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IFE
12/11/2025

IFE Diário 6.308

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

IFE
12/11/2025

IFE nº 6,308

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.308

Leilões

Axia/Wolff: Lotes arrematados em leilão de transmissão devem gerar retorno de dois dígitos

O vice-presidente de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Axia Energia, Elio Wolff, revelou que os lotes arrematados pela empresa no leilão de transmissão prometem um retorno acima de dois dígitos, estimado em mais de 10%. A Axia conquistou quatro lotes de projetos de instalação de compensadores síncronos em subestações, com deságios de 51,17% e 45,14% nos sublotes dos lotes 6 e 7, respectivamente. Esses projetos se destacam por terem um maior conteúdo de equipamentos em relação a lotes tradicionais de leilão, o que possibilita margens mais elevadas devido à redução da obra civil. Wolff atribuiu o sucesso do lance competitivo da empresa à relação de confiança com fornecedores e indicou uma eficiência de capex acima do estimado pela Aneel. A execução dos projetos demandará cerca de R$ 1,6 bilhão, com uma receita anual permitida de R$ 138,7 milhões para a Axia quando os projetos estiverem em operação. A empresa se mostra confiante na rentabilidade desses investimentos e na capacidade de superar as expectativas de retorno. (BroadcastEnergia - 11.11.2025)

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Axia/Wolff: Planejamos participar de leilão de reserva de capacidade com algumas hidrelétricas

A Axia, antiga Eletrobras, está ampliando seus investimentos no setor de energia, além da transmissão. A empresa pretende participar de leilões de reserva de capacidade na forma de potência e de baterias. O vice-presidente destacou a participação da companhia em leilões de transmissão e a intenção de participar dos leilões futuros. A empresa planeja participar do leilão de capacidade em março de 2026 com usinas hidrelétricas e está considerando o leilão de baterias no segundo semestre. A empresa mapeou 6 GW de potencial de expansão nas usinas do portfólio. A nova oportunidade do leilão em 2031 é vista como uma chance adicional para a empresa. Além disso, a Axia busca simplificar sua estrutura acionária, podendo vender participações minoritárias ou adquirir ativos, como a recente compra da fatia na Tijoá Energia. A empresa pretende continuar buscando oportunidades que gerem valor para a Axia. (BroadcastEnergia - 11.11.2025)

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Abrace pede reavaliação de leilão de energia para evitar sobrecontratação e alta na conta

A Abrace sugeriu ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a reavaliação da necessidade do leilão de potência (LRCAP) de 2026. A associação que representa consumidores industriais de energia alertou para as contratações compulsórias de térmicas a biomassa, a carvão mineral, e de pequenas hidrelétricas, previstas no projeto de MP1304. Em carta enviada no último dia 5 de novembro, a Abrace afirma ser preciso uma avaliação especial. O principal risco atribuído a esse movimento é o risco de sobrecontratação, já que o volume de contratação supera a necessidade de potência indicada pela Empresa de Pesquisa Energética no Plano Decenal de Energia 2034. Na opinião da Abrace, manter o certame do ano que vem sem reavaliar os impactos das emendas pode resultar em sobrecontratação desnecessária e elevar os custos do sistema e o preço. (Agência CanalEnergia - 10.11.2025)

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Regulação

União pela Energia defende vetos a dispositivos da MP 1304

O movimento União pela Energia divulgou carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitando veto a sete dispositivos incorporados àMP 1304.O documento cita entre os pontos a serem vetados a transferência para o consumidor de parte dos custos do curtailment, que pode alcançar R$ 7 bilhões até o fim de 2025. E a contratação compulsória de térmicas a carvão e a biomassa, além de pequenas centrais hidrelétricas, com custo anual estimado de R$ 8,9 bilhões. O grupo que representa mais de 70 associações e federações de indústria afirma que as mudanças no projeto de conversão da MP encaminhado pelo Congresso à sanção presidencial geram preocupação. O texto destaca o “potencial de encarecer e carbonizar a energia elétrica nacional e, ao mesmo tempo, comprometer a lógica do planejamento, operação e mercado de energia.” (Agência CanalEnergia - 10.11.2025)

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IPCA recua 0,09% em outubro, puxado por energia

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de outubro ficou em 0,09%, 0,39 ponto percentual (p.p.)abaixo da taxa de 0,48% de setembro. Segundo o IBGE, no ano, o IPCA acumula alta de 3,73% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,68%, abaixo dos 5,17% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%. Em outubro, três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados vieram com variação negativa. Destaca-se os três de maior peso no índice: artigos de residência (0,34%), habitação (0,30%) e comunicação (0,16%). No lado das altas, as variações ficaram entre 0,01% de alimentação e bebidas e o 0,51% de vestuário. (Agência CanalEnergia - 11.11.2025)

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Medida Provisória 1304 reforma setor elétrico, mas pode elevar custos ao consumidor

Aprovada pelo Congresso e aguardando sanção presidencial, a MP 1304 promove uma ampla reforma no setor elétrico, com medidas como compensações retroativas para usinas eólicas e solares afetadas por curtailment, incentivos ao armazenamento de energia, abertura do mercado livre para todos os consumidores e manutenção de benefícios à geração distribuída, como os sistemas solares residenciais. Enquanto empresas do setor comemoram o ressarcimento, que pode chegar a R$ 2,8 bilhões e será pago via encargos do sistema, Aneel e especialistas alertam que a conta recairá sobre o consumidor, reduzindo o potencial de queda das tarifas e preservando subsídios considerados excessivos. Críticos apontam ainda a prorrogação de termelétricas a carvão até 2040, a reserva de mercado para biomassa e PCHs e a falta de corte em incentivos da CDE, vendo na MP a vitória de lobbies setoriais sobre a modicidade tarifária e a transição energética, o que reforça pedidos de veto parcial pelo governo. (Valor Econômico - 12.11.2025)

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Engie/Keller: A partir da sanção MP, faremos simulações do que vai ser passível de ressarcimento

No dia 06/11, em São Paulo, o diretor de Gestão e Comercialização de Energia da Engie Brasil Energia, Marcos Keller, destacou a importância da sanção presidencial da Medida Provisória 1.304 para a empresa realizar simulações de ressarcimento em relação aos cortes de geração renovável por motivos sistêmicos, conhecido como curtailment. Durante uma teleconferência sobre o desempenho da companhia no terceiro trimestre, Keller ressaltou que a solução para essa questão depende não apenas da MP, mas também de ajustes operacionais e regulatórios por parte do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele mencionou que a geração distribuída (GD) continuará impactando significativamente as projeções de curtailment no futuro, mas destacou como positivo a possibilidade de melhores condições para a integração de baterias, que, se bem utilizadas, podem ajudar a mitigar os cortes físicos. A inserção eficiente dessas baterias é vista como um elemento positivo a médio e longo prazo para o setor de energia. (BroadcastEnergia - 11.11.2025)

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Aneel rebate críticas de morosidade e aponta demora no MME em renovações de concessões

Apesar das críticas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à suposta lentidão da Aneel nas renovações das concessões de distribuidoras, dados apresentados pelo diretor Fernando Mosna mostram que a maior parte dos processos está parada há mais de cem dias no próprio ministério, que deveria decidir em até 30 dias após a recomendação técnica. Das 19 distribuidoras com contratos a vencer, 12 já receberam parecer favorável da Aneel, mas o governo assinou apenas dois termos aditivos; nove casos seguem sem desfecho. Mosna afirma que o tempo de análise na agência, entre a conclusão técnica e a decisão da diretoria, varia de 8 a 64 dias, enquanto no MME há processos com até 155 dias de espera, o que desmonta a narrativa de “morosidade inexplicável” da reguladora. O diretor também rejeita a ideia de “politização”, defendendo que celeridade não pode significar atropelar critérios técnicos, legais e de segurança jurídica. O MME alega que os processos aguardam decisão do TCU. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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Aneel quer tornar Tarifa Branca padrão a partir de 2026

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está estudando mudanças na estrutura tarifária para consumidores de baixa tensão, visando incentivar a adesão à Tarifa Branca, que varia de acordo com o horário do dia. A medida é direcionada a cerca de 2,5 milhões de unidades consumidoras, como grandes residências e comércios, que consomem acima de 1.000 kWh por mês. Atualmente, apenas 0,1% dos consumidores aptos aderiram à Tarifa Branca, apesar de uma redução média de 4,8% nas contas para quem aderiu. A proposta da Aneel é tornar a Tarifa Branca o modelo padrão para esse grupo de consumidores, mantendo a tarifa convencional apenas para consumidores de baixo consumo. A mudança reflete a necessidade de adequar as tarifas à nova realidade do sistema elétrico brasileiro, aproveitando os períodos de grande disponibilidade de energia solar e eólica para oferecer tarifas mais baixas. Com a Tarifa Branca, os consumidores poderiam reorganizar o uso de equipamentos de alto consumo para aproveitar os horários mais baratos, como bombas de piscina, carregadores de veículos elétricos e ar-condicionado. A Aneel destaca que, embora a fatura possa aumentar se o consumo permanecer concentrado nos horários de pico, a intenção é incentivar a mudança de hábitos e oferecer descontos. A proposta passará por Consulta Pública, permitindo que representantes da sociedade, distribuidoras, especialistas e consumidores contribuam com sugestões. A Aneel planeja implementar a mudança gradualmente a partir de 2026, com a substituição dos medidores atuais por modelos capazes de registrar o consumo hora a hora. A transição inicialmente seria compulsória, mas a agência discutirá regras para permitir que os consumidores possam retornar à tarifa padrão se necessário. Os custos da substituição dos medidores serão considerados como investimento prudente e repassados às contas de forma diluída. A Aneel espera que as distribuidoras desempenhem um papel ativo na orientação aos consumidores sobre a Tarifa Branca, destacando os benefícios da reorganização do consumo. A baixa adesão atual é atribuída à falta de informação e ao comportamento inercial dos consumidores, em vez de resistência à modalidade. A proposta busca modernizar o sistema tarifário de energia elétrica no Brasil, promovendo uma utilização mais eficiente e sustentável da energia elétrica. (BroadcastEnergia - 11.11.2025)

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Artigo de Edvaldo Santana: "Pagaremos por energia que não foi gerada"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata de como a Medida Provisória 1304, que prometia modernizar o setor elétrico e reduzir tarifas, acabou se tornando, em sua visão, um exemplo de “destruição” e não de destruição criativa schumpeteriana, ao ser moldada pelo lobby e por mais de mil emendas no Congresso. Ele argumenta que, num sistema já pressionado pela crescente participação de renováveis intermitentes e da geração distribuída, que exigem mais flexibilidade e não mais energia, a MP agrava a inflexibilidade ao priorizar usinas a carvão e biomassa que não conseguem responder rapidamente às necessidades do Operador Nacional do Sistema. Critica ainda a criação de mecanismos para ressarcir, via encargos, usinas por energia não gerada (curtailment), fazendo o consumidor pagar por um serviço que não recebeu, enquanto subsídios à geração distribuída seguem elevados e socialmente regressivos. Para Santana, o país perdeu a oportunidade de ajustar o setor a um novo patamar tecnológico com reformas regulatórias e tarifárias robustas, e a MP deveria ser questionada por OAB e Ministério Público por desviar-se do interesse público. (GESEL-IE-UFRJ – 12.11.2025)

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Transição Energética

Petrobras e BNDES lançam edital para compra de créditos de carbono de restauração na Amazônia

A Petrobras e o BNDES lançaram um edital para contratar 5 milhões de créditos de carbono de alta integridade, na primeira seleção do programa ProFloresta+, criado para incentivar a restauração de áreas degradadas na Amazônia remunerada pela venda de créditos. A iniciativa prevê restaurar cerca de 50 mil hectares, gerando 15 milhões de créditos de carbono ao longo de 25 anos, começando com cinco contratos de 1 milhão de créditos cada, vinculados à recuperação ecológica de, no mínimo, 3 mil hectares por projeto em áreas privadas ou públicas sob concessão florestal. Serão selecionadas empresas ou consórcios de até quatro empresas que apresentem projetos com espécies nativas e ofereçam os créditos ao menor preço, com compra garantida pela Petrobras em contratos de longo prazo (offtake), em condições financeiras apoiadas por linhas como o Fundo Clima, com prazos de até 25 anos e custo de 1% ao ano. Segundo o BNDES, o edital pode movimentar mais de R$ 450 milhões em investimentos e deve servir de referência de preço e padrões técnicos para créditos de carbono de alta qualidade oriundos de restauração florestal nos biomas brasileiros. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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Brasil reforça liderança global em biocombustíveis e projeta futuro sustentável

O Brasil celebra sua trajetória como referência mundial em biocombustíveis, revisitando marcos históricos como o Proálcool, criado em 1975, e destacando políticas atuais que consolidam o país na vanguarda da transição energética. Com mais de cinco décadas de produção, o etanol brasileiro garante ao país a segunda posição no ranking mundial, enquanto o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), lançado em 2004, promove inclusão produtiva da agricultura familiar, diversificação de matérias-primas e desenvolvimento regional e insere o biodiesel na matriz energética brasileira. A publicação evidencia impactos expressivos: mais de 1,2 bilhão de toneladas de CO₂ evitadas, milhares de empregos diretos e US$405 bilhões deslocados da importação de combustíveis fósseis. Além disso, apresenta políticas como RenovaBio, Combustível do Futuro e Programa MOVER, que ampliam metas de descarbonização e incentivam tecnologias limpas. Com foco em novos combustíveis de baixa emissão, como SAF, diesel verde e hidrogênio, o Brasil reafirma seu compromisso com uma transição energética justa e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. (EPE – 11.11.2025)

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Na COP30, Alcolumbre defende exploração responsável da Margem Equatorial

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou nesta segunda-feira (10), na abertura oficial da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), em Belém, que o Brasil tem atuado de forma efetiva na proteção do meio ambiente. Ele ressaltou que o país busca conciliar desenvolvimento e sustentabilidade, citando a exploração responsável de petróleo e gás na Margem Equatorial e os avanços do Amapá em projetos de energia limpa e preservação ambiental. Segundo Davi, diferentemente de outros países, o Brasil pretende realizar a exploração da Margem Equatorial de forma responsável, com base na ciência e no respeito ao meio ambiente. (Agência Senado – 10.11.2025)

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Aena avança na descarbonização das operações e net zero

Com a meta de atingir o Net Zero em 2040, a operadora e aeroportos Aena vem buscando descarbonizar as suas operações. A energia usada já vem de fonte renovável, mas as características dos aeroportos podem definir as soluções que serão adotadas. Em painel do Pré COP 30 Global Summit, realizado na última sexta-feira, 7 de novembro, o diretor Kleber Meira contou que o aeroporto de Carajás, em Parauapebas (PA), terá umausina solar. Essa foi considerada a melhor solução para a questão energética. O Plano de ação Climática prevê investimentos de R$ 260 milhões para ações de sustentabilidade nos próximos. “São planos que vão depender da característica de cada aeroporto. Lá para chegar a energia, a melhor solução que estamos fazendo é construir uma uma fazenda solar”, explica. O plano no Brasil está alinhado à estratégia global do grupo Aena, que em 2021 lançou estratégia para suas operações na Espanha. (Agência CanalEnergia - 11.11.2025)

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Porto de Pecém recalibra aposta em hidrogênio verde e foca rotas globais e transnordestina

Diante do recuo nos planos de virar maior polo de hidrogênio verde do mundo, após o ONS negar o envio de energia necessária e a Europa esfriar o entusiasmo pelo H₂V, o Complexo do Porto de Pecém adota uma postura mais realista e passa a diversificar sua estratégia. Sob a gestão de Maximiliano Quintino, o porto expandiu rotas de longa distância para China, Ásia e Estados Unidos, elevando em 37% a movimentação de contêineres no primeiro semestre, com nova rota China–Ceará cortando em 50% o tempo de transporte e fortalecendo a cabotagem. Ao mesmo tempo, Pecém investe mais de R$ 1,2 bilhão na expansão do terminal offshore à espera da Transnordestina, que pode adicionar ao menos 6 milhões de toneladas a partir de 2027, com meta de chegar a 20 milhões antes de 2040, enquanto mantém viva, embora mais cautelosa, a aposta no hidrogênio verde. (Valor Econômico - 12.11.2025)

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Transição energética impulsiona demanda por cobre e minério de ferro

A transição energética tem impulsionado a demanda por minerais críticos, como cobre, e por tradicionais, como minério de ferro, abrindo oportunidades e desafios para a mineração, tema central da Exposibram 2025, em Salvador. O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, destacou que a eletrificação depende do cobre, cuja oferta é restrita e de qualidade em deterioração, enquanto a empresa planeja elevar a produção de 350 mil para 700 mil toneladas até 2035. Makko DeFilippo, da Ero, projeta aumento de 3% no consumo global de cobre refinado e preços próximos a máximas históricas, com déficit previsto em 2026. O minério de ferro continua crucial, respondendo por 63% das exportações minerais do Brasil, com a Vale mirando 360 milhões de toneladas em 2030. Já Ruben Fernandes, da Anglo American, e Julio Nery, do IBRAM, ressaltam a forte volatilidade de preços e o peso da China, maior compradora e líder em minerais críticos, como fator decisivo para o equilíbrio do mercado. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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Especialista defende segurança jurídica como pilar fundamental para financiar transição

Além de aspectos como justiça social, cronograma e financiabilidade, a transição energética também deverá estar atenta à segurança jurídica do processo. No Pré COP 30 Global Summit, no dia 7 de novembro, o advogado Guilherme Vinhas, do Vinhas e Redenchi Advogados, alertou que o alto volume de recursos que a transição irá demandar tornará necessária a criação de regras sólidas que permitam um ambiente seguro para investimentos, em especial o privado. O advogado salienta que a segurança é a certeza de que a regulação foi bem construída. Além disso, segundo Vinhas, o Brasil estava atrasado neste processo, entretanto, com a aprovação dos marcos regulatórios, como o do hidrogênio de baixo carbono, o cenário se inverteu. Por fim, destaca-se a expectativa do advogado perante a COP30. Para ele, essa COP é a reunião da ação, não da discussão. (Agência CanalEnergia - 10.11.2025)

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BV e Powersafe fecham parceria inédita para financiar sistemas de energia e armazenagem

O Banco BV e a Powersafe, fabricante brasileira de baterias e sistemas de energia, estabeleceram uma parceria inovadora no mercado brasileiro para financiar projetos de armazenamento de energia em diversas áreas. A iniciativa visa contemplar desde baterias de pequeno porte até sistemas de armazenamento de grande porte, proporcionando benefícios como redução de custos com energia elétrica, aumento da autonomia e segurança operacional, e contribuição para uma matriz energética mais limpa. A linha de crédito oferecida pela parceria permitirá que consumidores residenciais, empresas e propriedades rurais tenham acesso a tecnologias que tornam o consumo de energia mais sustentável, inteligente e independente. André Ribeiro, executivo da Powersafe, destacou a importância da parceria para acelerar o acesso a essas tecnologias. Os financiamentos poderão ser utilizados por residências, condomínios, empresas e indústrias em busca de independência energética, redução de custos e garantia de estabilidade operacional. Com essa colaboração, a Powersafe se torna a primeira fabricante brasileira de sistemas de armazenamento a oferecer crédito estruturado em conjunto com uma instituição financeira, enquanto o Banco BV reforça sua atuação como líder em financiamento sustentável, ampliando sua presença em soluções de energia renovável. (BroadcastEnergia - 11.11.2025)

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Engie/Ferrari: Começamos a olhar mais o desenvolvimento de baterias por causa do leilão

Guilherme Ferrari, diretor de Energias Renováveis e Armazenamento da Engie Brasil Energia, revelou planos da empresa de desenvolver baterias visando participar de um leilão no próximo ano. Além disso, destacou a possibilidade de participação em outro leilão por meio das usinas hidrelétricas, com destaque para Salto Santiago. A empresa aguarda aprovação da Aneel para a operação comercial do Complexo Eólico de Serra do Assuruá e ressaltou o desempenho superior das máquinas da Vestas no parque. O gerente de Relações com Investidores, Leonardo Depiné, mencionou a expectativa de obter 1/3 da Receita Anual Permitida até o fim do ano com o projeto de transmissão de Asa Branca. O parque eólico de Serra do Assuruá é considerado um dos maiores do Brasil e tende a se destacar pelo seu desempenho. A Engie Brasil Energia está focada no desenvolvimento de energias renováveis e busca consolidar sua presença no mercado por meio de investimentos estratégicos em diferentes áreas. (BroadcastEnergia - 11.11.2025)

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Pesquisa defende cota de 40% para baterias em leilões para reduzir custos e poluição

A inserção de pelo menos 40% de baterias na capacidade contratada nos próximos Leilões de Reserva de Capacidade (LRCAP) pode reduzir custos em 14%. A constatação vem de um novo estudo publicado pela Aurora Energy Research. Conforme o levantamento, além de otimizar os pagamentos, a maior participação de sistemas de armazenamento (BESS) pode fazer as emissões de poluentes recuarem em cerca de 37%. Dessa forma, a empresa aponta que a alocação da demanda do LRCAP entre fontes deve considerar tanto seu custo-benefício quanto sua pegada de carbono. Essa é uma das 17 recomendações apresentadas no relatório. Além disso, o relatório também enfatiza a necessidade de revisar as tarifas de rede (TUSD/TUST) aplicadas a BESS autônomos, com o objetivo de refletir seus custos e benefícios. Ademais, a pesquisa projeta o impacto potencial do BESS no mercado elétrico brasileiro, revelando efeitos significativos sobre a volatilidade de preço e a dinâmica do sistema. (Agência CanalEnergia - 11.11.2025)

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Comércio internacional pode acelerar descarbonização

Estudo do economista Jorge Arbache, da UnB, a ser apresentado na COP30, defende que a transição para uma economia de baixo carbono só será viável se for economicamente razoável e que o comércio internacional pode ser uma ferramenta-chave nesse processo. Em vez de ver o comércio como vilão pelo “vazamento de carbono”, ele propõe a arbitragem de carbono: realocar produção intensiva em energia para países com matriz limpa e barata, como o Brasil, que já tem cerca de 90% de renováveis na geração elétrica. Isso formaria uma “nova geografia da competitividade energética”, baseada na chamada vantagem comparativa verde e no conceito de powershoring, atraindo indústrias para regiões com abundância de energia renovável. Arbache critica o protecionismo e as barreiras que impedem produtos de baixo carbono de competir, e defende padrões globais de “contabilidade de carbono” para medir emissões com transparência. Para ele, o Brasil subaproveita sua vantagem e precisa acelerar certificação de carbono e abertura comercial para atrair capital e liderar a indústria verde. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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COP30/ONU/Guterres: Falta coragem política para transição energética rumo a combustíveis limpos

O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou a falta de coragem política na transição energética para combustíveis não poluentes durante a abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém. Guterres destacou a urgência da implementação de medidas concretas em vez de apenas negociações, ressaltando a importância do apoio aos países em desenvolvimento, particularmente os mais dependentes de combustíveis fósseis. Ele reiterou a necessidade de manter o limite de aquecimento global em 1,5°C e afirmou que a ONU permanecerá firme nesse objetivo. Guterres alertou que é crucial agir agora para evitar impactos irreversíveis das mudanças climáticas e destacou a responsabilidade global em proteger o planeta para as futuras gerações. Suas declarações refletem a urgência e a determinação necessárias para enfrentar a crise climática e alcançar metas ambiciosas de sustentabilidade. (BroadcastEnergia - 11.11.2025)

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Grupo Adani anuncia maior BESS da Índia para apoiar energia renovável

O Grupo Adani, da Índia, vai construir no Estado de Gujarat o maior sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) do país, com 3.530 MWh de capacidade, a ser concluído até março do próximo ano, como parte de suas ambições em energia renovável. O conglomerado planeja ainda adicionar 15 GWh de BESS até 2027 e superar 50 GWh em cinco anos, dentro de um compromisso de investir US$ 100 bilhões em energia verde em uma década. O projeto surge em um momento em que a Índia já alcançou 50% de sua capacidade de geração a partir de fontes não fósseis, mas precisa expandir o armazenamento para integrar mais renováveis à rede e evitar desperdício em períodos de baixa demanda, como durante as monções. Hoje, a capacidade instalada de BESS no país ainda é incipiente, mas projeções indicam forte expansão até 2032, impulsionada pela queda de custos e pela aceleração das renováveis. (Valor Econômico - 12.11.2025)

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Artigo de André Clark e Heloisa Borges: "Do compromisso global à mudança efetiva: cada carbono conta na transição energética"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, André Clark (vice-presidente sênior da Siemens Energy para a América Latina) e Heloisa Borges (diretora de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis na EPE) tratam da transição energética como resposta urgente à crise climática, lembrando que a COP28 marcou um divisor de águas ao assumir metas de triplicar renováveis, dobrar eficiência e afastar-se dos combustíveis fósseis, o que torna a COP30 no Brasil momento chave para implementar ações concretas. Destacam o desafio de conciliar a dependência econômica do petróleo com a necessidade de reduzir emissões, defendendo três pilares: expansão da infraestrutura e eletrificação com visão de longo prazo; incorporação da contabilidade de carbono em decisões públicas e privadas, área em que o Brasil avança e lidera debates no G20 e na COP30; e revisão dos subsídios globais aos fósseis, hoje muito superiores ao financiamento verde. Apontam ainda o papel de setores como aviação e transporte marítimo na organização da demanda por combustíveis sustentáveis e reforçam que empresas, como a Siemens Energy, devem liderar inovação e cadeias industriais verdes, pois os custos da inação superam os da transição. (GESEL-IE-UFRJ – 12.11.2025)

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COP30: Associação defende que Brasil tem condições únicas para liderar o setor de hidrogênio verde

A Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV) divulgou seu posicionamento estratégico para a COP 30. Nele a entidade defende a inclusão do H2V nas políticas de financiamento climático e o estímulo à demanda via programas de compras públicas sustentáveis. Além disso, a carta cita a regulamentação do Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio (SBCH₂) em conformidade com padrões internacionais e o investimento em infraestrutura e capacitação técnica para o setor. Representando 39 empresas, a ABIHV ressalta o Brasil, como protagonista com condições únicas para liderar essa agenda mundial. Seja pela ótica da matriz elétrica majoritariamente renovável ou pela ótica da capacidade industrial e tecnológica. De acordo com a CEO da ABIHV, Fernanda Delgado, o momento é de união e ação concreta. Ela observa o evento como uma oportunidade histórica de apresentação do potencial brasileiro no segmento. Por fim, a associação afirma que terá uma participação ativa em diversos painéis oficiais da conferência e pretende contribuir com debates estratégicos sobre a transição energética, inovação e financiamento. (Agência CanalEnergia - 10.11.2025)

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COP30: Bioeconomia entra na agenda oficial da cúpula climática com lançamento do Bioeconomy Challenge

O governo brasileiro lançou, no primeiro dia da COP30, o Bioeconomy Challenge, uma iniciativa em parceria com organismos multilaterais como FAO, NatureFinance, WRI Brasil e BID para impulsionar a bioeconomia como estratégia de conciliar preservação ambiental e produção até 2028. Inspirado na Iniciativa de Bioeconomia do G20, o mecanismo prevê a criação de instrumentos financeiros e modelos de repartição justa de benefícios, conectando saberes ancestrais de povos indígenas e comunidades tradicionais ao conhecimento científico. A proposta é expandir mercados baseados em produtos renováveis extraídos da floresta sem destruição, incluindo populações nativas nas cadeias de suprimentos, embora especialistas alertem para limitações de escala e reforcem que a bioeconomia é complementar, não solução única. Com o lançamento, a bioeconomia passa pela primeira vez a integrar oficialmente a Agenda de Ação da COP como caminho estratégico para acelerar o cumprimento das NDCs, com foco em métricas transparentes e comparáveis de sustentabilidade. (Valor Econômico - 10.11.2025)

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PwC: Brasil pode gerar 370 milhões de créditos de carbono até 2030

Pesquisa da PwC indica que o Brasil pode gerar até 370 milhões de toneladas de créditos de carbono até 2030, volume cerca de nove vezes maior que a demanda doméstica estimada, mas que dependerá de preparo, estratégia e coordenação entre setores público e privado para se concretizar. O estudo destaca que o país vive um contexto favorável, com a realização da COP30, a reputação de líder em transição energética e a sanção da Lei nº 15.042/2024, que cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) e deve levar cerca de 5 mil empresas, sobretudo industriais, a medir, reportar e compensar suas emissões. Com uma matriz elétrica majoritariamente renovável e baixa intensidade de carbono, 0,10 tCO₂e/MWh em 2023, muito abaixo de países como China, Índia e África do Sul, o Brasil ganha vantagem competitiva frente a mecanismos como o CBAM europeu e pode ofertar créditos de alta integridade ambiental. A PwC também estima que mais de 30 rotas industriais de baixo carbono, como aço verde e hidrogênio, podem adicionar até R$ 1 trilhão ao PIB e gerar 3 milhões de empregos até 2030, enquanto os créditos seguem hoje no mercado voluntário entre US$ 10 e US$ 15 por tonelada, valor bem inferior ao custo social do carbono, estimado em US$ 280. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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Brasil: MP 1.304 reconhece armazenamento de energia como infraestrutura do SEB

A Medida Provisória nº 1.304/2025, aprovada pelo Congresso, reconhece oficialmente os sistemas de armazenamento de energia (BESS) como parte da infraestrutura elétrica brasileira, consolidando o armazenamento como pilar estratégico da transição energética ao trazer mais eficiência, sustentabilidade e estabilidade ao sistema. Antes concentrada em projetos industriais de grande porte, a tecnologia de baterias vem ganhando espaço em edifícios corporativos, hospitais e empreendimentos de alto padrão, substituindo geradores a diesel, reduzindo ruídos, emissões e custos em horários de pico. Com a MP, o BESS passa a ter enquadramento regulatório formal, abrindo caminho para remuneração por serviços ao sistema, integração com geração distribuída, mercado livre de energia e novos modelos de negócio, enquanto a queda no custo das baterias e a combinação com fontes renováveis, como solar e eólica, ampliam o potencial de edifícios inteligentes e de baixo carbono. Segundo Gustavo Sozzi, CEO da Lux Energia, o armazenamento deixa de ser apenas uma solução tecnológica e assume papel institucional na gestão e no armazenamento sustentável de energia, em linha com soluções como o modelo energy as a service e o hub nexus oferecidos pela empresa. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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EPE: Fact Sheet destaca matriz mais limpas, políticas robustas e foco em justiça energética 10 anos após Acordo de Paris

Dez anos após a assinatura do Acordo de Paris, o Brasil apresenta avanços significativos em sua transição energética, com destaque para o fortalecimento de uma matriz cada vez mais limpa e o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à segurança e à justiça energética. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou um Fact Sheet que reúne dados e reflexões sobre os desafios e oportunidades do país no contexto global de descarbonização. A Resolução Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nº 5/2024 orienta a transformação da infraestrutura, da produção e do consumo de energia rumo à neutralidade de emissões com um dos principais pilares para o cumprimento das metas climáticas assumidas pelo país. Destaca-se que, embora o Brasil se sobressaia internacionalmente pela forte presença de fontes hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa, ainda persiste o desafio da pobreza energética e da ampliação do acesso equitativo à energia, elementos essenciais para uma transição justa. O documento ressalta que o país reúne vantagens naturais e institucionais que o posicionam para liderar iniciativas globais, desde que avance na combinação de inovação tecnológica, integração de políticas e ações voltadas à inclusão social, assegurando que a transição seja não apenas limpa, mas também segura, acessível e sustentável para toda a população. (EPE – 10.11.2025)

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IRENA: América do Sul precisa de US$ 500 bilhões por ano até 2050 para descarbonização

A América do Sul precisa aumentar os investimentos para atingir suas metas de transição energética. A Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) aponta que o montante destinado a projetos e gastos com bens para aplicações de uso final precisa alcançar média de US$ 500 bilhões por ano até 2050. Atualmente, a região atraiu apenas US$ 58 bilhões em 2024, o que representa apenas 2,5% do total global de US$ 2,4 trilhões. Os dados constam de um relatório regional à Irena. Nesse documento, a entidade destaca vasta oportunidade para o crescimento econômico, inovação e segurança energética em toda a região. Nesse sentido, acelerar a transição traria benefícios econômicos e sociais líquidos que superariam substancialmente os custos iniciais, elevando o crescimento do PIB em 1,1% por ano até 2050. Por fim, o documento recomenda investimentos em subsetores como armazenamento e traz sete ações regionais com foco em energia com oportunidades de crescimento. (Agência CanalEnergia - 11.11.2025)

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Crise Climática

Linha de crédito de US$ 1 bi apoiará infraestrutura resiliente em cidades amazônicas

As cidades amazônicas terão acesso a uma linha de crédito de US$ 1 bilhão, lançada durante a COP30 em Belém, para investir em infraestrutura resiliente capaz de suportar ou absorver os impactos de eventos climáticos extremos, com foco em segurança hídrica, energia limpa e infraestrutura urbana. Hospedada no Programa Amazônia Sempre, do Grupo BID, a linha conta com apoio de Brasil, Bolívia, Equador, Peru e Suriname e utilizará mecanismos financeiros inovadores, como financiamento misto, concessões por desempenho, mitigação de risco cambial e garantias de crédito, além de oferecer assistência técnica. Segundo o presidente do Grupo BID, Ilan Goldfajn, fortalecer meios de vida e empregos nas cidades é uma forma de preservar a floresta e proteger cerca de 60 milhões de pessoas que vivem na Amazônia. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que os empréstimos terão juros e prazos diferenciados, com garantia da União para as cidades brasileiras, permitindo atuar tanto em recursos hídricos e florestais quanto em desafios urbanos da região. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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Governo do Amazonas firma contrato de REDD+ com Future Climate

O estado assinou seu primeiro contrato de REDD+ em unidade de conservação, abrangendo o Parque Estadual Sucunduri (Apuí), com execução pela Future Climate, selecionada via chamamento público, e potencial de movimentar R$ 590 milhões em 30 anos a partir da conservação florestal e redução de emissões. O governador destacou o arcabouço legal e o apoio do Banco Mundial, que também firmou com o Amazonas uma operação de “Financiamento de Políticas de Desenvolvimento” (US$ 592,5 milhões), permitindo trocar dívidas mais caras por crédito com juros menores e prazos mais longos, criando folga fiscal estimada em US$ 300 milhões em cinco anos. O estado opera mecanismos complementares: um programa jurisdicional de REDD+ que financia o Amazonas 2030 e projetos locais voltados a UCs e comunidades do entorno. O acordo foi anunciado no primeiro dia da COP30, reforçando a busca por instrumentos com segurança jurídica, transparência e governança. Para a política climática, o caso sinaliza integração entre conservação, responsabilidade fiscal e atração de recursos, além de potencial geração de créditos de alta integridade. (Megawhat – 11.11.2025)

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COP 30 define agenda com foco em transição energética e financiamento climático

A transição energética e o financiamento climático estão entre as pautas que estão em discussão na COP 30. Esses dois temas, mais as metas globais de adaptação foram consensuadas entre as mais de 190 delegações que compõem as discussões do evento que é realizado em Belém. Segundo o presidente da COP 30, André Correa do Lago, a reunião de domingo à noite levou a essa agenda inicial da conferência que acontecerá até o dia 21. De um total de oito temas que iriam fazer parte das discussões, quatro não foram incluídos. Entretanto, esses assuntos poderão retornar posteriormente ao debate. Apesar disso, as pautas com maior potencial de discordância estão na agenda do evento. Por outro lado, a questão das NDCs, não sinalizam para uma discussão mais ambiciosa. Esse posicionamentocontrasta com alertas de organismos internacionais que destacaram na semana passada para a insuficiência das NDCs para alcançar as metas do Acordo de Paris. (Agência CanalEnergia - 10.11.2025)

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Irena: América do Sul precisa investir mais para alcançar metas

A América do Sul precisa aumentar os investimentos para atingir suas metas de transição energética. A Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) aponta que o montante destinado a projetos e gastos com bens para aplicações de uso final precisa alcançar média de US$ 500 bilhões por ano até 2050. Atualmente, a região não atrai investimentos suficientes, atraiu US$ 58 bilhões em 2024, o que representa apenas 2,5% do total global de US$ 2,4 trilhões. Os dados constam de um relatório regional a Irena. Nesse documento que está disponível para download, a entidade destaca vastas oportunidades para o crescimento econômico, a inovação e a segurança energética em toda a região, Entretanto há necessidade investimentos significativos. O documento foi lançado na última segunda-feira, 10 de novembro, primeiro dia da COP 30, realizada em Belém (PA). (Agência CanalEnergia - 11.11.2025)

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OCDE: Monitor da Ação Climática 2025 aponta riscos climáticos intensificados

O relatório Monitor da Ação Climática 2025, da OCDE, alerta que os riscos climáticos estão se intensificando rapidamente, com ondas de calor recordes, inundações, secas e incêndios em 2025, e danos globais de US$ 328 bilhões e 16 mil mortes em 2024. O documento destaca que os ecossistemas se aproximam de pontos de inflexão e que a adaptação e mitigação urgentes são essenciais. É pontuado ainda que apenas 17,7% das emissões de carbono estão cobertas por leis de neutralidade de carbono juridicamente vinculantes, e a OCDE vê a próxima rodada de metas, as Contribuições Nacionalmente Determinadas de 2035 (NDCs 3.0), como uma chance crítica de elevar a ambição. Além disso, é enfatizado que a ação climática global perdeu força, crescendo apenas 1% em 2024, mantendo a desaceleração desde 2021. Embora haja avanços em transporte limpo e metas de neutralidade, a precificação de carbono ainda cobre menos da metade das emissões globais. O relatório aponta progresso limitado na substituição de combustíveis fósseis por energias limpas e alerta que as emissões do transporte seguem elevadas.A OCDE conclui que a resposta global é insuficiente, exigindo políticas mais rigorosas, execução mais rápida e marcos legais obrigatórios. Para conter as perdas econômicas e sociais crescentes, defende apoio adicional aos países em desenvolvimento e o desacoplamento das emissões do crescimento econômico, condição essencial para uma transição justa e eficaz rumo à neutralidade climática. (Agência CanalEnergia - 10.11.2025)


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Relatório aponta 832 mil mortes por eventos climáticos extremos em 30 anos

Relatório da organização alemã Germanwatch, baseado no Índice de Risco Climático 2026, mostra que, entre 1995 e 2024, mais de 832 mil pessoas morreram em mais de 9.700 eventos climáticos extremos, com prejuízos econômicos de US$ 4,5 trilhões ajustados pela inflação. O estudo aponta aumento da frequência e intensidade de ondas de calor, tempestades e inundações, que juntas concentram a maior parte das mortes e dos danos econômicos, especialmente em países vulneráveis como Dominica, Mianmar e Honduras no período de 30 anos, e São Vicente e Granadinas, Granada e Chade em 2024, ano marcado por El Niño e pelo verão mais quente já registrado. O relatório defende que a COP30 precisa reduzir rapidamente as lacunas de ambição, com cortes imediatos de emissões, mais adaptação, financiamento climático adequado e mecanismos para perdas e danos, lembrando que a Corte Internacional de Justiça já reconhece obrigações legais dos Estados de agir contra a crise climática. (Valor Econômico - 12.11.2025)

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Artigo Jéssica Sant’Ana: Eventos climáticos extremos impõem desafios para setor de infraestrutura

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Jéssica (jornalisat do Valor Econômico) trata da necessidade de que contratos de concessão de infraestrutura passem a incorporar mecanismos de “resiliência climática”, garantindo que estradas, aeroportos e outras obras consigam resistir e absorver o impacto de eventos extremos, como mostra estudo da Marsh McLennan e Oliver Wyman encomendado pela MoveInfra. O caso do aeroporto de Porto Alegre, fechado por inundações em 2024 e reequilibrado depois com aporte público sem previsão contratual, ilustra os desafios de definição de responsabilidades e de financiamento, num contexto em que a cobertura de riscos climáticos pelas seguradoras ainda é incipiente. O estudo recomenda incluir a resiliência na concepção dos projetos, explicitar na matriz de risco o que cabe a concessionárias e ao poder concedente e criar bônus de catástrofe para financiar reparos, embora isso tenda a encarecer concessões e tarifas. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, os novos contratos já exigem obras mais resilientes e metas de descarbonização, usando parte das tarifas para avanços tecnológicos, ambientais e de proteção das infraestruturas.(GESEL-IE-UFRJ – 11.11.2025)

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Empresas

Vibra: Lucro líquido cai 90,3% e fica em R$ 407 mi no 3º tri 2025

A Vibra Energia divulgou seu desempenho financeiro no terceiro trimestre de 2025. A empresa registrou lucro líquido de R$ 407 milhões, o que representa uma queda significativa de 90,3% em relação ao mesmo período de 2024. No entanto, em comparação com o trimestre anterior, houve um aumento de 39,4%. O lucro líquido ajustado foi de R$ 546 milhões, com um aumento de 11% em relação ao trimestre anterior, mas uma redução anual de 87%. A empresa justificou a distorção no resultado anual devido ao impacto da Lei Complementar 194/22 no terceiro trimestre de 2024. O Ebitda ajustado alcançou R$ 1,8 bilhão, com um aumento de 23% em relação ao trimestre anterior, impulsionado pela melhora nas margens comerciais e no volume de vendas. No entanto, em comparação com o terceiro trimestre de 2024, houve uma redução de 9,1%, atribuída principalmente a efeitos não recorrentes relevantes. O fluxo de caixa operacional foi de R$ 3,5 bilhões, influenciado pelo volume de vendas e eventos não recorrentes no capital de giro. Além disso, a receita líquida atingiu R$ 48,563 bilhões, com um crescimento de 4,6% em relação ao ano anterior e de 6,1% trimestralmente. (Broadcast Energia – 10.11.2025)

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Engie adia revisão tarifária da TAG Nordeste para 2026 e descarta venda parcial

O gerente de Relações com Investidores da Engie Brasil, Leonardo Depiné, anunciou que a revisão tarifária da malha Nordeste da TAG provavelmente será adiada para o primeiro semestre de 2026. Este processo representará a primeira revisão da empresa de gás e estava inicialmente previsto para este ano. Durante uma teleconferência sobre os resultados da Engie no terceiro trimestre, Depiné afirmou que não se espera que haja avanços significativos a curto prazo e que a revisão será conduzida em duas etapas, com a base de ativos sendo abordada apenas na segunda etapa. Em relação a especulações sobre uma possível venda parcial da TAG, os executivos da empresa negaram categoricamente essa possibilidade, afirmando que não há planos imediatos ou de médio prazo para tal ação. O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Engie Brasil, Pierre Leblanc, destacou que a resposta é um claro "não" e que não há intenções nesse sentido no momento. Essas declarações fornecem insights importantes sobre os planos e estratégias da Engie em relação à TAG e ao mercado de gás no Brasil. (BroadcastEnergia - 11.11.2025)

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Cosan: Formalização de acordo de acionistas com fundos BTG Pactual

A Cosan anunciou a entrada em vigor de um novo acordo de acionistas entre seus controladores e fundos de investimento do BTG Pactual, marcando uma nova fase em sua estrutura societária. O acordo foi firmado entre as Holdings Aguassanta e quatro fundos do BTG: Perfin Rally FIP Multiestratégia, BTG Pactual Infraestrutura III FIP Multiestratégia, FIP BPAC3 Multiestratégia e BTG Pactual Co-Investimento Cosan FIP Multiestratégia. Para operacionalizar a parceria, foi criada a Vertiz Holding S.A., que reunirá o investimento conjunto das Holdings Aguassanta e dos fundos do BTG na Cosan. A estrutura conta com a participação direta da própria Cosan e de Rubens Ometto como intervenientes anuentes. A formalização do acordo consolida um movimento iniciado com comunicados sucessivos ao mercado entre setembro e novembro de 2025, que detalharam a reestruturação societária gradual e o fortalecimento da governança corporativa do grupo. (Agência CanalEnergia - 10.11.2025)


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Neoenergia firma financiamento de 300 mi de euros com BEI

Neoenergia e Banco Europeu de Investimento (BEI) fecharam um financiamento de 300 milhões de euros, cerca de R$ 1,84 bilhão, para modernizar e ampliar a rede de distribuição da Neoenergia Coelba na Bahia, que atende 6 milhões de unidades consumidoras em 415 municípios. Os recursos serão usados em expansão da rede elétrica, novas ligações e equipamentos de automação, com foco em aumentar o acesso à energia limpa, especialmente para consumidores de baixa renda, após rigoroso processo de due diligence técnica e ambiental. O acordo, anunciado durante a COP30 em Belém (PA), integra o pacto ecológico entre Brasil e União Europeia e se insere no programa Global Gateway, que busca reduzir disparidades de investimento e promover conexões limpas em energia, transportes e setor digital, sendo considerado estratégico tanto para o Brasil quanto para o bloco europeu. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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Alubar: Marco de produção de 500 mil toneladas de cabos elétricos no Brasil

A Alubar atingiu em outubro de 2025 a marca de 500 mil toneladas de cabos elétricos de alumínio produzidos no Brasil, consolidando sua liderança no setor de transmissão. Segundo a fabricante, seus condutores de liga 1120, de alta resistência mecânica e menor peso, estão presentes em mais de 90% dos projetos de transmissão do país. A empresa foi pioneira na comercialização dessa tecnologia em 2013, antes comum na Austrália, e atribui parte de seu crescimento a essa introdução em larga escala no mercado nacional. Ela explica que os condutores de liga 1120 proporcionam estruturas mais leves e econômicas, permitindo torres mais baixas ou espaçadas e redução no custo total das obras. Além dos ganhos técnicos e financeiros, a tecnologia eliminou a dependência de aço na fabricação de cabos elétricos no Brasil, tornando a empresa autossuficiente em matéria-prima e reforçando sua autonomia produtiva e competitividade global. Atualmente, a Alubar também atua no Canadá e nos Estados Unidos, com a produção de cabos e vergalhões de alumínio. (Agência CanalEnergia - 11.11.2025)


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Sungrow: Nomeação de novo diretor comercial para a Power Supply no Brasil

A Sungrow anunciou Eduardo Gama como novo diretor comercial da Sungrow Power Supply Co., Ltd no Brasil. Segundo a empresa, o executivo será responsável pelas áreas de vendas e marketing e terá o desafio de ampliar a presença da marca no país e liderar a estratégia de expansão diante das novas oportunidades e desafios do setor solar em 2026. Com mais de dez anos de experiência no mercado fotovoltaico, Gama possui trajetória marcada por resultados sólidos em estratégia comercial, crescimento de vendas e parcerias estratégicas, com uma gestão orientada a dados e execução de alto impacto. Antes de integrar a Sungrow, atuou em posições de liderança comercial em grandes fabricantes de módulos solares, como Astroenergy Solar, Jinko Solar e Canadian Solar, consolidando ampla expertise em negócios e relacionamento com grandes players do setor. (Agência CanalEnergia - 11.11.2025)


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Axia Energia: Distribuição de R$ 4,3 bi em dividendos após desinvestimento na Eletronuclear

A Axia Energia (antiga Eletrobras) informou que fará a distribuição de R$ 4,3 bilhões em dividendos. O anúncio acontece após a venda de sua participação na Eletronuclear para o Grupo J&F por R$ 535 milhões. Apesar da baixa de R$ 7,2 bilhões no lucro líquido do terceiro trimestre, sem efeito caixa, a venda reduziu riscos e gerou expectativas de dividendos, confirmadas agora. Com o novo pagamento, a companhia distribuiu R$ 8,3 bilhões em 2025. A decisão foi viabilizada pela redução de riscos, resultados robustos e visão positiva de preços em 2026. A empresa vem se beneficiando de preços de energia em alta e aumento das vendas no mercado livre. No terceiro trimestre, o preço médio da energia vendida subiu 2,6% e o volume vendido aumentou 15,8%. A empresa também reduziu despesas e está investindo em transmissão, com obras de reforços e melhorias crescendo 28% anualmente. Além de arrematar lotes em leilões, a Axia busca expandir competitivamente. O presidente da empresa, Ivan Monteiro, destaca a prioridade de garantir previsibilidade e crescimento dos investimentos, reforçando a resiliência dos ativos e expandindo de forma competitiva. (Broadcast Energia – 10.11.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Reservatórios devem fechar 2025 com 51,4% de armazenamento, prevê Ampere

Projeção da Ampere Consultoria indica que a Energia Armazenada (EAR) do SIN encerrará 2025 em 51,38%, com destaque para o Sul, que pode atingir 70,6%, num cenário sem La Niña dominante e com regime de chuvas favorável no fim do ano. A análise menciona que a NOAA vê retorno do fenômeno entre dezembro/2025 e fevereiro/2026, porém com sinais fracos em outubro, o que foi corroborado pelo ONS, reduzindo riscos de eventos extremos recentes. Para a operação, um fechamento nessa faixa alivia despacho térmico estrutural, melhora a segurança energética e ajuda a atenuar efeitos tarifários, mas não resolve gargalos de transmissão nem o curtailment de renováveis em corredores críticos. A leitura para 2026 é de atenção a ENAs regionais, sazonalidade e integração de soluções de flexibilidade. Em síntese, estoques confortáveis são condição necessária, mas não suficiente, para um sistema mais eficiente e barato. (Megawhat – 11.11.2025)

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Cemig: Plano de R$ 4,7 bi para resiliência da rede mineira no verão

A Cemig anunciou um investimento de R$ 4,7 bilhões para reforçar o sistema de distribuição e enfrentar os eventos climáticos do verão, com foco em confiabilidade e resiliência da rede em 774 municípios mineiros. O plano inclui novas subestações, conversão de redes, substituição de estruturas e instalação de equipamentos de automação. Do total, R$ 1,377 bilhão será destinado à manutenção até o fim de 2025, sendo R$ 993 milhões já aplicados até setembro em ações preventivas e corretivas em redes aéreas, subterrâneas e de alta tensão. Foram 718 mil podas de árvores realizadas e 158 mil km de redes inspecionadas, com 39 mil km de faixas de servidão limpas em áreas rurais. Segundo a empresa, as ações preventivas contribuíram para a redução do DEC médio de 18,77 horas (jan/2024) para 15,84 horas (jun/2025). A manutenção corretiva também foi intensificada, com R$ 497 milhões investidos e 1,96 milhão de atendimentos previstos em 2025, dos quais 75% já realizados. Ainda, a empresa destaca que durante o período chuvoso, o efetivo de operação poderá crescer de 133 para até 244 profissionais nos centros de controle, e o número total de técnicos em campo pode ultrapassar 8.500, aumento de 290% em relação à média. A Cemig afirma contar também com 503 bases operacionais, 30 subestações móveis, 28 geradores, além de dois helicópteros e 99 drones para inspeção e resposta rápida em áreas de difícil acesso. (Agência CanalEnergia - 11.11.2025)


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Engie: Produção de energia elétrica cai 2,7% no 3º tri 2025 ante 3º tri 2024

A Engie Brasil Energia registrou uma produção de 6.167 megawatts médios no terceiro trimestre de 2025, representando uma redução de 2,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Deste total, as usinas hidrelétricas contribuíram com 4.561 MWmed, uma queda de 11,1%. A empresa atribui essa redução à sobreoferta de energia no Sistema Interligado Nacional, levando à necessidade de limitar a geração para manter o equilíbrio entre carga e geração. No entanto, as condições hidrometeorológicas favoráveis entre junho e setembro deste ano não justificariam a redução da geração hidrelétrica. Por outro lado, as usinas eólicas da Engie tiveram um desempenho positivo, com um aumento de 30,7% na produção, impulsionado pela entrada em operação de novos empreendimentos. As usinas solares também apresentaram um crescimento significativo, com alta de 67,2% na geração de energia, principalmente devido à operação do Conjunto Fotovoltaico Assú Sol. A empresa relatou cortes de geração, conhecidos como curtailment, atingindo 24% nas usinas eólicas e solares, com maior impacto nas usinas solares, atingindo 36%. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) comandou uma redução de 7% na produção total da companhia no trimestre, devido a questões de Energética, Confiabilidade Elétrica e Indisponibilidade Externa, sendo esta última a única a permitir potencial ressarcimento aos geradores pelas limitações de geração. (Broadcast Energia – 10.11.2025)

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Volt: Situação de cortes de geração começará a melhorar entre 2028 e 2029

O setor elétrico nacional enfrenta desafios com elevados níveis de cortes de geração renovável, conhecidos como curtailment, previstos para continuar nos próximos dois anos, entre 2026 e 2027. No entanto, o diretor da Volt Robotics, Donato da Silva Filho, aponta que a situação deve começar a melhorar a partir de 2028, embora a resolução completa do problema deva levar uma década. Atualmente, os cortes de geração solar e eólica atingiram 20,4% no acumulado de janeiro a outubro, mas a entrada em operação de obras de transmissão e sistemas de armazenamento em andamento pode contribuir para a melhoria da situação. Donato ressalta a importância da eletrificação, expansão das instalações de baterias e mudanças no modelo de tarifação para estimular o consumo nos horários de maior oferta de energia. A MP 1.304, aprovada recentemente no Congresso Nacional e aguardando sanção presidencial, propõe um tratamento para os cortes, com ressarcimento especialmente para aqueles relacionados a razões elétricas e de confiabilidade. Donato destaca que essas medidas trazem uma perspectiva positiva e representam uma luz no fim do túnel para o setor elétrico. (BroadcastEnergia - 11.11.2025)

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Mobilidade Elétrica

Brasil prepara primeiro corredor verde para caminhões elétricos na América Latina

O Brasil pode ter o primeiro corredor verde para caminhões elétricos da América Latina na Via Dutra, ligando Rio e São Paulo, dentro do projeto Laneshift e-Dutra, parceria entre C40 e The Climate Pledge anunciada na COP30. A meta é viabilizar mil viagens diárias de caminhões elétricos até 2030, evitando cerca de 75 mil toneladas de CO₂ por ano, por meio de infraestrutura de recarga ultrarrápida ao longo da rodovia. Hoje, 19 mil viagens diárias ocorrem na Dutra e o transporte de carga pesada responde por 60% do consumo de energia do setor no Brasil. Dezessete grandes empresas de logística e transporte participam da iniciativa, apoiada por instituições como WRI e ICCT. Já há testes operacionais com caminhões elétricos em trecho paulista, e a experiência bem-sucedida de corredor similar na Índia indica tempos de viagem equivalentes ao diesel, com custo operacional até 60–70% menor ao longo do tempo. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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Subaru revê estratégia e prioriza híbridos em vez de veículos elétricos

A Subaru decidiu reduzir o ritmo de investimentos em veículos elétricos e direcionar mais recursos para modelos híbridos e a gasolina, dentro de seu plano de eletrificação de 1,5 trilhão de ienes até 2030, diante da maior demanda por híbridos, da reavaliação dos motores a combustão e da redução de incentivos a elétricos em mercados como os Estados Unidos. Embora o valor total do plano não tenha mudado, a montadora vai reavaliar o uso dos 1,2 trilhão de ienes ainda não aplicados e estuda adiar o lançamento de quatro veículos elétricos desenvolvidos internamente, previstos para até 2028, mantendo apenas o plano de lançar quatro SUVs elétricos em parceria com a Toyota até 2026. O movimento acompanha um cenário global de desaceleração na demanda por elétricos, que também levou Toyota e Nissan a reverem fábricas de baterias no Japão, enquanto a Subaru aposta em expandir sua linha para atender diferentes perfis de consumidores e reforça a tecnologia híbrida, já aplicada em modelos como o novo Forester. (Valor Econômico - 11.11.2025)

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Energias Renováveis

Neoenergia: Aporte de R$ 350 mi para descarbonização de Fernando de Noronha

A Neoenergia anunciou um investimento de R$ 350 milhões para descarbonizar Fernando de Noronha até 2027. O plano inclui a instalação de mais de 30 mil painéis solares fotovoltaicos integrados a sistemas de armazenamento por baterias (BESS), totalizando 22 MWp de geração e 49 MWh de armazenamento, o suficiente para atender 9 mil residências no continente. A WEG será responsável pela execução técnica e operacional do projeto, já licenciado pela CPRH e autorizado pelo ICMBio. Atualmente, o arquipélago depende da usina Tubarão, movida a biodiesel, e a nova planta busca reduzir a dependência de combustíveis fósseis e aliviar custos do sistema. O projeto faz parte do programa Mais por Noronha, que reúne ações de mobilidade sustentável e inovação tecnológica. Entre os destaques está a primeira usina solar flutuante do arquipélago, instalada no Açude do Xaréu, com investimento de R$ 10 milhões via Programa de Eficiência Energética. Outras iniciativas incluem painéis solares residenciais, abastecimento para veículos elétricos, substituição de medidores, sistemas solares térmicos em pousadas e 12 eletropostos em parceria com eiON, CPqD, WEG e Renault, consolidando Noronha como referência em energia limpa e sustentabilidade insular. (Agência CanalEnergia - 10.11.2025)


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Siemens e agência alemã firmam parceria para impulsionar projetos verdes no Brasil

A Siemens Brasil e a GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), agência alemã de cooperação internacional, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) Journey for Climate Action. O documento foi firmado por Pablo Fava, CEO da Siemens Brasil, Jochen Quinten, diretor nacional da GIZ no Brasil, e Dr. Markus Francke, diretor de Energia da GIZ no país. A iniciativa reforça o papel do Brasil como protagonista global na agenda climática. O objetivo da assinatura é fortalecer essa parceria estratégica entre empresas que integram diversas áreas de tecnologia e sustentabilidade, com foco no desenvolvimento de soluções conjuntas para a descarbonização e o uso eficiente de recursos naturais. Além disso, o memorando concentra-se em áreas estratégicas para a transição ecológica, como o avanço dos combustíveis sustentáveis de aviação, o uso do H2V, o aço verde e os data centers sustentáveis. Por fim, entre os compromissos do acordo, destacam-se o desenvolvimento de projetos-piloto inovadores com foco em viabilidade técnica e comercial e o mapeamento de oportunidades para a energia limpa. (Agência CanalEnergia - 11.11.2025)



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Gás e Termelétricas

INB amplia atuação nos EUA com nova campanha de serviços em reatores nucleares

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) reforça sua atuação no mercado internacional com a ampliação de sua participação em serviços especializados de reatores nos Estados Unidos. A campanha, iniciada no dia 16 de setembro, em parceria com uma empresa norte-americana, termina nesta quarta-feira, dia 12 de novembro de 2025. O trabalho mobiliza 18 profissionais da INB, quatro a mais do que o grupo anterior, formado por 14 empregados. As atividades estão sendo conduzidas em quatro localidades: Madison e Shippingport (Pensilvânia), Prairie Island (Minnesota) e Wadsworth (Texas). As equipes atuam em operações como abertura e fechamento de reatores, descarregamento e recarregamento de núcleos, preparação de elementos combustíveis e substituição de componentes em piscinas de combustível usado. (Petronotícias – 10.11.2025)

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Biblioteca Virtual

SANTANA, Edvaldo. "Pagaremos por energia que não foi gerada".

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CLARK, André; BORGES, Heloisa. "Do compromisso global à mudança efetiva: cada carbono conta na transição energética".

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