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IFE: nº 5.462 - 06 de abril de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Modernização do setor e tarifa de energia serão desafios para nova diretoria da Aneel
2 MME publica nova portaria de criação da CPAMP
3 Lira defende privatização da Petrobras e revisão da lei das estatais
4 Comissão aprova PL sobre passagem de linhas de transmissão em terras indígenas
5 Aneel abre discussão sobre aprimoramentos do monitoramento e segurança do mercado de energia
6 Aneel decide que DRO não é instrumento adequado para empreendimentos de eólica offshore
7 Técnicos do TCU determinam ao BNDES ajustar preço de ações da Eletrobras na privatização
8 TCU recebe pedido de participação do debate sobre venda da Aeel

Transição Energética
1 Economia mais limpa abrirá 200 milhões de empregos
2 EUA: Energia renovável atingiu um recorde histórico

3 BIRD Energy financiará a cooperação EUA-Israel para energia limpa, eficiência energética e tecnologias redutoras de carbono
4 Guerra na Ucrânia não atrapalhará a transição energética da Europa
5 77% dos municípios valencianos querem acelerar a transição energética
6 BID financiou US$ 4,5 bi em iniciativas contra mudanças climáticas
7 RMI contrata líderes globais para acelerar a transição energética no sul global
8 E.ON é a empresa mais preparada para enfrentar a transição energética
9 IPCC: “Limitar o aquecimento global exigirá grandes transições no setor de energia”
10 Por que as economias desenvolvidas devem arcar com o custo de US$ 100 tri da transição energética nos mercados emergentes?

Empresas
1 Grupo Votorantim: Lucro líquido de R$ 7,1 bi em 2021
2 Grupo Votorantim: Novas frentes de negócios
3 LM Wind Power fabricará pás eólicas de 4,2 MW para a Vestas no Brasil

Mobilidade Elétrica
1 GreenV fecha parceira com rede de estacionamentos Indigo Brasil
2 Ford reafirma metas de eletrificação e redução de emissões
3 GM/Honda: Nova linha de VEs acessíveis
4 Jeep encerra a venda de carros a gasolina e a diesel na França

Inovação
1 MME: Lançamento do PDE com destaque para o potencial do hidrogênio

Energias Renováveis
1 IKEA: Investimento de mais de € 100 mi em parques solares
2 Espanha: Ilhas Canárias aprovam 41 projetos eólicos e fotovoltaicos
3 GWEC: Setor eólico viveu o segundo melhor ano da sua história em 2021


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Modernização do setor e tarifa de energia serão desafios para nova diretoria da Aneel

A renovação da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá impactos significativos para o futuro do setor elétrico e para o próximo governo, seja um segundo mandato de Jair Bolsonaro ou uma nova equipe. Caberá ao colegiado regular toda a aguardada agenda de modernização do setor elétrico e a abertura do mercado livre para todos, que pode avançar a depender da aprovação de propostas que estão no Congresso. Em paralelo, os diretores terão que lidar com o aumento das tarifas, que seguirão pressionadas pelos empréstimos bilionários ao setor elétrico devido à pandemia e à crise hídrica de 2021. Além de indicar Sandoval Feitosa para a presidência da agência, o chefe do Executivo encaminhou a recondução do já diretor da agência Hélvio Neves Guerra e os nomes de Agnes da Costa, Fernando Mosna e Ricardo Lavorato Tili para apreciação do Senado. Todos deverão ser sabatinados na Comissão de Infraestrutura e aprovados pelo plenário para serem confirmados. Por conta da Lei Geral das Agências Reguladoras, de 2019, Bolsonaro pode ter sido o último a trocar inteiramente o colegiado. Os novos diretores terão prazo de mandatos diferentes para evitar que todos saiam no mesmo ano. (BroadCast Energia – 05.04.2022)

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2 MME publica nova portaria de criação da CPAMP

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou nesta terça-feira, 5, nova portaria de criação da Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico, a CPAMP, e revogou texto anterior, a Portaria nº 282, de 15 de julho de 2019. O novo texto mantém a finalidade da CPAMP - de garantir a coerência e integração das metodologias usadas pelo governo, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Mas altera a definição do escopo de seus trabalhos. Agora, a competência da comissão passa a ser especificamente a de "propor aprimoramentos à representação do sistema físico, quando associados ao desenvolvimento metodológico dos programas computacionais e às metodologias e aos parâmetros associados à construção da política de operação dos programas computacionais de suporte ao planejamento da expansão, ao cálculo da garantia física, ao planejamento e à programação da operação eletroenergética e de formação de preço no setor de energia elétrica". (BroadCast Energia – 05.04.2022)

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3 Lira defende privatização da Petrobras e revisão da lei das estatais

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta terça-feira (05/04) a privatização da Petrobras. Um dia após ironizar as regras de compliance da empresa, o deputado afirmou que é preciso rever no Congresso a lei das estatais. “A gente tem que se debruçar sobre esse assunto, porque, hoje, eu pergunto aos senhores: a quem serve a Petrobras? Não dá satisfação a ninguém, não produz riqueza, não produz desenvolvimento”, criticou o mesmo. “Ela é uma empresa estatal. Se ela não tem nenhum benefício para o Estado nem para o povo brasileiro, que vive reclamando todos os dias dos preços dos combustíveis, que seja privatizada”, defendeu o presidente da Câmara. De acordo com Lira, não há ainda nenhum planejamento para revisar a lei das estatais e privatizar a empresa. Ele evitou dizer se o eventual projeto viria do Executivo ou do Congresso. “Estou dando a minha opinião.” Ontem, Lira havia ironizado as regras de governança que apontaram conflito de interesse na atuação do economista Adriano Pires. Ele havia sido indicado para a presidência da Petrobras, mas desistiu de assumir o posto. (BroadCast Energia – 05.04.2022)

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4 Comissão aprova PL sobre passagem de linhas de transmissão em terras indígenas

A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou nesta terça-feira, 05, projeto de lei complementar (PLP 275/2019) para facilitar a passagem de linhas de transmissão de energia elétrica por terras indígenas. De autoria do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), o texto já havia sido chancelado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa da Casa em outubro do ano passado, e agora segue a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O principal objetivo do projeto é declarar que a passagem dessas linhas por terras indígenas "é de relevante interesse público da União". Essa declaração deverá ser feita por meio de decreto do presidente da República, e não afasta a necessidade de ouvir as comunidades indígenas cujas terras sejam diretamente afetadas, define a proposta. O interesse pelo projeto tem como pano de fundo a tentativa de viabilizar o chamado Linhão de Tucuruí, projeto para levar energia de Manaus (AM) a Boa Vista, em Roraima, considerada uma das obras de infraestrutura mais controversas do país. (BroadCast Energia – 05.04.2022)

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5 Aneel abre discussão sobre aprimoramentos do monitoramento e segurança do mercado de energia

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu abrir uma consulta pública para discutir aprimoramentos das garantias financeiras associadas à liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo (MCP) e para aprimoramento de monitoramento do mercado de energia elétrica. O debate tem como base notas técnicas enviadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A agência reguladora irá receber contribuições do setor pelo prazo de 45 dias. Entre outras atribuições, cabe à CCEE a contabilização e liquidação do setor elétrico, incluindo o Mercado de Curto Prazo. Um dos objetivos é liquidar as diferenças entre os recursos, a geração e contratos de compra, e os requisitos, que são o consumo e os contratos de venda dos agentes. Para dar mais segurança nas operações e liquidações, as propostas apresentadas pela Câmara preveem novas regras para ingresso, permanência e desligamento de agências, com objetivo de garantir a segurança nas operações e liquidações realizadas no ambiente do setor elétrico. (BroadCast Energia – 05.04.2022)

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6 Aneel decide que DRO não é instrumento adequado para empreendimentos de eólica offshore

Os diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiram que a emissão de Requerimentos de Outorga (DRO) não é adequada para empreendimentos de geração eólica em alto mar (offshore), e rejeitaram três processos de empresas que têm interesse em atuar nesta modalidade. A decisão foi unânime em todos os casos. Num processo aberto pela Central Geradora Eólica Marítimo Asa Branca I, localizada no município de Amontada, no Ceará, a diretoria da Aneel entendeu que não seria cabível prorrogar a vigência do DRO para o empreendimento porque este não seria um instrumento adequado para esta modalidade de geração. Em seu voto, o diretor relator Hélvio Neves Guerra disse que ainda há diversos pontos a serem esclarecidos pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em relação ao decreto 10.946/2022. Outras duas empresas que tinham processos semelhantes são a Central Geradora Eólica Offshore Caucaia, que será implantada na cidade de Caucaia, no Ceará, e a Central Geradora Eólica Offshore Votu Winds, que deve ser implantada nos municípios de Piúma, Itapemirim, Marataízes e Presidente Kenedy, no Espírito Santo, e em São Francisco do Itabapoana, no Rio de Janeiro. Nestes casos as empresas pediam o reconhecimento de DROs para os empreendimentos que pretendem implantar. (BroadCast Energia – 05.04.2022)

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7 Técnicos do TCU determinam ao BNDES ajustar preço de ações da Eletrobras na privatização

Relatório da área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) determina que o BNDES, gestor da privatização da Eletrobras, faça revisões metodológicas na precificação de ações da empresa, bem como correção no fluxo de caixa de controlada e aplicação de investimentos para manutenção de eólicas. A conclusão da análise da segunda etapa da desestatização é esperada com grandes expectativas pelo governo, que começou uma ofensiva com os ministros do órgão fiscalizador para conseguir a aprovação até 13 de abril. O parecer técnico, obtido pelo Broadcast, é visto como positivo pela equipe de Jair Bolsonaro, já que os ajustes necessários são considerados de fácil aplicação. O parecer foi concluído pelos técnicos há duas semanas e também já passou pela análise do Ministério Público junto ao TCU. Agora, cabe ao ministro-relator, Aroldo Cedraz, levar o processo ao plenário, em data ainda sem previsão. (BroadCast Energia – 05.04.2022)

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8 TCU recebe pedido de participação do debate sobre venda da Aeel

A Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) enviou ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) apoiando a decisão do ministro do órgão Aroldo Cedraz de ouvir especialistas sobre o setor elétrico brasileiro e a capitalização da Eletrobras, e pediu para participar do debate. "Cabe registrar que a Aeel conta no seu quadro de associados com profissionais com larga experiência no setor elétrico, formação profissional diversificada e titulação de graduação, mestrado e doutorado em relevantes instituições do País", argumentou no documento, ressaltando que a Aeel tem acompanhado de perto todo o processo também no Legislativo. O TCU marcou para quinta-feira, 7, o debate sobre a modelagem de venda da Eletrobras. O painel terá a participação de autoridades, gestores, especialistas de mercado, sociedade civil organizada e acadêmicos. A Aeel pretende apresentar no debate pontos como "contratações por inexigibilidade do sindicato dos bancos como riscos para transparência e licitude do processo, preocupações com o repasse de conhecimento para a ENBPar (empresa de participações que vai controlar Itaipu e Eletronuclear), transações entre partes relacionadas (União, Eletrobras, Eletronuclear, Itaipu)", entre outros aspectos do processo. (BroadCast Energia – 05.04.2022)


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Transição Energética

1 Economia mais limpa abrirá 200 milhões de empregos

Segundo relatório da consultoria McKinsey, de 2021 a 2050 serão necessários, a cada ano, até US$ 3,5 trilhões em gastos adicionais em ativos físicos para a transição para uma economia mais limpa, de ativos de alta para ativos de baixa emissão de carbono. Enquanto as instituições financeiras vão desempenhar, cada vez mais, um papel fundamental na realocação de capital em grande escala para essa mudança, haverá oportunidades de negócios para outras empresas e pessoas. A estimativa é que cerca de 200 milhões de empregos podem ser ganhos e 185 milhões perdidos até 2050, em setores que produzem cerca de 85% das emissões globais. Leonardo Marques, PhD pela University of Manchester e professor licenciado do Coppead UFRJ, comenta que há pressão e demandas dos consumidores por produtos mais sustentáveis e por empresas que se preocupam em reduzir seu impacto negativo no mundo. Ele cita que o consumidor que está disposto a trocar hábitos e escolher produtos mais sustentáveis, ainda que sejam mais caros, leva em conta a transparência e o comprometimento das empresas na hora de tomar a decisão. (Valor Econômico – 06.04.2022)

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2 EUA: Energia renovável atingiu um recorde histórico

A produção doméstica e o consumo de energia renovável (ou seja, biocombustíveis, biomassa, geotérmica, energia hidrelétrica, solar, eólica) atingiram um recorde histórico em 2021, de acordo com uma análise da Campanha SUN DAY de novos dados divulgados pela Administração de Informações sobre Energia dos Estados Unidos (EIA). A última edição do relatório "Monthly Energy Review" da EIA (com dados até 31 de dezembro de 2021) revela que as fontes renováveis representaram mais de um oitavo (12,61%) da energia produzida nos EUA e 12,49% da energia consumida para eletricidade, transporte, aquecimento e outros usos. A produção de energia renovável em 2021 foi de 12,317 quatrilhões de Btu (quads) - 5,39% a mais que em 2020 e 5,89% a mais que em 2019. Uma queda acentuada na energia hidrelétrica (queda de 8,79%) foi mais do que compensada pelo crescimento em todas as energias renováveis não hidrelétricas: energia solar (aumento de 23,84%), eólica (aumento de 12,38%), biocombustíveis (aumento de 7,52%), geotérmica (aumento de 1,48%) e biomassa (aumento de 1,00%). (EE Online – 05.04.2022)

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3 BIRD Energy financiará a cooperação EUA-Israel para energia limpa, eficiência energética e tecnologias redutoras de carbono

A BIRD Energy anunciou seu próximo ciclo de financiamento para propostas de projetos conjuntos EUA- Israel com foco em Energia Renovável, Eficiência e Tecnologias que reduzem as emissões de carbono. Para ser considerada, uma proposta de projeto deve incluir cooperação conjunta em P&D entre duas empresas ou entre uma empresa e uma universidade/instituição de pesquisa (uma dos EUA e outra de Israel). A proposta deve demonstrar um potencial comercial significativo e o resultado do projeto deve levar à comercialização. Exemplos de tópicos de pesquisa e desenvolvimento no escopo desta chamada são Energia Solar e Eólica, Tecnologias Avançadas de Veículos e Combustíveis Alternativos, Gás Natural e outras tecnologias associadas que reduzem seu impacto climático, Rede Inteligente, Armazenamento, Nexus Água-Energia, Manufatura Avançada, AI para gestão de energia ou qualquer outra tecnologia de Energia Renovável/Eficiência Energética. As novidades da Chamada de Propostas deste ano são as tecnologias que ampliam as tecnologias livres de carbono e reduzem as emissões de carbono. (EE Online – 05.04.2022)

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4 Guerra na Ucrânia não atrapalhará a transição energética da Europa

A matriz energética descarbonizará mais rapidamente na Europa. É a principal conclusão da nova análise da Energy Transition Research da DNV. Outras conclusões são que o consumo de gás por si só será "9% menor em 2024", à medida que os países avançam para as energias renováveis; as emissões de gases de efeito estufa "serão 580 milhões de toneladas (ou 2,3%) menos na Europa" no período 2022-2030; A Europa produzirá "12% a mais" de gás em 2030; As exportações de gás russo "cairão" porque o mercado asiático "não pode compensar" a perda do mercado europeu; e a escassez de matérias-primas "prolongará os altos custos" da eletricidade e "aumentará o preço das baterias". A transição energética da Europa será acelerada - com menos combustíveis fósseis na matriz energética e menos emissões de gases de efeito estufa - graças ao seu afastamento do gás russo. É a principal conclusão da nova análise da Energy Transition Research da DNV: "34% do mix de energia na Europa" virá de combustíveis não fósseis em 2024, dois pontos percentuais a mais do que a previsão antes da guerra na Ucrânia. Eles também acrescentam que o uso global de gás “cairá 9% em 2024” em comparação com o modelo pré-guerra da DNV. O maior aumento percentual corresponde à energia solar, que em 2026 “aumentará 20%”. O atraso na retirada de algumas usinas nucleares do continente também é um componente importante para preencher a lacuna. (Energías Renovables - 06.04.2022)

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5 77% dos municípios valencianos querem acelerar a transição energética

O Departamento de Transição Ecológica recolhe as respostas de mais de metade das Câmaras Municipais em todo o território valenciano (mais de 5 milhões de habitantes), com o objetivo de traçar um raio-X das políticas e necessidades em termos de Transição Energética nos municípios da Comunidade Valenciana. 77% dos municípios manifestaram vontade de acelerar a transição energética apesar de citar a falta de investimento e assessoria como um "fator limitante". A Generalitat alarga ainda o gabinete itinerante de informação e apoio à transição ecológica (OTEA) e abre um novo concurso de 600.000 euros para a criação e desenvolvimento de comunidades energéticas locais. A Generalitat de Valencia apresentou os resultados do levantamento fotovoltaico do Departamento de Transição Ecológica que compila as respostas de mais da metade das Câmaras Municipais em todo o território valenciano (mais de 5 milhões de habitantes), com o objetivo de traçar um x- das políticas e necessidades em matéria de Transição Energética nos municípios da Comunidade Valenciana. (Energías Renovables – 05.04.2022)

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6 BID financiou US$ 4,5 bi em iniciativas contra mudanças climáticas

No ano passado, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) financiou um recorde de US$ 4,5 bilhões em atividades relacionadas às mudanças climáticas, de acordo com o Relatório de Sustentabilidade 2021 disponível em inglês e em espanhol. Esses recursos, que respondem por 30% das aprovações anuais totais do Banco, beneficiam a região por meio de empréstimos, doações, cooperação técnica, garantias e investimentos de capital. O relatório mostra o destacado enfoque integrado do BID com relação à sustentabilidade no que diz respeito à sua governança, estratégia, políticas e ciclo de projetos, ação climática de ponta focada na criação de empregos e benefícios socioeconômicos, gestão de riscos de desastres e resiliência, biodiversidade e ferramentas financeiras inovadoras voltadas para a inclusão de gênero e diversidade. "No BID de hoje, acreditamos na necessidade urgente de ir além do diagnóstico das mudanças climáticas e redobrar significativamente nossos esforços para enfrentá-la. Se nós e nossos países membros o fizermos, a América Latina e o Caribe podem se tornar líder mundial no tratamento de uma questão que não conhece fronteiras", disse o presidente do BID, Mauricio Claver-Carone. (BID – 05.04.2022)

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7 RMI contrata líderes globais para acelerar a transição energética no sul global

A RMI anunciou hoje as nomeações de Raul Alfaro-Pelico como diretor sênior do Programa Sul Global da RMI e Suleiman Babamanu como diretor do Programa Nigéria da RMI. Alfaro-Pelico traz mais de 20 anos de liderança em sustentabilidade acelerando a transição net-zero, catalisando investimentos para impacto e gerenciando riscos ambientais, sociais e de governança em multilaterais (Nações Unidas, Grupo Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento), multinacionais (Exxon Mobil, Noble Energy, Acciona, Glencore) e instituições de pesquisa multidisciplinares (The Economist Intelligence Unit, universidades Drexel, Arcadia e Lancaster). Em sua nova função, ele liderará os esforços globais da RMI na construção de experiência em energia limpa no Sul Global – fornecendo aos líderes de energia do Sul Global uma maneira de acessar informações e ferramentas selecionadas necessárias para criar mudanças sistêmicas. Babamanu liderará o crescente portfólio da RMI na Nigéria, focado em impulsionar a transição energética da infraestrutura de energia tradicional e muitas vezes poluente e cara para recursos de energia limpos, acessíveis e resilientes. (RMI – 05.04.2022)


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8 E.ON é a empresa mais preparada para enfrentar a transição energética

O relatório compara 98 grandes empresas de energia com base em sua prontidão para um mundo de baixo carbono: oito das dez empresas com maior pontuação estão na Europa, "impulsionadas por um ecossistema político que prioriza a transição climática". A capacidade de gerar energia com relativamente baixo teor de carbono a partir de energias renováveis, energia hidrelétrica ou mesmo energia nuclear é um fator determinante na exposição ao risco de transição. E.ON, Iberdrola e EDF ocupam as três primeiras posições. Em vez disso, expandir as operações de carvão é o denominador comum entre todas as sete das dez empresas mais baixas, pois elas têm planos de aumentar a geração de energia a carvão. E.ON, Iberdrola e EDF superam outras concessionárias na gestão de riscos climáticos e, portanto, estão "mais bem preparadas" para aproveitar as oportunidades decorrentes da transição energética, de acordo com o novo relatório 'Utility Transition Scores' da pesquisa empresa BloombergNEF(BNEF). O relatório compara 98 grandes empresas de energia com base em sua prontidão para um mundo de baixo carbono: oito das dez empresas com maior pontuação estão na Europa, "impulsionadas por um ecossistema político que prioriza a transição climática". (Energías Renovables - 06.04.2022)

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9 IPCC: “Limitar o aquecimento global exigirá grandes transições no setor de energia”

O IPCC da ONU divulgou seu mais recente relatório de mitigação das mudanças climáticas, que fornece uma avaliação global atualizada do progresso e das promessas de mitigação. Uma de suas principais descobertas é que grandes transições no setor de energia serão fundamentais para mitigar a crise climática. O relatório é o sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas (ONU), encarregado de avançar o conhecimento sobre mudanças climáticas induzidas pelo homem. O relatório examina as fontes de emissões globais, explica a evolução dos esforços de redução e mitigação de emissões e avalia o impacto dos compromissos climáticos nacionais. Uma das principais descobertas do relatório é que limitar o aquecimento global exigirá grandes transições no setor de energia. Isso envolverá uma redução substancial no uso de combustíveis fósseis, eletrificação generalizada, eficiência energética aprimorada e uso de combustíveis alternativos, como o hidrogênio. (Smart Energy – 05.04.2022)

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10 Por que as economias desenvolvidas devem arcar com o custo de US$ 100 tri da transição energética nos mercados emergentes?

Os mercados emergentes precisam de cerca de US$ 94,8 trilhões em investimentos adicionais para ajudá-los a fazer a transição para uma economia líquida zero até 2060, de acordo com um novo estudo. Essa soma - maior que o PIB global - é necessária para complementar os compromissos existentes dos governos dos mercados emergentes e ajudá-los a cumprir as metas de aquecimento global de longo prazo a tempo, de acordo com dados do banco global Standard Chartered. Os mercados desenvolvidos têm mais a fazer para reduzir suas emissões de carbono e fazer a transição de suas economias. Mas, ao mesmo tempo, eles devem filtrar financiamento adicional para países menos ricos que precisam desse apoio para crescer, prosperar e atingir suas próprias metas. Embora a escala de investimento necessária seja grande, o custo de não o fazer é maior, diz o relatório: “Nossa pesquisa mostra que, se os mercados emergentes fossem autofinanciados por meio de impostos mais altos, isso significaria uma transição disruptiva que poderia algumas das comunidades mais pobres do mundo ainda mais pobres. A escala da tarefa de financiamento é simplesmente grande demais para as economias emergentes suportarem sozinhas.” (World Economic Forum – 05.04.2022)

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Empresas

1 Grupo Votorantim: Lucro líquido de R$ 7,1 bi em 2021

Em um ano de vários movimentos em seus negócios, que vão de cimento a aço, financeiro a suco de laranja, o grupo Votorantim registrou resultados recordes em 2021. O lucro líquido alcançou R$ 7,1 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 3,06 bilhões do ano anterior, que foi impactado pela baixa contábil da mineradora de zinco Nexa. Segundo a empresa, contribuíram para esse desempenho uma gestão mais eficiente de custos das companhias do seu portfólio de negócios, melhora de preços, demanda mais aquecida dos produtos fabricados, câmbio e desempenho positivo de operações no exterior, principalmente na América do Norte. A receita líquida do grupo no ano passado cresceu 45%, para R$ 49 bilhões — maior valor de receita atingido pela Votorantim em um ano. Pouco mais de 40% foi gerado por operações no exterior — a companhia está em 16 países. Com exportações a partir do Brasil, o mercado externo respondeu por cerca de 70%. O Ebitda ajustado somou R$ 11,5 bilhões no ano passado, alta de 70% sobre 2020, informou o grupo em comunicado. A Votorantim fechou o ano com caixa equivalente de R$ 16,7 bilhões, sendo 33% em reais. A empresa reportou dívida líquida de R$ 10 bilhões, 12% menor do que a do final de dezembro de 2020. A alavancagem financeira, que ficou em 0,87 vez na relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado, é o menor patamar desde 2008, informou o conglomerado. (Valor Econômico – 05.04.2022)

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2 Grupo Votorantim: Novas frentes de negócios

No quarto trimestre de 2021, o Grupo Votorantim iniciou investimentos em uma nova área — infraestrutura. Comprou ações em bolsa, alcançando 5,8%, da CCR, que atua em rodovias, aeroportos e mobilidade urbana. Há menos de um mês, o grupo e a Itaúsa fizeram oferta de compra da participação de 15% da Andrade Gutierrez na concessionária. Na semana passada, a Votorantim e seu sócio canadense, o fundo CPP Investments, concluíram a reestruturação de seus ativos de energia ao lançar no Novo Mercado da B3 a Auren Energia, com valor de mercado de R$ 16 bilhões. A empresa passou a reunir a antiga Cesp, a Votorantim Energia e os ativos de geração de energia eólica e solar, além de outras operações. Focada 100% em energia renovável, a nova elétrica registrou uma receita líquida pro-forma de R$ 6,5 bilhões em 2021. A Votorantim passou a deter 37,7% da Auren e o CPP, 32,1%. O restante está pulverizado. Os resultados da empresa também deverão ser lançados no balanço da VSA, a partir deste trimestre, por equivalência patrimonial, informou Malacrida ao Valor. (Valor Econômico – 05.04.2022)

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3 LM Wind Power fabricará pás eólicas de 4,2 MW para a Vestas no Brasil

A fabricante de equipamentos para geração eólica Vestas fez uma parceria com a LM Wind Power para produzir pás do modelo V150 de 4,2 megawatts (MW) no Brasil, informou a empresa em comunicado divulgado hoje. Segundo a companhia, o contrato firmado é plurianual e tem flexibilidade para exportação, se aplicável. O início da produção está marcado para o segundo semestre deste ano, e os equipamentos serão fabricados na unidade de Ipojuca, em Pernambuco. (BroadCast Energia – 05.04.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 GreenV fecha parceira com rede de estacionamentos Indigo Brasil

A startup especializada em soluções para eletromobilidade GreenV anunciou ter fechado uma parceria com a Indigo Brasil, empresa com mais de 200 estacionamentos no País, visando implementar recarga de veículos elétricos na rede da operadora de estacionamentos. Ao longo dos próximos 36 meses, serão instalados 350 pontos de recarga para VEs em estacionamentos operados pela Indigo, que possui forte atuação em shoppings, centros de eventos e unidades de saúde. A maior parte das estações de recarga será concentrada nas regiões Sul e Sudeste, em cidades como São Paulo e Porto Alegre, mas há expectativa também de levar o serviço para outras regiões. (BroadCast Energia – 05.04.2022)

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2 Ford reafirma metas de eletrificação e redução de emissões

A Ford divulgou, em 31 de março, os resultados do seu relatório de sustentabilidade, que contém as principais realizações da companhia no âmbito social em 2021. Dentre as principais realizações está a entrada da montadora no RouteZero, uma coalizão para conter o aquecimento global. Entre os compromissos da marca, vender apenas carros e vans novos com emissões zero até 2040 globalmente - e até 2035 nos principais mercados. A empresa também introduziu uma estrutura de financiamento sustentável para orientar os investimentos em projetos sociais e ambientais, abrindo caminho para o título verde inaugural da Ford, que levantou US$ 2,5 bilhões por meio de uma emissão de 10 anos para ajudar a financiar o novo portfólio de veículos elétricos da empresa. A empresa ainda aderiu ao Better Climate Challenge, do Departamento de Energia dos EUA, com a promessa de reduzir, pela metade, as emissões de gases de efeito estufa de suas instalações até 2030 – em linha com o compromisso da Ford de fornecer eletricidade 100% livre de carbono em suas instalações até 2035. (Automotive Business – 05.04.2022)

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3 GM/Honda: Nova linha de VEs acessíveis

A GM e a Honda anunciaram na terça-feira (05/04) uma ampliação de sua parceria estratégica. O principal objetivo é popularizar a mobilidade elétrica por meio do desenvolvimento conjunto de carros elétricos mais acessíveis e equipados com as baterias de última geração da marca norte-americana. Segundo o plano, em 2027 chegará ao mercado uma nova família de veículos elétricos, incluindo modelos com maior apelo de vendas, como os SUVs compactos. Tudo isso será feito utilizando a expertise e a tecnologia das duas marcas. Em linhas gerais, a acordo prevê a padronização de componentes e processos com vistas à maior produtividade e redução de custos pela economia de escala. A parceria também deixou em aberto a possibilidade para o desenvolvimento em conjunto de novas gerações de baterias, no intuito de continuar reduzindo os custos da eletrificação. Embora a estreia da nova linha de carros elétricos mais acessíveis esteja prevista para 2027 nos Estados Unidos, a CEO da GM, Mary Barra, destaca que o plano de eletrificação é global e contempla mercados como a China e também a América do Sul, o que abre possibilidades para a produção nacional de VEs. (Inside EVs – 05.04.2022)

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4 Jeep encerra a venda de carros a gasolina e a diesel na França

A Jeep fez um importante anúncio na França. A partir de 1º de junho de 2022, todos os carros com motores a gasolina e diesel não eletrificados não estarão mais disponíveis. A marca norte-americana só venderá carros com propulsores híbridos leves e híbridos plug-in, sendo a primeira marca Stellantis a adotar essa iniciativa no mercado francês. A decisão está inserida no roteiro elaborado pela Jeep que fará com que o fabricante ofereça exclusivamente modelos eletrificados na Europa até 2025. (Inside EVs – 05.04.2022)

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Inovação

1 MME: Lançamento do PDE com destaque para o potencial do hidrogênio

Com uma previsão de R$ 3,2 trilhões de investimentos até 2031 no setor energético do país, a versão final do Plano Decenal de Energia (PDE) será apresentada ao mercado hoje (6), em Brasília, em cerimônia com a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O documento agora conta com algumas das contribuições e sugestões feitas por instituições do setor elétrico que participaram da consulta pública do plano. Uma das grandes novidades do PDE 2031 será um capítulo inteiro dedicado à produção de hidrogênio no país. Pelo fato de poder ser usado tanto para o armazenamento de energia quanto para o acoplamento do setor de energia aos segmentos de indústria e transportes, o hidrogênio tem chamado atenção de investidores em todo o mundo. De acordo com o PDE, a estimativa do potencial técnico total de produção de hidrogênio no Brasil até 2050 totaliza 1,8 milhão de toneladas por ano. Esse volume representa mais de 14 vezes a demanda mundial de hidrogênio em 2018. (Petronotícias – 06.04.2022)

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Energias Renováveis

1 IKEA: Investimento de mais de € 100 mi em parques solares

O Grupo IKEA, através da sua divisão de investimento, assinou um acordo com a Enerparc para a promoção e desenvolvimento de parques solares fotovoltaicos na Espanha, no qual investirá mais de 100 milhões de euros. O investimento vai traduzir-se em cerca de 140 MW instalados, que vão produzir cerca de 260 GWh por ano, o que equivale ao consumo de eletricidade de 65.000 habitações. As usinas fotovoltaicas estarão localizadas na Andaluzia, na Comunidade Valenciana e em Castilla La Mancha e sua construção está prevista para começar no final de 2022. Este é o primeiro investimento em grande escala do grupo sueco na Espanha. Atualmente, o grupo IKEA possui e administra 547 aerogeradores em 14 países, 10 parques solares e 935.000 painéis solares nos telhados das lojas e armazéns da marca. Juntos, produzem mais de 4 TWh, equivalente ao consumo anual de eletricidade de mais de 1 milhão de lares europeus. (Energías Renovables – 06.04.2022)

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2 Espanha: Ilhas Canárias aprovam 41 projetos eólicos e fotovoltaicos

O Governo das Ilhas Canárias aprovou um total de 41 projetos de parques eólicos e fotovoltaicos nas ilhas correspondentes aos pedidos de ajuda Eolcan 2 e Solcan 1 (programas de ajuda ao investimento em instalações de produção de eletricidade localizadas nas Ilhas Canárias), o que representa um total de 146,7 MW de novas instalações para o arquipélago. O conselheiro regional responsável pela área, José Antonio Valbuena, quis sublinhar que “não será aprovado nenhum parque eólico ou fotovoltaico que não cumpra rigorosamente os requisitos estabelecidos ou que tenha um pronunciamento dos concelhos insulares contra a sua instalação". (Energías Renovables – 04.04.2022)

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3 GWEC: Setor eólico viveu o segundo melhor ano da sua história em 2021

O setor eólico adicionou quase 94 GW de capacidade em todo o mundo em 2021, apesar da continuação da pandemia. Este é um sinal claro da incrível resiliência e trajetória ascendente da indústria eólica global. No entanto, como deixa claro o Global Wind Report 2022 (GWR22) do Global Wind Energy Council (GWEC), esse crescimento deve quadruplicar até o final da década se quisermos alcançar não mais que 1,5º C de aquecimento e o zero líquido emissões até 2050. Os dois maiores mercados do mundo, China e Estados Unidos, instalaram menos capacidade eólica terrestre no ano passado – 30,7 GW e 12,7 GW, respectivamente – mas outras regiões tiveram anos recordes: Europa, América Latina e África e Oriente Médio aumentaram suas instalações terrestres em 19%, 27% e 120%, respectivamente. A energia eólica offshore teve um desempenho particularmente bom, tendo seu melhor ano em 2021, com 21,1 GW comissionados. Isso representa três vezes mais do que no ano anterior, sendo a China o grande impulsionador do progresso, já que as instalações eólicas offshore neste país representaram 80% do crescimento global. Desta forma, a China já supera o Reino Unido como o maior mercado eólico offshore do mundo. Por fim, o GWEC espera que a taxa de crescimento anual das instalações eólicas para os próximos cinco anos seja de 6,6%, o que equivale a 557 GW de instalações previstos entre 2022 e 2026. (Energías Renovables – 05.04.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Pedro de Campos, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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