleração do grupo EDP. (Agência CanalEnergia – 05.11.2020)

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Digitalização do Setor Elétrico

1 CPAMP reuniu-se com agentes do setor elétrico

A Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP) realizou pela primeira vez em mais de 10 anos de existência do grupo, uma reunião ampliada com os agentes do setor elétrico. De acordo com o MME, que coordenou o encontro, essa reunião ocorreu após vários diálogos com o mercado de energia elétrica, onde verificou-se que esta é uma demanda setorial no âmbito da modernização do setor elétrico. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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2 Cemig desenvolve plataforma para despacho de UHEs

A Cemig desenvolveu, em conjunto com Enacom Engenharia Assistida por Computador, um aplicativo que substitui conjunto de interfaces e planilhas para otimizar o despacho energético de 16 hidrelétricas operadas pela estatal. O projeto teve custo total de R$ 2,4 milhões e integra o programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) regulado pela Aneel. A ferramenta foi registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e está em fase de licenciamento para comercialização para outros agentes. Na Cemig, a plataforma já é utilizada pela equipe de programação de geração e a expectativa é que atenda à revisão do Dessem, modelo computacional de otimização de despacho do ONS desenhado para o PLD horário, que passa a vigorar em janeiro. (Brasil Energia 0 03.11.2020)

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3 Siemens lança podcast: Acelerando a Transformação Digital

A digitalização rapidamente passou de tendência a realidade em praticamente todos os aspectos da vida contemporânea, inclusive nos processos de distribuição de energia. Para abordar esse tema, em vários detalhes, a Siemens produziu o podcast “Acelerando a Transformação Digital”. O programa é baseado em entrevistas com especialistas, reunindo profissionais da própria Siemens e de outras empresas e entidades do setor de distribuição de energia e também de segmentos industriais e de infraestrutura. O foco é sempre abordar como a revolução digital está acontecendo e quais seus impactos para o futuro das cidades, do mercado de energia e das indústrias do País. O podcast já está disponível, com seis episódios, nos principais agregadores de podcasts. (Agência CanalEnergia – 03.11.2020)

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4 Engie lança plataforma digital para negociação e gestão de contratos no ACL

A Engie Brasil Energia anunciou o lançamento do seu canal digital de energia. Batizada de Energy Place, a plataforma considerada inovadora foi desenvolvida para simplificar a negociação e gestão de contratos de energia no Mercado Livre, e representa mais um passo da empresa na sua jornada para a digitalização, logo após o recente lançamento do E-conomiza, em julho, plataforma dedicada para o segmento varejista que agora se integra ao Energy Place. O Energy Place nasce como uma plataforma digital online que une a Engie à clientes, gestoras, consultorias e quem ainda não é cliente da empresa. (Agência CanalEnergia – 03.11.2020)

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5 Cepel fecha acordo com companhia americana para venda de solução tecnológica

O Cepel da Eletrobras fechou um acordo, com a companhia americana Cutsforth, para a comercialização de licenças de interface de programação de aplicativos (API), para monitoramento do desempenho de equipamentos de alta tensão no sistema elétrico. As licenças serão fornecidas pelo Cepel e comercializadas pela companhia de tecnologia estrangeira junto com suas soluções integradas. A expectativa é que o uso da tecnologia seja potencializado após a integração com os serviços da Cutsforth, oferecendo alternativas como a aplicação em monitoramento e diagnóstico preditivo de sistemas isolantes em geradores e grandes motores industriais. O Cepel estima que o acordo levará à venda dezenas de APIs por ano, o que tem potencial para gerar receita anual de R$ 340 a R$ 700 mil, ao câmbio atual. (Valor Econômico – 06.11.2020)

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Eventos

1 GESEL no Fórum Internacional de hidrelétricas com armazenamento bombeado

O GESEL está participando, como parceiro, do International Forum on Pumped Storage Hydropower (Fórum Internacional de Hidrelétrica com armazenamento bombeado). O fórum busca aprimorar o papel da energia hidrelétrica de armazenamento bombeado em sistemas de energia futuros. Lançado em novembro de 2020 pela International Hydropower Association (IHA) e presidido pelo Departamento de Energia dos EUA, o fórum reúne governos, indústria, instituições financeiras, universidades e ONGs para compartilhar suas experiências e desenvolver as melhores práticas. A iniciativa reúne 11 governos – EUA, Áustria, Brasil, Estônia, Grécia, Índia, Indonésia, Israel, Marrocos, Noruega e Suíça – instituições financeiras internacionais e mais de 70 organizações, incluindo empresas líderes de energia, como EDF, GE Renewable Energy, Voith e Hydro Tasmania. Saiba mais aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.11.2020)

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2 GESEL no Webinar ABDAN – Nuclear Trade and Technology Exchange 2020

A Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) promove nos dias 10 e 12 de novembro uma edição especial do Nuclear Trade and Technology Exchange 2020 – NT2E 2020. O evento contará com cursos WNU 2020 (no dia 10 de novembro) e dois painéis (no dia 12 de novembro) com debates sobre a indústria nuclear – um entre 10h e 12h e outro entre 16h e 17:30. O coordenador geral do GESEL, Nivalde de Castro, estará presente na segunda mesa, cujo tema será “Economia Descarbonizada”. Para se inscrever no webinar, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.11.2020)

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Artigos e Estudos

1 Soluções de energia renovável para segurança climática nas cidades

Soluções de energia renovável podem ser a espinha dorsal dos esforços de descarbonização urbana segundo um novo relatório da IRENA e da Iniciativa Climática Internacional (IKI, na sigla em inglês) sobre o crescimento da participação de energias renováveis nas cidades. Apesar da integração de fontes renováveis em sistemas de energia locais ter se tornado parte da ação transformadora em muitas cidades ao redor do mundo, seu potencial permanece pouco explorado. Enquanto cerca de 671 cidades definiram metas de sustentabilidade energética, a maioria delas está na Europa e na América do Norte. No entanto, espera-se que 2,5 bilhões de pessoas se tornem residentes urbanos nas próximas três décadas, 90% delas na Ásia e na África. Por enquanto, maioria das grandes e megacidades que definiram metas de energia renovável buscam apenas uma parcela modesta das energias renováveis em sua matriz energética. O novo relatório destaca a importância do planejamento urbano e do desenvolvimento de redes inteligentes por meio da inovação e da adoção de tecnologias facilitadoras, como veículos elétricos, sistemas de armazenamento de energia e sistemas inteligentes de gestão para facilitar a integração de energias renováveis. Acesse o documento da IRENA aqui. (REVE – 03.11.2020)

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2 EPE: resultados do estudo de Integração de Fontes Renováveis Variáveis na Matriz Elétrica do Brasil

Este projeto foi realizado no âmbito da “Cooperação Brasil Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável”, pelo “Programa Sistemas de Energia do Futuro”, que tem a coordenação do MME e do Ministério para Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha. O trabalho aborda a integração das fontes renováveis variáveis sob a óptica dos aspectos tecnológicos, de procedimento de rede, de estudos energéticos e elétricos, metodológicos e de ferramentas de planejamento para sistemas elétricos. O projeto foi executado pelo consórcio internacional formado pelas empresas Lahmeyer International, Tractebel ENGIE e PSR, destacando a participação da EPE e ONS, que com seus colaboradores aportaram qualidade ímpar ao trabalho. Acesse o estudo aqui. (EPE – 04.11.2020)

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3 IEA: A oportunidade do hidrogênio na América Latina: das estratégias nacionais à cooperação regional

O uso de hidrogênio como combustível de baixo carbono está assumindo um papel cada vez mais proeminente nas discussões globais sobre energia. Espera-se que os projetos de eletrólise de água com cerca de 3 GW de capacidade sejam implantados até 2023. O relatório da Agência Internacional de Energia mostra como a América Latina pode se tornar um contribuinte fundamental para o impulso global em direção ao hidrogênio verde. Segundo a agência, em linha com os desenvolvimentos globais, os governos da região estão tomando medidas decisivas para promover o potencial do hidrogênio como um componente-chave de suas transições energéticas e uma fonte de receitas de exportação. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.11.2020)

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4 Wood Mackenzie: Europa precisa melhorar seu armazenamento de energia para corresponder às suas ambições sustentáveis

O armazenamento de energia fornecerá a flexibilidade necessária à medida que os países se esforçam para alcançar um futuro líquido zero. E, fundamentalmente, ajudará a garantir que os preços da energia permaneçam acessíveis para o consumidor final. Apesar de a Europa ter mais energias renováveis e, mais importante, mais energia eólica e solar do que qualquer outra região do mundo, ela está perdendo a corrida pelo armazenamento de energia. Então, por que a capacidade de armazenamento de energia da Europa não corresponde às suas ambições de energias renováveis? E que lições ele pode aprender com os principais mercados? Segundo o analista Rory McCarthy, da consultoria Wood Mackenzie, a estrutura de mercado da Europa é uma barreira ao desenvolvimento e os formuladores de políticas têm um grande papel a desempenhar na construção de um sistema renovável adequado para o futuro. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.11.2020)

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Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lorrane Câmara
Pesquisador: Mateus Amâncio
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

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de Economia da UFRJ.

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