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IFE: nº 5.377 - 16 de novembro de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Relatórios Observatório de Hidrogênio, de Mobilidade Elétrica e de Tecnologias Exponenciais
2 Técnicos da Aneel defendem aumento de 21% na conta de luz em 2022
3 Nota de Esclarecimento sobre reportagens acerca da conta de luz em 2022

Transição Energética
1 Bolsonaro diz a investidores que Amazônia é paraíso, segue intocada e não pega fogo
2 Campos Neto: Não podemos cair na armadilha do imposto de carbono

3 China resiste em acelerar o fim do carvão
4 UE planeja incluir gás natural como um combustível "verde" na transição contra as mudanças climáticas
5 Reino Unido deve recorrer à energia geotérmica para ajudar na descarbonização
6 Espanha: Sustentabilidade, mobilidade e eficiência energética nos orçamentos da Andaluzia para 2022
7 Espanha diz não para incentivar gás ou nuclear como ferramentas para combater as mudanças climáticas
8 Junta de Andalucía promove o planejamento de medidas contra as mudanças climáticas em 756 municípios
9 COP26: Londres, Buenos Aires, Cingapura estão enfrentando poluição, congestionamento e mudança climática
10 Após vitória frágil, políticos e ambientalistas mostram decepção com COP26
11 A ambição do clima será revista a cada ano
12 Amigos da Terra alerta para o perigo dos 30 megaprojetos de gás europeu
13 EirGrid e Ministro Ryan revelam roteiro para transformar radicalmente a rede elétrica para atender ambições renováveis
14 Centrica lança Plano de Transição Climática
15 Southern Company faz um investimento âncora no mais recente fundo de US $ 1 bi de Energy Impact Partners para acelerar a descarbonização global

16 Mudanças no clima e na combinação de eletricidade renovam as ambições do mercado de energia em toda a região para o 'Velho Oeste'
17 Como os portos podem navegar na transição energética

18 Como a economia circular pode ajudar a transformar alimentos para combater a crise climática e aumentar a biodiversidade
19 A mudança climática está gerando uma crise financeira
20 Como finanças, tecnologia agrícola e muito mais podem acelerar a transição energética
21 Artigo: “Mudanças climáticas na América Latina e Caribe: Desafios e oportunidades”

Empresas
1 Cemig vende sua fatia na Renova Energia por R$ 60 mi
2 Cemig pretende vender Taesa e abrir capital da Gasmig em 2022
3 Energisa tem lucro líquido consolidado de R$ 863,9 mi no 3º trimestre
4 Vibra Energia: Lucro líquido sobe 79% no trimestre com ajuda de crédito tributário
5 Compass Brasil tem lucro de R$ 629,9 mi no 3º trimestre, crescimento de 146%
6 Norte Brasil tem lucro de R$ 9,1 mi no 3º trimestre, queda de 74,6%

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Armazenamento de energia no SIN é de 25,3%, diz ONS
2 Nível dos reservatórios do Sul e SE/CO deve continuar a subir, diz ONS

Mobilidade Elétrica
1 Governo articula instalação de fábrica de VEs em SC
2 Renault Kwid será o carro elétrico mais barato do Brasil
3 Renault considera linha de produção no Paraná
4 Citroën quer 4% do mercado no Brasil com novos carros e elétricos até 2024

5 Trólebus ganha força em debate sobre mobilidade sustentável em SP
6 Prefeito de SP está empenhado na eletrificação do sistema de transporte
7 BNEF: VEs irão demandar 6% de aumento de energia até 2040
8 Bright Consulting: Estimativa de vendas de VEs até o final de 2021

9 Avião elétrico de 100 lugares e 4 motores será concluído em 2026

10 Comissão rejeita projeto que concede isenção de tarifa de pedágio para VEs

11 Mobilidade elétrica pode mudar realidade do setor público
12 Carregador mais rápido do mundo para VEs faz recarga em 15 minutos

Inovação
1 Governo escocês publica seu Plano de Ação de Hidrogênio
2 Shell e RWE criam parceria europeia de hidrogênio verde
3 Amônia e nitrogênio, uma alternativa energética ao carbono

Energias Renováveis
1 Procura por energia solar, limpa e mais barata, cresce no Brasil
2 Instalação de sistemas de energia solar tem alta de 75% em 10 meses na Grande SP
3 Geração distribuída acumula 7,69 GW no Brasil
4 Marco legal de eólica offshore sai até o fim do ano

5 Vestas mira potencial eólico no mar do Brasil
6 APPA Renováveis vai analisar a situação atual do setor no geral
7 Renova Energia quer ampliar negócio investindo na compra de ações pertencentes a Cemig
8 Instalações solares globais devem crescer 20% em 2022

9 Inaugurado maior parque solar da Alemanha sem financiamento estatal

10 Espanha: Eólica garante 2,2 GW em leilão

11 Holanda planeja dobrar a capacidade eólica offshore em 2030 para 22 GW
12 RWE investirá 50 bil de euros em energias renováveis até 2030

Gás e Termelétricas
1 COP26: China e Índia ganham briga pela continuidade do carvão
2 UE planeja incluir o gás natural como um combustível "verde"
3 Espanha não quer gás ou nuclear como combustível “verde”
4 ESS terá custo 39,1% maior em novembro, estima CCEE

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 CCEE ultrapassa 12 mil agentes em outubro

Biblioteca Virtual
1 IVANOVA, Anna; KOZACK, Julie; MUÑOS, Sònia; ROLDÓS, Jorge. “Mudanças climáticas na América Latina e Caribe: Desafios e oportunidades”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Relatórios Observatório de Hidrogênio, de Mobilidade Elétrica e de Tecnologias Exponenciais

O GESEL está disponibilizando Relatórios Observatório com os temas Hidrogênio, Mobilidade Elétrica e Tecnologias Exponenciais. Os relatórios têm como objetivo central apresentar um estudo analítico do acompanhamento sistemático do setor, realizado pelos Informativos Setoriais. Atenta-se às principais políticas públicas, diretrizes, inovações tecnológicas e regulatórias, lacunas, perspectivas e aos desafios de cada um dos temas. Acesse os últimos números publicados: Observatório de Mobilidade Elétrica Nº 2; Observatório de Tecnologias Exponenciais Nº 1; Observatório de Hidrogênio Nº1. Acesse: http://www.gesel.ie.ufrj.br/index.php/Publications/index/3 (GESEL-IE-UFRJ – 16.11.2021)

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2 Técnicos da Aneel defendem aumento de 21% na conta de luz em 2022

O governo pretende evitar um reajuste de 21% nas contas de luz em 2022, quando Jair Bolsonaro estará em plena campanha pela reeleição. Com o objetivo de reduzir o impacto desse tarifaço estimado pelos técnicos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o Ministério de Minas e Energia tenta acelerar a privatização da Eletrobrás e convencer bancos privados a financiar o aumento dos custos de geração devido à escassez hídrica que vem pressionando a inflação. Com isso, pelos cálculos da agência, o setor precisa de cerca de R$ 15 bilhões para cobrir esses custos extraordinários até o final do primeiro semestre de 2022. Assim, o aumento nas contas de luz ocorre uma vez por ano. Devido à crise hídrica, vários aumentos foram realizados e em valores diferentes, porque variam de acordo com a distribuidora. Esse déficit no setor se explica porque, com a falta de chuva, os reservatórios ficaram sem água e o governo teve de importar energia da Argentina e Uruguai (bem mais cara) e acionar termelétricas, que já produzem a mais de R$ 2.000 o MWh (megawagtt-hora). (Folha de São Paulo – 12.11.2021)

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3 Nota de Esclarecimento sobre reportagens acerca da conta de luz em 2022

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esclarece que as informações veiculadas em reportagens publicadas nesta sexta-feira (12/11) sobre aumento na conta de luz em 2022 correspondem a estimativas preliminares baseadas em cenários hipotéticos que ainda não consideram as medidas de atenuação tarifárias que serão implementadas em 2022. O Brasil no último período úmido registrou o pior regime de chuvas dos últimos 91 anos. Em razão desse cenário adverso, para compensar o baixo nível dos reservatórios com a falta de chuva, têm sido utilizados todos os recursos de oferta de energia disponíveis e foram tomadas medidas excepcionais para assegurar o suprimento de energia no País. A Aneel salienta que, no exercício de sua competência legal de regular o setor elétrico brasileiro, em observância às políticas públicas emanadas do Ministério de Minas e Energia – MME, tem envidado esforços para atenuar os impactos da escassez hídrica nos processos tarifários de 2022, a exemplo de todos os esforços que foram empreendidos nos anos de 2020 e 2021 e que permitiram que os impactos da pandemia no aumento das tarifas fossem significativamente reduzidos, em prol de toda a sociedade brasileira e da sustentabilidade do setor elétrico. (Aneel – 12.11.2021)

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Transição Energética

1 Bolsonaro diz a investidores que Amazônia é paraíso, segue intocada e não pega fogo

Em um esforço de melhorar a imagem ambiental do Brasil no mundo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira (15/11) a uma plateia de empresários e investidores em Dubai que as críticas recebidas por seu governo nessa área não são justas. Contrariando dados sobre desmatamento, o presidente chegou a dizer que a floresta amazônica está intocada desde a chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500. "Um passeio pela Amazônia é algo fantástico. Com certeza, uma viagem inesquecível. Além de turismo, vocês poderão conhecer o que seria um paraíso aqui na Terra", afirmou Bolsonaro, em um evento sobre investimentos no emirado do Golfo Pérsico. Segundo ele, a Amazônia é um patrimônio do Brasil. "Vocês comprovarão isso [se forem visitá-la] e trarão uma imagem que condiz com a realidade. Os ataques que o Brasil sofre quando se fala em Amazônia não são justos. Mais de 90% daquela área está preservada. Está exatamente igual a quando o Brasil foi descoberto em 1500", afirmou. (Folha de São Paulo – 15.11.2021)

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2 Campos Neto: Não podemos cair na armadilha do imposto de carbono

Em evento sobre agronegócio brasileiro em Portugal, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu o fortalecimento do mercado de créditos de carbono, mas criticou a criação de impostos sobre o elemento. "Temos ouvido muito falar em impostos de carbono. Achar que os governos alocam recursos melhor do que o mercado é um erro. Nós sabemos muito bem disso no Brasil. Nós não podemos cair nessa armadilha de imposto de carbono aqui e ali, porque o que vai fazer o mercado funcionar é o mercado de crédito de carbono", afirmou. Campos Neto defendeu ainda que haja melhor distribuição das responsabilidades das emissões entre os países. "Hoje, a carga de carbono é muito maior em quem produz do que em quem consome. Se isso não for equacionado de forma que países produtores e países consumidores entrem em harmonia, vai acontecer, e é um pouco o que nós já estamos vendo, que alguns produtores de insumo vão falar que, com esse crédito de carbono tão caro, já não vale a pena produzir, porque a margem não vale a pena", avaliou o mesmo. (Folha de São Paulo – 12.11.2021)

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3 China resiste em acelerar o fim do carvão

Faltando um dia para o final da Cúpula do Clima de Glasgow (CoP26), e de acordo com fontes da negociação citada pela Europa Press, parece provável que a China não adira a um acordo global de eliminação progressiva do carvão e que diga não a pedir países devem fortalecer seus planos para aumentar a redução de suas emissões de CO2 até o final do próximo ano. As preocupações com a segurança energética podem ser a causa que está levando a China a não apoiar a proposta do carvão, de acordo com uma pessoa familiarizada com a posição da China que pediu para não ser identificada. Em declarações à Bloomberg coletadas pela Europa Press, essa pessoa acrescentou que eles desenvolvem um novo plano de emissões, logo após a última apresentação de sua contribuição nacional determinada (feita pouco antes das negociações das Nações Unidas começarem este mês em Glasgow), vai demorar muito para o maior emissor do mundo. Até o momento, o gigante chinês não se moveu de fato de suas objeções, mesmo depois de anunciar inesperadamente um acordo com os Estados Unidos na noite de quarta-feira, aumentando as esperanças para a negociação (Estados Unidos e China anunciaram que trabalharão juntos para impulsionar ações concretas para reduzir as emissões durante esta década; o pacto bilateral inclui esforços para conter o metano, um poderoso gás de efeito estufa). (Energías Renovables – 12.11.2021)

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4 UE planeja incluir gás natural como um combustível "verde" na transição contra as mudanças climáticas

O chefe dos negociadores de mudança climática da União Europeia, o vice-presidente Frans Timmermans, deu um sinal claro de que os 27 estão considerando o papel do gás natural que poderia ser incluído em seu Livro de Regras Verde ao fazer investimentos. O metano, que é o componente fundamental do gás natural (97% do gás natural é metano), é um poderoso gás de efeito estufa. De acordo com as Nações Unidas, embora a vida do metano seja mais curta que a do CO2, em um período de cem anos, o metano tem um poder de aquecimento global 28 vezes maior que o do CO2; e em uma escala de 20 anos, é 84 vezes mais potente como gás de efeito estufa. O Vice-Presidente da Comissão Europeia, o social-democrata Frans Timmermans, afirmou esta quinta-feira - informa a Europa Press - que a saída do carvão de alguns Estados-Membros, como a Polónia, poderá exigir um estado intermédio de utilização do gás natural. (Energías Renovables – 12.11.2021)

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5 Reino Unido deve recorrer à energia geotérmica para ajudar na descarbonização

Acadêmicos do Nordeste se juntaram a uma nova organização que tem como objetivo promover o calor sob a terra como um acréscimo importante ao sistema de energia do Reino Unido. O professor Jon Gluyas da Durham University, diretor executivo do Durham Energy Institute, está entre um grupo de acadêmicos e especialistas do setor de energia que formaram a Shift Geothermal para pedir a criação de um centro nacional de geoenergia. Geoenergia é o calor do núcleo da Terra, que pode ser aproveitado de áreas como plataformas de petróleo que já estão perfurando a terra ou água em minas abandonadas em áreas como o Nordeste. A Shift Geothermal afirma que a geoenergia pode fornecer até 25% da matriz energética do Reino Unido até 2050 e tem a vantagem de ser carbono zero e mais confiável do que as fontes de energia renováveis, como a eólica ou solar. O grupo diz que a energia geotérmica no Reino Unido poderia sustentar 15.000 empregos diretos e 25.000 empregos indiretos. Em suma, o professor Jon Gluyas disse: "O Reino Unido tem a oportunidade de ser um líder na forma como recicla e reaproveita sua infraestrutura de petróleo e gás existente. (EE Online – 15.11.2021)

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6 Espanha: Sustentabilidade, mobilidade e eficiência energética nos orçamentos da Andaluzia para 2022

Com mais de 322 milhões de euros, contra 170 milhões em 2021, Andaluzia aposta com este orçamento para transformar o modelo energético, em que grande parte desta rubrica orçamental recai sobre os fundos europeus. Especificamente, (1) programas de desenvolvimento sustentável serão desenvolvidos; (2) Moves III (incentivos para uma mobilidade eficiente e sustentável); (3) ações de eficiência energética industrial; (4) autoconsumo e armazenamento; (5) renováveis térmicas; e (6) reabilitação energética de edifícios públicos. O Conselho está, portanto, empenhado no financiamento europeu e na promoção da transformação energética. O Ministério das Finanças e Financiamentos Europeus da Junta de Andalucía tem um orçamento de despesas de 669.451.015 euros para 2022, o que representa um acréscimo de 80% face ao ano anterior, o que se explica pelo impacto dos fundos europeus em matéria de energia. (Energías Renovables - 15.11.2021)

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7 Espanha diz não para incentivar gás ou nuclear como ferramentas para combater as mudanças climáticas

A Taxonomia da União Europeia indica quais tecnologias devem ser incentivadas (para combater as alterações climáticas) e quais outras não. Alguns países querem incluir o gás lá. Pois bem, o Ministério da Transição Ecológica divulgou um comunicado esta tarde em que nega a informação de que a Espanha concordaria com esta inclusão. "Não apoiamos o pedido de alguns estados membros - diz literalmente o comunicado - de incluir gás natural ou nuclear nesta lista", informou o boletim. O Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico publicou uma declaração de emergência esta tarde, "em vista de algumas informações errôneas", na qual destaca dois extremos: (1) "Somos defensores firmes da taxonomia verde como um instrumento fundamental para têm referências comuns que podem ser utilizadas pelos investidores "; e (2) "não apoiamos o pedido de alguns estados membros para incluir gás natural ou nuclear nesta lista [a taxonomia da UE], independentemente da possibilidade de que os investimentos possam continuar a ser feitos em um ou outro." De acordo com a UE, a taxonomia é uma classificação das atividades económicas que contribuem substancialmente para os objetivos ambientais com base em critérios científicos definidos pela União Europeia. (Energías Renovables – 12.11.2021)


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8 Junta de Andalucía promove o planejamento de medidas contra as mudanças climáticas em 756 municípios

O Governo andaluz vai atribuir um orçamento de 3,5 milhões de euros para promover “a elaboração das bases técnicas dos planos municipais contra as alterações climáticas dos 756 municípios andaluzes com menos de 50.000 habitantes”. Os municípios poderão usufruir de um serviço de consultoria gerido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária, Pesca e Desenvolvimento Sustentável, que apoiará os municípios financeiramente e através de três instrumentos que lhes serão disponibilizados: o instrumento de cálculo da pegada de carbono municipal, o visualizador de cenários climáticos para a Andaluzia e os guias para a elaboração de planos municipais. A Junta de Andalucía, através do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pesca e Desenvolvimento Sustentável dará apoio, no próximo ano, com 3,5 milhões de euros, a 756 municípios andaluzes com menos de 50.000 habitantes para redigirem e actualizarem as bases técnicas dos seus planos municipais contra das Alterações Climáticas. (Energías Renovables – 12.11.2021)

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9 COP26: Londres, Buenos Aires, Cingapura estão enfrentando poluição, congestionamento e mudança climática

A poluição do ar e as mudanças climáticas podem ser enfrentadas ao mesmo tempo, com benefícios duplos. Rádio Davos fala aos pioneiros da gestão do tráfego rodoviário em Buenos Aires, Cingapura e Londres. Com isso, dez empresas assinam a Alliance for Clean Air na COP26. O principal gás de efeito estufa que causa as mudanças climáticas é o dióxido de carbono - um gás incolor e inodoro que, de outra forma, é inofensivo para a saúde. Mas as emissões de CO2 costumam ser acompanhadas por outros gases tóxicos. Então, podemos combater a poluição do ar - que mata 7 milhões de pessoas por ano em todo o mundo - ao mesmo tempo que combatemos as mudanças climáticas? Neste episódio da Rádio Davos, ouvimos falar de três cidades que estão fazendo exatamente isso gerenciando o transporte rodoviário para reduzir as emissões de poluentes e CO2. (World Economic Forum – 12.11.2021)

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10 Após vitória frágil, políticos e ambientalistas mostram decepção com COP26

"Peço desculpas pela forma como esse processo se desdobrou. Eu também entendo a profunda decepção", afirmou o presidente britânico da COP26 Alok Sharma durante o encerramento da conferência do clima, na noite do último sábado (13/11). "Foi uma vitória frágil", definiu ele. O sentimento de frustração foi compartilhado por negociadores, observadores e ativistas na conferência do clima da ONU, cuja tensão final foi marcada pela disputa em que China e Índia conseguiram trocar o termo "eliminação" por "redução" do carvão. "Estou muito decepcionado que o texto foi enfraquecido, para mim não há cenário em que a gente fique em 1,5ºC se não eliminar o carvão", disse à Folha o ministro de Clima e Energia da Dinamarca, Dan Jorgensen. (Folha de São Paulo – 14.11.2021)

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11 A ambição do clima será revista a cada ano

A 26ª Conferência das Partes (CoP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que ocorreu na cidade escocesa de Glasgow nas últimas duas semanas, produziu três resultados principais: (1) Glasgow pede a redução do uso de carvão (o movimento ambientalista propôs "eliminar" em vez de reduzir); (2) também pede a redução dos subsídios aos combustíveis fósseis; e (3) estabelece "revisões anuais de ambição [em termos de redução de emissões] em relação ao ciclo de cinco anos de ambição estabelecido no Acordo de Paris". Esta é a leitura feita pelo Ministério de Transição Ecológica de Glasgow. O texto adotado pelos 196 países que fazem parte da Convenção -explicam o Ministério- inclui o objetivo de reduzir globalmente as emissões de gases de efeito estufa em 45% até 2030 e a urgência de acelerar a ambição climática nesta década. De acordo com a avaliação do Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico (Governo da Espanha), “o texto aprovado mantém vivo o compromisso para que a temperatura do planeta não suba mais de 1,5ºC”. A CoP26 também serviu, segundo o ministério, para colocar a "adaptação às mudanças climáticas" no centro das discussões "com o estabelecimento de um programa de trabalho técnico para auxiliar, avaliar e mensurar as ações". (Energías Renovables - 15.11.2021)

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12 Amigos da Terra alerta para o perigo dos 30 megaprojetos de gás europeu

A nova lista de “Projetos de Interesse Comum” que a Comissão Europeia acaba de apresentar inclui o financiamento de 30 projetos de gás por 13 bilhões de euros. Amigos da Terra alerta para o perigo que esses projetos representam para limitar o aquecimento global abaixo de 1,5 ºC e pede ao Parlamento Europeu que rejeite a lista. Para a organização, esta publicação é inconsistente com a posição adotada pela UE na COP26, além de implicar “manter a Europa ligada à dependência dos combustíveis fósseis”. A organização Friends of the Earth denuncia a nova lista que a União Europeia acaba de publicar com os 30 projetos de gás que serão financiados no valor de 13 mil milhões de euros, alertando "para o perigo que estes projetos representam para o aquecimento global, para além de irem contra o objetivo que marca a ciência de limitar o aquecimento global abaixo de 1,5 ° C ". Por meio de um comunicado, os ambientalistas defendem que há uma "incoerência" entre a posição que a União Europeia adotou na Cúpula do Clima COP26 em Glasgow e pedir ao Parlamento Europeu que "rejeite a lista" amanhã na votação. (Energías Renovables - 12.11.2021)

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13 EirGrid e Ministro Ryan revelam roteiro para transformar radicalmente a rede elétrica para atender ambições renováveis

O Chefe Executivo da EirGrid, Mark Foley e Eamon Ryan TD, Ministro do Meio Ambiente, Clima, Comunicações e Transporte, revelaram o roadmap Shaping Our Electricity Future, um projeto para transformar radicalmente a rede elétrica do país. A EirGrid foi solicitada pelo governo a transformar o sistema elétrico em antecipação a um futuro sem carvão, petróleo, turfa e, finalmente, um com emissões líquidas zero. Especificamente, a EirGrid deve desenvolver a rede para gerenciar a grande maioria da eletricidade da Irlanda proveniente de fontes renováveis até 2030. O roadmap Shaping Our Electricity Future é o resultado de uma consulta abrangente de 14 semanas em todos os setores da sociedade e dois anos de pesquisa por especialistas da indústria e dezenas de milhões de simulações técnicas. A mesma fornece um esboço dos principais desenvolvimentos necessários de uma perspectiva de redes, engajamento, operações e mercado para apoiar uma transição segura para pelo menos 70% de energias renováveis na rede elétrica até 2030. (EE Online – 15.11.2021)

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14 Centrica lança Plano de Transição Climática

Seguindo o anúncio do Chanceler na COP26 pedindo às empresas que delinem seus planos de como elas irão para um futuro de baixo carbono, a Centrica plc publicou seu primeiro Plano de Transição Climática, que descreve como a empresa pretende se tornar um negócio zero líquido até 2045 e usar a capacidade de seus serviços e soluções para ajudar seus clientes a ter um lucro líquido zero até 2050 - com foco em garantir uma 'transição justa' que seja justa e acessível para todos. As escolhas e ações estratégicas delineadas no plano veriam a parcela da alocação de capital da Centrica investida em atividades verdes crescer de menos de 5% para mais de 50% nos próximos cinco anos. Isso inclui planos de investir em ativos solares conectados à rede de propriedade da Centrica e de joint venture em grande escala no Reino Unido, Europa e América do Norte. A aspiração da empresa é construir um portfólio de baixo carbono de até 800MW de armazenamento solar e de bateria até 2025. O investimento planejado da Centrica em energia solar reconhece que no coração de um futuro líquido zero está a capacidade de fornecer energia limpa aos clientes. Portanto, reduzir o teor de carbono do fornecimento de energia da empresa por meio do apoio à expansão e absorção de energia limpa é fundamental para alcançar o líquido zero para a Centrica e os países em que opera. Para ter acesso ao Plano de Transição do Clima clique aqui . (EE Online – 12.11.2021)

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15 Southern Company faz um investimento âncora no mais recente fundo de US $ 1 bi de Energy Impact Partners para acelerar a descarbonização global

Southern Company, uma empresa de energia líder nos Estados Unidos que atende a 9 milhões de clientes e membro fundador da Energy Impact Partners (EIP), uma plataforma global de capital de risco que lidera a transição para um futuro sustentável, anunciou na última sexta-feira (12 de novembro) o lançamento do carro-chefe da EIP Fundo, Fundo II. O Fundo recebeu US $ 1 bilhão em compromissos e se concentrará no investimento em empresas de risco e crescimento que promovam soluções climáticas críticas. Por meio do Fundo II, a Southern Company continuará trabalhando com a EIP para identificar tecnologias de ponta que promovam a economia de carbono zero e atendam às nossas metas globais de descarbonização. Isso inclui empresas que inovam em descarbonização de suprimentos, eletrificação, mobilidade, infraestrutura habilitada para tecnologia, confiabilidade e resiliência e demanda inteligente. (EE Online – 15.11.2021)

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16 Mudanças no clima e na combinação de eletricidade renovam as ambições do mercado de energia em toda a região para o 'Velho Oeste'

A competição pelos benefícios de operar um mercado de energia da Organização de Transmissão Regional (RTO) está se intensificando. Um RTO ocidental poderia criar "quase US $ 2 bilhões" em benefícios para o cliente em 2030, de acordo com um estado encomendado pelo Departamento de Energia (DOE) de 30 de julho pela Energy Strategies, coordenando e otimizando a economia e a confiabilidade do sistema de energia em várias jurisdições, sob o governo federal Autoridade da Comissão Reguladora de Energia. No Ocidente, o mercado em tempo real do Operador de Sistema Independente da Califórnia (CAISO) é a versão mais bem-sucedida de um mercado regional do Ocidente até hoje porque atraiu a maioria dos participantes e produziu os maiores benefícios ao longo de seus sete anos de operação. Mas o mercado em tempo real do Southwest Power Pool (SPP) entrou em operação em fevereiro, desafiando o domínio do CAISO. Embora forneçam "apenas um subconjunto dos serviços", esses mercados em tempo real estão gerando novas ambições ao demonstrar "a escala de benefícios" que os RTOs podem oferecer, disse a Energy Strategies. (Utility Dive – 15.11.2021)

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17 Como os portos podem navegar na transição energética

A mudança está em andamento nos mercados globais de energia e commodities, à medida que as economias se alinham com o impulso para o zero líquido. O ritmo da mudança varia, mas a natureza global dos mercados significa que os portos de todo o mundo também estão entrando em um período de transformação. Então, quais são as principais perguntas que os operadores de portos e investidores devem se fazer? Grande parte da atenção global foi focada na cúpula da COP26. Não é surpresa que os hidrocarbonetos - que atualmente atendem a 80% da demanda de energia primária - tenham sido o centro das discussões. O carvão, em particular, ficou sob os holofotes logo no início, com mais de 40 países concordando em reduzir a energia gerada pelo carvão; embora este acordo tenha sido rejeitado pela China, Índia, Estados Unidos e Austrália. Não exatamente o fim do carvão, mas uma forte indicação da direção do curso para a demanda. Muitos países e empresas anunciaram metas para zero líquido até 2050. Embora a China 2060 e a Índia 2070 sejam mais lentas do que muitos esperavam, a intenção é clara - e o sistema de energia global está em transição. A eletrificação do transporte impactará a demanda de petróleo no longo prazo e já está impulsionando a demanda por matérias-primas para baterias. (World Economic Forum – 15.11.2021)

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18 Como a economia circular pode ajudar a transformar alimentos para combater a crise climática e aumentar a biodiversidade

À medida que a diversidade de alimentos produzidos diminuiu, também diminuiu a resiliência do sistema alimentar a ameaças como pragas, doenças, choques climáticos exacerbados pelas mudanças climáticas. Em vez de dobrar a natureza para produzir comida, nossa comida precisa ser projetada para que a natureza prospere. Há uma enorme oportunidade para as empresas projetarem alimentos para resultados positivos para a natureza e torná-los comuns. Com as COPs do clima e da biodiversidade em andamento, uma parte da economia ganha cada vez mais destaque: os alimentos. Nosso sistema alimentar atual é o principal impulsionador da perda de biodiversidade e é responsável por um terço das emissões globais de gases de efeito estufa, estimulando empresas e legisladores a definir metas e agir para fazer mudanças no setor. (World Economic Forum – 15.11.2021)

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19 A mudança climática está gerando uma crise financeira

O COVID-19 e a crise climática nos deram um vislumbre do "business as usual" em um cenário de risco cada vez mais imprevisível. O sistema financeiro global deve fazer parte da corrida para zero e dos esforços de mitigação de risco, devendo aumentar a ambição e colocar a redução de risco abrangente no centro da tomada de decisões do setor financeiro. O COVID-19 e a escalada da emergência climática trouxeram uma mensagem importante: o risco de desastre é o risco financeiro sistêmico. Os últimos 22 meses nos deram mais do que um vislumbre do que “business as usual” pode significar em um cenário de risco cada vez mais imprevisível. Em setembro de 2021, a pandemia causou mais de 5 milhões de mortes, US $ 12 trilhões de perda do PIB global e dívida recorde na maioria dos países em desenvolvimento. As perspectivas de recuperação dependem de onde você está. Ao mesmo tempo, vivenciamos uma série de eventos de desastres “nunca antes”, conflitos violentos, guerras comerciais, deslocamento e crises humanitárias, com as mudanças climáticas previstas para reduzir a produção econômica global em 18% até 2050. (World Economic Forum – 15.11.2021)

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20 Como finanças, tecnologia agrícola e muito mais podem acelerar a transição energética

Para acelerar a transição energética, devemos otimizar o uso de energia e integrar as energias renováveis de maneira econômica. Quatro especialistas compartilham soluções para ajudar a acelerar, manter e apoiar a transição energética. Afastar-se do carvão e buscar energia limpa é fundamental para mitigar os piores impactos das mudanças climáticas e cumprir as metas do Acordo de Paris. Embora o mundo esteja em uma posição melhor do que nunca para agir de verdade, há muito trabalho pela frente. A transição energética exigirá novos tipos de pensamento e colaboração. Esses especialistas compartilham uma gama de opções enquanto os líderes conduzem novas soluções para a mudança. (World Economic Forum – 12.11.2021)

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21 Artigo: “Mudanças climáticas na América Latina e Caribe: Desafios e oportunidades”

Em artigo publicado no Valor Econômico, Anna Ivanova, Julie Kozack, Sònia Muñoz e Jorge Roldós, membros do FMI, tratam dos desafios e oportunidades decorrentes do cenário de mudanças climáticas na América Latina e Caribe. Segundo os autores, “a transição climática poderia ajudar a impulsionar o crescimento, gerar novos empregos e, em paralelo, apoiar a recuperação após a pandemia e melhorar os resultados em termos de saúde. A transição será facilitada em alguns países da ALC por suas riquezas naturais: metais “verdes” como cobre, níquel, cobalto e lítio”. Eles concluem que “instrumentos contingentes do Estado, como títulos ligados a desastres ou os swaps de dívida por natureza, também poderiam ser úteis. Contudo, o financiamento do setor privado não será suficiente e o apoio bilateral e multilateral – em condições concessionais e sob a forma de doações para os países mais vulneráveis – será crucial”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 16.11.2021)

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Empresas

1 Cemig vende sua fatia na Renova Energia por R$ 60 mi

A elétrica estatal mineira Cemig-0,22% informou nesta sexta-feira (12) a venda da totalidade de sua participação na Renova Energia, companhia em recuperação judicial, por 60 milhões de reais, conforme fato relevante. O acordo, celebrado pela subsidiária Cemig Geração e Transmissão com um Fundo de Investimento em Participação administrado pela Angra Partners, também inclui créditos detidos pela empresa de energia contra a Renova. O contrato também prevê o direito ao recebimento de “earn-out” pela Cemig GT, condicionado a eventos futuros. Em nota separada, a Renova Energia disse que, com a transação, a Angra Partners passa a deter 30,3% do capital votante da companhia e compartilhará o controle da empresa com os demais acionistas do bloco de controle. A empresa de renováveis disse ainda que a transação fortalece sua capacidade de planejar e executar a captação de recursos para desenvolvimento de projetos futuros nas áreas de energia eólica e solar. (O Estado de São Paulo – 12.11.2021)

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2 Cemig pretende vender Taesa e abrir capital da Gasmig em 2022

Mesmo com eleições adiante, quando os mercados ficam voláteis e a realocação de capital dos investidores, mais restrita, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tem para o ano que vem uma agenda bem carregada: pretende vender a participação que tem na Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) e também realizar a abertura de capital da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig). Segundo o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da companhia, Leonardo Magalhães, o processo de venda da transmissora não é fácil, já que ela tem um valor relevante. “O outro acionista (Isa Brasil) também teria opção de comprar nossa participação. Esse processo a gente entende que tem valores relevantes e gasta algum tempo para ser concluído”. Mesmo diante de uma possível volatilidade do mercado em 2022, já que é ano eleitoral, Magalhães acredita que a Taesa é líquida, atrativa, rentável e teria condições de ser vendida mesmo em cenário de eleições. (O Estado de São Paulo – 12.11.2021)

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3 Energisa tem lucro líquido consolidado de R$ 863,9 mi no 3º trimestre

A elétrica Energisa reportou lucro líquido consolidado de 863,9 milhões de reais para o terceiro trimestre de 2021, queda de 6,3% ante igual período do ano anterior, conforme balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira (11). O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado consolidado da empresa somou 1,87 bilhão de reais, avanço de 38% na comparação anual. A receita operacional líquida atingiu 6,635 bilhões de reais, aumento de 53,5% no mesmo comparativo. As vendas de energia –somando mercado cativo e TUSD– cresceram 2,4% no ano a ano, para 9.148,3 gigawatts-hora (GWh). Considerando o consumo não-faturado, o crescimento foi de 1,6% e todas as classes apresentaram incremento entre os trimestres, disse a empresa. Os custos operacionais controláveis (PMSO) cresceram 24,4% no trimestre(133,9 milhões de reais), frente à baixa base de comparação dos custos operacionais vistos um ano antes, “reduzido em função de medidas excepcionais do início da pandemia da Covid-19”. A dívida líquida consolidada totalizou 14,63 bilhões de reais em setembro, contra 13,59 bilhões ao fim do terceiro trimestre de 2020. Já os investimentos consolidados foram de 1,194 bilhões, aumento de 84,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. (O Estado de São Paulo – 12.11.2021)

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4 Vibra Energia: Lucro líquido sobe 79% no trimestre com ajuda de crédito tributário

A Vibra Energia fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 598 milhões, alta de 79% em relação ao resultado do mesmo período do ano passado. O aumento, no entanto, só veio com a ajuda de um crédito tributário de R$ 147 milhões, já que o lucro operacional antes do financeiro e dos tributos caiu 5% no período, para R$ 451 milhões na comparação anual. O crédito é referente a Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido recolhidos a mais desde 2016, os chamados indébitos tributários, considerando decisão favorável do Supremo Tribunal Federal. A empresa de distribuição de combustíveis, antiga BR Distribuidora, conseguiu aumentar as vendas em volume (9%) e valor (69%), mas os custos e despesas maiores, 73% e 20%, respectivamente, corroeram esse ganho. Segundo a empresa, o período foi marcado por retomada “expressiva” da recuperação do volume de vendas no terceiro trimestre, depois de um segundo trimestre com forte influência da redução da mobilidade e das atividades econômicas durante a segunda onda da pandemia. (Valor Econômico – 16.11.2021)

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5 Compass Brasil tem lucro de R$ 629,9 mi no 3º trimestre, crescimento de 146%

A Compass Gás e Energia teve lucro líquido de R$ 629,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 146,6% ante ganho de R$ 255,4 milhões em igual período do ano passado, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos controladores. A receita líquida totalizou R$ 3,315 bilhões no período de julho a setembro deste ano, aumento de 37% sobre os R$ 2,426 bilhões no mesmo intervalo do ano anterior. O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 870,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, aumento de 35% ante Ebitda de R$ 645,8 milhões em igual período de 2020. (Valor Econômico – 12.11.2021)

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6 Norte Brasil tem lucro de R$ 9,1 mi no 3º trimestre, queda de 74,6%

A Norte Brasil Transmissora de Energia teve lucro líquido de R$ 9,1 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 74,6% ante ganho de R$ 35,9 milhões em igual período do ano passado, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos controladores. A receita líquida totalizou R$ 88,7 milhões no período de julho a setembro deste ano, aumento de 1,3% sobre os R$ 87,5 milhões no mesmo intervalo do ano anterior. O lucro antes do resultado financeiro e dos tributos (Ebit) recuou 9,4% entre os dois períodos, para R$ 70,9 milhões. (Valor Econômico – 13.11.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Armazenamento de energia no SIN é de 25,3%, diz ONS

O SIN registrou no fim da última quinta-feira (11/11) o armazenamento de 25,4% de sua capacidade total dos reservatórios, de acordo com o NOS. O volume identificado apresentou aumento de 0,1 p.p. em relação ao dia anterior. No mês, a variação de energia acumula alta de 0,1%. O submercado SE/CO registrou nível de 18,7%, incremento de 0,2 p.p. em comparação com o dia anterior. No mês, o armazenamento acumulou uma variação positiva de 0,5%. No Nordeste, o IPDO apontou armazenamento de 36,3%, alta de 0,3 p.p. frente à véspera. No mês, a variação acumulada no submercado foi de -0,3%. O subsistema Norte registrou 41,2% de sua capacidade, redução de 0,6 p.p. frente ao dia anterior. O acumulado do mês apresentou variação negativa de 5,2%. Por fim, o Sul apresentou nível de 54,1% de armazenamento, expansão de 0,5 p.p. em relação à quantidade verificada pelo ONS no dia anterior. A energia acumulada dos reservatórios variou 2,1% no mês. (Brasil Energia – 12.11.2021)

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2 Nível dos reservatórios do Sul e SE/CO deve continuar a subir, diz ONS

Os níveis dos reservatórios dos subsistemas Sul e SE/CO devem continuar em recuperação até o fim deste mês, apontou ONS, sexta-feira (12). A previsão é que os reservatórios do Sul cheguem até o fim deste mês com 53,4% de capacidade, enquanto no SE/CO o volume deve ser de 21,3%. Já no Norte, a projeção é de um volume de 34,9% ao fim de novembro, nível que deve ser de 35,3% no Nordeste. A melhora reflete o aumento das chuvas. De acordo com o ONS, a ENA deve chegar a 109% MLT no SE/CO e no Norte na próxima semana. No Nordeste, a previsão é que as afluências cheguem à 87% da MLT, enquanto no Sul a expectativa é de um volume que representa 51% da média. O ONS indica também que a previsão atualizada é que a carga de energia no SIN em novembro é de 70.257 MW médios, alta de 0,8% em relação ao mesmo mês em 2020. A expectativa é que o Norte tenha uma demanda de 6.112 MW médios este mês, crescimento de 4,5% na comparação anual, enquanto o Nordeste deve ter um consumo de 11.935 MW médios, alta de 2,6%. Para o Sul, a projeção é de uma demanda de 12.425 MW, aumento de 2% em relação a novembro de 2020. Para o SE/CO, por outro lado, a carga esperada é de 39.785 MW médios, queda de 0,7%. (Valor Econômico – 12.11.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Governo articula instalação de fábrica de VEs em SC

O governo de Santa Catarina tenta convencer a General Motors a instalar uma fábrica de veículos elétricos no estado. O local ainda não é definido, mas há grande potencial na expansão da unidade de Joinville. Para isso, haverá incentivos estatais à gigante automotiva, ainda não revelados. Nas conversas iniciais, a vice-presidente da GM na América do Sul, Marina Willisch, afirma que o cenário catarinense é atrativo para parcerias que estimulem a produção de carros elétricos, já que o estado tem boa base de fornecedores e pelos compromissos assumidos com as metas de sustentabilidade. Na avaliação do governador, Carlos Moisés, que retornou recentemente da COP26, na Escócia, o estado possui um ambiente tecnológico profícuo e, no caso dos carros elétricos, por meio da Celesc, Santa Catarina conta com postos de recarga em uma rota que vai do Litoral ao Extremo Oeste e segue trabalhando para estruturar a rede com mais eletropostos pelo estado. (Correio de SC – 15.11.2021)

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2 Renault Kwid será o carro elétrico mais barato do Brasil

O CEO global da Renault, Luca de Meo, afirmou na quinta-feira (11), durante visita à fábrica da montadora em São José dos Pinhais (PR), que a versão elétrica do Kwid chegará ao Brasil em 2022 e possivelmente será o carro mais barato do país na categoria. “A intenção é justamente essa [ser o carro elétrico com menor preço no Brasil]. Ainda será um produto caro para boa parte dos brasileiros, mas também será a oportunidade de muitos terem contato com carros elétricos. Também será importante para empresas que buscam reduzir suas emissões como um todo”, disse o executivo, durante entrevista a jornalistas no local. No ano que vem, a versão elétrica do Kwid deve disputar o posto de carro mais barato com o JAC e-JS1, atualmente o modelo mais em conta no país, custando em torno de R$ 150 mil. Cabe ainda ressaltar que o foco no lançamento do crossover faz parte de um novo ciclo de investimentos da Renault no Brasil, que inclui o ingresso em categorias mais caras e em modelos eletrificados. Foi por conta disso que a montadora anunciou, em setembro, o fim da produção de modelos de entrada como o Sandero e o Logan. O Kwid que chegará ao Brasil, provavelmente, é o Renault City K-ZE, fabricado em parceria com a Dongfeng sob uma variação da plataforma CMF-A — na Europa, o modelo também é conhecido como Dacia Spring Electric. A Renault promete uma autonomia de 230 km em ciclo misto WLTP e 305 km em ciclo urbano, porém, com uma velocidade máxima de 105 km/h. Para carregar a bateria com capacidade de 27,4 kWh em 80%, o motorista precisa de 30 minutos em um carregador de 50 kW. (Olhar Digital – 12.11.2021)

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3 Renault considera linha de produção no Paraná

A meta da fabricante francesa de automóveis Renault é que os carros elétricos ocupem 90% de suas linhas de produção na Europa, até 2030. Atualmente, os híbridos e elétricos já respondem por 35% das vendas por lá. Isso, inevitavelmente, mexe nos planos da empresa para o Brasil. Em visita na quinta-feira (11) ao complexo fabril de São José dos Pinhais (PR), único da marca no país, o CEO da companhia, Lucca de Meo, falou sobre a possibilidade de produção local de elétricos: “Muitos projetos estão sendo discutidos para localização no Brasil. Nenhuma decisão foi tomada ainda, mas, sim, é possível”. A nova fase da Renault deverá ser centrada, em carros híbridos e elétricos, com otimização das plataformas de produção. “Queremos o mesmo nível de qualidade e tecnologia em todo o mundo. Não vamos ter países de primeira divisão e segunda divisão. Vamos ter produtos globais”, afirmou o CEO da empresa, ressalvando, contudo, que algumas diferenças permanecerão, em função de regulações regionais, softwares e níveis de conectividade. No Brasil, por exemplo, De Meo diz que “faz sentido um carro híbrido com etanol”. (Gazeta do Povo – 12.11.2021)

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4 Citroën quer 4% do mercado no Brasil com novos carros e elétricos até 2024

A Citroën fez uma apresentação dos planos para os próximos anos, o Citroën 4 ALL, no qual foi antecipado que a marca terá um novo posicionamento de mercado, mais de entrada dentro das marcas francesas do grupo. Dentro dessa nova estratégia, a Citroën afirmou que está o reposicionamento, o aumento da nacionalização de produtos e componentes, para melhorar a sinergia e os custos, especialmente frente à flutuação do câmbio do dólar. A marca diz que quer ser "Cool" e colocar o consumidor no centro da estratégia, melhorando o tamanho da rede - no Brasil vai de 123 para 175 concessionárias - até o lançamento do novo C3, no primeiro trimestre de 2022. Com as mudanças que vai fazer em termos de rede, estratégia e produtos, a Citroën quer chegar a 4% de participação na América do Sul. Para isso, a meta também é chegar a 4% do mercado no Brasil, atingir 7% na Argentina e 3% no Chile até 2024. Até o fechamento de outubro, no acumulado entre carros de passeio e comerciais leves, a Citroën tem 1% do mercado com 17.507 unidades emplacadas. Para atingir os 4% previstos de participação a empresa quer emplacar quase 70 mil unidades em 2024. Os quatro pilares principais da marca serão a inovação acessível, com novos produtos, carros elétricos e soluções de mobilidade; marca confiável com melhora nos serviços e pós-venda; marca cool, com nova imagem e experiência ao consumidor e sustentabilidade, com sinergias dentro do grupo Stellantis para melhorar a performance e a rentabilidade. (UOL – 12.11.2021)

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5 Trólebus ganha força em debate sobre mobilidade sustentável em SP

Os trólebus fazem parte do projeto de substituição dos coletivos de São Paulo, que vai ter que se adequar à promessa ambiental de trocar 20% da frota por ônibus elétricos até 2024. Atualmente, São Paulo tem cerca de 200 trólebus que transportaram em outubro pouco mais de 1% dos passageiros dos ônibus municipais. Para ganhar protagonismo, eles devem passar por algumas alterações ou receberem, nos cabos que serpenteiam parte da cidade, a companhia de outros veículos elétricos. Hoje, os trólebus já contam com pequenas baterias que permitem deslocamentos curtos e manobras por locais onde não há rede aérea. Nada parecido, porém, com a autonomia de até 250 km dos elétricos convencionais. Por não estarem ligados o tempo todo à rede aérea, esses últimos precisam de duas a duas horas e meia, em média, dependendo do modelo, para "encher o tanque". De forma geral, as baterias ainda encarecem os veículos e têm vida útil de cerca de oito anos. Se conectados à rede, esses coletivos podem ter bancos de baterias menores, com custo mais reduzido, segundo os especialistas. Dependendo do modelo, uma manutenção de um elétrico pode sair de 30% a 50% mais barata que a de um ônibus convencional. De acordo com o projeto ou local de aplicação, o custo em relação ao consumo de diesel é até 65% menor. O problema está no investimento inicial, já que um coletivo desses custa até três vezes mais. Em São Paulo, a Enel estaria disposta a disponibilizar o veículo, e o operador pagaria ao longo do contrato, em uma das modelagens de negócio, por exemplo. "Não só os veículos, como também toda a infraestrutura de recarga, adequação às instalações internas. Esse é o modelo que oferecemos em todo o país", afirma Carlos Eduardo Cardoso, chefe de Soluções e-city da Enel X Brasil. A empresa diz também que está preparada para atender a entrada em circulação de novos veículos elétricos até 2024 e que, com o tempo, poderia suprir a necessidade de substituição da frota como um todo. O projeto seria desenvolvido com energia certificada, com campos de placas solares ou parques eólicos. (Folha de São Paulo – 15.11.2021)

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6 Prefeito de SP está empenhado na eletrificação do sistema de transporte

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que está empenhado em promover a eletrificação do sistema de transporte e que já participou de ao menos oito reuniões neste ano para tratar do tema. "É um compromisso da cidade, é algo que eu, como prefeito, quero fazer, acho importante. Temos 65% da emissão de dióxido de carbono proveniente de veículos", afirma. "Está sendo alinhado, a SPTrans tem conversado com o setor de transporte, os empresários têm consciência da sua responsabilidade e querem fazer", completou. Segundo Nunes, já na próxima semana haverá um ônibus elétrico em frente à prefeitura, em exposição para a população. "Vamos ter o protótipo de um dos modelos que vamos usar. Nessa primeira etapa, serão 300 ônibus", afirmou. O prefeito disse que a pandemia atrasou os planos de reformulação da frota, mas que o objetivo é cumprir a meta de substituição de 20% do total de coletivos em circulação por veículos elétricos. Inicialmente, não há previsão de que a mudança se reflita em alteração na tarifa ou subsídio pago pela prefeitura para cobrir os gastos do sistema. "Quando faz a eletrificação, tem um custo pelo fato de os ônibus serem mais caros. Você consegue ter um ganho no decorrer dos anos. Eles falam em 17 anos, dependendo da empresa e do modelo", disse Nunes. Porém, o prefeito prevê uma estabilidade maior nas planilhas de custo. "A Enel fez uma ponderação legal. Falou 'se formos nós os fornecedores, total ou em parte, a gente consegue garantir o valor da energia nos próximos 15 anos'. A gente estaria aí nessa situação atual do diesel, que subiu 65%", afirmou. (Folha de São Paulo – 15.11.2021)

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7 BNEF: VEs irão demandar 6% de aumento de energia até 2040

A mobilidade elétrica é vista como uma inovação decisiva para enfrentar as mudanças climáticas ao aliar a redução da poluição do ar à melhoria na utilização eficiente da energia. Nesse ponto, o interessante é que carros e ônibus elétricos adicionarão apenas 6% à demanda global de eletricidade até 2040, enquanto a mudança de veículos a combustão para elétricos evitará o consumo de 7,3 milhões de barris de combustível por dia para transporte, de acordo com a Bloomberg New Energy Finance. Mesmo em mercados automotivos que hoje são pequenos, os governos devem começar a se preparar para uma indústria que deverá crescer rapidamente na próxima década. Cadeias de abastecimento locais, prestadores de serviços e empresas de transporte público terão que se adaptar à nova tecnologia para se manterem competitivos. Espera-se que os próximos anos tragam regulamentações bem rígidas para as emissões de CO2, o que pode levar ao desaparecimento gradual, no médio prazo, dos veículos de combustão interna e ao surgimento de um portfólio diversificado de automóveis eletrificados. (Inside EVs – 14.11.2021)

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8 Bright Consulting: Estimativa de vendas de VEs até o final de 2021

A Bright Consulting estima que, até o final de 2021, 6 milhões de veículos 'na tomada' serão vendidos em todo o mundo. No entanto, a onda de veículos elétricos chegará lentamente ao Brasil, que precisa superar vários obstáculos relacionados à regulamentação e infraestrutura antes de fazer a transição da combustão interna para os veículos movidos a eletricidade. (Inside EVs – 14.11.2021)

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9 Avião elétrico de 100 lugares e 4 motores será concluído em 2026

A Wright Electric, uma startup de aeronaves elétricas fundada em 2016, anunciou um novo projeto - o Wright Spirit, um avião elétrico de 100 passageiros previsto para voos regionais, equipado com quatro motores "classe megawatt". De acordo com o comunicado de imprensa, o protótipo iniciará os testes de voo com apenas um motor elétrico (e, como entendemos, três motores convencionais), dois motores elétricos em 2024 e como uma aeronave totalmente elétrica até 2026. Como referência, espera-se que o Wright 1 de 186 lugares tenha 10 motores elétricos (2 MW cada) para um pico total de 20 MW. Mas seu lançamento não é esperado para antes de 2030. A potência de saída é muito alta. De acordo com a Wright Electric, mesmo um pequeno ATR-42 de 50 lugares exigiria dois motores elétricos de 2 MW. A empresa explica que está em processo de desenvolvimento de motores elétricos de 2 MW (escaláveis de 500 kW a 4 MW) e inversores com eficiência e densidade de energia 'ultra-alta'. No entanto, o comunicado de imprensa da Wright Electric permanece em silêncio sobre a fonte de energia. Uma aeronave tão grande exigiria uma bateria adequadamente grande. A questão é se a densidade de energia permite construí-la com a tecnologia atual e, em seguida, se realmente será viável. (Inside EVs – 15.11.2021)

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10 Comissão rejeita projeto que concede isenção de tarifa de pedágio para VEs

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto de Lei 2397/21, que dispensa veículos elétricos do pagamento de pedágios. A isenção deveria ser prevista nos futuros editais de concessão de rodovias publicados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Por ter sido rejeitado em todas as comissões, o texto será arquivado, a menos que haja recurso para análise em Plenário. O deputado Felipe Rigoni (PSB-ES), relator da proposta, defendeu a rejeição da proposta. Ele já havia relatado o projeto na Comissão de Viação e Transportes. “Esse movimento acarreta aumento de preços de pedágio aos não isentos da tarifa, o que provoca quebra de isonomia na fruição dos serviços rodoviários”, disse o relator. Para Rigoni, a isenção em pedágios não irá necessariamente gerar incentivos à compra de VEs. Apesar de concordar com a argumentação do autor, deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB), segundo a qual o objetivo da isenção é estimular o aumento da frota de veículos elétricos, menos poluentes. (Agência Câmara de Notícias – 11.11.2021)

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11 Mobilidade elétrica pode mudar realidade do setor público

Os carros elétricos estão cada vez mais no centro do debate, mas nem sempre é dada a devida importância para o papel que a mobilidade elétrica pode representar no setor público. Para Rodrigo Aguiar, sócio fundador da Elev, empresa que apresenta soluções para o mercado de automóveis elétricos, o setor estatal pode ganhar muito com a utilização de veículos movidos pela eletricidade. "Quando falamos dos carros elétricos no setor público estamos falando de redução de custos para municípios e estados que, portanto, são sustentáveis, limpos e que têm um impacto menor no orçamento", explica o executivo. Municípios brasileiros estão avançando cada vez mais na eletrificação das frotas, como é o caso de São José dos Campos. Outra vantagem dos veículos elétricos é a menor demanda de manutenção, principalmente por suas características, possuindo muito menos peças (mais de 1.000 peças no carro com motor a combustão e apenas 200 no carro elétrico) além de não utilizarem óleo ou fluídos em seu motor. "Os automóveis elétricos podem, até mesmo, servirem como geradores de energia em casos de blackouts e apagões. A utilização de uma ambulância elétrica pode, além dos benefícios já conhecidos, salvar vidas em casos de emergência elétrica em um hospital", afirma Aguiar. No entanto, segundo o executivo, ainda faltam incentivos. "Nenhum segmento pode se estabelecer se não houver a estrutura necessária para o seu crescimento. Para que tenhamos essa economia, precisamos de ações públicas, principalmente da esfera federal, para que iniciativas de utilização de veículos elétricos possam se expandir em todo o território nacional. Hoje o veículo elétrico tem uma carga tributária maior que dos veículos a combustão", completa. (Inside EVs – 13.11.2021)

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12 Carregador mais rápido do mundo para VEs faz recarga em 15 minutos

A empresa suíça ABB lançou recentemente o Terra 360, um carregador que promete recarregar quatro veículos ao mesmo tempo e em até 15 minutos. Ou seja, é a estação de carregamento de elétricos mais rápida do mundo. O aparelho é modular e tem distribuição dinâmica de energia. Assim, evita que os motoristas precisem aguardar na fila, caso outra pessoa esteja fazendo uma recarga em seu carro. O novo carregador tem uma saída máxima de 360 kW, potência que garante o enchimento das baterias em um quarto de hora ou até menos. Entretanto, o tempo de recarga varia conforme a capacidade das baterias de cada modelo. A empresa destaca que a velocidade possibilitará que as pessoas recarreguem seus veículos enquanto fazem compras no mercado. Segundo Theodor Swedjemark, diretor do gabinete de comunicação e sustentabilidade da ABB, o carregador Terra 360 vai desempenhar "um papel chave" na eletrificação. O aparelho vai viabilizar de uma sociedade com baixa emissão de carbono. O diretor espera trocar a frota de mais de 10.000 automóveis movidos a combustíveis fósseis da ABB. Os novos serão veículos de "zero emissão" - no caso, os modelos puramente elétricos. A Europa recebe a novidade ainda este ano, mas o carregador mais veloz do mundo chegará à América e à Ásia em 2022. O carregador possui um inovador sistema de iluminação que ajuda o usuário no processo de recarga. Dessa forma, indica o Estado da Carga (SoC) da bateria do VE, bem como revela qual é o tempo restante para finalizar a recarga. Além disso, o Terra 360 é customizável. Os clientes podem usar lâminas diferentes e trocar a cor dos LEDs, por exemplo. (O Estado de São Paulo – 13.11.2021)

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Inovação

1 Governo escocês publica seu Plano de Ação de Hidrogênio

O governo escocês publicou seu projeto de Plano de Ação para o Hidrogênio em 10 de novembro de 2021, que descreve um programa de cinco anos para ajudar a construir a economia de hidrogênio do país e concretizar a ambição de que a tecnologia forneça quase um sexto das necessidades de energia da Escócia até 2030. Apoiado por mais de £ 100 milhões de financiamento anunciado em 2020, o esboço do Plano de Ação do Hidrogênio define a abordagem estratégica que o governo escocês adotará com a indústria para ajudar a apoiar a Escócia a se tornar uma nação líder na produção de hidrogênio confiável, competitivo e sustentável. (Energy Global - 12.11.2021)

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2 Shell e RWE criam parceria europeia de hidrogênio verde

Shell New Energies NL BV e RWE Generation SE concordaram em cooperar no campo da produção, consumo e distribuição de hidrogênio verde na Europa, anunciaram. As duas empresas firmaram um memorando de entendimento (MoU) que descreve seu plano para identificar opções de projeto específicas a serem desenvolvidas para decisões de investimento. Ao avaliar o desenvolvimento futuro de projetos de hidrogênio verde baseados em eletrólise, a dupla considerará locais que atualmente são difíceis de conectar à rede elétrica e examinará a possibilidade de transportar a produção de usinas em tais locais para os clientes por meio de dutos de hidrogênio. (Renewables Now - 12.11.2021)

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3 Amônia e nitrogênio, uma alternativa energética ao carbono

A Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) e uma equipe de pesquisa descobriram uma nova forma ambientalmente responsável de criar energia a partir de outros elementos além do carbono. Por esta razão, eles desenvolveram um novo sistema para aproveitar a energia da amônia com base nas interconversões de nitrogênio e amônia. Os cientistas descobriram que a adição de amônia a um catalisador de metal contendo o elemento rutênio, semelhante à platina, produziu nitrogênio espontaneamente, o que significa que nenhuma energia adicional foi necessária. (Energías Renovables - 12.11.2021)

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Energias Renováveis

1 Procura por energia solar, limpa e mais barata, cresce no Brasil

Com os aumentos constantes na conta de luz, a procura por energia solar, limpa e mais barata, vem se espalhando de forma mais democrática pelo Brasil. De placa em placa, o número de sistemas que geram energia solar no Brasil dobrou em um ano: passou de 400 mil para 800 mil em operação; 76% estão instalados nas casas, principalmente no Sudeste e no Sul do país. E tem também as usinas de geração, a maioria no Nordeste. A associação que representa o setor pensa grande. “A solar ainda é uma parte pequena da matriz elétrica brasileira, ela representa mais ou menos 2% nas usinas de grande porte e, nos telhados, se a gente soma isso, os telhados, ela passa a ser a 5ª maior fonte do Brasil com mais ou menos 6% de participação, mas ela tem potencial para nos próximos anos crescer para se tornar a fonte número um do Brasil”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Absolar. (G1 – 14.11.2021)

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2 Instalação de sistemas de energia solar tem alta de 75% em 10 meses na Grande SP

O número de sistemas de energia solar instalados na região metropolitana de São Paulo teve um crescimento de 75% nos primeiros 10 meses deste ano, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). No início de 2021, eram 2.959 instalações em casas e comércios da Grande São Paulo, quantidade que saltou para 5.181 em outubro. A expectativa da associação do setor é a de que o uso de energia fotovoltaica, gerada através da luz solar, cresça ainda mais nos próximos anos, considerando o cenário de crise hídrica que está previsto para 2022. Porém, a questão financeira segue como uma barreira para o acesso mais amplo e democrático da população a esse tipo de energia limpa e renovável. De acordo com a vice-presidente da Absolar, um consumidor que opta por investir na produção de energia através da luz solar leva, em média, cinco anos para ter um retorno financeiro, mas, em contrapartida, tem uma fonte pouco poluidora que é capaz de produzir energia elétrica por mais 20 anos. (G1 – 15.11.2021)

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3 Geração distribuída acumula 7,69 GW no Brasil

O Brasil totaliza 7.690,75 MW de potência instalada de micro e minigeração distribuída de energia e um total de 666.002 sistemas conectados, segundo dados da Aneel consultados na sexta-feira (12/11), data da mais recente atualização feita pela agência. A fonte solar fotovoltaica lidera o segmento, com 665.513 sistemas e 7.500,32 MW instalados. Em segundo lugar, estão as termelétricas, com 347 unidades geradoras e 110,76 MW (uma a mais em relação à última semana). Em seguida, estão as fontes hídrica, que continua com 71 unidades e 64,65 MW; e eólica, com os mesmos 71 sistemas e 14,94 MW. Em termos de potência instalada, o mercado de geração distribuída é liderado pelo estado de Minas Gerais (1.442,92 MW), seguido por São Paulo (982,63 MW), Rio Grande do Sul (933,59 MW) e Mato Grosso (582,33 MW). Goiás (413,93 MW) ultrapassou o Paraná (401,47 MW) e ocupa agora o quinto lugar no ranking nacional. Ao todo, 5.387 municípios do Brasil contam com sistemas de GD — quatro municípios a mais ante a última semana. (Brasil Energia – 12.11.2021)

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4 Marco legal de eólica offshore sai até o fim do ano

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Paulo Cesar Magalhães Domingues, garantiu na sexta-feira (12/11) durante o Brazil Windpower que até o fim do ano será publicado decreto presidencial que regulamentará a energia eólica offshore no país. “Com esse prazo, esperamos que já em 2022 sejam firmados os primeiros contratos de cessão de áreas para parques eólicos offshore”, disse Magalhães. Há no momento 23 complexos eólicos offshore com processos abertos de licenciamento no Ibama, que totalizam 46,6 GW de potência instalada. Segundo ele, o texto do decreto, que se encontra em fase final de elaboração, vai disciplinar as cessões de área para a instalação dos projetos e estabelecerá os procedimentos gerais e critérios para o MME atuar na cessão onerosa que será estabelecida para a fonte, exercendo seu papel de Poder Executivo. (Brasil Energia – 12.11.2021)

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5 Vestas mira potencial eólico no mar do Brasil

Líder mundial em turbinas eólicas, a dinamarquesa Vestas pretende ser um player importante do mercado brasileiro de energia eólica em alto mar (offshore). Essa nova frente do segmento começou a engatar e deve ganhar uma regulamentação até fim do ano. Em entrevista ao Valor, o CEO global da companhia, Henrik Andersen, destacou a eólica offshore e o hidrogênio verde como tecnologias fundamentais para o processo de transição energética global e que, em sua avaliação, encontrarão terreno fértil no Brasil. Na visão de Andersen, o Brasil tem metas sensatas de expansão das energias renováveis, equilibrando-as com combustíveis de transição, como o gás. Para ele, planos “pé no chão” inspiram mais confiança no setor privado do que iniciativas radicais de aposentar rapidamente fontes como o carvão. “Hoje nós precisamos de todas as fontes, o mundo está consumindo mais energia do que as renováveis podem proporcionar. Estamos numa transição dos fósseis tradicionais para as renováveis, e não acho que vamos ter encerrado essa transição em 30 anos". Atualmente, a Vestas tem uma unidade industrial em Aquiraz (CE), onde fabrica aerogeradores de até 4,2 megawatts (MW) de potência para usinas terrestres, modelo que se adaptou bem aos ventos brasileiros. (Valor Econômico – 16.11.2021)

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6 APPA Renováveis vai analisar a situação atual do setor no geral

A APPA Renovables organiza seis conferências técnicas nas quais irá analisar a situação de tecnologias como a geotérmica, biomassa, eólica, fotovoltaica ou marinha. Com stand próprio (4B10) e espaço colectivo com parceiros da APPA Renovables, a associação terá uma presença activa na Feira Internacional de Energia e Ambiente, Genera , que se realiza no IFEMA (Madrid) entre os dias 16 e 18 de novembro. As energias renováveis contribuíram, até agora em 2021, com 47% da eletricidade para o nosso país. Ao bom desempenho da integração renovável no sistema elétrico deve-se agregar uma maior penetração nos usos térmicos e no transporte. Tudo isso será tratado nas conferências técnicas “As oportunidades do plano de recuperação para a transição energética”, organizadas pelo IDAE e nas quais participará Lucía Dollera, Diretora de Projetos da APPA Renováveis. (Energías Renovables - 15.11.2021)

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7 Renova Energia quer ampliar negócio investindo na compra de ações pertencentes a Cemig

A Renova Energia vai participar de um Fundo de Investimento em Participação administrado pela Angra Partners, depois de assinar um contrato para aquisição das ações pertencentes à Cemig Geração e Transmissão – Cemig GT (Subsidiária da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG). O plano é fortalecer a capacidade da empresa de executar a captação de recursos para desenvolvimento de projetos futuros nas áreas de energia eólica e solar, segmentos de atividade do grupo. Além das ações, os fundos adquiriram também os créditos detidos pela Cemig GT contra a Renova. O fechamento e conclusão da operação deve acontecer nos próximos meses após o cumprimento de certas condições precedentes previstas nos documentos. O empreendimento inclui 155 torres de geração de energia eólica, distribuídas em 26 projetos, em 6 municípios da Bahia (Caetité, Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida, Riacho de Santana e Guanambi). Quando estiver em pleno funcionamento, terá capacidade de gerar 432,7 MW´s, energia suficiente para abastecer entre 900 mil e 1 milhão de residências, de acordo com o padrão Aneel. (Petronotícias – 13.11.2021)

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8 Instalações solares globais devem crescer 20% em 2022

As instalações solares fotovoltaicas globais terão um crescimento superior a 20% em 2022 e ultrapassarão a barreira de 200 GW pela primeira vez, com um investimento total de pelo menos US$ 170 bilhões, de acordo com um novo relatório da IHS Markit. O estudo prevê que as instalações solares fotovoltaicas experimentarão um crescimento de dois dígitos em 2021. O crescimento contínuo até 2022 marcaria o segundo ano consecutivo de crescimento de dois dígitos nas instalações globais em um ambiente de alto preço, destacou o relatório. A intensa interrupção da logística e da cadeia de abastecimento no ano passado “empurrou o custo dos materiais fotovoltaicos para novos níveis”, disse o relatório. Espera-se que mais de 1000 GW de novas instalações solares sejam instaladas até 2025, impulsionadas pela competitividade da tecnologia solar, versatilidade e velocidade de instalação, que serão fundamentais para contribuir para a descarbonização do sistema de energia nesta década”, disse Edurne Zoco, diretor-executivo de tecnologias de energias renováveis da IHS Markit. (Renews – 16.11.2021)

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9 Inaugurado maior parque solar da Alemanha sem financiamento estatal

Com a construção do parque solar Weesow-Willmersdorf a cerca de 30 km a leste de Berlim, Alemanha, a EnBW abriu um novo capítulo na história da energia fotovoltaica na Alemanha. Seus 187 MW podem abastecer até 50.000 residências por ano com eletricidade amiga do ambiente. Esta é atualmente a maior usina solar de campo aberto da Alemanha. Além disso, a EnBW construiu o parque solar sem financiamento da Lei de Energias Renováveis. Andreas Feicht, Secretário de Estado do Ministério Federal para Assuntos Econômicos e Energia, deu as boas-vindas e disse: “O parque solar Weesow-Willmersdorf nos mostra como pode ser o futuro do desenvolvimento renovável. Com projetos que consideram o clima, a natureza e a conservação das espécies como um todo, são planejados em estreita consulta com a população e instituições locais, embora sejam construídos sem a necessidade de financiamento estatal. Espero que este exemplo pegue e seja replicado em outro lugar, então a transição energética na Alemanha terá sucesso”. A geração anual de aproximadamente 180 milhões de kWh de energia reduzirá as emissões de carbono em aproximadamente 129.000 toneladas por ano. A própria EnBW estabeleceu uma meta de atingir emissões líquidas zero até 2035. Entre 2021 e 2025, a empresa investiu aproximadamente 4 bilhões de euros em energias renováveis. Atualmente está construindo outros dois grandes projetos fotovoltaicos, cada um com capacidade de 150 MW, não muito longe do parque solar Weesow-Willmersdorf, criando assim um cluster solar único em Brandenburg composto por três grandes usinas solares. (Energy Global – 16.11.2021)

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10 Espanha: Eólica garante 2,2 GW em leilão

A energia eólica onshore ganhou um total de 2.258 MW no leilão de energia renovável do total de 3300 MW contratados. Os preços da eólicas foram em média € 30,18/MWh, que estão entre os preços de exercício mais baratos da Europa e apenas ligeiramente acima do preço do leilão de janeiro na Espanha, disse WindEurope. O leilão foi ligeiramente subscrito porque uma série de empresas decidiram não competir devido aos planos do governo de aplicar uma nova taxa vinculada ao aumento dos preços do gás. A medida destinada a enfrentar os altos preços da energia gerou incerteza entre os desenvolvedores e investidores, afirmou a WindEurope, acrescentando que o governo decidiu retirar a maior parte desta medida. (Renews - 16.11.2021)

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11 Holanda planeja dobrar a capacidade eólica offshore em 2030 para 22 GW

O governo holandês divulgou um novo plano ambicioso que prevê quase o dobro dos esforços do país para a geração de energia eólica offshore instalada até 2030. Os novos planos visam expandir as áreas disponíveis para desenvolvimento no Mar do Norte para apoiar a meta de curto prazo da Holanda de redução das emissões. A capacidade total instalada de energia eólica offshore na Holanda em 2021 é de cerca de 2,5 GW e deve aumentar para pelo menos 4,5 GW até 2023, de acordo com o site oficial do governo. Isso faz parte de um plano eólico geral que projetava 11 GW de capacidade instalada até 2030. Isso representaria 8,5% de toda a energia na Holanda e 40% do consumo atual de eletricidade. O desenvolvimento de curto prazo está focado na Zona do Parque Eólico Borssele, que foi a primeira zona desenvolvida a aproximadamente 14 milhas da costa norte. Um total de cinco projetos está planejado, com dois com vencimento em 2023, cada um adicionando 0,7 GW de capacidade. Ao anunciar seus novos esforços, a Holanda afirma que o país precisará de pelo menos 38 GW de capacidade instalada de geração de energia eólica offshore até 2050. (REVE – 13.11.2021)

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12 RWE investirá 50 bil de euros em energias renováveis até 2030

A empresa alemã de energia RWE AG planeja gastar 50 bilhões de euros brutos até o final da década em uma tentativa de dobrar sua capacidade líquida de geração de energia verde para 50 GW. Sob a estratégia 'Growing Green', revelada na segunda-feira, a RWE visa adicionar uma média de 2,5 GW de capacidade de energia renovável anualmente com foco na Europa, América do Norte e região da Ásia-Pacífico. Até agora, a meta para acréscimos de capacidade anuais era de 1,5 GW. A unidade de expansão exigirá 5 bilhões de euros em investimentos anuais brutos em energia eólica offshore e onshore, solar, de hidrogênio e etc. A maior parte do programa de investimento será financiada com o fluxo de caixa, enquanto o baixo nível de endividamento dá à empresa margem de manobra financeira para levantar mais capital. (Renewables Now – 16.11.2021)

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Gás e Termelétricas

1 COP26: China e Índia ganham briga pela continuidade do carvão

Nas últimas horas da COP26 a China e a Índia se uniram em defesa da continuidade do consumo de carvão. Os dois dependem majoritariamente do uso de carvão e defendem que os países em desenvolvimento não estão prontos para eliminar essa fonte de energia. Houve uma menção à eliminação de subsídios aos combustíveis fósseis no texto da decisão da COP26 no rascunho publicado na última quarta-feira (10) e foi considerada histórica. Ainda na quarta, a China anunciou junto aos Estados Unidos uma declaração com compromissos que incluíram a redução do consumo de carvão pela China na segunda metade da década. Antes que a decisão fosse adotada, no entanto, a Índia se juntou à reivindicação e os países acertaram a troca do termo "eliminação" por "redução" do consumo de carvão. Apesar de ter concluído a regulamentação do Acordo de Paris, a COP26 foi encerrada com clima de fracasso diante da urgência climática. Ao evitar se comprometer com o aumento do financiamento para ações climáticas, o bloco desenvolvido gerou uma reação entre os países em desenvolvimento, que também não apresentaram metas de redução de emissão mais ambiciosas. (Folha de São Paulo – 13.11.2021)

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2 UE planeja incluir o gás natural como um combustível "verde"

O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, afirmou que os 27 estados-mebros estão considerando incluir o gás natural no Livro de Regras Verde ao fazer investimentos. Timmermans declarou que a saída do carvão de alguns Estados-Membros, como a Polónia, poderá exigir um estado intermediário de utilização do gás natural. "Também teremos que investir em infraestrutura de gás natural", admitiu. “Contanto que a gente consiga fazer sem perder de vista que é por um período determinado, então, acho que o investimento se justifica”, acrescentou. No entanto, organizações não governamentais e outros grupos ambientais têm criticado a potencial inclusão do gás natural na taxonomia da União Europeia, que estabelece as regras de investimentos que podem ser classificados como verdes ou não. O ministro português do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, descreveu como uma "má decisão" enquadrar a energia nuclear na taxonomia europeia. “Não é seguro, não é sustentável e custa muito dinheiro. Existem muitas outras opções, principalmente eólica e solar”, criticou. (Energías Renovables - 12.11.2021)

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3 Espanha não quer gás ou nuclear como combustível “verde”

O Ministério da Transição Ecológica divulgou um comunicado em que nega a informação de que a Espanha concordaria com esta inclusão. Destacou que: (1) "Somos defensores firmes da taxonomia verde como um instrumento fundamental para têm referências comuns que podem ser utilizadas pelos investidores "; e (2) "não apoiamos o pedido de alguns estados membros para incluir gás natural ou nuclear nesta lista [a taxonomia da UE], independentemente da possibilidade de que os investimentos possam continuar a ser feitos em um ou outro". De acordo com a UE, a taxonomia é uma classificação das atividades económicas que contribuem substancialmente para os objetivos ambientais com base em critérios científicos definidos pela União Europeia. (Energías Renovables - 12.11.2021)

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4 ESS terá custo 39,1% maior em novembro, estima CCEE

As projeções feitas pela CCEE para os custos dos ESS indicam que este mês eles alcançarão R$ 6,4 bilhões, o que significa um aumento de 39,1% sobre os R$ 4,6 bilhões estimados para outubro. Se considerados apenas os ônus por acionamento doméstico em razão de segurança energética nos dois meses, o aumento em novembro será de 80%. Sendo R$ 3,5 bilhões por segurança energética, R$ 1 bilhão com importações também por segurança energética e R$ 107 milhões por unit commitment. A razão do aumento do ESS é a queda do PLD determinada pelo modelo Newave. O PLD rodou no teto estrutural definido pela Aneel (R$ 583,88/MWh) da última semana de junho à terceira semana de setembro deste ano até no começo de novembro rodar a R$ 107,09/MWh. Já para novembro, a estimativa reduz drasticamente o ESS por importação, sendo o valor total de apenas R$ 81,16 milhões, restrito à primeira semana do mês. Em compensação, os encargos por segurança energética alcançam R$ 6,3 bilhões, enquanto o unit commitment fica em apenas R$ 1,65 milhão. O maior impacto no aumento é do subsistema SE/CO, cujo ESS por segurança energética passa de R$ 1,19 bilhão para R$ 2,82 bilhões de um mês para o outro. (Brasil Energia – 12.11.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 CCEE ultrapassa 12 mil agentes em outubro

A CCEE anunciou que ultrapassou a marca de 12 mil agentes no último mês de outubro, um crescimento de 14,6% em comparação com o mesmo período em 2020. Nos últimos 12 meses, a câmara registrou a adesão de mais de 1,5 mil associados, sendo que essa expansão se dá majoritariamente pela ampliação do mercado livre de energia. No fechamento de outubro, a instituição contava com o registro de 8.625 consumidores especiais e 1.125 livres, com aumentos de 17,1% e 11,3% frente ao ano anterior, respectivamente. Além da alta no número de agentes, a CCEE também registrou expansão no número de comercializadoras habilitadas para atuação, passando de 389 em outubro de 2020 para 451 em 2021. O número total de geradoras também aumentou, saltando de 1.692 para 1.786. Atualmente, a câmara conta ainda com a participação de 52 distribuidoras. (Brasil Energia – 12.11.2021)

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Biblioteca Virtual

1 IVANOVA, Anna; KOZACK, Julie; MUÑOS, Sònia; ROLDÓS, Jorge. “Mudanças climáticas na América Latina e Caribe: Desafios e oportunidades”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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