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IFE: nº 5.498 - 31 de maio de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Lira diz que alternativas legislativas vão ‘quase zerar’ aumentos na energia e combustível
2 Câmara prepara projeto de lei com regra para uso de postes por empresas de energia e internet

Transição Energética
1 Decreto que regula créditos de carbono divide opiniões
2 EUA e Alemanha fecham acordo para cooperar na transição à energia limpa

3 Novo governo da Austrália 'deve considerar a política de meta de armazenamento de eletricidade renovável'
4 G7 estabelece novas metas de transição verde, entre elas descarbonizar eletricidade até 2035
5 ComEd liderará estudo de impacto das mudanças climáticas na rede
6 CEE reforça recursos de PPA
7 Mondragon Unibertsitatea busca soluções inovadoras para armazenamento de energia
8 Pontifícia Universidade Comillas organiza uma mesa redonda sobre as cidades 2030
9 Iniciativas lançadas para permitir mais energia da comunidade e oferecer benefícios ao consumidor de baixo carbono
10 Indústrias do setor eletrointensivo apostam em tecnologias net-zero

Empresas
1 EDP Renováveis obteve dois contratos de eólica no leilão A-4

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste fica em 66,56% da capacidade até 29/05
2 Geração distribuída pode superar usinas de Itaipu e Xingó somadas
3 Produção de energia da usina Jirau cresce 4,5% de janeiro a abril

Mobilidade Elétrica
1 Enel: Lançamento de nova empresa com foco na recarga de VEs
2 GreenV oferece capacitação em mobilidade elétrica para comunidade em São Paulo
3 Hyundai: Investimento robusto em carros elétricos

Inovação
1 Brasil pode ter o menor custo mundial de hidrogênio verde

Energias Renováveis
1 Produção de painéis solares no Brasil ainda não é competitiva
2 CTG: Inauguração de planta solar em SC
3 DMEGC Solar é mais uma vez reconhecida com a Top PV Brand pelo quinto ano consecutivo
4 Consum/Endesa: PPA de 75 MW para os próximos 10 anos

5 Preço de energia eólica já é inferior ao de hidrelétricas
6 EDP Renováveis: PPA de 124 MW de energia eólica na PB
7 Colômbia: Construção de parque eólico de 205 MW
8 Siemens Gamesa/Greenalia: Instalação de 110 MW em energia eólica na Espanha

9 GreenVolt: Construção do primeiro parque eólico na Islândia

Gás e Termelétricas
1 Comissão debate a política de uso de termoelétricas movidas a gás natural
2 Em recurso, Abrace pede à Aneel que suspenda permissão para térmica antiga substituir emergenciais
3 Rússia cortará fornecimento de gás à holandesa GasTerra

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Abertura do mercado livre deve impulsionar negócios


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Lira diz que alternativas legislativas vão ‘quase zerar’ aumentos na energia e combustível

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) voltou a comentar nesta sexta-feira,27, sobre os sucessivos aumentos no combustível e na energia. De acordo com Lira, “alternativas legislativas” podem zerar o aumento nos insumos, sem que haja perda na arrecadação. De acordo com Lira, o PLP 18, por exemplo, aprovado na quarta-feira,25, que estabelece um teto de 17% para cobrança do ICMS sobre combustíveis, energia, gás natural, telecomunicações e querosene de aviação é um das medidas que promoverá a baixa dos preços. Segundo ele, a proposta aprovada poderá diminuir em 13% o aumento desses insumos. Além disso, disse que outras duas medidas "refletirão em menos 5,2% e menos 2,3%”. “E com os 13,3% já feitos nós vamos praticamente zerar o aumento que foi dado”, afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã do dia 27. (BroadCast Energia – 27.05.2022)

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2 Câmara prepara projeto de lei com regra para uso de postes por empresas de energia e internet

A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), presidente da subcomissão especial do 5G na Câmara dos Deputados, afirmou que os parlamentares estão trabalhando na elaboração de um projeto de lei para regrar o uso de postes por empresas distribuidoras de energia elétrica e provedores de internet. Nos últimos meses, consultas públicas abertas pelas agências reguladoras de energia e de telecomunicações (Aneel e Anatel, respectivamente) trouxeram à tona um problema antigo do Brasil: o que fazer com o emaranhado de fios que se acumula cada vez mais nos postes das ruas. As consultas visam a atualizar as regras sobre o uso dos postes e encontrar soluções para desatar os nós, que já foram alvo de disputas no Poder Judiciário. Ao anunciar a intenção de elaborar um projeto de lei para normalizar a questão, a deputada Perpétua Almeida sinaliza a intenção do Congresso em contribuir para reduzir os impasses. (BroadCast Energia – 30.05.2022)

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Transição Energética

1 Decreto que regula créditos de carbono divide opiniões

O decreto que visa à criação de um mercado regulado de crédito de carbono, publicado no último dia 19 de maio, causou reações divergentes no mercado. Apesar de ter recebido críticas de especialistas, que o consideram inconsistente e pouco objetivo, ele é também visto como um primeiro passo na precificação de carbono pelo governo federal. Parte da discordância veio do fato de as metas setoriais e o comércio dos créditos serem instituídos por decreto (11.075), o que resulta em falta de segurança e estabilidade jurídica. (Valor Econômico – 30.05.2022)

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2 EUA e Alemanha fecham acordo para cooperar na transição à energia limpa

Os Estados Unidos e a Alemanha assinaram um acordo nesta sexta-feira para aprofundar a cooperação bilateral no sentido de substituir combustíveis fósseis por energia renovável, como parte de esforços para conter as mudanças climáticas. Pelo acordo, os dois países vão trabalhar no desenvolvimento e uso de tecnologias que acelerem a transição para a energia limpa, particularmente na área de energia eólica offshore, veículos de emissão zero e hidrogênio. Os dois lados também se comprometeram a colaborar para promover ambiciosas políticas climáticas e a segurança energética em âmbito global. Enviado para questões climáticas dos EUA, John Kerry disse que as duas nações esperam colher os benefícios de mudar para energia limpa antecipadamente, por meio da criação de novos empregos e oportunidades para empresas no crescente mercado de produtos renováveis. (BroadCast Energia – 27.05.2022)

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3 Novo governo da Austrália 'deve considerar a política de meta de armazenamento de eletricidade renovável'

Uma política de meta de armazenamento de energia pode ser uma maneira eficaz de o novo governo da Austrália cumprir as promessas de descarbonização, ao mesmo tempo em que isola os consumidores dos choques nos preços da eletricidade. Isso está de acordo com um novo relatório do Victoria Energy Policy Center (VEPC), que propôs uma Meta de Armazenamento de Eletricidade Renovável (REST) para permitir que o país atinja os altos níveis de armazenamento necessários para integrar a energia eólica e solar à rede. O recém-inaugurado governo do Partido Trabalhista Australiano, liderado pelo primeiro-ministro Anthony Albanese, prometeu o fim das “Guerras Climáticas” que caracterizaram a política australiana. Entre suas promessas eleitorais estava a criação de uma nova corporação de A$ 20 bilhões (US$ 14,83 bilhões) chamada Rewiring the Nation, que poderia ser usada para financiar atualizações de transmissão. (Energy Storage - 31.05.2022)

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4 G7 estabelece novas metas de transição verde, entre elas descarbonizar eletricidade até 2035

Os países do G7 se comprometeram a alcançar a meta de ter os setores de eletricidade "predominantemente descarbonizados" até 2035, de acordo com comunicado conjunto assinado por ministros de Energia do grupo, após reunião nesta sexta-feira. Os governos também pretendem encerrar novos investimentos internacionais em projetos de combustíveis fósseis ainda este ano, de acordo com a nota. Outro objetivo é acelerar o processo de transição das vendas de carros a diesel e gasolina para um modelo centrado em veículos de fontes alternativas. Os ministros ainda prometeram eliminar gradativamente a geração de energia por carvão, mas não fixaram uma data para o alcance da meta. Anteriormente, o grupo chegou a debater a definição de 2030 como prazo final, mas não houve acordo e o ano foi omitido do comunicado. "Nós vamos rapidamente ampliar as tecnologias e políticas necessárias para a transição para energias limpas", garantiram. (BroadCast Energia – 27.05.2022)

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5 ComEd liderará estudo de impacto das mudanças climáticas na rede

Mudanças nos padrões climáticos, incluindo vento, calor, inundações e formação de gelo sustentados, são definidas para testar os limites da infraestrutura de serviços públicos de hoje. Para o estudo, a Commonwealth Edison (ComEd) está em parceria com o Centro de Resiliência Climática e Ciência da Decisão do Laboratório Nacional de Argonne do Departamento de Energia dos EUA e a iniciativa Climate READi do Electric Power Research Institute (EPRI), um programa global de três anos recentemente anunciado sobre resiliência e adaptação às mudanças climáticas. Espera-se que a mudança dos padrões climáticos traga desafios operacionais, enquanto a eletrificação para descarbonização resultará em mais dependência da rede à medida que a demanda de eletricidade aumenta em setores como transporte e indústria. (Smart Energy – 31.05.2022)

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6 CEE reforça recursos de PPA

A gestora de ativos de energia renovável alemã CEE Group investiu no reforço de seu acordo de compra de energia (PPA) e capacidades de comercialização de energia. A CEE fez o investimento para gerenciar a volatilidade do mercado, aumentar as receitas e apoiar seu crescimento à medida que o mercado europeu de energia renovável se move além dos mecanismos tarifários de alimentação apoiados pelo governo. Ele está fazendo isso trabalhando em estreita cooperação com a Pexapark e também investiu em capacidades que lhe permitem realizar a devida diligência na aquisição de projetos que já possuem PPAs, bem como na aquisição de offtakers e na concepção de PPAs para plantas que não possuem acordos. quanto à gestão da exposição ao longo de todo o ciclo de vida do respectivo investimento. (Renew.Biz – 31.05.2022)

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7 Mondragon Unibertsitatea busca soluções inovadoras para armazenamento de energia

A Escola Superior Politécnica de Mondragon Unibertsitatea acolhe desde ontem a quarta Assembleia Geral (primeira presencial) do projeto iSTORMY, cujo objetivo é “melhorar o comportamento das redes elétricas do futuro através de soluções inovadoras de armazenamento de energia”. Este projeto de investigação, no qual participam doze entidades de seis países, terá a duração até julho de 2024 e tem um orçamento de 3,4 milhões de euros. Na Assembleia de Mondragón, os membros acompanharão as atividades dos últimos seis meses e serão assinalados os próximos passos a seguir. (Energias Renovables – 31.05.2022)


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8 Pontifícia Universidade Comillas organiza uma mesa redonda sobre as cidades 2030

Será na próxima terça-feira, 28 de junho, às 18h, presencialmente e via streaming. CIDADES 2030 é uma iniciativa para a aceleração e aplicação em Espanha da Missão da Comissão Europeia para atingir 100 cidades neutras em termos de clima até 2030. Esta missão pretende tornar-se o principal instrumento de transformação econômica e social que as cidades europeias devem abordar para alcançar a transição ecológica. O evento é organizado sob a égide do Mestrado em Ambiente e Transição Energética e haverá uma sessão de informação após o evento para todos os interessados. CIDADES2030, é uma iniciativa para a aceleração e aplicação em Espanha da Missão da Comissão Europeia para chegar a 100 cidades neutras do clima até 2030. Esta missão pretende tornar-se o principal instrumento de transformação económica e social que as cidades europeias devem abordar para alcançar a transição ecológica. (Energias Renovables – 31.05.2022)

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9 Iniciativas lançadas para permitir mais energia da comunidade e oferecer benefícios ao consumidor de baixo carbono

A Northern Powergrid, empresa responsável pela rede elétrica que alimenta a vida cotidiana de 8 milhões de clientes no Nordeste, Yorkshire e norte de Lincolnshire, está apoiando o crescimento da energia comunitária na região com o lançamento de duas novas iniciativas. A operadora de rede lançou um novo Fundo de Energia Comunitária Net Zero para ajudar a enfrentar as barreiras que os grupos estão enfrentando quando se trata de tirar projetos do papel. O fundo fornecerá assistência direcionada para desenvolver a capacidade e o conhecimento das organizações comunitárias de energia, incentivando mais novos projetos que possam reforçar a independência energética, reduzir o impacto do aumento dos preços da energia e ajudar a atingir as metas de emissões líquidas zero. (EE Online – 31.05.2022)

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10 Indústrias do setor eletrointensivo apostam em tecnologias net-zero

Pela redução da emissão de gases de efeito-estufa (GEE), indústrias eletrointensivas com plantas no Brasil não poupam verbas nem novas tecnologias. Alinhadas com tratados internacionais - como o Acordo de Paris e o Race to Zero, da Organização das Nações Unidas (ONU) - as companhias, em geral, estabelecem prazos entre 2030 e 2060 para alcançarem suas metas. É o caso da Braskem que, entre várias ações, firmou parcerias para cumprir o objetivo de reduzir 15% das emissões escopo 1 e 2 (diretas e indiretas para uso próprio) até 2030 e ser carbono neutro até 2050. Com a EDF Renewables, a petroquímica assinou dois contratos para energia eólica na Bahia. O primeiro, no Complexo Folha Larga Norte, terá aporte de mais de R$ 1,5 bilhão e duas fases que totalizam 82 aerogeradores e 344 MW de capacidade instalada, volume suficiente para abastecer 850 mil lares brasileiros em um ano. O segundo, no Complexo Serra das Almas, vai gerar energia a partir de 2024, por 20 anos, e deve reduzir a emissão em cerca de 700 mil toneladas de CO2 no período. (Valor Econômico – 30.05.2022)

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Empresas

1 EDP Renováveis obteve dois contratos de eólica no leilão A-4

A empresa EDP Renováveis (EDPR) obteve dois contratos de aquisição de energia renovável no leilão A-4, realizado na quarta-feira pela Aneel e CCEE. Ao todo, eles somam a capacidade de 93 MW de geração eólica. Os projetos eólicos estão localizados no estado da Paraíba e têm previsão que entra em operação em 2025. Com estes novos contratos, a EDPR tem agora 2,2 GW de capacidade assegurada na América do Sul e um total global de 9,8 GW de capacidade renovável assegurada para o período de 2021 a 2025. (BroadCast Energia – 30.05.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste fica em 66,56% da capacidade até 29/05

Os volumes de água armazenados nos reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste diminuíram 0,16 ponto percentual (p.p.) na última semana até 29 de maio, com os reservatórios alcançando 66,56% da capacidade. No ano, os volumes armazenados estão 34,46 p.p. melhores. Conforme dados do ONS. No Sul, houve melhora de 0,11 p.p. na semana, para 89,16% da capacidade de armazenamento da região. Em relação ao mesmo dia do ano passado, houve evolução de 31.96 p.p. nas condições dos reservatórios. Os volumes armazenados no Nordeste caíram 0,37 p.p. na última semana, para 94,69%. Já na comparação anual houve crescimento de 30,63 p.p. Já na região Norte o armazenamento caiu 0,49 p.p. em relação à semana anterior, para 99,15% da capacidade, mas melhoraram 15,13 p.p. no ano. (BroadCast Energia – 30.05.2022)

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2 Geração distribuída pode superar usinas de Itaipu e Xingó somadas

O grande impulso da expansão da energia solar no Brasil é realizado por particulares, que instalam painéis fotovoltaicos nos telhados de suas residências, comércios, galpões industriais e rurais. É a chamada geração distribuída. Em abril, as instalações próprias somaram uma capacidade instalada de 10,33 gigawatts de potência e até o final do ano, devem alcançar 17,2 GW. A projeção é da Absolar. Se confirmada a projeção da associação, o Brasil iniciará 2023 produzindo mais energia sobre os telhados de casas e galpões do que a capacidade de geração em conjunto das usinas de Itaipu e Xingó, primeira e sétima maiores hidrelétricas do país, que somam 17,16 GW de potência. Em 2022, os investimentos em geração própria de energia devem superar R$ 40 bilhões. “Será o resultado do esforço de consumidores que buscam fugir das altas constantes da conta de luz”, diz Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar. Entre 2015 e 2021, o consumidor residencial amargou um aumento médio anual de 16% em suas despesas com energia elétrica, segundo a Abraceel. (Valor Econômico – 30.05.2022)

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3 Produção de energia da usina Jirau cresce 4,5% de janeiro a abril

Num ano marcado por um início de chuvas antecipado na região Norte, a hidrelétrica Jirau, localizada no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), produziu 4,5% mais entre janeiro e abril de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. A produção da usina no primeiro quadrimestre deste ano somou 8.873.629,91 MWh, quantidade suficiente para abastecer 60,9% da carga da Região Norte do Brasil, destacou a empresa que opera a hidrelétrica. Jirau é a 4ª maior usina geradora de energia elétrica do Brasil em capacidade instalada, com 3.750 MW de potência, o que representa 3,7% de toda a capacidade instalada hidrelétrica do País. (BroadCast Energia – 30.05.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Enel: Lançamento de nova empresa com foco na recarga de VEs

A Enel lança no Brasil sua nova linha global de negócios totalmente dedicada à mobilidade elétrica e sustentável: a Enel X Way. O foco da nova plataforma de inovação do grupo é o desenvolvimento da eletrificação por meio da mobilidade elétrica, da recarga de veículos elétricos e de tecnologias e soluções para melhorar a experiência dos usuários. O responsável pela Enel X Way Brasil, Paulo Roberto Maisonnave, disse que o objetivo da companhia é revolucionar a mobilidade pela eletrificação. Para acompanhar o potencial de crescimento desse mercado no Brasil e no mundo, a Enel X Way estruturou uma rede global de fabricação de equipamentos de recarga produzidos com tecnologia exclusiva para a companhia. No Brasil, a nova empresa atuará em soluções para recarga, na prestação de serviços e no desenvolvimento e gestão da tecnologia para fabricantes de veículos, empresas e clientes finais. A Enel X Way Brasil pretende desenvolver um completo ecossistema de recarga para todos os tipos de veículos elétricos integrando diversos momentos da jornada do cliente de forma simples e conveniente. (Petronotícias – 30.05.2022)

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2 GreenV oferece capacitação em mobilidade elétrica para comunidade em São Paulo

A startup GreenV vai oferecer um curso gratuito para capacitar pessoas de baixa renda em São Paulo para trabalhar no setor de mobilidade elétrica. Os interessados devem participar do evento de apresentação no sábado, 4, no Capão Redondo (Zona Sul da capital paulista), a partir das 14h. Neste dia, será apresentada a palestra “Introdução à Eletromobilidade” e, depois, serão selecionadas 30 pessoas para um curso completo e gratuito sobre instalação de pontos de recarga para carros elétricos. O programa tem carga horária de 36h e as aulas acontecerão em quatro finais de semana, das 9h às 17h. Podem participar pessoas com mais de 16 anos. Ao final do curso, os alunos que comparecerem em ao menos três aulas e tiverem rendimento acima de 90% receberão certificado de conclusão. Chamado de “Corrente GreenV”, o projeto tem como objetivo preparar pessoas em situação de vulnerabilidade social para entrar no mercado de trabalho voltado à mobilidade elétrica, que cresce cada vez mais no Brasil, como forma de gerar renda e melhorar a vida de suas famílias. Segundo a GreenV, a expectativa é encontrar interessados em entrar no mercado da eletromobilidade e inseri-los em programas de estágio da empresa. O curso é parte da GreenV Academy, centro de ensino online dedicado ao estudo e treinamento do mercado de mobilidade elétrica. (Automotive Business – 30.05.2022)

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3 Hyundai: Investimento robusto em carros elétricos

A Hyundai anunciou que vai investir cerca de US$ 16,5 bilhões em carros elétricos até 2030, para a expansão de seus negócios em sua terra natal, Coreia do Sul. Esse passo está totalmente em linha com os planos elétricos da empresa (que também é dona da marca Kia e da luxuosa Genesis), naquilo que diz ser um compromisso com “a sustentabilidade através da eletrificação e com o apoio às economias onde opera”. A Hyundai pretende ter 1,44 milhões de carros movidos a eletricidade na Coreia do Sul em oito anos. Esse volume estaria no montante global da Hyundai de vender 3,23 milhões de carros totalmente elétricos anualmente, também até 2030. Só para o mercado americano, um investimento de US$ 5,5 bilhões em instalações nos EUA está sendo planejado (especificamente, no estado da Georgia). Esse movimento é parte de um total de US$ 7,4 bilhões em investimentos da montadora coreana até 2025 no país. Cerca de 300 mil unidades da marca devem ser produzidas anualmente em suas novas instalações americanas, conforme a empresa traz em um release oficial, acompanhados de cerca de 8.100 novos empregos. Os trabalhos devem começar no primeiro semestre de 2025, envolvendo uma ampla gama de modelos elétricos, além de desenvolvimentos em baterias. O Grupo Hyundai pretende se tornar um dos três principais fornecedores de veículos elétricos nos EUA até 2026. (Olhar Digital – 30.05.2022)

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Inovação

1 Brasil pode ter o menor custo mundial de hidrogênio verde

O Brasil pode se tornar uma potência em hidrogênio verde, um mercado que poderá movimentar US$ 200 bilhões em 20 anos, segundo estudo da McKinsey. Com vento, sol, recursos hídricos, o país tem a possibilidade de produzir energia renovável 24 horas por dia, sete dias da semana. Como o Brasil possui uma matriz energética composta por cerca de 85% de energia renovável, principalmente hidrelétrica, mas com presença crescente de energia eólica, solar e de biomassa, e um sistema interligado robusto de transmissão, pode, segundo especialistas, ter o custo mais competitivo do mundo. “A guerra entre Ucrânia e Rússia acelera a transição, enquanto os países e empresas buscam descarbonizar suas atividades”, diz André Clark, vice-presidente sênior para o hub América Latina da Siemens Energy e diretor geral da Siemens Energy Brasil. Clark enxerga duas ondas de expansão do hidrogênio verde. A primeira, de curto e médio prazo, já está em andamento. São indústrias químicas, siderúrgicas e mineradoras que têm projetos para modernizar seu processo e reduzir a emissão. Fabricação de uma pelota de minério de ferro sem carvão, um combustível de aviação mais verde, refinarias já existentes que passam por modernização para usarem hidrogênio verde, caso por exemplo, da Colômbia. (Valor Econômico – 30.05.2022)

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Energias Renováveis

1 Produção de painéis solares no Brasil ainda não é competitiva

A expansão do parque fotovoltaico brasileiro se dá por meio de importação de painéis solares provenientes da Ásia, principalmente da China, Vietnã e Malásia. Estimativas de agentes do mercado indicam uma participação dos módulos solares importados superior a 95% da demanda. Os 5% restantes dos módulos são montados no Brasil, mas utilizando células de sílico importadas. No primeiro trimestre de 2022, as importações de painéis solares somaram US$ 1,4 bilhão, total 193% superior ao mesmo período do ano passado. Em 2021, as importações totalizaram US$ 2 bilhões, segundo dados da startup especializada em comércio exterior Logcomex. “O mundo todo depende de equipamentos fotovoltaicos asiáticos, o Brasil não é exceção”, diz Pedro Paulo Alves, gerente geral para a América Latina da Canadian Solar, empresa de origem canadense que mantém parque fabril em Suzhou, na China, com capacidade de produção anual de placas fotovoltaicas suficientes para gerar 25 GW de energia. “Em menos de oito meses de produção seríamos capazes de abastecer todo o parque instalado brasileiro, que soma 15 GW”, diz Alves. A capacidade total do conjunto dos fabricantes chineses soma 180 GW anuais. “Com essa escala, é difícil algum país montar um parque fabril concorrente”, afirma o gerente geral da Canadian Solar. “Nem os Estados Unidos, que taxam os equipamentos chineses em 35%, conseguiram”. (Valor Econômico – 30.05.2022)

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2 CTG: Inauguração de planta solar em SC

A CTG Brasil inaugurou hoje uma planta solar de módulos bifaciais, capazes de gerar energia com radiação direta do sol e refletida pelo solo. O projeto recebeu investimento de R$ 7,2 milhões. O projeto foi desenvolvido no âmbito do Projeto de P&D da Aneel, em parceria com a UFSC, a Universidade Estadual de São Paulo Ilha Solteira e o Senai. A capacidade de geração da usina não foi informada. A Planta Solar está localizada no Laboratório de Energia Solar Fotovoltaica da UFSC, em Florianópolis (SC), e irá contribuir para o desenvolvimento do setor de energia no Brasil por meio da avaliação de desempenho da tecnologia fotovoltaica em diferentes condições de solo e clima brasileiro. (Broadcast Energia – 27.05.2022)

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3 DMEGC Solar é mais uma vez reconhecida com a Top PV Brand pelo quinto ano consecutivo

A fabricante de módulos fotovoltaicos recebeu o selo Top PV Brand 2022 concedido pelo instituto de pesquisa EUPD Research , um "criador de tendências no setor". É o quinto ano consecutivo, desde 2018, que a DMEGC Solar recebe este prémio que reconhece a qualidade dos seus produtos solares. Os resultados da Marca Top PV baseiam-se numa pesquisa e análise aprofundada realizada por instaladores e distribuidores no mercado mundial para identificar as empresas fabricantes que, na sua opinião, atingem um desempenho destacado em termos de qualidade do produto, força de vendas de produtos e satisfação com a marca. O prémio é uma demonstração do elevado nível de reconhecimento e satisfação dos clientes europeus, bem como da posição de liderança de mercado e forte influência da DMEGC Solar. Nas palavras de Xu Qiao, Diretor Executivo da DMEGC Solar para a Europa, “ganhar o prêmio Top PV Brand é o resultado do nosso compromisso de longo prazo com a qualidade do produto e serviço. No futuro, continuaremos a aumentar nosso investimento em P&D e inovação para oferecer produtos e serviços de alta confiabilidade e valor aos nossos clientes, e trabalharemos com eles para promover a transição energética global que nos leva a um futuro descarbonizado”. (Energías Renovables - 31.05.2022)

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4 Consum/Endesa: PPA de 75 MW para os próximos 10 anos

A Endesa e a rede de supermercados Consum firmaram um contrato de fornecimento de longo prazo que incorpora um Contrato de Compra de Energia (PPA) que fornecerá, pelos próximos 10 anos, energia totalmente renovável para atender 50% da demanda de energia elétrica da rede supermercadista. O contrato de fornecimento de longo prazo entrará em vigor em 1º de janeiro de 2023 e consiste em um bloco de 75 MW com perfil solar que cobrirá aproximadamente 50% da demanda de eletricidade de Consum, equivalente ao consumo de quase 76.000 residências. A energia solar virá do portfólio de instalações solares da Enel Green Power España, subsidiária de energias renováveis da Endesa. (Energías Renovables - 27.05.2022)

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5 Preço de energia eólica já é inferior ao de hidrelétricas

A indústria eólica brasileira deve obter neste ano o maior e melhor resultado desde que começou a gerar energia elétrica com a força dos ventos, em 2005. A Abeeólica informa que a capacidade adicional fornecida até dezembro vai se aproximar de 5,5 GW, superando o recorde histórico de 2021, quando foram adicionados 3,8 GW. Com isso, a capacidade instalada do setor eólico (onshore) deve encerrar em dezembro com 27,14 GW, potência acima dos 21,56 GW observados ao final do ano passado. Esses resultados acompanham o boom da indústria eólica global, que em 2021 teve seu segundo melhor ano, com quase 94 GW de capacidade adicionada, ficando atrás apenas dos 95,3 GW em 2020, quando havia mostrado uma potência adicionada 50% superior à de 2019. Nessa transição e avanço das energias renováveis, que têm ajudado o mundo a evitar mais de 1,2 bilhão de toneladas de CO2 por ano, o Brasil já é o 7º no ranking mundial de capacidade instalada em energia eólica. Dez anos atrás, o país era o 15º. (Valor Econômico – 30.05.2022)

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6 EDP Renováveis: PPA de 124 MW de energia eólica na PB

A EDP Renováveis, quarto maior produtor mundial de energias renováveis, conquistou dois contratos de compra de energia (PPA, na sigla em inglês) de 15 anos no leilão de energia brasileiro A-4 2022 para vender a energia limpa produzida por 93 MW de uma capacidade total de 124 MW de um novo projeto eólico. O projeto eólico está localizado no estado da Paraíba e deverá entrar em operação em 2025. Com estes novos projetos, a EDPR tem agora 2,2 GW de capacidade assegurada na América do Sul e uma capacidade global assegurada de 9,8 GW. (Energías Renovables - 30.05.2022)

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7 Colômbia: Construção de parque eólico de 205 MW

No departamento de La Guajira, na Colômbia, está em andamento a construção dos parques eólicos que o governo nacional vem promovendo no marco do que se conhece como transição energética. Atualmente, está em curso as obras de instalação do parque eólico Windpeshi, localizado na jurisdição dos municípios de Uribia e Maicao, que terá uma capacidade de 205 MW, graças aos 41 aerogeradores que serão instalados numa área cerca de 6.200 hectares. O projeto está a cargo da empresa Enel Green Power, que em 2018 inaugurou o parque solar El Paso (86,2 MW) e atualmente está construindo o projeto fotovoltaico La Loma (187 MW) no departamento de César. (REVE - 28.05.2022)

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8 Siemens Gamesa/Greenalia: Instalação de 110 MW em energia eólica na Espanha

A fabricante germano-espanhola fornecerá e instalará os aerogeradores para os parques eólicos Campelo, Bustelo e Monte Toural, promovidos pela Greenalia nos municípios de Coristanco, Santa Comba e Carballo. Haverá um total de 22 aerogeradores SG 5.0-145, que a Siemens Gamesa classifica como "muito adequado para locais com ventos de nível médio". No total, serão 110 MW instalados. Os contratos celebrados relativos a estes três parques (de fornecimento e instalação) incluem ainda os respectivos contratos de manutenção a longo prazo por um período de 25 anos, conforme explicado num comunicado da Siemens Gamesa, que prevê o início das operações destas instalações "para o final de 2023". (Energías Renovables - 30.05.2022)

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9 GreenVolt: Construção do primeiro parque eólico na Islândia

A GreenVolt – Energias Renováveis, S.A, através da sua subsidiária V-Ridium, chegou a um acordo para entrar no mercado islandês das energias renováveis. A empresa fechou a compra de um projeto para o desenvolvimento de um parque eólico que terá uma capacidade instalada de 90 MW. Espera-se que este parque eólico seja o primeiro projeto em escala de utilidade construído na Islândia, país que tem sido um exemplo mundial na promoção da geração de energia a partir de fontes renováveis. Com os 90 MW de capacidade em desenvolvimento, a Islândia garante que continuará a atender às suas necessidades de energia a partir de fontes 100% renováveis no futuro. (REVE - 27.05.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Comissão debate a política de uso de termoelétricas movidas a gás natural

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados debate na terça-feira, 31/05, a política de uso de termoelétricas movidas a gás natural. A audiência pública atende a requerimento do deputado Elias Vaz. Segundo o parlamentar, há uma intensa movimentação dos setores ligados à distribuição de gás natural no Brasil na busca por fontes de financiamento de novos gasodutos e “várias manobras estão em curso e instrumentos legislativos que beneficiam esse segmento já chegaram a ser aprovados”. “Ocorre que os gasodutos são obras de grande impacto econômico-financeiro, além de oferecer riscos ambientais”, afirma. Ele argumenta que a opção pelo uso do gás natural na política energética demanda a criação de uma mesa de discussões com os diversos segmentos da sociedade, para que todos os interesses em jogo possam ser ponderados e balanceados, especialmente o dos consumidores. (Câmara Notícias – 31.05.2022)

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2 Em recurso, Abrace pede à Aneel que suspenda permissão para térmica antiga substituir emergenciais

A Abrace apresentou recurso à Aneel pedindo a suspensão imediata de medida cautelar que permite que uma usina antiga, a termelétrica Mário Covas, opere no lugar de empreendimentos contratados no leilão emergencial. De acordo com a entidade, a decisão do regulador traz risco iminente aos consumidores e fere o edital do certame. No pedido, ressalta que as regras estabelecidas pelo governo determinam que os empreendimentos devem entregar energia ao sistema de 1º de maio a 31 de dezembro de 2025, sob pena de aplicação de penalidades, em casos de não cumprimento dos contratos firmados. Com a medida cautelar, as empresas não serão multadas pelos atrasos nas obras. Afirma também que, além dos consumidores não receberem os recursos das multas para mitigar aumentos tarifários, terão que arcar com o pagamento de uma energia desnecessária e cara. Pelas estimativas da entidade, os consumidores vão pagar, por meio de encargo, aproximadamente R$ 11 bilhões por ano para o despacho dos empreendimentos contratados no leilão. (BroadCast Energia – 30.05.2022)

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3 Rússia cortará fornecimento de gás à holandesa GasTerra

A estatal russa Gazprom declarou que irá interromper o fornecimento de gás à holandesa GasTerra a partir de 31/05. De acordo com comunicado da GasTerra, a decisão foi feita depois de a companhia holandesa ter afirmado que não atenderia às exigências do presidente russo, Vladimir Putin, de pagar o combustível em rublos. A empresa holandesa afirmou que não atenderá as exigências de pagamento para não arriscar violar as sanções impostas pela União Europeia, devido à guerra da Rússia na Ucrânia, além de haver muitos riscos financeiros e operacionais ligados à rota de pagamento. O corte de oferta significa que entre agora e 1º de outubro, quanto o contrato se encerra, aproximadamente 2 bilhões de metros cúbicos de gás contratados não serão entregues. A GasTerra afirma que previu tal medida e comprou gás de outros fornecedores. (BroadCast Energia – 30.05.2022)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Abertura do mercado livre deve impulsionar negócios

Um impulsionador das fontes renováveis tem sido o mercado livre de energia elétrica, que responde por cerca de um terço da carga do país, mas ainda está restrito a um pequeno universo: dez mil empresas e 26 mil unidades consumidoras. A Abraceel aponta que 83% dos 45 GW de energia elétrica centralizada que estão em fase de construção no Brasil e previstos para entrar em operação até 2026 estão vinculados ao mercado livre de energia. O segmento poderá passar por uma mudança de paradigma, caso seja aprovado o Projeto de Lei 414, que pode ser votado ainda neste primeiro semestre. Sua aprovação permitiria que todos os brasileiros pudessem escolher o fornecedor de energia elétrica 42 meses após a aprovação da lei. A dúvida é sobre os possíveis jabutis que podem ser incorporados, seja no texto original, seja em plenário. Apesar das indefinições em relação ao trâmite e à aprovação do projeto de lei, a abertura do mercado livre para as residências e pequenas empresas é uma tendência. (Valor Econômico – 30.05.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Ana Eduarda Oliveira, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Maria Luísa Michilin, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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