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IFE: nº 5.369 - 03 de novembro de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Bandeira tarifária para consumidores beneficiários da tarifa social será amarela em novembro
2 Ajuda de R$ 15 bi pode reduzir impacto tarifário
3 Aneel libera 47,7 MW de eólicas e UTE
4 Campanha de fiscalização de segurança de barragens inicia segunda-feira

Empresas
1 Eletrobras pré-seleciona bookruners para capitalização
2 Eletrobras pré-seleciona instituições financeiras para capitalização
3 Eletronorte terá instalação de backup para serviços de telecom
4 Equatorial confirma compra da Echoenergia
5 Acionistas aprovam combinação de negócios da Omega
6 WEG vai investir R$ 178,2 mi para ampliar fábrica no Espírito Santo

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Novembro inicia com chuvas acima da média no Sudeste, aponta ONS
2 EPE: consumo cresceu 3,4% em setembro
3 ONS: nível do armazenamento dos reservatórios no SE/CO tende a continuar em elevação

4 SE/CO fecha outubro com 18,2% da capacidade, após intensificação das chuvas

5 Desligamento automático interrompe 233 MW de cargas da Enel Ceará

6 Índice Comerc: Comércio registra maior alta do ano no consumo de energia

7 ONS informa normalização de LT Londrina/Assis

8 ANA limita geração de usinas para poupar água

9 A partir de dezembro sete usinas terão vazão reduzida

Mobilidade Elétrica
1 Carro voador elétrico da Embraer terá rota testada neste mês no Brasil
2 China já tem mais de 1 milhão de carregadores de VEs
3 Malásia eliminará impostos associados aos carros elétricos
4 Volkswagen avança no carregamento sem fio para VEs

5 Tesla libera a carros de outras marcas usarem seus carregadores
6 Honda apresenta iniciativas para baterias portáteis e intercambiáveis
7 Mercedes sustentável pode recuperar até 3.800 km por ano
8 Níquel de baixo carbono aproxima a Vale do mercado de VEs

Inovação
1 COP26: Mais de 40 líderes mundiais se comprometem a tornar o hidrogênio renovável e de baixo carbono disponível globalmente até 2030
2 Parceria europeia investirá 820 mi de euros para promover tecnologias limpas
3 Alemanha e Emirados Árabes Unidos estabelecem força-tarefa de hidrogênio para acelerar a produção de hidrogênio verde
4 Custos de investimentos para produção de hidrogênio verde terão queda considerável, avalia Statkraft

5 Ingeteam apresentará seu novo inversor de bateria na Genera: o Ingecon Sun Storage100TL
6 Novo sistema da RWE e Outokumpu para estabilizar a rede elétrica
7 ‘Tidal pode fornecer 11% da eletricidade do Reino Unido’
8 Desenvolvedor novato revela gasoduto solar de 1,3 GW no Reino Unido

9 Goldwind lança turbina offshore de 12MW

Meio Ambiente
1 Brasil anuncia meta de reduzir 50% de emissões até 2030
2 Sob pressão americana, Brasil se compromete a reduzir emissão de metano na COP26
3 Ministro de Minas e Energia e príncipe Charles conversam sobre compromissos climáticos do Brasil
4 Biometano pode ajudar Brasil a cumprir meta de zerar emissões líquidas em CO2

5 Emissões de gases de efeito estufa do setor de energia diminuem em 4,5% no Brasil em 2020
6 CNI vê perda de R$ 14,2 bi com crise hídrica
7 Volkswagen, Raízen e Shell se unem no desenvolvimento de projetos para reduzir emissões
8 G-20: acordo sobre combate às mudanças climáticas é um avanço, mas ainda é pouco

9 Entenda o que é a COP26 e sua importância para o futuro do planeta

10 COP26: Reino Unido e EUA revelam nova aliança de redes limpas

11 COP26: Japão promete US$ 10 bi a mais em financiamento climático internacional
12 Espanha: aumentará o financiamento climático em 50%
13 Climatempo apresenta o boletim “La Niña a bordo: Qual o impacto no setor de energia?”
14 Sem mercado de carbono não há emissões liquidas em CO2 zeradas em 2050, aponta ABEEólica
15 Gigantes da filantropia anunciam aliança na COP26 em apoio à transição energética
16 Combate ao aquecimento global exige participação ativa da sociedade, dizem especialistas

Energias Renováveis
1 ONS cria novo modelo para divulgação dos dados de Energia Eólica e Solar
2 Energia solar crescerá 67% até o final de 2021 no Brasil
3 Qair Brasil termina obra de eólica no Ceará
4 Equatorial do Brasil vai adquirir plataforma de energias renováveis Echoenergia, controlada pela Actis

5 Em nova fase, Atiaia Renováveis prevê investir até R$ 3 bi
6 Equinor investe em energias renováveis e trabalha para reduzir as emissões de gás carbônico
7 China inicia projetos de energia eólica e energia solar fotovoltaica em desertos
8 Reino Unido lança fundo de apoio flutuante de £ 160 mi

9 Principais projetos de energia renovável para fornecer 1,27 GW de nova energia eólica e solar para a África do Sul

10 Para neutralizar emissões, investimento em energia limpa precisa triplicar

Gás e Termelétricas
1 Angra 2 deve retomar operação no dia 7
2 Pesquisa mostra que biogás pode abastecer energia de 19 mil casas em RO
3 Gás natural tem um poder de aquecimento global quase 30x maior do que o CO2
4 Suécia: Tekniska verken trabalha em projeto de biogás

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Equatorial estuda venda de energia na baixa tensão

Economia Brasileira
1 Copom reforça que antevê outra alta de 1,5 ponto na Selic
2 Custo da dívida pode aumentar em R$360 bilhões com inflação e juros altos

3 Repasses reforçam caixa e Estados gastam mais
4 Indústria perde intensidade tecnológica nas exportações
5 Pandemia promove “qualificação forçada” do mercado de trabalho
6 Dólar ontem e hoje


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Bandeira tarifária para consumidores beneficiários da tarifa social será amarela em novembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (29/10) a bandeira tarifária amarela no mês de novembro para os consumidores que recebem o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica. A bandeira, que indica condições menos favoráveis de geração de energia, equivale ao pagamento de R$ 1,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Neste momento, a bandeira amarela vale apenas para os consumidores com Tarifa Social. Para os demais consumidores de energia elétrica – excetuando-se os moradores de áreas não conectadas ao Sistema Interligado Nacional (como os de Roraima e de áreas remotas), que não pagam bandeira tarifária –, a bandeira vigente no período será a de Escassez Hídrica, no valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Instituída pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), criada por meio da Medida Provisória nº 1.055/2021, a bandeira Escassez Hídrica visa a fortalecer o enfrentamento do período de escassez de recursos hídricos, o pior em 91 anos, que reduz a produção nas usinas hidrelétricas e aumenta o preço da energia. Em suma, a bandeira escassez hídrica seguirá em vigor até abril de 2022. (Aneel – 29.10.2021)

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2 Ajuda de R$ 15 bi pode reduzir impacto tarifário

O Bank Of America (Bofa) estima que um novo empréstimo de R$ 15 bilhões para o setor elétrico, semelhante à Conta Covid do ano passado, poderá resultar em um aumento de 4,3% nas tarifas em 2022. Esse índice acabaria sendo mais de 10 pontos porcentuais menor do que a previsão anterior do banco de investimento que previa uma elevação de 16,7% nas tarifas. O Bofa lembra que as concessionárias geralmente são vistas como uma proteção para ambientes inflacionários, mas que no Brasil muitas vezes correm o risco de ser um driver desse índice. Isso porque 45% das receitas das distribuidoras estão ligadas a subsídios, classificados como sempre crescentes, e que hoje representam 11%, bem como custos de energia com 34%. Para o biênio 2021 e 2022, o risco de inflação é exacerbado por diversos fatores. Na lista elaborada pelo banco o primeiro item é o despacho térmico total para enfrentar a crise hídrica com cerca de R$ 8 bilhões, seguido pela aceleração da inflação do IGPM, aumento de 24% na comparação anual, indexado ao câmbio. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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3 Aneel libera 47,7 MW de eólicas e UTE

A Aneel autorizou para início da operação comercial, a partir de 29 de outubro, as unidades geradoras da EOL Serra do Mato II e III, que juntas somam 42 MW de capacidade instalada e estão localizadas no estado do Ceará. Além da UG3, com 4,2 MW, da EOL Ventos de Santa Martina 12, no estado do Rio Grande do Norte. E por fim, unidades geradoras da UTE Tamaniquá – CGA, com 0,87 MW, localizada no estado do Amazonas. Para operação em teste, a Aneel autorizou um total de 19,4 MW de capacidade instalada. Dentre elas tem a UG3, de 4,2 MW, da EOL Serra do Mato IV, no estado do Ceará. Além de unidades geradoras da EOL Ventos da Bahia XIII e XIV, que somam 11 MW, localizadas na Bahia. E por fim, a UG6, de 4,2 MW, da EOL Ventos de Santa Esperança 22, localizada no estado da Bahia. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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4 Campanha de fiscalização de segurança de barragens inicia segunda-feira

Começa nesta segunda-feira (1º/11) a etapa de monitoramento da Campanha de Fiscalização de Segurança de Barragens 2022 promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Até 31 de janeiro do ano que vem, a Agência receberá informações de todos os geradores hidrelétricos (CGHs, PCHs e UHEs) que não se enquadram como Micro e Mini Geração Distribuída. Os dados devem ser relativos ao último ciclo avaliativo. As informações deverão ser enviadas através do Formulário de Segurança de Barragens (FSB), disponível neste link. Para terem acesso ao FSB, os agentes que possuem registro (CGHs) e que ainda não atualizaram suas informações na agência, precisam encaminhar informações para atualizar os cadastros da Aneel pelos links: Informações da Usina e Atualização do sistema de Registro RCG. Nesse caso, o formulário só poderá ser preenchido após a atualização dos dados. Em suma, instruções sobre o preenchimento do FSB estão no vídeo institucional que pode ser acessado no canal da Aneel no YouTube. (Aneel – 29.10.2021)

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Empresas

1 Eletrobras pré-seleciona bookruners para capitalização

A Eletrobras informou em comunicado ao mercado na última sexta-feira, 29 de outubro, que pré-selecionou Bradesco BBI, Caixa Econômica Federal, Citi, Credit Suisse, JP Morgan, Morgan Stanley e Safra como bookrunners do Sindicato de Bancos que ficará responsável pela estruturação da operação de follow on que culminará com a privatização da empresa. O bookruner é uma espécie de responsável pela emissão de ações, liderando os processos de subscrição e fazendo análises de forma a precificar o ativo. De acordo com o comunicado, o processo de contratação ainda está em andamento, conforme legislação e regulamento interno da Eletrobras e será submetido às instâncias competentes para aprovação. A estatal usou critérios indicativos da expertise e notoriedade dessas instituições, dada a importância e complexidade da operação no contexto da capitalização da Eletrobras, tudo em conformidade com a legislação de regência e o Regulamento de Licitações e Contratos das Empresas Eletrobras. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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2 Eletrobras pré-seleciona instituições financeiras para capitalização

A Eletrobras informou ao mercado que pré-selecionou as instituições financeiras, como coordenadores líderes do Sindicato de Bancos que ficará responsável pela estruturação da operação de follow on. São elas: Bank of America, BTG Pactual, Goldman Sachs, Itaú BBA, XP Investimentos. De acordo com o comunicado enviado, a companhia esclarece que o processo de contratação ainda está em andamento, conforme legislação e regulamento interno, e, após concluído, será submetido às instâncias de alçadas competentes para aprovação. Da mesma forma, será informado que a escolha dos demais bancos que comporão o Sindicato ainda não está concluída. A companhia ressaltou que para a escolha dos bancos mencionados foram utilizados critérios indicativos da expertise e notoriedade dessas instituições, dada a importância e complexidade da operação no contexto da capitalização da Eletrobras, tudo em conformidade com a legislação de regência e o Regulamento de Licitações e Contratos das Empresas Eletrobras. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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3 Eletronorte terá instalação de backup para serviços de telecom

A Eletronorte vai inaugurar em novembro uma instalação de backup do Centro de Gerência de Redes de Telecomunicações da empresa, que opera mais de 7 mil km de rede de fibra ótica, instalada em torres de transmissão de energia elétrica. A iniciativa é pioneira entre as companhias do setor elétrico, de acordo com o gerente do Departamento de Operação e Manutenção de Telecomunicações da estatal, Rosemberg Lobato Silva. O primeiro Centro Backup para os serviços de telecom está sendo instalado na Subestação Guamá, em Belém (PA). No caso da transmissão, a Eletronorte mantém centros de operação em vários lugares, o que impede que algum problema em uma dessas instalações interrompa a comunicação com o Operador Nacional do Sistema. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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4 Equatorial confirma compra da Echoenergia

A Equatorial Energia confirmou a compra da Echoenergia. Em comunicado a empresa informou que o acordo envolve a totalidade da geradora controlada pela Actis. O contrato prevê um pagamento de R$ 6,7 bilhões com data base de dezembro de 2020 sujeito a correção pela variação do CDI até a data de fechamento e a ajustes positivos ou negativos, decorrentes, dentre outros, de variação entre o endividamento líquido e capital de giro entre a data base e a data de fechamento, bem como outros ajustes após o fechamento. Segundo a Equatorial, a Operação faz parte da estratégia de crescimento e permitirá a ampliação da sua capacidade operacional através da geração de energia renovável, contribuindo para sua consolidação no setor brasileiro. Lembrou que a Echoenergia possui aproximadamente 1,2GW de capacidade eólica, sendo 1 GW já operacionais e 200 MW em estágio de construção avançado, além de portfólio de projetos prontos para construir, os quais totalizam 1,1 GW de capacidade, desse volume, 10% eólico e 90% solar. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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5 Acionistas aprovam combinação de negócios da Omega

Os acionistas da Omega aprovaram a proposta de incorporação da totalidade das ações de emissão da Omega Geração pela Omega Energia. Os acionistas minoritários da companhia aprovaram, por maioria, a Incorporação de Ações de acordo com os novos termos previstos no 2º Aditamento ao Protocolo e Justificação, alteração essa realizada pouco antes da AGE. A relação de substituição negociada e aprovada no 2º aditamento provê que os acionistas da companhia recebam 2,263126202252 novas ações ordinárias da Omega Energia para cada ação a ser incorporada. Como resultado, depois da combinação de negócios, a Omega Geração representará 81,51% da Omega Energia. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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6 WEG vai investir R$ 178,2 mi para ampliar fábrica no Espírito Santo

Mesmo com uma recessão a caminho em 2022, a fabricante de motores e componentes elétricos WEG decidiu anunciar mais um investimento milionário. Até 2023, a companhia vai desembolsar R$ 178,2 milhões para a ampliação e modernização da sua planta localizada no município de Linhares, no Espírito Santo. Trata-se do segundo maior parque industrial da companhia, atrás somente da localizada na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, onde está a sua principal sede. (O Estado de São Paulo – 03.11.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Novembro inicia com chuvas acima da média no Sudeste, aponta ONS

O mês de novembro, que tradicionalmente marca o início do período úmido no país, chegou e com ele uma indicação inicial positiva. A estimativa do ONS é de que a ENA para o SE/CO seja 106% da MLT, no Norte 155% da média, no Nordeste 76% e no Sul 64% da média. De acordo com dados do PMO para novembro, a estimativa é de que a carga apresente expansão na comparação com o mesmo período de 2020. A perspectiva é de uma alta de 1,4%. Esse volume reflete a queda de 0,3% no SE/CO e altas de 5,1% no Norte e de 5,3% no NE, bem como a elevação de 1,3% no Sul. A análise do ONS aponta que as projeções de carga para o mês de novembro/21 levaram em consideração a permanência do setor industrial em modo de expansão, apesar da oscilação em decorrência de pressões de custo, alto desemprego, instabilidades econômicas e institucionais. Além da retomada da abertura da economia e da melhora do setor de serviços.

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2 EPE: consumo cresceu 3,4% em setembro

A Resenha Mensal de Consumo de setembro sinalizou um aumento de 3,4% na comparação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a EPE, o destaque ficou com o comércio, cujo consumo cresceu 9,2%. O segmento industrial teve uma alta de 1,6% e o residencial, de 3%. No mercado cativo, houve crescimento no consumo de 1,5%, enquanto no ambiente livre, de 6,6%. O desempenho do comércio foi o maior valor para o mês desde 2004, sendo o setor de serviços maior contribuidor impulsionado pela vacinação e o aumento da mobilidade urbana. O clima mais seco e temperaturas mais elevadas para setembro também influenciaram. Todas as regiões registraram crescimento no consumo da classe. A região Nordeste, com 10,9%, seguida pela Sudeste, com 10,4%; Sul, com 8,7%; Norte, com 5,3% e Centro-Oeste, com aumento de 2,9%. Na indústria a variação foi a maior para setembro desde 2014. O Sudeste, com +4,6% de alta. Sete dos dez segmentos mais eletrointensivos da indústria aumentaram o consumo em setembro, em comparação com igual período de 2020. O segmento residencial teve aumento depois de dois meses seguidos de retração. As regiões Centro-Oeste, com alta de +7,8%; Norte, com aumento de 5,2%; Nordeste, com variação de 4% e Sudeste, que subiu 3,9%, apresentaram elevação no consumo. Somente a região Sul, com recuo de 4,8%, registrou encolhimento do consumo. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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3 ONS: nível do armazenamento dos reservatórios no SE/CO tende a continuar em elevação

No submercado SE/CO o mês de outubro começou com 17,5%, novembro com 18,1% e a perspectiva é de chegar ao início de dezembro com 18,7%. Outro destaque é o Sul que em outubro estava com 30,9%, agora com 50,2%, contudo deve ocorrer uma reversão e é esperado que em 1º de dezembro apresente 45,6%. No NE os níveis ficaram em 42,2%, 36,4% e 35,9%, respectivamente. Já para o Norte 62,9% no início de outubro, 47,3% em novembro e chegue na abertura do último mês de 2021 com 35,7%. Com isso, a perspectiva de CMO médio recuou, agora para menos de R$ 95/MWh. O valor continua equacionado em todo o país. Na carga pesada é calculado em R$ 95,15, na média em R$ 94,22 e na leve em R$ 93,67/MWh. Com isso a tendência é de aumentar ainda mais o valor do ESS por segurança energética, uma vez que o despacho fora da ordem de mérito continua. A previsão de despacho térmico sem o comando de GFOM dado pela CREG ao longo do período úmido seria de 7.237 MWmed. A maior parte, 5.132 MWmed por inflexibilidade, 2.035 MWmed dentro da ordem de mérito e mais 70 MWmed por restrição elétrica. Na semana a previsão é de ocorrer precipitação nas bacias hidrográficas localizadas na região Sudeste e Centro-Oeste, com valores previstos próximo a média semanal. As bacias localizadas na região Sul apresentam precipitação devido a atuação de áreas de instabilidade, embora os valores sejam inferiores à média semanal. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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4 SE/CO fecha outubro com 18,2% da capacidade, após intensificação das chuvas

Com um período intenso de chuvas no final do mês de outubro, a região SE/CO vem apresentando crescimento em seus níveis de armazenamento e os reservatórios tiveram aumento de 0,2 p.p. no último domingo, 31 de outubro, segundo o ONS, e conta com 18,2%. A energia armazenada mostra 37.079 MW mês e a ENA aparece com 25.380 MWmed, o mesmo que 92% da MLT. Furnas admite 18,27% e a usina de São Simão marca 13,98%. A Região Sul continua sendo o submercado com maior aumento de 0,7 p.p e está operando com 52% da capacidade. A energia armazenada marca 10.340 MW mês e ENA é de 8.293 MW med, equivalente a 89% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 55,42% e 52,08% respectivamente. Já o subsistema do Nordeste apostou crescimento de 0,3 p.p e opera com 36,6% da sua capacidade. A energia armazenada indica 18.882 MW mês e a ENA computa 2.610 MWmed, correspondendo a 42% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 33,35%. Os reservatórios da Região Norte foram os únicos que apresentaram diminuição de 0,2 p.p e estão operando com 46,4% da capacidade. A energia armazenada mostra 7.035 MW mês e a ENA aparece com 2.212 MW med, o mesmo que 84% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 55,72%. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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5 Desligamento automático interrompe 233 MW de cargas da Enel Ceará

O ONS informou em seu boletim diário, IPDO, que no último sábado, 30 de outubro, às 05h19min, houve o desligamento automático da transformação 230/69 kV da Subestação Pici II, na capital Fortaleza, no estado do Ceará. Como consequência, houve a interrupção de 233 MW de cargas da Enel Ceará. Ainda de acordo com o boletim, às 05h23min houve transferência de 32 MW para a SE Fortaleza. O restabelecimento das cargas foi concluído às 05h33min. As causas estão sendo identificadas pelo Operador. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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6 Índice Comerc: Comércio registra maior alta do ano no consumo de energia

O setor Comércio & Varejista registra seu maior consumo de energia no ano, encerrando setembro com alta de 6,45% em relação a agosto; na comparação com o mesmo mês de 2020, a alta foi de 8,80%, segundo o Índice Comerc. A alta indica aquecimento do setor, um dos mais afetados durante a pandemia, e coincide com o avanço da vacinação e com a flexibilização das medidas restritivas em todos os estados. De acordo com dados recém-divulgados pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Consumo (Ibevar), o varejo deverá ter alta de 0,52% no quarto trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior, com as categorias de vestuário, veículos, combustíveis, produtos farmacológicos e artigos de uso pessoal liderando esse crescimento. Mesmo com os impactos econômicos da pandemia, o aquecimento da atividade industrial do último trimestre do ano já era previsto pelo Grupo Comerc, com base em uma análise detalhada do consumo de energia no mercado livre ao longo dos últimos anos. Em setembro, além de Comércio & Varejista, os setores de Manufaturados e Papel & Celulose também se destacaram no consumo de energia, com alta de 6,88% e 4,39%, respectivamente. Dos 11 setores, apenas dois apresentaram queda: Materiais de Construção (-1,71%) e Siderurgia & Metalurgia (-6,38%). (CanalEnergia – 29.10.2021)

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7 ONS informa normalização de LT Londrina/Assis

O ONS informou em seu boletim diário, IPDO, que na última quinta-feira, 28 de outubro, às 16h44min foi normalizada a LT 230 kV Londrina/Assis C1 que havia desligado no dia 23 de outubro de 2021, às 16h39min em função de queda de torres. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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8 ANA limita geração de usinas para poupar água

O setor elétrico é pressionado a manter parte das ações emergenciais para, desta vez, garantir a recuperação do nível de armazenamento de sete reservatórios estratégicos no período chuvoso. A estratégia foi definida pela Agência Nacional de Águas (ANA) ao aprovar um plano de contingência para encher reservatórios. “Num primeiro momento, abrimos a possibilidade de usar mais água para gerar mais energia. Agora, nós vamos restringir um pouco para garantir a segurança hídrica nos próximos anos”, disse o diretor interino da agência, Joaquim Gondim Filho. A agência faz referência à necessidade de controle maior da vazão média de água nas sete usinas com reservatórios de regularização. Gondim contou que a ANA chegou a calcular o ganho do volume de água nos sete reservatórios até abril do ano que vem, quando encerra o período chuvoso. Segundo ele, a agência usou uma referência conservadora: o regime de chuvas do ciclo 2020-2021, que foi o pior dos últimos 91 anos para SE/CO. Com isso, mesmo se repetir o cenário hídrico ruim deste ano, o reservatório de Furnas, por exemplo, conseguiria elevar o volume útil de água em 42% da sua capacidade máxima, que se somaria ao nível que já terá no início de dezembro. O controle de vazão previsto no plano da ANA começará a valer em dezembro, logo quando se encerra a vigência da declaração de situação crítica de escassez na Região Hidrográfica do Paraná - seus rios reúnem grande parte da geração hidrelétrica do país. (Valor Econômico – 03.11.2021)

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9 A partir de dezembro sete usinas terão vazão reduzida

A Agência Nacional de Águas (ANA) aprovou um plano de contingência para encher reservatórios ao controlar a vazão média de água nas sete usinas com reservatórios de regularização. A UHE Serra da Mesa, no rio Tocantins, que terá a vazão reduzida de 369 para 100 m3 /s). No rio São Francisco, a UHE Três Marias, cairá de 405 para 150 m3/s, e a UHE Sobradinho, de 1.215 para 700 ou 800 m3/s, a depender das implicações sobre os usos múltiplos na bacia. No rio Paranaíba, a UHE Itumbiara terá o corte na vazão de 672 para 490 ou 784 m3 /s, definição também condicionada à avaliação dos impactos, e a UHE Emborcação, de 205 para 104 m3/s. E, no rio Grande, a UHE Furnas terá um corte de 551 para 300 m3/s, e a UHE Mascarenhas de Morais, de 627 e 300 m3/s. O plano inclui ainda as UHE Jupiá e UHE Porto Primavera, do rio Paraná. Elas não terão controle de vazão por serem consideradas usinas “fio d’água” - sem reservatório, pois produzem energia apenas com o fluxo natural do rio. Porém, a agência negocia questões relacionadas aos aspectos ambientais para também adotar medidas para melhorar a eficiência do uso da água. (Valor Econômico – 03.11.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Carro voador elétrico da Embraer terá rota testada neste mês no Brasil

A Eve Air Mobility, divisão de mobilidade urbana da Embraer, iniciará no dia 8 de novembro uma simulação de Mobilidade Aérea Urbana (UAM). Os testes fazem parte do projeto do carro voador elétrico. A rota vai conectar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), na cidade do Rio de Janeiro. De início, a Eve utilizará um helicóptero. Depois disso, contará com a ajuda de parceiros estratégicos, bem como de entidades governamentais. A simulação vai avaliar o ecossistema para a futura operação da aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical (eVTOL). O modelo criado pela subsidiária da Embraer terá baixo ruído e zero emissão de carbono. Nesta fase inicial de testes, serão realizados seis voos diários durante o período de um mês. A operação terá acompanhamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). E também do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), informa a Eve. No momento, as passagens têm preço estimado a partir de R$ 99. Já o lançamento do carro voador está previsto para 2026. Atualmente, a Eve testa os softwares que farão a interface entre o carro voador e o piloto. A princípio, o modelo terá um humano no comando. Contudo, o objetivo para um segundo momento é que o carro voador seja totalmente autônomo. O projeto propõe uma alternativa mais barata ao helicóptero. Assim como provoca a necessidade de se repensar o tráfego aéreo urbano nas grandes metrópoles. (O Estado de São Paulo – 02.11.2021)

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2 China já tem mais de 1 milhão de carregadores de VEs

A China é o maior mercado mundial de veículos elétricos e, não surpreendentemente, tem o maior número de estações de carregamento do mundo. De acordo com o China Electric Vehicle Charging Infrastructure Promotion Alliance (EVCIPA) (via Gasgoo), a partir do final de setembro de 2021, havia 2,223 milhões de pontos de carregamento individuais no país asiático. Trata-se de um aumento de 56,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, este é o número total, que consiste em mais de 1 milhão de pontos acessíveis ao público, e um número ainda maior de quase 1,2 milhão de eletropostos privados (a maioria para frotas, acreditamos). Desse modo, o país apresenta 1.044 milhões de pontos acessíveis ao público e 1,179 milhões de pontos privados, totalizando um total de 2,223 milhões. (Inside EVs - 02.11.2021)

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3 Malásia eliminará impostos associados aos carros elétricos

A Malásia eliminará todos os impostos associados aos carros elétricos. A novidade foi dada por Tengku Datuk, ministro das finanças da Malásia, que apontou que o governo compreendeu o seu potencial para ajudar na redução da poluição e na dependência energética externa. Desse modo, o ministro das finanças da Malásia propôs que os carros elétricos ficassem completamente isentos de impostos de importação, impostos especiais de consumo e do imposto sobre as vendas. Caso estas medidas não sejam suficientes, ainda se beneficiarão de isenção de imposto de circulação. A proposta do ministro da Malásia implicará a prorrogação da isenção fiscal total até 31 de dezembro de 2023, bem como a prorrogação da isenção de impostos de importação até ao final de 2025. Efetivamente, estas novas medidas pretendem impulsionar a quota de vendas de VEs na Malásia. Contudo, o governo espera também que permita que a indústria nacional expanda a produção de carros e componentes, tendo em conta o custo de importação de materiais mais reduzido e as facilidades fiscais. (PPL warw - 01.11.2021)

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4 Volkswagen avança no carregamento sem fio para VEs

Minimizar as perdas e aumentar a velocidade de carregamento rápido sem fio para veículos elétricos foram alguns dos objetivos da Volkswagen ao se aliar ao Oak Ridge National Laboratory (ORNL) e à Universidade do Tennessee, Knoxville. Isso foi feito através do Volkswagen Group of America's Innovation Hub Knoxville e progressos impressionantes já foram feitos, de acordo com um relatório recente. Através desta parceria de pesquisa e desenvolvimento, eles já foram capazes de aumentar a velocidade máxima de carregamento sem fio de 6,6 kW para 120 kW. Eles planejam aumentar ainda mais esses números, com 300 kW sendo o objetivo final, o que seria suficiente para carregar um Porsche Taycan com a bateria de maior capacidade até 80% em apenas 10 minutos. Isso é comparável à velocidade de recarga do Taycan através de uma estação de carregamento rápido, mas a empresa ainda não chegou lá. As perdas são um dos principais problemas que afligem os carregadores sem fio para VEs, mas de acordo com a ORNL, eles já conseguiram obter eficiência de até 98%. Eles não se concentrarão apenas no carregamento, porém, mas também trabalharão no desenvolvimento de componentes compostos feitos a partir de fibras vegetais, especialmente para uso dentro de um carro. O plano também é encontrar maneiras de reutilizar esses materiais compostos que são muito difíceis de reciclar. (Inside EVs - 02.11.2021)

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5 Tesla libera a carros de outras marcas usarem seus carregadores

No primeiro dia de novembro de 2021, a Tesla anunciou o início de um programa piloto para carros elétricos de outras marcas usarem os carregadores da sua rede Supercharger. O lançamento começa na Holanda, em 10 pontos específicos de carregamento, acessíveis para VEs com conector padrão CCS (usado em toda Europa). Elon Musk já havia dado indícios de que sua rede Supercharger estaria disponível para os veículos de outras marcas já em 2022. O programa piloto na Holanda surge como uma espécie de aceleração no processo. Como foco, está a oferta de uma rede extensa de carregamento rápido, conveniente e confiável o suficiente para que os VEs sejam adotados em grande escala. Hoje, já são mais de 25 mil estações Supercharger da Tesla em todo o planeta, que vêm sendo usadas de forma exclusiva pelos motoristas de carros elétricos da marca. Ao contrário dos motoristas Tesla, os proprietários de carros de outras marcas terão que iniciar e interromper as sessões de carregamento por meio de um aplicativo, em vez de simplesmente desligar o carro. Eles também precisam selecionar o bloqueio de carregamento correto na ferramenta. Se os veículos não usam um conector padrão CCS, será necessário um adaptador. Corroborando o que Elon Musk falou em julho, em meio à teleconferência de resultados do segundo trimestre da montadora, a Tesla observa que os motoristas “não Tesla” serão cobrados a mais do que os motoristas de carros de sua marca na rede Supercharger. Com a abertura de sua extensa rede de carregamento, a Tesla poderá concorrer a incentivos fiscais e monetários em alguns países, mas que só são possíveis para redes abertas. A montadora acrescentou que o objetivo ainda é abrir a rede em todo o mundo. (Olhar Digital - 01.11.2021)

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6 Honda apresenta iniciativas para baterias portáteis e intercambiáveis

A Honda apresentou no Japão as opções de utilização das suas baterias portáteis e intercambiáveis, as Honda Mobile Power Pack (MPP). Essas baterias portáteis serão disponibilizadas no formato de locação para clientes corporativos que possuem motos elétricas da Honda. A ideia da fabricante é expandir o negócio no futuro para atender veículos de outras empresas. A MPP é uma bateria de íon de lítio capaz de armazenar uma grande quantidade de eletricidade, mais do que 1,3 kWh, que pode ser utilizado como fonte de energia para uma ampla variedade de dispositivos elétricos incluindo produtos de mobilidade de pequeno porte. Junto disso, a bateria portátil pode servir como armazenamento para captação de energia excedente. Segundo a Honda, a bateria é carregada em 5 horas. No momento, a Honda já realiza um teste de demonstração de compartilhamento de bateria para um táxi triciclo elétrico na Índia. O serviço de compartilhamento de bateria começará na Índia usando o MPP no primeiro semestre de 2022. (Mundo Conectado - 01.11.2021)

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7 Mercedes sustentável pode recuperar até 3.800 km por ano

A Mercedes-Benz acaba de revelar um veículo que mostra sua visão para as futuras vans elétricas de entregas. Trata-se de um Sprinter elétrico, mas que incorpora muitas novidades, muitas delas inéditas, seja em veículos de produção ou mesmo em conceitos. O veículo chamado Sustaineer chama realmente a atenção pela enorme matriz solar no teto, com 4,8 metros quadrados. A Mercedes-Benz diz que a placa solar pode fornecer até 3.800 km de autonomia adicional (e gratuita) por ano, em áreas mais solares (embora não dê um exemplo concreto de uma região onde o número é aplicável). Outra grande característica que está sendo divulgada com esse conceito são seus filtros de partículas embutidos que estão localizados na grade do veículo, bem como em sua parte inferior. Seu objetivo é limpar o ar ao redor do veículo enquanto ele circula, especialmente as partículas emitidas pelo próprio veículo - mesmo sendo totalmente elétrico, seus pneus e freios ainda poluem o ar e esta é a resposta da Mercedes para esse problema. O fabricante alemão diz que o sistema pode limpar cerca de 50% das partículas de até 10 micrômetros que estão próximas do veículo. Materiais reciclados e renováveis também são usados neste veículo, sugerindo que a Mercedes deseja integrá-los em seus futuros veículos comerciais. A Mercedes não tem intenção de colocar um Sprinter elétrico como este em produção. Este conceito apenas mostra algumas das ideias que a montadora quer implementar em suas futuras vans, à medida em que avança com a participação de veículos elétricos e mais limpos em seu portfólio. (Inside EVs - 02.11.2021)

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8 Níquel de baixo carbono aproxima a Vale do mercado de VEs

O níquel de baixo carbono produzido pela Vale na costa leste do Canadá está pronto para fornecer energia à próxima geração de VEs na América do Norte e na Europa, informou hoje a companhia. A mineradora anunciou nesta manhã que a empresa Intertek, líder em garantia, teste, inspeção e certificação de produtos, com sede em Londres, na Inglaterra, concedeu verificação independente para a pegada de carbono referente ao níquel produzido na refinaria de Long Harbour, em Newfoundland, no Canadá. "A baixa pegada de carbono em Long Harbour posiciona muito bem a Vale no setor de veículos elétricos, na América do Norte e além", afirma o vice-presidente executivo de Metais Básicos, Mark Travers. Em operação desde 2014, a refinaria de Long Harbour produz níquel usando hidrometalurgia em vez de pirometalurgia, ou seja, sem fundições ou chaminés. Segundo a Vale, isto proporciona menor emissão de gases de efeito estufa, redução de custos e maior recuperação de subprodutos valiosos, como o cobalto. "A Vale tem os produtos e as credenciais ESG para ajudar a impulsionar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos de veículos elétricos. Os clientes, neste mercado de rápido crescimento, querem alta pureza, de uma fonte de níquel ambientalmente responsável. E isto a Vale está pronta para fornecer", ressalta Travers. (Terra - 01.11.2021)

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Inovação

1 COP26: Mais de 40 líderes mundiais se comprometem a tornar o hidrogênio renovável e de baixo carbono disponível globalmente até 2030

Mais de 40 líderes mundiais internacionais apoiaram ontem (02 de novembro) a Agenda Revolucionária de Glasgow apresentada na COP26, que inclui um pilar específico com foco no hidrogênio. Apresentado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, a agenda verá os países e empresas coordenarem e fortalecerem a ação climática a cada ano para dimensionar e acelerar drasticamente o desenvolvimento e a implantação de tecnologias limpas. Incluído nos cinco pilares principais está o hidrogênio com o objetivo de fornecer hidrogênio de baixo carbono e renovável acessível, disponível globalmente até 2030. O principal objetivo da agenda é tornar as tecnologias limpas mais acessíveis, acessíveis e atraentes para todo o mundo em cada um dos setores mais poluentes até 2030. Isso poderia fornecer um impulso significativo para o ecossistema de hidrogênio, com os líderes mundiais se comprometendo com esse objetivo, os investidores agora poderiam despejar fundos no desenvolvimento de recursos tecnológicos para viabilizar essa disponibilidade. (H2 View – 02.11.2021)

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2 Parceria europeia investirá 820 mi de euros para promover tecnologias limpas

O hidrogênio terá um papel central em um novo acordo de parceria entre a Comissão Europeia, o Banco Europeu de Investimento (EIB) e a Breakthrough Energy, empresa chefiada por Bill Gates. O principal papel do acordo é promover parcerias em tecnologias climáticas com o hidrogênio, identificado como um dos principais pilares para avançar para um mundo de energia limpa. Formalizada com a assinatura de um memorando de entendimento (MoU), a parceria mobilizará até € 820 milhões (US $ 1 bilhão) entre 2022 e 2026 para a implantação de tecnologias que contribuam para as ambições do Acordo Verde europeu e as metas climáticas da UE para 2030. O hidrogênio limpo é uma das áreas-chave neste desenvolvimento e, com o financiamento, acredita-se que os projetos e a adoção poderiam ser acelerados para criar um mercado e ecossistema diversificado para o hidrogênio. (H2 View – 03.11.2021)

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3 Alemanha e Emirados Árabes Unidos estabelecem força-tarefa de hidrogênio para acelerar a produção de hidrogênio verde

Uma nova Força-Tarefa Emirados-Alemães para hidrogênio e combustíveis sintéticos foi revelada hoje (02 de novembro), enquanto os dois países expandem a cooperação em hidrogênio verde e aceleram sua produção. Os Emirados Árabes Unidos foram identificados pela Alemanha como tendo um potencial significativo na produção de energia renovável e hidrogênio verde, com abundância de energia solar e eólica na região. Com esse potencial, a Alemanha e os Emirados Árabes Unidos trabalharão juntos para apoiar sua produção e integração de combustíveis sintéticos para apoiar o setor crescente de transporte de carbono zero. O grupo de trabalho se concentrará na implementação de projetos específicos como condições estruturais necessárias para aumentar a produção de hidrogênio verde. (H2 View – 02.11.2021)

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4 Custos de investimentos para produção de hidrogênio verde terão queda considerável, avalia Statkraft

O estudo Low Emissions Scenario produzido pela companhia Statkraft estima que o hidrogênio terá um “papel significativo” no sistema de energia de 2050. A empresa prevê que quase 10% da demanda global de energia virá da produção de hidrogênio verde em 2050 e mais de 20% da Europa, no Cenário de Baixas Emissões. Além disso, a companhia avalia que haverá uma considerável queda nos custos de investimentos para a produção de hidrogênio verde, o que deve ajudar a expandir o uso dessa fonte pelo planeta. A companhia norueguesa calcula que os custos dos eletrolisadores caíram 60% nos últimos cinco anos, e os custos de investimento para a produção de hidrogênio verde devem cair mais 60% até 2050 tornando projetos de produção de hidrogênio mais atraentes. (Petronotícias – 03.11.2021)

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5 Ingeteam apresentará seu novo inversor de bateria na Genera: o Ingecon Sun Storage100TL

É um conversor trifásico com potência nominal de 100 kW e capaz de fornecer até 50 ºC de temperatura ambiente. A Ingeteam , que apresentará o inversor na Genera (Madrid, 16 a 18 de novembro), afirma que “isto o torna a solução ideal para sistemas de autoconsumo solar com baterias em escala industrial”. Por enquanto, já existem 11 instalações-piloto deste tipo na Espanha que possuem este inversor. Ingeteam acrescenta que o inversor é compatível com as principais tecnologias de baterias (lítio, chumbo, fluxo e Ni-Cd), podendo trabalhar na faixa de tensão de 570 a 850 V, com tensão máxima de 1.100 V. (Energías Renovables - 02.11.2021)

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6 Novo sistema da RWE e Outokumpu para estabilizar a rede elétrica

A RWE Supply & Trading (RWE) e a Outokumpu colocaram em operação um novo tipo de sistema de geração e armazenamento de energia que ajudará a estabilizar a rede elétrica e aumentar a flexibilidade. Ele está localizado na fábrica Outokumpu em Krefeld, Alemanha, e consiste em uma unidade de armazenamento de bateria de 3,3 MW acoplada a três turbinas a gás de 1 MW. O sistema é um projeto conjunto desenhado e construído pela RWE, e a empresa também o operará remotamente. Para permitir que isso aconteça, Outokumpu modificou seus suportes de rolagem. As duas empresas compartilharão os resultados da otimização ao longo de um período de 10 anos. (Energy Global - 01.11.2021)

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7 ‘Tidal pode fornecer 11% da eletricidade do Reino Unido’

A energia da corrente das marés tem o potencial de fornecer 11% da eletricidade anual atual do Reino Unido e desempenhar um papel significativo no esforço do governo para atingir o valor líquido zero, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Plymouth. O estudo afirmou que o aproveitamento da força das correntes das marés do oceano pode fornecer um meio "previsível e confiável" de ajudar a atender à demanda futura de energia do país. O estudo também explorou os potenciais efeitos ambientais de tais desenvolvimentos futuros e não encontrou nenhuma evidência que sugira que a próxima fase do desenvolvimento do fluxo das marés causará um impacto ambiental prejudicial significativo. (Renews - 03.11.2021)

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8 Desenvolvedor novato revela gasoduto solar de 1,3 GW no Reino Unido

A Queequeg Renewables, sediada em Londres, revelou um pipeline de projetos de armazenamento de baterias solares e independentes de mais de 1300 MW. A desenvolvedora britânica está prestes a apresentar pedidos de planejamento para os primeiros projetos em sua tranche de 1,3 GW de projetos solares garantidos pela rede, com dois gigawatts-hora de esquemas de bateria autônoma garantida pela rede também devendo entrar no planejamento nos próximos meses. O pipeline é o culminar de mais de um ano de trabalho da Queequeg, que “construiu uma forte equipe de desenvolvimento” em todo o país com contratações importantes de toda a indústria de energias renováveis e mais funções a seguir. Os sistemas de armazenamento serão implementados junto com os projetos solares para combinar geração renovável com saída flexível, proporcionando estabilidade e resposta de frequência à rede. (Renews - 02.11.2021)

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9 Goldwind lança turbina offshore de 12MW

A nova máquina faz parte de uma nova geração de unidades inteligentes de ímã permanente de média velocidade. O fabricante chinês Goldwind revelou uma turbina eólica offshore de 12MW e novos modelos para o mercado onshore. A empresa disse que lançou uma nova geração de turbinas inteligentes de ímã permanente de média velocidade, incluindo um modelo GW242-12MW para o mercado offshore. A plataforma de ímã permanente de média velocidade recém-lançada tem as características de alta confiabilidade, compatibilidade com a rede e forte adaptabilidade de cena, disse a empresa. (Renews - 01.11.2021)

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Meio Ambiente

1 Brasil anuncia meta de reduzir 50% de emissões até 2030

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou durante a COP26, a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, na manhã desta segunda-feira (1º/11), uma nova meta climática brasileira de reduzir em 50% a emissão de gases poluentes até 2030 e neutralizar a emissão de carbono até 2050. Anteriormente, o país tinha a meta de reduzir, até 2030, 43% das emissões nacionais. Porém, o anúncio foi lacônico ao não apontar qual a base para o corte. Caso a redução siga a mesma base da atualização anterior (de dezembro de 2020), o país ainda emitiria mais gases do que o apontado na meta feita em 2015, no Acordo de Paris. Senso assim, se o país seguir a base mais atualizada disponível (o quarto inventário nacional de emissões), a redução de emissões ficaria igual à prometida em 2015. Ou seja, em qualquer dos cenários, o Brasil não aumenta sua ambição climática na nova meta (chamada de NDC, sigla em inglês para contribuição nacionalmente determinada) apresentada perante o mundo. Metas mais ambiciosas eram esperadas das nações signatárias do Acordo de Paris. A meta foi anunciada pelo ministro em Brasília, mas com transmissão no pavilhão brasileiro montado na COP26 —sua viagem a Glasgow só deve ocorrer nos próximos dias. Em suma, no pronunciamento, ele classificou a meta como " mais ambiciosa". (Folha de São Paulo – 01.11.2021)

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2 Sob pressão americana, Brasil se compromete a reduzir emissão de metano na COP26

O Brasil assinou nesta terça-feira (02/11), durante a COP26, o Compromisso Global sobre Metano, junto a 96 países. O objetivo do acordo é reduzir 30% das emissões globais de metano até 2030, em comparação com as emissões de 2020. Cerca de 70% das emissões do gás no país estão concentradas no setor agropecuário, segundo dados do Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa). Maior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil resistia ao acordo, que implica a revisão de processos na pecuária. Segundo fontes ligadas ao alto escalão do governo federal, a pressão dos Estados Unidos nas últimas semanas foi decisiva para a adesão, que teve a concordância dos ministérios do Meio Ambiente, das Relações Internacionais e da Agricultura. "Nós concordamos em trabalhar com os membros do acordo com tecnologia. Há mais de US$ 300 milhões filantrópicos para ajudar na transição. Nós falamos: isso é uma vitória, uma oportunidade. E nesse contexto, países vão começar a considerar: por que eu vou comprar de um país que não está trabalhando nisso?", disse Pershing. (Folha de São Paulo – 02.11.2021)

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3 Ministro de Minas e Energia e príncipe Charles conversam sobre compromissos climáticos do Brasil

A agenda do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, segue movimentada durante a COP26. Nesta terça-feira (02/11), ele e o Príncipe Charles tiveram uma conversa e comentaram sobre os compromissos assumidos pelo Brasil e a contribuição do país nos esforços internacionais no combate às mudanças climáticas. Como noticiamos, o ministro está em Glasgow, na Escócia, para participar de uma série de eventos relacionados à COP26 até a próxima sexta-feira (05/11). Durante a viagem, Albuquerque participará de painéis e debates para detalhar as contribuições do setor de energia brasileiro na questão do clima. Durante sua passagem pela COP26, o ministro tem destacado programas como o Combustível do Futuro, Mais Luz para Amazônia e o Renovabio. Além disso, tem abordado as perspectivas para a energia solar, eólica e novas tecnologias envolvendo o hidrogênio. (Petronotícias – 02.11.2021)

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4 Biometano pode ajudar Brasil a cumprir meta de zerar emissões líquidas em CO2

O desenvolvimento de um mercado de biogás, gerado a partir de resíduos agropecuários, como fonte de energia pode ajudar o Brasil a cumprir o compromisso de reduzir em 30% as emissões de metano até 2030, assumida pelo país ontem na COP-26, na Escócia. Segundo estimativas da Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), o Brasil tem potencial de produzir, até 2030, cerca de 30 milhões de metros cúbicos por dia de biometano, que pode ser usado como combustível com um potencial energético equivalente ao do gás natural fóssil. Isso seria suficiente para tirar da natureza 36% das emissões de metano no país em menos de uma década, mais do que a meta estipulada em Glasgow. O biometano pode ser usado como substituto do diesel em caminhões, como uma espécie de gás natural renovável, gerar energia elétrica ou servir de insumo para a fabricação de produtos como a amônia. (O Globo – 03.11.2021)

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5 Emissões de gases de efeito estufa do setor de energia diminuem em 4,5% no Brasil em 2020

Um estudo do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, feito com cinco setores da economia que respondem pelas emissões do Brasil, mostrou que o setor de energia no Brasil teve uma redução de 4,5% das emissões de gases de efeito estufa. Os outros setores analisados foram agropecuários, processos industriais e uso de produtos e mudanças de uso da terra e florestas. Na média geral, o Brasil seguiu no sentido contrário da tendência mundial com um aumento de 9,5% nas emissões de gases poluentes em 2020, em plena pandemia de covid-19, enquanto a média global de emissões sofreu uma redução de 7% devido à pandemia. O SEEG calculou em 2,16 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (GtCO2e) as emissões nacionais brutas no ano passado, contra 1,97 bilhão em 2019. No estudo, o setor de energia considera a queima de combustíveis em atividades como transportes, indústria e geração de eletricidade. O segmento respondeu por 18% das emissões do país em 2020 e teve uma queda forte de 4,6% em relação ao ano anterior. Isso ocorreu em resposta direta à pandemia, que nos primeiros meses de 2020 reduziu o transporte de passageiros, a produção da indústria e a geração de eletricidade. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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6 CNI vê perda de R$ 14,2 bi com crise hídrica

Os efeitos das medidas emergenciais para garantir o fornecimento de energia elétrica e evitar apagões vão se prolongar para o próximo ano, quando o presidente Jair Bolsonaro deve tentar a reeleição. De acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a alta no custo da energia resultará em uma queda de R$ 14,2 bilhões (a preços de 2020) no Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, em comparação com o que ocorreria sem a crise energética no país, representando um efeito de -0,19%. Para este ano, a projeção é de uma queda de R$ 8,2 bilhões. O país enfrenta uma grave crise hidrológica, com a pior escassez nos reservatórios das usinas hidrelétricas nos últimos 91 anos. Para garantir o abastecimento, o governo tem adotado medidas como o acionamento emergencial de usinas térmicas e a importação de energia da Argentina e Uruguai. As ações, no entanto, levaram a sucessivos aumentos nas contas de luz, engolindo parte da renda disponível das famílias para a compra de produtos e bens. De acordo com estudo da CNI, essa redução na demanda vai causar um efeito em toda a cadeia até a ponta da indústria. Também há impacto no custo de empresas que fabricam bens industriais, já que muitos desses setores fazem uso intensivo de energia elétrica. (O Estado de São Paulo – 03.11.2021)

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7 Volkswagen, Raízen e Shell se unem no desenvolvimento de projetos para reduzir emissões

Às vésperas da Conferência do Clima da ONU (COP 26), três grandes grupos do Brasil, Volkswagen, Raízen e Shell, se uniram para trabalhar em projetos com foco no uso do etanol para a redução das emissões de CO2. A ideia é que o combustível brasileiro seja uma ponte para a descarbonização até a eletrificação total dos veículos, que vai demorar mais a ocorrer em países menos desenvolvidos. A parceria prevê o desenvolvimento de novas fórmulas mais eficientes para o etanol, uso de gás natural renovável feito a partir de resíduos da cana usada na produção do combustível, material hoje descartado, e instalação de postos de recarga para carros elétricos. As medidas serão implementadas até 2023 e vão ajudar principalmente na descarbonização do setor automotivo ao estimular o uso do etanol, aliado à estratégia complementar entre carros elétricos, híbridos e flex. (O Estado de São Paulo – 29.10.2021)

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8 G-20: acordo sobre combate às mudanças climáticas é um avanço, mas ainda é pouco

Os países mais ricos do mundo, incluindo o Brasil, dizem ter chegado a um consenso (ou melhor, "visão compartilhada") sobre o combate às mudanças climáticas e prometem financiamento para a descarbonização das economias. Mas tudo em termos genéricos, aponta o comunicado que divulgam neste domingo (31/11) ao final da cúpula do G-20 em Roma. Patricia Espinosa, secretária-executiva da Convenção sobre Mudanças Climáticas da ONU, questiona as propostas. “O G-20 tem um importante papel, mas vendo suas NDCs (os compromissos voluntários que os países fazem), sabemos que não estamos onde deveríamos: juntos, temos um corte de 16% das emissões, e deveríamos estar em 45%. Isso é um fato", afirma a mesma. A especialista lembra da importância de seguir vigilante às promessas dos países desenvolvidos. “Países do G-20, especialmente a China, dizem que irão cumprir seus compromissos. A China diz que irá atingir o pico de emissões antes do que prometeu. No entanto, sabemos que a transformação não irá acontecer de um dia para o outro. Temos que constantemente ver como aumentar a ambição e ampliar as NDCs”, acrescenta Espinosa. (Valor Econômico – 31.10.2021)

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9 Entenda o que é a COP26 e sua importância para o futuro do planeta

Representantes de quase 200 países estarão em Glasgow, na Escócia, para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que começou no domingo (31/10). O evento é considerado chave para reforçar o combate ao aquecimento global e protege/r o planeta. As ações climáticas ganharam senso de urgência depois dos mais recentes relatórios divulgados pela comunidade científica. No entanto, os compromissos dos países ainda são insuficientes para manter o aquecimento global abaixo dos níveis acertados no Acordo de Paris. Embora haja um certo consenso de que o problema não pode ser mais adiado, as negociações em Glasgow prometem ser complicadas. Além de metas mais ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, outros temas centrais neste ano são o financiamento destas medidas, a questão da justiça climática e o mercado global de carbono. Anfitrião do encontro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, resume os objetivos desta COP em quatro palavras: “carvão, carros, dinheiro e árvores”. Isso significa eliminar o uso deste combustível fóssil poluente, acelerar a transição do transporte para os veículos elétricos, garantir financiamento para ajudar os países em desenvolvimento a implementarem suas medidas climáticas e reverter o desmatamento florestal. (Valor Econômico – 30.10.2021)

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10 COP26: Reino Unido e EUA revelam nova aliança de redes limpas

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o presidente dos EUA, Joe Biden, estão entre os líderes mundiais que lançaram a iniciativa de redes verdes hoje na COP 26 em Glasgow, Escócia. O anúncio foi feito em uma sessão virtual sobre aceleração de tecnologia limpa. O objetivo é combinar um aumento maciço na energia solar e eólica com redes internacionais em todos os continentes, conectando locais ricos em energia, como desertos ensolarados e litorais ventosos. Isso incluirá usinas de energia solar em grande escala, fazendas eólicas e redes com energia solar no telhado e redes comunitárias, incluindo minigrids de vilas, para garantir um fornecimento confiável, resiliente e acessível de energia limpa para todos. No geral, o objetivo é acelerar a transição energética em todas as partes do mundo para permanecer dentro de um orçamento de carbono global seguro. A Iniciativa Green Grids - One Sun One World One Grid será coordenada por um Grupo de Coordenação Ministerial que incluirá França, Índia, Reino Unido e Estados Unidos, além de representantes da África, Golfo, América Latina e Sudeste Asiático. (Renews - 02.11.2021)

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11 COP26: Japão promete US$ 10 bi a mais em financiamento climático internacional

O Japão comprometerá US$ 10 bilhões adicionais nos próximos cinco anos para financiamento climático no exterior, anunciou o primeiro-ministro Fumio Kishida em um discurso nesta terça-feira (02/11) na COP26, na Escócia. Em sua primeira viagem ao exterior desde que se tornou líder do Japão em outubro, e logo após a vitória de seu partido nas eleições de domingo, Kishida prometeu desempenhar um papel de liderança na luta da Ásia contra o aquecimento global. A assistência adicional, além dos US$ 60 bilhões em financiamento público e privado já prometido, "incluiria nossa contribuição para o lançamento de um mecanismo financeiro inovador para o clima, já que fazemos parceria com o Banco de Desenvolvimento Asiático e outros para apoiar a descarbonização da Ásia e além dela", disse Kishida em Glasgow. O líder japonês acrescentou que o seu país dobrará a assistência destinada a ajudar outros países a se adaptarem ao impacto da mudança climática para cerca de US$ 14,8 bilhões, como também fornecerá cerca de US $ 240 milhões em ajuda financeira para a conservação florestal global. (Valor Econômico – 02.11.2021)

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12 Espanha: aumentará o financiamento climático em 50%

O Presidente do Governo, Pedro Sánchez, anunciou esta segunda-feira na sessão plenária da COP26 que a Espanha aumentará em 50% o seu financiamento climático aos países em desenvolvimento com o objetivo de alcançar uma contribuição de 1,35 mil milhões de euros a partir de 2025. Em seu discurso no segmento de alto nível da XXVI Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), que se realiza em Glasgow (Reino Unido) até 12 de novembro, o presidente garantiu que a Espanha vai reforçar o exterior ação de adaptação e contribuirá com 30 milhões de euros em 2022 para o Fundo Nacional de Adaptação das Nações Unidas, de acordo com Europa Press. Em sua opinião, se os países elevarem seu nível de ambição, devem apoiar esses objetivos "com recursos" e por isso considera que a meta de chegar a 100 bilhões de dólares em financiamento climático global "será uma das provas decisivas de a COP26 na hora de recuperar a confiança entre os países do Norte e do Sul”. (Energías Renovables - 30.10.2021)

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13 Climatempo apresenta o boletim “La Niña a bordo: Qual o impacto no setor de energia?”

O El Niño Oscilação Sul (ENOS), fenômeno que se forma no Oceano Pacífico, é um fenômeno de grande importância para a Meteorologia por se tratar de um fenômeno de teleconexão, isto é, impacta as condições de tempo e clima em várias regiões do globo. O ENOS envolve a interação entre dois componentes: o oceano e a atmosfera. De acordo com o boletim, no último dia 14 de outubro, o Climate Prediction Center (CPC) confirmou que já estamos a bordo da fase fria do ENOS, a La Niña, e que esta persistirá para os próximos meses. Nesse caso, essa informação é importante para entender os impactos do fenômeno na qualidade do próximo período chuvoso (verão de 2022). Depois de explicar como o fenômeno La Niña pode alterar a precipitação na América do Sul, a Climatempo destaca como o setor de energia pode ser afetado. Para a recuperação dos reservatórios, são necessárias estações chuvosas de qualidade, isto é, uma estação com alto volume de chuva bem distribuída temporal e espacialmente. Em uma fase de La Niña, a expectativa é que a geração hídrica no Sul do país seja afetada negativamente, principalmente em episódios canônicos, dada a possível redução da precipitação e, consequentemente, do abastecimento dos rios e reservatórios. Para saber mais detalhes do boletim, acesse o portal da Climatempo. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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14 Sem mercado de carbono não há emissões liquidas em CO2 zeradas em 2050, aponta ABEEólica

O discurso de diversas nações em todo o mundo foi semelhante na Cúpula do Clima, realizada no primeiro semestre e capitaneada pelos Estados Unidos. Países, entre eles o Brasil, afirmaram que têm a meta de ser carbono neutro até 2050. Mas, a realização desse desafio só será possível caso haja a introdução de um mecanismo de precificação de carbono. Por isso, este é um dos principais pontos a serem discutidos na COP-26, em Glasgow. O setor de geração do Brasil acompanha com atenção, até porque pode ser um dos grandes impulsionadores desse caminho. Segundo a presidente executiva da Associação Brasileira da Energia Eólica, Élbia Gannoum, sem esse instrumento financeiro dificilmente a meta será alcançada. “Não chegaremos a emissões liquidas de carbono zerado sem mecanismos como o crédito de carbono, o artigo 6° está em discussão na COP-26, a precificação é a única saída para que esse mercado funcione de maneira adequada. Essa é atualmente a forma mais eficiente para que os agentes econômicos ajam da maneira necessária”, declarou a executiva durante a soft opening do Brazil Windpower, evento realizado pelo CanalEnergia, by Informa Markets, ABEEólica e GWEC, nesta sexta-feira, 29 de outubro. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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15 Gigantes da filantropia anunciam aliança na COP26 em apoio à transição energética

Gigantes da filantropia lançaram nesta COP26 uma aliança em apoio à transição para energia limpa nos países do Sul Global, que inclui o Brasil. Com investimento inicial de US$ 10 bilhões, o grupo é formado por nomes como Fundação Rockefeller, pela Fundação Ikea e pelo Bezos Earth Fund, segundo a organização da conferência. A aliança pretende investir em projetos de energia renovável, como solar, ao lado de governos e empresas locais, com os recursos de Ikea, Rockefeller e Bezos atuando como capital de risco para ajudar a atrair investidores privados. Em suma, a iniciativa também tem apoio do Banco Asiático de Desenvolvimento, do Banco Mundial, do Banco Europeu de Investimento e de outros. (Folha de São Paulo – 02.11.2021)

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16 Combate ao aquecimento global exige participação ativa da sociedade, dizem especialistas

Para combater a crise climática, é preciso abraçar diversas frentes de atuação, afirmam especialistas. Entre elas estão a regulação dos setores de energia e agropecuária, a adoção de políticas públicas para reduzir o desmatamento e ações de educação para a população. Em 2020, o Brasil registrou um aumento de 9,5% nas emissões de gases estufa. O dado, divulgado pelo Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), reúne informações de diferentes fontes emissoras de poluentes como desmatamento e agropecuária. Os impactos sociais das alterações no clima foram tema de debate na última sexta-feira (29). O seminário Mudanças Climáticas foi promovido pela Folha, com patrocínio da Klabin e apoio da Prefeitura de São Paulo. A mediação foi do jornalista Marcelo Leite. Ana Toni, diretora-executiva do ICS (Instituto Clima e Sociedade), afirma que combater o desmatamento é absolutamente necessário, mas que é preciso ir além e olhar para a produção de combustíveis fósseis e a geração de energia. (Folha de São Paulo – 02.11.2021)

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Energias Renováveis

1 ONS cria novo modelo para divulgação dos dados de Energia Eólica e Solar

O Operador Nacional do Sistema Elétrico criou uma forma mais ágil de disponibilizar dados históricos de geração eólica e fotovoltaica no Sistema Interligado Nacional. A nova aba do site surge com o intuito de suprir a demanda por informações com a expansão das fontes renováveis e tem como principal objetivo facilitar a consulta pública, além de permitir a visualização dos dados detalhados sob forma de gráficos. De acordo com o Operador, os usuários ganharam liberdade para fazer as próprias análises, apoiadas pelos princípios da transparência e da confiabilidade do conteúdo disponibilizado. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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2 Energia solar crescerá 67% até o final de 2021 no Brasil

O Ministério de Minas e Energia (MME) disse no dia 30 de novembro que espera que a geração de energia solar atinja 18 TWh em 2021, um aumento de 67% com relação ao ano anterior. Segundo dados do último boletim mensal de energia, citado pelo MME, a geração distribuída (GD) terá o maior crescimento ano a ano, próximo a 125%, gerando 10,8 TWh em 2021. Os parques eólicos do país também devem melhorar sua geração, atingindo pouco mais de 70 TWh antes do final do ano, um aumento de 23% em relação a 2020. Por outro lado, a geração de biomassa e energia hidrelétrica diminuirá em 2021. Devido à severa seca que o Brasil está passando, a energia hidrelétrica deve diminuir em cerca de 10%. Quanto ao consumo de biomassa, o MME estima uma forte queda na indústria sucroalcooleira e moderada no setor agrícola. (Renewables Now - 01.11.2021)

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3 Qair Brasil termina obra de eólica no Ceará

A Qair Brasil concluiu na última quinta-feira, 28 de outubro, a montagem da última torre do projeto Serra do Mato, em Trairi (CE). O empreendimento conta com 29 turbinas, totalizando 121,8 MW de potência instalada e teve as obras concluídas antes do previsto. Serra do Mato é um complexo híbrido. A parte solar, de 101 MW, deve ser concluída em 2022. De acordo com Luiz Santos, Diretor de Desenvolvimento e Construção da Qair Brasil, a conclusão de mais uma fase do Complexo Serrote/Serra do Mato é um marco muito importante para a empresa, por adicionar 121,8MW à matriz energética brasileira quando o país necessita de energia nova e verde, contribuindo para uma economia de baixo carbono. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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4 Equatorial do Brasil vai adquirir plataforma de energias renováveis Echoenergia, controlada pela Actis

A empresa brasileira de energia Equatorial Energia anunciou que celebrou um acordo para adquirir integralmente a empresa paulista de energia renovável Echoenergia Participações SA. A transação está avaliada em cerca de R $6,6 bilhões , sujeita a correção e outros ajustes, que a Equatorial Energia pagará ao vendedor, o fundo brasileiro Ipiranga Fundo de Investimento em Participações Multiestrategia. O fundo é detido por investidores sob a gestão da empresa de private equity Actis LLP. A Echoenergia detém um portfólio eólico de aproximadamente 1,2 GW, sendo 1 GW já em operação e 0,2 GW em fase avançada de construção. A meta também tem um pipeline de 1,1 GW de projetos prontos para construção, 10% eólicos e 90% solares, de acordo com a Equatorial Energia. (Renewables Now - 01.11.2021)

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5 Em nova fase, Atiaia Renováveis prevê investir até R$ 3 bi

Braço pouco conhecido do centenário grupo pernambucano Cornélio Brennand, a Atiaia Renováveis está se reestruturando para entrar de cabeça no mercado de geração renovável de energia, que vem se tornando cada vez mais competitivo. O plano passa por aumentar e diversificar o portfólio da companhia, hoje concentrado em nove pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), as quais somam 220 megawatts (MW) de capacidade instalada - Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A meta é expandir para 1 GW até 2030, o que deverá exigir de R$ 2,8 bilhões a R$ 3 bilhões em investimentos. “Queremos ser provedores de soluções de energia renovável e estar mais próximos dos clientes. É o que todo mundo está buscando hoje, em meio à transição energética”, afirma o presidente da Atiaia Renováveis, Ricardo Cyrino. (Valor Econômico – 03.11.2021)

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6 Equinor investe em energias renováveis e trabalha para reduzir as emissões de gás carbônico

O duplo desafio de fornecer energia a uma população crescente e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de CO para mitigar os impactos das mudanças climáticas tem impulsionado a norueguesa Equinor a fazer uma transição que a levará de uma grande empresa de petróleo e gás para uma companhia ampla e integrada de energia, com portfólio crescente de fontes renováveis. A preocupação com o meio ambiente e com a redução das emissões faz parte da estratégia de negócios da Equinor globalmente. A empresa estabeleceu a ambição de zerar suas emissões líquidas até 2050 e pretende reduzir a intensidade de carbono de suas operações internacionais em 50% até 2030. O Brasil tornou-se uma operação importante para a transição energética da Equinor. A empresa tem planos de construir um portfólio de energias renováveis no país, com iniciativas de energia solar, eólica offshore e armazenamento de bateria. O Complexo de Apodi, no Ceará, em que a Equinor tem participação de 43,75%, é a primeira planta solar da empresa no mundo. Com 500 mil painéis solares, que ocupam o espaço equivalente a 300 campos de futebol, o complexo começou a produzir em 2018 e tem capacidade para fornecer energia limpa para cerca de 200 mil famílias. Só esse projeto de energia solar equivale a uma redução de aproximadamente 200 mil toneladas de CO por ano. (Folha de São Paulo – 29.10.2021)

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7 China inicia projetos de energia eólica e energia solar fotovoltaica em desertos

A China iniciou uma série de grandes projetos de energia eólica e fotovoltaica em suas áreas desérticas em meados de outubro, disse o principal planejador econômico do país no sábado. De acordo com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, esses projetos estão situados no norte da Mongólia Interior e no noroeste da China em Gansu, Qinghai e Ningxia, com uma capacidade instalada de quase 30 milhões de quilowatts. A comissão disse que a promoção da energia eólica e fotovoltaica ajudará a restaurar os ecossistemas em áreas desérticas, impulsionar a economia local e contribuir para os esforços de redução de carbono do país. Esses projetos estão na lista do país para o desenvolvimento de energia eólica e fotovoltaica em áreas desérticas. A capacidade instalada total é estimada em 100 milhões de quilowatts se todos os projetos da lista forem concluídos. (REVE - 31.10.2021)

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8 Reino Unido lança fundo de apoio flutuante de £ 160 mi

Espera-se que o financiamento, impulsionado pelo investimento do setor privado, desenvolva uma infraestrutura portuária capaz de produzir em massa turbinas eólicas flutuantes offshore. O governo disse que pode criar milhares de novos empregos no centro industrial do Reino Unido, ao mesmo tempo que reduz a necessidade de importação do exterior. O nome de Londres verificou a Escócia e o Mar Céltico como dois locais privilegiados com águas profundas. A confirmação do financiamento segue o Esquema de Apoio ao Investimento na Fabricação de Eólica Offshore de £ 160 milhões, que a BEIS afirma ter garantido cerca de £ 1,5 bilhão de investimentos em novos portos em Teesside e Humber. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse: “A energia eólica offshore é uma história de sucesso do Reino Unido na criação de nossa Revolução Industrial Verde. Explorar este setor emergente impulsionará ainda mais nossa geração de eletricidade limpa, criando empregos e inovação verde em todo o Reino Unido.” (Renews - 01.11.2021)

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9 Principais projetos de energia renovável para fornecer 1,27 GW de nova energia eólica e solar para a África do Sul

A empresa global eólica e solar, Mainstream Renewable Power (“Mainstream”), anuncia hoje que doze de seus projetos ganharam o status de licitante preferencial na Rodada 5 do Programa de Aquisição de Produtor Independente de Energia Renovável da África do Sul (REIPPPP). Os projetos eólicos e solares, que têm uma capacidade total de 1,27 GW, representam metade da alocação total na Rodada, que foi a mais competitiva até o momento, com quase 4 vezes o excesso de inscrições. A vitória torna a Mainstream a empresa de maior sucesso na história do programa de aquisição de energia renovável da África do Sul, com mais de 2,1 GW concedidos até o momento. Isso inclui 850 MW de ativos de geração eólica e solar que a Mainstream já colocou em operação comercial nas Rodadas 1, 3 e 4 do REIPPPP. (REVE - 02.11.2021)

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10 Para neutralizar emissões, investimento em energia limpa precisa triplicar

Graças à Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-26), governos e empresas estão empenhados em divulgar iniciativas para neutralizar a emissão de gases poluentes causadores dos desequilíbrios no clima mundo afora. Mas essa corrida exigirá muito mais investimentos do que o desembolsado até aqui. Estudo realizado pela consultoria Oliver Wyman, em parceria com o Fórum Econômico Mundial (WEF), mostra que será necessário triplicar o volume anual de investimentos em energia limpa, passando de US$ 1,4 trilhão (média dos gastos anuais entre 2016 e 2020) para US$ 4,3 trilhões até 2030 caso a humanidade esteja, de fato, comprometida em alcançar as metas de neutralidade de carbono estabelecidas para 2050. (O Estado de São Paulo – 03.11.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Angra 2 deve retomar operação no dia 7

Termelétrica nuclear ficou fora de operação após falha no gerador elétrico principal em 29 de outubro. Os técnicos da Eletronuclear já identificaram as causas da falha no gerador elétrico principal de Angra 2 e iniciaram os reparos necessários para o retorno da unidade ao SIN. A previsão é que a usina seja reconectada no próximo domingo, 07 de novembro. O desarme do conjunto turbogerador, ocorrido na última sexta-feira, 29 de outubro, foi provocado pela atuação automática de um circuito de proteção do gerador elétrico principal. Todos os sistemas da usina operaram conforme esperado, mantendo a unidade numa condição segura. O reator de Angra 2 permanecerá desligado até que a unidade esteja pronta para retornar. O evento não apresentou qualquer risco à segurança da usina, aos trabalhadores da empresa, à população ou ao meio ambiente. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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2 Pesquisa mostra que biogás pode abastecer energia de 19 mil casas em RO

Pesquisa feita pela CIBiogás para a Federação de Indústria do Estado de Rondônia revelou que Rondônia pode produzir biogás com processamento de lixo suficiente para gerar 59 GWh/ano de energia elétrica. O valor é capaz de atender cerca de 19 mil residências. Outra possibilidade é usar esse biogás para gerar 16,8 milhões de m³ de biometano. O potencial do estado para produzir biogás a partir da Fração de Resíduos Sólidos Urbanos é de 31,7 milhões de Nm³ biogás /ano. Rafael González, diretor presidente do CIBiogás, destacou que o potencial do biogás em Rondônia aponta possibilidades para outros estados amazônicos e é um forte exemplo de como desenvolver cadeias produtivas focadas em energias renováveis e fortalecer a economia de baixo carbono na região. Os locais com maiores potenciais de produção estão localizados nas regiões de Madeira-Mamoré e Central, que juntas acumulam mais de 56% do total de produção de Rondônia. A capital de Porto Velho, por sua vez, tem o maior potencial do estado em relação a produção de biogás a partir do acúmulo de resíduos, capaz de gerar 9,8 milhões de m³.biogás/ano. Com apenas os resíduos sólidos urbanos, ainda seria possível produzir 18 GWh/ano de energia elétrica. Um dos principais enfoques da pesquisa é contribuir para o aumento da descarbonização das atividades econômicas da região amazônica. (CanalEnergia – 01.11.2021)

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3 Gás natural tem um poder de aquecimento global quase 30x maior do que o CO2

O metano pode constituir até 97% do gás natural. Embora sua vida útil seja mais curta que a do CO2, em um período de cem anos tem um poder de aquecimento global 28 vezes maior que o do CO2; em uma escala de 20 anos, é 84 vezes mais poderoso. O metano contribui para a formação de ozônio troposférico e é um poderoso poluente do ar local que causa sérios problemas de saúde. Ao final de seu ciclo de vida, o metano é transformado em dióxido de carbono e vapor d'água, contribuindo ainda mais para as mudanças climáticas. Assim, a redução das emissões de metano ajuda a desacelerar as mudanças climáticas e melhorar a qualidade do ar. A emissão de um quilo de metano é equivalente a emissão de 86 de CO2. Cada vez mais pesquisas científicas mostram que os vazamentos de metano não foram bem contabilizados e representam um problema climático maior do que se pensava anteriormente. A Cúpula do Clima de Glasgow acaba de iluminar um acordo, promovido pela União Europeia e os Estados Unidos e assinado por uma centena de países, pelo qual todos se comprometem a reduzir as emissões de metano em 30% até 2030. (Energías Renovables - 03.11.2021)

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4 Suécia: Tekniska verken trabalha em projeto de biogás

Tekniska verken em Linköping, Suécia, está construindo um poço de polpa hermética (gas-tight slurry pit). A FVB está envolvida em várias partes do projeto, incluindo o estudo de viabilidade e o gerenciamento do projeto para parte do processo. A Tekniska é responsável pela produção, venda e distribuição de biogás na cidade de Linköping. A planta de biogás fica nos arredores da cidade e consiste em tanques de pré-tratamento, tanques de recepção de materiais líquidos, digestores, uma planta de atualização e um poço de armazenamento. No poço de armazenamento aberto, o metano vaza para o ar e, como o metano é um poderoso GEE, é importante eliminar essas emissões. Vários projetos serão implementados para renovar a planta de biogás, mas a maior medida é construir o poço de lama fechado que será adjacente à área existente. O novo poço de polpa de 6000 m3 será colocado em operação até o final do ano. O custo estimado é de aproximadamente SEK 25 milhões, dos quais SEK 11 milhões vêm da Klimatklivet, que fornece financiamento para investimentos locais que têm grandes benefícios climáticos. (Energy Global - 01.11.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Equatorial estuda venda de energia na baixa tensão

Os executivos do Grupo Equatorial estão de olho na possibilidade que se apresenta com a abertura do mercado livre para a baixa tensão a partir de 2024. No momento, a empresa não atua na venda da energia na baixa tensão, mas não nega que isso é uma oportunidade que pode se colocar no futuro. A Equatorial acaba de comprar a Echoenergia por R$ 6,7 bilhões em uma transação que colocou o grupo no segmento de energias renováveis. A ideia é aproveitar a comercializadora e a Solenergias – que recentemente também foi adquirida – para se posicionar na venda de energia ao varejo do setor elétrico. “Acreditamos na evolução do mercado livre, na abertura que já está acontecendo e no valor que nossa energia incentivada tem para os consumidores pela redução de custos, quanto pela condição de energia renovável”. A modelagem do negócio não contempla venda de energia para a baixa tensão. A empresa está exclusivamente no mercado de média e alta tensão “Quando o mercado de baixa tensão vier a abrir, isso, sim, geraria uma opcionalidade”, disse o diretor de Regulação e Novos Negócios da companhia, Tinn Amado. (CanalEnergia – 29.10.2021)

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Economia Brasileira

1 Copom reforça que antevê outra alta de 1,5 ponto na Selic

O Copom reforçou nesta quarta-feira que, para a sua próxima reunião antevê, outra alta de 1,5 ponto percentual da Selic. Na semana passada, o colegiado decidiu elevar a taxa básica de juro em 1,5 ponto, para 7,75% ao ano. O colegiado afirmou nesta quarta-feira que, na reunião da semana passada, avaliou “cenários com ritmos de ajuste maiores do que 1,50 ponto percentual”. “Prevaleceu, no entanto, a visão de que trajetórias de aperto da política monetária com passos de 1,50 ponto percentual, considerando taxas terminais diferentes, são consistentes, neste momento, com a convergência da inflação para a meta em 2022, mesmo considerando a atual assimetria no balanço de riscos", disse na ata referente à reunião. Na ata divulgada nesta quarta-feira, o Copom relata que, para avaliar “o ritmo apropriado de elevação dos juros”, observou “a convergência da inflação para as metas utilizando simulações com diferentes trajetórias de política monetária, sob diferentes cenários alternativos.” (Valor Econômico – 03.11.2021)

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2 Custo da dívida pode aumentar em R$360 bilhões com inflação e juros altos

A alta da inflação e dos juros, provocada em grande medida pela piora do quadro fiscal, pode ter um custo de cerca de R$ 360 bilhões por ano. Esse é o quanto o estoque da dívida pública mobiliária, que hoje ronda a casa dos R$ 5 trilhões, fica mais cara somente considerando-se que a taxa Selic pode subir nove pontos percentuais no ciclo iniciado pelo Banco Central em março deste ano e que o IPCA deve ficar 5,75 pontos acima da meta de inflação. Segundo Goldenstein, a cada um ponto de aumento da taxa Selic, o custo da dívida sobe R$ 30 bilhões. Assim, é possível considerar que, se a Selic chegar a 11%, como prevê boa parte do mercado, o estoque passará a custar R$ 270 bilhões a mais por ano. Da mesma forma, a perspectiva de que a inflação neste ano fique em 9,5%, como prevê o mercado, e não em 3,75%, que é a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, representa um custo de R$ 90 bilhões por ano para o Tesouro. (Valor Econômico – 03.11.2021)

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3 Repasses reforçam caixa e Estados gastam mais

Com cofres reforçados devido a repasses extras de verbas federais e ao congelamento de gastos com salários, os Estados conseguiram liberdade para gastar mais. Pelo menos 18 unidades da federação criaram versões próprias do auxílio emergencial, diz a nota informativa Consolidação Fiscal e Finanças dos Entes Subnacionais, elaborada pela SPE do Ministério da Economia, antecipada ao Valor. Além de criar programas assistenciais, os governadores puderam elevar os investimentos em 14,3% de 2019 a 2021, revertendo uma tendência histórica de queda nesse indicador. De 2010 a 2015, os investimentos estaduais recuaram 10,4%. De 2016 a 2019, a retração foi de 7,6%. A melhora de caixa se deve em parte a medidas temporárias, aponta o documento. As transferências extras da União tendem a se reduzir com o avanço da vacinação anticovid. Além disso, termina no fim do ano o congelamento da folha salarial instituído em 2020. (Valor Econômico – 03.11.2021)

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4 Indústria perde intensidade tecnológica nas exportações

A alta de preços das commodities contribuiu para um valor recorde de exportação de bens manufaturados de menor intensidade tecnológica neste ano, mas a ajuda não foi suficiente para evitar o avanço do déficit na balança comercial da indústria de transformação. No acumulado do ano até setembro, o saldo negativo foi de US$ 37,3 bilhões, o maior para o período desde 2013. A luz amarela fica principalmente para os ramos de maior intensidade tecnológica, mais sensíveis aos choques resultantes da pandemia. Dados da série histórica mostram, porém, perdas relacionadas a questões estruturais domésticas que podem dificultar a inserção da indústria no rearranjo em curso das cadeias produtivas globais e na corrida tecnológica para manter competitividade. De 2018 até este ano a exportação dos ramos de alta e média-alta tecnologia perdeu praticamente dez pontos percentuais de participação no embarque total da indústria de transformação. (Valor Econômico – 03.11.2021)

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5 Pandemia promove “qualificação forçada” do mercado de trabalho

Ao afetar mais os trabalhadores menos qualificados, a pandemia acelerou um processo no Brasil que se estende, ao menos, pelos últimos sete anos: a melhoria educacional da população ocupada. As observações foram feitas pelo FGV Ibre ao Valor, e os pesquisadores da instituição alertam: sem educação, uma gama de ocupações e oportunidades são praticamente vetadas a milhões de brasileiros. Dados da Pnad Contínua do IBGE analisados pelo FGV Ibre mostram que, da população ocupada no segundo trimestre de 2012, 50,8% não tinham ensino médio completo, 34,8% tinham esse grau de instrução e 14,3% finalizaram o ensino superior. Em 2019, a parcela com educação inferior ao ensino médio havia caído para 39,8%, o grupo que concluiu esse nível avançou para 39,6% e os com superior completo foram a 20,6%. Esses movimentos aprofundaram-se na pandemia. A participação dos profissionais sem ensino médio completo na população ocupada recuou para 35,8% no segundo trimestre de 2021, a parcela com ensino médio subiu para 40,3% e aqueles com superior completo chegaram a 23,9%. (Valor Econômico – 03.11.2021)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 01 sendo negociado a R$ 5,6700 com variação de +0,37% em relação ao início do dia. Hoje (03), começou sendo negociado a R$ 5,6760, com variação de +0,11% em relação ao fechamento do dia útil anterior. Às 11h09 de hoje, estava sendo negociado pelo valor de R$ 5,6925, variando +0,29% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 01.11.2021 e 03.11.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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