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IFE: nº 5.327 - 27 de agosto de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL fala sobre crise hídrica ao jornal argentino La Nacion
2 Bolsonaro cita crise hídrica e pede que brasileiros economizem energia: ‘Estamos no limite do limite’
3 Albuquerque defende redução de encargos e subsídios em tarifas de energia
4 Consumidores devem ter consciência de que é preciso economizar, diz diretor-geral da Aneel
5 Para distribuidoras de energia, outros segmentos do setor devem colaborar com redução tarifária
6 Indústria pesa benefícios e limitações para adesão ao programa de redução de energia
7 Autorizado incentivo para antecipação de obras prioritárias de transmissão
8 Aneel aprova reajuste tarifário de cinco distribuidoras do Sul
9 Aneel participa do Prêmio Abradee 2021
10 ONS comemora 23 anos e lança dois novos portais

Empresas
1 Eletronuclear conta com suporte tecnológico do Cepel para monitorar ativos da Usina de Angra 2
2 EDP SP utiliza tecnologia de realidade aumentada em SE de Suzano
3 Cemig e TJMG firmam parceria para economia de energia em 61 edificações
4 Energisa: consumo total de energia cresce 1,4% em julho na comparação anual
5 Copel e Energisa Borborema levam o Prêmio Abradee Nacional

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Déficit hídrico piora e oferta de energia está perto do limite
2 Armazenamento de energia no SIN é de 30,6%, registra ONS
3 ONS: cenário aponta deficit de recursos em outubro

4 ONS prevê carga 4,6% maior em 2021

5 Consumo de energia segue em alta moderada na 1ª quinzena de agosto

6 Flexibilização para N-1 traz potencial de 3.150 MW adicionais ao Sudeste

7 Reservatórios do Nordeste trabalham com 51,5% da capacidade

8 Norte registra novo recorde de carga

9 Creg aprova vazão para Sobradinho e Xingó em agosto

10 Maior risco para a segurança de suprimento de 2021 é o crescimento da demanda

11 PSR: afluência de 70% no período úmido evitaria grandes problemas em 2022
12 Governo não deve ter vergonha de assumir que a crise é grave, diz Zylbersztajn
13 Coppe/UFRJ/Freitas: Horário de verão e geração centralizada podem ajudar crise energética

Mobilidade Elétrica
1 Nasce a 1ª Rota do Veículo Elétrico do RS
2 Mato Grosso do Sul: Projeto pode implementar Programa de Incentivo ao uso de carros elétricos e híbridos
3 Vendas de carros elétricos dobram nos EUA
4 Alemanha limita apoios aos híbridos plug-in para apressar a transição elétrica

5 Os desafios de rodar com VEs em viagens de longa distância

Inovação
1 Alemanha-Namíbia: Países unem forças para a cooperação no mundo do hidrogênio
2 Noruega: Stord Hydrogen inicia instalação que produzirá hidrogênio verde
3 Austrália: proposta de estação de energia hidrogênio-gás em Port Kembla é declarada como essencial para o Estado de Nova Gales do Sul
4 Linde diz que vai triplicar a quantidade de produção de hidrogênio limpo até 2028

5 Alemanha: pesquisadores querem reduzir custos de fabricação de eletrolisadores em mais de 25%
6 Tecnologia solar offshore SolarDuck obtém AiP do Bureau Veritas
7 Energia solar no espaço de Asimov pode virar realidade

Meio Ambiente
1 Fukushima vai descarregar no oceano água armazenada na usina, a partir de março de 2022, após tratá-la

Energias Renováveis
1 Comissão vota PL para exploração de energia eólica e solar em assentamentos
2 Aneel debate critérios de contratação em chamada pública de GD
3 Dinamarquesa European Energy compra dois projetos de energia solar na Bahia
4 Após oferta de ações, WDC aposta em energia solar como serviço

5 Mercury Renew fornece energia solar para Rima Industrial
6 Agência libera operação comercial e operação em teste de usinas eólicas no Nordeste

Gás e Termelétricas
1 Cosan e outros três grupos avaliam a compra da Sulgás em leilão de privatização
2 Comissão aprova PL que autoriza uso do GLP em veículos
3 Preço do gás reduz competitividade das usinas térmicas

Economia Brasileira
1 PIB do 2º trimestre deve mostrar ritmos distintos da economia
2 Riscos fiscais e políticos empurram crescimento para menos de 2%

3 FGV: Confiança da Indústria cai após 4 meses de alta
4 IBGE: Mercado de trabalho é pior para pessoas com deficiência
5 Dólar ontem e hoje


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL fala sobre crise hídrica ao jornal argentino La Nacion

Em entrevista ao jornal argentino La Nacion, publicada na última quinta-feira, dia 26/08, o coordenador do GESEL, Nivalde de Castro, falou sobre a crise hídrica brasileira. Castro ponderou que as medidas adotadas pelo governo estão dentro de um quadro técnico consistente embora não o seja claro se elas serão capazes de evitar problemas de fornecimento de energia em novembro. Leia a reportagem na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.08.2021)

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2 Bolsonaro cita crise hídrica e pede que brasileiros economizem energia: ‘Estamos no limite do limite’

Em transmissão nas suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro fez um apelo para que a população economize energia. Ao falar sobre a crise hídrica pela qual passa o país, Bolsonaro afirmou que o país está no "limite do limite" e pediu para que seus espectadores apagassem um ponto de luz em sua casa. A crise hídrica se agravou nas últimas semanas com a persistência da seca em diversas regiões do país. Entretanto, até agora, o governo vinha resistindo a fazer um apelo mais claro de racionamento de energia. Nesta quarta-feira, o governo já anunciou medidas de incentivo à economia de energia por famílias, empresas e de racionamento de 10% no consumo por órgãos federais. Bolsonaro afirmou ainda que está estudando a possibilidade de que governadores abram mão da cobrança de ICMS sobre a bandeira vermelha cobradas nas contas de luz. — Quando a gente decreta uma bandeira vermelha, não é maldade, é porque precisa pagar outra fonte geradora da energia (termoelétrica). Estamos conversando também com o ministro Bento (Albuquerque), com governadores, porque quando decreta uma bandeira, infelizmente o ICMS incide dentro da bandeira — disse. (O Globo – 26.08.2021)

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3 Albuquerque defende redução de encargos e subsídios em tarifas de energia

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, defendeu nesta quinta-feira a redução de encargos e subsídios nas tarifas de energia elétrica. Segundo ele, o governo tem somado esforços nessa direção em busca de “uma estrutura tarifária que possa remunerar de forma mais adequada os novos serviços ao consumidor”. A fala do ministro foi exibida em vídeo durante o Prêmio Abradee 2021, da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica. Albuquerque defendeu a modernização do setor elétrico e lembrou que os consumidores devem ter um papel cada vez mais ativo na gestão da demanda por energia. “O país está enfrentando o mais severo período de escassez hídrica dos últimos 91 anos, situação agravada pela pandemia, que tem dificultado enormemente as soluções funcionais em todos os campos. Apesar das adversidades, o governo tem demonstrado capacidade de superação, com destaque para a atração de investimentos”, afirmou. (Valor Econômico – 26.08.2021)

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4 Consumidores devem ter consciência de que é preciso economizar, diz diretor-geral da Aneel

Em meio à escassez hídrica, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que “é muito importante que consumidores tenham a consciência de que é preciso economizar e evitar desperdício de energia elétrica”. A fala ocorreu em evento de premiação da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). Pepitone afirmou que apesar da pandemia e da escassez, “as coisas continuam acontecendo” no setor energético brasileiro. Ele atribuiu isso à segurança jurídica do setor, que o torna atrativo para investimentos. (Valor Econômico – 26.08.2021)

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5 Para distribuidoras de energia, outros segmentos do setor devem colaborar com redução tarifária

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira, comentou nesta quinta-feira que, mesmo em momentos turbulentos como o atual, de crise no setor elétrico, as distribuidoras precisam ter o equilíbrio financeiro assegurado. Para ele, é imprescindível que a redução tarifária seja também buscada nos demais segmentos do setor elétrico. Madureira fez as observações em evento virtual do Prêmio Abradee 2021. Ele destacou o papel das distribuidoras em lidar com os desafios do setor neste ano, bem como no ano passado. Comentou que, em 2020, o setor soube responder ao chamado do governo em meio à crise na economia causada pela pandemia por covid-19, realizando estratégias para postergar reajustes ao preço do consumidor final. (Valor Econômico – 26.08.2021)

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6 Indústria pesa benefícios e limitações para adesão ao programa de redução de energia

Embora o governo tenha flexibilizado os volumes mínimos para adesão ao programa de redução voluntária no consumo de energia de grandes consumidores, parte da indústria ainda enxerga a adesão como complexa num momento em que a economia dá os primeiros sinais de reação, após a crise provocada pela pandemia de covid-19. A mudança era um pleito do setor privado para incluir um número maior de empresas. Os volumes mínimos caíram de 30 MW para 5 MW. Outro ponto levantado por associações da indústria é que a portaria do MME é pouco clara em relação à forma como as medidas funcionarão, embora o governo já tenha sinalizado que pretende iniciar em setembro a redução na demanda. O detalhamento nas regras para adesão ao programa e à compensação financeira para quem reduzir o consumo de energia estão sob avaliação da CCEE e do ONS. Os detalhes devem ser divulgados nos próximos dias. (Broadcast Energia – 26.08.2021)

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7 Autorizado incentivo para antecipação de obras prioritárias de transmissão

Nesta quinta-feira (26/8), foi publicada no DOU autorização para pagamento adicional de RAP para reforços prioritários de transmissão que antecipem a entrada em operação comercial em relação ao prazo original. Para tanto, a operação comercial deve ser iniciada até 31 de dezembro de 2022. A receita adicional será calculada em função dos meses de adiantamento da obra em relação ao prazo original, com impacto positivo ao sistema elétrico. O objetivo é contribuir para a segurança do suprimento de energia elétrica no SIN no biênio 2021/2022. A regulação vigente já previa e incentivava contratualmente que obras outorgadas por processo licitatório antecipassem a entrada em operação. Ao todo, podem ser antecipadas 31 obras selecionadas pelo ONS. (Aneel – 26.08.2021)

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8 Aneel aprova reajuste tarifário de cinco distribuidoras do Sul

A Aneel aprovou o reajuste tarifário da Dcelt; EFLJC; Eflul; Forcel e da Cooperaliança. Os novos valores entrarão em vigor a partir do próximo dia 26/08 para os consumidores da Forcel e no dia 29/08 para as demais distribuidoras. A agência também aprovou os limites dos indicadores de continuidade de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e de Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) das distribuidoras para o período de 2022 a 2026. (Brasil Energia – 26.08.2021)


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9 Aneel participa do Prêmio Abradee 2021

O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, participou nesta quinta-feira (26/8) da cerimônia virtual do Prêmio Abradee 2021, que destacou concessionárias de distribuição mais bem avaliadas quanto à prestação de serviços aos consumidores e à melhoria da qualidade do fornecimento de energia e do atendimento. A promoção é da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). Os prêmios foram concedidos às distribuidoras de energia elétrica nas categorias gestão operacional, responsabilidade socioambiental, avaliação pelo cliente, qualidade da gestão, evolução do desempenho e gestão econômico-financeira. Também foram contempladas empresas em suas respectivas regiões do pais. (Aneel – 26.08.2021)

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10 ONS comemora 23 anos e lança dois novos portais

Como parte das comemorações pelos seus 23 anos, o ONS está lançando dois novos portais: o Portal de Dados Abertos e o Portal API. Os novos sites visam ampliar a relação do Operador com a sociedade e disponibilizar informações confiáveis do setor elétrico. A iniciativa é também parte da agenda estratégica do ONS, contribuindo para tornar o Operador +Digital e transparente. De acordo com o ONS, o Portal de Dados Abertos tem como objetivo fortalecer o operador enquanto provedor de informações com dados consolidados e verificados. A plataforma, que poderá ser acessada por toda a sociedade, constitui fonte de consulta também para quem não atua no setor. Nesta fase inicial, serão 18 conjuntos de dados contemplando os seguintes temas: Energia Natural Afluente (ENA), Energia Armazenada (EAR), Intercâmbios entre subsistemas, Intercâmbio do SIN com outros países, Dados cadastrais de linhas de transmissão da Rede de Operação, Capacidade de transformação da Rede Básica, Capacidade instalada de geração e geração térmica por motivo de despacho, Balanço de energia, Custo Marginal de Operação (CMO) e Dados de carga. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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Empresas

1 Eletronuclear conta com suporte tecnológico do Cepel para monitorar ativos da Usina de Angra 2

O Cepel realizou, com apoio da Eletronuclear, mais um monitoramento preditivo de ativos de fundamental importância na garantia do fornecimento de energia da Usina Nuclear de Angra 2, capaz de abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes. Um deles, o gerador principal da usina, tem capacidade nominal de 1.350MW, sendo considerado o maior do Brasil e um dos maiores do mundo. Há anos, o Cepel realiza este tipo de atividade nas usinas da Eletronuclear e em outras empresas do setor elétrico brasileiro. Os benefícios da gestão de equipamentos elétricos de alta tensão, por meio de técnicas preditivas, como descargas parciais e fator de perdas, integra uma das grandes áreas de atuação do Centro e traz inúmeros benefícios às empresas, como assinala o pesquisador do Cepel Hélio Amorim, líder da equipe que desenvolve produtos nesta linha, como o premiado internacionalmente IMA-DP, voltado ao monitoramento de descargas parciais: “Obter informações sobre o estado operativo de equipamentos elétricos importantes para o fornecimento de energia elétrica pode ser crucial para manter os altos índices de disponibilidade e confiabilidade de usinas como Angra 1 e Angra 2. É consenso que o diagnóstico por descargas parciais é o principal, e, às vezes, o único, mecanismo existente capaz de avaliar equipamentos elétricos em operação, sendo por vezes chamado também de avaliação online”, ressalta Hélio. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Cepel – 27.08.2021)

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2 EDP SP utiliza tecnologia de realidade aumentada em SE de Suzano

A EDP SP acaba de incorporar mais uma tecnologia às suas subestações de energia: a gestão da manutenção e operação de ativos com uso de realidade aumentada. A primeira unidade a receber os novos equipamentos é a Estação de Distribuição de Energia Casa Branca, no município de Suzano. Segundo a EDP, os óculos de realidade aumentada são dispositivos de câmera e vídeo integrados, que não requerem uso das mãos, são telecomandados por voz e possuem conexão via wi-fi e bluetooth. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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3 Cemig e TJMG firmam parceria para economia de energia em 61 edificações

A Cemig e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) firmaram um acordo para promover economia de energia em 61 edificações do tribunal, localizadas em 59 municípios do estado. A iniciativa será feita por meio de um projeto de modernização da iluminação. No total, o projeto contará com R$ 2,8 milhões em investimentos e irá envolver a substituição de aproximadamente 25 mil pontos de iluminação. A ação faz parte do Programa de Eficiência Energética (PEE) da empresa, que é regulado pela Aneel. A estimativa é de que a iniciativa gere uma economia de 2.250 MWh por ano (mais de R$ 2 milhões), além de proporcionar uma redução de demanda na ponta de 315 kW, energia equivalente para abastecer 1.560 residências de famílias de baixa renda. (Brasil Energia – 26.08.2021)

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4 Energisa: consumo total de energia cresce 1,4% em julho na comparação anual

A Energisa registrou alta de 1,4% no consumo de energia em suas distribuidoras em julho na comparação com o mesmo mês de 2020, totalizando 2.895 GWh. No acumulado do ano até julho, o consumo apresentou acréscimo de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, para 21.124 GWh. Considerando o mercado não faturado, o crescimento total foi de 2,8% no acumulado de sete meses, para 20.929 GWh. Segundo a empresa, o desempenho do mês foi impulsionado, principalmente, pelo aumento do consumo de energia das classes comercial (alta de 7%) e industrial (4,2%), direcionado pelas flexibilizações de restrições ao comércio e serviços e pelo bom desempenho de alguns ramos industriais. Seis das 11 distribuidoras apresentaram aumento no consumo de energia em suas áreas de concessão. (Broadcast Energia – 26.08.2021)

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5 Copel e Energisa Borborema levam o Prêmio Abradee Nacional

A Copel Distribuição e a Energisa Borborema foram as vencedoras do Prêmio Abradee Nacional, a principal categoria da premiação concedida anualmente pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica às empresas melhor avaliadas por seus consumidores. A cerimônia da edição 2021 foi virtual e aconteceu nesta quinta-feira, 26 de agosto. Empresas do Grupo Energisa levaram oito troféus e a Copel outros quatro. O Prêmio Abradee tem diferentes categorias, nas quais concessionárias de pequeno e grande porte participam da disputa com companhias semelhantes. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Déficit hídrico piora e oferta de energia está perto do limite

Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que somam 70% da capacidade para produção de energia hidrelétrica, há tempos vêm diminuindo pela falta de chuvas e o nível médio de suas águas já é inferior ao que originou o racionamento de 2001. A equação da oferta de capacidade de energia piorou com o agravamento do cenário de precipitações. Em uma situação de alto estresse como esta, o governo não deveria descartar nenhuma arma, mas há três meses o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque repete que não há “hipótese de racionamento”. Há cálculo político nessa insistência. A escassez de energia em 2001, seguida de racionamento e apagões, contribuiu para o desprestígio do presidente Fernando Henrique e reduziu as chances do candidato do PSDB, José Serra, na disputa eleitoral com Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu as eleições de 2002. Agora, afligido por contratempos de toda a ordem e com a popularidade em baixa, tudo o que o presidente Jair Bolsonaro não quer é um colapso do fornecimento de energia. Mas reconhecer o problema é a única forma de se preparar para resolvê-lo e atenuar seus efeitos. O racionamento tem de ser uma hipótese - os números da ONS a colocam na mesa - e não há desprestígio em usar o melhor conhecimento e as melhores opções para combater adversidades que o governo não criou. (Valor Econômico – 27.08.2021)

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2 Armazenamento de energia no SIN é de 30,6%, registra ONS

O SIN registrou no fim da última quarta-feira (25/08) o armazenamento de 30,6% de sua capacidade máxima, de acordo com o Informativo Preliminar Diário de Operação, do ONS, divulgado nesta quinta (26/08). O volume identificado apresentou queda de 0,3 pontos percentuais em relação ao dia anterior. No mês, a variação de energia acumulou baixa de 4,8%. O submercado Sudeste/Centro-Oeste registrou nível de 22,5%, queda de 0,3 pontos percentuais em comparação com o dia anterior. No mês, o armazenamento acumulou uma variação negativa de 3,5%. No Nordeste, o IPDO apontou armazenamento de 50,4%, sem alteração ante a véspera. O acumulado do mês registra variação de -4,4%. O subsistema Norte registrou 72,4% de sua capacidade, declínio de 0,4 pontos percentuais frente ao dia anterior. O acumulado do mês apresentou variação negativa de 6,7%. Por fim, o Sul apresentou nível de 29,9% de armazenamento, redução de 0,8 pontos percentuais em relação à quantidade verificada pelo ONS no dia anterior. A energia acumulada dos reservatórios variou -18,1% no acumulado do mês. (Brasil Energia – 26.08.2021)

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3 ONS: cenário aponta deficit de recursos em outubro

O país precisa agregar 5,5 GW médios a partir de setembro no SIN até novembro. Essa é a principal conclusão do Operador Nacional do Sistema Elétrico que aponta ser imprescindível para o atendimento energético. Para alcançar esse volume recomendou ações em diversas frentes. O sinal de alerta está ligado. Em nota técnica é visualizado até mesmo déficits de energia a partir de outubro no que chama de Caso A. “Os resultados do Caso A mostram que os principais reservatórios da bacia do rio Paraná chegam ao final do período seco com níveis críticos de armazenamento”, aponta a nota. “Mesmo com o esgotamento dos recursos hidráulicos da região Sudeste/Centro-Oeste, com o atingimento da faixa de restrição das usinas da bacia do São Francisco, com o despacho térmico pleno e com a maximização da transferência de energia do Norte/Nordeste para o Sudeste considerando limites de transmissão flexibilizados segundo o critério N-1, os recursos são insuficientes para atendimento ao mercado de energia, resultando em déficits de 3.824 MWmês no mês de outubro e de 3.746 MWmês no mês de novembro”, aponta o documento do ONS. Já o caso B, considera o cenário superior de disponibilidade térmica mais a importação, sendo tal condição suficiente para o atendimento às Resoluções ANA nº 80/2021 e nº 81/2021, sem necessidade de flexibilização dos limites de transmissão. A crise hídrica, indica o ONS, vem levando a uma degradação nas condições de armazenamento, principalmente do subsistema Sul, apresentando deplecionamento em torno de 10 pontos percentuais, quando compara-se os níveis de partida deste estudo com aqueles prospectados para o início de agosto do estudo anterior. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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4 ONS prevê carga 4,6% maior em 2021

O consumo de energia no país em 2021 deverá ser 4,6% maior do que o verificado em 2020. Essa é a previsão inicial do ONS, apresentada no primeiro dia da reunião do PMO de Setembro. A estimativa é de que no consolidado do ano fique em 69.927 MW médios. Esse valor está bem próximo do estimado na 2ª revisão quadrimestral da carga e que passa a valer a partir deste mês para fins de programa da operação. No mês que começará na próxima semana a estimativa é de consumo de 69.920 MW médios, ou 0,9% mais elevado do que no mesmo mês de 2020. No maior submercado, o Sudeste/Centro-Oeste a previsão inicial para o período de 30 dias é de queda de 0,4%. Mas no ano é de alta de 4%. No Sul o mês de setembro deverá apresentar alta de 1,8% enquanto a expectativa de 2021 é de aumento de 4,6%. Já no NE os índices estão mais elevados sendo de 3,7% no mês que vem e que levam a uma expansão de 5,8% no ano, alcançando 11.478 MW médios. No Norte a estimativa de crescimento da carga é de 3% em setembro é de 6,6% no ano. Esses valores não consideram o valor da redução dos programas de redução de demanda voluntária. Esse tema chamou a atenção dos participantes dessa reunião. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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5 Consumo de energia segue em alta moderada na 1ª quinzena de agosto

Em linha com o observado no último mês, o consumo de energia elétrica seguiu em ritmo moderado nas duas primeiras semanas de agosto. O Brasil demandou 60.689 megawatts médios, de acordo com dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal, produzido pela CCEE. O volume é 1% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. O resultado é reflexo de um avanço significativo no ACL. O segmento, que é responsável por mais de 35% do total consumido pelo país, teve uma alta de 7,8% em relação a 2020, muito influenciado pela adesão de cargas nos últimos 12 meses. Se excluirmos da conta essas novas unidades, o crescimento seria mais brando, de 3,4%. Na outra ponta, o ACR reduziu o seu consumo em 2,3%, considerando as cargas que deixaram o segmento, e em 0,3%, se a comparação for feita com o mesmo volume de unidades do ano passado. Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, confirma que a instituição espera taxas de crescimento menores para os próximos meses do que as registradas até junho, uma vez que o segundo semestre de 2020 já apresentava uma retomada do consumo, após o período mais acentuado da pandemia de COVID-19. (CCEE – 26.08.2021)

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6 Flexibilização para N-1 traz potencial de 3.150 MW adicionais ao Sudeste

A flexibilização dos critérios de segurança de N-2 para N-1 poderá adicionar 3.150 MW para o Sudeste no mês de outubro durante o patamar de carga pesada. Em novembro o ganho recua para 1.400 MW. Esses são os dois meses mais críticos segundo a Nota Técnica 93, publicada pelo ONS na noite de quarta-feira, 25 de agosto, quanto ao atendimento da demanda até o final do período seco. No mês de setembro, o destaque é o aumento do fluxo na interligação Tucuruí-Xingu que aumenta de 1 mil MW para 4 mil MW em todos os patamares de carga. Para os bipolos do Xingu a elevação é de 2 mil MW para 8 mil MW e mais 1 mil MW na exportação do Nordeste. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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7 Reservatórios do Nordeste trabalham com 51,5% da capacidade

Operando com 50,4% de sua capacidade de armazenamento, os reservatórios do Nordeste apresentaram níveis estáveis na última quarta-feira, 25 de agosto, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do ONS. A energia armazenada marca 25.992 MW mês e ENA de 1.388 M MW med, equivalente a 43% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 49,14%. A região Norte apresentou redução de 0,4 p.p e os reservatórios trabalham com 72,4% da capacidade. A energia retida é de 10.977 MW mês e ENA de 1.985 MW med, valor que corresponde a 74% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 89,40%. O submercado do Sudeste/Centro-Oeste teve recuo de 0,3 p.p, e a capacidade está em 22,5%. A energia armazenada mostra 45.858 MW mês e a ENA é de 11.249 MW med, valor que corresponde a 61% da MLT. Furnas admite 18,02% e a usina de Itumbiara marca 11,36%. Os reservatórios da Região Sul tiveram queda de 0,8 p.p e operam com 29,9%. A energia armazenada é de 5.941 MW mês e a energia natural afluente marca 4.554 MW med, correspondendo a 29% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 17,97% e 47,47% respectivamente. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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8 Norte registra novo recorde de carga

O ONS informou, através do seu boletim diário, que na última quarta-feira, 25 de agosto, às 22h44min foi registrado um novo recorde de carga na região Norte com um valor de 7.358 MW. De acordo com o ONS, o recorde anterior era de 7.349 MW, ocorrido recentemente em 23 de agosto. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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9 Creg aprova vazão para Sobradinho e Xingó em agosto

A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética aprovou em reunião extraordinária na última quarta-feira, 25 de agosto, a operação das usinas hidrelétricas Sobradinho e Xingó com vazão média mensal máxima de 1.100 m³/s em agosto. A decisão, segundo nota do MME, está entre as medidas de enfrentamento da atual conjuntura, para preservar os usos da água, o suprimento de energia aos consumidores e a governabilidade das cascatas hidráulicas. A Creg, que é responsável pela gestão da atual crise hídrica, deve deliberar nas próximas reuniões sobre a operação das hidrelétricas da bacia do rio São Francisco para os meses de setembro, outubro e novembro de 2021, e também sobre as flexibilizações de regras operativas relacionadas aos níveis mínimos de armazenamento dos reservatórios dessas usinas. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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10 Maior risco para a segurança de suprimento de 2021 é o crescimento da demanda

A tão esperada retomada da economia pode estar em risco, caso um cenário de escassez e racionamento se projete com mais força sobre o Brasil. Segundo o consultor da PSR, Celso Dall’Orto, o maior risco para a segurança de suprimento de 2021 é o crescimento da demanda, mas esses riscos são reduzidos com as ações da Creg. Essa foi uma das análises feitas no Webinar promovida pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia e pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar para debater os cenários no mercado de energia elétrica. Newton Duarte, presidente executivo da Cogen, lembra que o Brasil tem uma demanda superior aos anos anteriores e além do que já está sendo feito e precisa ficar atento a isso. Para Celso Dall’Orto, da PSR, o Brasil pode adotar medidas para ajudar o suprimento, como a flexibilização das restrições de uso múltiplo da água, busca de nova oferta, leilões de emergência e maior importação de países vizinhos. Ele destaca ainda a importância de medidas de monitoramento, governança e comunicação realista e coordenação interministerial. O ano que vem promete ser tão desafiador. O crescimento da demanda esperado é de aproximadamente 3%. Especialistas esperam que os reservatórios cheguem ao período chuvoso bastante baixos, com cerca de 10%. Dall’Orto afirma que a previsão ainda é muito incerta, “estamos expostos à incerteza associada à transição entre os períodos hidrológicos seco e úmido de 2021 e 2022”. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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11 PSR: afluência de 70% no período úmido evitaria grandes problemas em 2022

Para evitar grandes problemas em 2022 seria necessário uma ENA de pelo menos 70% no período úmido, afirmou o consultor da PSR, Celso Dall'Orto, durante participação num evento promovido pela Cogen e pela Unica. "A transição do período úmido será fundamental para o suprimento no próximo ano. Temos a expectativa de entrada de 7 GW em 2022, sem contar a geração distribuída. Precisa de uma afluência de 70% no SIN para evitar problemas em 2022", explicou Dall'Orto. Segundo ele, o setor elétrico precisa melhorar alguns segmentos, entre eles a governança do uso múltiplo da água e a disponibilidade hídrica para a produção de energia. O executivo da PSR ressaltou que uma coisa que tem complicado bastante os reservatórios é que a região Sul tem contribuído muito nos períodos secos, mas que esse ano não choveu no Sul. Em relação ao despacho tardio de usinas termelétricas, Dall'Orto afirmou que o setor elétrico está travado nas questões operativas. Como exemplo, Dall'Orto cita um trecho de hidrovia no rio Paraná que tem pedras e, por isso, há necessidade de aumentar o nível do rio para que as barcas possam passar. (Broadcast Energia – 26.08.2021)

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12 Governo não deve ter vergonha de assumir que a crise é grave, diz Zylbersztajn

Com a experiência de quem coordenou o texto das medidas de racionamento em 2001, o hoje consultor David Zylbersztajn avalia que o governo não deveria ter vergonha de assumir que a crise energética é muito grave, e que se não houver redução no consumo vai faltar energia no País. Para ele, é urgente que o governo dê um sinal econômico da crise para conseguir a adesão da sociedade, concedendo bonificação para quem contribuir e penalizando quem não atingir as metas estabelecidas, a exemplo do que ocorreu no passado. Zylbersztajn admite que as condições do sistema elétrico brasileiro hoje são bem diferentes do que há 20 anos, com mais térmicas, mais energias renováveis e interligação por linhas de transmissão de todo o território, mas não deixa de ser uma crise de oferta, como naquele tempo, e é fundamental “escancarar” o problema o mais rápido possível. Ele lembra que apesar das ameaças de corte e penalizações econômicas, 93% dos consumidores residenciais receberam bônus durante o racionamento de 2001/2002, e as indústrias tiveram cortes compulsórios de 20% do consumo, mas com compensações, o que também deveria ocorrer agora para estimular a adesão dos grandes consumidores. (Broadcast Energia – 26.08.2021)

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13 Coppe/UFRJ/Freitas: Horário de verão e geração centralizada podem ajudar crise energética

O governo não deve desperdiçar nenhuma contribuição para reduzir o consumo de energia e a volta do horário de verão, mesmo sendo uma ajuda pequena, não deve ser desprezada, avalia o professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, Marcos Freitas. Para ele, o governo poderia também acionar a geração centralizada a óleo diesel, que apesar de igualmente cara devido ao preço do combustível, poderia dar um alívio no horário de ponta. "Empresas, indústria, hospitais, todos têm geração centralizada por segurança que, somados, podem chegar a 6 gigawatts. O governo poderia dar um incentivo econômico para que utilizassem essa geração", exemplifica. Segundo o professor, as medidas apresentadas pelo governo até o momento são inócuas, principalmente o anúncio de redução do consumo dos prédios públicos, já que a maioria ainda se encontra em home office. Apesar de bem-vinda, a redução por parte dos consumidores residenciais, na avaliação do professor, só acontecerá por estímulo econômico, e mesmo assim será limitada, porque, com a alta do preço da energia, a maioria já está economizando. Ele diz que o governo não está sendo claro o suficiente sobre a gravidade da crise energética e precisa fazer urgentemente uma campanha de eficiência energética, focada no uso de ar condicionado, o maior vilão atual do setor elétrico, principalmente com a proximidade do verão. (Broadcast Energia – 26.08.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Nasce a 1ª Rota do Veículo Elétrico do RS

Duas empresas da Serra Gaúcha uniram forças e lançam a 1ª Rota do Veículo Elétrico do Estado. Encabeçam a mobilização com vistas a oferecer mais estações de recarga para esse novo modelo de carro a Magnani Luz e Energia e a Sicredi Pioneira. A Magnani já trabalha com carregadores elétricos com tecnologia de ponta Weg e está apta a municiar tecnicamente os pontos de recarga. Já a Sicredi Pioneira oferece financiamento ao segmento, tanto no que tange às instalações de carregamento quanto de veículos movidos a eletricidade. Portanto, ambas puxam esse movimento, que ganhará a partir de outros parceiros, incluindo os pontos comerciais estratégicos para o posicionamento dos carregadores, concessionárias que vendam veículos elétricos e outras companhias que venham a utilizar as estações como eixo de marketing. A intenção é que a Rota Elétrica contemple 15 cidades gaúchas, incluindo Caxias do Sul, Tainhas (distrito de São Francisco de Paula), Torres, Osório, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Nova Petrópolis, Gramado, Bento Gonçalves, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, Cambará do Sul, Capão da Canoa e Tramandaí, perfazendo quatro regiões com alta performance de desenvolvimento: Serra Gaúcha, Litoral, Região Metropolitana e Região das Hortênsias. Essas localidades também representam um grande polo de desenvolvimento turístico e circulação de visitantes. “Nosso intuito é instalar a estrutura de recarga do carro elétrico em pontos de alta circulação e nos quais as pessoas possam parar para se alimentar ou descansar por, no mínimo, 30 minutos, tempo para o recarregamento parcial do veículo”, explica Jenner Iadroxitz, gerente comercial e estratégico da Magnani Luz e Energia. O foco são restaurantes, cafés, lojas de conveniências, hotéis, entidades de classe, supermercados, entre outros. Um raio de mais de 100 quilômetros com estações de carregamento permitirá que o proprietário de um veículo elétrico tenha autonomia assegurada para circular por regiões gaúchas sem preocupação. (Correia do Povo – 25.08.2021)

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2 Mato Grosso do Sul: Projeto pode implementar Programa de Incentivo ao uso de carros elétricos e híbridos

Na quarta-feira (25) passou a tramitar o Projeto de Lei 248/2021, que visa instituir o Programa Estadual de incentivo ao uso de carros movidos à propulsão elétrica e híbridos, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul. A proposta é de autoria do deputado Capitão Contar (PSL) e pretender reduzir o Imposto sobre Veículo Automotor (IPVA) de tais carros em “70% para veículos movidos somente à propulsão elétrica e em 40% para veículos híbridos”, nos cinco primeiros anos de tributação incidente no veículo adquirido em Mato Grosso do Sul. A redução será emitida quando o consumidor apresentar requerimento no momento do primeiro licenciamento, sendo o benefício deferido automaticamente nos licenciamentos subsequentes. O Poder Executivo poderá realizar convênios visando a criação de postos de recarga gerada por fontes renováveis, para o abastecimento de veículos elétricos. Ainda de acordo com o projeto, o Programa possui como objetivo “promover o controle da poluição e o desenvolvimento tecnológico, garantir às gerações futuras um meio ambiente ecologicamente equilibrado e incentivar a busca e a utilização de fontes renováveis de energia”. O deputado Capitão Contar justificou na proposta que grande parte da atenção mundial está voltada para os problemas ambientais, fato que impulsiona uma consciência ecológica não apenas da sociedade, como também dos governos, que cada vez mais devem fomentar planos e firmar acordos que visem otimizar o desenvolvimento de soluções modernas e inovadoras, com vistas a proteção do meio ambiente. A proposta segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). (Capital News – 25.08.2021)

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3 Vendas de carros elétricos dobram nos EUA

Os Estados Unidos vem aos poucos se preparando para começar a substituir sua frota de carros a combustão no futuro, para isso o país vem incentivando a criação de infraestrutura e a compra de carros elétricos. Esse planejamento está rendendo frutos, isso porque a venda desses veículos dobraram neste ano, mas ainda sendo uma parte bastante pequena no mercado de carros comercializados nos EUA. Uma análise realizada pela Experian, uma empresa especializada em pesquisa de mercado, nos últimos 6 meses houve um crescimento de 117% nas vendas de carros, alcançando um total de 214.111 unidades. Entretanto, mesmo com esse aumento impressionante, os carros elétricos ainda representam uma fatia de apenas 2,5% do total de automóveis vendidos no país, mas esse número também deve ir crescendo bastante nos próximos anos, principalmente com mais empresas entrando neste mercado. Como esperado, a Tesla dominou totalmente a venda de veículos elétricos nos Estados Unidos, sendo responsável por 66% de todo o mercado de VE no país. No entanto, esse valor representa uma queda de 13% neste ano, o que indica que as suas concorrentes estão começando a entrar forte no mercado. (Mundo Conectado – 25.08.2021)

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4 Alemanha limita apoios aos híbridos plug-in para apressar a transição elétrica

A partir do próximo ano, os condutores dos carros elétricos híbridos plug-in, na Alemanha, só poderão recorrer aos apoios do Estado se percorrerem, no mínimo, 60 km em modo elétrico. A medida representa mais 10 km face às imposições atuais. A decisão surge na sequência de várias críticas ao uso inadequado destes veículos, levando, inclusive, a União Europeia a prometer políticas mais restritivas à sua comercialização. As novas imposições pretendem dar um sinal de como a indústria automotiva alemã deverá encarar o futuro. Isto é, ou desistem desta tecnologia ou fabricam baterias maiores nos modelos híbridos, levando os condutores a carregá-la com mais frequência. As medidas tomadas pelo governo de Berlim surgem como um caminho que os restantes estados-membros da UE poderão seguir. Em Portugal, por exemplo, a legislação tem algumas semelhanças ao regime atualmente praticado na Alemanha. O Estado impõe uma distância mínima de 50 km em modo elétrico e emissões abaixo dos 50 gramas de CO2/km (conhecida como regra 50/50). Em todo o caso, os veículos híbridos plug-in já têm o seu fim anunciado no espaço comunitário. A União Europeia só irá considerá-los como veículos de baixas emissões até 2030. E a partir de 2035, os construtores só poderão vender veículos zero emissões. (JN – 25.08.2021)

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5 Os desafios de rodar com VEs em viagens de longa distância

Em um texto publicado por Rodrigo Ribeiro, da Autoesporte, no Valor Economico, o autor expõe os desafios da realização de viagens em longa distância com os veículos elétricos no Brasil, devido a atual carência de infraestrutura em larga escala que atenda devidamente os elétricos. O autor faz um narrativa referente a experiência que teve em uma viagem com um VE da Audi, no trajeto entre São Paulo e Blumenau (SC). Segundo os relatos, o trajeto apresentou alguns desafios, principalmente relacionados as questões do carregamento. Segundo Rodrigo, “Depois de mais de 1.200 km dá para concluir que o Brasil está muito distante de uma infraestrutura satisfatória de recarga. As empresas estão cientes disso”. O autor continua, “Mas não é justo colocar a pressão somente nas empresas privadas. Por mais que carros elétricos ainda sejam uma realidade apenas para uma minoria (bem) endinheirada da população, é preciso estímulo governamental para fomentar uma rede mais ampla de apoio a esses carros. Na situação atual até dá para viajar com um elétrico, mas será preciso paciência dos passageiros e cálculos de piloto de avião, pois a infraestrutura brasileira ainda está muito longe de ser um céu de brigadeiro.” (Valor Econômico – 27.08.2021)

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Inovação

1 Alemanha-Namíbia: Países unem forças para a cooperação no mundo do hidrogênio

Os dois países firmaram na quarta-feira (25 de agosto) uma parceria formal para o hidrogênio. Inédito na Namíbia, o acordo permitirá que os dois países realizem estudos de viabilidade para implementar um projeto piloto conjunto de hidrogênio e fortalecer a capacitação de profissionais treinados. Comentando sobre os planos, a Ministra Federal de Pesquisa, Anja Karliczek, disse: “Acreditamos que a Namíbia tem excelentes chances de sucesso nesta competição. Queremos aproveitar essa chance juntos. Tenho orgulho de que a Alemanha seja o primeiro país a formar oficialmente uma parceria de hidrogênio com a Namíbia.” O Ministério Federal da Pesquisa já se comprometeu a financiar até € 40 milhões do pacote de estímulo econômico à cooperação no âmbito da parceria. (H2 View – 27.08.2021)

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2 Noruega: Stord Hydrogen inicia instalação que produzirá hidrogênio verde

Stord Hydrogen, uma nova empresa formada pela Greenstat, Alltec Services and Hydrogen Solutions (HYDS) e pela Sustainable Energy Catapult Center, está iniciando uma instalação para a produção do hidrogênio na Noruega. A instalação contará com com eletrolisadores da Green Hydrogen Systems para a produção do hidrogênio verde (H2V). A partir deste sistema de produção, a empresa espera produzir uma quantidade de 400 kg de H2V por dia, uma quantidade consideravelmente alta. Além do mais, em termos de destinação, o H2 pode ser usado como insumo material nas indústrias e como combustível de emissão zero para carros, ônibus, caminhões, trens ou barcos. Por fim, é esperado que na primavera de 2022 o projeto já comece a produzir o combustível. (H2 View – 27.08.2021)

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3 Austrália: proposta de estação de energia hidrogênio-gás em Port Kembla é declarada como essencial para o Estado de Nova Gales do Sul

O projeto de um estação de energia hidrogênio-gás de US $1,3 bilhão, proposta para ser construída no Porto de Kembla, Austrália, foi declarada infraestrutura significativa de estado crítico. Isso significa que a usina de energia é um projeto de infraestrutura de alta prioridade, essencial para o estado, seja por razões econômicas, sociais ou ambientais. O Ministro do Planejamento e Espaços Públicos, Rob Stokes, declarou que a usina proposta será capaz de produzir até 635 MW de eletricidade sob demanda e criaria 700 empregos na sua construção. Se aprovado, o projeto terá uma contribuição relevante na matriz energética de Nova Gales do Sul e será vital para alcançar uma economia baseada em emissões de carbono. Segundo o Ministro de Energia e Meio Ambiente, Matt Kean, a usina proposta se comprometeu a usar até 30% de hidrogênio verde (H2V) e se aprovada criará uma demanda precoce para o H2V necessário para descarbonizar a indústria pesada do estado. (NSW Government – 27.08.2021)

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4 Linde diz que vai triplicar a quantidade de produção de hidrogênio limpo até 2028

A Linde investirá mais de US $ 1 bilhão em iniciativas de descarbonização e triplicará a quantidade de produção de hidrogênio limpo até 2028, a gigante do gás industrial estabeleceu em seu Relatório de Desenvolvimento Sustentável de 2020. Publicado hoje (27 de agosto), o relatório destaca que a Linde está investindo em toda a cadeia de valor do hidrogênio para acelerar a transição para a energia limpa. O hidrogênio cinza e azul são “etapas importantes” no caminho para o hidrogênio verde, afirma o membro do Conselho do Hidrogênio no relatório, pois “permitem o desenvolvimento das estruturas e infraestruturas necessárias” enquanto o hidrogênio verde atinge a “escala necessária”. A empresa afirma ter a maior capacidade de produção e sistema de distribuição de hidrogênio líquido do mundo hoje e também opera a primeira caverna comercial de armazenamento de hidrogênio de alta pureza. (H2 View – 27.08.2021)

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5 Alemanha: pesquisadores querem reduzir custos de fabricação de eletrolisadores em mais de 25%

Pesquisadores da Fraunhofer Society (Fraunhofer-Gesellschaft) na Alemanha estão cooperando para melhorar os processos de produção de eletrolisadores e reduzir seus custos de produção. O projeto de quatro anos de duração pretende construir uma biblioteca digital de processos de fabricação de eletrolisadores, a partir dos quais os custos de investimento e até mesmo o retorno de investimento podem ser determinados com antecedência, dependendo do volume de produção planejado.Dessa forma, objetiva-se reduzir os custo de produção em mais de um quarto. O projeto está sendo realizado pelo Fraunhofer IWU contando com a contribuição do Fraunhofer Institute for Production Technology IPT in Aachen; Fraunhofer Institute for Manufacturing Engineering e Automation IPA e já conta com o financiamento de € 22 milhões do governo federal por meio do projeto de hidrogênio H2Giga. (PV Magazine – 27.08.2021)

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6 Tecnologia solar offshore SolarDuck obtém AiP do Bureau Veritas

Fundada por engenheiros marítimos e de energia, a SolarDuck desenvolveu a solução “King Eider” para instalação de sistemas fotovoltaicos (PV) offshore. A plataforma pode suportar as condições do mar costeiro e ventos com força de furacão. Ele foi otimizado para implantação em estuários, portos naturais e locais próximos à costa. A solução solar flutuante offshore recebeu a aprovação em princípio (AiP) pela empresa francesa de testes, inspeção e certificação Bureau Veritas (BV). A instalação piloto da SolarDuck, lançada em abril em IJzendoorn, Holanda, consiste em quatro unidades de formato triangular que suportam 156 painéis solares de 64 kWp no total. A estrutura mantém os painéis fotovoltaicos (PV) mais de três metros acima do nível da água. (Renewables Now - 26.08.2021)

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7 Energia solar no espaço de Asimov pode virar realidade

Em seu conto “Razão”, publicado em 1941, o escritor de ficção científica Isaac Asimov descreveu um universo em que os humanos obtinham energia solar no espaço para sustentar a vida na Terra. Passados 80 anos, a ideia de capturar a energia do sol com amplos painéis solares no espaço para enviá-la à Terra via micro-ondas poderia tornar-se realidade. China, Estados Unidos, Europa e Japão estão desenvolvendo projetos. Em setembro, o governo do Reino Unido sinalizará que também pretende explorar o potencial da tecnologia. Publicará as conclusões de um novo estudo que examina como a energia solar espacial pode ajudar em sua meta de conseguir uma economia neutra em emissões de carbono até 2050. O relatório, preparado pela empresa de consultoria Frazer-Nash a partir de informações de companhias europeias como Airbus e Thales Alenia Space, conclui que a energia solar espacial não é apenas tecnologicamente possível, mas também sustenta que o custo de longo prazo por megawatt-hora pode ser a metade que o da energia nuclear. (Valor Econômico – 26.08.2021)

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Meio Ambiente

1 Fukushima vai descarregar no oceano água armazenada na usina, a partir de março de 2022, após tratá-la

Os gerentes da usina nuclear de Fukushima anunciaram seus planos de despejar no oceano, a partir de março do próximo ano, mais de um milhão de toneladas de água tratada da usina destruída após o tsunami de 2011. Por meio de um túnel subaquático de 1 km de comprimento, e garantir que a descarga seja segura, pois a água terá sido previamente processada para eliminar quase todos os elementos radioativos. O vazamento degrada pescadores da região e países vizinhos, que já mostravam rejeição total ao plano quando o governo japonês anunciou, em abril passado, o próximo lançamento da água acumulada na usina. O governo garante, porém, que o descarte é seguro, pois a água terá sido previamente processada para eliminar quase todos os elementos radioativos e estará diluída. Da Tokyo Electric Power Co ( Tepco), que administra o desmonte da usina nuclear, indicam que a construção do túnel será iniciada no próximo mês de março, após a realização de estudos de viabilidade e aprovação das autoridades. A empresa Tepco emitiu um comunicado no qual afirma estar disposta a pagar uma indenização por danos à reputação relacionados ao derramamento. Também indica que aceita as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica sobre a segurança do derramamento. (Energías Renovables - 26.08.2021)

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Energias Renováveis

1 Comissão vota PL para exploração de energia eólica e solar em assentamentos

Nesta quinta-feira (26/08), a Comissão de Agricultura realizará o turno suplementar de votação de um projeto de lei que permite a exploração do potencial de energia eólica e solar em assentamentos. O texto foi aprovado em primeiro turno pelos senadores no início do mês e caso ele seja deferido novamente, seguirá para análise da Câmara dos Deputados. O projeto é um substitutivo ao PLS 384/2016, que visa alterar a Lei 8.629/1993, que regulamenta dispositivos constitucionais sobre a reforma agrária. Apresentada pelo relator, senador Wellington Fagundes (PL-MT), a iniciativa sugere que a exploração energética ocorra de forma complementar às atividades de cultivo da terra. A ação depende da autorização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A pauta também prevê a votação do PL 5.017/2019, que concede descontos especiais na tarifa de energia elétrica para as atividades de irrigação, agricultura e exploração de poços artesianos. Se aprovado, o texto seguirá para a Comissão de Infraestrutura. (Brasil Energia – 26.08.2021)

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2 Aneel debate critérios de contratação em chamada pública de GD

A Aneel realizou na última quarta-feira (25/08) uma audiência pública para analisar os critérios de contratação de energia em chamada pública de geração distribuída (GD). A agência apresentou propostas para o aprimoramento da regulação na contratação de GD e também propôs melhorias para o modelo de contrato. O objetivo da consulta é reduzir despesas de operação e manutenção nas redes de distribuição ou postergar investimentos por parte das distribuidoras. A minuta de resolução analisada inclui parâmetros que devem ser usados para elaboração de uma análise completa de custo-benefício da geração distribuída a ser contratada, incluindo horizonte de estudo, taxa de desconto para cálculo do valor presente líquido, cenário base de referência, tipos de benefícios quantificáveis e forma de estimação dos custos de contratação. O debate ainda contou com contribuições que serão analisadas antes da tomada de decisão da Aneel. O tema ainda será discutido em uma consulta pública. Os interessados devem enviar suas considerações até o dia 31/08 para o e-mail: cp040_2021@aneel.gov.br (Brasil Energia – 26.08.2021)

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3 Dinamarquesa European Energy compra dois projetos de energia solar na Bahia

A empresa dinamarquesa de projetos de energia renovável European Energy concluiu a compra de dois projetos solares da desenvolvedora brasileira EDN Renováveis. Os ativos estão localizados na Bahia e totalizam 599 MWp, com um investimento esperado de R$ 1,5 bilhão, com o início de operação programado para 2024. A transação de venda do projeto solar, que terá capacidade para fornecer energia elétrica equivalente a uma cidade com cerca de 1,4 milhão de habitantes ou 350 mil residências, foi intermediada pela ITA Capital, focada em investimentos alternativos e sustentáveis. A assessora financeira ainda apoiará ambas as partes na condução dos ativos, desde o desenvolvimento de soluções, como busca de contratos de energia, até alternativas de financiamento e otimização dos recursos. (Petronotícias – 26.08.2021)

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4 Após oferta de ações, WDC aposta em energia solar como serviço

No início da pandemia, a WDC montou uma fábrica para produzir kits de geração de energia fotovoltaica em Extrema (MG), de olho nas fazendas solares do Vale do Jequitinhonha (MG) e na demanda do agronegócio na região Centro-Oeste. Para reduzir o impacto da escassez global de semicondutores e da crise portuária, a empresa investiu em uma rota alternativa de importação pelo Panamá e fez pagamentos antecipados aos fornecedores da Ásia. “Neste mês, em particular, estamos sentindo mais atraso nas entregas”, diz o executivo. A dívida líquida da empresa foi de R$ 630,3 milhões, sendo 21,3% acima do valor registrado há um ano. O resultado reflete investimentos no crescimento do modelo de locação e em capital de giro relacionado à estratégia de crescimento da companhia, informou a WDC em seu balanço. (Valor Econômico – 26.08.2021)

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5 Mercury Renew fornece energia solar para Rima Industrial

A Mercury Renew assinou contrato com a Rima Industrial, produtora de silício metálico e ferroligas, para fornecer energia a ser produzida pelo parque solar São João Paracatu. O empreendimento, localizado no município de Paracatu, em Minas Gerais, terá capacidade instalada de 270 MWp. O parque solar tem previsão de início de operação comercial em janeiro de 2024 e vai gerar, durante as obras, cerca de 600 empregos diretos na região. (Brasil Energia – 26.08.2021)

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6 Agência libera operação comercial e operação em teste de usinas eólicas no Nordeste

A Aneel autorizou a operação comercial de 3 unidades geradoras, totalizando 12,6 MW de potência instalada, da usina eólica Ventos de Santa Martina 10, localizadas no município de Ruy Barbosa, no estado do Rio Grande do Norte. Além disso, a Aneel também autorizou a operação em teste das usinas eólicas Ventos de Santa Martina 01 (8,4 MW), Ventos de Santa Martina 11 (8,4 MW) e Ventos de Santa Martina 12 (16,8 MW), todas localizadas no estado do Rio Grande do Norte. (Aneel – 26.08.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Cosan e outros três grupos avaliam a compra da Sulgás em leilão de privatização

Ao menos quatro empresas já procuraram o governo do Rio Grande do Sul ou os assessores financeiros da operação para obter informações sobre o processo de privatização da Sulgás, segundo fontes consultadas pelo Broadcast Energia. O certame está agendado para 22 de outubro, na sede da B3, em São Paulo, e o valor mínimo da empresa foi estipulado em R$ 927,7 milhões, sendo que a entrega dos envelopes deve acontecer no dia 18 de outubro. Entre os potenciais interessados, estaria o Grupo Cosan, que é considerado o principal comprador do ativo, após ter fechado recentemente a compra da Gaspetro por R$ 2,03 bilhões. A operação está sob avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). (Broadcast Energia – 26.08.2021)

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2 Comissão aprova PL que autoriza uso do GLP em veículos

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4217/19, que revoga a proibição do uso do gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha, em motores de qualquer espécie. O projeto, do deputado Felício Laterça (PSL-RJ),já foi aprovado anteriormente pela Comissão de Minas e Energia e ainda depende de votação pelo Plenário. Caso a medida seja aprovada definitivamente, o combustível poderá ser utilizado em motores de veículos, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas. Atualmente, o inciso II do art. 1º da Lei 8176/1991 considera o uso do GLP em motores como um crime contra a ordem econômica, estabelecendo uma pena de detenção de um a cinco anos para quem desobedecê-lo. O projeto acaba com esse dispositivo. (Brasil Energia – 26.08.2021)

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3 Preço do gás reduz competitividade das usinas térmicas

A escalada de preços do gás natural está tirando a competitividade de usinas térmicas que utilizam essa fonte na geração de energia. O custo do gás acumula alta de 50% em 2021 e tem feito com que algumas térmicas tenham o CVU mais caro que algumas usinas movidas a diesel e óleo combustível. Isso se deve porque o preço do energético é uma commodity com preço tabelado internacionalmente. O custo impacta especialmente as usinas sem contrato, que o preço é atualizado no curto prazo e por isso tem o CVU mais alto e com efeitos negativos sobre a conta de luz, já que o custo dessas novas plantas é rateado por todos os consumidores. Já nas usinas contratadas, o custo do gás reduz a margem de lucro dos empreendedores. Segundo o diretor da Aneel, Efraim Cruz, é importante trazer luz a esse tema, já que tem impacto direto na sociedade. “Sobre a questão do gás, não temos como regular, pois ele faz parte de um mercado, mas é importante que a sociedade saiba que o gás fornecido pela Petrobras está com esse custo e que encarecerá a conta de energia elétrica do país”. (CanalEnergia – 26.08.2021)

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Economia Brasileira

1 PIB do 2º trimestre deve mostrar ritmos distintos da economia

A relativa estabilidade esperada para a economia brasileira no segundo trimestre deste ano reflete a heterogeneidade das dinâmicas setoriais no Brasil, com a indústria e a agropecuária sentindo mais choques negativos, enquanto os serviços se beneficiam da reabertura dos negócios. Esses movimentos devem seguir pela segunda metade do ano que, apesar de representar continuidade da retomada, não está isenta da antecipação de riscos já claros para 2022, como a piora das condições financeiras e a crise hídrica. Na comparação com igual período de 2020, o crescimento seria de 12,8%, devido à base baixa de comparação. Os dados oficiais das Contas Nacionais serão divulgados pelo IBGE na quarta-feira, 1º. Para 2021, é esperada alta de 5,3%. As estimativas para o PIB do segundo trimestre deste ano variam de queda de 0,3% a alta de 0,8%. (Valor Econômico – 27.08.2021)

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2 Riscos fiscais e políticos empurram crescimento para menos de 2%

Com riscos fiscais e políticos no radar, as projeções para o crescimento da atividade brasileira em 2022 já foram abaixo de 2% e, se o estresse continuar, economistas começam a avaliar que um número entre 1% e 1,5% pode ser mais adequado. Em relatório, a equipe da ASA Investments, liderada pelo ex-secretário do Tesouro Nacional Carlos Kawall, afirma que o “populismo fiscal” aperta as condições financeiras e “contrata pibinho para 2022”. A gestora ainda espera crescimento de 2% para o próximo ano, mas diz que, “as repetidas investidas contra a responsabilidade fiscal e o teto de gastos, elevando juros futuros e dólar e derrubando a bolsa, conspiram a favor de uma atividade menor sobretudo em 2022”, e a expectativa da casa poderia ser revista para o intervalo de 1% a 1,5%. (Valor Econômico – 27.08.2021)

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3 FGV: Confiança da Indústria cai após 4 meses de alta

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Instituto Brasileiro de Economia da FGV caiu 1,4 ponto em agosto, para 107 pontos, após quatro meses de altas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, porém, o indicador subiu 0,9 ponto. “A confiança da indústria recuou influenciada pela piora da situação atual e uma acomodação das expectativas das empresas em relação aos próximos meses. A indústria de transformação vem desde o final do ano passado, enfrentando gargalos associados a escassez de insumos, recentemente agravado por problemas de logísticas nos mercados internacionais, e encarecimento da energia elétrica.”, comenta Claudia Perdigão, economista da FGV Ibre, em comentário no relatório. O resultado do mês é influenciado por uma queda da satisfação em relação à situação atual e uma acomodação das perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,4 pontos, para 109,4 pontos, retornando a patamar próximo a maio desse ano. (Valor Econômico – 27.08.2021)

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4 IBGE: Mercado de trabalho é pior para pessoas com deficiência

Entre as pessoas com deficiência e em idade de trabalhar, apenas 28,3% estavam na força de trabalho em 2019, ou seja, trabalhavam ou buscavam vagas. A parcela é bem inferior à de 66,3% das pessoas sem deficiência. A diferença também aparece no chamado nível de ocupação, a parcela da população em idade de trabalhar que está inserida de alguma forma no mercado. Essa taxa era de 25,4% para as pessoas com deficiência e 60,4% para as demais. As informações são parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 - Ciclos de Vida, divulgada ontem (26) pelo IBGE, que traz um retrato sobre as pessoas com deficiência no Brasil. “Há um desnível muito grande na presença no mercado entre pessoas com deficiência e sem deficiência. Esse menor percentual é explicado pela menor participação das pessoas com deficiência na força de trabalho. Aparece em todas as regiões, mas no Sul e Sudeste tem uma diferença maior que a nível nacional”, diz a analista da pesquisa Maíra Bonna Lenzi. (Valor Econômico – 27.08.2021)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 26 sendo negociado a R$5,2566 com variação de +0,64% em relação ao início do dia. Hoje (27) começou sendo negociado a R$5,2547 com variação de -0,04% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 11h03 o valor de R$5,2217 variando -0,63% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 26.08.2021 e 27.08.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Brenda Corcino, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito, Luana Oliveira, Monique Coimbra, Vinícius José e Walas Júnior

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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