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IFE: nº 50 - 30 de março de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Japão: Motivadores para o incentivo aos VEs
2 Califórnia: Incentivos para eletrificação de frotas
3 Brasil: Especialistas veem necessidade de atuação governamental para ME
4 Desafios da eletrificação e parceria dos setores público e privado
5 Índia: Preparação de 'mega plano' de incentivos para VEs
6 Cidade alemã concede até US$ 1.200 em subsídios para VEs
7 Europa: Montadoras não serão bem-vindas se não mudarem radicalmente

Inovação e Tecnologia
1 Wood Mackenzie: A eletrificação no segmento de veículos comerciais
2 Wood Mackenzie: Mercado de equipamentos de carregamento de veículos elétricos comerciais em 2050
3 Opel lança carregador universal para VEs
4 Volkswagen fabricará baterias no continente europeu
5 BMW: Estratégia para eletrificação de veículos
6 BMW: Meta de redução de 80% das emissões do grupo até 2030
7 Uber inicia serviço de VEs em Londres
8 DHL Express investirá em VEs para zerar emissões e aumentar eficiência

9 Clientes podem comprar VEs da Tesla com Bitcoin

Indústria Automobilística
1 Eletrificação de Veículos Comerciais na Europa
2 Alemanha: panorama geral da mobilidade elétrica no país
3 EUA: Até 2030, frota de VEs pesado deverá corresponder a 12%

4 Con Edison nos EUA anuncia primeiro caminhão com cesto para manutenção da rede elétrica

5 Brasil: Especialista pede cuidado com a transição para VEs

6 Estratégia de VEs convincente atrai investidores

7 Volkswagen não vai mais desenvolver novos motores a combustão

8 Demanda por gasolina tende a cair com a eletrificação
9 Europa: VEs crescem em meio a queda do mercado automotivo
10 Ambipar adquire VE para testes
11 Dacia Spring EV chega a Portugal com o preço mais baixo do mercado
12 SEAT: elétrico urbano a partir de 20 mil euros

Meio Ambiente
1 Pressão para diminuir CO2 na produção de alumínio para VEs
2 Renault: parceria para reciclar metais de baterias de VE

Outros Artigos e Estudos
1 Fundep reune especialistas para debater o futuro dos VEs no Brasil


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Japão: Motivadores para o incentivo aos VEs

O Japão se destaca pelo seu pioneirismo na indústria de VEs. Um estudo realizado em 2014 constatou que os modelos e montadoras japonesas eram as mais presentes no mercado mundial e o modelo Nissan Leaf liderou as vendas do país, com uma parcela de 52% do total. No mesmo ano, o país obtinha 6 montadoras e 16 modelos comercializáveis, perdendo apenas para a China, com 14 fabricantes e 22 modelos ofertados. Dentre as motivações para o incentivo a esses veículos no país, se destacam i) problemas ambientais; ii) saúde pública; iii) crise do petróleo: os efeitos da crise de 1973 tornaram notória a dependência japonesa pela importação de combustíveis fósseis; e iv) desenvolvimento da indústria automobilística japonesa: a nova tecnologia abriu oportunidades ao desenvolvimento de empresas japonesas, portanto, os estímulos buscam levar esse setor à liderança econômica e tecnológica. (Promobe – Fevereiro de 2018)

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2 Califórnia: Incentivos para eletrificação de frotas

A Califórnia está entre os principais estados que estão promovendo a transição de frotas dos setores público e privado para veículos elétricos e com emissão zero. Esses esforços incluem regulamentações para garantir que os veículos estejam disponíveis e incorporados às frotas, incentivos para tornar a mudança para tecnologias mais limpas mais viável e atividades de educação / divulgação para aumentar a conscientização das frotas sobre os benefícios dos veículos com emissão zero e como fazer a mudança , disse Hannah Goldsmith, consultora líder em Desenvolvimento de Mercado de Veículos com Emissão Zero no Gabinete de Desenvolvimento Econômico e Comercial do Governador da Califórnia (GO-Biz). Com sua reputação de estar na vanguarda dos veículos não poluentes e com emissão zero, a frota estadual da Califórnia e muitas empresas privadas também têm aumentado a implantação de veículos com emissão zero. (Charged Fleet – 17.02.2021)

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3 Brasil: Especialistas veem necessidade de atuação governamental para ME

Em um debate realizado pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) na semana passada, especialistas demonstraram preocupação com a atuação governamental a respeito dos VEs. Erwin Franieck, mentor de pesquisa, desenvolvimento e inovação na SAE Brasil afirma que “os incentivos para a eletrificação devem respeitar as características que o país tem”. Por isso, ele vê a necessidade de criar um marco regulatório que mostre o caminho claro. Eduardo Muñoz, CEO da Bravo Motor Company, frisou a importância de políticas de incentivo. “Acredito que países como o Brasil precisam se concentrar em liberar tributos. A única forma que nós temos de promover a atividade é deixar de taxá-la para que possa concorrer de uma forma mais justa. E seria importante começar a penalizar as emissões”, elencou. Segundo Gábor Deák, diretor de tecnologia do Sindipeças (entidade que representa os fornecedores de autopeças e componentes), sem uma política abrangente para a mobilidade elétrica, a situação será de “crescimento espasmódico, com avanços em alguns lugares e em outros não”. (Automotive Business – 19.03.2021)

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4 Desafios da eletrificação e parceria dos setores público e privado

Especialistas apontam que futuramente o preço de VEs será inferior ao de veículos a combustão, porém sem uma boa infraestrutura de recarga, bons sistemas de pagamento e o fornecimento de energia suficiente para essa transição, a eletrificação será um processo lento. Além disso, uma mudança de comportamento para as novas dinâmicas de uso e de recarga da tecnologia também serão necessárias para a boa adesão de VEs em empresas. Os desafios são vários, porém para o sucesso da tecnologia, empresas e autoridades públicas devem criar juntas boas condições para aproveitar o momento e acelerar a transição. (InnovatorsMag – 29.03.2021)

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5 Índia: Preparação de 'mega plano' de incentivos para VEs

A Índia quer forçar sua entrada no jogo global dos carros elétricos. Após cortejar descaradamente Elon Musk, o governo liderado por Narendra Modi decidiu lançar um mega plano de incentivos no valor de 8 bilhões de dólares em cinco anos para atrair investimentos de fabricantes de automóveis e de componentes ao país. Com foco, evidentemente, na eletrificação. O projeto, que será anunciado ao mundo nas próximas semanas, foi parcialmente antecipado pela Reuters e espera atrair nada menos que US$ 14 bilhões em novos investimentos para a Índia. Uma quantia que, de acordo com o plano, se traduzirá na criação de 5,8 milhões de empregos e um aumento de receita de US$ 4 bilhões no período de cinco anos. (Inside EVs – 23.03.2021)

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6 Cidade alemã concede até US$ 1.200 em subsídios para VEs

Eckart Würzner, o prefeito de Heidelberg, cidade localizada ao sul da Alemanha, dá aos moradores que compram um veículo movido a bateria um bônus de até US$ 1.200. E mais US$ 1.200 se instalarem um posto de carga de baterias. Mas os VEs estão no final da lista de recursos que Würzner vem usando para reduzir o impacto de Heidelberg sobre o clima. O objetivo do prefeito é reduzir a dependência dos carros, não importa de onde vem sua energia. Heidelberg está comprando uma frota de ônibus movidos a hidrogênio, criando uma rede de supervias para bicicletas nos subúrbios e projetando bairros para desencorajar o uso de carros e incentivar a caminhada. Os moradores que renunciarem a seus carros podem usar o transporte público gratuitamente por um ano. “Se precisar de um carro, use o car-sharing (aluguel de carro)”, disse Würzner.

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7 Europa: Montadoras não serão bem-vindas se não mudarem radicalmente

As promessas de uma abstinência do combustível fóssil feitas pelas montadoras, incluindo GM, Ford Motor e Jaguar Land Rover, são um reconhecimento tácito de que não mais serão bem-vindas nas cidades se não mudarem radicalmente. Dezenas de cidades na Europa, como Roma, Londres e Paris, planejam autorizar na próxima década o trânsito no centro da cidade somente de veículos que não emitem gás carbônico. Outras como Estocolmo e Stuttgart, sede da Mercedes-Benz, já proíbem o tráfego de veículos a diesel mais antigos. Governos nacionais vêm se juntando à pressão. Irlanda, Holanda, Suécia e Eslovênia proibirão vendas de carros com motores de combustão interna a partir de 2030. Grã-Bretanha e Dinamarca também o farão em 2035, permitindo somente veículos híbridos depois de 2030, e Espanha e França em 2040. (O Estado de São Paulo – 27.03.2021)

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Inovação e Tecnologia

1 Wood Mackenzie: A eletrificação no segmento de veículos comerciais

A eletrificação de veículos comerciais está à beira de um crescimento exponencial, impulsionado por políticas climáticas e metas de descarbonização. Financiamento governamental e regulamentos de veículos com emissão zero são fortes impulsionadores para a adoção dessa tecnologia no segmento, reduzindo seu custo. Kelly McCoy, Wood Mackenzie Research Associate, disse: “No contexto mais amplo dos VEs, é importante prestar atenção em como o segmento de carregamento comercial evolui. As partes interessadas estão colaborando e sendo mais pró-ativas do que no segmento de VEs de passageiros para desenvolver novas estratégias de carregamento, produtos e soluções.” (Wood Mackenzie – 10.03.2021)

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2 Wood Mackenzie: Mercado de equipamentos de carregamento de veículos elétricos comerciais em 2050

De acordo com pesquisa da Wood Mackenzie, o apoio político à eletrificação de veículos comerciais fará com que o valor de mercado anual de pontos de carregamento de ônibus elétricos e caminhões ultrapasse a marca de US $ 200 bilhões até 2045. A pesquisa aponta ainda que as instalações anuais de carregadores aumentarão ao longo do período de previsão, passando de 200.000 em 2020 para mais de um milhão em 2050. No entanto, uma mudança para carregamento mais potente, desenvolvimento de redes públicas de carregamento para caminhões ou carregamento em rota para ônibus, e estratégias de gerenciamento de frota mais eficientes resultarão em menos carregadores precisando ser instalados em 2050. Por fim, a pesquisa ressalta que embora as instalações de caminhões leves e médios estejam em andamento em todo o mundo, não se espera que a eletrificação de caminhões pesados chegue a todos os mercados até 2028. (Wood Mackenzie – 10.03.2021)

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3 Opel lança carregador universal para VEs

A Opel anunciou o lançamento de um carregador universal que se adapta à grande maioria das tomadas. Seja numa ‘wallbox’, num posto de carregamento rápido ou numa tomada doméstica, todos os automóveis eletrificados da Opel estão aptos para todas as opções de carregamento, do sistema monofásico ao sistema trifásico de corrente alternada de 11 kW. Segundo a Opel, o carregador Universal reúne as funções dos cabos “Modo 2” e “Modo 3” com vários adaptadores num único dispositivo. Desta forma, o utilizador pode ligar o carregador a praticamente todos os tipos de tomadas domésticas específicas de cada país. Este carregador universal é, assim, ideal para os utilizadores que habitualmente recarregam a bateria do seu automóvel durante a noite, em casa, e que, ocasionalmente, fazem viagens mais longas e precisam de recarregar em postos diversos. O carregador está disponível pelo preço recomendado de venda ao público de 1400 euros. (Multi News – 26.03.2021)

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4 Volkswagen fabricará baterias no continente europeu

Um plano consistente e audacioso de produzir baterias para VEs dentro do próprio continente europeu para evitar dependência de fornecedores externos foi anunciado pela VW nesta semana. Serão seis as fábricas, a primeira na Suécia (2023) e a segunda na Alemanha (2025). As outras ficarão prontas até 2030. Todas funcionarão a partir de fontes renováveis para neutralizar as emissões de CO2. A empresa não revelou o investimento total, mas também atuará na reciclagem. Thomas Schmall, do Conselho de Administração do grupo, disse que os custos das baterias, com um novo tipo de célula em desenvolvimento, serão bastante reduzidos. Também pontuou que em meados desta década as baterias de estado sólido estarão, finalmente, viabilizadas e assim darão segurança para uma transição. O Grupo VW, porém, continuará a lançar tanto modelos elétricos quanto híbridos ao longo dos próximos cinco a dez anos. (iCarros – 23.03.2021)

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5 BMW: Estratégia para eletrificação de veículos

O Grupo BMW está determinado a acelerar o ritmo na frente de inovação e tecnologia. Foram estabelecidas metas de longo prazo para a BMW e a MINI, a partir de agora até 2030, e mobilidade elétrica e inovação serão a base em torno do qual toda a atividade será direcionada. A estratégia terá início com o "Projeto i", que inclui uma série de inovações em termos de tecnologia de bordo. Outro caminho para a eletrificação da BMW concentra-se no trem de força, que terá como objetivo renovar rapidamente a gama com versões e modelos equipados com diferentes níveis de eletrificação. A meta da BMW é chegar a 12 VEs até 2023. Em essência, a BMW quer ter pelo menos uma variante elétrica para 90% de seus modelos até 2023. Essa fase atingirá seu pico em 2025, quando a montadora estima que as vendas de VEs terão crescido 10 vezes em comparação com 2020. Nesta data, a marca alemã estima que cerca de 2 milhões de VEs BMW ou MINI estarão circulando ao redor do mundo. (Inside EVs – 20.03.2021)

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6 BMW: Meta de redução de 80% das emissões do grupo até 2030

O Grupo BMW estabeleceu meta para acelerar o ritmo na frente de inovação e tecnologia. A última parte da estratégia de transição energética da marca terá início na segunda metade da década. A partir de 2025, a empresa trabalhará para desenvolver uma arquitetura de TI refinada, uma nova geração de motores elétricos e baterias e para otimizar a sustentabilidade dos automóveis em todas as fases do ciclo de vida do produto, com foco na reciclagem e nas fontes renováveis. Em 2030, a empresa terá reduzido suas emissões de CO2 em 80% em relação a hoje. Pretende-se também atingir o padrão de modelos com motores a combustão em termos de autonomia e custos de produção. Como resultado, a oferta de motores a diesel e gasolina diminuirá rapidamente e, em 2030, pelo menos metade dos carros vendidos terá emissão zero. A nível industrial, a partir de 2024, a produção de motores térmicos será transferida de Munique para Steyr, Áustria, e Hams Hall, Reino Unido. (Inside EVs – 20.03.2021)

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7 Uber inicia serviço de VEs em Londres

Os passageiros clientes da Uber que utilizam os serviços na parte central de Londres podem agora solicitar VEs para realizar suas viagens. O “Uber Green” é o novo serviço disponível para viagens partindo da “London’s zone 1” e é fruto da missão da empresa de se tornar uma plataforma totalmente zero emissões até 2040. Os motoristas terão uma taxa de serviço reduzida equivalente a 15% como incentivo. Apenas 1.600 motoristas possuem VEs em Londres de uma frota total de 45 mil veículos. Para incentivar essa adesão, a empresa assinou um contrato com a Nissan para disponibilizar 2.000 VEs para compra/aluguel a preços abaixo do mercado. A Uber planeja expandir esse serviço para mais 60 cidades na Europa e EUA até o fim de 2021. (Financial Times – 28.03.2021)

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8 DHL Express investirá em VEs para zerar emissões e aumentar eficiência

A DHL Express (DHL), empresa de entregas americana, está aderindo a 9 novos modelos de vans elétricas da Lightning eMotors que possuem economia de combustível muito superior aos modelos de vans a combustão. Além disso, os novos modelos de VEs vêm com tecnologia avançada como análise de dados, softwares para otimizar trajetos e auxiliar o motorista. Serão colocadas mais 89 vans para entregas na Califórnia e em NY. Além de ser uma jogada de marketing, é também uma estratégia para aumentar a eficiência das entregas com auxílio das novas tecnologias. O projeto faz parte do plano de longo prazo da empresa de investir cerca de 7 bilhões de Euros nos próximos 10 anos para reduzir suas emissões. (CleanTechnica – 28.03.2021)

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9 Clientes podem comprar VEs da Tesla com Bitcoin

Os clientes da Tesla já podem comprar seus carros elétricos pagando com Bitcoin, afirmou o diretor executivo da montadora, Elon Musk, nesta quarta-feira (24). A fabricante de VEs disse no mês passado que investiu US$ 1,5 bilhão em Bitcoin e logo o aceitaria como forma de pagamento para carros, num grande passo em direção à aceitação popular que fez o Bitcoin disparar para um recorde de quase US$ 62 mil. A General Motors afirmou que avaliaria se o Bitcoin poderia ser aceito como pagamento por seus veículos. (O Globo – 24.03.2021)

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Indústria Automobilística

1 Eletrificação de Veículos Comerciais na Europa

Na Europa, a proporção de veículos comerciais vendidos com propulsão elétrica é de 2%, enquanto os automóveis de passageiros apresentaram uma participação de 5,9% em 2020. O foco dos fabricantes tem sido o desenvolvimento de carros de passageiros eletrificados. Além disso, do ponto de vista do subsídio, a ênfase também tem sido dada aos automóveis de passageiros. Outros fatores que potencialmente influenciam a menor penetração dos veículos comerciais elétricos são o alto custo da bateria, autonomia limitada e menor disponibilidade de modelos. Ressalta-se, no entanto, que os veículos comerciais também estão começando sua jornada de transição para a eletrificação. Todos os principais OEMs aumentaram e aumentarão suas propostas nos mercados nos próximos anos, com os requisitos obrigatórios para cumprir as metas ambientais. (Charged Fleet – 26.03.2021)

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2 Alemanha: panorama geral da mobilidade elétrica no país

A Alemanha possui o maior superávit comercial do mundo, e a indústria automotiva representa um dos principais produtos exportados pelo país. Aproximadamente um terço dos automóveis de passageiros registrados na UE foi fabricado na Alemanha, sendo este último o principal formulador de políticas de transporte na UE e ainda possuidor do maior mercado de veículos do continente. Sua indústria está entre as mais inovadoras do mundo, entretanto o mercado de VEs se mostra ainda tímido comparado aos grandes fabricantes de 2016. Em estoque desses veículos, o país ocupou a oitava colocação mundial, com 72.730 unidades. No total de vendas ficou em sétimo, com 24.610 VEs. Quanto ao número de estações públicas para recarga lenta (24.610 unidades) e rápida (1.403), o país ocupou a sexta e a quinta colocação, respectivamente. (Promobe – Fevereiro de 2018)

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3 EUA: Até 2030, frota de VEs pesado deverá corresponder a 12%

Os principais obstáculos que a indústria automotiva de VEs enfrenta são escala, faixa de preço e tecnologia de bateria, além do desafio de construir uma rede de estações de carregamento. Nos EUA, a indústria de VEs pesados enfrenta esses problemas e mesmo o frete no país cobrindo distâncias praticáveis aos VEs, a infraestrutura de carregamento ainda não se mostrou satisfatória. Apesar desses problemas, pode-se esperar que até 2030 o número de veículos de frota elétricos cresça para 12% (correspondem a 1% atualmente). Queda nos custos de baterias, parcerias na indústria, incentivos e regulações para zerar as emissões de caminhões estão contribuindo para a eletrificação. BYD, Chanje, Daimler Trucks, Nikola Motors, Rivian, Tesla, Volvo e Workhorse devem ganhar visibilidade nos próximos anos na indústria de VEs pesados. (GreenBiz – 13.01.2020)

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4 Con Edison nos EUA anuncia primeiro caminhão com cesto para manutenção da rede elétrica

A empresa americana de energia Con Edison anunciou o desenvolvimento do primeiro caminhão com cesto para manutenção totalmente elétrico do país, para ser entregue no próximo ano. Primeiro, a empresa conduzirá um programa piloto. As empresas Lion Electric. e Posi-Plus atuarão em conjunto na montagem do veículo. O caminhão será capaz de viajar cerca de 209 kms com uma única carga. Além disso, poderá recarregar a bateria em cerca de oito horas usando carregadores de nível 2. O VE manterá a capacidade de elevação do cesto a até 18 metros. A empresa Con Edison vem tomando providências para diminuir suas emissões, primeiro em veículos leves e posteriormente em veículos médios e pesados. Além disso, a companhia também vem trabalhando na instalação de infraestrutura de recarga e pontos de NY. (electrek – 24.03.2021)

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5 Brasil: Especialista pede cuidado com a transição para VEs

Gábor Deák, diretor de tecnologia do Sindipeças (entidade que representa os fornecedores de autopeças e componentes), pede cuidado com o discurso de que toda a mobilidade será eletrificada. “A previsão é de que, por volta de 2040, você tenha metade dos países eletrificados e metade com outras soluções. Existe mercado para ambas as opções”, disse, afirmando que os VEs atualmente atendem apenas as demandas por distâncias curtas. “Há atividades em que a eletrificação é um problema sério. Nós somos um país continental e precisamos transportar mercadorias por todo o território. A autonomia do VE não atende”, diz Deák. A fala do especialista defendeu a preservação do setor de mobilidade a combustão, que é consolidado no Brasil. “Na Europa, a tendência é a eletrificação, mas não acho que as montadoras e as autopeças estejam contentes, elas estão sofrendo uma imposição do governo. O que nós defendemos no Brasil são mudanças ordenadas visando autonomia, emprego, custo, mão de obra e tudo mais”, afirmou. (Automotive Business – 19.03.2021)

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6 Estratégia de VEs convincente atrai investidores

Os fabricantes de automóveis convencionais há muito estão à sombra da Tesla, cujo valor de mercado continua duas vezes maior que o de VW, GM e Ford juntas. Mas, à medida que as empresas estabelecidas aprofundam seu compromisso com os VEs, elas estão começando a conquistar os investidores. Como resultado da maior confiança nos planos das montadoras convencionais, analistas do setor dizem que as ações dessas empresas estão passando por uma reavaliação. Enquanto isso, os papéis da Tesla caíram cerca de 7% neste ano. Uma pesquisa com investidores feita pela Bernstein Research, uma corretora de valores, mostrou que 75% dos entrevistados disseram que uma mensagem clara e uma estratégia de VEs convincente era muito importante ou crítica na tomada de decisões de investimento. Tão rapidamente quanto os fabricantes de automóveis tradicionais conquistaram o amor dos investidores globais, eles podem facilmente perdê-lo de novo se não cumprirem as promessas de construir e vender milhões de VEs com um lucro comparável ao de seus negócios atuais, analistas avisam. (Valor Econômico – 19.03.2021)

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7 Volkswagen não vai mais desenvolver novos motores a combustão

A Volkswagen afirmou que não vai mais desenvolver novos motores a gasolina e a diesel. No entanto, isso não quer dizer que os motores a combustão irão simplesmente desaparecer. Ao invés disso, a montadora planeja aproveitar as unidades disponíveis atualmente em uso e atualizá-las para os novos padrões de emissões, como o Euro 7. O executivo também admite que a receita das vendas de carros a gasolina e diesel ainda são fundamentais para financiar o grandioso plano de transição energética da Volkswagen. Com metas ambiciosas, o plano estratégico "ACCELERATE" irá promover a multiplicação dos VEs no portfólio da marca, bem como o desenvolvimento de uma plataforma elétrica mais moderna e com baixo custo de produção, soluções de software e serviços online para a nova frota. (Inside EVs – 22.03.2021)

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8 Demanda por gasolina tende a cair com a eletrificação

O último relatório da AIE, Agência Internacional de Energia, atesta um fato histórico: a demanda por gasolina já atingiu seu ponto mais alto e a partir de agora só tende a diminuir. Em particular, a partir dos cálculos da agência, parece que o pico foi atingido em 2019. É claro que, nos países em desenvolvimento, a demanda ainda deve crescer sustentada pela industrialização e expansão do mercado automotivo. Mas será amplamente compensado pelo aumento da eficiência dos carros com motores de combustão interna e pela crescente difusão dos VEs em nações mais avançadas. Junto com a redução do consumo devido ao aumento do trabalho remoto, que provavelmente continuará no futuro próximo, segundo analistas da maior autoridade mundial em energia, o caminho percorrido é de mão única, sem volta. (Inside EVs – 22.03.2021)

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9 Europa: VEs crescem em meio a queda do mercado automotivo

O mercado automotivo europeu em fevereiro de 2021 contraiu 20% em relação ao ano passado, mas os carros ecológicos (elétricos e híbridos plug-in) continuaram a crescer e fecharam o mês com um aumento substancial de 67%, com 115.000 registros. Em termos de participação, em um ano, os carros eletrificados passaram de 6,5% em fevereiro de 2020 para 13,6% em fevereiro de 2021. Na Noruega, chegaram a 79%. Esses resultados também são decorrentes do fato de todas as marcas aumentarem significativamente a participação do VE a bateria e do PHEV (híbrido plug-in) no mix de vendas. (Inside EVs – 29.03.2021)

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10 Ambipar adquire VE para testes

A Ambipar, multinacional especializada no desenvolvimento e aplicação de soluções voltadas à gestão ambiental, tem trazido para sua operação práticas que buscam reduzir as próprias emissões de CO2. Gabriel Estevam Domingos, diretor de PD&I, detalha como a Ambipar tem tratado a redução de CO2 por meio do programa Carbono Zero. Uma das decisões tomadas pela direção da empresa foi a troca da gasolina pelo etanol em toda a frota de veículos leves. Ainda como parte do programa, a Ambipar também decidiu recentemente investir no primeiro VE de sua frota. O veículo ainda está na fase de testes para que a Ambipar possa avaliar a necessidade de ajustes e levar o projeto para outros clientes. (Valor Econômico – 25.03.2021)

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11 Dacia Spring EV chega a Portugal com o preço mais baixo do mercado

O primeiro VE da Dacia, com o nome Dacia Spring, terá preços a partir dos 13.800 euros em Portugal, já com os apoios estatais incluídos (16.800 euros como preço base), o que o torna o veículo elétrico mais barato à venda em Portugal. Este novo modelo da Dacia estará disponível em dois níveis de equipamento, Comfort e Comfort Plus. O Dacia Spring anuncia ainda uma autonomia de 230 km em ciclo combinado WLTP, ou 305 km em ciclo urbano WLTP. (Multi News – 22.03.2021)

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12 SEAT: elétrico urbano a partir de 20 mil euros

A SEAT vai lançar um veículo elétrico urbano a partir de 20 mil euros já em 2025. A empresa apresentou recentemente o plano Future Fast Forward, com objetivo de liderar a eletrificação automóvel em Espanha. Parte da realização desse objetivo passa pela produção interna de VEs a partir de 2025. “A nossa intenção é produzir mais de 500 mil automóveis elétricos urbanos por ano em Martorell também para o Grupo Volkswagen”, diz Wayne Griffiths, presidente da SEAT. O presidente da SEAT reforça ainda a ideia de que, para transformar a indústria automóvel espanhola, tem de contar com o apoio do governo espanhol e da Comissão Europeia. (Fleet Magazine – 23.03.2021)

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Meio Ambiente

1 Pressão para diminuir CO2 na produção de alumínio para VEs

O grupo industrial americano Alcoa anunciou planos para fornecer à Audi alumínio feito com uma nova tecnologia que envolverá um processo de fundição de carbono zero. O alumínio será usado nas rodas do Audi e-tron GT. A produção de alumínio é responsável por cerca de 1 bilhão de toneladas de GEE por ano, equivalente a 2% do total emitido anualmente no mundo. A tecnologia chega em meio à crescente pressão sobre os produtores de alumínio exercida por fabricantes de VEs para que reduzam as emissões de carbono na produção do metal, de grande consumo de eletricidade. O alumínio tende a ser cada vez mais usado em carros e picapes por ser mais leve que o aço. A redução de peso permite aos VEs uma maior autonomia por carga. A Alcoa prevê que a demanda da indústria de transportes por alumínio em 2025 será 41% maior do que atualmente. (Valor Econômico – 24.03.2021)

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2 Renault: parceria para reciclar metais de baterias de VE

O Grupo Renault anunciou uma parceria com a Veolia Environnement SA e a Solvay SA que tem por objetivo a reciclagem de metais provenientes de baterias de VEs no final do seu ciclo de vida. Atualmente existe uma expectativa de que o número de VEs nas estradas, a nível mundial, chegue aos 100 milhões em 2030. Assim, “assegurar um acesso estável e responsável aos recursos utilizados nas baterias é, sem dúvida, um desafio estratégico”, diz o Grupo Renault em comunicado. Os três parceiros pretendem estabelecer uma fonte segura e sustentável de metais estratégicos para a produção de baterias, como sejam o cobalto, o níquel e o lítio. Para atingir este objetivo, as empresas pretendem alavancar a experiência de cada uma nas etapas da cadeia de valor – da recolha das baterias em fim de vida ao desmantelamento, extração dos metais e à purificação – e na evolução dos processos mecânicos e hidro-metalúrgicos já existentes, para a reciclagem das baterias. (Multi News – 22.03.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 Fundep reune especialistas para debater o futuro dos VEs no Brasil

Um debate realizado pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) na semana passada reuniu especialistas para debater o futuro dos VEs no Brasil. Entre os temas em debate, estavam algumas preocupações práticas com o novo cenário. Braz de Jesus Cardoso Filho, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMG, afirmou que a primeira coisa que podemos esperar é uma mudança no perfil do consumo de energia. “É razoável imaginar que o consumo cresça com os VEs. Imagino que a gente pague valores diferentes pela energia elétrica em diferentes horas do dia, desincentivando o consumo em determinadas horas”, projetou. Eduardo Javier Muñoz, CEO da Bravo Motor Company, diz ser importante começar a entender que a mobilidade elétrica não é a eletrificação da mobilidade que temos hoje. “É outra tecnologia e, portanto, precisa de tratamento diferente. Será uma mudança de cultura”. O CEO ainda afirmou que a eletrificação é uma questão de saúde pública. “Nós temos 8 milhões de mortos por contaminação do ar no mundo por ano”, lembrou. (Automotive Business – 19.03.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Lara Moscon, Pedro Barbosa e Victor Pinheiro
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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