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IFE: nº 5.487 - 16 de maio de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Governo e Aneel são pressionados por reajuste menor em MG e em SP por eleição

Transição Energética
1 Debate sobre o futuro do hidrogênio como combustível da transição energética
2 Nova parceria para impulsionar a energia hidrelétrica sustentável nos países da Commonwealth

3 TVA mira final de 2023 ou início de 2024 para solicitação de licença SMR
4 Artigo de Daniel Steffens G. Nogueira: "O setor elétrico e a economia dos recursos descentralizados e distribuídos"

Empresas
1 Cemig: Lucro que triplica no 1º trimestre
2 Energisa: Lucro líquido cresce no 1º trimestre
3 Neoenergia: Eduardo Capelastegui é confirmado como CEO

Mobilidade Elétrica
1 Adalberto Maluf/ABVE: Avanço dos VEs deveria servir de alerta ao governo
2 GM vai oferecer apenas VEs em seu retorno a Europa
3 Mercedes: Novo VE apresenta paridade de custo com modelo a combustão
4 FreeWire: Novo carregador rápido Boost Charger 200

Inovação
1 SPIC Brasil/Cepel: Projeto de hidrogênio e amônia verdes
2 Baterias ganham espaço com avanço da geração solar e eólica
3 Entrevista com Luiz Davidovich: "Ciência do Brasil deve aproveitar nossas vantagens comparativas"

Energias Renováveis
1 Soltec: Fornecimento de 83 MW para central solar em MG
2 Enel Green Power: Construção de parque eólico na BA
3 IEA: Crescimento das energias renováveis será recorde no Brasil
4 Noruega e Reino Unido cooperarão em energia eólica offshore

5 Noruega estabelece sua meta de energia eólica offshore para 2040 em 30.000 megawatts

Biblioteca Virtual
1 NOGUEIRA, Daniel Steffens G. "O setor elétrico e a economia dos recursos descentralizados e distribuídos".
2 BALMANT, Ocimara. Entrevista com Luiz Davidovich: "Ciência do Brasil deve aproveitar nossas vantagens comparativas".


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Governo e Aneel são pressionados por reajuste menor em MG e em SP por eleição

A proximidade do cronograma de reajustes de energia elétrica das distribuidoras que atendem os dois maiores colégios eleitorais do País – Cemig (Minas Gerais) e Enel Distribuição (antiga Eletropaulo), de São Paulo – já pressiona o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, a buscar alternativas para travar a alta na conta de luz. Governo e aliados trabalham para encontrar uma solução para diminuir o impacto dos reajustes a tempo da decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O projeto tramita em regime de urgência, o que significa que pode entrar na pauta de votação da Câmara. A estratégia política dos parlamentares, que conta com apoio do presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), foi aumentar a pressão contra a Aneel para forçar a abertura de negociações e impedir novos reajustes elevados, como os que já ocorreram. Parlamentares solicitaram a Aneel que considerasse créditos tributários PIS/cofins pagos a mais pelos consumidores para mitigar os efeitos do reajuste. (O Estado de São Paulo – 13.05.2022)

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Transição Energética

1 Debate sobre o futuro do hidrogênio como combustível da transição energética

O hidrogênio tem chamado muito a atenção do mercado recentemente, por seu potencial de substituir combustíveis fósseis. O elemento está cada vez mais sob os holofotes de quem debate a transição energética no Brasil e no mundo. Neste sentido, o Podcast Interligados convidou o gerente da área de Análise e Informações ao Mercado da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, Ricardo Gedra, para explanar o potencial de desenvolvimento das tecnologias para geração de hidrogênio sem emissão de gases do efeito estufa. O gerente está à frente do projeto da organização que deverá certificar a origem da energia usada na produção do insumo e tem participado ativamente das discussões sobre o tema no país. (CCEE – 12.05.2022)

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2 Nova parceria para impulsionar a energia hidrelétrica sustentável nos países da Commonwealth

Um memorando de entendimento (MOU) assinado pelo secretário-geral da Commonwealth, Rt Hon Patricia Scotland QC, e o CEO da IHA, Eddie Rich, descreve várias áreas-chave de cooperação para ajudar os países da Commonwealth a atingir suas metas de sustentabilidade. Isso inclui a promoção de políticas que apoiem investimentos em energia hidrelétrica sustentável; incentivar o uso do Padrão de Sustentabilidade da Energia Hidrelétrica para certificar o desempenho ambiental, social e de governança (ESG); e melhorar o acesso ao financiamento verde para novos projetos. O secretário-geral da Escócia disse: "Há um grande potencial inexplorado em fontes renováveis de energia na Commonwealth, incluindo energia hidrelétrica. Aproveitar a energia renovável é fundamental para nossos esforços para alcançar as metas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e do Acordo de Paris sobre das Alterações Climáticas.” (EE Online - 16.05.2022)

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3 TVA mira final de 2023 ou início de 2024 para solicitação de licença SMR

Em fevereiro, a Tennessee Valley Authority (TVA) anunciou um novo programa para explorar a tecnologia nuclear avançada como parte de seus objetivos de descarbonização, sendo a busca de um pedido de licença de construção para um SMR no local do rio Clinch uma de suas primeiras tarefas. Já possui uma licença antecipada de local (ESP) - emitida pela Comissão Reguladora Nuclear dos EUA em 2019 - que certifica que um local é adequado para a construção de uma usina nuclear do ponto de vista da segurança do local, impacto ambiental e planejamento de emergência, mas não especifica a escolha da tecnologia. Projeto, estimativas de custos, cronogramas e avaliações de risco estão sendo desenvolvidos em paralelo com o pedido de licença. (World Nuclear News – 13.05.2022)

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4 Artigo de Daniel Steffens G. Nogueira: "O setor elétrico e a economia dos recursos descentralizados e distribuídos"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Daniel Steffens G. Nogueira, associado da Área Regulatória de Energia do escritório Urbano Vitalino Advogados, aborda o papel da economia dos recursos descentralizados e distribuídos no setor elétrico. Segundo Nogueira, "qualquer modelo de atendimento ao consumidor deveria ter como foco principal as prementes necessidades do mesmo, oferecendo-lhe melhores opções de escolha entre prestadores de serviço, maior qualidade na entrega e valores mais atraentes a serem cobrados por tais". Por fim, o autor trata das perspectivas futuras do setor de recursos distribuídos: "pelo exposto, podemos concluir que o nosso país depende de uma aceleração tecnológica, abertura expressiva do mercado – até mesmo para criar um ambiente mais competitivo – que, inevitavelmente irá abrandar os preços e, assim, privilegiar o consumidor. É possível ver boas sinalizações de futuro, portanto, no sentido das alternativas limpas (alinhadas à sustentabilidade e aos princípios do ESG), além da operacionalização sistêmica de maneira descentralizada e distribuída entre todos os personagens da cadeia, desde os provedores, consumidores ou prosumers. E para não excluir o Estado da equação; a este incumbirá a formulação de base legal adequada para propiciar estabilidade e previsibilidade e fomentar, assim, o ambiente de negócios, gerar empregos e aquecer a economia". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 16.05.2022)

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Empresas

1 Cemig: Lucro que triplica no 1º trimestre

A Cemig teve lucro líquido de R$ 1,455 bilhão no primeiro trimestre deste ano, mais que o triplo do ganho de R$ 422 milhões em igual período do ano 2021, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira. Os valores referem-se aos atribuíveis aos acionistas controladores. A receita operacional líquida totalizou R$ 7,847 bilhões no período de janeiro a março deste ano, aumento de 10,3% sobre os R$ 7,110 bilhões no mesmo intervalo do ano anterior. O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 1,916 bilhão nos três primeiros meses deste ano, aumento de 15,6% ante o Ebitda de R$ 1,657 bilhão no mesmo período anterior. (Valor Econômico – 13.05.2022)

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2 Energisa: Lucro líquido cresce no 1º trimestre

A Energisa reportou na noite da última quinta-feira, 12 de maio, um lucro líquido recorrente de R$ 558,4 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma alta de 41,0% em relação ao mesmo período de 2021. De acordo com a companhia, o resultado foi influenciado em grande parte pela marcação a mercado do bônus de subscrição atrelado às debêntures da 7ª emissão, com data limite de liquidação em agosto deste ano, quando deverá ocorrer a subscrição de novas UNITS. Já o lucro líquido consolidado foi de R$ 580,7 milhões, redução de 33,5% (R$ 292,7 milhões) em relação ao mesmo período do ano anterior. Diante deste cenário, o EBITDA consolidado da Energisa totalizou R$ 1,774 bilhão no trimestre, um crescimento de 35,8%. Contudo, excluindo os efeitos não recorrentes e não-caixa e considerando a geração de caixa regulatória das transmissoras, o EBITDA consolidado do trimestre seria R$ 1,495 bilhões, aumento de 50,6% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a receita operacional líquida consolidada (excluindo a receita de construção) foi de R$ 5,526 bilhões no trimestre, um crescimento de 12,7% na comparação com o 1T21. Segundo a companhia, o número foi influenciado principalmente pelo mercado de energia que cresceu em 8 das 11 distribuidoras do grupo, beneficiadas principalmente pela retomada das atividades no comércio, além do bom desempenho da indústria alimentícia e do clima mais quente. (CanalEnergia – 13.05.2022)

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3 Neoenergia: Eduardo Capelastegui é confirmado como CEO

O Conselho de Administração da Neoenergia aprovou na última quinta-feira, 12 de maio, Eduardo Capelastegui como novo CEO da companhia. O executivo assumirá a função a partir de 15 de julho, em substituição a Mário Ruiz-Tagle, que, depois de cinco anos à frente da companhia, ocupará outro cargo dentro do Grupo Iberdrola. De acordo com a empresa, até o momento, Eduardo Capelastegui é Diretor-Executivo de Controle Patrimonial e Planejamento da Neoenergia. Com mais de 20 anos de experiência no setor de energia, passou a integrar o time da Iberdrola em 1998. Chegou ao Brasil em 1999, quando assumiu a gestão de controle das participações da Iberdrola no país, no Chile e na Bolívia. Mais tarde, em 2016, conquistou cargo na diretoria da Neoenergia. Durante todo esse período, atuou em áreas relacionadas a Controle, Planejamento e Administração. Formado em Ciências Econômicas e Administração, com especialização em Finanças, também teve passagem por quatro anos na Andersen Consulting, na área de Gestão Estratégica de Serviços. (CanalEnergia – 13.05.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Adalberto Maluf/ABVE: Avanço dos VEs deveria servir de alerta ao governo

Nesta semana, a ABVE divulgou o balanço com as vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil durante o primeiro quadrimestre de 2022, com o resultado bastante positivo de 78% de crescimento. E esse rápido aumento deveria servir de alerta às autoridades de acordo com o presidente da ABVE, Adalberto Maluf. Segundo Maluf, a preferência cada vez maior dos brasileiros pelos veículos eletrificados deveria servir de alerta às autoridades públicas, em todos os níveis, especialmente no Governo Federal: "Os números reforçam a necessidade de o governo ter uma clara estratégia de transição rumo à eletromobilidade, pois o mercado brasileiro já fez a sua opção preferencial pelo transporte limpo e sustentável" – acrescentou. Ainda que o segmento de elétricos e híbridos no Brasil seja pequeno em comparação aos principais mercados em termos de eletrificação, essa tendência de forte crescimento deve ser vista com atenção, ainda mais pelo fato de o mercado como um todo ter amargado uma queda de 23%. Por outro lado, se considerarmos o avanço mundial da eletrificação da frota o Brasil ainda está bastante atrasado: os veículos elétricos e híbridos plug-in atingiram 9% de participação sobre as vendas globais em 2021, com mais de 6 milhões de unidades vendidas, e poderão chegar a 18% em 2022, chegando a quase 12 milhões de unidades. (Inside EVs – 13.05.2022)

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2 GM vai oferecer apenas VEs em seu retorno a Europa

A General Motors planeja retornar ao mercado europeu cinco anos após a venda da Opel e Vauxhall para o Grupo PSA. Mas, dessa vez, vai oferecer apenas modelos elétricos. O mercado de veículos elétricos na Europa está aquecido. Atualmente é o segundo maior do mundo, ficando atrás apenas da China. De olho nesse panorama, a CEO da fabricante, Mary Barra, revelou os planos da GM. Segundo Barra, “identificamos uma oportunidade de crescimento, e podemos retornar à Europa como uma marca exclusivamente elétrica.” Em novembro do ano passado foi anunciada a criação de uma startup de mobilidade da GM na Europa, que iria contar com os veículos elétricos da fabricante, além de tecnologias de software autônomo para serviços de frotas e logística. A executiva se recusou a dizer quais modelos planejam vender na Europa e quando a operação vai se iniciar. (IG – 13.05.2022)

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3 Mercedes: Novo VE apresenta paridade de custo com modelo a combustão

Por conta da apresentação do Mercedes EQE, o sedã elétrico que fica um degrau abaixo do topo de linha EQS, a empresa com sede em Stuttgart mostrou um slide interessante no qual compara os custos de compra e operação do modelo elétrico com os de um Classe E equivalente com motor a combustão. Especificamente, a Mercedes comparou um EQE 350+ Launch Edition e um Classe E 300d 4Matic Premium Plus, provando que no confronto "elétrico x combustão", como a própria marca define, o resultado final é um empate substancial. Olhando para a tabela da Mercedes, o primeiro item listado é o que diz respeito ao preço sugerido. Neste caso, a conveniência de comprar o Classe E a diesel é óbvia. Para isso, de fato, você tem que levar em conta uma despesa de 74.791 euros (R$ 398.540), enquanto que para o elétrico EQE 350+ Launch Edition o valor sobe para 93.017 euros (R$ 495.668). Este preço de tabela mais alto é observado mesmo que em vez da compra você opte por um aluguel de 36 meses ou 90.000 km. Considerando para ambos os carros um adiantamento de 21.000 euros, na Classe E a mensalidade é de 688 euros (R$ 3.664), no EQE é de 1.018 euros (R$ 5.420). Até agora, nenhuma novidade. Não é à toa que se pensa que o ponto de ruptura "seco" entre os carros elétricos e a combustão será alcançado não antes de 2024 ou 2025. Entretanto, considerando os custos cotidianos de operação, o carro elétrico já oferece vantagens óbvias que permitem que compense o preço de compra mais alto. (Inside EVs – 14.05.2022)

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4 FreeWire: Novo carregador rápido Boost Charger 200

A FreeWire Technnologies revela durante a feira Advanced Clean Transportation (ACT), voltada para mobilidade elétrica, em Long Beach (EUA), um novo carregador de alta capacidade, o Boost Charger 200. O novo carregador oferece um pico de potência de 200 kW, o que não faz dele o mais potente do mundo, mas é um avanço em relação à maioria dos carregadores rápidos que possuem no máximo 150kW. Mas a maior novidade do modelo é de vir com um pacote de baterias, o que segundo a fabricante permite flexibilidade na instalação e operação. Fabricadas pela Envision, as baterias são similares a do Nissan Leaf, e permitem que a energia de corrente alternada vinda da rede elétrica seja armazenada. (IG – 13.05.2022)

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Inovação

1 SPIC Brasil/Cepel: Projeto de hidrogênio e amônia verdes

A SPIC Brasil e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) assinaram contrato de desenvolvimento de projeto de P&D Aneel, para criação de projeto conceitual de engenharia de uma planta integrada e multipropósito de hidrogênio e amônia verde. A iniciativa tem como objetivos avaliar a economicidade de soluções para aplicações reais em diferentes condições e escalas, tendo em vista o fato de o H2V ser considerado importante vetor energético para a descarbonização e integração de diversos setores, principalmente o da indústria e o da mobilidade. O projeto de P&D terá duração de 18 meses a contar do primeiro dia de abril e será desenvolvido em seis etapas, englobando fundamentação e contextualização; concepção de engenharia e modelagem básica da planta; análise de cadeias de insumos e produtos da planta; estudos de avaliação técnica e econômica e de integração material e energética; modelagem avançada, análises de otimização e gerenciamento da planta; e desenvolvimentos e simulações com EMS. (CanalEnergia – 12.05.2022)

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2 Baterias ganham espaço com avanço da geração solar e eólica

O processo de transição energética, com a entrada de novas fontes na matriz elétrica, tem aumentado a demanda mundial por sistemas de armazenamento em baterias. Segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), em 2019, o mundo somava 10,7 GW de capacidade de armazenamento instalada. Mas, com a expansão das fontes renováveis intermitentes (solar e eólica) e as metas globais para redução das emissões, a expectativa é que esse mercado tenha um crescimento exponencial nos próximos anos, alcançando 1 mil GW em 2040. Os dados constam de estudo elaborado pelas consultorias Greener e Newcharge, especializadas em energia solar e armazenamento. Até 2035, a expectativa é que esse mercado fature cerca de US$ 546 bilhões no mundo, seja com as baterias de lítio na mobilidade elétrica ou no armazenamento de eletricidade. No Brasil, o setor deve atrair algo em torno de R$ 5 bilhões de investimentos por ano nesse mesmo período. (O Estado de São Paulo – 12.05.2022)

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3 Entrevista com Luiz Davidovich: "Ciência do Brasil deve aproveitar nossas vantagens comparativas"

Em entrevista ao Estadão, o físico Luiz Davidovich, professor emérito da UFRJ e ex-presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC), aborda os caminhos para esse projeto de desenvolvimento científico. Davidovich lembra que isso deve ser precedido por um bom projeto de país, que combata principalmente a desigualdade. "A desigualdade desperdiça milhões de cérebros nos morros, nos mangues. Um gênio não escolhe onde vai nascer. E só mudamos isso com educação de qualidade para todos". O físico também discorre a respeito da matriz elétrica brasileira: "temos a matriz energética mais limpa do mundo, cerca de 20% da biodiversidade mundial, recursos hídricos abundantes e clima que permite aproveitamento solar e eólico". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 16.05.2022)

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Energias Renováveis

1 Soltec: Fornecimento de 83 MW para central solar em MG

A Soltec anunciou que irá fornecer 83 MW para uma nova central solar localizada na região de Minas Gerais no Brasil. De acordo com a companhia, a usina solar, propriedade das empresas Mercury Renew, Solatio e Sunrise, terá o seguidor para um eixo SFOne da Soltec. O projeto terá mais de 154.000 módulos e 1.366 seguidores solares SFOne em 1 vertical (1P). Com isso, a usina solar terá uma área de cerca de 150 hectares e permitirá evitar a emissão de 156.206 toneladas de CO2 para a atmosfera. Além disso, a energia gerada nessa central solar será suficiente para alimentar mais de 40.000 casas. “Estamos convencidos de que o Brasil continua sendo um dos principais mercados para a transição energética e que continuaremos presentes no fornecimento de novos projetos no país", disse o CEO da Soltec, Raúl Morales. (CanalEnergia – 12.05.2022)

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2 Enel Green Power: Construção de parque eólico na BA

A Enel Green Power Brasil iniciou a construção de mais um parque eólico na Bahia. O empreendimento recebeu o nome de Aroeira, conta com capacidade instalada de 348 MW e o investimento é estimado em cerca de 454 milhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 2,5 bilhões. De acordo com a responsável pela EGP no Brasil, Roberta Bonomi, esse projeto é dedicado exclusivamente ao mercado livre de energia. A conexão será na subestação Ourolândia em 500 kV. O projeto está localizado nos municípios de Umburanas, Morro do Chapéu e Ourolândia, um tradicional cluster de geração eólica no país com alto fator de capacidade. Por isso, a executiva lembra que mesmo sem sinergias com outros projetos, essa área é interessante para investir na fonte. “O desenvolvimento do parque eólico Aroeira consolida ainda mais a nossa presença na Bahia. O estado é o segundo em termos de capacidade instalada da EGP no Brasil com 40% do total da Enel no país. E a região onde está é reconhecida pelo potencial eólico, além de possuir outros empreendimentos em operação. Com esse projeto teremos 1,8 GW em capacidade instalada na Bahia”, destacou a executiva. (CanalEnergia – 12.05.2022)

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3 IEA: Crescimento das energias renováveis será recorde no Brasil

O crescimento da capacidade de geração de energia renovável no Brasil deve bater um novo recorde em 2022, puxado especialmente pela expansão dos projetos de geração distribuída solar fotovoltaica. Essa é uma das constatações da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), que lançou nesta semana um novo relatório sobre o mercado de energias renováveis. O estudo lembra, no entanto, que os incentivos para sistemas solares distribuídos serão menores a partir de 2023, conforme aprovado no marco legal da geração distribuída, podendo reduzir um pouco a velocidade de crescimento apurada nos últimos anos. Especialmente sobre o Brasil, a IEA prevê uma adição total de 12 GW de energias renováveis em 2022, sendo que a fonte solar fotovoltaica será responsável por mais de 8 GW, enquanto que a fatia restante virá de eólicas, hidrelétricas e outras fontes. Para 2023, o crescimento da geração limpa deverá alcançar um patamar um pouco menor, atingindo um total de cerca de 11 GW. (Petronotícias – 12.05.2022)

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4 Noruega e Reino Unido cooperarão em energia eólica offshore

A Noruega e o Reino Unido devem cooperar em tecnologia verde e de baixa emissão, como energia eólica offshore, redes de rede offshore e potencial de projetos híbridos, como parte de um acordo de cooperação estratégica mais amplo entre os dois países. A dupla também incentivará a colaboração em energias renováveis, tecnologias limpas, mobilidade verde e outras áreas de pesquisa que contribuam para a transição para uma economia verde. A declaração conjunta foi assinada em Londres pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson e seu colega norueguês Jonas Gahr Store em 13 de maio. Esse acordo abrange energia, cooperação económica e de investimento, alterações climáticas e questões ambientais, desafios globais e segurança e defesa. (Renew.biz - 16.05.2022)

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5 Noruega estabelece sua meta de energia eólica offshore para 2040 em 30.000 megawatts

"Desde o primeiro dia deste governo, trabalhamos para desenvolver a Noruega como uma nação eólica offshore. Estamos em boa posição para ter sucesso: temos vastos espaços marítimos; uma força de trabalho especializada de classe mundial; e uma boa estrutura de cooperação entre a administração pública e o setor privado”. O primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, disse isso durante a apresentação da Meta Eólica Offshore 2040, que está fixada em 30.000 megawatts de nova energia offshore (agora são 28.000 em toda a Europa, em suas águas territoriais). O anúncio é mais um marco no firme compromisso que o atual governo norueguês está fazendo para esta tecnologia. O fato aconteceu apenas quatro meses depois que o Executivo estabeleceu o quadro de abertura (para a produção de energia eólica offshore) das áreas marítimas de Utsira Norte e Sul do Mar do Norte II. Simultaneamente, o governo norueguês começou a trabalhar, na identificação de áreas com potencial para o desenvolvimento desta tecnologia ao longo da costa. (Energias Renovables - 16.05.2022)

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Biblioteca Virtual

1 NOGUEIRA, Daniel Steffens G. "O setor elétrico e a economia dos recursos descentralizados e distribuídos".

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2 BALMANT, Ocimara. Entrevista com Luiz Davidovich: "Ciência do Brasil deve aproveitar nossas vantagens comparativas".

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Ana Oliveira, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Pedro Moreno, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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