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IFE: nº 5.424 - 04 de fevereiro de 2022
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Webinar MME / GESEL-UFRJ: "Novas Perspectivas para Sistemas Isolados"
2 Governo reduz preço para acionamento de térmicas
3 Segundo Aneel, empréstimo ao setor elétrico pode chegar a R$ 10,8 bi
4 Aneel: Consulta Pública sobre termos de empréstimo para distribuidoras decorrente da escassez hídrica
5 MME enquadrou 427 projetos de energia no Reidi em 2021

Transição Energética
1 Sinal de preço e gradualidade: as características do mercado de carbono elétrico
2 EUA: Fundação de um Centro Federal de Emissões

3 Rimrock Energy Management e 8 Rivers Capital anunciam parceria para acelerar a descarbonização dos EUA
4 ISO da Califórnia esboça um plano de transmissão para atender às metas de energia limpa
5 Novas usinas a gás não podem competir com energia limpa no Texas
6 Comissão Europeia manterá gás e energia nuclear como investimentos verdes
7 Georgia Power ficará livre do carvão até 2028 e duplicará as energias renováveis até 2035
8 O custo de oportunidade de não usar energia nuclear para mitigação climática
9 Como o financiamento misto pode ajudar a combater as mudanças climáticas?
10 Transição energética da C&I é uma maratona, não um sprint

Empresas
1 Eletrobras transfere participação em Belo Monte para Eletronorte
2 Petrobras precisa praticar preços de mercado, diz Silva e Luna
3 Taesa capta R$ 800 mi em debêntures
4 Reidi bate recorde em 2021 e chega a R$ 72 bi de investimentos
5 Siemens Gamesa tem prejuízo de € 403 mi no 1º trimestre

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios do NE operam com 73,4% de capacidade, com níveis estáveis

Mobilidade Elétrica
1 Goiás é o estado brasileiro com mais pontos de recarga
2 Piauí: Primeiro posto de carregamento em Teresina
3 Rodrigo de Almeida/Abravei: Benefícios dos VEs
4 Adalberto Maluf/ABVE: Falta apoio na transição para VEs no Brasil

5 Debate: “Planeta Elétrico e os Novos Rumos da Mobilidade”
6 Aleksandra O’Donovan/BloombergNEF: Mercado de VEs atinge ponto de inflexão na China e Europa
7 Panasonic agiliza início de produção piloto de baterias inovadoras

Energias Renováveis
1 ONS: Energia solar bate recorde de geração no NE
2 Vivo inaugura primeira usina solar para GD no RN
3 Celgpar anuncia usina solar de 5 MW no Sul de Goiás
4 Usinas solares e eólicas recebem autorização de 112,26 MW

5 UHE Sinop registra recorde na geração de energia
6 Expansão de energias renováveis pode limitar o aumento do preço da energia
7 Irlanda: Cidadãos mostram grande apoio às energias renováveis
8 Itália: Medidas de recuperação ameaçam crescimento das energias renováveis

Gás e Termelétricas
1 Brasil precisa aproveitar potencial e concluir logo Angra 3, diz Associação Nuclear Mundial

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 MME reforça consulta para abertura do ACL em março
2 Mercado livre faz quadro da CCEE aumentar 14% em 2021


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Webinar MME / GESEL-UFRJ: "Novas Perspectivas para Sistemas Isolados"

No próximo dia 17 de fevereiro, às 10h, acontece o Webinar MME / GESEL-UFRJ: "Novas Perspectivas para Sistemas Isolados". O objetivo do evento é apresentar os principais aspectos e objetivos da Consulta Pública do MME e discutir com os agentes do SEB e sociedade civil possibilidades de aprimoramento das diretrizes para o SISOL desde o processo de planejamento até a etapa de formulação desses leilões. A abertura do GESEL-UFRJ será feita pelo Professor Nivalde de Castro, do MME pelo diretor Thiago Prado e da EPE pelo diretor Erik Rego. O webinar será dividido em duas partes. PARTE I - Apresentações: MME: “Principais Aspectos da Consulta Pública n. 606 de 28/01/2022”, expositores: Diogo Baleeiro e Rebecca Mendes (Departamento de Planejamento Energético); EPE: “Relatório de Planejamento dos Sistemas Isolados Ciclo 2021: Resultados, Inovações e Desafios”, expositor: Gustavo Fialho (Superintendência de Projetos de Geração); GESEL: Lançamento do TDSE-Gesel 107: Transição energética nos sistemas isolados do Brasil, expositores: Mauricio Moszkowicz e Lillian Monteath. PARTE II - Debate: parte dedicada à discussão de esclarecimentos e análises de questões pontuais com os participantes. Inscreva-se: https://forms.gle/coydhp8vkCt9DwcT6 (GESEL-IE-UFRJ – 04.02.2022)

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2 Governo reduz preço para acionamento de térmicas

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu reduzir o teto de preço para o acionamento de usinas térmicas no país, retirando do sistema projetos que cobrem mais de R$ 600 por MWh (megawatt-hora) gerado. Para enfrentar a seca em 2021, o governo autorizou o uso de todo o parque térmico disponível no país, acionando usinas que chegavam a custar R$ 2.500 por MWh. Nesta quarta, o país gerou cerca de 9.000 MW em energia térmica e importou 0,1 MW do Uruguai, segundo dados do ONS. Por outro lado, exatos seis meses atrás, o volume de energia gerado por térmicas chegou a 18.945 MW . Para bancar os custos extras, foi criada a bandeira tarifária de escassez hídrica, com vigência até abril. Além disso, o CMSE também estabeleceu um teto de R$ 1.000 por MWh para a importação de energia dos países vizinhos e um limite de 10.000 MW para a geração térmica e a importação de energia. "Essa mudança na política operativa deverá se traduzir na redução dos custos percebidos pelos consumidores de energia elétrica", disse, em nota o MME. (Valor Econômico – 02.02.2022)

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3 Segundo Aneel, empréstimo ao setor elétrico pode chegar a R$ 10,8 bi

A diretoria da Aneel sinalizou nesta quinta-feira (3) que o empréstimo ao setor proposto pelo governo pode chegar a R$ 10,8 bilhões. A indicação foi dada em reunião extraordinária do colegiado, ao aprovar consulta pública para discutir a norma que estabelece as bases da negociação com os bancos. A agência definiu que o valor poderá ser liberado em duas tranches, a primeira de R$ 5,6 bilhões e a segunda de R$ 5,2 bilhões. A consulta pública será realizada pelo prazo de dez dias, contados a partir desta sexta-feira (4). Os recursos vão cobrir despesas com as medidas adotadas para enfrentar a crise hídrica do ano passado e, ao mesmo tempo, atenuar o aumento das contas de luz neste ano. O efeito de alta nas tarifas será diluído nos anos seguintes, a partir de 2023, no prazo de amortização. Nesta quinta, em evento do Credit Suisse, a secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já negocia as condições do empréstimo com um pool de bancos públicos e privados. (Valor Econômico – 03.02.2022)

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4 Aneel: Consulta Pública sobre termos de empréstimo para distribuidoras decorrente da escassez hídrica

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta quinta-feira (3/2) a abertura da Consulta Pública n° 02/2022, de 4 a 13 de fevereiro, para coletar sugestões da sociedade sobre os termos de empréstimo a ser viabilizado pela Agência, conforme determinam a Medida Provisória n° 1.078/2021 e o Decreto n° 10.939/2022. O empréstimo, com valor máximo estimado de R$ 5,6 bilhões, será financiado por um grupo de bancos públicos e privados. A operação visa reduzir os impactos financeiros – e o posterior repasse deles à tarifa dos consumidores – dos custos referentes à compra de energia elétrica no período de escassez hídrica de 2021. A minuta de resolução divulgada pela Aneel apresenta os critérios e os procedimentos para gestão da Conta Escassez Hídrica, na qual serão alocados os recursos para cobrir, total ou parcialmente, os custos adicionais temporariamente assumidos pelas concessionárias e permissionárias de distribuição para a compra de energia durante o período de escassez. A Agência lida neste momento com a proposta de uma primeira parcela, com valor teto de R$ 5,6 bilhões, e a possibilidade de deliberação de uma segunda parcela até maio, de até R$ 5,2 bilhões. (Aneel – 26.01.2022)

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5 MME enquadrou 427 projetos de energia no Reidi em 2021

O Ministério de Minas e Energia (MME) enquadrou 427 projetos de energia elétrica no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) no ano passado, sendo 340 projetos de geração e 87 projetos de transmissão, totalizando R$ 72,11 bilhões em investimentos. De acordo com a pasta, o número de enquadramento de projetos no Reidi em 2021 foi o maior desde 2013, superando o recorde anterior que havia sido em 2020, com 374 projetos e investimentos de R$ 53,907 bilhões. O MME ressaltou que esses projetos no Reidi beneficiam toda a sociedade, uma vez que promovem a modicidade de tarifas e preços de energia elétrica. O Reidi é um incentivo fiscal que consiste na suspensão da incidência de PIS/Cofins sobre as aquisições de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, prestação de serviços e materiais de construção para utilização ou incorporação em determinado empreendimento. (Broadcast Energia – 03.01.2022)

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Transição Energética

1 Sinal de preço e gradualidade: as características do mercado de carbono elétrico

Apresentada pelo governo na semana passada, a proposta de criação de um mercado de carbono para o setor elétrico terá entre os desafios evitar o choque de preço no curto prazo, sob o risco de gerar aversão da sociedade em relação ao instrumento. O preço da energia já é um ponto sensível. Os efeitos das mudanças climáticas, combinados ao crescimento da demanda, têm colocado os sistemas de eletricidade sob pressão no Brasil e no mundo. Giovani Machado, diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), explica que há uma série de instrumentos de salvaguardas no desenho do mercado que permitem “modular e calibrar” os efeitos de uma precificação do carbono. “Uma das vantagens nesse instrumento de mercado de carbono é que ele é um potencializador de transformações, sobretudo com foco em longo prazo”, afirmou o mesmo. Em suma, a proposta – elaborada pela EPE e em consulta pública até a próxima segunda (7/1) – traz entre as diretrizes a priorização de um mercado multisetorial, gradual e com a possibilidade de compensação (offset) para moderar o preço. (epbr – 02.02.2022)

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2 EUA: Fundação de um Centro Federal de Emissões

O governo Biden lançou um novo conjunto de ações para combater as emissões de metano superpoluentes. Seu plano inclui a formação de um grupo de trabalho interinstitucional para coordenar a medição, monitoramento, relatório e verificação (MMRV) de gases de efeito estufa (GEE). A partir da declaração da Casa Branca , o Grupo de Trabalho Interagências de Monitoramento e Medição de Gases de Efeito Estufa identificará e implantará as melhores ferramentas para medir e verificar as emissões. Também desenvolverá um sistema nacional abrangente de GEE MMRV que pode ser usado por agências federais; governos locais, estaduais e tribais; O setor privado; e o público. Estabelecer um centro governamental para decifrar e disseminar dados será fundamental, pois não podemos gerenciar o que não medimos. Esses esforços oportunos avançarão nas metas domésticas e globais de redução de metano – como o Global Methane Pledge, no qual os Estados Unidos (e mais de 100 outras nações) se comprometeram a reduzir o metano em 30% até 2030. Mas com as emissões MMRV – uma área relativamente nova e em rápida evolução – sucesso depende de acertar o design. (RMI – 03.02.2022)

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3 Rimrock Energy Management e 8 Rivers Capital anunciam parceria para acelerar a descarbonização dos EUA

Rimrock Energy Partners, desenvolvedora de ativos e gerente do processador de gás natural do Colorado e 8 Rivers Capital, a fornecedora de soluções de energia limpa, firmaram um Memorando de Entendimento (MoU) para a implantação de projetos de neutralidade em gases do efeito estufa (GEE) focados no portfólio de tecnologia de emissão zero da 8 Rivers. Nesse caso, está incluído hidrogênio, amônia, calor, energia e processamento de gás criogênico em larga escala em todo Colorado, Kansas, Novo México, Oklahoma, Texas e Wyoming. Os ativos de hidrocarbonetos da Rimrock seriam utilizados, minimizando as emissões de carbono com tecnologias inovadoras de captura e armazenamento de carbono. A Rimrock tem um histórico estabelecido e comprovado de desenvolvimento de ativos em escala industrial, incluindo coleta, processamento e transporte de gás natural de maneira segura e ambientalmente responsável. Recentemente, a Rimrock participou de uma parceria pioneira de gás natural de origem responsável (RSG). O projeto piloto compra RSG certificado, que é coletado e processado pela Rimrock, fornecedora de serviços midstream na DJ Basin, antes de ser entregue à Colorado Interstate Gas Company, uma subsidiária da Kinder Morgan, que transportará o certificado RSG para Colorado Springs Utilities. (EE Online – 03.02.2022)

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4 ISO da Califórnia esboça um plano de transmissão para atender às metas de energia limpa

O Operador Independente do Sistema da Califórnia (CAISO) divulgou na segunda-feira (31/01) pela primeira vez um projeto de plano de previsão de transmissão de 20 anos , detalhando a infraestrutura de longo prazo necessária para atingir as metas de energia limpa na pegada do operador da rede . O projeto de perspectiva, desenvolvido em conjunto com a Comissão de Utilidades Públicas da Califórnia e a Comissão de Energia da Califórnia, pressupõe que o estado precisará adicionar cerca de 120 GW de novos recursos – incluindo energia solar em escala de utilidade, armazenamento de energia, eólica offshore, armazenamento de energia e energia, estado de energia limpa, ao sistema até 2040, a fim de atender à crescente demanda por eletricidade. “Há uma necessidade crítica de planejamento e coordenação de transmissão mais proativos e de longo prazo”, disse o presidente e CEO da CAISO, Elliot Mainzer, em comunicado, acrescentando que “esse tipo de planejamento e coordenação voltados para o futuro é essencial para atender à política energética do estado. objetivos de forma confiável e econômica”. (Utility Dive – 03.02.2022)

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5 Novas usinas a gás não podem competir com energia limpa no Texas

Enquanto o Texas se prepara para outra onda de frio, é certo que a rede elétrica que falhou com os texanos no ano passado – causando centenas de mortes e bilhões de dólares em danos econômicos – será testada novamente. Um estudo recente da RMI, Headwinds for US Gas Power , examinou quanto custaria a energia a gás se as usinas de gás tivessem que pagar aos operadores de gasodutos para garantir o fornecimento confiável de gás quando necessário. Adicionar esse custo tornaria quase todas as usinas de gás propostas mais caras do que as alternativas de energia limpa. Com o custo adicional do fornecimento firme de gás, descobrimos que 95% das usinas de gás propostas para construção em todo o país custariam mais do que construir um portfólio de energia limpa – uma combinação de energia eólica, solar, armazenamento de energia por bateria, flexibilidade de demanda e eficiência energética que podem fornecer os mesmos serviços de confiabilidade. Isso inclui 96% das usinas de gás de ciclo combinado propostas e 92% das turbinas de combustão ou “picos”. (RMI – 03.02.2022)

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6 Comissão Europeia manterá gás e energia nuclear como investimentos verdes

A Comissão Europeia confirmou esta quarta-feira que manterá a energia nuclear e o gás na categoria de investimentos "verdes". A CE, presidida pela popular Ursula Von der Leyen, os considera necessários para a transição energética. A decisão vai contra a opinião do comité de peritos a quem a própria UE encomendou uma avaliação e causou uma forte divisão no seio da própria Comissão. De fato, o vice-presidente e alto representante Josep Borrell votou contra a inclusão do gás e da energia nuclear entre os investimentos verdes; a Comissária para a Coesão, a socialista portuguesa Elisa Ferreira; e o Comissário do Orçamento, o conservador austríaco Johannes Hahn, como informaram fontes comunitárias à Europa Press. A Comissão Europeia, presidida pela popular Ursula Von der Leyen, manteve sua decisão de incluir gás e energia nuclear entre os investimentos "verdes", apesar da rejeição causada por seu rascunho inicial entre seus assessores especialistas e a rejeição que também foi explicitada pelo governos do Luxemburgo, Dinamarca, Áustria e Espanha. Em conferência de imprensa em Bruxelas para prestar contas da decisão, a Comissária para os Serviços Financeiros, Mairead McGuinness, admitiu que o Executivo Comunitário está ciente da "grande divisão" gerada por esta reforma, mas assegurou que o documento final reflete um "equilíbrio" entre as visões fundamentais de cada lado. (Energías Renovables – 03.02.2022)

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7 Georgia Power ficará livre do carvão até 2028 e duplicará as energias renováveis até 2035

A Georgia Power planeja aposentar sua capacidade de carvão até 2028, de acordo com o Plano Integrado de Recursos de 3 anos apresentado aos reguladores estaduais pela concessionária na segunda-feira , mas os defensores da energia limpa levantaram questões sobre a escassez de adições de energia renovável no curto prazo. Embora a concessionária planeje retirar mais de 3.500 MW de capacidade de carvão na Geórgia, adicionará 2.356 MW de capacidade de gás natural de usinas existentes por meio de seis contratos de compra de energia (PPAs) com a subsidiária de energia por atacado de sua controladora, a Southern Co. O IRP observa planos para 1.000 MW de armazenamento de energia por um longo período de tempo e outros 2.300 MW de energia solar nos próximos três anos, além de desenvolver ainda mais os recursos de energia distribuída em sua área de serviço. Embora isso dobraria a quantidade de energias renováveis na área de serviço da Georgia Power, os defensores da energia limpa dizem que a concessionária poderia fazer mais no curto prazo. (Utility Dive – 03.02.2022)


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8 O custo de oportunidade de não usar energia nuclear para mitigação climática

O maior obstáculo para enfrentar a mudança climática é que ela requer um esforço sustentado de toda a sociedade, mas ainda estamos lutando por sua seriedade e urgência. O segundo maior obstáculo é que aqueles de nós que veem as mudanças climáticas como uma ameaça existencial estão brigando sobre adotar uma abordagem inclusiva de tecnologia ou depender apenas de energias renováveis. Aqueles de nós que defendem uma abordagem inclusiva de tecnologia pensam que precisamos de um enorme crescimento em energias renováveis. Nós simplesmente não achamos que as energias renováveis podem fazer tudo. Em vez disso, precisaremos de todas as ferramentas disponíveis de baixo ou nenhum carbono (e muitas novas tecnologias que ainda temos que desenvolver) para fazer esse trabalho, não apenas uma. Um relatório recente da ONU descobriu que a energia nuclear tem as menores emissões de carbono do ciclo de vida de qualquer tecnologia de energia, ressaltando seu papel como a maior fonte de energia livre de carbono nos EUA e a segunda maior fonte globalmente. No entanto, alguns oponentes da energia nuclear estão tentando argumentar que o "custo de oportunidade" de investir em energia nuclear é muito alto e que devemos nos concentrar inteiramente no investimento em energia renovável. (Utility Dive – 03.02.2022)

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9 Como o financiamento misto pode ajudar a combater as mudanças climáticas?

A conversa global sobre as mudanças climáticas tradicionalmente gira em torno de decisões públicas de atores públicos, com a sociedade civil desempenhando um papel crucial em fazer valer a ação climática. Mas na cúpula da COP26 em Glasgow, surgiram novas vozes no esforço por soluções climáticas. Uma coalizão de bancos, fundos de pensão e gestores de ativos comprometeu US$ 130 trilhões para atingir o zero líquido até 2050. Nesse caso, o financiamento misto será uma parte fundamental da solução. Embora o nome possa parecer estranho, o conceito é simples. Os investidores privados muitas vezes evitam certos projetos ou mercados devido a riscos específicos que não podem ser bem administrados. Isso é especialmente verdadeiro em economias em desenvolvimento ou com a introdução de novas tecnologias em mercados mais maduros. O financiamento misto faz uso de pequenas quantias de fundos concessionais de doadores para mitigar riscos de investimento específicos. Isso reequilibra a equação risco-recompensa para investimentos pioneiros que não poderiam prosseguir em termos estritamente comerciais. Por exemplo, o Uzbequistão é um dos países mais intensivos em energia do mundo. Sua infraestrutura de energia é antiga e ineficiente. No entanto, é abençoado com recursos solares, eólicos e hídricos que podem posicionar o país como líder em energia limpa na Ásia Central. (World Economic Forum – 03.02.2022)

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10 Transição energética da C&I é uma maratona, não um sprint

A jornada para zerar a emissão de gases do efeito estufa (GEE) 2050 certamente está carregando uma cabine cheia de crentes do setor de energia e industrial ao longo do caminho, mas o caminho a seguir é menos certo do que o destino. Executivos que trabalham nos setores de energia e industrial estão otimistas de que suas empresas coletivamente possam atingir metas elevadas de redução de emissões nas próximas três décadas, mas menos de acordo sobre como chegarão a neutralidade de emissões dos GEE até 2050. Isso de acordo com o novo Relatório de Transição de Energia 2022 da Reuters Events em colaboração com a gigante de pesquisa e consultoria Deloitte . A pesquisa obteve respostas de mais de 2.800 líderes de empresas, incluindo cerca de 900 empresas de energia. Mais de 9 em cada 10 responderam que uma forte política ambiental do governo nacional é o fator determinante mais importante para alcançar uma ampla redução de GEE até a meta de 2050 . Quase 90% desses executivos também identificaram as empresas de energia como igualmente cruciais para as metas de neutralidade, de acordo com a pesquisa Reuters-Deloitte. (T&D World – 03.02.2022)

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Empresas

1 Eletrobras transfere participação em Belo Monte para Eletronorte

O conselho de administração da Eletrobras aprovou nesta quinta-feira, 03 de fevereiro, operação de aumento de capital da Eletronorte de mais de R$ 1,930 bilhão, mediante a emissão de 13.951.250 novas ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, ao preço de 138,35 por ação, baseado no valor patrimonial da ação, em 30 de setembro de 2021. Os títulos serão subscritos e integralizados pela Eletrobras com as ações ordinárias que detém na Norte Energia, equivalente a 15% do capital social. Com a operação, a Eletrobras deixará de deter participação direta na Norte Energia, controladora da UHE Belo Monte (PA-11.233,1 MW), e permanecerá com participação indireta de 49,98%, por meio das controladas Eletrobras e Chesf. (CanalEnergia – 03.03.2022)

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2 Petrobras precisa praticar preços de mercado, diz Silva e Luna

O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta quarta-feira, dia 3, que a estatal precisa praticar preços de mercado e se comportar como uma empresa privada, até porque não consegue atender todo o mercado brasileiro de combustíveis com suas refinarias, que operam com ociosidade de cerca de 20%. Segundo ele, apesar de evitar passar imediatamente a volatilidade dos preços dos derivados de petróleo no mercado internacional, é necessário fazer reajustes quando observada uma mudança estrutural nos preços, não apenas para evitar prejuízos, mas para dar oportunidade a outros agentes do setor. O petróleo é uma fonte energética que ainda vai durar bastante tempo no mundo, mas a Petrobras está se preparando para a transição energética e estuda nove fontes alternativas, entre elas a energia nuclear, mas de olho também em solar, nuclear e hidrogênio, disse Silva e Luna. Segundo ele, na área de energia nuclear, poderiam ser analisadas a construção de pequenos reatores (Small Modular Reactor), uma nova tecnologia que vem despertando o interesse pela redução de custos e pela possibilidade de instalação perto do centro de consumo. (O Estado de São Paulo – 03.02.2022)

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3 Taesa capta R$ 800 mi em debêntures

A Taesa concluiu a captação de R$ 800 milhões através da 11ª emissão de debêntures de longo prazo junto aos acionistas, numa ação coordenada pelo Banco Santander em conjunto com o Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA e UBS Brasil Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários. A operação acontece em duas séries, com vencimentos em 2025 e 2027, acrescida exponencialmente de spreads de 1,18% e 1,36% respectivamente ao ano. Em nota, a transmissora afirmou que os recursos obtidos serão utilizados para reforço de caixa e gestão ordinária dos negócios da companhia, incluindo, mas não se limitando, ao reforço de capital de giro e alongamento do passivo financeiro. (CanalEnergia – 03.03.2022)

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4 Reidi bate recorde em 2021 e chega a R$ 72 bi de investimentos

O Ministério de Minas e Energia publicou em 2021, por meio da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE), 427 projetos de energia elétrica no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI). Essa é a maior marca para modalidade desde 2013, superando o recorde anterior de 2020, com 374 projetos enquadrados e investimentos de R$ 53,9 bilhões. Dessa vez foram 340 projetos de geração e 87 projetos de transmissão, totalizando R$ 72,11 bilhões em investimentos. O Reidi é uma política pública que busca incentivar diretamente as empresas que tenham projetos aprovados para implantação de obras de infraestrutura nos setores de transportes, portos, energia, saneamento básico e irrigação, visto esses aportes exigirem prazos mais longos de implantação e funcionamento. (CanalEnergia – 03.03.2022)

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5 Siemens Gamesa tem prejuízo de € 403 mi no 1º trimestre

O primeiro trimestre fiscal da Siemens Gamesa apresentou um prejuízo atribuível aos acionistas de € 403 milhões. A empresa classificou a dinâmica do mercado como complexa, marcada por interrupções na cadeia de suprimentos e que devera durar mais do que o previsto anteriormente. A receita totalizou € 1,8 bilhão, queda de 20,3% na comparação com o mesmo período anterior. O resultado EBIT pré PPA e antes dos custos de integração e reestruturação foram de € 309 milhões negativos, com uma margem EBIT negativa de 16,9%. Segundo a empresa, o desempenho foi impactado por interrupções na cadeia de suprimentos na fabricação e pela execução de projetos e desafios de ramp-up onshore. Já em serviços, o desempenho foi mais robusto, com receita 8% mais elevada na comparação com o mesmo período de 2021, a margem EBIT ficou em 23,5%. O resultado EBIT pré PPA e antes os custos de integração e reestruturação incluem um impacto negativo de € 289 milhões, devido principalmente a desvios de custos em contratos. (CanalEnergia – 03.03.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios do NE operam com 73,4% de capacidade, com níveis estáveis

De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios do Nordeste apresentaram níveis estáveis na última quarta-feira, 02 de fevereiro, se comparado ao dia anterior. Estes operaram com 73,4% de sua capacidade de armazenamento, atingindo 37.953 MW mês de energia armazenada e ENA de 27.108 MW med, equivalente a 191% da MLT. A região Norte apresentou aumento de 0,1 p.p e os reservatórios trabalham com 89,5% da capacidade. A energia retida é de 13.698 MW mês e ENA de 28.490 MW med, valor que corresponde a 127% da MLT. O submercado do Sudeste/Centro-Oeste cresceu 0,6 p.p e a capacidade está em 42,8%. A energia armazenada mostra 87.647 MW mês e a ENA é de 64.171 MW med, valor que corresponde a 87% da MLT. Os reservatórios da Região Sul tiveram recuo de 0,2 p.p e operam com 35,1%. A energia armazenada é de 6.899 MW mês e a energia natural afluente marca 4.250 MW med, correspondendo a 54% da MLT. (CanalEnergia – 03.03.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Goiás é o estado brasileiro com mais pontos de recarga

Cada vez mais a frota de carros elétricos vem aumentando em Goiás. A quantidade de emplacamentos, desde 2013, teve um grande salto de três veículos em todo o estado de Goiás, para vinte emplacamentos, em janeiro do ano passado (2021), chegando ao marco de 63 VEs emplacados no mês de novembro, de acordo com os dados fornecidos pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Pode-se dizer que agora, a população de Goiás tem mais segurança para comprar um elétrico, por saber que não passará por nenhuma dificuldade de recarregamento, já que atualmente existem exatos 18 pontos de recarga espalhados em todo o estado, segundo a plataforma PlugShare, que faz o mapeamento de pontos de recarga de carros elétricos no país. Além disso, Goiás tende a aumentar cada vez mais os pontos de recarga, para facilitar ainda mais a vida de quem optar por um VE. (Click Petróleo e Gás – 03.02.2022)

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2 Piauí: Primeiro posto de carregamento em Teresina

Teresina está prestes a entrar no circuito de mobilidade elétrica, contribuindo com a descarbonização do meio ambiente a partir do incentivo à redução de impactos causados pelo uso de combustíveis fósseis. As obras da estação de carregamento de VEs já iniciaram no Parque da Cidadania, fruto de uma parceria da Equatorial Piauí com a Prefeitura Municipal. A Distribuidora vai doar ao poder público da capital um veículo elétrico e disponibilizar dez bicicletas elétricas para uso gratuito da população, utilizando como uma das fontes de alimentação a energia solar, limpa e renovável. Além de criar uma proposta sustentável para o transporte, o projeto também busca desenvolver inovações tecnológicas e diversificar as fontes energéticas. Tem ainda o objetivo de promover a qualidade de vida da comunidade com o uso das bicicletas disponibilizadas para o lazer e estimular o avanço tecnológico nacional através do desenvolvimento de sistema de carregamento de veículos. A iniciativa do Grupo Equatorial acontece por meio do Programa P&D da ANEEL. (Equatorial Energia – 02.2022)

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3 Rodrigo de Almeida/Abravei: Benefícios dos VEs

Apesar do atual valor elevado de aquisição dos VEs, essa situação pode mudar, segundo o vice-presidente da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), Rodrigo de Almeida, que afirmou que há grandes indícios de que os carros elétricos acabem se tornando tremendos aliados ao bolso do consumidor. Dentre os benefícios citados, a principal destacada foi a do custo de manutenção para manter os veículos funcionando, já que não é preciso realizar troca de peças tais como filtros de ar, além do veículo não consumir combustíveis e gastar bem menos as pastilhas de freio, por causa do jeito como seu motor elétrico funciona. Almeida também falou sobre seu custo pessoal com seu veículo, onde destacou que nos primeiros 40 mil km, ele gastou no máximo R$ 600, algo que considerou vantajoso. No entanto, o vice-presidente da Abravei relatou que, mesmo que os veículos elétricos gerem grandes vantagens, continua sendo necessário esperar mais um pouco para que se eles se tornem uma opção de fato viável para os consumidores em geral. Rodrigo destacou também que para fazer a recarga de um carro elétrico, existe uma taxa que representa um valor entre 20% e 25% do custo para que um veículo à combustão seja abastecido. O vice-presidente da Abravei abriu destaque aos modelos de VEs atuais que já possuem uma autonomia para rodarem nas vias, entre 220 km e 600 km, com a carga totalmente completa, algo que com certeza deverá ser aprimorado ainda mais, já que muito em breve novos modelos chegarão ao mercado. (Click Petróleo e Gás – 03.02.2022)

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4 Adalberto Maluf/ABVE: Falta apoio na transição para VEs no Brasil

O ano de 2021 teve o melhor resultado de vendas de automóveis e comerciais leves eletrificados no Brasil, com quase 35 mil unidades. De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Adalberto Maluf, a transformação do setor automotivo para elétricos é uma “tendência irreversível”. Em entrevista à CNN Rádio, ele lembrou que países como Estados Unidos, China e a União Europeia já têm metas para cumprir e deixar de lado os veículos de motor a combustão. Maluf avaliou que o Brasil “tem potencial de fazer a transição dessa indústria” como protagonista, mas fez uma ressalva, dizendo que o país é o único do G20 que não tem política nacional de eletromobilidade. “Não temos apoio para a transição”, disse. “O carro elétrico é sobretaxado no Brasil, paga mais imposto do que a combustão, algo que não faz sentido.” O presidente da ABVE admitiu que os VEs são mais caros. Entretanto, ele ponderou: “Eles têm uma bateria que reduz 90% do custo operacional e custa 90% a menos para operar e 50% a menos na manutenção.” “O custo total de operação já é vantajoso para quem roda muito, no Brasil foi o setor que mais cresceu, para quem roda mais de 100 quilômetros por dia, já é favorável”, completou. (CNN Brasil – 02.02.2022)

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5 Debate: “Planeta Elétrico e os Novos Rumos da Mobilidade”

Sob o nome “Planeta Elétrico e os Novos Rumos da Mobilidade”, o debate realizado pelo Estadão Blue Studio nesta quarta (2) trata dos benefícios e da transformação que a eletrificação está fazendo na sociedade brasileira. Participaram Silvia Barcik, especialista em mobilidade sustentável, e Marcus Regis, coordenador da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME), sob a mediação de Tião Oliveira, editor do Jornal do Carro. Clique aqui para ver a íntegra da conversa.

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6 Aleksandra O’Donovan/BloombergNEF: Mercado de VEs atinge ponto de inflexão na China e Europa

A transição para a mobilidade elétrica já é um fato, ainda que ocorra em ritmos diferentes ao redor do mundo, mas em mercados como a Europa e a China parece que o momento de inflexão já chegou, quando as vendas decolam a tal ponto em que não há mais volta. Segundo a fala da head de transporte eletrificado da BloombergNEF, Aleksandra O’Donovan, durante a cúpula anual da empresa de pesquisa em São Francisco, esses dois mercados atingiram o ponto de inflexão nos últimos dois anos. Nesses dois mercados os carros elétricos representaram cerca de 4% das vendas de veículos novos no final de 2019, sendo que no ano passado a participação no total de vendas de carros novos atingiu impressionantes 15% na China e 20% na Europa. Na verdade, nem o mercado e nem a BNEF esperavam um crescimento tão rápido. Ao justificar por que as previsões não haviam captado esse rápido avanço, O’Donovan disse que a própria demanda dos consumidores está impulsionando os mercados chinês e europeu. Não se trata apenas de uma questão ambiental ou de incentivos governamentais para a aquisição desses carros, pois as pessoas por conta própria estão percebendo suas vantagens e comprando cada vez mais VEs. Sendo assim, esse ponto, disse a analista, pode chegar quando os elétricos passam a representar 10% ou mais das vendas de veículos novos. (Inside EVs – 03.02.2022)

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7 Panasonic agiliza início de produção piloto de baterias inovadoras

A Panasonic acelera os preparativos para produzir as tão esperadas células 4680 para a Tesla. A gigante japonesa de baterias está modernizando uma fábrica em Wakayama, perto de sua sede em Osaka, com o objetivo de iniciar a produção piloto o mais rápido possível. Ao lado da sede, também poderá alavancar a expertise de seus engenheiros mais experientes para um projeto crucial. Após os testes terem dado resultados positivos, a empresa dará sinal verde para a produção em massa, provavelmente fazendo algumas outras alterações na mesma planta. A informação foi relatada por Hirozaku Umeda, diretor financeiro da Panasonic. Falando durante um briefing sobre os resultados do último trimestre da empresa, o CFO deixou claro que, na realidade, não há apenas a montadora de Elon Musk por trás desse movimento da Panasonic. As células 4680 têm uma capacidade muito superior às 1865 e 2170 e podem ser uma das chaves para reduzir os custos dos VEs, atingindo a cobiçada equiparação de custos com os carros de motores a combustão. (Inside EVs – 03.02.2022)

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Energias Renováveis

1 ONS: Energia solar bate recorde de geração no NE

A geração de energia de fonte solar bateu recorde no Nordeste na última quarta-feira (2), de acordo com o ONS. A modalidade chegou a uma geração média de 1.028 MWm na região. Segundo o ONS, o volume representa 8,7% da demanda do subsistema Nordeste no mesmo dia. O último recorde de geração média da fonte solar ocorreu em 7 de outubro de 2021, com 1.001 MW médios. Atualmente, a geração solar tem participação de 2,6% no SIN. A previsão do ONS é que até dezembro de 2026 a energia solar alcance 4,9% da matriz, um aumento de 88%. (Valor Econômico – 03.02.2022)

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2 Vivo inaugura primeira usina solar para GD no RN

Com atuação sustentável e energia 100% renovável, a Vivo inaugurou, em Nova Cruz, sua primeira usina de geração distribuída no Rio Grande do Norte. Construída em parceria com o Grupo Gera, a usina de fonte solar está instalada em uma área de oito hectares e deve gerar 4.905 MWh/ano. A produção será injetada na rede da companhia de distribuição da COSERN (Grupo Neoenergia) para suprir o consumo de mais de 320 unidades da Vivo, como lojas, escritórios, antenas e equipamentos de transmissão, localizados na área de concessão atendida pela distribuidora. A usina de Nova Cruz também gera benefícios sociais, ambientais e econômicos na região. A etapa de construção gerou 65 empregos. Na fase operacional, são cinco postos fixos de trabalho. Também foram realizadas obras de melhoria na rede elétrica do entorno. O diretor de Patrimônio da Vivo, Caio Guimarães, disse: “Além de contribuir com o meio ambiente, por ser renovável e de baixo impacto, a geração distribuída de energia alivia o sistema de distribuição e gera economia, sendo uma importante iniciativa da Vivo nos pilares Ambiental, Social e de Governança. Os benefícios se estendem para a comunidade, para as empresas e para o planeta, com a redução das emissões dos gases de efeito estufa”. (Petronotícias – 03.02.2022)

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3 Celgpar anuncia usina solar de 5 MW no Sul de Goiás

A Celg Participações assinou um contrato para construção de uma usina fotovoltaica de 5 MW, no município de Cachoeira Dourada, na divisa entre o Sul de Goiás com Minas Gerais. A construtora Lotus Ict Empreendimentos venceu o processo licitatório e terá 30 dias para instalar o canteiro de obras. A previsão é de energizar a usina em setembro deste ano. O projeto contempla as placas fotovoltaicas bifaciais com trackers, dispositivos que alteram a posição dos módulos ao longo do dia. A energia produzida não será usada diretamente mas injetada na rede, o que permitirá a sua utilização no Sistema de compensação de Energia junto à distribuidora local para compensar o consumo pelos órgãos e secretarias de Goiás. (CanalEnergia – 03.03.2022)

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4 Usinas solares e eólicas recebem autorização de 112,26 MW

A Aneel autorizou a operação comercial, a partir de 3 de fevereiro, de 99,66 MW das usinas fotovoltaicas Bom Nome 1-5 e Bom Nome 1-6, localizadas em Pernambuco. Para operação eólica, foram liberados 12,6 MW das usinas Ventos de Santa Esperança 13 e 15, localizadas na Bahia. No total, para início da operação comercial, foram autorizados 112,26 MW. A Aneel liberou para operação em teste, 1,94 MW das usinas UFV Shopping Cidade e UFV Ferreira Costa Caruaru, localizadas em Alagoas e Pernambuco, respectivamente. (CanalEnergia – 03.02.2022)

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5 UHE Sinop registra recorde na geração de energia

A Usina Hidrelétrica Sinop alcançou novo recorde de geração de energia elétrica, atingindo 252.791,44 MWh no mês de janeiro. Esta é a primeira vez que a companhia chega a este patamar desde o início da operação comercial do empreendimento, em 2019. Apesar do cenário de crise hídrica, a operação da usina contribuiu com o objetivo de levar energia limpa e renovável para todo o país por meio do SIN. O recorde anterior foi registrado em março de 2021, com 226.604,66 MWh. A marca atual representa um aumento de quase 12% em comparação ao ano passado. (CanalEnergia – 03.02.2022)

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6 Expansão de energias renováveis pode limitar o aumento do preço da energia

Os órgãos de comércio de energia renovável do Reino Unido estão pedindo ao governo do Reino Unido que se concentre na expansão da energia limpa para limitar a exposição a aumentos nos preços da energia. O executivo-chefe da RenewableUK, Dan McGrail, disse que o Reino Unido precisa eliminar os combustíveis fósseis “o mais rápido possível”, em resposta ao teto de preço da energia anunciado pela Ofgem e aos planos do governo para ajudar os consumidores com o custo das contas de energia. Ele disse que, embora as medidas estabelecidas pelo chanceler para fornecer apoio àqueles que lutam para lidar com o “aumento dos preços internacionais do gás sejam muito bem-vindas”, o Reino Unido precisa eliminar gradualmente os combustíveis fósseis “o mais rápido possível para fornecer segurança energética a longo prazo e certeza para os consumidores". (Renews Biz – 03.02.2022)

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7 Irlanda: Cidadãos mostram grande apoio às energias renováveis

Mais de 70% dos cidadãos irlandeses estão preocupados se a energia que usam em suas casas vem de uma fonte de energia renovável, de acordo com uma nova pesquisa. Os cidadãos irlandeses estão entre os mais preocupados na Europa com as mudanças climáticas e se a energia que usam em suas casas é derivada de fontes renováveis, de acordo com as descobertas de uma nova pesquisa de mercado da Statkraft. A Statkraft realizou uma pesquisa com 16.000 pessoas (2.000 por região) de oito países europeus, incluindo Irlanda, Reino Unido, França e Itália. A pesquisa descobriu que mais de 85% dos cidadãos irlandeses apoiaram o desenvolvimento de fazendas solares, tornando a Irlanda o mais favorável à energia solar em comparação com todos os outros países pesquisados. Quase 72% dos entrevistados irlandeses apoiam o desenvolvimento de energia eólica offshore e onshore. A pesquisa também descobriu que mais de quatro em cada cinco (87%) pessoas na Irlanda estão preocupadas com a ameaça das mudanças climáticas. A pesquisa reuniu informações sobre as percepções do público em torno de parques eólicos e solares offshore e onshore. No geral, a maioria dos entrevistados está preocupada com as mudanças climáticas (81%), com as pessoas na Itália (91%), Espanha (88%) e Irlanda (87%) sendo as mais preocupadas. (Renews Biz – 03.02.2022)

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8 Itália: Medidas de recuperação ameaçam crescimento das energias renováveis

Um grupo de associações de energia renovável, incluindo a WindEurope, criticou as chamadas medidas de recuperação da Itália por representarem uma ameaça à transição energética do país. O art. é uma carta aberta ao governo italiano. Eles estão pedindo ao governo italiano que retire o Artigo 16 e “inicie um diálogo construtivo para definir soluções eficazes e equilibradas para combater os altos preços da energia”. O Artigo 16 introduz medidas de recuperação contra usinas fotovoltaicas sob tarifas Feed-in-Premium, bem como para usinas geotérmicas, hidrelétricas, fotovoltaicas e eólicas com capacidade acima de 20 kW. A grande maioria dessas usinas receberá um preço de referência fixo até 31 de dezembro de 2022, com base nos preços de eletricidade zonais médios históricos na Itália. Além disso, as medidas incluídas no artigo 16º irão provocar distorções significativas nos mercados grossistas de energia e no comportamento dos compradores e vendedores no mercado, destacou a carta aberta. (Renews Biz – 03.02.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Brasil precisa aproveitar potencial e concluir logo Angra 3, diz Associação Nuclear Mundial

CEO da Associação Nuclear Mundial, Sama Bilbao y Leon disse, durante o Credit Suisse 2022 Latin American Investment Conference, que o Brasil precisa terminar a usina Nuclear Angra 3 o mais rápido possível sob o risco de perder sua capacidade de construir essas estruturas. Segundo a executiva, o Brasil é conhecido no mundo pela qualidade da indústria nuclear, e a conclusão da planta é um passo fundamental para que um programa brasileiro possa ajudar no desenvolvimento da indústria nacional. Para Leon, a energia nuclear tem papel para descarbonizar e atingir os objetivos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), e o Brasil precisa ter um plano de implementação mais claro para dar confiabilidade e visão de longo prazo aos investidores, bem como para a indústria nuclear. (Valor Econômico – 03.02.2022)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 MME reforça consulta para abertura do ACL em março

O MME tem duas consultas públicas para abrir quanto à modernização do setor. A secretária executiva do MME, Marisete Dadald, reafirmou a meta de realizar a primeira consulta, referente à abertura do mercado livre, até o final de março. Todavia, a segunda, acerca da separação de lastro e energia, ainda está sem data. Marisete destacou que a abertura do mercado é o caminho que o país deve seguir, pois é um avanço inevitável, ainda mais quando se olha para a geração distribuída avançando. A executiva ressaltou ainda que o governo está trabalhando junto ao Congresso Nacional para harmonizar os dois PLs que tramitam na Câmara dos Deputados. (CanalEnergia – 03.03.2022)

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2 Mercado livre faz quadro da CCEE aumentar 14% em 2021

Impactada pela ampliação do mercado livre de energia, a CCEE fechou dezembro do ano passado com o número 12.240 agentes, volume que representa um aumento de 14% quando comparado ao fim do mesmo período em 2020. No fechamento de 2021 a instituição contava com o registro de 8.798 consumidores especiais e 1.132 livres no ACL, acréscimos de 16% e 11%, respectivamente na comparação anual. Também houve aumento no número de comercializadoras habilitadas para atuação na Câmara, de 397 em dezembro de 2020 para 456 no ano passado, assim como no total de geradoras, que saltaram de 1.710 para 1.801. Atualmente, a entidade conta ainda com a participação de 53 distribuidoras de energia. Outro destaque são as 40 comercializadoras da categoria varejista. O ano passado também foi de recordes para o mercado livre, com cadastro de 5.563 novas Unidades Consumidoras (UCs) no ambiente entre janeiro e dezembro. (CanalEnergia – 03.03.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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