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IFE: nº 5.376 - 12 de novembro de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Ações da Aneel para reduzir impactos na tarifa de energia pautam debate no PR
2 Idec critica criação de novo empréstimo para as distribuidoras de energia
3 Suspensão do RVD frustra e causa problemas operacionais para indústria
Transição Energética
1 Brasil deve criar plano verde de desenvolvimento
2 EPRI relata ação imediata e acelerada necessária em todos os setores de energia para atingir as metas de carbono dos EUA até 2030
3 Reino Unido: Financiamento para apoiar a transição energética de cidades e regiões em desenvolvimento
4 Agenda ESG tem acelerado evolução de indicadores sociais da eólica
5 Todas as termelétricas em processo de fechamento já possuem Acordo de Transição Justa
6 A transição energética está em risco devido à escalada dos preços de minerais essenciais?
7 Se 1 milhão de municípios do mundo fossem positivos para a natureza, poderíamos enfrentar as mudanças climáticas
8 Por que a energia limpa 24 horas por dia, 7 dias por semana, vence a compensação de carbono
9 COP26: Por que 3 ° C de aquecimento levará a impactos extremos e variados
10 Aqui está o que a mudança climática pode significar para sua xícara de café matinal
11 Igualdade, justiça e investimento na natureza devem estar no centro da resposta ao clima corporativo
12 Incentivos críticos que poderiam proteger a natureza e o clima
13 Limpando o ar: o que vem a seguir na América?
14 Hospital Mollet: Hospital Verde de referência internacional pelo combate às mudanças climáticas
Empresas
1
Petrobras conclui venda da Breitener Energética
2 Furnas lança edital de inovação com foco em Start Ups
3 Lucro da Copel salta 320% e chega a R$ 2,8 bi no 3° trimestre
4 Lucro ajustado da Equatorial chega a R$ 502 mi no 3º trimestre
5 Focus Energia lucra R$ 8,5 mi no 3º trimestre
6 Emae fecha 3° trimestre com lucro de R$ 32 mi
7 Lucro da Taesa recua e fica em R$ 536,9 mi
8 Light emite R$ 532 mi em debêntures de subsidiária
9 Energisa vê consumo elétrico voltar ao nível pré-pandemia
10 ESG deverá dar o tom para financiamento no futuro
11 Hidrelétrica 'sem dono' abastece fábrica da Votorantim em São Paulo
Leilões
1
Copel: Leilão de transmissão de dezembro é a atual prioridade
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Alta de energia varia de 18,2% a 40% pelo Brasil
2 PDE 2031: Consumo deve crescer 3,5% a.a na próxima década
3 Armazenamento reduz e fica em 18,5% no SE/CO
4 EDP investe em mais duas novas subestações no ES
Mobilidade Elétrica
1
Renault Kwid elétrico está confirmado para o Brasil em 2022
2 JAC lança 1ª van elétrica de passageiros do país
3 Unidas compra 100 vans elétricas
4 BH começará a testar ônibus elétrico na sexta
Energias Renováveis
1
Copel fala em leilões e solar de grande porte como prioridades
2 Demanda por construção em eólica e solar está em alta, aponta Elastri
3 Impacto da eólica no PIB aumenta 26,8% em 2020
4 Neoenergia firma contrato com a Âmbar para comercialização de energia eólica
5 Agenda ESG tem acelerado evolução de indicadores sociais da eólica
6 I-REC: A cada três certificados emitidos no Brasil, dois são eólicos
7 Embraer apresenta aeronaves com propulsão de energia renovável
Gás e
Termelétricas
1 UE: energia nuclear surge como solução para emissões de gases-estufa
2 Nuclear corresponde a 10% da energia do planeta
Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Comportamento do consumidor tem gerado novos arranjos de negócio no ACL
2 Comerc: consumidores do ACL começam a pensar em sustentabilidade
3 Empresas do ACL estão apostando em empreendimentos renováveis
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Ações da Aneel para reduzir impactos na tarifa de energia pautam debate no PR
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, moderou nesta quinta-feira (11/11) uma mesa sobre amortização das tarifas de energia, na visão de diferentes campos do setor elétrico. O debate, realizado no XII Congresso Brasileiro de Regulação, contou com apresentações de Anatalício Risden Junior, diretor financeiro executivo de Itaipu, e Maximiliano Ordália, diretor-geral da Copel Distribuição. Ao iniciar o debate, Pepitone apresentou as medidas de desoneração tarifária tomadas pela Aneel para atenuar os impactos das tarifas para os consumidores de energia elétrica. Conforme explicou o diretor-geral, a Aneel se dedica nos últimos anos à redução de três custos: os decorrentes da geração, dos subsídios e dos tributos. "Temos alguma ingerência sobre os dois primeiros, mas a parte de tributos decorre do ICMS geridos pelos estados. Assim, o que fizemos foi dar transparência às disparidades", contou Pepitone. Em suma, a medida surtiu resultados: o governo do Rio de Janeiro, cujo ICMS é o mais alto do país, reduziu o percentual do tributo para consumidores beneficiados pela Tarifa Social de Energia Elétrica. (Aneel – 11.11.2021)
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2 Idec critica criação de novo empréstimo para as distribuidoras de energia
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) avaliou como preocupante o anúncio do governo de criar um novo empréstimo bancário para as distribuidoras com o objetivo de cobrir os custos extras do setor elétrico com a geração térmica em 2021. A proposta, em discussão entre o MME, Aneel e Abradee, propõe a criação de um empréstimo que deve ficar entre R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões para recuperar o caixa das concessionárias. Os custos serão pagos no futuro pelos pequenos consumidores, no entanto, com o empréstimo, o valor será diluído ao longo do tempo, visando evitar que toda a conta extra seja repassada para a população em 2022, ano eleitoral. Para o instituto, o governo precisa trabalhar pela efetiva redução das tarifas, e não apenas ficar postergando custos. “O consumidor mal começou a pagar a conta-covid e já terá de assumir um novo empréstimo. Precisamos suspender essa prática e melhorar as regras do setor, de modo a diminuir os riscos de crises como a atual”, disse o coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Idec, Clauber Leite. (Brasil Energia – 11.11.2021)
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3 Suspensão do RVD frustra e causa problemas operacionais para indústria
A suspensão do Programa de Redução Voluntária da Demanda (RVD) por parte do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) gerou frustração e causou problemas operacionais no setor industrial, já que diversos setores eletrointensivos se mobilizaram para aderiram ao programa e agora não podem mais oferecer energia ao sistema. Associações ligadas ao setor industrial dizem que o programa foi suspenso unilateralmente pelo ONS sem que os atores envolvidos fossem ouvidos. Algumas empresas precisaram adequar a rotina de trabalho em turnos de trabalho alternativos para deslocar o consumo, agora reclamam que não podem mais disponibilizar energia. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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Transição Energética
1 Brasil deve criar plano verde de desenvolvimento
A economia de baixo carbono representa uma oportunidade para o Brasil e – seja por meio de investimentos em fontes tradicionais, como hidrelétricas, eólicas e solares, ou seja, com base em tecnologias em desenvolvimento, como o hidrogênio verde – o país tem grande potencial para se transformar em uma das principais plataformas mundiais de descarbonização. “A transição energética gera várias possibilidades para o Brasil, seja para o desenvolvimento da economia interna, seja para exportação”, afirmou André Clark, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e presidente da Siemens Energy, durante webinar promovido pela associação. O evento foi um dos episódios de uma websérie que vem sendo realizada pela entidade ao longo do segundo semestre deste ano, com o objetivo de discutir o desenvolvimento sustentável e a transição energética. O evento destacou a necessidade de modernização do sistema elétrico, as soluções para a crise hídrica e o desenvolvimento sustentável. “O Brasil pode criar um plano verde de desenvolvimento”, sugeriu Clark. (Engie – 11.11.2021)
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2 EPRI relata ação imediata e acelerada necessária em todos os setores de energia para atingir as metas de carbono dos EUA até 2030
Um novo relatório do Electric Power Research Institute (EPRI) concluiu que é necessária uma ação imediata e concertada de todos os setores de energia para que os Estados Unidos alcancem suas metas de redução de carbono para 2030. Mais importante ainda, a organização de pesquisa e desenvolvimento determinou que atingir a meta do governo Biden dentro da década exigirá triplicar o ritmo atual de descarbonização. Até agora, o setor elétrico alcançou uma redução de 35% na emissão de carbono nos últimos 15 anos, e outros setores estão começando a adotar tecnologias de energia limpa, mas ainda não é suficiente. “À medida que a redução de carbono em toda a economia muda de uma aspiração para uma expectativa, os líderes dos EUA e do mundo estão dobrando para baixo na transformação de energia limpa”, disse o presidente e CEO da EPRI, Arshad Mansoor. “Embora seja possível atingir as metas arrojadas de carbono dos EUA, concretizar essa visão de maneira acessível e confiável significa alavancar todas as soluções de tecnologia à nossa disposição, aumentar as cadeias de suprimentos e mão de obra qualificada e acelerar a inovação, regulamentação, licenciamento e outros processos para permitir a ação”, afirmou o mesmo. (Daily Energy Insider – 11.11.2021)
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3 Reino Unido: Financiamento para apoiar a transição energética de cidades e regiões em desenvolvimento
O governo do Reino Unido lançou nesta quinta-feira (11/11) o novo programa de Ação Climática Urbana (UCAP) para apoiar as cidades e regiões dos países em desenvolvimento mais afetados pelas mudanças climáticas a acelerar sua transição para zero líquido. Apoiado com £ 27,5 milhões de novos fundos do governo do Reino Unido como parte do compromisso de Financiamento Climático Internacional do Reino Unido, o programa apoiará cidades em toda a África, Ásia e América Latina a tomar medidas para enfrentar as mudanças climáticas e criar um futuro sustentável, ajudando-as a se tornarem carbono neutro até 2050 e preparar projetos de infraestrutura de baixo carbono. O programa ajudará cidades como Nairóbi, Kuala Lumpar e Bogotá a desenvolver sistemas de transporte público de baixa emissão, geração de energia renovável, gestão sustentável de resíduos, novos códigos de edifícios inteligentes para o clima e planejamento de risco climático. Até o momento, mais de 1.000 cidades e regiões em todo o mundo - mais de um quinto da população urbana global - se comprometeram a reduzir suas emissões para zero líquido até 2050. (EE Online – 11.11.2021)
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4 Agenda ESG tem acelerado evolução de indicadores sociais da eólica
As ações que cercam a agenda ambiental, social e de governança (ESG) e os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU (ODS) estão criando um ambiente que pode ser definido como uma coalização social. Ao mesmo tempo em que há o desenvolvimento dos negócios, a preocupação com os impactos sociais da presença das empresas ganha destaque. E nesse contexto a energia eólica não foge à regra, uma vez que os projetos estão no front da transição energética e descarbonização da economia. O segundo dia do Brazil Windpower 2021 tratou o assunto de forma mais ampla ao abordar as lições e avanços da agenda ESG e a questão da diversidade e inclusão no setor. A avaliação geral é de que o caminho começou a ser trilhado por todos os stakeholders, mas o consenso é de que há muito a avançar, principalmente na igualdade de gênero. Em consequência da lentidão em tomar decisões em termos globais em um passado recente. A avaliação de Fabio Alperowitch, sócio fundador da Fama Investimentos, é de que não há mais tempo para que haja uma transição de forma suave a mudança tem que ser mais radical e imediata. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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5 Todas as termelétricas em processo de fechamento já possuem Acordo de Transição Justa
A secretária de Estado da Energia do Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico, Sara Aagesen, assinou os Protocolos de Ação para os Acordos de Transição Justa relativos às centrais a carvão de Meirama e As Pontes. De acordo com o ministério, “com a assinatura desses Protocolos, já estão em andamento 14 Acordos de Transição Justa e 7, os governos autônomos com os quais foram firmados Protocolos de Ação, estando contempladas as termelétricas em processo de fechamento”. Os Protocolos de As Pontes e de Meirama - informa o Governo - traduzem o compromisso adquirido pelo Executivo central, a Xunta de Galicia e a Federação Espanhola de Municípios e Províncias, através da Associação das Regiões Mineiras, de trabalharem em conjunto na elaboração do Justo correspondente Acordo de Transição e formaliza a inclusão dos 19 municípios afetados (incluindo Ferrol) nas áreas passíveis de receber ajuda canalizada pelo Instituto de Transição Justa. A assinatura ocorre após a conclusão dos processos participativos lançados pelo Institute for Just Transition .(ITJ) com os documentos de delimitação, caracterização e diagnósticos preliminares das áreas afetadas pelo fechamento de termelétricas. Este mecanismo de participação pública permite identificar “possíveis ideias e projectos, investimentos e oportunidades de emprego” com vista à reactivação económica das áreas, que deve assentar num “modelo de produção diversificado e sustentável”. (Energías Renovables – 11.11.2021)
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6 A transição energética está em risco devido à escalada dos preços de minerais essenciais?
A edição de outubro do World Economic Outlook ( World Economic Outlook report ) e um novo relatório do departamento técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI) alertam sobre os efeitos que o aumento dos preços de certos minerais pode ter na transição energética: cobre, níquel , cobalto e lítio. O FMI dá um exemplo: o preço do lítio (um mineral fundamental para a fabricação de baterias para veículos elétricos) pode chegar a 15 mil euros por tonelada até 2030 (agora é de 6 mil). Os preços dos metais industriais já registraram uma recuperação pós-pandemia significativa. Por exemplo, eles explicam do FMI, o preço do lítio, que é usado para baterias de veículos elétricos, poderia subir de seu nível de 2020 de aproximadamente US $ 6.000 por tonelada métrica para cerca de US $ 15.000 até o final desta década, e permanecer elevado níveis durante a maior parte da década de 2030, enquanto os preços do cobalto e do níquel também registrariam - sempre de acordo com o FMI - aumentos semelhantes nos próximos anos. A escalada da demanda por esses minerais - essenciais para a transição energética - parece fora de dúvida. De acordo com estimativas da Agência Internacional de Energia, o consumo de lítio e cobalto deve aumentar mais de seis vezes para cobrir as necessidades de baterias e outros usos de energia limpa; o uso do cobre dobraria e o do níquel quadruplicaria. (Energías Renovables – 11.11.2021)
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7 Se 1 milhão de municípios do mundo fossem positivos para a natureza, poderíamos enfrentar as mudanças climáticas
Dos muitos compromissos pioneiros ouvidos na cúpula do clima COP26 aos resultados da primeira parte da COP15 da Convenção sobre Diversidade Biológica em outubro passado, há um reconhecimento crescente de que a maioria dos desafios globais que nos afetam, como as emergências interligadas do clima e da natureza, podem ser atendidos por meio de suas conexões urbanas. Na verdade, a maior parte do desenvolvimento urbano hoje ainda prejudica a natureza. Mas projetar, planejar, construir, renovar e administrar cidades com intervenções positivas para a natureza é indiscutivelmente uma das abordagens mais viáveis para enfrentar as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade. Isso pode ser alcançado integrando a natureza à infraestrutura urbana, bem como redirecionando sua pegada em todo o mundo. Atualmente, a questão dos incentivos prejudiciais - programas de investimento público e misto voltados para o crescimento econômico em setores estratégicos, mas que também causam uma degradação ambiental irreparável - é um atraso crítico para o progresso nesta frente. (World Economic Forum – 11.11.2021)
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8 Por que a energia limpa 24 horas por dia, 7 dias por semana, vence a compensação de carbono
Conforme as discussões avançam na COP26, está se tornando cada vez mais popular para as empresas alegarem que usam 100% de energia renovável - mas a palavra 'greenwashing' também é. Nesse contexto, o termo é usado para descrever a marca que faz com que a energia gerada por combustível fóssil pareça limpa, normalmente por meio de certificados de energia renovável (RECs). Embora os RECs sejam um primeiro passo para apoiar a geração de energia limpa, eles permitem que as empresas reivindiquem 100% de energia renovável quando parte da energia que usam está, na verdade, sendo gerada por combustíveis fósseis. Para superar o risco de lavagem verde, algumas empresas se comprometeram com a energia livre de carbono 24 horas por dia, também conhecida como energia limpa 24 horas por dia, 7 dias por semana. A energia limpa 24 horas por dia, 7 dias por semana, corrige as incompatibilidades entre a demanda de fornecimento de energia, o congestionamento da rede associada e as emissões inerentes de CO2 (notadamente pelo pico de demanda sendo coberto por fontes fósseis, como carvão, petróleo e gás). Ele combina o consumo de eletricidade com a geração de energia livre de carbono de hora em hora, a partir de recursos nas mesmas redes locais e regionais. (World Economic Forum – 11.11.2021)
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9 COP26: Por que 3 ° C de aquecimento levará a impactos extremos e variados
No Acordo de Paris, os países se comprometeram a tentar limitar o aumento da temperatura a 1,5 ? acima dos níveis pré-industriais. No entanto, mesmo se os países cumprissem suas promessas atuais de reduzir as emissões, ainda veríamos um aumento de cerca de 2,7 ?. Não é à toa que quase dois terços dos autores do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que responderam a uma nova pesquisa conduzida pela revista Nature esperam que o aumento seja de 3 ? ou mais. No início, é importante ressaltar que - mesmo se os impactos aumentassem em linha com a temperatura - os impactos a 3 ? de aquecimento seriam mais do que o dobro daqueles de 1,5 ?. Isso ocorre porque já temos um aumento de cerca de 1 ? acima dos níveis pré-industriais, então os impactos a 3 ? seriam quatro vezes maiores do que 1,5 ? (um aumento a partir de agora de 2 ? em comparação com 0,5 ?). Na prática, entretanto, os impactos não aumentam necessariamente linearmente com a temperatura. Em alguns casos, o aumento acelera conforme a temperatura sobe, então os impactos a 3 ? podem ser muito mais do que quatro vezes os impactos a 1,5 ?. No mais extremo, o sistema climático pode passar por algum “ponto de inflexão”, levando a uma mudança radical. (World Economic Forum – 11.11.2021)
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10 Aqui está o que a mudança climática pode significar para sua xícara de café matinal
A qualidade do café é vulnerável a mudanças nos fatores ambientais associados às mudanças climáticas, conclui uma revisão de pesquisa. O café é cultivado em mais de 27 milhões de acres em 12,5 milhões de pequenas propriedades agrícolas em mais de 50 países. Muitas regiões produtoras de café estão vivenciando cada vez mais mudanças nas condições climáticas, cujo impacto no sabor, no aroma e até na qualidade da dieta do café é tão preocupante quanto a produtividade e a sustentabilidade. A revisão, liderada por pesquisadores da Escola Friedman de Ciência e Política de Nutrição da Universidade Tufts e da Universidade Estadual de Montana, também descobriu que algumas estratégias de adaptação atuais para combater esses efeitos fornecem esperança. Os resultados aparecem na revista Frontiers in Plant Science. “Uma xícara de café abaixo da média tem implicações econômicas e também sensoriais. Fatores que influenciam a produção de café têm grande impacto no interesse dos compradores, no preço do café e, em última análise, na subsistência dos agricultores que o cultivam”, diz Sean Cash, economista e professor de Nutrição Global da Fundação Bergstrom na Friedman School e sênior autor do estudo. (World Economic Forum – 11.11.2021)
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11 Igualdade, justiça e investimento na natureza devem estar no centro da resposta ao clima corporativo
Com o resultado das negociações climáticas em Glasgow em equilíbrio, o papel das empresas em responder à emergência planetária por meio de iniciativas como a Corrida para zero é mais importante do que nunca. No entanto, com os impactos mais graves sendo sentidos pelos setores mais vulneráveis da sociedade que menos contribuíram para a crise e cujos meios de subsistência muitas vezes dependem de um ambiente natural resiliente, as empresas devem colocar a igualdade e a justiça no centro das tentativas de combater as mudanças climáticas. Enquanto os 10% mais ricos da população mundial eram responsáveis por 52% dos gases poluentes , das emissões cumulativas de carbono entre 1990 e 2015, os 50% mais pobres eram responsáveis por apenas 7%. Desastres climáticos como inundações, tempestades, secas e incêndios causam a maior destruição nas comunidades com infraestrutura de pior qualidade e com menos recursos para reconstruir. Além disso, pessoas em países de baixa renda têm quatro vezes mais probabilidade de serem deslocadas por climas extremos do que aqueles que vivem em países ricos. Com a resiliência climática e o desenvolvimento econômico dependentes de ecossistemas saudáveis, investir na natureza é uma parte crítica para garantir a justiça climática para as comunidades pobres. (World Economic Forum – 11.11.2021)
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12 Incentivos críticos que poderiam proteger a natureza e o clima
A transição para uma economia positiva para a natureza pode gerar oportunidades de negócios anuais no valor de mais de US $ 10 trilhões até 2030. A dinâmica está se formando para que as empresas mitiguem seus impactos climáticos e naturais e invistam em soluções baseadas na natureza. Precisamos de políticas e incentivos dos governos para permitir a intensificação dos esforços em todos os setores para construir um futuro líquido zero e positivo para a natureza. Com mais da metade do PIB mundial em risco de perda natural , proteger a natureza é um imperativo econômico. De acordo com o Relatório de Riscos Globais de 2021 do Fórum Econômico Mundial , os riscos relacionados ao meio ambiente são o maior desafio que a humanidade enfrenta, e os desastres naturais causados pela interrupção do ecossistema humano e mudanças climáticas custam mais de US $ 300 bilhões por ano . A partir da COP26, negócios e finanças precisam que líderes mundiais formem políticas e incentivos ambiciosos e integrados que transformem nossos sistemas econômico e financeiro. Em suma, essas são as cinco coisas que são críticas para a mudança: coloque a natureza e a ação climática no centro da recuperação da COVID-19; incorpore a natureza e o clima na tomada de decisões; desbloquear financiamento, invista em soluções baseadas na natureza, alinhe as políticas para ação, garantir a coerência entre as convenções internacionais e políticas nacionais - sobre agricultura, silvicultura e meio ambiente, finanças, desenvolvimento e transporte - pode facilitar a ação do setor privado e as abordagens positivas para a natureza e acelerar o cumprimento dos ODS. (World Economic Forum – 11.11.2021)
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13 Limpando o ar: o que vem a seguir na América?
O tempo dirá se as concessionárias e um número crescente de novos participantes do mercado podem manter nosso progresso na qualidade do ar e cumprir o restante das promessas do Pedido 2222. O futuro da indústria de energia elétrica está mais intimamente ligado do que nunca à percepção pública em relação à poluição do ar. O que raramente é explicado é que a poluição que afeta a qualidade do ar vem de muitas fontes, não apenas de usinas elétricas e carros. Os Estados Unidos têm superado o proverbial estufamento de instalações de geração de energia para reduzir as emissões desde a aprovação das leis de ar limpo da década de 1970. O progresso tem sido surpreendente para todos os principais poluentes. Da mesma forma, o país levou a sério a abordagem das emissões de fontes móveis, o que tem sido mais desafiador em muitos aspectos. Não obstante, os veículos novos são cerca de 99% mais limpos em comparação com os modelos de 1970, de acordo com a EPA. Claramente, há muitas notícias positivas sobre as tendências de emissões de algumas de nossas maiores fontes, mas raramente ouvimos sobre isso. Também, pouco é relatado sobre o progresso da redução de emissões nos setores comercial e industrial. Colocar tecnologias inovadoras e recursos mais limpos online era claramente uma prioridade para a FERC quando emitiu a Ordem 2222. Ao mesmo tempo, a Comissão declarou que sua regra é neutra em termos de tecnologia e combustível. (T&D World – 11.11.2021)
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14 Hospital Mollet: Hospital Verde de referência internacional pelo combate às mudanças climáticas
O Hospital Mollet da Fundació Sanitària Mollet ganhou o prêmio Prata na categoria Ashikaga-Nikken Excellence Award for Green Hospitals dos International Awards 2021 que foram anunciados na quarta-feira no âmbito do 44º Congresso Internacional de Hospitais organizado pela International Hospital Federation (IHF) e a Unió Catalana d'Hospitals (UCH). Apesar de a atividade e o número de profissionais do Hospital de Mollet terem aumentado 100% em 10 anos, o centro reduziu o consumo global de eletricidade em 15%, o consumo de gás em 13%, o consumo de água em 18% e as emissões de CO2 em 71%. O projeto do Hospital Verde da Fundació Sanitària Mollet (FSM) começa com a construção do novo Hospital Mollet e consiste em diferentes projetos-chave. (Energías Renovables – 11.11.2021)
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Empresas
1 Petrobras conclui venda da Breitener Energética
A Petrobras informou em comunicado na última quarta-feira, 10 de novembro, que finalizou a venda da totalidade de sua participação de 93,7% na Breitener Energética para a Breitener Holding Participações S.A., subsidiária integral da Ceiba Energy LP, investida da Denham Capital. A Breitener fica localizada no estado do Amazonas. A operação foi concluída com o pagamento de R$ 248 milhões para a Petrobras, com ajustes previstos no contrato. Além desse valor, há R$ 53 milhões em pagamentos contingentes, atrelados à remuneração futura da Breitener na venda de energia, totalizando a operação em R$ 301 milhões. A Breitener tem as UTEs Tambaqui e Jaraqui, localizadas em Manaus-AM, com capacidade instalada de 155,8 MW e 156,7 MW, respectivamente. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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2 Furnas lança edital de inovação com foco em Start Ups
Furnas lançou o edital para o Desafio Furnas Conecta – Start Ups. O orçamento total previsto para o financiamento de projetos é de R$ 3 milhões. Desenvolvida em parceria com SenaiI/RJ e com apoio do Energy Future, hub digital de inovação do setor, a iniciativa vai identificar propostas inovadoras nas temáticas “Confiabilidade Energética”, “Hidrogênio Verde” e “Preço de Energia”. O edital é voltado para startups e empresas de base tecnológica. As soluções podem ser inscritas até o dia 23 de dezembro, por meio da plataforma digital de inovação do Energy Future. Mais informações a respeito do cadastro de propostas estão disponíveis no site Desafio Furnas Conecta Startups neste link. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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3 Lucro da Copel salta 320% e chega a R$ 2,8 bi no 3° trimestre
A Copel encerrou o terceiro trimestre com um lucro líquido de R$ 2,852 bilhões, saltando 320% acima dos R$ 680 milhões registrados no mesmo período do ano passado. A companhia apresentou suas demonstrações financeiras na noite da última quarta-feira, 10 de novembro. A receita líquida totalizou R$ 6,977 bilhões no período, crescimento de 61,2% sobre os R$ 4,329 bilhões no mesmo intervalo do ano anterior. Já o Ebitda atingiu R$ 4,492 bilhões, crescendo de 274% na comparação anual. Os investimentos somaram R$ 504,9 milhões, volume 20% menor do que os R$ 420,5 milhões empreendidos no terceiro trimestre de 2020. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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4 Lucro ajustado da Equatorial chega a R$ 502 mi no 3º trimestre
A Equatorial Energia teve lucro líquido ajustado de R$ 502 milhões no terceiro trimestre. O valor é 17,3% inferir o registrado na mesma época do ano passado. A receita operacional líquida teve um aumento de 78%, indo de R$ 4,2 bilhões para R$ 7,4 bilhões. O Ebitda ajustado trimestral da empresa de R$ 1,4 bilhão mostra um incremento de 23,8%. Em nove meses, o lucro ajustado da Equatorial teve um aumento de R$ 1,35 bilhão, caindo 1,5% em relação ao apurado no mesmo período do ano passado. A receita líquida até setembro chegou a R$ 16,1 bilhões, tendo crescimento de 36%. O Ebitda ajustado em nove meses ficou em R$ 3,7 bilhões, subindo 36%. Os investimentos no trimestre registraram aumento de 41,7%, indo a R$ 816 milhões. Em nove meses, os investimentos de R$ 1,37 bilhão mostraram recuo de 30,7%. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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5 Focus Energia lucra R$ 8,5 mi no 3º trimestre
A Focus Energia reportou nesta quinta-feira, 11 de novembro, um lucro líquido de R$ 8,509 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 6,135 milhões em igual período do ano anterior. O Ebitda da empresa alcançou R$ 12,660 milhões no trimestre, ante R$ 1,637 milhão no mesmo período do ano anterior. A receita bruta da empresa somou R$ 706,469 milhões de julho a setembro, 139,7% acima de iguais meses anteriores. A receita líquida ficou em R$ 633,180 milhões, 139,7% maior que no terceiro trimestre de 2020. A Focus comercializou 2.013 GWh no trimestre, 41,3% a mais que no ano passado. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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6 Emae fecha 3° trimestre com lucro de R$ 32 mi
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 32,1 milhões, valor 21,6% inferior ao verificado no mesmo período do ano passado, quando lucrou R$ 41 milhões. A companhia apresentou seus resultados financeiros na noite da última quarta-feira, 10 de novembro. A receita operacional líquida ficou em R$ 133,5 milhões, com crescimento da receita de venda de energia e da construção de ativos de concessão, o que indica alta de 16,4% ante o mesmo trimestre de 2020. Já o Ebitda atingiu R$ 25,4 milhões, aumento de 71,7% na comparação anual. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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7 Lucro da Taesa recua e fica em R$ 536,9 mi
A Taesa teve lucro líquido de R$ 536,9 milhões no terceiro trimestre de 2021. Houve recuo de 18,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida regulatória ficou em R$ 497,5 milhões, mostrando aumento de 29,8% no trimestre. Já no Ebitda da transmissora houve uma subida de 32,6%, registrando R$ 421 milhões. Em nove meses, o lucro da Taesa chegou a R$ 1,79 bilhão, 18,4% acima dos R$ 1,51 bilhão registrado até setembro de 2020. A receita líquida chegou a R$ 2,75 bilhões no período, crescendo 15,2% na comparação com os nove meses do ano passado. O Ebitda da Taesa teve um incremento de 12,8%, indo de R$ 947,1 milhões para R$ 1,06 bilhão nos nove meses do ano. De acordo com a Taesa, o lucro líquido no trimestre teve queda em virtude do desempenho negativo da equivalência patrimonial, explicado pela menor correção monetária do ativo contratual, além de um resultado financeiro pior motivado por altas do IPCA e do CDI entre os períodos comparados. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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8 Light emite R$ 532 mi em debêntures de subsidiária
A Light anunciou a liquidação de R$ 532 milhões referentes a 23ª emissão de debêntures de sua subsidiária Light Serviços de Eletricidade. O pagamento será realizado em duas séries, a primeira num prazo de cinco anos e perfazendo R$ 263,5 milhões a um CDI + 1,65% ao ano. Já a segunda série soma R$ 268,5 milhões a CDI + 1,95% ao ano e um prazo de sete anos. Segundo a companhia, os recursos serão integralmente utilizados dentro da gestão ordinária de seus negócios, para reforço de caixa da Light SESA e refinanciamento de dívidas contraídas pela subsidiária. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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9 Energisa vê consumo elétrico voltar ao nível pré-pandemia
O consumo de energia elétrica nas áreas das distribuidoras da Energisa no terceiro trimestre de 2021 superou os volumes registrados em igual período em 2019, antes da pandemia. A demanda por energia nas áreas da companhia ficou em 9.148,3 GWh, alta de 2,4% na comparação e crescimento de 3% em relação a igual período em 2019. As perdas de energia somaram 5.806 GWh no trimestre, o que corresponde a 12,96% da energia injetada. O resultado é 25,0 GWh menor do que o do trimestre imediatamente anterior. Ao todo, a Energisa encerrou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 863,9 milhões, queda de 6,3% na comparação anual. A receita operacional líquida, sem contar a receita de construção, ficou em R$ 6,6 bilhões, aumento de 53,5% em relação ao terceiro trimestre de 2020. Já o Ebitda totalizou R$ 1,75 bilhão, crescimento de 42% na comparação anual. A Energisa aumentou os investimentos em 85% entre julho e setembro deste ano na comparação com os mesmos meses em 2020. O grupo investiu R$ 1,19 bilhão no trimestre, o que incluiu iniciativas para a conexão de regiões isoladas no Pantanal e na Amazônia. (Valor Econômico – 11.11.2021)
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10 ESG deverá dar o tom para financiamento no futuro
Mesmo que nos últimos anos muitas instituições financeiras já venham aderindo a pontos da temática ESG, o conceito deve continuar a ganhar força nos financiamentos futuros. Em painel realizado nesta quinta-feira, 11 de novembro, no Brazil Wind Power, o Gerente Executivo do Banco do Brasil, Jalce Leal Rodrigues Jr., acredita que não haverá espaço para agentes que não garantam que o capital investido acarretará efeito negativo para a sociedade. De acordo com ele, se ainda existe algum que não considere esses aspectos, será por pouco tempo. Para eles, as maiores instituições do Brasil têm essa preocupação e no Banco do Brasil, caso um projeto tenha alguma dúvida ou indicação de ineficiência na sustentabilidade, terá dificuldade em seguir adiante. Para Igor Fonseca, Head de energia do Santander Brasil, como os investimentos no setor elétrico são de capital intensivo, há uma certa responsabilidade dos bancos na concessão de crédito. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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11 Hidrelétrica 'sem dono' abastece fábrica da Votorantim em São Paulo
Desde o dia 4 de novembro, parte da energia consumida pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do Grupo Votorantim, no interior de São Paulo, passou a ser gerada por uma hidrelétrica sem dono. As turbinas da usina Salto do Iporanga, localizada no município de Juquiá, têm suportado o processo de produção de alumínio da empresa, mesmo sem ter um proprietário oficial que responda por essa geração. O caso inusual, que a CBA classificou como “uma situação de incerteza e insegurança jurídica”, é resultado da inércia da diretoria geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em tomar uma decisão sobre o caso. A hidrelétrica Salto do Iporanga foi concedida à empresa do Grupo Votorantim nos idos de 1971, como parte do processo de expansão dos negócios da família Ermírio de Moraes. Como a produção de alumínio demanda grande consumo de energia, o conglomerado decidiu investir em suas próprias hidrelétricas para abastecer as unidades. (O Estado de São Paulo – 12.11.2021)
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Leilões
1 Copel: Leilão de transmissão de dezembro é a atual prioridade
O leilão de transmissão de energia marcado para dezembro está no foco da estratégia de investimentos da Copel, afirmou Daniel Slaviero, presidente da elétrica. O interesse da companhia é no lote 1 do certame, que prevê trechos de linhas no Paraná. O ativo deve exigir cerca de R$ 1,6 bilhão em investimentos e teve RAP máxima fixada em cerca de R$ 230 milhões. No entanto, não estão descartados outros certames organizados pelo governo no próximo ano. Segundo o diretor da Copel Geração e Transmissão, Moacir Bertol, estão no radar da elétrica os dois leilões de transmissão de energia, bem como as contratações de energia “A-3”, “A-4”, “A-5” e “A-6”. Além disso, Slaviero pontuou que a Copel pretende habilitar a UTE Araucária para o leilão de reserva de capacidade e cita “excelentes perspectivas” para o ativo, desde o último trimestre de 2020 ela começou a ser despachada pelo ONS. “O desafio é sempre o fornecimento de gás natural, encontrarmos preços competitivos. Sem dúvida a Petrobras é a principal interlocutora no processo, mas estamos buscando outras opções de suprimento, não é tão simples ter isso de maneira firme e garantida”, explicou. Como o início do suprimento de potência será a partir de julho de 2026, há mais espaço para negociar o fornecimento de gás, emendou. (Valor Econômico – 11.11.2021)
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Alta de energia varia de 18,2% a 40% pelo Brasil
Com alta de 30,3% em 12 meses até outubro, a energia elétrica segue como um dos itens de maior pressão no IPCA. Da inflação acumulada no período, de 10,67%, os reajustes na conta de luz respondem por 1,3 p.p. Em 12 meses até outubro, de 2% em Campo Grande a 39,1% em Vitória, segundo levantamento de Fábio Romão, da LCA Consultores. São Paulo e Rio de Janeiro, com maior peso na composição do IPCA, acumulam aumentos de 35,7% e 26,4% na energia, respectivamente. Além da bandeira “escasses hídrica” houve reajuste de tarifa para algumas distribuidoras. Goiânia registrou, entre setembro e outubro, a maior variação da energia entre as regiões pesquisadas, de 5,34% - na média brasileira, o reajuste foi de 1,16%. No fechado de 2021, porém, a tarifa residencial deve desacelerar a alta para 21,3%, projeta Romão. Isso deve ocorrer por causa da alta base de comparação com dezembro de 2020, período em que já estava em vigor a bandeira vermelha patamar 2. Para 2022, a LCA projeta alta de 6,3% da energia. (Valor Econômico – 11.11.2021)
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2 PDE 2031: Consumo deve crescer 3,5% a.a na próxima década
O consumo total de eletricidade no Brasil deve ter crescimento médio de 3,5% anuais entre 2021 e 2031, para um desempenho esperado do PIB de 2,9% a.a. A previsão para a energia ofertada é de 3,4% a.a., com expansão de 27 GW médios. As projeções foram feitas pela EPE e estão no Caderno de Demanda de Eletricidade do PDE 2031. Para esse ano, o documento traz uma previsão de aumento médio de 5% no consumo, na comparação com o ano passado, com altas de 8,7% no setor industrial, de 4,9% no comercial, de 1,9% no residencial e de 3% para demais subclasses de consumidores. No cenário inferior, a projeção é de 1,9%, e no superior de 5,8%. Na perspectiva decenal, o consumo médio das residências deve passar de 165 kWh/mês em 2021 (mesmo valor de 2020 e de 2022) para 196kWh/mês em 2031, com esse universo de consumidores passando de 76 milhões para 88 milhões de unidades. O crescimento médio, no cenário de referência, é de 3,3% anuais. Para a indústria é esperado aumento médio de 3% a.a. na carga, com 3,2% em média para os setores tradicionais e 2,5% para os eletrointensivos. O comércio e as outras classes de consumidores voltam a se destacar com crescimento médio anual de 4,2% e de 4,4%, respectivamente. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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3 Armazenamento reduz e fica em 18,5% no SE/CO
Os reservatórios do SE/CO registraram recuo de 0,1 p.p. em seu volume útil e trabalham a 18,5%, aponta o boletim do ONS de 9 de novembro. A energia armazenada está em 37.730 MW mês e ENA é de 23.760 MW med, equivalente a 84% da MLT. Furnas marca 20,75% e a usina de Serra da Mesa marca 22,60%. Já no Sul os níveis subiram 0,3 p.p para 53,6% da capacidade em relação ao dia anterior. A energia retida é de 10.663 MW mês e ENA aponta 5.555 MW med, valor que corresponde a 72% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo trabalham com 62,09% e 53,21% respectivamente. Por sua vez a região Norte verificou redução de 0,5 p.p e trabalha com 41,8%. A energia guardada mostra 6.335 MW mês e a ENA aparece com 5.006 MW med, o mesmo que 82% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 47,33%. No Nordeste o armazenamento caiu 0,4% e o subsistema opera com 36%. A energia armazenada indica 18.560 MW mês e a ENA computa 3.873 MW med, correspondendo a 64% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 34,23%. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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4 EDP investe em mais duas novas subestações no ES
A EDP, que está investindo R$ 3 bilhões em subestações de energia, inaugurou duas novas unidades nas cidades de Afonso Cláudio e Ibiraçu, no Espírito Santo. Para Fernando Saliba, diretor da Companhia no Estado, a entrega das duas novas subestações faz parte do maior volume de investimento da história da EDP no ES, compreendendo aproximadamente R$ 3 bilhões que serão investidos em cinco anos. “Somente em 2021 estão sendo construídas 10 novas subestações em vários municípios do Estado, representando um crescimento equivalente 10% em comparação com as subestações em operação”, afirmou. As operações das duas subestações serão telecomandadas via Centro de Operação Integrado (COI). Totalmente digitalizadas, as unidades possuem sistemas de supervisão, comando, controle e proteção. O foco é a expansão da rede, preparando o sistema elétrico para o desenvolvimento das 70 cidades da área de atuação; melhorias operacionais; redução de perdas, como o combate ao furto de energia; investimento em digitalização e atendimento ao cliente. (Petronotícias – 11.11.2021)
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Mobilidade Elétrica
1 Renault Kwid elétrico está confirmado para o Brasil em 2022
A Renault confirmou na quinta-feira (11/11), entre outras novidades, que a versão elétrica do Renault Kwid será lançada no Brasil. Segundo a marca francesa, o carro urbano zero emissão chegará ao mercado em meados de 2022 e promete ser o elétrico mais barato à venda no Brasil. Luca De Meo, CEO da Renault, falou sobre os novos planos da marca para o Brasil durante uma apresentação na fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR). O destaque é a mudança de estratégia da marca, agora mais focada em tecnologia e eletrificação. Um pouco do que já foi antecipado na apresentação do plano estratégico global Renaulution. No caso do Brasil, os modelos a combustão ainda terão o seu papel, mas a participação de carros mais acessíveis certamente verá uma redução de espaço a partir de agora, ainda que a marca tenha confirmado a vinda do Kwid elétrico. (Inside EVs – 11.11.2021)
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2 JAC lança 1ª van elétrica de passageiros do país
A JAC Motors, apresentou nesta semana a JAC iEV 750 Vip, primeira van elétrica de passageiros do país. O modelo é baseado na variante para transporte de cargas e começará a ser entregue aos clientes no início de 2022. De acordo com Sérgio Habib, presidente do Grupo SHC, que representa a JAC no Brasil, a van elétrica terá como foco clientes comerciais que utilizarão o veículo principalmente em deslocamentos curtos, como dentro de aeroportos e também empresas para o transporte de colaboradores em pontos pré-determinados. Ainda de acordo com a JAC, o lançamento da versão de passageiros foi uma demanda dos clientes, o que levou a empresa a contratar a Alpha6, empresa sediada no interior de São Paulo especializada na adaptação desse tipo de veículo. Entre as vantagens da van elétrica, a JAC destaca o baixo custo operacional do iEV 750. O custo rodado por quilômetro também é bastante inferior a um equivalente a diesel. O investimento inicial é mais alto, mas pode ser recuperado entre 3 e 5 anos, a depender da quilometragem rodada pela empresa, além das óbvias vantagens ecológicas de um veículo zero emissão e o que isso pode agregar à empresa em termos de responsabilidade social e ambiental. A bateria tem 92 kWh de capacidade e fornece 235 km de autonomia com uma carga no uso regular. Em um primeiro contato, a van elétrica se mostrou com uma rodagem firme e controlada, favorecida pela boa distribuição de peso por conta das baterias, sem solavancos ou balanço excessivo. Como era de esperar em um veículo elétrico, o silêncio a bordo impera e o desempenho é bastante convincente. Vendida por R$ 419.900, acrescido de R$ 60.000 da transformação, a JAC iEV750 Vip já pode ser encomendada em toda a rede autorizada JAC Motors. (Inside EVs – 11.11.2021)
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3 Unidas compra 100 vans elétricas
A Unidas, segunda maior locadora de automóveis no Brasil, deu mais um passo em direção a tornar a sua frota sustentável. A companhia fechou, na quinta-feira, um acordo com a startup gaúcha Arrow Mobility para adquirir 100 unidades de vans elétricas a serem entregues a partir de outubro de 2022. As informações foram enviadas com exclusividade à EXAME. O contrato firmado até o momento é de uma pré-encomenda do veículo, chamado Arrow One, que é fabricado em Caxias do Sul (RS). As vans devem ser utilizadas principalmente para as operações de e-commerce, como aponta a Unidas em comunicado. Por enquanto, a companhia não divulga o valor do investimento. Diante do prazo de entrega e do destino principal dos veículos, a companhia poderá testar as vans novas em um momento bastante importante para o varejo digital: com as entregas programadas para outubro do ano que vem, a Unidas conseguirá testar o desempenho das novas vans sob a intensa pressão do aumento de demanda por fretes, gerados pelo combo de Black Friday e Natal. A implementação das vans elétricas deve garantir um aumento de produtividade de 50% a um custo energético 70% menor, comparado a um veículo tradicional, segundo a Unidas. Cada van tem uma autonomia de 250 km e conta, ainda, com frenagem regenerativa e tempo de recarga total de menos de três horas. Para garantir essa autonomia, os veículos são fabricados com materiais como o grafeno, que reduzem significativamente o peso do veículo. A estratégia completa os esforços de sustentabilidade promovidos pela locadora. Atualmente, a Unidas tem mais de 400 veículos eletrificados para locação, além de uma frota com 93% de veículos flex. Recentemente, a companhia aderiu à iniciativa global EV100, que reúne companhias comprometidas com a transição do transporte de veículos a combustão para elétricos até 2030. (EXAME – 11.11.2021)
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4 BH começará a testar ônibus elétrico na sexta
Nesta sexta-feira (12/11), Belo Horizonte dará início ao teste com ônibus 100% elétrico no sistema de transporte público da capital. A avaliação tem previsão para durar 30 dias e irá operar em quatro linhas da cidade, cada uma com uma característica peculiar. O teste irá avaliar alguns itens, como a adaptabilidade do ônibus às condições climáticas de BH, bem como aos tipos de solo e relevo da cidade. Além disso, os níveis de emissão dos poluentes atmosféricos serão acompanhados. Também serão observados o consumo de energia elétrica do coletivo e a autonomia das baterias em condições normais e severas. O veículo possui o chassi D9A, equipado com baterias que possuem autonomia média de 210 km. O coletivo, encarroçado pela Marcopolo, possui 12,6 metros de comprimento e pode transportar até 36 passageiros sentados. Ao todo, 72 pessoas podem embarcar no ônibus, que conta, também, com ar-condicionado, suspensão pneumática e área reservada para cadeira de rodas. O teste do ônibus elétrico faz parte do "Projeto Mobilidade Elétrica", fruto de uma parceria entre o ICLEI/TAP (Governos Locais pela Sustentabilidade / Programa da Ação Transformadora) com a Prefeitura de Belo Horizonte / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Cemig SIM, que oferece soluções ecológicas de energia. O ônibus será operado pela Viação Torres. A primeira linha a receber o coletivo com tecnologia elétrica será a 9250 (Caetano Furquim/Nova Cintra), já nesta sexta. Trata-se de uma linha perimetral, que liga bairros de duas regionais, sem passar pelo Centro da cidade. O itinerário é um dos mais longos no transporte coletivo por ônibus de BH, com 28 quilômetros, cortando 14 localidades diferentes. Outra linha que será atendida pelo ônibus elétrico nos próximos 30 dias é a 5503A, que liga o Bairro Goiânia, na Região Nordeste de BH, ao Centro da cidade. Portanto, é uma linha semiexpressa. Também está na lista a 9105 (Nova Vista/Sion), que é diametral, por ligar dois bairros passando pelo Hipercentro. Quem utiliza a 815 (Estação São Gabriel/Conjunto Paulo VI) também poderá andar no ônibus elétrico. A linha é alimentadora, uma vez que liga uma estação de integração a um bairro. Os usuários, inclusive, serão atores importantes nos testes, uma vez que poderão opinar sobre o desempenho do ônibus elétrico, além do conforto, nível de ruído e a sustentabilidade. As percepções podem ser enviadas por meio do link ou via QR Code, que estará afixado dentro do coletivo. (Estado de Minas – 11.11.2021)
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Energias Renováveis
1 Copel fala em leilões e solar de grande porte como prioridades
Com o objetivo de sair dos 13% atuais para 25% do seu portfólio composto por eólica e solar nos próximos três anos, a Copel está buscando um projeto de grande porte na fonte fotovoltaica, além de focar na sua participação nos certames de capacidade e transmissão nesse ano e pelo menos mais seis em 2022, disse o presidente da companhia, Daniel Slaviero, nessa quinta-feira, 11 de novembro, em teleconferência ao mercado. “Nossa prioridade, além dos leilões, é achar bons projetos de geração solar, tanto pela rapidez de construção quanto principalmente pelo perfil de geração”, comentou Slaviero, destacando que o PLD horário ficou no teto em 2021 e é um curso normal que a fonte solar, que gera energia à tarde, assim como a hidráulica, tenha mais valor no mercado de energia. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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2 Demanda por construção em eólica e solar está em alta, aponta Elastri
A Elastri calcula que há hoje propostas firmes para algo próximo a 15 projetos solares e mais oito de eólicas nos próximos 12 meses. Juntas essas duas fontes deverão representar um volume de obras que somam cerca de 7 GW em capacidade instalada. De longe deverá ser a maior fonte de receita da companhia, comentou o presidente, Rodolfo Pinto, em entrevista à Agência CanalEnergia. “Vemos uma mudança em direção dos projetos rumo à solar. Existem muitos projetos em eólica, mas estes sem muita corrida. No caso da energia solar sim, há uma corrida maior por conta dos benefícios atuais, uma vez que há o PL no Congresso Nacional”, avaliou. “Em PCH vamos iniciar uma obra no ano que vem, mas essa fonte apresenta um menor volume como as outras duas, mas com a lei que instituiu a contratação de 2 GW temos um novo estímulo”, acrescentou o presidente da Elastri. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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3 Impacto da eólica no PIB aumenta 26,8% em 2020
O ano de 2020 viu um aumento de 26,8% no impacto total estimado da eólica sobre o PIB brasileiro na comparação com o ano de 2019. Esse cálculo foi apresentado no primeiro painel do segundo dia do Brazil Windpower 2021, evento realizado pelo Grupo CanalEnergia, by Informa Markets em parceria com a AEEólica e GWEC. O valor ficou em R$ 61,9 bilhões contra um montante de R$ 48,8 bilhões. No acumulado de 10 anos a fonte adicionou R$ 320,8 bilhões à economia brasileira. De acordo com o economista-sênior do LCA e Pesquisador da FGV-Ibre, Bráulio Borges, o valor adicionado ao PIB pelas utilities ficou em R$ 131,9 bilhões, ou 1,8% da economia do país. A maior parte desse valor, 90%, está associado ao setor elétrico, sendo a eólica responsável por pouco mais de 9%. Borges apontou que na média da última década a fonte eólica respondeu por 0,5% do PIB anual. Essa participação foi maior em anos de recessão, notadamente, em 2015 e 2020 e reforça a posição anti-cíclica do segmento. “A fonte eólica impediu quedas mais acentuadas da economia nesses anos”, reforçou o pesquisador da FGV-Ibre. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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4 Neoenergia firma contrato com a Âmbar para comercialização de energia eólica
A Neoenergia assinou um contrato com a Âmbar Energia para comercialização de eletricidade renovável por um período de dez anos, com início a partir de 2023. A parceria foi feita por meio de contratação no mercado livre na modalidade PPA (no inglês, Power Purchase Agreement) e prevê o fornecimento de energia proveniente de dois novos parques eólicos em construção no Nordeste. As duas usinas da Neoenergia que vão gerar parte da energia fornecida à Âmbar devem entrar em operação ainda este ano. Os empreendimentos fazem parte do projeto Chafariz, em construção no Sertão da Paraíba, que contará com um total de 15 parques e capacidade instalada de 471,2 MW. Atualmente, a companhia possui 27 usinas em construção no Nordeste e com a conclusão desses ativos, atingirá 1,5 GW de capacidade eólica instalada, o triplo da sua potência atual nessa fonte. (Brasil Energia – 11.11.2021)
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5 Agenda ESG tem acelerado evolução de indicadores sociais da eólica
As ações que cercam a agenda ESG e os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU estão criando um ambiente que pode ser definido como uma coalização social. Ao mesmo tempo em que há o desenvolvimento dos negócios, a preocupação com os impactos sociais da presença das empresas ganha destaque. E nesse contexto a energia eólica não foge à regra, uma vez que os projetos estão no front da transição energética e descarbonização da economia. O segundo dia do Brazil Windpower 2021 tratou o assunto de forma mais ampla ao abordar as lições e avanços da agenda ESG e a questão da diversidade e inclusão no setor. A avaliação geral é de que o caminho começou a ser trilhado por todos os stakeholders, mas o consenso é de que há muito a avançar, principalmente na igualdade de gênero. A presidente executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, se mostra otimista com o momento. A sensação é de que agora a mudança engrenará, uma vez que o setor privado está em peso na linha de atuação. “Agora temos a força da sociedade numa verdadeira coalização social”, acrescenta Gannoum. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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6 I-REC: A cada três certificados emitidos no Brasil, dois são eólicos
Em 2020, segundo o consultor do Instituto Totum de Desenvolvimento e Gestão Empresarial, Fernando Lopes, em torno de 150 usinas de diferentes fontes estavam aptas a gerar REC. O número passou em 2021 para 270, com crescimento na ordem de 70%, sendo que metade eram empreendimento eólicos. Em termos de potência, a participação da fonte era um pouco menor, por causa de algumas hidrelétricas de grande porte. A cada três certificados emitidos no Brasil, dois são eólicos. Em 2020, foram emitidos no país 4 milhões de IRecs, número que chegará a 9 milhões em 2021. “Esse ano, os Irecs vão ser bastante mais importantes que no ano passado”, disse Lopes, explicando que para cada MW consumido a empresa colocava na sua pegada de carbono 60 kg/MWh de CO2. O número mais recente mostra que em 2021 essa pegada dobrou, com o valor atingindo 120kg de dióxido de carbono por MWh, em razão da crise hídrica que forçou o aumento no uso de energia fóssil. Nesse contexto, quem tiver certificados com rastreabilidade e garantia de origem de energia vai conseguir zerar o impacto. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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7 Embraer apresenta aeronaves com propulsão de energia renovável
A Embraer apresentou em São José dos Campos (SP), na última segunda-feira (08/11), uma família de aeronaves que utilizam tecnologias de propulsão de energia renovável. Os modelos foram concebidos para ajudar a indústria a atingir sua meta de zero emissões líquidas de carbono até 2050. A “Energia Family” é composta por quatro aeronaves de tamanhos variados que incorporam soluções: eletricidade, célula de combustível de hidrogênio, turbina a gás de duplo combustível e híbrido-elétrico. Em agosto passado, a Embraer fez voos com seu demonstrador elétrico, um monomotor EMB-203 Ipanema, 100% movido a eletricidade. Já um demonstrador de célula de combustível de hidrogênio está planejado para 2025 e o eVTOL, um veículo de decolagem e pouso vertical totalmente elétrico e com zero emissões, está sendo desenvolvido para entrar em operação em 2026. (Brasil Energia – 11.11.2021)
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Gás
e Termelétricas
1 UE: energia nuclear surge como solução para emissões de gases-estufa
Dentro de algumas semanas, a Comissão Europeia vai decidir se a energia nuclear será incluída em uma lista de fontes “verdes”. Segundo os defensores da tecnologia, ela é uma forma eficiente de gerar energia com praticamente zero emissões de dióxido de carbono, principal gás responsável pelo aquecimento do planeta, substituindo fontes “sujas”, como o carvão mineral e o gás. A França, onde a energia nuclear responde por cerca de 70% da geração de eletricidade, lidera a iniciativa para garantir a concessão do “selo verde”. Em relatório divulgado no mês passado, o Gestor da Rede de Transporte de Energia (RTE, em francês) destacou que a ampliação da oferta de eletricidade pela via nuclear ajudaria o país a cumprir suas metas de zerar suas “emissões líquidas” de CO2 até 2050. Segundo críticos, a ideia de que a tecnologia nuclear é “livre de emissões” não é exatamente correta: eles lembram que as atividades que antecedem o acionamento dos reatores, como a mineração de urânio, seu enriquecimento e a própria construção das usinas produzem gases que intensificam o aquecimento do planeta. Carlos Henrique Mariz, presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear, explica que o “carimbo verde” abre caminho para a concessão de novos recursos e investimentos para o setor, uma vez que a energia atômica oficialmente contribui para a redução do ritmo do aquecimento global e está de acordo com as metas ambientais. (O Globo – 12.11.2021)
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2 Nuclear corresponde a 10% da energia do planeta
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), há hoje em funcionamento cerca de 440 reatores em 32 países, respondendo por 10% da produção de energia no planeta — outros 50 reatores estão em construção. No Brasil, dois reatores estão operacionais, Angra 1 e Angra 2, compondo 1,1% da matriz elétrica nacional, e há um terceiro, Angra 3, em construção. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o país quer construir uma nova usina até 2031. A agência aponta que a energia nuclear, ao lado da hidrelétrica, responde por três quartos da geração de energia de baixo carbono no mundo e, se considerada apenas a nuclear, seu uso evitou que 60 gigatoneladas de dióxido de carbono fossem lançados à atmosfera nos últimos 50 anos. O número seria equivalente a todas as emissões relacionadas à geração de energia em dois anos, segundo a AIEA. (O Globo – 12.11.2021)
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Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Comportamento do consumidor tem gerado novos arranjos de negócio no ACL
O crescimento do mercado livre veio acompanhado de uma mudança no comportamento do grande consumidor brasileiro, o que tem levado o setor a trabalhar cada vez mais com diferentes arranjos de negócios. “O que temos percebido e que existe uma demanda da sociedade por um consumo cada vez mais consciente, em termos de atributos ambientais. E as empresas tem investido em metas de sustentabilidade, inclusive as grandes empresas”, disse a vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, Talita Porto. Esse consumidor está sujeito, por outro lado, a uma volatilidade, porque mesmo estando 100% contratado e com o balanço energético zerado no curto prazo, situações como a da atual escassez hídrica trazem uma conta de extra a pagar em ESS. A outra opção que existe é produzir a própria energia, um investimento mais alto cujo retorno não é imediato, mas, no longo prazo, torna-se mais previsível, em razão da isenção de encargos da CDE, do Proinfa, da Energia de Reserva e do ESS por segurança energética. A executiva disse que a CCEE tem observado novos modelos de negócio se fortalecendo na autoprodução, com o autoprodutor titular da autorização e o consumidor equiparado a autoprodutor. Existe também o consumidor da geração distribuída, nicho que é 99% de energia fotovoltaica e ainda não muito rentável para eólicas. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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2 Comerc: consumidores do ACL começam a pensar em sustentabilidade
Para Cristopher Vlavianos, CEO da Comerc, houve uma mudança no perfil do consumidor, desde que o mercado livre começou a avançar no pós-racionamento. Além de economia e previsibilidade, ele está começando a pensar também na sustentabilidade. “Hoje, todas as empresas tem metas. Querem reduzir sua pegada de carbono. Você ter uma fonte renovável competitiva é juntar a fome com a vontade de comer”, disse o executivo. Lucas Araripe, diretor da Casa dos Ventos, disse que há uma complexidade do ponto de vista comercial para desenvolver produtos, mas hoje existem diferentes arranjos à luz de um mercado cada vez mais aberto. Ele falou da necessidade constante de inovar para atender o cliente que valoriza a pegada da sustentabilidade. Hoje existe uma agenda verde, o ESG, mas a empresa consegue casar os dois mundos, de trazer economia e ao mesmo tempo reduzir as emissões do cliente, afirmou Araripe. O executivo acredita no futuro do mercado de carbono. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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3 Empresas do ACL estão apostando em empreendimentos renováveis
As empresas também estão passando por um processo de aprendizado na apreensão dos atributos ambientais na geração de energia, avaliou do presidente do Instituto Totum de Desenvolvimento e Gestão Empresarial, Fernando Lopes. Ele citou três movimentos que mostram essa trajetória. O primeiro é a compra no mercado de certificados I-REC de empreendimento renovável para diminuir as emissões e a pegada de carbono. Nessa fase, a compra é feita no fechamento do ano, por exigência da área da companhia que cuida de sustentabilidade. Como esse é um processo que deve ser permanente, o passo seguinte é o fechamento de um contrato de compra do atributo ambiental olhando para o futuro, com RECs ainda desagregados da energia que a empresa consome. Já no terceiro momento, os contratos de energia vão vencendo e há necessidade de fechar novos contratos, com a empresa optando por energia renovável e com garantia de origem. Há, finalmente, o que o executivo chamou de “estratégia 3.1”, que é comprar energia renovável, mas com uma pegada maior de sustentabilidade, de empreendimentos certificados que tem o selo REC Brasil. (CanalEnergia – 11.11.2021)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José
As notícias divulgadas no IFE não refletem
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que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto
de Economia da UFRJ.
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