l IFE: nº 4.519 - 23 de março de 2018 Índice Regulação
e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Energias Renováveis Gás e
Termelétricas Economia Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 GESEL: Nivalde de Castro explica pena às transmissoras por corte de energia Mesmo que o apagão que atingiu o Norte e Nordeste tenha sido causado por uma falha de um disjuntor em uma estação da Belo Monte Transmissora de Energia, a empresa ficará isenta de pagar multa à Aneel. Em empreendimentos novos, há um tempo de isenção de penalização de seis meses, a contar da data de início da operação comercial. Nesse intervalo, são feitos ajustes e testes, segundo a assessoria da companhia. Em 25 de setembro do ano passado, a Aneel alterou a regra e acabou com esse tempo de perdão. A mudança passará a valer depois de 180 dias da publicação no Diário Oficial. O apagão aconteceu três dias antes da data. A pena às transmissoras cujo serviço é interrompido é calculada com base no valor pelo qual ela é remunerada. Ela deixa de ganhar a receita proporcional ao tempo em que esteve sem funcionar. Além disso, é aplicada uma pena pecuniária, afirma Nivalde José de Castro, professor da UFRJ. “Se for uma parada programada para manutenção, por exemplo, a transmissora deixará de receber o valor pelas horas sem serviço e ainda pagará 10 vezes o montante em multa. Já para interrupções não previstas, são 150 vezes.” (Folha de São Paulo – 23.03.2018) 2 Fernando Coelho Filho diz querer integrar comissão da Eletrobras Em clima de despedida do cargo, que deixa no dia 5 de abril para concorrer a deputado federal pelo MDB, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, não quis especular sobre as causas do apagão, mas destacou a rapidez da volta do abastecimento. “O importante é que o abastecimento foi restabelecido o quanto antes”, disse. O ministro afastou qualquer risco de fragilidade no sistema elétrico brasileiro, e disse que deixa a pasta, mas dará continuidade à agenda aberta por ele para o setor, como a privatização da Eletrobrás. “Estou animado que antes do período eleitoral tenho até meados do mês de julho para aprovar a agenda, mas a Eletrobrás tem de ser um pouco antes”, disse, informando que se houver espaço, quer participar da comissão que cuida da venda da empresa na Câmara dos Deputados, para onde voltará no dia 6 de abril. (O Estado de São Paulo – 22.03.2018) 3 Órgãos de Defesa do Consumidor se manifestam para revogar norma da energia pré-paga 20 entidades de direito do consumidor assinaram um manifesto pela revogação da norma que institui a modalidade de energia pré-paga no País, que está sob consulta pública da Aneel até 19 de março. Desde 2014, ano em que foi lançado, o modelo teve baixa adesão por parte das concessionárias, devido ao alto custo para a implementação do medidor eletrônico. Sendo assim, uma dos principais objetivos da agência ao reabrir a discussão é incentivar as empresas e consumidores a aderirem ao sistema. Não é a primeira vez que as entidades se manifestam contra a iniciativa. Em 2014, o Idec fez campanhas contra a proposta de energia pré-paga da Aneel e, junto com o Procon SP, Proteste e Federação Nacional dos Engenheiros, tentou suspender a norma após sua aprovação. Segundo a agência, a implementação dessa modalidade ajudaria os usuários a controlar os gastos com o serviço, reduzindo o número de inadimplentes. Contudo, Clauber Leite, pesquisador em Energia do Instituto, ressalta que muitas pessoas seriam prejudicadas, principalmente os consumidores de baixa renda. (Ambiente Energia – 22.03.2018) 4 EPE promove a 2ª Edição do Workshop sobre Aspectos Metodológicos do MDI e de CME 5 MME aprova PCH São Bartolomeu junto ao Reidi O MME autorizou na última quarta-feira, 21 de março, o enquadramento ao Reidi de um projeto de posse da São Bartolomeu Geradora de Energia Renovável Ltda., relativo a pequena central hidrelétrica denominada São Bartolomeu. (Agência Canal Energia – 22.03.2018)
Empresas 1 Eletrobras: Senado aprova privatização se recursos forem carimbados, diz Eunício O presidente do Senado, Eunício Oliveira [PMDB-CE], condicionou eventual aprovação da privatização da Eletrobras a uma determinação de que os recursos obtidos com a venda da estatal sejam direcionados às áreas de segurança pública e recursos hídricos. O PL que autoriza a venda da estatal está em tramitação na Câmara e, se for aprovado pelos deputados, será enviado para a análise do Senado. Eunício defendeu que o projeto passe por um debate para que seja estabelecido o destino dos recursos. Para ele, o Senado não vai “aprovar apenas por aprovar” a proposta. (Folha de São Paulo – 22.03.2018) 2 CPFL Renováveis: Companhia reverte prejuízo e lucra R$ 51,2mi no 4º trimestre A CPFL Renováveis registrou um lucro líquido de R$ 51,2mi no 4º trimestre de 2017, revertendo o prejuízo de R$ 26,2mi obtido no mesmo período de 2016. Na mesma base de comparação, a receita líquida da companhia subiu 17,8%, para R$ 591,1mi, refletindo, principalmente, a entrada em operação de novas capacidades e a estratégia de venda de energia por meio do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits [MCSD]. Além disso, o lucro desse período foi melhor porque no quarto trimestre de 2016 a companhia registrou um volume maior de provisão de baixa de ativos, o que contribuiu para um aumento de despesas no ano passado. Segundo a empresa, tais fatores positivos foram compensados parcialmente por maiores gastos com déficit de geração de hidrelétricas [GSF] em função das condições hidrológicas. O Ebitda somou R$ 354,3mi, alta de 31,5%, na comparação anual. (Valor Econômico – 22.03.2018) 3 Eletropaulo: Distribuidora estuda emissão de US$500 mi em títulos no exterior A Eletropaulo estuda uma captação de até U$$ 500mi por meio de uma operação que envolveria a emissão de títulos no exterior. Pelo negócio, a Eletropaulo criaria uma subsidiária integral no exterior para emitir os títulos. Os recursos obtidos na transação seriam então utilizados por essa empresa para comprar debêntures de infraestrutura a serem emitidas pela distribuidora no Brasil. Eletropaulo afirmou que existe uma “janela de oportunidade” para empresas brasileiras captarem recursos no exterior com baixos custos no primeiro trimestre, que poderá fechar mais adiante devido a uma esperada volatilidade relacionada à realização de eleições presidenciais no país, em outubro. A Eletropaulo disse que, em linha com seu plano estratégico, “analisa alternativas disponíveis para o financiamento de suas atividades e compromissos no curso normal de seus negócios”. A Eletropaulo disse que a captação geraria uma oportunidade de liquidar antecipadamente dívidas, principalmente as com prazos mais curtos e custos mais altos, o que “teria potencial de reduzir as amortizações previstas até 2019 em cerca de R$ 1 bi”. (Reuters – 22.02.2018) 4 Eletropaulo: Distribuidora recebe proposta da Enel Brasil sobre investimento da AES e participação em eventual oferta de ações 5 Eletropaulo entrega nova linha de distribuição em Parelheiros, SP A Eletropaulo anunciou na última terça-feira, 20/03, a entrega da obra de expansão da [LDA] de Parelheiros, na cidade de São Paulo. Foram aproximadamente R$ 7mi investidos em melhorias, tais como a substituição da rede elétrica convencional pela compacta, que garante menos vulnerabilidade a interferências climáticas; a instalação de sistema self healing, que reduz o tempo de interrupção de energia; podas de árvores e manutenção em todos os circuitos. Mais de 37 mil clientes serão beneficiados com a obra, considerando diversos bairros do distrito. Para este ano, ainda estão previstas mais melhorias para a região, como a continuidade do programa de podas e manutenção. Uma das redes que atende o Centro de Parelheiros será enterrada, a fim de acompanhar a crescente demanda do município. (Agência Canal Energia – 22.03.2018) 6 Cesp: Empresa fecha 2017 com prejuízo de R$ 168,5mi A Cesp encerrou o ano com prejuízo de R$ 168,5mi no ano de 2017 ante um lucro de R$ 350,8mi de 2016. O resultado no trimestre ficou no vermelho em R$ 102mi, no mesmo período do ano anterior os ganhos foram de R$ 71,3mi. O Ebitda no ano foi de R$ 197,3mi, queda de 66,1% e no trimestre o recuo foi de 93,8%. Já esse indicador ajustado apresentou recuo de 57,2% no ano, para R$ 388,8mi e de 81,3% no trimestre, para R$ 30,3mi. A geradora que está em processo de privatização explicou em seu release de resultados tem influência, principalmente, ao item de Energia Comprada, que levou ao gasto de R$ 712,9mi em 2017, em comparação a R$ 147,8mi em 2016. Os Custos e as Despesas Operacionais em 2017 somaram R$ 1,6 bi, 14,3% superior ao valor de 2016. As principais reduções de despesas em 2017 foram de 21,3% em pessoal, devido à redução de quadro de empregados, 22,8% em serviços de terceiros, seguindo a menor contratação, de 55, 8% em encargos setoriais, como consequência do fim da operação assistida das Usinas Ilha Solteira e Jupiá. Mas houve o forte aumento na linha Energia Comprada por conta do GSF dos últimos dois trimestres do ano. A dívida financeira ao final de 2017 era de R$ 390,6mi, 51,7% inferior a quando comparado ao mesmo dia de 2016, que estava em R$ 809,1mi. Considerando as disponibilidades de R$ 310,5 mi, a dívida líquida ao final do exercício de 2017 era de R$ 80,1mi. (Agência Canal Energia – 22.03.2018) 7 Ecogen Brasil: Empresa da japonesa Mitsui, mira mais negócios após comprar Light Esco A Ecogen Brasil, empresa de serviços em energia da japonesa Mitsui, tem planos ambiciosos de crescimento no país e poderá avaliar novas oportunidades de aquisição em seus segmentos de atuação mesmo após ter fechado a compra de uma unidade de eficiência energética da elétrica Light, a Light Esco. O movimento da empresa busca aproveitar um mercado aquecido no Brasil para soluções em energia em geral e projetos de eficiência energética, após uma forte alta nas contas de luz nos últimos anos e a crise econômica levarem indústrias e empresas a buscar meios de reduzir custos com eletricidade. A transação pela Light Esco, anunciada na noite de terça-feira, 21/03, envolve um valor total de R$ 43,4mi e acontece em meio a um amplo plano de vendas de ativos da Cemig, controladora da Light, que busca reduzir dívidas. A Ecogen fornece soluções para clientes industriais e comerciais, como shoppings centers e hoteis, que vão desde a instalação de centrais de cogeração para produzir energia e vapor até a implementação de sistemas de energia solar e de geradores. A Ecogen já instalou para clientes projetos com uma capacidade instalada de geração de cerca de 200 MW, o equivalente a uma usina de médio porte, principalmente no eixo Rio-São Paulo, em um portfólio que irá crescer ainda mais com a incorporação dos ativos da Light Esco, focados no Rio de Janeiro. A Light Esco apurou um lucro líquido de R$23mi nos primeiros nove meses de 2017, segundo o último balanço divulgado pela Light. A receita operacional líquida no período somou R$ 39,5mi. (Reuters – 22.03.2018) 8 Thymos Energia: Demanda de até 600 MW para leilão A-4 A Thymos Energia estima uma contratação de até 600 MW no leilão A-4 que será realizado em abril e de até 1.500 MW no A-6, que deve ocorrer até agosto. A consultoria, entretanto, trabalha com uma faixa ampla de projeção de contratação, com volumes mínimos de 300 MW no primeiro leilão e de 700 MW para o segundo. Variáveis como a indefinição sobre o futuro da energia de térmicas cujos contratos vencem no período contração dos leilões justificam essa faixa ampla, segundo o presidente da companhia, João Carlos Mello. Diante da demanda projetada, a expectativa é de grande competição no próximo leilão, a exemplo do que ocorreu nas concorrências de dezembro. Estão habilitados cerca de 29 GW para o A-4, ou 60% dos 48,7 GW cadastrados, segundo o presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso. Para o A-6, a empresa de pesquisa já considera a contratação de renováveis por quantidade, e não por disponibilidade. De acordo com Barroso, também está no radar a contratação de portfólios de projetos renováveis (de mais de uma fonte de geração), o que ajudaria a mitigar o risco da contratação por quantidade para o gerador. Barroso e Mello participaram do Agenda Setorial, evento produzido pelo CanalEnergia. (Agência Brasil Energia – 22.03.2018) 9 Coprel: Companhia anuncia plano de investimentos de R$ 58mi para 2018 A Coprel anunciou durante a realização das assembleias gerais ordinárias da Coprel Energia e da Coprel Geração e Desenvolvimento, a expectativa de investimentos de R$ 58mi este ano. A cooperativa de energia projetou investimentos de R$ 35,4mi, com destaque para as obras da Subestação de Energia em Marau, e para a ampliação da subestação de Ibirubá. No ano passado, os investimentos foram de R$ 28,5mi. Também foi aprovado o destino das sobras da cooperativa para o fundo de expansão de redes, o fundo de desativação de redes elétricas, e o novo fundo “Mais Energia”, por meio do qual a cooperativa irá auxiliar os cooperantes em obras de aumento de carga, custeando 40% do valor do investimento a ser pago pelo proponente, em projetos de até R$ 50mil. Além da participação, o valor restante pode ser financiado pelo convênio de cooperação. Já a Assembleia da Coprel Cooperativa de Geração de Energia e Desenvolvimento apresentou os aportes empreendidos e projetados na área de geração e também de internet. Para este ano, foram anunciados recursos de R$ 11,5 milhões para projetos de geração de energia limpa e renovável, incluindo a repotencialização da usina do Pinheirinho, em Ibirubá Os números expressivos reforçam a importância do modelo de governança da Coprel, conforme destacou o presidente Jânio Vital Stefanello, ao afirmar que “o ano do cinquentenário certamente ficará marcado como um dos melhores da história da cooperativa”. (Agência Canal Energia – 22.03.2018) 10 Safira Energia: Anunciada inscrições para programa de inovação que investirá em três cleantechs A Safira Energia anunciou que estão abertas as inscrições para a primeira edição do seu Programa Safira Inovação, que prevê investimentos em até três cleantechs – startups especializadas em projetos e soluções voltadas para o mercado de energia. Podem participar startups de todo o Brasil e que estejam no estágio de Produto Mínimo Viável desenvolvido e validado, ou mesmo operacional. Os projetos pré-selecionados participam de um pitch day e os escolhidos receberão um total de até R$ 500mil em investimento, além de espaço físico para trabalharem, acesso ao know-how da Safira Energia e ao mercado de energia, além de uma viagem para o Vale do Silício por projeto ganhador. O investimento em cada startup é variável e de dará por meio de participação societária e a propriedade intelectual do projeto será definida quando da assinatura do contrato. Além do aporte inicial, as startups terão oportunidade de ampliar seu conhecimento a partir do contato direto com diretores, gerentes e especialistas da empresa e receber feedback sobre a aderência da solução desenvolvida: “Também poderão testar sua solução em situações reais em nossa empresa, e ganhar mais visibilidade ao receber a chancela de uma grande empresa como a nossa”, completou Kawai Junior. As inscrições para a fase de screening vão até o dia 16/04. As cleantechs interessadas em participar devem se inscrever através do site da SartSe. Os projetos pré-selecionados serão conhecidos no dia 19 do mesmo mês. Já o pitch day está marcado para o dia 03/05. (Agência Canal Energia – 22.03.2018) 11 RGE Sul: Concessionária destinou mais de R$ 18mi em obras na rede elétrica de São Leopoldo, RS A RGE Sul divulgou os investimentos realizados pela companhia durante 2017 na cidade de São Leopoldo, localizada no Vale do Sinos. Foram ao todo R$ 18,09mi destinados a obras que contemplam diversos pontos do sistema elétrico, afirmou o Consultor de Negócios da RGE Sul, Thiago Pedroso de Oliveira. Do total aportado na cidade, R$ 9,3mi foram utilizados em equipamentos e, principalmente, troca de postes de madeira por novas unidades de concreto, que são mais resistentes. A concessionária aplicou outros R$ 2,4mi em obras para adequação de redes, troca de transformadores, manutenção de religadores e reguladores de tensão, reforma de redes de distribuição, substituição de cabos de linhas já existentes. Em agosto, a distribuidora trocou 223 postes de madeira por concreto, com instalação de cabos mais robustos e de maior capacidade. (Agência Canal Energia – 22.03.2018) 12 Abrage: Diretoria Executiva é reeleita em AGE Os associados da Abrage reuniram-se na última quarta-feira, 21/03, em Assembleia Geral Extraordinária e decidiram pela reeleição do Presidente Flávio Antônio Neiva para mais um período à frente da Associação. Além do Presidente, o Diretor Executivo, eng. João Alberto Bernardes do Vale, e o Vice Presidente eng. João Henrique de Araújo Franklin Neto, Diretor de Operação da Chesf, também repetirão o mandato. (Agência Canal Energia – 22.03.2018) 13 Itaipu Binacional: Luiz Fernando Vianna deixa Itaipu em abril Luiz Fernando Vianna vai deixar a diretoria-geral de Itaipu Binacional. O executivo anunciou a decisão, baseada por motivos pessoais, na última quarta-feira, 21/03, em reunião de diretoria, informou a estatal em comunicado. Vianna vai trabalhar na iniciativa privada. Vianna foi presidente do conselho de administração da Apine e presidente da Copel antes de assumir a gestão do lado brasileiro da binacional. A saída do executivo será no próximo dia 05/04, data em que o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, deixa a pasta e retorna ao Congresso Nacional. (Agência Brasil Energia – 22.03.2018)
Leilões 1 EPE: Leilão A-6 deve ser realizado até agosto O leilão de energia nova A-6 deve ser realizado até agosto, afirmou nesta quinta-feira (22/3) o presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso. Segundo ele, já está em avaliação a adoção de contratos de quantidade para usinas de geração renovável. Barroso participou do Agenda Setorial, evento produzido pelo CanalEnergia, no Rio de Janeiro. (Agência Brasil Energia – 22.03.2018) 2 Aneel quer leilão de eficiência para Rondônia A Aneel deve colocar em audiência publica entre abril e junho um leilão de eficiência energética para o mercado de Rondônia, em projeto piloto. De acordo com o diretor da agência, Tiago de Barros Correia, a ideia é contratar redução de carga para a região, onde estão em vigência as tarifas mais caras no país. A eficiência energética está sendo encarada pela Aneel cada vez mais como um recurso para o sistema, afirma o diretor. A estratégia de testar o leilão como um projeto piloto faz parte de uma nova postura na agência para acelerar a inovação no mercado. “É preferível testar e errar cedo e aperfeiçoar do que passar anos estudando uma regra, achar que está pronta e não estar” diz Correia, que participou do Agenda Setorial, no Rio de Janeiro. O diretor menciona que a Aneel vem adotando estratégias de design thinking para pensar novas soluções e introdução de novas tecnologias. (Agência Brasil Energia – 22.03.2018)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS: Documento alerta para sistema sujeito a restrições e apagões O quadro atual da rede de transmissão de energia demonstra que o risco de ocorrência de novos apagões permanece por tempo indeterminado, segundo um documento do ONS. Quase metade dos empreendimentos apontados como prioritários pelo ONS para reforçar a confiabilidade no sistema de transmissão enfrenta problemas para entrar em funcionamento. O "Plano de Operação Elétrica 2018-2019" aponta que 73 dos 157 projetos listados ainda não obtiveram licença ambiental, estão em processo de revisão da outorga ou sequer foram concedidos. "Neste contexto, ressalta-se que a operação eletroenergética do sistema interligado nacional estará submetida a uma série de restrições por um período ainda indefinido", afirma o relatório. As obras de ampliação e reforço em subestações e linhas de transmissão foram selecionadas pelo ONS para eliminar quatro necessidades: corte de carga em condições normais de operação, restrições de escoamento de geração, acionamento ineficiente de usinas térmicas e corte de carga em situação de contingência nas capitais. Dos 31 empreendimentos indicados como prioridade para evitar apagões em capitais, na hipótese de algum estresse no sistema, 16 estavam sem outorga ou licença ambiental - 4 no Paraná, 4 em Tocantins e 3 na Bahia. O documento do ONS foi divulgado em julho de 2017 e pode ter havido mudanças no status de cada um dos projetos desde então. Um leilão de novas linhas de transmissão, por exemplo, foi realizado em dezembro. (Valor Econômico – 23.03.2018) 2 ONS: Documento adverte sobre impactos em cadeia em problemas de escoamento de Megausinas amazônicas O documento “Plano de Operação Elétrica 2018-2019” do ONS chama atenção para o impacto que podem ter quedas no sistema de escoamento das megausinas amazônicas. É o caso dos linhões que transferem a energia produzida pelo complexo hidrelétrico do rio Madeira (RO) ou por Belo Monte (PA). A falha em um disjuntor, anteontem, derrubou o bipolo em corrente contínua em 800 kV entre Xingu (PA) e Estreito (MG). Ele transferia em torno de 4 mil MW de Belo Monte para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste e o resultado da ocorrência foi a desconexão do Norte/Nordeste. No plano 2018-2019, um alerta nesse sentido aparece para o caso de perda súbita da energia produzida pelas megausinas, bem como um problema no escoamento de Itaipu. Dependendo da "situação operativa" no momento, afirma o relatório na página 20, os subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste podem acumular déficit de até mais 4 mil MW. Segue, então, o documento do ONS: "O que implicará risco muito grande de ocasionar uma atuação do ERAC [esquema de alívio de carga com corte automático de fornecimento para não sobrecarregar toda a rede] nas regiões Sul/Sudeste e Centro-Oeste e até mesmo a perda de sincronismo da UHE Itaipu 60 Hz, com consequências severas para o sistema interligado nacional". (Valor Econômico – 23.03.2018) 3 ONS: Disjuntor que provocou apagão estava ajustado para operar com menos energia As investigações sobre as causas do apagão que deixou cerca de 70 milhões sem luz na quarta (21) serão concluídas em dez dias, disse nesta quinta (22) o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. A investigação vai tentar entender a falha em um disjuntor na subestação de Xingu, no Pará. Até agora, o ONS sabe que o equipamento estava com ajuste errado, prevendo uma carga mais baixa do que os 3,7 mil MW que passavam pelo sistema no momento da queda. Em entrevista após evento no Rio, Coelho Filho disse que é preciso esperar as investigações para entender quais as causas do problema e se houve falhas no sistema de proteção da rede de transmissão. O erro no ajuste pode ter sido provocado por falha humana, mas Luiz Eduardo Barata, diretor-geral do ONS, não descarta problema no próprio equipamento. Coelho Filho disse que as investigações vão analisar ainda se houve falha no sistema de proteção da rede de transmissão. Segundo Barata, pela dimensão da perda de carga, não seria possível evitar que o problema se alastrasse. (Folha de São Paulo – 22.03.2018) 4 ONS promete explicações e apontar responsáveis por apagão, 'se necessário' O ONS pretende entregar ao MME em dez dias nota técnica com explicações sobre as causas e as medidas a serem tomadas com relação ao apagão ocorrido na tarde de quarta-feira e que interrompeu a carga de um quarto do país, principalmente do Nordeste e Norte. "Meu compromisso, e foi o que disse ao ministro Fernando Coelho [de Minas e Energia] é que em dez dias nós teremos uma nota técnica sobre o que aconteceu, com a elucidação do problema e, se for o caso, com a responsabilização", disse Luiz Eduardo Barata Ferreira, diretor-geral do ONS, a jornalistas. O ministro Fernando Coelho contou que um "erro de programação" na subestação Xingu, no Pará, foi o responsável pela sequência de eventos que deixaram vários Estados do país sem energia na quarta-feira. "A carga do país era de 80 mil MW [megawatts] e a carga do bipolo [sistema de transmissão de Belo Monte] era em torno de 4 mil MW na hora [do corte]. E, por um erro de programação, pelo menos essa é a informação inicial que o ONS está passando, a subestação não suportou [a carga], tirando 18 mil MW e afetando diversas regiões do país, mas de forma mais severa o Nordeste", disse Coelho. (Valor Econômico – 23.03.2018) 5 Ceará foi o último Estado a ter o abastecimento de energia normalizado O ONS informou que a interrupção do abastecimento de energia começou por volta das 16h, e a recomposição do sistema foi concluída às 21h. O Ceará foi o último Estado a ter o abastecimento de energia normalizado. Todas as regiões tiveram pelo menos algum subsistema afetado, mas Sul, Sudeste e Centro-Oeste foram normalizados em 20 minutos. No total, a perturbação, provocada por uma falha no disjuntor da subestação Xingu, responsável pelo escoamento da energia produzida por Belo Monte, causou um desligamento total no Sistema Integrado Nacional (SIN) de 19.760 megawatts, correspondendo a 25% da carga. Uma reunião com as empresas envolvidas no apagão será realizada com o ONS na segunda-feira, 23. (O Estado de São Paulo – 22.03.2018) 6 Aneel: Investigação sobre a causa do apagão levará pelo menos seis meses para ser concluída Segundo o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Tiago de Barros Correia, a investigação sobre a causa do apagão levará pelo menos seis meses para ser concluída. “Esse processo começa com o relatório do ONS, uma análise que a gente chama de termo de notificação, aí se garante a defesa prévia dos envolvidos e pode resultar em arquivamento ou em auto de infração, o tempo para isso é mais ou menos seis meses.” (O Estado de São Paulo – 22.03.2018) 7 Aneel: É preciso apurar as causas antes de sair aplicando punições Presente entre as autoridades energéticas, em evento no Rio de Janeiro, Tiago Correia, diretor da Aneel, contou que ainda é preciso apurar as causas detalhadas do problema para identificar possíveis responsáveis e puni-los. "A simples hipótese de punição hoje é especulação. Precisamos primeiro saber qual foi a causa. Às vezes foi só azar mesmo", explicou o diretor. O ONS fará uma reunião segunda-feira no Rio, com a participação da Aneel e empresas envolvidas, para analisar as causas do apagão. (Valor Econômico – 23.03.2018) 8 Um dia após apagão, queda de luz dá susto em autoridades energéticas no Rio O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, falava à imprensa sobre o apagão desta quarta (21) após participar de abertura de evento no setor elétrico quando a luz começou a falhar. As lâmpadas do centro de convenções na região central do Rio piscaram algumas vezes até se apagarem de vez. Foram apenas alguns segundos de escuridão, mas o suficiente para assustar as autoridades presentes. Dentro do auditório, o diretor-geral do ONS , Luiz Eduardo Barata, participava de um debate com o presidente da EPE, Luiz Barroso. "Já foi identificado, foi um problema da Light . Mas é claro que tomei um susto", disse Barata, após o debate. No dia anterior, o chefe do órgão responsável pela operação do setor elétrico passou tarde e noite coordenando o trabalho de recomposição do fornecimento após o apagão. O ministro Coelho Filho não comentou o apaguinho desta quinta. Quando a luz acendeu novamente, demonstrou alívio e continuou respondendo perguntas sobre o problema do dia anterior. Procurada, a Light ainda não informou o que provocou a oscilação no fornecimento de energia na região do centro de convenções. (Folha de São Paulo – 22.03.2018) 9 CCEE: Consumo de eletricidade no Brasil cresce 1,8% entre 1° e 20 de março, diz CCEE O consumo de eletricidade no Brasil registrou alta de 1,8 por cento entre 1° e 20 de março, ante mesmo período do ano passado, de acordo com boletim semanal da CCEE nesta quinta-feira. O consumo no mercado regulado, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, cresceu 0,9 por cento, enquanto o consumo no mercado livre de energia, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, aumentou 4,1 por cento. (Reuters – 22.03.2018) 10 CBIE: Como sistema ainda opera no limite, é preciso expandir a geração térmica "O sistema está operando no limite. Quando isso ocorre, ele fica vulnerável a acidentes", diz o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. "Um apagão não é culpa do governo. O que não tem cabimento é tanta demora para a recomposição do sistema", acrescentou o especialista, em referência ao episódio de quarta-feira, quando o suprimento de energia só foi totalmente restabelecido depois de cinco horas. Um problema colocado em evidência pelo blecaute é a dependência dos "superlinhões" em um país de extensão continental, com grande volume de intercâmbio energético entre as regiões. Pires avalia que o melhor antídoto contra essa vulnerabilidade é um reforço na geração de energia térmica, principalmente no Nordeste. Em caso de queda no fornecimento, usinas movidas a gás natural ou óleo combustível têm capacidade de resposta mais rápida e permitem a recomposição célere do sistema. "O problema é que as térmicas foram demonizadas no Brasil", afirma, elogiando o papel desempenhado pela geração eólica e solar. "Na Califórnia, para cada três megawatts de energias renováveis que entram no sistema, é preciso ter um megawatt em térmicas. Quanto mais a gente diversificar, melhor", completa. (Valor Econômico – 23.03.2018) 11 Abraget: Apagão teria sido evitado caso térmicas estivessem operando na base Na avaliação de Xisto Vieira, presidente da Abraget, o apagão teria sido evitado, se existissem mais térmicas operando no Nordeste. "Além de dar segurança energética e elétrica ao Nordeste, isso aliviaria os fluxos das interligações de energia para o Sudeste”, disse a jornalistas, após participar de evento do setor elétrico, no Rio. (Valor Econômico – 23.03.2018)
1 Itaipu: Reflorestamento previne perda futura na geração hidrelétrica O gerenciamento da água se apresenta à rotina das empresas como uma questão de sobrevivência. No setor de geração de energia não é diferente. Com o objetivo energia de proteger a represa e aumentar a vida útil das operações, previstas para durar por mais 160 anos, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), está investindo em um programa de reflorestamento considerado um dos maiores do mundo. Até agora, foram plantadas 24 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica nas margens do lago e nas propriedades rurais da região, em uma área com mais de 100 mil ha de restauração da paisagem. A medida tem ainda a função de compensar impactos causados por sedimentos vindos de longe, pelos rios. Parte tem origem no Mato Grosso do Sul, devido à erosão provocada pelo desmatamento nas grandes propriedades rurais. De acordo com o World Energy Council, o consumo de água para produzir eletricidade deverá mais que dobrar nas próximas quatro ou cinco décadas no mundo. Na América Latina, poderá quadruplicar devido à demanda da economia em expansão, exigindo volume de água para geração de energia energia 2x maior que o qual. Tecnologias como sistemas de recirculação, resfriamento a seco e reutilização de água da extração de petróleo estão ganhando escala para reduzir a pegada de energia da água, de forma a evitar energia riscos e custos para atendimento da demanda, tanto por água como por energia. (Valor Econômico – 23.03.2018) 2 Câmara dos Deputados apaga luzes no sábado em adesão à Hora do Planeta A Câmara dos Deputados participa novamente da campanha Hora do Planeta, um ato simbólico promovido mundialmente pela organização não-governamental ambientalista WWF, com o objetivo de sensibilizar a população em torno da luta contra o aquecimento global. O prédio principal e todos os anexos ficarão às escuras, durante 60 minutos. Apenas as luzes de segurança permanecerão acesas. A mobilização ocorrerá neste sábado (24), entre 20h30 e 21h30, em todo o mundo. A adesão à campanha reafirma a constante preocupação da Câmara com a preservação do meio ambiente. Desde 2003, a Casa conta com o Comitê de Gestão Socioambiental (EcoCâmara) que busca contribuir com um novo modelo de desenvolvimento ambientalmente adequado, economicamente viável e socialmente justo. (Agência Câmara– 23.03.2018)
Energias Renováveis 1 Energia eólica é a de maior eficiência para o Nordeste O apagão ocorrido em estados do Norte e Nordeste na quarta-feira (21) foi um incidente pontual e com poucos riscos, natural em um sistema complexo como o de transmissão de energia da região, de acordo com especialistas que debateram o tema de energias renováveis no Nordeste nesta quinta-feira (22), em Fortaleza. Embora não vejam uma condição excepcional no ocorrido, os debatedores, porém, não enxergam mais nas hidrelétricas o futuro da produção energética do Nordeste. A fonte de eneergia mais promissora para a região é a eólica, de acordo com o presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis da Adece (Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará), Jurandir Picanço. Isso porque, segundo ele, a tecnologia é barata, e a região é a mais privilegiada em ventos no Brasil. Ele afirmou que, embora também haja grande potencial para outros modelos de geração, como a energia solar, a vantagem em relação a outras áreas do país em outros casos não é tão grande. A diretora-presidente adjunta da Neoenergia, Solange Ribeiro, lembrou que também há barreiras. “Apesar de o Brasil já ser o oitavo país do mundo em energia eólica, é um recurso que nem sempre está disponível e precisa de complementos”, explicou. Ribeiro enfatizou também a importância de os consumidores passarem a se tornar produtores de energia, por meio da instalação de painéis fotovoltaicos, de captação de energia solar, em suas residências. (Folha de São Paulo – 22.03.2018)
Gás e Termelétricas 1 Aneel define parâmetros de termelétricas da Amazonas GT A Aneel aprovou o CVU, a potência disponibilizada e o custo fixo dos lotes 1 e 2 da termelétrica Flores, sob titularidade da Amazonas GT. A usina tem potência de 40 MW e CVU de R$ 794,72/MWh e R$ 808,99/MWh, respectivamente. Já o custo fixo de ressarcimento pela operação das unidades ficou em R$ 2.704.626,24/mês e R$ 2.725.153,43/mês, com vigência até março. A Aneel também deu provimento à outra solicitação feita pela Amazonas GT, com relação a UTE Mauá Parte III Bloco Iranduba. O CVU foi confirmado em R$ 784,21/MWh e a potência estabelecida em 25 MW. Com validade até março de 2018, o custo fixo ficou em R$ 1.678.293,01. (Agência Canal Energia – 22.03.2018) 2 Liquidações financeiras de nuclear e cotas movimentam R$ 908,3 mi em fevereiro As liquidações financeiras de energia nuclear e cotas de garantia física e potência, referentes a fevereiro de 2018, movimentaram R$ 908,3 milhões, sendo registradas adimplências de 100% e 99,13%, respectivamente, nas operações. A liquidação financeira de energia nuclear é a operação pela qual 44 distribuidoras de energia elétrica rateiam a produção de Angra I e II. A operação movimentou R$ 283.895.474,17 em fevereiro. Na liquidação de cotas, a operação somou R$ 624.430.095,21 dos R$ 629.926.761,37 contabilizados, o que representa adimplência de 99,13%. Os empreendimentos enquadrados no regime de cotas somam mais de 12 GW médios de garantia física. (Agência Canal Energia – 22.03.2018) 3 Petrobras: Liquigás pode ser ofertada a novo comprador Após o fracasso da venda da Liquigás para o Grupo Ultra, que foi barrada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica [Cade], a Petrobras busca outra forma de se desfazer de sua subsidiária de GLP. Uma das alternativas pode ser ofertá-la novamente a quem esteja interessado em adquiri-la. O presidente do Sindigás, Sérgio Bandeira de Melo, disse que nos bastidores comenta-se sobre essa possibilidade, além de uma IPO da empresa em bolsa de valores. Ele participou nesta quinta-feira, 22/03, do Congresso da Associação Ibero-Americana de GLP [AIGLP], no Rio de Janeiro. O executivo afirmou que a Liquigás é uma companhia saudável financeiramente e que a venda dela está ligada a escolha da controladora de focar somente no negócio principal de petróleo e gás natural. A Petrobras tenta desde o ano passado vender a Liquigás e chegou a fazer acordo com o Grupo Ultra, controlador da Ultragaz, mas o Cade entendeu que o negócio poderia ser danoso à concorrência de mercado e freou a transação, em reunião realizada no último dia 28/02. A superintendência do órgão já havia se manifestado contra a realização. (Agência Brasil Energia – 22.03.2018) Economia Brasileira 1 Copom: Novo corte reduz Selic para 6,5% e sinaliza outro ajuste em maio O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a taxa básica de juros, a Selic em 0,25 ponto percentual, para 6,5%, nova mínima histórica, e acenou que uma nova queda pode ocorrer na reunião de maio. A decisão desta quarta-feira foi unânime e veio em linha com o esperado pelo mercado. O atual ciclo de corte começou em outubro de 2016, com Selic a 14,25%. Em comunicado apresentado após a reunião, o colegiado presidido por Ilan Goldfajn afirma que a possibilidade de nova redução, em maio, reduz o risco de a inflação não convergir para a meta de 4,5% em 2018 e 4,25% em 2019. “Para a próxima reunião, o comitê vê, neste momento, como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional. O comitê julga que este estímulo adicional mitiga o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas. Essa visão para a próxima reunião pode se alterar e levar à interrupção do processo de flexibilização monetária, no caso dessa mitigação se mostrar desnecessária”, diz o documento. Para reuniões posteriores a que ocorrerá do mês de maio, o Copom vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária, visando avaliar os próximos passos, tendo em vista o horizonte relevante naquele momento. Tal avaliação pode mudar caso ocorram mudanças adicionais relevantes no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação. Segundo o BC, a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa. E que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira contribui para a queda da sua taxa de juros estrutural, que é aquela que promove máximo crescimento com inflação nas metas. Para o BC, a inflação evoluiu de forma mais benigna que o esperado nesse início de ano. De fato, em entrevista no começo do mês, Ilan disse que o comportamento benigno da inflação também tinha surpreendeu o BC. (Valor Econômico – 23.03.2018) 2 Arrecadação federal cresce 11,8% no 1º bimestre O governo informou ontem que a arrecadação dos tributos administrados pela Receita Federal aumentou 9,3% em fevereiro, em termos nominais, na comparação com o mesmo mês de 2017. Com isso, o crescimento no primeiro bimestre foi de 11,8%, também nominal, comparado com o mesmo período do ano passado. Com o excepcional aumento da receita, o governo retirou de suas contas os recursos que seriam obtidos com o projeto de reoneração da folha de pagamentos, que não encontra acordo para ser votado na Câmara dos Deputados. Mesmo com a exclusão, a nova previsão oficial para a receita total da União em 2018 aumentou R$ 2,276 bi, de acordo com o relatório de avaliação de receitas e despesas, relativo ao primeiro bimestre, divulgado ontem pelo Ministério do Planejamento. O relatório informa que a receita bruta de tributos federais em fevereiro ficou em R$ 65,896 bi, ante uma receita de R$ 60,271 bi no mesmo mês de 2017. No primeiro bimestre, a arrecadação bruta ficou em R$ 179,384 bi, enquanto que no mesmo período do ano passado ficou em R$ 160,419 bi. A estimativa para a receita total da União neste ano subiu de R$ 1,460 tri para R$ 1,462 tri. A previsão para a receita líquida do Tesouro Nacional, depois das transferências para Estados em municípios, ficou praticamente a mesma, subindo apenas R$ 59,9 mi. (Valor Econômico – 23.03.2018) 3 IBGE: IPCA-15 tem menor taxa para março em 18 anos, de 0,1% 4 FGV: IPC-S sobe 0,14% na terceira medição de março A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) foi de 0,14% na terceira medição de março, informou a FGV nesta sexta-feira. Na apuração anterior, a taxa correspondeu a 0,12%. Das oito classes de despesa componentes do índice, a principal contribuição partiu do grupo Alimentação, que saiu de queda de 0,12% na segunda prévia de março para avanço de 0,01% no levantamento mais recente. (Valor Econômico – 23.03.2018) O dólar comercial fechou o pregão do dia 22 sendo negociado a R$3,3072, com variação de +0,8% em relação ao início do dia. Hoje (23) começou sendo negociado a R$3,3135 - com variação de +0,19% em relação ao fechamento do dia útil anterior - e segue uma tendência de baixa, sendo negociado às 10h30 no valor de R$3,2992, variando -0,43% em relação ao início do dia. (Valor Econômico - 22.03.2018 e 23.03.2018)
Internacional 1 Enel Green Power Peru inicia operação da Usina Fotovoltaica Rubi, maior fotovoltaica do Peru Para celebrar essa conquista, uma cerimônia de inauguração foi realizada no local com a participação da Ministra de Energia e Minas do Peru Angela Grossheim Barrientos, assim como Antonio Cammisecra, Responsável pela Enel Green Power (EGP), Divisão Energética Global de Energias Renováveis da Enel, Enel Green Power, Luca D´Agnese, Responsável da Enel para América do Sul, e Carlos Temboury, presidente da Enel no Peru. “A inauguração da maior usina solar fotovoltaica do Peru é exemplo do nosso compromisso em reforçar o desenvolvimento de energias renováveis no país, contribuindo para a diversificação de seu mix de geração e aumentando a produção de energia através de fontes limpas na região Sul do Peru em 12%”, disse Antonio Cammisecra, Responsável pela Enel Green Power. “O início de funcionamento da Rubi pouco mais de um ano depois do começo da construção fortalece nossa ambição em continuar crescendo no Peru e aproveitar o grande potencial renovável do país”. A Enel investiu em torno de 170 milhões de dólares na construção de Rubi, como parte dos investimentos definidos no atual plano estratégico da empresa. A usina é apoiada por um acordo de compra de energia de 20 anos assinado com o Ministério de Energia e Minas do Peru. Uma vez em operação total, Rubi será capaz de gerar em torno de 440 GWh por ano, que serão entregues ao SIN do Peru através da subestação de Montalvo. (Ambiente Energia – 23.03.2018) 2 Venezuela: Governo terá recesso de 3 dias para poupar água e energia O presidente Nicolás Maduro decretou um recesso de três dias no setor público na próxima semana, em virtude da escassez de água e energia elétrica. Como a próxima semana os dias 29 e 30 fazem parte do feriado da Semana Santa, as repartições públicas no país ficarão fechadas durante toda a semana. O governo já tinha usado tal medida na crise elétrica de 2016. A decisão ocorre um dia depois de o governo anunciar um plano de racionamento de energia em 7 dos 24 Estados do país, que passaram a sofrer cortes diários de até seis horas no abastecimento. No Estado petroleiro de Zulia, o corte na energia é de até três horas. (Valor Econômico – 23.03.2018) 3 Holanda: Empresa explora geração de energia por eletrodiálise reversa Visto da superfície, parece apenas uma rodovia. Mas o colossal Afsluitdijk, um dique de 32 km de extensão construído em 1932 no norte da Holanda, dá uma dimensão do empenho que o país europeu coloca no enfrentamento de seu maior adversário: as águas. Com dois terços do PIB gerados abaixo do nível do mar e 55% do território vulnerável a inundações, as cidades holandesas buscaram, ao longo dos séculos, formas de conviver com as ameaças das enchentes. Mas em vez de apenas reagir aos desastres, o país adota uma abordagem preventiva, com foco na geração de conhecimento, inovação e fortalecimento da governança dos recursos hídricos. Também transformou o setor de águas em uma das nove indústrias mais importantes de sua economia, com mais de 2.500 empresas operando em diversos segmentos relacionados, além de um efervescente ambiente de startups e novos negócios. Uma delas é a RED Stack, empresa que opera com uma planta experimental no dique, baseada na ainda desconhecida tecnologia de geração de energia por eletrodiálise reversa. O processo extrai energia da diferença iônica entre a água do mar e a água doce, após passagem por um conjunto de dois tipos de membranas com espessura média de 15 milímetros. Quanto maior a diferença de salinidade entre as águas envolvidas no processo, mais energia pode ser gerada. Foram investidos € 10 mi na planta piloto, por meio de uma PPP que envolveu a fabricante japonesa de membranas Fujifilm, outros parceiros holandeses e o governo. (Valor Econômico – 23.03.2018) 4 Japão: Refinaria aposta em futuro eólico após queda do uso de petróleo 5 Enel: Multinacional tem lucro de € 3,779 bi em 2017 A Enel divulgou nesta quinta-feira, 22/03, um lucro líquido de € 3,779bi em 2017, o que significa uma alta de 47% sobre o ano anterior. De acordo com a Enel, o crescimento se deve principalmente aos negócios na América do Sul e Itália e a adição de mais 3 GW em energia renovável. A empresa também se beneficiou da redução de impostos corporativos na Itália e nos Estados Unidos, além dos ganhos com a venda de participações minoritárias. A receita do grupo cresceu 5,7% no ano passado para € 74,639bi, em consequência do aumento dos ganhos com venda de energia e transporte e um maior número de negócios com energia, assim como taxas mais favoráveis de câmbio, com a depreciação do euro. Na América do Sul, as receitas no ano passado alcançaram € 13,15bi, um aumento de 22,2% sobre 2016. O Ebtida da empresa chegou a € 15,65bi no ano passado, 2,5% maior que em 2016. O Ebtida sul americano alcançou € 4,204 bi, com alta de 18,2%. O Ebtida ordinário chegou a € 15,555bi, com alta de 2,5%. Na região, o indicador chegou a € 4,1bi, crescendo 14,8% sobre o ano anterior. O CEO da Enel, Francesco Starace, comemorou o desempenho do grupo no ano passado, classificando-o de “extremamente positivo”. Ele ressaltou que as renováveis continuam sendo o motor de crescimento da Enel. (Agência Canal Energia – 22.03.2018)
Nos próximos dois anos, até 2020, no setor fotovoltaico espanhol é esperado um rápido crescimento dos investimentos, que vão atingir entre € 4.000 e 5.000mi, segundo dados apresentados hoje por José Donoso, diretor geral da União Fotovoltaica Espanhola [UNEF], durante seu comparecimento perante a Comissão de Energia, Turismo e Agenda Digital do Senado espanhol, focada em explicar os desafios atuais e futuros da indústria fotovoltaica. Donoso ressaltou que, a partir de 2020, o cenário mais provável é que os investimentos no setor no país sejam estabelecidos em um nível entre € 1.000-2.000mi/ano, o que evidencia a capacidade da tecnologia fotovoltaica de criar oportunidades com negócios, além de responder ao desafio das mudanças climáticas. Além disso, a nível internacional, o desenvolvimento da energia fotovoltaica significa a definição de um mercado em crescimento constante com um valor estimado de € 100.000mi/ano, que pode atingir € 400.000mi em 2030. Para consolidar esta tendência positiva, é essencial que países e empresas continuem investindo em P & D. Atualmente, o setor fotovoltaico está passando por uma fase de reativação na Espanha, buscando alternativas para o leilão, como a ida direta ao mercado ou contratos bilaterais de compra e venda de energia, conhecidos como PPAs. (Espanha – Suelo Solar – 23.03.2018) Equipe
de Pesquisa UFRJ Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br POLÍTICA
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