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IFE: nº 5.455 - 28 de março de 2022
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL e AHK: Curso Hidrogênio e Transição Energética
2 Aneel mantém bandeira verde para consumidores inscritos na Tarifa Social em abril
3 Artigo de Marcelo Ribeiro, Adrian Pugliesi e Beyla Fellous: “Transformação digital e autorregulamentação abrem oportunidades no setor energético”

Transição Energética
1 Força-tarefa de energia dos EUA e da UE visa mais energias renováveis
2 União Europeia aprova plano para compra conjunta de gás natural

3 Alemanha quer ser independente do petróleo russo até o final do ano e do gás até 2024
4 Bruxelas estudará a possibilidade de limitar os preços do gás e estudará se deve ou não dissociar os mercados do gás e da eletricidade
5 Crédito de carbono gera US$ 1 bi no mundo
6 Ilhas Baleares trabalham no alcance de 100% de ilhas renováveis até 2050
7 Econward: Soluções para otimizar o tratamento de resíduos orgânicos
8 Plano de Ação DSO fornece o próximo passo no caminho da transição energética
9 Presidente da cúpula do clima opina sobre rumo da transição energética
10 Quantos empregos a transição para a energia limpa poderia criar?

Empresas
1 Cesp registra prejuízo líquido no 4º trimestre de 2021
2 Light acelera reconhecimento de Tarifa Social
3 GE Renewable Energy: Modernização da usina hidrelétrica de São Simão
4 AES Brasil anuncia mudanças no Conselho de Administração

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo nacional de energia deve crescer 3,7% em abril, na comparação anual
2 ONS: Custo Marginal da Operação sobe 71,79% no Sudeste/Centro-Oeste e Sul, a R$ 42,32/MWh
3 UE: Conselho cita medidas emergenciais para fazer frente a alta da energia

4 França/Macron: UE quer garantir abastecimento de energia e 'controlar preços' no curto prazo

Mobilidade Elétrica
1 BYD amplia rede no Brasil e chega a Minas Gerais e Espirito Santo
2 S&P Global Mobility: Carro elétrico pode ficar mais caro devido à guerra na Ucrânia
3 Suzuki: Mega investimento em VEs na Índia
4 IBS: Nova bateria quântica vai permitir recarga em 9 segundos

5 StoreDot: Baterias que suportam 1.200 recargas são testadas com sucesso

Inovação
1 Enerfin: Memorando de Entendimento para projeto de H2 verde no Brasil
2 PSR: Hidrogênio como produto de exportação ficou mais concreto
3 ISA Cteep dá partida a primeiro projeto de baterias de energia
4 CSIC: Apresentação de bateria de armazenamento de grande escala

Energias Renováveis
1 Solar Volt: Entrega de usina fotovoltaica em MG
2 Panasonic: PPA para 500 MW no CE
3 FIERN: Novo Atlas Eólico e Solar na mesma plataforma
4 EDP Renováveis: Investimento de R$ 13 mi em projetos sociais no Brasil

5 EUA/UE: Força-tarefa visa expansão de energias renováveis
6 Europa: Mercado de energia solar térmica recupera tendência de crescimento
7 Reino Unido: Descontos na conta de energia podem ser usados para aumentar a energia renovável
8 China: Geração de parque eólico offhsore ultrapassa 1 bi de kWh

9 Declaração ACP sobre o anúncio do leilão de energia eólica offshore de Carolina Long Bay

Gás e Termelétricas
1 Elétricas acusam empresas de gás de obterem margens de lucro de 100%
2 CVU da UTE Norte Fluminense é reajustado pela Aneel
3 IBP elege novos membros para conselhos

Biblioteca Virtual
1 RIBEIRO, Marcelo; PUGLIESI, Adrian; FELLOUS, Beyla. “Transformação digital e autorregulamentação abrem oportunidades no setor energético”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL e AHK: Curso Hidrogênio e Transição Energética

Tendo em vista a crescente demanda por informação e profissionalização no mercado de alternativas a combustíveis fósseis, o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL/UFRJ) em associação com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio), no âmbito da Aliança para o Hidrogênio Verde, promovem a 3ª turma do curso Hidrogênio e Transição Energética. O curso tem como foco principal o aprofundamento sobre o Hidrogênio como tecnologia do futuro e seu papel chave nas agendas de transição energética e oferece a você conhecimentos técnicos, regulatórios, econômicos, financeiros e ambientais sobre a economia do hidrogênio, com o olhar voltado às oportunidades e tendências do mercado internacional e nacional. O início do curso será dia 11/04/2022 e as inscrições vão até até 04/04/2022. Para inscrições e mais informações, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.03.2022)

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2 Aneel mantém bandeira verde para consumidores inscritos na Tarifa Social em abril

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (25/03), que irá manter a bandeira verde acionada para consumidores inscritos no programa Tarifa Social em abril. Com isso, não haverá cobrança de taxa adicional nas contas de luz desses clientes. É o quinto mês consecutivo que a agência reguladora mantém a bandeira verde. Em nota, a Aneel afirmou que o patamar “indica condições favoráveis de geração de energia”. Para os demais consumidores, continua em vigor a bandeira escassez hídrica, que representa uma cobrança adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatt-hora (kWh). Esse deve ser o último mês de vigência deste patamar, que foi anunciado em agosto pelo governo por conta da crise hídrica que o País enfrentou no ano passado. Na Aneel já tramita um processo com objetivo de revisar os valores das faixas das bandeiras tarifárias para os anos de 2022 e 2023, mas ainda não há previsão de quando uma proposta com os valores será apresentada. (O Estado de São Paulo – 25.03.2022)

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3 Artigo de Marcelo Ribeiro, Adrian Pugliesi e Beyla Fellous: “Transformação digital e autorregulamentação abrem oportunidades no setor energético”

Em artigo publicado na Agência CanalEnergia, Marcelo Ribeiro (sócio de Regulatório da KPMG no Brasil), Adriana Pugliesi (professora do CEU Law School) e Beyla Fellous (diretora do Executive LL.M. do CEU Law School) tratam do “triplo D” da transição energética: descarbonização, descentralização e digitalização. Segundo os autores, “por tudo isso, as mudanças no setor energético brasileiro, sob o influxo da nova econômica digital trará mudanças expressivas nesse mercado, abrindo oportunidade de novos negócios, muito provavelmente em crescente autorregulamentação. O cenário parecer favorável a investimentos no setor de energia.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.03.2022)

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Transição Energética

1 Força-tarefa de energia dos EUA e da UE visa mais energias renováveis

Os Estados Unidos (EUA) e a União Europeia (UE) estão criando uma força-tarefa conjunta sobre segurança energética que incluirá cooperação estratégica em energias renováveis, incluindo energia eólica offshore. A força-tarefa, a ser presidida por representantes da Casa Branca e do presidente da Comissão Europeia, também buscará formas de acelerar o planejamento e aprovação de projetos de energia limpa. Também desenvolverá uma estratégia para acelerar o desenvolvimento da força de trabalho para apoiar a rápida implantação de tecnologias de energia limpa, incluindo a expansão da energia solar e eólica. A força-tarefa também apoiará a colaboração para avançar na produção e no uso de hidrogênio limpo e renovável, inclusive investindo em desenvolvimento de tecnologia e infraestrutura de apoio. Os EUA e a Comissão Europeia empreenderão esforços para reduzir a intensidade de gases de efeito estufa de todas as novas infraestruturas de GNL e gasodutos associados, inclusive por meio do uso de energia limpa para alimentar as operações no local, a redução do vazamento de metano e a construção de hidrogênio limpo e renovável pronto a infraestrutura. (Renews Biz – 25.03.2022)

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2 União Europeia aprova plano para compra conjunta de gás natural

Líderes da União Europeia (UE) endossaram nessa sexta-feira (25) um plano para que os países do bloco façam compras conjuntas de gás natural. A medida tem como fim obter preços mais baixos em um mercado pressionado pela guerra da Rússia contra a Ucrânia. O acordo político acertado em uma cúpula em Bruxelas abre caminho para que a Comissão Europeia e os países interessados comecem a negociar com parceiros internacionais, como já foi feito pelo bloco na compra de vacinas contra covid-19. A medida fazia parte de um plano apresentado para Comissão Europeia para diminuir a dependência da região da energia da Rússia. Após a invasão da Ucrânia, o braço executivo da UE apresentou uma meta para reduzir as importações do gás natural russo em quase dois terços ainda neste ano. Antes do anúncio das compras conjuntas, a UE fechou um acordo com os Estados Unidos para aumentar o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) ao bloco, também em um esforço para substituir a energia russa. (Valor Econômico – 25.03.2022).

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3 Alemanha quer ser independente do petróleo russo até o final do ano e do gás até 2024

O governo alemão apresentou seu roteiro para garantir a segurança energética do país e reduzir sua dependência de fontes de energia da Rússia com o objetivo de reduzir o consumo de carvão russo a zero neste outono e ser "quase independente" do petróleo bruto da Rússia até o final de 2022, quando espera reduzir sua dependência do gás russo para 30% para alcançar a independência em 2024. Quanto ao carvão, os planos do governo alemão contemplam, como resultado de alterações nos contratos, reduzir a dependência do carvão russo de 50% para 25% nas próximas semanas com o objetivo de tornar a Alemanha independente do carvão russo para o outono. Desta forma, Berlim estabeleceu o objetivo de reduzir a dependência do fornecimento de gás russo para cerca de 30%, com o objetivo de alcançar a independência em grande parte até o verão de 2024. Por outro lado, esta manhã a União Europeia fechou um acordo com os Estados Unidos com base no qual o país norte-americano fornecerá 15.000 milhões de metros cúbicos ao mercado comunitário para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis russos, conforme anunciado pelo presidente da União da Comissão, Ursula von der Leyen e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em entrevista à imprensa. A Casa Branca especifica em comunicado que os Estados Unidos “trabalharão com parceiros internacionais” para garantir esse abastecimento à União Europeia. Além disso, a Comissão Europeia se comprometeu a comprar 50 bilhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito dos EUA até 2030, sob um acordo destinado a reduzir a forte dependência energética da UE da Rússia. (Energías Renovables - 25.03.2022)

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4 Bruxelas estudará a possibilidade de limitar os preços do gás e estudará se deve ou não dissociar os mercados do gás e da eletricidade

A Comissão Europeia comprometeu-se a estudar a implementação de medidas de “emergência” para o mercado da eletricidade, de forma a “mitigar o impacto dos preços dos combustíveis fósseis na produção de eletricidade”, segundo as conclusões do Conselho Europeu de ontem. Entre as medidas propostas está a de limitar os preços do gás para a produção de eletricidade (o teto não é especificado nas conclusões) e também a dissociação dos mercados de gás e eletricidade, duas propostas do Governo da Espanha que apenas algumas semanas ficaram pouco aquém "uma impossibilidade num mercado único" e que pesam cada vez mais na mesa de Bruxelas.Os mecanismos de dissociação do mercado de gás e eletricidade no próximo mês de maio também serão avaliados em maio, conforme indicou o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi , ao deixar a cúpula, uma proposta que busca evitar o efeito de contágio dos altos preços do gás sobre o mercado para o mercado grossista de electricidade e o preço da electricidade. Fontes europeias dizem à Europa Press que, com este passo, a UE está a lançar um processo para estudar, dentro de certos parâmetros, a utilidade de medidas como a fixação de preços máximos. As medidas serão discutidas pelos Vinte e sete em grupos técnicos, uma tarefa acelerada que pode ser realizada em menos de um mês. (Energías Renovables - 25.03.2022)

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5 Crédito de carbono gera US$ 1 bi no mundo

O mercado de crédito de carbono movimentou US$ 25 milhões no Brasil no ano passado, o equivalente a 17 milhões de toneladas de carbono capturados e convertidos em crédito. O mercado global de crédito de carbono gerou US$ 1 bilhão em transações. Os dados fazem parte de um estudo da McKinsey, que será divulgado em abril. O sócio líder de Prática de Sustentabilidade da McKinsey, Henrique Ceotto, disse que as cifras globais de 2021 foram quatro vezes maiores que as do ano anterior. Para 2030, a estimativa é que o mercado alcance US$ 100 bilhões no mundo. “É um mercado que não atraía tanto interesse do capital internacional, mas depois da COP 26 a procura explodiu”, afirma. O especialista ressaltou que, pela primeira vez, o consumo de créditos de carbono superou a oferta - e isso tem elevado os preços. O crédito por tonelada de carbono antes variava de US$ 1 a US$ 10. No ano passado, houve registro de crédito vendido por até US$ 25. O Brasil tem potencial único de liderar a economia verde. O país pode gerar de US$ 20 bilhões a US$ 100 bilhões em crédito de carbono, mas ainda é preciso regular esses títulos no país. (Valor Econômico – 25.03.2022)

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6 Ilhas Baleares trabalham no alcance de 100% de ilhas renováveis até 2050

O Governo, através da Direção-Geral da Energia e Alterações Climáticas, reuniu-se esta sexta-feira no Balearic Climate Council e no Energy Advisory Council com o objetivo de avançar na elaboração do Plano de Transição Energética e Alterações Climáticas das Ilhas Baleares. O Plano de Transição Energética e Mudança Climática deve prever as medidas necessárias para avançar para uma maior autossuficiência energética, para que em 2050 haja capacidade para gerar no território das Ilhas Baleares, através de energias renováveis, pelo menos 70% da energia final consumida neste território. Portanto, quotas de penetração de energia renovável de cinco anos devem ser previstas, por tecnologia, a fim de atingir progressivamente os seguintes objetivos, definidos como uma proporção da energia final consumida no território das Baleares: (I) 35% até 2030 e (II) 100% até 2050. (Energías Renovables – 25.03.2022)

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7 Econward: Soluções para otimizar o tratamento de resíduos orgânicos

A Diretiva Europeia de Resíduos estabelece que todos os países da União Europeia (UE) devem reciclar pelo menos 65% de seus resíduos orgânicos em 2035, um desafio para a Espanha, já que nosso número atual de reciclagem mal chega a 35% em comparação com a média europeia de 48%. Nesse contexto, empresa espanhola de tecnologia Econward desenvolve soluções para otimizar o seu tratamento. Na atualidade, grande parte dos resíduos orgânicos acaba em aterros sanitários ou em processos de incineração. As embalagens multimateriais, os suprimentos médicos que se incorpora ao dia a dia (máscaras, testes de antígenos, etc.) e a falta de tempo e/ou espaço em casa tornam a reciclagem adequada uma tarefa complicada para muitos. Mas a verdade é que o lixo orgânico das cidades tem um alto potencial energético que, até agora, está sendo desperdiçado. Se forem processados adequadamente, não só é possível evitar seu impacto negativo no meio ambiente, como também é possível converter esses resíduos em biogás e biometano, essenciais para a transição energética. (Energías Renovables - 25.03.2022)


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8 Plano de Ação DSO fornece o próximo passo no caminho da transição energética

A Scottish and Southern Electricity Networks (SSEN) Distribution hoje (24/03) publica seu primeiro Plano de Ação do Operador do Sistema de Distribuição (DSO), que estabelece seus planos para acelerar a entrega de serviços DSO para beneficiar clientes, comunidades e participantes do mercado. A jornada para o net zero está bem encaminhada e a SSEN está comprometida em tomar medidas para descarbonizar a sociedade de uma maneira que não deixe nenhuma pessoa ou comunidade para trás. A funcionalidade DSO incorporada em nossa rede garantirá que a capacidade do sistema suficiente esteja disponível para incorporar as tecnologias e serviços de baixo carbono que darão suporte a uma transição justa. Durante o próximo período de controle de preços (2023-2028), a SSEN aumentará o investimento em sua capacidade de DSO em mais de £ 73 milhões. O Plano de Ação DSO define os produtos de flexibilidade, mercados e conexões, que ajudarão os clientes a construir sua compreensão das oportunidades à frente e sua capacidade de se envolver. (EE Online – 25.03.2022)

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9 Presidente da cúpula do clima opina sobre rumo da transição energética

A cúpula climática da COP26 foi concluída há apenas quatro meses com compromissos líquidos de zero de 153 países, cobrindo 90% da economia global . Havia um otimismo cauteloso e uma percepção de que muito mais seria necessário para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Esse otimismo está agora mais frágil do que nunca. A invasão da Ucrânia pela Rússia deu início a uma guerra que derrubou suposições sobre o fornecimento global de energia. As nações da Europa Ocidental estão se comprometendo a acabar com sua dependência dos combustíveis fósseis russos , e os prazos para acabar com o uso do carvão estão sendo estendidos. Mas onde as energias renováveis devem se encaixar nessas estratégias de energia redesenhadas às pressas? Falando em um Diálogo da Agenda Especial do Fórum Econômico Mundial, o presidente da COP26, Alok Sharma, disse que os governos agora têm a oportunidade de apresentar metas de energia verde à medida que diversificam suas opções de fornecimento. (World Economic Forum – 25.03.2022)

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10 Quantos empregos a transição para a energia limpa poderia criar?

Com muitos países e empresas comprometidos a reduzir as emissões, a transição para a energia limpa parece ser uma inevitabilidade. Com isso, essa transição terá, sem dúvida, um impacto no emprego. Novas fontes de energia não exigem apenas equipamentos novos e atualizados, elas também exigem pessoas para operá-las. E como a demanda por combustíveis mais limpos desvia a atenção dos combustíveis fósseis, é provável que nem todos os setores vejam um ganho líquido de empregos. No total, a transição para a energia limpa deverá gerar 10,3 milhões de novos empregos líquidos em todo o mundo até 2030. Embora a geração de combustível seja definitivamente afetada pela transição para energia limpa, o maior impacto será sentido na modernização da infraestrutura energética: Para utilizar adequadamente as novas fontes de energia, os maiores ganhos de emprego esperados são em eficiência elétrica, geração de energia e setor automotivo. Combinados com a modernização da rede, eles representam 75% dos 13,3 milhões em novos ganhos de empregos esperados. (World Economic Forum – 25.03.2022)

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Empresas

1 Cesp registra prejuízo líquido no 4º trimestre de 2021

A Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que passa a adotar o nome de Auren Energia, registrou prejuízo líquido de R$ 52,1 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo o lucro líquido de R$ 1,59 bilhão de um ano antes. As novas ações ordinárias da empresa, sob o código AURE3, começam a ser negociadas hoje na B3. A receita operacional líquida da companhia entre outubro e dezembro somou R$ 638,7 milhões, alta de 28% na comparação com o mesmo período de 2020. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 204,1 milhões, queda de 26% ante o ano anterior. O Ebitda ajustado, que exclui provisão para litígios, baixa de depósitos judiciais, repactuação do risco hidrológico (GSF) e impairment, foi de R$ 194,1 milhões, alta de 25% na comparação anual. A margem Ebitda ajustada foi de 30%, queda de um ponto percentual. A empresa diz que o crescimento da receita operacional foi sustentado pela alta nas operações de trading da Cesp Comercializadora e também por melhores preços médios de venda no mercado livre. O Ebitda e a margem foram afetados pela crise hídrica, destacam. Já o prejuízo líquido é consequência da maior compra de energia no período e pelo impacto trazido na atualização de provisão do contencioso passivo e do passivo atuarial na despesa financeira. A dívida líquida subiu 24%, a R$ 1,5 bilhão, com a alavancagem indo de 1,2 vez para 1,8 vez, levando em conta o Ebitda ajustado. A empresa gerou 797 megawatts médios (MWm), queda de 22% na comparação anual. Em 2021, a geração de energia alcançou 786 MWm, queda de 23% ante 2020. (Valor Econômico – 28.03.2022)

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2 Light acelera reconhecimento de Tarifa Social

A simplificação de cadastramento trazido pela Tarifa Social está ajudando a Light a reconhecer e regularizar a situação de clientes de baixa renda nas comunidades do Rio de Janeiro, informou o presidente da empresa, Raimundo Donato de Castro, a analistas nesta sexta-feira. Durante encontro virtual, anunciou-se o resultado da empresa em 2021, quando obteve lucro de R$ 398 milhões, recuo de 42,5% em relação ao ano anterior. Em 2019, a Light possuía 180 mil clientes cadastrados como baixa renda, hoje já são 580 mil, aumento de 222%. Castro informou que a Light está finalizando um estudo sobre o potencial da migração de clientes de áreas especiais - onde ocorre as maiores perdas não técnicas - para a Tarifa Social, que deverá ser divulgado junto com o resultado do primeiro trimestre de 2022. A distribuidora carioca tem investido forte na redução de perdas nas comunidades onde atua, questão considerada como o seu maior desafio, segundo Castro. Em 2021 foram investidos R$ 460 milhões com essa finalidade e este ano a previsão é de que o montante "seja ligeiramente maior", segundo o presidente. (BroadCast Energia - 25.03.2022)

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3 GE Renewable Energy: Modernização da usina hidrelétrica de São Simão

A divisão Hydro da GE Renewable Energy assinou contrato com a SPIC Brasil para liderar o projeto de modernização completa das unidades geradoras e serviços auxiliares da Usina Hidrelétrica de São Simão. Localizada em Minas Gerais e Goiás, entre os municípios de Santa Vitória (MG) e São Simão (GO), a usina possui seis unidades geradoras, que entregam até 1.710 MW, energia suficiente para abastecer 6 milhões de residências. O escopo inclui o fornecimento de equipamentos para as turbinas, geradores e sistemas auxiliares, além do projeto de engenharia e integração, montagem e comissionamento das seis unidades geradoras de São Simão. Além do trabalho a ser realizado pela divisão Hydro da GE, o projeto terá o apoio da Powerchina. Esta empresa, que faz parte do consórcio liderado pela GE para a execução do projeto, é responsável pelo fornecimento dos sistemas elétricos e mecânicos BOP (Balance of Plant), DCS (Digital Control System) e hidromecânicos. (REVE – 27.03.2022)

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4 AES Brasil anuncia mudanças no Conselho de Administração

A AES Brasil Energia comunicou ao mercado as mudanças em seu Conselho de Administração. Julian Nebreda renunciou a sua atual posição como presidente do Conselho de Administração da AES Brasil, em função da reestruturação realizada na AES Corp, onde assume como vice-presidente Executivo, presidente de Negócios dos Estados Unidos e das Linhas de Negócios Globais da AES. No seu lugar, como presidente do Conselho de Administração da companhia, assumiu Francisco Morandi, conselheiro desde 2020. O Conselho de Administração também conta com dois novos conselheiros: Juan Ignacio Rubiolo, líder de Negócios Internacionais da AES Corp, e Madelka McCalla, vice-presidente Global de Relacionamento com Stakeholders e Impacto Social da AES Corp. Em decorrência da recente reestruturação da AES Corporation, Juan Ignacio passou a ser responsável por todos os negócios internacionais da AES, incluindo os do Brasil. Ele terá como desafio alavancar sinergias, ganhar escala, liderar a transição energética e impulsionar o crescimento em todas as diferentes Unidades Estratégicas de Negócios Regionais. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo nacional de energia deve crescer 3,7% em abril, na comparação anual

A carga de energia no SIN deve chegar a 71.435 megawatts médios (MWm) em abril, aumento de 3,7% em relação a igual mês em 2021. A previsão está na atualização semanal do boletim mensal de operação do ONS, divulgada nessa sexta-feira (25). A maior alta está prevista para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com consumo de 41.682 MWm, num aumento de 5% na comparação anual. Para o Sul, a expansão esperada é de 4,2% com 12.467 MW médios. No Nordeste, o avanço é de 3%, para uma carga de 11.527 MW médios. O Norte deverá apresentar recuo de 4,6%, com o total de 5.759 MW médios, devido à redução parcial da carga de um consumidor livre da rede básica. Em paralelo, os reservatórios das usinas hidrelétricas devem seguir em recuperação, com previsão de chegar aos níveis máximos no Norte e Nordeste ao final do mês. De acordo com o boletim, os reservatórios do Norte devem chegar a 30 de abril com 98,2% de capacidade, volume que deverá ser de 95% no Nordeste. Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a capacidade deve chegar a 69%, enquanto no Sul, a projeção para os percentuais de armazenamento é de 40,5% ao fim do mês. (Valor Econômico – 25.03.2022)

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2 ONS: Custo Marginal da Operação sobe 71,79% no Sudeste/Centro-Oeste e Sul, a R$ 42,32/MWh

O Custo Marginal da Operação (para a semana de 26/03 a 01/04 aumentou 71,79% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, passando de R$ 11,94 por megawatt-hora (MWh) para R$ 42,32/MWh. Nas regiões Norte e Nordeste o CMO continua zerado. Segundo o ONS, o principal fator que influenciou esse aumento foi a atualização da previsão de vazões. O CMO é o custo para se produzir 1 MWh para atender ao Sistema Interligado Nacional (SIN). (BroadCast Energia - 25.03.2022)

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3 UE: Conselho cita medidas emergenciais para fazer frente a alta da energia

As conclusões do Conselho Europeu, reunião de chefes de estado e de governo na União Europeia, que terminou hoje contou com uma série de sugestões para enfrentar a alta nos preços de energia que vem afetando o bloco. O documento sobre o encontro traz medidas econômicas emergenciais, e, dentre as discutidas para amenizar a questão no curto prazo estão o apoio direto aos consumidores por meio de vouchers, auxílios estatais, redução de tributos, teto para os preços máximos, e medidas regulamentares. Levando em conta a segurança energética, o Conselho Europeu apontou ainda que o reabastecimento do armazenamento de gás em toda a UE deve começar logo. Levando em conta o próximo inverno, o documento aponta necessidade de estabelecer os mecanismos de solidariedade e compensação. Além disso, o bloco espera trabalhar em conjunto na compra comum voluntária de gás, otimizando o peso político e de mercado coletivo da União Europeia e seus Estados-Membros para atenuar os preços nas negociações. (Broadcast Energia – 25.03.2022)

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4 França/Macron: UE quer garantir abastecimento de energia e 'controlar preços' no curto prazo

O presidente da França, Emmanuel Macron, destacou hoje que a UE tem como objetivo "reduzir a dependência da Rússia em combustíveis fósseis", repetindo mote recente do grupo. A declaração foi dada após reunião do Conselho Europeu, e Macron ressaltou também o objetivo "de curto prazo" de garantir o abastecimento e "controlar os preços de energia", buscando mais diversificação nos seus fornecedores na área. Segundo o líder francês, os países da Europa pretendem reconstruir seus estoques no setor de energia, maximizando seu uso quando necessário com melhor coordenação nessa frente. Macron também ressaltou a união do bloco na resposta à Rússia pela invasão da Ucrânia, por meio de sanções. Mas comentou que o canal de diálogo com Moscou segue aberto, a fim de tentar pacificar o conflito. (BroadCast Energia - 25.03.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 BYD amplia rede no Brasil e chega a Minas Gerais e Espirito Santo

A BYD anunciou nesta semana mais um parceiro que ajudará a montadora a criar uma rede de concessionárias no Brasil. Desta vez, a empresa nomeou o grupo Águia Branca, que tem como meta inaugurar cinco pontos de venda nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo até o fim de 2022. Com a meta de abrir 45 concessionárias no Brasil até o fim de 2022, a BYD já nomeou representantes no estado de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Considerando o anúncio, em Minas Gerais e Espirito Santo, já são 14 pontos de vendas de VEs e híbridos confirmados no país. (Inside EVs – 25.03.2022)

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2 S&P Global Mobility: Carro elétrico pode ficar mais caro devido à guerra na Ucrânia

A guerra na Ucrânia já afetou os preços dos combustíveis, e os carros elétricos não ficarão de fora. O custo cada vez maior das matérias-primas é o maior culpado, de acordo com uma nova análise publicada pela S&P Global Mobility, que vê uma clara ligação entre o conflito e a tendência de aumento de preços de alguns componentes vitais para a produção dos elétricos. O estudo cita especificamente os materiais necessários para a fabricação de baterias de veículos elétricos. O níquel é o mais importante deles e como a Rússia é o terceiro maior fornecedor do mundo e a sede do maior produtor mundial, também tem controle sobre o preço (e a oferta). Aparentemente, o preço por tonelada de níquel disparou brevemente para US$ 100.000 em 8 de março, mais de três vezes o valor do dia anterior. Agora, caiu para razoáveis US$ 32.300 por tonelada, mas se olharmos para projeções do custo do níquel antes da invasão russa feita por Capital.com, eles estimavam que a cotação atingiria US$ 32.500 até o final do próximo ano e US$ 38.835 somente em dezembro de 2025. A S&P Global Mobility prevê que até o final de 2022, o preço das matérias-primas que compõem as baterias de alguns modelos de carros elétricos poderá subir até US$ 8.000 por veículo. Isso pode não estar totalmente refletido no preço de venda do veículo, mas ainda assim irá elevar os preços mais adiante. Outro problema enfrentado pelas montadoras, que não só poderia aumentar os preços, mas possivelmente interromper completamente a produção, é a possibilidade de que seus ativos na Rússia pudessem ser confiscados e eventualmente nacionalizados. Isso afeta montadoras como Volkswagen, Mercedes-Benz, Renault-Nissan e Stellantis. Os fabricantes já foram forçados a suspender a produção de alguns modelos e isso pode se tornar uma ocorrência mais comum se o conflito não acabar logo. (Inside EVs – 26.03.2022)

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3 Suzuki: Mega investimento em VEs na Índia

Posicionada como o sexta maior economia global, a Índia acelera os projetos para a transição energética. Nesta semana, a Suzuki anunciou que investirá 1,24 bilhão de euros em sua fábrica indiana da marca Maruti-Suzuki para iniciar a produção de carros elétricos e baterias no país asiático. O movimento faz parte da estratégia que o país asiático está implementando para acelerar a transição ecológica de seu sistema de transporte. O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, em uma reunião com o primeiro-ministro indiano Narenda Modi, confirmou que seu país destinará quase 40 bilhões de euros para apoiar investimentos na Índia nos próximos cinco anos. Voltando à Suzuki, os investimentos anunciados serão divididos em apoio a duas iniciativas separadas de eletrificação: 370 milhões de euros serão destinados à expansão das linhas de produção de carros elétricos da fábrica privada Suzuki Motor Gujarat, uma fábrica localizada na parte ocidental do país, perto da cidade de Ahmedabad e 870 milhões de euros serão destinados à construção de uma nova fábrica dedicada à produção real de baterias para VEs. (Inside EVs – 27.03.2022)

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4 IBS: Nova bateria quântica vai permitir recarga em 9 segundos

Um dos aspectos que mais afetam negativamente a disseminação em larga escala da mobilidade elétrica é o tempo de carregamento. Para resolver este problema, alguns cientistas recorreram à física quântica. O novo estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Física Teórica de Sistemas Complexos do Instituto de Ciência Básica (IBS) e publicado na Physical Review Letters mostra, de fato, que o carregamento quântico poderia reduzir o tempo de carregamento dos veículos elétricos para 3 minutos em casa e 9 segundos em uma estação de carregamento ultrarrápida. Como demonstrado pelo estudo do instituto coreano uma das principais vantagens das baterias que exploram a tecnologia quântica é que todas as células são capazes de se comunicar simultaneamente, levando à chamada "vantagem da carga quântica". Se as células das baterias convencionais, de fato, são carregadas em paralelo independentemente umas das outras, em baterias com tecnologia quântica as células são recarregadas ao mesmo tempo, reduzindo significativamente os tempos de carregamento. Embora pesquisadores do Instituto de Ciência Básica também tenham fornecido um método específico para projetar essas baterias, a tecnologia quântica ainda está em sua infância e ainda há um longo caminho a percorrer antes que ela possa ser implementada na prática. O que é certo é que os resultados desta pesquisa abrem as portas para um novo futuro onde o problema dos tempos de carregamento poderia desaparecer. (Inside EVs – 26.03.2022)

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5 StoreDot: Baterias que suportam 1.200 recargas são testadas com sucesso

Falando sobre a durabilidade das baterias é um feito sem precedentes o que a israelense StoreDot conseguiu ao completar 1.200 ciclos de carregamento rápido para suas revolucionárias células de silício XFC (Extreme Fast Charging) para VEs. O sucesso, no entanto, não depende "apenas" desse número. A verdadeira revolução reside, em vez disso, na capacidade residual que as baterias mantiveram depois de tantas recargas, ou seja, igual a 80%. Como muitos sabem, de fato, todos os acumuladores se degradam ao longo do tempo, gradualmente perdendo a capacidade de armazenar energia. Mas a StoreDot criou baterias com uma vida útil muito mais longa, talvez capaz de escrever o futuro do carro elétrico. Para provar o feito, os técnicos da empresa levaram os XFCs a 80% de carga em 15 minutos e depois os dispensaram por uma hora. A operação foi repetida mais de 1.200 vezes, com uma densidade de energia utilizada igual a 300 Wh/kg e 680 Wh/l. Tudo isso "em condições reais, em temperatura ambiente e sem aplicar pressão adicional". A empresa agora está passando para experimentos em "amostras B" de baterias, com o objetivo de enviá-las aos fabricantes até o final do ano e prosseguir com testes em futuros veículos elétricos. Além disso, a StoreDot quer trazer ao mercado um acumulador de carregamento "mais que ultrarrápido", capaz de ganhar 160 km de autonomia em apenas 5 minutos. O cronograma fala que estarão prontos até 2024. O outro projeto é um sistema que permite que células e módulos gerenciem independentemente falhas e defeitos. (Inside EVs – 27.03.2022)

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Inovação

1 Enerfin: Memorando de Entendimento para projeto de H2 verde no Brasil

O governo do Rio Grande do Sul assinou um memorando de entendimento com a Enerfin do Brasil, a subsidiária brasileira de energia renovável da construtora de infraestrutura espanhola Elecnor SA, para colaborar em um projeto de hidrogênio verde no porto de Rio Grande do estado. Sob o memorando, o governo do estado e a Enerfin trabalharão juntos para identificar oportunidades para desenvolver um projeto de hidrogênio verde e buscar iniciativas relacionadas à produção de energia ou eletrificação de indústrias vinculadas ao esquema proposto. O governo do Rio Grande do Sul destacou o forte potencial do estado para energias renováveis, principalmente energia eólica, e a adequação da infraestrutura portuária existente para contribuir com o setor local de hidrogênio verde. (Renewables Now – 25.03.2022)

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2 PSR: Hidrogênio como produto de exportação ficou mais concreto

Em entrevista ao Estadão, o diretor-presidente da consultoria especializada em energia PSR, Luiz Augusto Barroso, disse acreditar que a guerra entre Rússia e Ucrânia vai acelerar o desenvolvimento de tecnologias para substituir o uso do gás natural. E uma de suas principais apostas é o hidrogênio verde. Mas ele também acredita que uma das mudanças para a transição energética resultante da guerra será a maior aceitação da energia nuclear. Segundo Barroso, "um preço do petróleo alto deixa algumas tecnologias verdes mais competitivas. Por exemplo, quem dirige carro elétrico está menos exposto ao preço do petróleo, o que pode acelerar a entrada da mobilidade elétrica e a implantação da infraestrutura necessária. Em outros casos, onde as tecnologias não estão maduras ainda, um preço do petróleo mais alto pode acelerar o desenvolvimento e a demonstração de novas tecnologias, como o uso de combustíveis sintéticos para a aviação ou transporte marítimo. O negócio do hidrogênio como commodity de exportação ficou mais concreto. E, nesse contexto, o hidrogênio verde pode ganhar espaço. É também razoável apostar em um renascimento das nucleares e uma aceleração em tecnologias de captura e sequestro de carbono. O cenário atual também traz a importância das ações pelo lado da demanda, abrindo uma oportunidade para organizar a agenda da eficiência energética, onde há espaço para muito ganho no comércio e indústria. Devemos ter ações de transformação da forma como se consome a energia, desde a adoção da eletrificação até o estímulo pelo uso de outros energéticos. (O Estado de São Paulo – 26.03.2022)

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3 ISA Cteep dá partida a primeiro projeto de baterias de energia

A companhia de transmissão de energia ISA Cteep fechou contrato com um consórcio formado pela You.On Energia, especializada em sistemas de armazenamento, e a TS Infraestrutura, de engenharia e infraestrutura derivada da Toshiba, para executar as obras do primeiro projeto de baterias em larga escala para armazenar energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). As empresas não divulgaram o valor do acordo. O projeto terá 30 MW de capacidade e foi aprovado pela Aneel no ano passado, com o objetivo de reforçar a rede no litoral de São Paulo. Com previsão de R$ 146 milhões em investimentos, a iniciativa deve entrar em operação até o final de 2022, em Registro (SP). A receita anual permitida aprovada pela Aneel para o projeto é de R$ 27 milhões. As baterias estão sendo importadas da China pela You.On Energia. O presidente da You.On, Giorgio Seigne, explica que as fabricantes chinesas são as maiores na produção em escala de baterias íons-lítio, o que garante boa qualidade e preço. “Há concorrentes americanos e europeus, mas não são competitivos em preços e prazos de entrega. Torcemos para que a indústria nacional nos próximos anos possa prover baterias do porte necessário para um projeto em larga escala” afirma. (Valor Econômico – 28.03.2022)

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4 CSIC: Apresentação de bateria de armazenamento de grande escala

Uma equipe de pesquisadores do Conselho Superior de Pesquisa Científica (CSIC), uma agência estatal ligada ao Ministério da Ciência e Inovação da Espanha, desenvolveu um protótipo de bateria de vanádio de 10 kW quilowatts para demonstrar sua viabilidade como um sistema de armazenamento de energia elétrica em larga escala, especialmente voltado para energias renováveis. Este protótipo permite o acúmulo de energia elétrica para aplicações estacionárias, como armazenamento de energia em residências ou pequenas empresas. Esta tecnologia, segundo o CSIC, constitui o primeiro marco no caminho para obter uma bateria de 50 kW, que permitirá estender o uso desta tecnologia ao setor industrial. O protótipo será apresentado na próxima terça-feira (29) em cerimônia realizada no Instituto de Carboquímica (ICB-CSIC), em Saragoça, e contará com a presença da presidente do CSIC, Rosa Menéndez, entre outras autoridades. (Energías Renovables – 25.03.2022)

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Energias Renováveis

1 Solar Volt: Entrega de usina fotovoltaica em MG

A Solar Volt Energia, integradora solar de Minas Gerais, concluiu a entrega de uma usina fotovoltaica com 1,3 MWp de potência instalada para a Lyra Energia – empresa mineira que atua no setor de Geração Distribuída (GD). O projeto, denominado como Lyra II, trata-se de uma fazenda solar com capacidade para gerar 172.000 kWh/mês, volume suficiente para abastecer o consumo mensal de aproximadamente 700 residenciais brasileiras. O empreendimento, localizado no município de Betim (MG), foi construído em uma área até então inutilizada de cerca de 10 mil m² em uma das propriedades da empresa. Este é o segundo projeto fotovoltaico que a SolarVolt realiza para a Lyra Energia. O primeiro foi uma usina de telhado de 405 KWp, a Lyra I, construída em 2019 próximo ao local do novo ativo. (Petronotícias – 25.03.2022)

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2 Panasonic: PPA para 500 MW no CE

A Panasonic anunciou que cerca de 65% da energia total consumida pela empresa no Brasil virá da fonte solar a partir de 2024, através da construção do complexo solar de Intrepid no município de Mauriti (CE). O empreendimento no modelo de autogeração será construído numa parceria com a Pontoon Clean Tech, empresa na qual a fabricante de eletroeletrônicos assinou um contrato de 15 anos para realização do projeto. O ativo terá capacidade de produzir 500MWp entre 935 mil placas num terreno de 1.100 hectares, sendo destinada ao suprimento energético da fábrica da multinacional japonesa localizada em Extrema (MG). Para a construção, gestão e operação da usina solar, o investimento chega a R$ 1,6 bilhão, numa iniciativa que integra parte da agenda ESG global da companhia, que está desenvolvendo diversas ações com objetivo de cumprir a metas ambientais até 2050. As obras têm previsão de início para o ano de 2022 e encerramento até o final de 2023 movimentando mais de 4 mil empregos diretos e indiretos para a comunidade local. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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3 FIERN: Novo Atlas Eólico e Solar na mesma plataforma

O Sistema FIERN e o governo do Rio Grande do Norte apresentam na próxima segunda-feira, 28 de março, a plataforma online do novo Atlas Eólico e Solar do estado. A ferramenta vai disponibilizar dados inéditos e apontados por pesquisadores como chaves para análises e atração de investimentos em usinas em terra e no mar. O trabalho integra o projeto do Atlas Eólico e Solar em desenvolvimento pelo Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), por meio de Termo de Colaboração firmado entre o governo, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec) e a Federação das Indústrias do estado (FIERN). Segundo o presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales, o estado precisava de um novo Atlas de energias há anos, com o atual chegando em um bom momento de mudanças, investimentos e da necessidade da sociedade de receber essas informações. O secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Jaime Calado, destaca o Rio Grande do Norte como maior produtor de energia eólica onshore do país, com 6,5 GW e um potencial no offshore para produzir mais 140 GW, equivalente a dez Itaipus, em referência a dados já medidos pelo ISI-ER. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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4 EDP Renováveis: Investimento de R$ 13 mi em projetos sociais no Brasil

A EDP Renováveis investiu cerca de R$ 13 milhões em projetos sociais nos últimos 5 anos no Brasil, beneficiando mais de 20 mil habitantes das localidades próximas aos seus empreendimentos localizados nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. Estas ações têm como objetivo contribuir com o desenvolvimento educacional, cultural e social das comunidades locais onde a empresa opera. A empresa informou que sua estratégia de responsabilidade social corporativa baseia-se em três princípios fundamentais: respeitar os direitos humanos e laborais em toda a cadeia de valor, contribuir para a sociedade e, por último, promover o acesso à energia para todos. O projeto de responsabilidade social da EDPR nasceu em 2016 com o objetivo de gerar trabalho e renda para moradores das zonas onde a empresa opera, monitorando e qualificando beneficiários para a gestão de tecnologias sociais no âmbito da agricultura rural familiar. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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5 EUA/UE: Força-tarefa visa expansão de energias renováveis

Os EUA e a UE estão criando uma força-tarefa conjunta sobre segurança energética que incluirá cooperação estratégica em energias renováveis, incluindo energia eólica offshore. A força-tarefa, a ser presidida por representantes da Casa Branca e do presidente da Comissão Europeia, também buscará formas de acelerar o planejamento e aprovação de projetos de energia limpa. O programa também desenvolverá uma estratégia para acelerar o desenvolvimento da força de trabalho para apoiar a rápida implantação de tecnologias de energia limpa, incluindo a expansão da energia solar e eólica. Da mesma forma, a força-tarefa também apoiará a colaboração para avançar na produção e no uso de hidrogênio limpo e renovável, inclusive investindo em desenvolvimento de tecnologia e infraestrutura de apoio. “Reafirmamos nosso compromisso conjunto com a segurança e sustentabilidade energética da Europa e com a aceleração da transição global para energia limpa”, disse o comunicado subscrito pelas duas partes. (Renews – 25.03.2022)

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6 Europa: Mercado de energia solar térmica recupera tendência de crescimento

O mercado de energia solar térmica na Europa (UE27, mais Suíça e Reino Unido) vêm recuperando a tendência de crescimento observada nos últimos anos, após um 2020 negativo. As estimativas dos empregadores da Solar Heat Europe são de que a capacidade total instalada no continente terá crescido em 2021 para ultrapassar 38 GWth de coletores solares térmicos. A capacidade total de geração de energia solar térmica tem crescido continuamente há mais de quatro décadas e, embora esta boa tendência tenha sido afetada pela pandemia de Covid, as perspectivas de mercado para 2021 e as expectativas para 2022 são de subida. A Solar Heat Europe espera que a grande maioria dos mercados europeus, incluindo os maiores, cresça, alguns em dois dígitos. De fato, as projeções atuais indicam que 2021 poderá ver o maior aumento percentual nas vendas anuais para o setor europeu de aquecimento solar, desde o ano recorde de 2008. Essas previsões são baseadas em pesquisas de avaliação de mercado realizadas pela Solar Heat Europe dentro de sua rede de membros e são reforçadas pelo anúncio de novos regulamentos e planos de suporte para aquecimento solar em vários países. A capacidade instalada na Europa em 2021 atingirá 27 TWh, segundo as estimativas da associação. (Energías Renovables – 25.03.2022)

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7 Reino Unido: Descontos na conta de energia podem ser usados para aumentar a energia renovável

O Primeiro-Ministro do Reino Unido, Boris Johnson, planeja publicar a estratégia de segurança energética do Reino Unido na próxima semana em uma tentativa de reduzir a dependência do petróleo e gás russos após a invasão da Ucrânia. O secretário de Negócios, Kwasi Kwarteng, disse esta semana que a energia eólica onshore provavelmente será uma parte maior do futuro fornecimento de energia do Reino Unido. O Primeiro-Ministro, por sua vez, prometeu ultrapassar a China como o maior fornecedor mundial de energia eólica. Uma fonte do governo confirmou que os ministros estão analisando uma proposta para reduzir as contas de energia para as pessoas que concordem com a construção de um novo parque eólico perto de onde vivem. O esquema seria baseado em um programa existente operado pela empresa de energia Octopus, que oferece aos clientes que moram perto de suas turbinas um desconto de até 50% em sua eletricidade. A empresa espera construir cinco novas turbinas eólicas até o final deste ano. Além da expansão da energia eólica onshore e offshore, a estratégia de energia estabelecerá planos para construir novas usinas nucleares e perfurar mais petróleo e gás no Mar do Norte. (REVE – 27.03.2022)

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8 China: Geração de parque eólico offhsore ultrapassa 1 bi de kWh

A geração de eletricidade do primeiro parque eólico offshore de escala de 1 GW da China ultrapassou 1 bilhão de kWh. O projeto de energia eólica de Shapa foi conectado pela primeira vez à rede em plena capacidade em 25 de dezembro de 2021, com uma capacidade total instalada de 2 milhões de kW. Desde então, produziu mais de 1 bilhão de kWh de eletricidade limpa, suficiente para abastecer 500.000 famílias e reduzir consideravelmente o consumo de carvão da região. A China atingiu cerca de 26,4 GW de capacidade acumulada de geração de energia eólica offshore após conectar um total de 16,9 GW de turbinas eólicas offshore à rede em 2021. Agora, o país ocupa o primeiro lugar no mundo em termos de parques eólicos offshore conectados à rede. Os dados da Bloomberg mostram que os 16,9 GW instalados na China em 2021 representam quase metade da capacidade eólica offshore do mundo antes de 2021. (REVE – 27.03.2022)

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9 Declaração ACP sobre o anúncio do leilão de energia eólica offshore de Carolina Long Bay

O vice-presidente de energia eólica offshore da American Clean Power Association, Josh Kaplowitz, emitiu hoje a seguinte declaração depois que o Departamento de Interior anunciou que concluiu sua revisão ambiental da área de energia eólica offshore de Carolina Long Bay e realizará um leilão para duas áreas de arrendamento ao largo do Costas da Carolina do Norte e da Carolina do Sul em 11 de maio de 2022: “A ACP aplaude o anúncio de energia eólica offshore do governo Biden-Harris, que trará energia limpa, crescimento econômico e empregos bem remunerados para mais americanos em todo o país, e particularmente no Sudeste. A medida marca o segundo leilão de arrendamento do governo Biden-Harris e mostra a forte demanda doméstica por energia limpa. Sob a liderança da secretária do Interior Deb Haaland e da diretora do BOEM Amanda Lefton, avançar com o anúncio final de venda da área de energia eólica offshore de Carolina Long Bay é um exemplo de construção de um futuro de energia limpa e sustentável que ajudará a promover o desenvolvimento econômico na região. comunidades costeiras da região, reduzindo a poluição prejudicial. A venda de arrendamento é outro passo fundamental para atingir a meta do governo Biden de implantar 30 gigawatts de energia eólica offshore dos EUA até 2030. (REVE - 26.03.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Elétricas acusam empresas de gás de obterem margens de lucro de 100%

A agência de notícias Europa Press divulgou esta tarde uma nota, na qual cita fontes do setor elétrico, e segundo a qual (o setor elétrico) acusaria o setor de gás de vender gás na Espanha pelo dobro do preço pelo qual essas empresas eles o adquiriram nos mercados internacionais. Estas mesmas fontes -continua a Europa Press- indicam que, segundo a Direção Geral das Alfândegas, em dezembro de 2021, o gás entrou em Espanha a um preço médio de 58 euros e foi vendido nesse mesmo mês no mercado doméstico por 111 euros, o que rende uma margem de 100%, "isto é -declara a nota-, venderam o gás pelo dobro do que compraram". Estas mesmas fontes -continua Europa Press- indicam que, segundo a Direção Geral das Alfândegas, em dezembro de 2021, o gás entrou em Espanha a um preço médio de 58 euros por quilowatt-hora e foi vendido nesse mesmo mês no mercado doméstico por 111 euros, o que dá uma margem de 100%, ou seja, eles venderam o gás pelo dobro do que compraram. Perante esta margem elevada, as empresas de eletricidade propõem negociar com as empresas de gás para que por cada 10 euros de redução nesta margem, o preço da eletricidade caia 25 euros, sem necessidade de intervenção governamental. (Energías Renovables - 25.03.2022)

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2 CVU da UTE Norte Fluminense é reajustado pela Aneel

A superintendência de regulação dos serviços de geração (SRG) da Aneel decidiu conhecer e dar provimento à solicitação da Usina Termelétrica Norte Fluminense para revisão do Custo Variável Unitário da usina de mesmo nome, relativos aos meses de fevereiro e março de 2022. Os valores referentes ao mês de janeiro ficaram fixados da seguinte forma: Norte Fluminense 1, no valor de R$ 97,34; Norte Fluminense 2, no valor de R$ 111,13; Norte Fluminense 3 em R$ 213,55, respectivamente. Referente ao mês de março ficou a Norte Fluminense 4, com valor de R$ 798,62. Os valores serão aplicados pelo ONS a partir da primeira revisão do PMO após a publicação deste Despacho e pela CCEE, para fins de contabilização da geração verificada na citada usina nos respectivos meses. Ficou determinando também à CCEE que efetue o ajuste financeiro no valor de R$ 1.297.305,79, por meio de débito para a Usina Termelétrica Norte Fluminense S.A. e como alívio do Encargo de Serviços de Sistema – ESS nos termos do módulo Encargos das Regras de Comercialização vigentes, no próximo processo de contabilização e liquidação financeira. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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3 IBP elege novos membros para conselhos

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) elegeu novos membros para seus conselhos administrativo, fiscal e consultivo, após a 65ª Assembleia Geral Ordinária realizada na última quarta-feira, 23 de março. Daniel Elias, CEO da Petrogal Brasil e Country Chair; Fernando Borges, diretor executivo de E&P da Petrobras; Verônica Rezende Coelho, presidente da Equinor Brasil; Rafael Chaves Santos, diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras e Wilson Ferreira Jr, presidente da Vibra, integram o Conselho de Administração. O mandato vai até abril de 2023. Para o Conselho Fiscal foram eleitos André Machado, VP de Finanças da Siemens Energy Brazil; Aparecido Marques Pereira, VP de Administração e Finanças da TechnipFMC; Sabrina Ramalhoto, gerente Financeira da Enauta; Gustavo Beck, gerente Financeiro da Repsol Sinopec e Thais Schifferle Ramos, gerente Financeira da Shell. Os membros também permanecerão no cargo até abril de 2023. Já o Conselho Consultivo terá até abril de 2024 Guido Silveira, diretor Jurídico e de Relações Institucionais da Ipiranga; João Carlos de Luca, presidente da De Luca Energy Consulting; e Paulo Henrique Van Der Ven, VP de Safety, Security and Sustainability da Equinor. (CanalEnergia – 25.03.2022)

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Biblioteca Virtual

1 RIBEIRO, Marcelo; PUGLIESI, Adrian; FELLOUS, Beyla. “Transformação digital e autorregulamentação abrem oportunidades no setor energético”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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