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IFE: nº 5.382 - 23 de novembro de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Artigo GESEL: “A Transição energética no Sistema Isolado Brasileiro”
2 Webinar GESEL/RESEL: "Desafios Europeus da Transição Energética Global: o Hidrogénio Verde”
3 GESEL no 6º Seminário de Energias Renováveis e Eficiência Energética
4 Aneel fixa valor das quotas das transmissoras para Proinfa e CDE
5 Construção de nova subestação no Amapá será leiloada pela Aneel em dezembro
6 CNPE publica diretrizes sobre segurança cibernética
7 STF forma maioria para proibir ICMS diferenciado em energia e telecomunicação
8 Tarifa de energia elétrica fica mais cara para moradores de Poços de Caldas, MG
Transição Energética
1 Térmicas da MP da Eletrobras podem emitir até 20 milhões de ton de CO2 por ano
2 "Uma vitória frágil": olhando para trás na COP26
3 ONU: É assim que podemos chegar a zero líquido até 2050
4 EUA: Guia para funcionários do governo local sobre adaptação climática
5 Os americanos apoiam políticas de mudança climática, especialmente aquelas que lhes dão incentivos e melhoram o fornecimento de energia
6 Portugal é o quarto país da UE a abandonar o carvão na geração de energia
7 Biodiversidade e energias renováveis, um par em conflito
8 Seminário sobre ESG debate sustentabilidade e compromisso social
9 Oito organizações sem fins lucrativos recebem subsídios para promover iniciativas de sustentabilidade, energia limpa e diversidade.
10 Ranking de transição climática do BNEF para indústrias extrativas
11 A ligação entre mudança climática e inflação explicada
12 Agricultura amiga do clima: o derretimento das geleiras da Groenlândia oferece uma resposta
Empresas
1
Eletrobras aprova contratação de bancos para a capitalização
2 Fiscalização aponta melhora de eficiência de empresas Eletrobras
3 CGT Eletrosul tem lucro 2,6% maior no 3º trimestre
4 CEEE Equatorial investirá R$ 16 mi em duas cidades no RS
5 Dommo Energia aprova aumento de capital de R$ 139,7 mi
6 GreenYellow emitirá R$160 mi em debêntures verdes
7 BHP e Woodside chegam a acordo para criar empresa de energia
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Medidas contra crise hídrica vão causar um rombo de R$140 bi
2 As soluções para a crise hídrica poderiam ter custos menores
3 Brasil está há 20 anos estagnado em eficiência energética
4
Eficiência energética é a única maneira de superar a crise energética
5 Conta de luz mais cara eleva custos no comércio para Natal
6 Reservatórios do SE/CO operam com 19,3% da capacidade
Mobilidade Elétrica
1
Gigantes do e-commerce compram VEs de olho na agenda ESG
2 Tendência de eletrificação de frotas comerciais anima fabricantes de veículos
3 Americanas expande operação de veículos elétricos para 6 cidades
4 Oppo quer fabricar carro elétrico na Índia até 2024
Inovação
1
Combustível do futuro, hidrogênio verde é aposta do mundo para controlar o aquecimento global
2 O futuro da mobilidade aérea passa, entre outros aspectos, pelos aviões de hidrogênio
3 MIT Reap Rio abre inscrições para formação de startups de energia
4 Enel SP dá largada no uso do 5G na distribuição
Energias Renováveis
1
Mais um recorde solar no Nordeste
2 Fonte eólica ultrapassa 20 GW no país
3 Aneel dá aval para operação de eólicas na Paraíba
4 As energias renováveis são 88% da nova capacidade de energia dos EUA em 9 meses de 2021
5 Vietnã prevê capacidade de energia eólica offshore de 4 GW até 2030
6 Uzbequistão aumentará capacidade de usinas solares e eólicas para 8.000 MW até 2026
Gás e
Termelétricas
1 Eneva e Servtec fecham acordo para terminal de GNL
2 Aneel aprova CVU para UTE Termopernambuco e Norte Fluminense
3 Eletrobras decidirá se consórcio vencedor da licitação de Angra 3 fará a obra
4 Siemens fecha acordo para construção da UTE GNA II
Mercado Livre de Energia Elétrica
1 CCEE entrega primeiro estudo para abertura do ACL
2 BBCE realiza estudo sobre custos de operações no mercado de energia
Biblioteca Virtual
1 CASTRO, Nivalde de; SOARES, George; MONTEATH, Lillian. “A Transição energética no Sistema Isolado Brasileiro”.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Artigo GESEL: “A Transição energética no Sistema Isolado Brasileiro”
Em artigo publicado no Broadcast Energia, Nivalde de Castro (coordenador do GESEL), George Soares (Pesquisador associado do GESEL) e Lillian Monteath (Pesquisadora plena do GESEL) tratam do processo de transição energética nos Sistemas Isolados brasileiros (SISOL). Segundo os autores, neste processo, "dois drivers ficaram evidentes. O primeiro é a busca de soluções contratuais, ou seja, de inovações regulatórias, que reduzam o custo da CCC. O segundo é aderência aos objetivos de descarbonização, onde o gás natural, em função do potencial das reservas e da sua competitividade, tende a assumir um papel relevante na transição para uma matriz menos emissora de CO2". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.11.2021)
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2 Webinar GESEL/RESEL: "Desafios Europeus da Transição Energética Global: o Hidrogénio Verde”
No próximo dia 30/11, às 14h30 (Lisboa) / 11h30 (Brasília), o GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico) do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), em parceria com o Instituto ICT RESEL, promoverá o webinar “Desafios Europeus da Transição Energética Global: o Hidrogénio Verde”. O GESEL tem em curso o estudo de boas práticas protagonizadas por países com diferentes perfis de especialização (importadores e exportadores) que possam iluminar o caminho a prosseguir para a formulação de uma Estratégia Nacional para o Hidrogénio verde. Neste webinar apresentaremos alguns estudos de casos de referência em Portugal. A Estratégia Nacional para o Hidrogénio em Portugal foi publicada em agosto de 2020 e tem subjacente dois pilares de desenvolvimento essenciais: 1) Portugal dispõe de uma vantagem competitiva na geração de base renovável, nomeadamente a eólica e a solar, e, por isso mesmo, um dos pilares relevantes da estratégia portuguesa será certamente a exportação de hidrogénio para os países importadores de onde se destacam uma grande parte dos países europeus, com destaque para a Alemanha que é um potencial importador muito relevante e um líder tecnológico. 2) Um outro pilar relevante do desenvolvimento do hidrogénio em Portugal passa pela substituição progressiva dos fornecimentos atuais de hidrogénio de base fóssil por hidrogénio verde e pelo desenvolvimento de novos produtos “verdes” que, quando devidamente certificados, conduzem à criação de um cluster associado ao hidrogénio constituído por atividades geradoras de elevado valor acrescentado. Ou seja, uma das dimensões estratégicas passa por um processo de reestruturação industrial dinamizado pela emergência do H2V. Em consonância com esta visão estratégica, estão a desenvolver-se em Portugal iniciativas empresariais muito interessantes como acontece com aquelas que vão ser apresentadas neste webinar. O evento terá como palestrantes Pedro Furtado (Diretor de Regulação da REN), Diogo Mendes (Diretor Técnico, Segurança e Ação Climática da Bondalti Chemicals) e André Pina (Diretor Associado de Estratégia e Origem de Hidrogênio na EDP Renováveis). O moderador será o Professor Carlos Henggeler (Universidade de Coimbra) e o coordenador o Professor Vitor Santos (ISEG/GESEL). Inscreva-se: https://forms.gle/GzfV1E9yjGYogiji8 (GESEL-IE-UFRJ – 23.11.2021)
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3 GESEL no 6º Seminário de Energias Renováveis e Eficiência Energética
O GESEL participará, no próximo dia 25/11, do "6º Seminário de Energias Renováveis e Eficiência Energética". O coordenador do Grupo, Nivalde de Castro, participará do PAINEL 1, intitulado “Transição energética no brasil – crise hídrica, desafios e metas para garantir o crescimento”. Para inscrições e outras informações do evento, realizado pela produtora Casa Viva, acesse: https://www.eventoscasaviva.com.br/energias-renov%C3%A1veis (GESEL-IE-UFRJ – 23.11.2021)
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4 Aneel fixa valor das quotas das transmissoras para Proinfa e CDE
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fixou valores das quotas de custeio referentes ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), para o mês de janeiro de 2022, relativos às concessionárias do serviço público de transmissão de energia elétrica que atendam consumidor livre ou autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN). Do valor total do custeio para o programa, R$ 29,1 milhões serão recolhidos pelas companhias. A Eletronorte-T é a que terá a maior quota a ser paga para entre as transmissoras, no valor de R$ 8,3 milhões, seguida da Cteep, no valor de R$ 4,6 milhões, e da Chesf-T, com total de R$ 4,5 milhões. O despacho determina ainda que os valores fixados para a Eletronorte considerem os valores referentes à Termonorte II para o mês de dezembro. As quotas definidas no despacho deverão ser recolhidas à Eletrobrás até o dia 10 de dezembro de 2021. A lista com o valor de todas as transmissoras pode ser vista aqui. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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5 Construção de nova subestação no Amapá será leiloada pela Aneel em dezembro
O leilão para a construção de uma nova subestação de energia elétrica em Macapá foi aprovado pela Aneel. O processo ocorrerá em 17 dezembro na sede da B3, em São Paulo, e também contempla uma linha de transmissão de 10 km. A intenção do MME é que a nova subestação melhore a distribuição de eletricidade aos consumidores da capital e parte dos municípios do Amapá, que sofreram com a crise de fornecimento de energia elétrica por 22 dias em novembro de 2020. Segundo o presidente da Abrate, Mário Miranda, a nova subestação será chamada de Macapá 3 e se conectará à já existente. "Está programado para o mês de dezembro deste ano a licitação da concessão subestação Macapá 3 e 230 kV, que também se conectará à existente, a subestação Macapá 2, por meio de uma linha de transmissão de 10 quilômetros", informou. Miranda acredita que a construção deve iniciar já em 2022, com duração de até 42 meses e melhorias devem ser feitas no sistema de energia elétrica do Amapá. Ainda em ações para suprir a demanda de energia no estado, no dia 12 de novembro, a Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), que administra a Subestação Macapá 2, recompôs o funcionamento da estrutura com três transformadores de 150 megavoltampère após o apagão no Amapá. (G1 – 23.11.2021)
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6 CNPE publica diretrizes sobre segurança cibernética
O governo publicou a resolução do Conselho Nacional de Política Energética com as Diretrizes sobre Segurança Cibernética no Setor Elétrico, nos aspectos de prevenção, tratamento, resposta a incidentes e resiliência sistêmica. A norma do CNPE determina que empresas e instituições do setor elétrico serão orientadas a implementarem ações de gerenciamento de riscos e ameaças cibernéticas para garantir a continuidade do negócio, a proteção dos dados e a segurança operacional. Devem ser estabelecidos requisitos e controles mínimos de segurança cibernética com o objetivo de reduzir riscos e vulnerabilidades a incidentes, e adotadas políticas que promovam a utilização de recursos tecnológicos e melhorias contínuas para mitigar esses riscos. Também está prevista uma estrutura de coordenação setorial para atuação em situações de ataques cibernéticos ao setor e um ambiente de compartilhamento de informações e de apoio, com ações que contribuam para elevar o nível de maturidade da segurança das organizações. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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7 STF forma maioria para proibir ICMS diferenciado em energia e telecomunicação
O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta segunda-feira (22) para proibir estados de cobrarem valores diferenciados de ICMS para os setores de telecomunicação e energia elétrica. A corte já tem sete votos favoráveis a uma ação apresentada pelas Lojas Americanas contra uma lei de 1996 de Santa Catarina que estabeleceu alíquota de 25% para essas duas áreas, ante os 17% cobrados de ICMS no geral. Com está em análise um recurso com repercussão geral reconhecida, o que significa que a decisão valerá para todos os processos em curso no país que tratam do tema. Os estados calculam que a decisão pode levar à perda de R$ 26,7 bilhões em receita ao ano. Em suma, o caso chegou ao Supremo em 2012 e teve julgamento iniciado no início deste ano, mas foi interrompido por um pedido de vista (mais tempo para analisar o tema) do ministro Dias Toffoli. (Folha de São Paulo – 22.11.2021)
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8 Tarifa de energia elétrica fica mais cara para moradores de Poços de Caldas, MG
A conta de energia elétrica ficará mais cara a partir desta segunda-feira (22) em Poços de Caldas (MG). Isto porque a Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou no dia 16 de novembro o reajuste anual tarifário do Departamento Municipal de Energia (DME). O reajuste da tarifa média será de 11,57%, sendo 9,35% para consumidores em alta tensão e 12,95% para os consumidores em baixa tensão. Ou seja, a partir desta segunda-feira (22) a tarifa média na cidade é de R$0,52 a cada kw/h. Atualmente, a tarifa média no Brasil entre as concessionárias é de R$0,62 a cada km/h. Segundo o DME, a tarifa tem como objetivo assegurar equilíbrio no serviço prestado, levando em consideração os custos operacionais e os investimentos necessários em toda a cadeia do setor elétrica. O reajuste é previsto pelo contrato de concessão celebrado entre a distribuidora e o município. Para mais informações sobre reajustes tarifários e a conta de luz, clique aqui. (G1 – 22.11.2021)
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Transição Energética
1 Térmicas da MP da Eletrobras podem emitir até 20 milhões de ton de CO2 por ano
Com a contratação de térmicas previstas na lei de privatização da Eletrobras (MP 1031/2021), o Brasil deve emitir entre 17,5 a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano, segundo projeções feitas pelo coordenador de projetos do Instituto Energia e Meio Ambiente (Iema/USP), Ricardo Baitelo, e divulgadas em evento online promovido pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS). O acadêmico desenvolveu dois cenários de eficiência e de ciclos empregados para diferentes fatores de capacidade das térmicas e o cálculo mensurou emissões adicionais anuais. Como a duração dos contratos das usinas é de 15 anos, que é o período de operação previsto, as emissões serão praticamente iguais às do setor de transportes. “Serão entre 260 milhões de toneladas com o fator de capacidade de 70% e 300 milhões de toneladas com o fator de capacidade de 80%, o equivalente a todas as emissões do setor de transportes brasileiro em um ano, incluindo passageiros e carga”, afirma Baitelo. Ele afirma que esse cenário de uma matriz cada vez mais suja já vem acontecendo desde 2019 e é um contrassenso, já que o Brasil está deixando de aproveitar energias mais baratas e menos poluente “para colocar na frente da fila a energia fóssil, poluente e cara”. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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2 "Uma vitória frágil": olhando para trás na COP26
Antes de começar, Greta Thunberg chamou de "blá, blá, blá”. Enquanto isso acontecia, o ministro das Relações Exteriores de Tuvalu, país insular do Pacífico, Simon Kofe, usando terno e gravata, em um púlpito - mas com o mar batendo em seus joelhos - disse à cúpula do clima COP26 em Glasgow por link de vídeo: "Estamos afundando, mas todo mundo também." Posteriormente, o presidente da COP26 da Grã-Bretanha, Alok Sharma, chamou a conferência de "uma vitória frágil". Para observadores de todo o espectro de opinião, a COP26 mostrou o progresso do mundo em direção a um futuro de baixo carbono sob uma luz preocupante. O lado positivo: após duas semanas de negociações difíceis, as mais de 190 nações representadas conseguiram fechar um acordo sobre mudança climática. O Pacto Climático de Glasgow reafirmou o compromisso no Acordo de Paris de 2015 de manter o aumento da temperatura causado pela atividade humana bem abaixo de 2 o C e prosseguir esforços para limitar o aumento a 1,5 o C. Referia-se a relatórios de cientistas sobre mudanças climáticas, mostrando a grande diferença nos resultados do mundo real entre 2 o C e 1,5 o C. O lado negativo: para chegar a 1,5 o C, o Pacto também dizia, precisamos reduzir as emissões em 45 por cento até 2030. Mas isso não está acontecendo. A rodada atual de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs são os cortes que cada país se compromete a fazer, tornando-se mais ambiciosos ao longo do tempo, que somados devem evitar que a temperatura suba a níveis catastróficos) na verdade somam um aumento de quase 14 emissões até 2030 a partir de Níveis de 2010. Isso implica em um aumento de temperatura bem acima de 2 o C. (EE Online – 22.11.2021)
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3 ONU: É assim que podemos chegar a zero líquido até 2050
O Roteiro Global da ONU estabelece marcos que o mundo deve alcançar para alcançar emissões líquidas zero até 2050. Não inclui novos planos de energia a carvão após 2021 e um investimento anual de US $ 35 bilhões em acesso à eletricidade até 2025. A ONU também quer ver 30 milhões de empregos criados em energia renovável até 2025. Sem uma profunda descarbonização, a meta do Acordo de Paris “ficará fora de alcance”, afirma a ONU. Se todos tivessem acesso a energia limpa e acessível, o caminho para um mundo neutro em carbono - emissões líquidas zero até 2050 - seria mais rápido. É por isso que as Nações Unidas lançaram um roteiro para a transição de energia limpa durante a conferência sobre mudança climática COP26 no início deste mês. (World Economic Forum – 22.11.2021)
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4 EUA: Guia para funcionários do governo local sobre adaptação climática
O Talking It Through: Um Guia de Discussão para Funcionários do Governo Local sobre Adaptação Climática foi criado para ajudar a equipe municipal a conversar com tomadores de decisão e autoridades eleitas sobre a adaptação aos impactos locais das mudanças climáticas. Pode ajudá-lo a compreender o contexto da sua comunidade, identificar seus aliados mais eficazes para a ação climática, planejar o conteúdo de suas conversas e navegar por essas discussões com conhecimento e habilidade. O guia fornece informações sobre: mudanças climáticas e os impactos locais e locais nos sistemas construídos, naturais e sociais; a necessidade do planejamento e a ação local são necessários para se adaptar e garantir a resiliência; duas abordagens principais para a adaptação: baseada em planejamento e baseada em operações; medidas de adaptação tomadas por governos locais em todo o Canadá; diferenças contextuais entre comunidades urbanas, rurais e remotas e do norte; e perspectivas indígenas sobre adaptação. (EE Online – 22.11.2021)
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5 Os americanos apoiam políticas de mudança climática, especialmente aquelas que lhes dão incentivos e melhoram o fornecimento de energia
Enquanto o governo Biden tenta construir apoio para novas políticas climáticas e energéticas, um conjunto de estudos oferece alguns insights que podem ajudá-los a atrair um público mais amplo. São os cientistas sociais que examinam como as pessoas pensam sobre as soluções para as mudanças climáticas. Nos estudos , foram explorados como o público responde a diferentes tipos de políticas e por que algumas são provavelmente mais populares do que outras. Por exemplo, o que é melhor: incentivos para reduzir as emissões, como descontos para a instalação de painéis solares, ou desincentivos, como um imposto sobre o carbono? Faz diferença se essas políticas visam indivíduos ou empresas? E as políticas que reduziriam o uso de energia ou mudariam as fontes de energia de fóssil para renovável? No geral, descobriu-se que as pessoas apoiam as políticas de mudança climática, mas têm preferências entre diferentes tipos com base nos impactos ambientais, econômicos e sociais previstos das políticas. (Renewable Energy World – 22.11.2021)
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6 Portugal é o quarto país da UE a abandonar o carvão na geração de energia
Portugal deixou de usar carvão na produção de eletricidade desde a última sexta-feira (19/11) e se tornou o quarto país da União Europeia (UE) a adotar a medida, uma das principais discussões da COP26, ocorrida na Escócia no início deste mês. Além de Portugal, outros três países da União Europeia (UE) já abandonaram a queima do carvão: a Bélgica em 2016 e a Áustria e a Suécia no ano passado. Na sexta-feira (19/11), a Usina Termoelétrica do Pego, na região central do país, parou de queimar carvão para gerar eletricidade e o plano é substituí-lo pela queima de biomassa. A ação foi criticada por ativistas ambientais. Para eles, a substituição é um passo na direção errada, segundo a Associated Press. Portugal importava todo o carvão, além de petróleo e gás, e tem investido fortemente na energia verde nas últimas décadas. A energia do carvão é a maior fonte de emissões de gases de efeito estufa. “A terrível economia do carvão e o desejo público de ação climática estão conduzindo cada vez mais rápido para a eliminação progressiva em toda a Europa”, disse Kathrin Gutmann, diretora de campanha da Europe Beyond Coal, que visa garantir que o carvão seja eliminado da Europa até 2030. “O desafio agora é garantir que as concessionárias não cometam o erro de substituir o carvão por gás fóssil ou biomassa insustentável”, disse Gutmann. (Valor Econômico – 22.11.2021)
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7 Biodiversidade e energias renováveis, um par em conflito
“A transição energética e a conservação da biodiversidade: um emparelhamento em conflito?” (com pergunta) foi o nome escolhido para a mesa de discussão que a Associação dos Jornalistas de Informação Ambiental (APIA), organizou no seu XIV congresso. Participaram o porta-voz Incentivo Luis Bolonio (Alliance Energia e Território), José Donoso, diretor da União Fotovoltaica Espanhola (UNEF) e Miguel López Rubio, diretor da Organização Sociedade Espanhola de Ornitologia (SEO / BirdLife). A APIA celebra o seu congresso anual nesta segunda e terça-feira. Em sua décima quarta edição, com o slogan 'Comunicação Ambiental, uma questão de saúde global', a associação não deixou de lado um dos temas de debate presentes no panorama ambiental e energético, como o gerado entre o desenvolvimento de grandes usinas renováveis, especialmente eólica e fotovoltaica, e seu impacto no meio ambiente. Portanto, a mesa não poderia fazer mais sentido. A reunião, moderada por nossa colega Pepa Mosquera e José Antonio Montero, editor-chefe da revista Quercus, refletiu claramente o estado em que o debate está, ou seja, quente, em pleno andamento. Nesse caso, a aspiração é encontrar posições de reaproximação para fazer a transição energética ocorrer com o menor impacto possível sobre a biodiversidade. (Energías Renovables - 22.11.2021)
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8 Seminário sobre ESG debate sustentabilidade e compromisso social
Dia 26 de novembro, a Folha promove a segunda edição do Seminário ESG, com o tema Sustentabilidade e Compromisso Social. A sigla em inglês designa a adoção de investimentos em boas práticas ambientais, sociais e de governança por parte das empresas. Durante a primeira mesa do debate, com início às 11h, o tema será Sustentabilidade e Inovação. Passando por questões como: qual o papel da produção de energia limpa nas empresas? Como os avanços tecnológicos têm transformado o modelo de negócios? Inovação e tecnologia podem ser aliadas na adoção de práticas sustentáveis? Promover políticas de diversidade, inclusão e bem-estar social é um dos pilares do ESG. Este será o assunto debatido durante a segunda mesa do seminário: O "S" do ESG: Como as empresas brasileiras têm investido em ações sociais de impacto? O evento, com patrocínio da Coca-Cola e da Equinor, será realizado a partir das 11h e transmitido pelo site da Folha. (Folha de São Paulo – 22.11.2021)
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9 Oito organizações sem fins lucrativos recebem subsídios para promover iniciativas de sustentabilidade, energia limpa e diversidade.
Clean Power Alliance (CPA), em parceria com a Calpine Energy Solutions, tem o prazer de anunciar os vencedores das concessões de reinvestimento do programa de benefícios para a comunidade da Calpine Energy Solutions. Por meio desse programa de concessão inovador, a Calpine Energy Solutions, provedor de serviços de faturamento e suporte ao cliente da CPA, investe 2% do valor de seu contrato com a CPA na área de serviço da CPA. As doações são concedidas a organizações sem fins lucrativos que promovem o engajamento relacionado à energia, o compromisso com as comunidades carentes, a igualdade de energia e os programas de diversidade e promovem iniciativas verdes locais. O período de inscrição do Programa de Benefícios para a Comunidade ocorreu de terça-feira, 10 de agosto de 2021 a quarta-feira, 15 de setembro de 2021. Vinte e quatro inscrições foram recebidas, com oito candidatos recebendo bolsas que variam de $ 8.000 a $ 12.518. Ao todo, o programa concedeu mais de US $ 75.000 em doações. O vice-presidente sênior da unidade de negócios CCA da Calpine Energy Solutions, Drake Welch, acredita que o Programa de Benefícios à Comunidade oferece uma grande oportunidade para desenvolver parcerias de longo prazo com foco no meio ambiente. (EE Online – 22.11.2021)
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10 Ranking de transição climática do BNEF para indústrias extrativas
A transição líquida para um cenário neutro em carbono poderia derrubar certos setores e remodelar a posição competitiva de outros. Especificamente como esse risco afetará as avaliações das empresas é uma preocupação importante dos investidores, principalmente quando se trata de setores de alta emissão. O produto Transition Scores da BNEF traz clareza ao impacto do risco de transição climática nos modelos de negócios da empresa. As condições do mercado mudarão sob um cenário líquido de zero. As demandas dos clientes, as avaliações dos ativos e o custo de fazer negócios, entre outras coisas, mudarão. O risco de transição é o grau em que essas tendências podem atrapalhar a lucratividade e a viabilidade dos negócios. Algumas empresas podem sofrer perdas, por exemplo, devido ao encalhe de ativos, enquanto outras podem ver crescimento. Com o líquido zero, uma clara mudança sistêmica de longo prazo, as previsões financeiras e as avaliações da empresa só podem ser precisas se levarem em conta o risco relacionado à transição e a exposição de recompensa. As majors europeias integradas, incluindo Shell, Total, Galp, Repsol e BP estão entre as mais bem posicionadas no ranking do BNEF. Eles estão investindo com profundidade e amplitude na transição. Para ilustrar, eles possuem 7 GW, ou 51%, dos ativos de energia renovável entre todas as empresas pontuadas. (BloombergNEF – 22.11.2021)
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11 A ligação entre mudança climática e inflação explicada
Apesar do crescente interesse na comunidade do banco central pelas mudanças climáticas, ainda sabemos relativamente pouco sobre o impacto sobre a pressão inflacionária de médio prazo. Os bancos centrais não são os principais atores na luta pela prevenção das mudanças climáticas, mas podem desempenhar um importante papel de apoio e têm prestado cada vez mais atenção aos seus impactos. Por exemplo, o BCE tem um plano de ação climática após a recente conclusão da sua revisão da estratégia de política monetária (Drudi et al., 2021), e a Rede para tornar o sistema financeiro mais verde cresceu de oito membros fundadores em 2017 para mais de 100 membros e observadores hoje. No entanto, as implicações das mudanças climáticas sobre a inflação têm recebido surpreendentemente pouca atenção na literatura. Os especialistas exploraram novas evidências para um painel de economias avançadas e emergentes sobre o impacto de temperaturas muito altas sobre os preços. Com isso, as temperaturas extremas têm efeitos perceptíveis na evolução dos preços, mesmo a médio prazo, embora mais nas economias emergentes do que nas avançadas. Em suma, o impacto das altas temperaturas sobre os preços parecem ser positivo no curto prazo e negativo no médio prazo. (World Economic Forum – 22.11.2021)
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12 Agricultura amiga do clima: o derretimento das geleiras da Groenlândia oferece uma resposta
A farinha de rocha glacial, o lodo ultrafino depositado à medida que as geleiras derretem, pode ajudar a aumentar a produtividade agrícola em todo o mundo. Além disso, as nanopartículas permitem que as plantas tenham mais acesso a nutrientes, incluindo potássio, cálcio e silício, em comparação com terras agrícolas rochosas normais. Com isso, 25 toneladas de farinha de rocha glacial por hectare aumentaram o rendimento da colheita nos campos de cevada na Dinamarca em 30%, de acordo com pesquisa da cervejaria Carlsberg. Pesquisadores da Universidade de Gana conseguiram aumentar a produção de milho em 30% usando farinha de rocha glacial para compensar o impacto da chuva e do calor em terras agrícolas pobres. (World Economic Forum – 22.11.2021)
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Empresas
1 Eletrobras aprova contratação de bancos para a capitalização
O conselho de administração da Eletrobras aprovou a contratação do Sindicato de Bancos que ficará responsável pela estruturação da operação de follow on das ações da empresa, mais conhecido com o processo de privatização da companhia. A meta do governo federal com a venda das ações da Eletrobras é a de ficar com até 45% do capital da elétrica. Se o índice não fora alcançado há a perspectiva de ser realizada uma nova operação de venda. Essa contratação do sindicato de bancos já estava prevista, conforme afirmou o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, na semana passada. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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2 Fiscalização aponta melhora de eficiência de empresas Eletrobras
Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União apontou melhora na eficiência das empresas do Grupo Eletrobras, com uma maior aproximação dos gastos com PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros) aos parâmetros regulatórios estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica. O TCU analisou também a atuação da Eletronorte no reestabelecimento do suprimento de energia ao Amapá, após o apagão de novembro de 2020, e concluiu que houve violação à Lei das Estatais. A empresa assumiu na época obrigações excepcionais que, na visão do tribunal, deveriam ter sido previstas em contrato, com a devida remuneração. O levantamento avaliou a evolução das despesas nas atividades de geração e transmissão de energia elétrica das subsidiárias, destacando o desempenho da Chesf e de Furnas, que tiveram no ano passado uma diferença positiva entre os custos regulatórios e operacionais da geração. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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3 CGT Eletrosul tem lucro 2,6% maior no 3º trimestre
A CGT Eletrosul encerrou o terceiro trimestre de 2021 com lucro acumulado de R$ 415,1 milhões. O valor é 2,6% superior ao balanço apurado no mesmo período do ano passado. De acordo com a controlada da Eletrobras, o resultado contemplou fatores positivos como a repactuação do risco hidrológico, menor exposição cambial e revisão da receita da RBSE. Por outro lado, os efeitos negativos foram a revisão das provisões para impairment e, principalmente, o contencioso judicial trabalhista. A receita bruta de transmissão, geração e outros negócios, nos nove meses do ano, somou R$ 2,6 bilhões, superando em 17% a receita bruta do mesmo período de 2020. O montante já inclui, a partir de setembro, as receitas de transmissão da SPE Fronteira Oeste Transmissora de Energia, incorporada no dia 31 de agosto de 2021. O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu pouco mais de R$ 1 bilhão. O valor é 34,5% superior ao Ebitda apurado no mesmo período de 2020, quando alcançou R$ 795,1 milhões. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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4 CEEE Equatorial investirá R$ 16 mi em duas cidades no RS
A CEEE Equatorial realizará investimentos de R$ 16 milhões em Santa Vitória do Palmar e Chuí, no Rio Grande do Sul. A meta é melhorar a qualidade e a continuidade no fornecimento de energia elétrica para a região. Uma parte de R$ 4 milhões e previsão de conclusão em março de 2022, será para a instalação de 450 postes de concreto e 25 km de redes trifásicas. Essa é uma demanda antiga da população e da região. As novas redes, indica a concessionária, ampliarão a disponibilidade de fornecimento de potência e energia na região, possibilitando a expansão das atividades. O plano de investimentos tem início em dois relevantes empreendimentos, sendo o primeiro a reforma integral de rede de média tensão que atende o município do Chuí. Serão instalados 20 km de cabos com maior capacidade de distribuição de energia para um trecho desde a subestação Santa Vitória do Palmar, localizada na Avenida Bento Gonçalves, até o município do Chuí, qualificando o atendimento ao município e ao balneário de Barra do Chuí. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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5 Dommo Energia aprova aumento de capital de R$ 139,7 mi
O conselho de administração da Dommo Energia aprovou nestasegunda-feira (22) um aumento de capital de R$ 139,7 milhões, mediante capitalização de créditos de credores. Com a operação, serão emitidas 199,6 milhões de novas ações ordinárias. O capital social da companhia passará de R$ 457,5 milhões, com 310,1 milhões de ações, para R$ 597,2 milhões, composto por 509,7 milhões de papéis. (Valor Econômico – 22.11.2021)
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6 GreenYellow emitirá R$160 mi em debêntures verdes
A GreenYellow anunciou que realizará uma captação de R$ 160 milhões em debêntures verdes. O valor obtido na operação será utilizado para reembolsar os investimentos e aportes de capital realizados na implementação de projetos de eficiência energética e para futuros projetos com benefício ambiental. Em comunicado, a empresa destaca que reforçará assim o seu caixa para suportar sua estratégia de crescimento orgânico e inorgânico no mercado brasileiro. A operação conta com a consultoria da Sitawi Finanças do Bem, que analisou os investimentos feitos pela GreenYellow desde 2018 até o momento, especificamente no segmento de soluções de inteligência no consumo de energia. A subsidiária da multinacional francesa no Brasil se comprometeu também a divulgar os resultados do investimento anualmente. Uma nova verificação independente será realizada em dois anos. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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7 BHP e Woodside chegam a acordo para criar empresa de energia
A BHP Group e a Woodside Petroleum assinaram um acordo vinculativo de venda de ações para fundirem o portfólio de petróleo e gás natural da BHP com a Woodside. A BHP disse nesta segunda-feira que a Woodside vai adquirir a totalidade do capital social da BHP Petroleum International Pty Ltd. em troca de novas ações da Woodside. A assinatura do acordo segue-se a um compromisso de fusão anunciado a 17 de agosto. Com a conclusão da fusão, a Woodside vai emitir novas ações que devem englobar aproximadamente 48% de todas as ações da empresa, numa base pós-emissão, como consideração para a aquisição da BHP Petroleum. A conclusão está prevista para o segundo trimestre de 2022, sujeita à aprovação dos regulações e das autoridades de concorrência. (Valor Econômico – 22.11.2021)
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Medidas contra crise hídrica vão causar um rombo de R$140 bi
As decisões recentes que o governo tomou para enfrentar a crise hídrica devem custar cerca de R$ 140 bilhões a serem pagos pelo consumidor, segundo cálculos do Instituto Clima e Sociedade (iCS). Isso se deve à inclusão dos jabutis da MP da Eletrobras, à contratação da térmicas para enfrentamento da crise, ao Programa de incentivo à Redução Voluntária de Demanda (RVD), à criação da bandeira escassez hídrica e ao leilão emergencial para contratação e reserva de capacidade. Só em 2021, o consumidor pagou R$ 30,2 bilhões em custos adicionais com bandeiras e encargos, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). O que está por vir para os próximos anos são R$ 11,8 bilhões de custo de geração térmica, o empréstimo para as distribuidoras, que podem chegar a R$ 15 bilhões, os custos com a MP da Eletrobras, que somam R$ 78,3 bilhões, e os contratos estabelecidos no leilão emergencial de R$ 39 bilhões a serem pagos entre 2022 e 2025. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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2 As soluções para a crise hídrica poderiam ter custos menores
Para a consultora de Energia do iCS, Amanda Ohara, havia alternativas para minimizar os custos ao consumidor. Segundo a executiva, o instituto chegou a listar medidas de eficiência energética que poderiam ter impacto na solução da crise com custos menores. “As decisões não justificadas representam um custo ao consumidor de R$ 140 bilhões ao longo de vários anos pela frente”. Ela diz ainda que embora o risco de apagão tenha diminuído este ano, o consumidor segue com custo bastante alto, com tendência de aumentos para a frente. Ela critica a suspensão pelo ONS do programa de Redução Voluntária de Demanda (RVD), programa que teve adesão de parte da indústria. O coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Clauber Leite, também foi duro nas palavras e disse que o custo da crise hidroenergética é uma “herança maldita” da falta de planejamento do governo.“Já estamos vivendo um racionamento via tarifa e a escolha foi não ter programa de redução de consumo (…) Herança maldita para os consumidores por conta de não tomarem medidas adequadas de planejamento “, disse. Para Leite, as ações tomadas não resolvem o problema, só estão jogando para frente esse problema que vai estourar na conta do consumidor e que no ano que vem a conta deve ter um aumento médio na tarifa de 21%. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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3 Brasil está há 20 anos estagnado em eficiência energética
A coordenadora do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Kamila Borges, disse que o Brasil passa por uma estagnação em eficiência energética há pelo menos 20 anos, enquanto países em desenvolvimento e com indústrias eletrointensivas, como China e Índia, o nível de eficiência avançou. Na análise da executiva, isso é uma questão de decisão política. Para reverter isso, o primeiro passo seria o governo identificar onde estão as potencialidades para aprofundar nas ações. O setor de edificações como um todo, responde por cerca e 51% do consumo no Brasil, e poderia avançar nisso. “Temos políticas confusas e atrapalhadas. A política de etiquetagem e padrões de equipamentos erram em dizer que estão avançando (…) Em edificações há um programa de etiquetagem que é voluntário e ainda assim com um esforço hercúleo de fazê-lo pegar no setor de construção civil”, conta. Um outro ponto que a executiva aponta possíveis ganhos de eficiência energética é sobre o setor industrial, que tem o segundo maior consumo de energia elétrica no país. “Medidas como a Redução Voluntária da Demanda, os mercados de eficiência energética poderiam avançar bastante, porém o governo suspendeu algo que estava dando certo”, lamenta. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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Eficiência energética é a única maneira de superar a crise energética
Para o ex-diretor-geral do ONS e consultor do iCS, Luiz Eduardo Barata, a eficiência energética é a única maneira de garantir que o Brasil supere a crise energética sem pressionar os custos da energia. No entendimento de Barata, é importante voltar com o discurso da eficiência energética, caso contrário, as contas em 2022 ficarão impagáveis. Ele prevê que não há mais nada que se possa fazer para redução dos custos nos próximos dois anos, já que o consumo vai aumentar e a crise climática deve permanecer. “Neste horizonte de tempo, as únicas medidas que cabem são em eficiência energética. Paralelamente precisamos tomar medidas do que fazer a partir de 2024 e 2025, como rever essa decisão de construir 8 GW de térmicas a gás com um fator de flexibilidade de 70%, quando a gente poderia botar esses 8 GW de renováveis”, afirma. O executivo afirma que o grande ganho em eficiência aconteceu somente em 2001 e atualmente só a indústria de autoconsumo está preocupada com isso. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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5 Conta de luz mais cara eleva custos no comércio para Natal
Além de elevar a inflação para o consumidor, as tarifas mais altas de energia elétrica aumentam os custos de operação para os lojistas para o Natal. "A pressão da energia traz dois impactos. O primeiro é a redução no poder de compra do consumidor com a energia mais cara e a subida da inflação", aponta o economista Fabio Bentes, da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). "O segundo efeito é de custo. A energia tem peso bastante significativo para determinados segmentos do comércio", emenda. Segundo Bentes, a luz representa, em média, 7,6% das despesas de operação no varejo. Em hipermercados e supermercados, a marca sobe para 10,4%, devido ao uso de equipamentos para refrigeração de produtos. Esse percentual fica ainda maior e beira os 20% no caso de mercados e armazéns de pequeno porte, indica o economista. Em setembro, a CNC estimou alta de 3,8% nas vendas natalinas no país, em 2021, na comparação com o ano passado. Mas a pressão inflacionária tende a provocar uma revisão para baixo na previsão, que deve ficar entre 3% e 3,5%, conforme Fabio Bentes, economista da entidade. (Folha de São Paulo – 23.11.2021)
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6 Reservatórios do SE/CO operam com 19,3% da capacidade
Os reservatórios do submercado SE/CO estão com volume de 19,3%, de acordo com dados do ONS referentes ao dia 21. Houve aumento de 0,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 39.382 MW mês e a ENA é de 32.501 MW med, o mesmo que 86% da MLT. A usina de Furnas opera com 21,46% e a de Nova Ponte, com 12,49%. No Nordeste, os níveis subiram 0,4% e chegaram a 36,7% da capacidade. A energia armazenada é de 18.922 MW mês, enquanto a ENA é de 4.190 MW med, que equivale a 70% da MLT. Sobradinho opera com 34,71% da capacidade. No Norte, as usinas também operam com volume de 36,7%, um recuo de 0,3% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 5.571 MW mês e a ENA chegou a 7.340 MW med, o mesmo que 120% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí registra nível operativo de 37,01%. Na região Sul, os níveis estão em 55,5%, subindo 0,4% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 11.044 MW mês e a ENA é de 5.379 MW med, o mesmo que 58% da MLT. A usina de Passo Real está com volume de 49,67% da sua capacidade. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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Mobilidade Elétrica
1 Gigantes do e-commerce compram VEs de olho na agenda ESG
Faz alguns meses que a agenda ESG entrou para a lista de prioridades da indústria nacional. O conjunto de medidas e atitudes que a empresa precisa seguir para ser considerada ecologicamente responsável está influenciando em decisões de vários setores. Na indústria de comércio eletrônico (ou e-commerce) não é diferente. Gigantes do setor estão incorporando veículos elétricos a suas frotas, e não apenas para reduzir as emissões de CO2. Por trás dessa decisão também está a necessidade de transmitir uma imagem sustentável para seus clientes e fornecedores. No fim do ano passado, o Mercado Livre adquiriu 70 veículos elétricos para sua frota na América Latina, sendo 51 deles destinados ao Brasil. Na época, a empresa alegou que a medida foi pensada para aliviar o impacto ambiental derivado do crescimento do comércio eletrônico e a expansão das soluções logísticas da companhia. Em meados deste ano, a empresa também anunciou a oferta de financiamento para que seus entregadores possam adquirir veículos elétricos. A frota do Mercado Livre é estimada em 10 mil veículos e 600 carretas, quase todos operados por terceiros. A eletrificação é uma tendência mundial. Em fevereiro de 2020, a gigante Amazon encomendou nada menos do que 100 mil veículos para a fabricante de carros elétricos Rivian nos Estados Unidos. O planejamento da empresa prevê uma frota de 10 mil veículos elétricos nas ruas até 2022, chegando a 100 mil carros movidos a eletricidade até 2030. Segundo estimativa da Business Insider, a Amazon entrega 2,5 bilhões de encomendas por ano. A aquisição da enorme frota de vans elétricas faz parte dos esforços para se tornar neutra na emissão de carbono até 2040. A empresa é co-fundadora do The Carbon Pledge, compromisso estabelecido para atingir os objetivos do Acordo de Paris com uma década de antecedência e alcançar emissão líquida zero de carbono até 2040. (Automotive Business – 22.11.2021)
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2 Tendência de eletrificação de frotas comerciais anima fabricantes de veículos
As fabricantes dos veículos sentem a tendência de eletrificação das frotas comerciais nos últimos anos. A Volkswagen Caminhões e Ônibus já colhe os frutos da estreia do e-Delivery. Em pouco mais de 90 dias, a fabricante vendeu 200 unidades do caminhão movido a eletricidade. Isso foi suficiente para comprometer toda a produção até o final do ano, segundo o vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas, Ricardo Alouche. A JAC Motors também aposta no sucesso dos veículos elétricos, inclusive nas vendas diretas. O caminhão iEV1200T, por exemplo, já é utilizado por empresas como a transportadora DHL, que já possui uma frota de 25 veículos movidos a eletricidade. Grande entusiasta da eletrificação, a Renault realiza vendas diretas de veículos elétricos desde 2013. Mercado Livre e DHL utilizam unidades do Kangoo Z.E., que não é comercializado para pessoas físicas no Brasil. A cartela de clientes da Renault inclui ainda empresas de outros segmentos, como a Porto Seguro e a Itaipu, que utilizam os modelos Twizy e Zoe, inclusive em deslocamentos urbanos no caso da seguradora. (Automotive Business – 22.11.2021)
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3 Americanas expande operação de veículos elétricos para 6 cidades
A Americanas incorporou neste mês de novembro 100 veículos utilitários elétricos para expandir sua frota logística ecoeficiente para mais cinco estados e Distrito Federal. Agora, além das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que já contavam com esses veículos para a modalidade last mile (entrega que leva o produto para casa do cliente), outras seis passam a ter o serviço. São as cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Gravataí (RS), Fortaleza (CE) e Recife (PE). A entrega dos 100 novos utilitários faz parte dos objetivos traçados pela companhia de ter, até o final de 2021, um total de 500 veículos na composição da frota ecoeficiente. Os utilitários são 100% elétricos e têm capacidade para transportar 650 kg de carga útil. Entre os tipos de veículos que compõe a frota estão as bicicletas elétricas e convencionais, tuk-tuks e automóveis. Além disso, a empresa anunciou que pretende utilizar 100% de energia renovável em suas até 2030. De acordo com a empresa, a parte de logística é uma das iniciativas na frente ambiental de ESG da Americanas. A companhia também reafirmou que tem o compromisso de neutralizar as emissões de carbono e se tornar NetZero até o ano de 2025. Com foco em alertar e informar o cliente final a favor do consumo sustentável, a Americanas lançou a plataforma Americanas + Clima. A página especial já está disponível no app e no site da Americanas e conta com mais de mil produtos registrados. Segundo a empresa, a ferramenta foi criada para ajudar os clientes a encontrarem produtos que tenham certificações confiáveis e de fato contribuam para a redução dos impactos ao meio ambiente. (Mercado e Consumo – 23.11.2021)
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4 Oppo quer fabricar carro elétrico na Índia até 2024
A chinesa Oppo, pertencente ao grupo BBK Electronics, trabalha para lançar um carro elétrico até o início de 2024, primeiro na Índia. De acordo com o site 99Mobiles, a quarta maior fabricante de celulares do mundo tenta acompanhar a recente ascensão de veículos elétricos na Índia. Ainda não há detalhes técnicos sobre o projeto nem de profissionais envolvidos a operação, mas especula-se que, no portfólio, a Oppo inclua, além do carro elétrico, veículos autônomos e scooters movidas a bateria. De abril a setembro de 2021, o segmento de carros elétricos na Índia teve um crescimento de 234%. No período, foram 6.261 unidades vendidas, o que ultrapassa o montante de veículos comercializados no último ano fiscal inteiro (no caso, abril de 2020 a março de 2021). (Olhar Digital – 22.11.2021)
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Inovação
1 Combustível do futuro, hidrogênio verde é aposta do mundo para controlar o aquecimento global
A aposta do mundo para limitar o aquecimento global até 2050 está no hidrogênio verde, trata-se da eletrólise da água, que separa o hidrogênio do oxigênio, a energia elétrica tem de ser de uma fonte totalmente renovável, como a eólica e a solar. A efervescência no setor foi captada pelo banco de investimento Goldman Sachs, que calcula que até 2050 o mercado de hidrogênio no mundo ultrapassará US$ 11 trilhões. A solução é vista como a principal alternativa ao petróleo – até mesmo para as petroleiras. Para não ficar para trás, a maioria delas tem estudos e projetos para a produção de hidrogênio verde. Segundo o sócio da McKinsey João Guillaumon, o Brasil pode se tornar um dos líderes mundiais na produção do hidrogênio verde. Cálculos da consultoria mostram que até 2040 a receita com esse combustível limpo ficará entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões, sendo 70% do montante no mercado doméstico. O volume de energia elétrica terá de ser elevado em 180 gigawatts (GW) apenas com renováveis. Apesar de ser a grande aposta do mundo, a produção em larga escala do produto terá de superar uma série de desafios. (O Estado de São Paulo – 23.11.2021)
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2 O futuro da mobilidade aérea passa, entre outros aspectos, pelos aviões de hidrogênio
A evolução que a aviação teve até agora para reduzir suas emissões não será suficiente para enfrentar o desafio de 2050: devemos optar por soluções mais ambiciosas, como o avião do hidrogênio. Foi o que defendeu a diretora de programas corporativos da Airbus, Isabel del Pozo, num simpósio realizado recentemente em Madrid sobre mobilidade e cidades, organizado pelo El Español e Invertia. Para Isabel del Pozo, à espera da chegada dos aviões a hidrogênio, “uma solução intermédia seria o combustível de aviação sustentável, SAF”. Do lado do controle aéreo, Pablo Caballero, diretor geral da FerroNATS, defendeu a necessidade de implantação do Céu Único Europeu, o que significaria - disse ele - aumentar a eficiência da gestão do tráfego. (Energías Renovables - 22.11.2021)
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3 MIT Reap Rio abre inscrições para formação de startups de energia
O MIT Reap Rio, do LabrInTOS, da Coppe/UFRJ, abriu as inscrições até o dia 6 de dezembro para o energINN, programa de formação de novas startups para os setores de Energia e Sustentabilidade e que objetiva ser a maior e mais completa formação de empreendedores e de ecossistemas de inovação nesta área. O programa é composto por um curso online, básico e gratuito sobre o tema, com duração de três meses. A finalidade é fornecer suporte para que universitários, pesquisadores e empreendedores desenvolvam projetos preliminares de Business Case e participem de uma seleção para uma fase posterior de aceleração, quando serão fornecidas mentorias técnicas e de negócios, infraestrutura laboratorial e networking entre investidores e grandes empresas. (CanalEnergia – 19.11.2021)
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4 Enel SP dá largada no uso do 5G na distribuição
A Enel São Paulo anunciou nesta segunda-feira, 22 de novembro, parceria com a Tim, Ericsson, Qualcomm e Motorola para instalação de uma antena na subestação itaim com a tecnologia 5G. O projeto é pioneiro na América Latina e faz parte do projeto Urban Futurability, que deverá transformar a região no primeiro bairro digital e sustentável da capital paulista, com investimentos de R$ 125 milhões. A tecnologia 5G será avaliada para reforçar a digitalização do sistema, buscando agilizar respostas nas ocorrências e viabilizando o desenvolvimento de novas aplicações que vão melhorar a resolução de problemas complexos na rede elétrica. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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Energias Renováveis
1 Mais um recorde solar no Nordeste
O Nordeste registrou na semana passada novo recorde de geração solar fotovoltaica, de acordo com o ONS. O recorde, que ocorreu na última quinta-feira (18/11), foi de geração instantânea, no valor de 2.741 MW às 10:34 horas. O montante representou 23,3% da demanda da região, informou o ONS. O recorde superou o verificado um dia antes, na quarta-feira (17/11), de 2.715 MW, às 11:05 horas. É o segundo recorde de geração solar no Nordeste em novembro, afirmou o operador. A última marca recorde de geração solar fotovoltaica foi registrada em 27/10 – na ocasião, o operador registrou dupla marca. A energia solar representa 2,2% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue a 2,6% até o fim deste ano. (Brasil Energia – 23.11.2021)
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2 Fonte eólica ultrapassa 20 GW no país
A fonte eólica atingiu 20,1 GW de capacidade instalada no Brasil. Isso representa 11% da matriz elétrica nacional. A marca foi atingida no último sábado (20/11), com a liberação de 45,9 MW em unidades geradoras eólicas pela Aneel. Há ainda 965,89 MW em operação de testes, que devem entrar em operação nas próximas semanas. Com mais de 90% da capacidade instalada do país, o Nordeste teve os parques responsáveis pela ultrapassagem da marca de 20 GW. São da região as quatro usinas que romperam juntas a marca: Ventos de Arapuá 1, 2 e 3 (Paraíba), Chafariz 4 (Paraíba), Filgueira II (Rio Grande do Norte) e Ventos de Santa Martina 11 (Rio Grande do Norte). O setor conta hoje com 8.820 aerogeradores em operação, em mais de 10 mil torres em 751 parques eólicos. A perspectiva é em dois anos a fonte atingir 25 GW e, até 2026, alcançar 32,23 GW, segundo projeção da Abeeólica. Isso porque Mais de 12 GW de novas eólicas já foram outorgados pela Aneel, distribuídos em 353 empreendimentos, com 170 deles em construção. (Brasil Energia – 23.11.2021)
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3 Aneel dá aval para operação de eólicas na Paraíba
A Aneel autorizou nesta segunda-feira, 22 de novembro, o início da operação comercial em eólicas no estado da Paraíba, nas cidades de Areia de Baraúnas e Santa Luzia. Na EOL Ventos de Arapuá 1, o aval foi para a unidade geradora UG2, de 3,46 MW. Na EOL Chafariz 4, a liberação foi para as unidades UG3 a UG5, também de 3,46 MW. Na EOL Ventos de Arapuá 2, da UG2 a UG4 e a UG9, também de 3,46 MW, podem operar. A Aneel também autorizou a operação comercial das turbinas UG1 e UG 5 da eólica Maral II, Areia Branca, no Rio Grande do Norte. Cada turbina tem 3,5 MW. A usina Solar Pereira Barreto V, no município de mesmo nome, em São Paulo, já pode operar da UG1 a UG126, que somam 34,5 MW. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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4 As energias renováveis são 88% da nova capacidade de energia dos EUA em 9 meses de 2021
De acordo com uma revisão da SUN DAY Campaign de dados recentemente divulgados pela Federal Energy Regulatory Commission (FERC), as fontes de energias renováveis solar, eólica e outras (ou seja, biomassa, geotérmica, hidrelétrica) dominaram as novas adições de capacidade de geração elétrica dos EUA durante os primeiros três quartos de 2021. O último relatório mensal de "Atualização da infraestrutura de energia" da FERC (com dados até 30 de setembro de 2021) revela que as fontes de energia renováveis responderam por 87,61% - ou 16.665 MW - dos 19.022 MW de nova capacidade adicionada durante os primeiros nove meses do ano. A energia solar liderou as adições de capacidade com 8.410 MW, seguida de perto pela eólica (8.188 MW). Em comparação com os primeiros nove meses de 2020, as novas adições à capacidade solar são 38,28% maiores, enquanto as da energia eólica são 34,19% maiores. Houve também pequenas adições em 2021 por energia hidrelétrica (28 MW), geotérmica (25 MW) e biomassa (14 MW). As energias renováveis agora fornecem mais de um quarto (25,39%) do total da capacidade de geração instalada disponível nos EUA - uma parcela significativamente maior do que a do carvão (18,88%) e mais de três vezes a da energia nuclear (8,32%). (Renewables Now – 23.11.2021)
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5 Vietnã prevê capacidade de energia eólica offshore de 4 GW até 2030
O Vietnã aumentará a capacidade de energia eólica offshore de 1 GW para 4 GW e a capacidade de energia eólica onshore de cerca de 1,26 GW para quase 17,34 GW até 2030, de acordo com o último esboço do Plano de Desenvolvimento Energético Nacional VIII. O sucesso dos projetos de parques eólicos onshore pode ser visto como um começo para a indústria de energia eólica no Vietnã, disse Mathias Hollander, gerente sênior do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), em uma reunião recente para discutir o projeto. O país enfrenta uma grande chance de chegar ao topo dos produtores de energia eólica, disse Hollander. De acordo com o Offshore Wind Roadmap para o Vietnã do Banco Mundial (WB), o Vietnã pode ter uma capacidade de ganho offshore de 5-19 GW até 2030, gerando cerca de 60 bilhões de dólares em valor bruto agregado para o país. (REVE – 23.11.2021)
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6 Uzbequistão aumentará capacidade de usinas solares e eólicas para 8.000 MW até 2026
O Uzbequistão planeja construir 10 usinas de energia solar e eólica com capacidade total de cerca de 3.000 MW com investimentos estrangeiros diretos em 2022-2024, disse o presidente Shakat Mirziyoyev na reunião sobre fontes de energia renováveis em 22 de novembro. Na Cúpula da COP26 em Glasgow, o Uzbequistão se comprometeu a reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 35% em relação a 2010, disse o presidente Mirziyoyev. Essa iniciativa envolveria medidas destinadas a aumentar a capacidade das usinas de energia solar e eólica para 8.000 MW até 2026. A primeira usina fotovoltaica do Uzbequistão foi lançada em agosto de 2021 na região de Navoi. A mesma planta será inaugurada na cidade de Samarkand no próximo mês. (REVE – 23.11.2021)
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Gás
e Termelétricas
1 Eneva e Servtec fecham acordo para terminal de GNL
A Eneva fechou acordo de exclusividade e cooperação com Servtec para o desenvolvimento de um terminal de GNL no Porto do Itaqui ou imediações em São Luís (MA). Em comunicado, a geradora informou que a parceira já vem trabalhando no desenvolvimento de um projeto, tendo, para tal, apresentado manifestação de interesse à Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP). Em paralelo, a Servtec avalia alternativas para desenvolver um empreendimento da mesma natureza em outras locações nas imediações do Porto. A decisão final de investimento no terminal está condicionada à conclusão das avaliações e à obtenção das devidas licenças e autorizações para a implantação do projeto. O acordo firmado prevê ainda que a companhia terá o direito de exclusividade até 30 de dezembro de 2022, e, após tal data, de primeira recusa até 30 de dezembro de 2023, para desenvolver, gerenciar e explorar o terminal de GNL em conjunto com a Servtec, através da formação de uma joint venture, na qual a Eneva deterá 51% do total de ações e a Servtec deterá os 49% remanescentes. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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2 Aneel aprova CVU para UTE Termopernambuco e Norte Fluminense
A Aneel aprovou o CVU da UTE Termopernambuco no valor de R$ 187,51/MWh. O montante será aplicado pelo ONS a partir da primeira revisão do Programa Mensal de Operação. Outro despacho da agência reguladora revisou também o CVU da UTE Norte Fluminense. Nos meses de outubro e novembro de 2021 são aplicados os valores do CVU de outubro de 2021 para os patamares 1 a R$ 86,66, o 2 a R$ R$ 99,63 e o 3 a R$ 189,94 por MWh. Já em novembro para o patamar 4 o valor é de R$ 736,68 por MWh. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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3 Eletrobras decidirá se consórcio vencedor da licitação de Angra 3 fará a obra
A próxima sexta-feira (26) o Conselho de Administração da Eletrobras vai decidir se aprova ou não o consórcio das empresas Ferreira Guedes, Matricial e Adtranz. O consórcio foi submetido e aprovado na avaliação de compliance no mês de setembro e aguarda agora a palavra final da Eletrobras. O Plano de Aceleração do Caminho Crítico engloba uma parte das obras de Angra 3, como a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3. Além disso, será feita uma parte importante da montagem eletromecânica, que inclui o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste dolimp semipórtico. Paralelamente, a Eletrobras estima contratar até meados de 2022 o EPCista que será responsável pela continuidade das obras. A companhia, que até o final do terceiro trimestre havia investido R$ 758 milhões na central, deverá acelerar os montantes aplicados ainda este ano com mais R$ 857 milhões por meio de um aumento de capital sob a sigla AFAC. (Petronotícias – 22.11.2021)
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4 Siemens fecha acordo para construção da UTE GNA II
A Siemens Energy fechou acordo para a construção da UTE GNA II, usina de ciclo combinado em regime turnkey localizado em Porto do Açu (RJ). A construção da planta já está em andamento e será a segunda usina de ciclo combinado que a companhia construirá no polo termelétrico. A capacidade instalada é de 1,7 GW. O valor total do projeto é de aproximadamente € 1 bilhão. Somadas as usinas têm 3 GW, potência capaz de fornecer energia para o consumo de 14 milhões de residências. Essa segunda central contará com a primeira aplicação no Brasil da turbina a gás classe HL. A Siemens AG é sócia na GNA ao lado de Prumo Logística, BP e Spic Brasil. O escopo da Siemens Energy prevê a entrega de toda a ilha de energia, que consiste em três turbinas a gás classe HL de alta eficiência, uma turbina a vapor, quatro geradores elétricos e três geradores a vapor com recuperação de calor (HRSG), além de sistemas de instrumentação e controle. O projeto GNA contempla a construção de duas usinas termelétricas, um terminal de regaseificação de GNL, baseado em uma FSRU, além de subestações e linhas de transmissão para interligar as usinas ao SIN. (CanalEnergia – 23.11.2021)
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Mercado Livre de Energia Elétrica
1 CCEE entrega primeiro estudo para abertura do ACL
A CCEE concluiu e entregou ao MME e à Aneel a nota técnica com conceitos e aprimoramentos regulatórios que permitirão a entrada de consumidores de menor porte no ACL. A meta da instituição foi a de “construir um posicionamento coerente com a estrutura atual do mercado de energia e que possibilite uma transição sustentável para um ambiente totalmente liberalizado”. Por isso, levou em conta seis premissas para a elaboração dos temas e o posicionamento da câmara sobre estes. De acordo com a NT, a completa abertura do mercado livre afeta muitos pontos. No entanto, o documento aborda aqueles que são considerados, em um primeiro momento, importantes em um contexto de liberalização do mercado e que foram aglutinados em sete tópicos. São eles: Tratamento da medição; Supridor de última instância; Comercialização regulada; Contratos legados e sobrecontratação; Comercialização varejista; Modelo de faturamento; e Efeito da abertura do mercado da baixa tensão sobre a CDE, devido aos descontos nas Tarifas de Uso de Sistemas. De acordo com a CCEE, o próximo passo desse trabalho será a proposição de um cronograma para uma abertura sustentável do mercado e de medidas regulatórias para tanto. As análises devem ser enviadas ao MME até o final de janeiro de 2022. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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2 BBCE realiza estudo sobre custos de operações no mercado de energia
A BBCE realizou um estudo que identifica contextos de custos envolvidos nas operações no mercado físico e nas de derivativos de energia. De acordo com o que o levantamento apontou, existem situações em que é possível ter em uma operação de derivativo o custo total até 65% menor que um negócio de mesmo montante energético no mercado físico. Para essa constatação, foram simuladas duas negociações mensais, totalizando 80 mil MWh. Uma considera 20 contratos de 2 mil MWh com prazo de 10 dias úteis e a outra a mesma quantidade e volume, mas para 20 dias úteis. Segundo as constatações em operações em tela, nos cenários simulados, a economia no derivativo foi de 23%, sem contar tributos e emissão de nota fiscal. Já na segunda ilustração, que inclui simulação de operações formalizadas pela Boleta Eletrônica da BBCE, é possível verificar que a economia no derivativo foi de 65%, sem contar tributos e emissão de nota fiscal. (CanalEnergia – 22.11.2021)
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Biblioteca Virtual
1 CASTRO, Nivalde de; SOARES, George; MONTEATH, Lillian. “A Transição energética no Sistema Isolado Brasileiro”.
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José
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de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto
de Economia da UFRJ.
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