11/08/2016
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GESEL na mídia: construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós deve ser retomada posteriormente

Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), não tem dúvidas de que, cedo ou tarde, a construção da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós será retomada para suprir a demanda energética que vai voltar a crescer, quando o Brasil sair da recessão. “Não tem a menor dúvida de que a decisão é temporária, porque o potencial hidrelétrico está lá. No futuro, quando a economia voltar a crescer e você observar que as outras fontes vão ficar mais caras, não haverá alternativa”, explica. “O custo das eólicas tende a subir, porque já estamos aproveitando as regiões onde a energia eólica é mais eficiente. Com a solar, vai acontecer a mesma coisa.” Castro defende que o país invista cada vez mais em diversificação energética com fontes renováveis, mas avalia que nem a energia eólica nem a solar apresentam a mesma eficiência das hidrelétricas, além de não oferecerem a mesma previsibilidade. “Qualquer usina hidrelétrica, para qualquer país do mundo, é muito importante. Ela gera uma energia que, em relação às outras fontes, é a mais barata, a mais sustentável e a mais renovável de todas, afinal ela vai funcionar mais de 50 anos. O problema dela é o impacto ambiental e econômico”, constata o economista. “Por isso, é necessário considerar os custos de compensação para as populações atingidas na construção da usina.” O especialista observa que São Luiz de Tapajós atenderia cerca de 15% da demanda nacional de energia elétrica. Por enquanto, em função da crise econômica, da ampliação da oferta de outras usinas que foram concluídas e da entrada em funcionamento de Belo Monte e do parque eólico do nordeste, o país não deve ter problemas de abastecimento, na avaliação de Castro. (Rádio França Internacional – 11.08.2016)

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