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IFE: nº 5.356 - 13 de outubro de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Webinar GESEL: “O Setor Elétrico e o Project Finance”
2 Curso Online AHK-RJ/GESEL/PUC-RIO: "Hidrogênio e Transição Energética"
3 GESEL no Podcast Ao Ponto: Nivalde de castro comenta potencial do H2V
4 “Jabutis estão crescendo e se reproduzindo na MP da crise hídrica”, diz Abrace

Empresas
1 Leilão da Celg T deve atrair grandes grupos
2 Vibra terá 50% da Comerc até fevereiro
3 Enel SP aceitará cartão de crédito para pagamento da conta
4 Nova sede da Enel RJ vai consumir 40% menos de energia
5 Omega revisa termos de combinação de negócios

Leilões
1 PCS 21: CMO divulgado
2 PCS 21: Cálculo das Garantias Físicas
3 PCS 21: Metodologia de cálculo dos parâmetros COP e CEC divulgado

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios do SE/CO continuam estáveis com 16,6% da capacidade
2 Reservatórios do NO e NE apresentam queda na capacidade
3 ONS: cenário muda, porém ainda requer atenção

4 ONS: carga reverte curva e pode recuar em outubro

5 Paraná adota plano de redução de consumo

6 Hidrelétricas do Rio Paraná correm risco de paralisação

7 Itaipu alcança 50 milhões de MWh gerados no ano

Mobilidade Elétrica
1 Redução do ICMS para carros elétricos não deve baixar preços
2 Magalu vai colocar 51 caminhões elétricos nas ruas até dezembro
3 Voltz quer tornar motos elétricas mais acessíveis para brasileiros
4 Honda quer criar “ecossistema de mobilidade” com táxis voadores até 2030

5 O carro-home movido a energia solar, chega a Madrid

Inovação
1 Departamento de energia do governo dos EUA financiará produção de hidrogênio a partir da fonte nuclear
2 Plug Power e parceira participam de acordo histórico para introduzir hidrogênio verde em aeroportos
3 Hidrogênio verde pode descarbonizar o transporte marítimo internacional em 80%
4 Trem de hidrogênio Talgo chegará aos mercados em 2023

5 Thyssenkrupp aposta na produção de hidrogênio em grande escala
6 Hy2en dá início à produção de combustível eletrônico no sul da França
7 Biometano feito de resíduos de milho pode ser pior para o clima do que os combustíveis fósseis
8 PSR lança versão 17 de seu modelo SDDP

9 Trina Storage apresenta a sua mais recente solução de armazenamento

10 P&D da EDF Norte Fluminense criou solução para vazamentos em subestações

11 H2V, a aposta da ciência para alcançar as metas do clima

Meio Ambiente
1 Petrobras eletrifica plataformas para cortar emissões

Energias Renováveis
1 ONS aponta sequência de recordes na geração solar
2 EDP Renováveis inaugura em São Paulo seu maior complexo de energia solar
3 Rio Alto expande operação e se prepara para IPO de R$ 2 bi
4 Vestas atinge novo marco de produção em sua fábrica localizada no Ceará

5 Governo de SP quer 50 usinas GD até o final de 2022
6 Heineken inicia projeto de energia verde para bares e restaurantes
7 Chile: Fontes renováveis não convencionais atinge quase 11 MW
8 AIE: “Transição para energias limpas é muito lenta”

9 RenewableUK publica plano eólico onshore

10 África do Sul tem potencial para produzir energia eólica offshore

Gás e Termelétricas
1 UEG Araucária está indo para o décimo aditivo contratual com a Petrobras
2 Aneel aprova CVU de $ 1.379,89/MWh para Potiguar I e III
3 Veolia inicia a produção de energia por biogás
4 França e mais 9 países pedem 'rótulo verde' para energia nuclear
5 China eleva produção de carvão para deter crise energética

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Liquidação de agosto no MCP movimenta R$ 5,2 bi
2 BBCE: negociações em tela disparam em setembro
3 CCEE: projeções para um consumo equilibrado no 2º semestre
4 Tradener: mix na geração é necessidade da comercializadora
5 Tradener: transição energética está trazendo muitas oportunidades

Economia Brasileira
1 Commodities aproveitam preço e são 70% da exportação
2 Tarifa residencial fica 5% acima da inflação, aponta Safira

3 Taxa de participação no emprego pode não voltar ao pré-pandemia
4 FMI: melhora de projeções para dívida bruta e para resultado primário do Brasil
5 BC: Mercado eleva projeção para o IPCA de 2021 de 8,51% para 8,59%
6 Dólar ontem e hoje


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Webinar GESEL: “O Setor Elétrico e o Project Finance”

Acontece nesta quinta-feira, dia 14 de outubro, às 10h30, o Webinar GESEL “O Setor Elétrico e o Project Finance”. O evento marca o anúncio formal da criação do Instituto ICT RESEL, além do lançamento do livro “Infraestrutura e Project Finance - Da teoria aos estudos de caso” de autoria de Nelson Siffert, Fernando Puga e Tiago Toledo (editoria Appris). Além dos autores, estarão presentes como palestrantes: Claudio Ribeiro (CEO da 2W Energia), Gil Maranhão Neto (Diretor de Comunicações e Responsabilidade Social Corporativa da ENGIE), Carla Primavera (Superintendente da Área de Energia na BNDES). A coordenação do evento será do Professor Nivalde de Castro. Inscreva-se: https://forms.gle/kQeVrZjVmwoXkL9G7

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2 Curso Online AHK-RJ/GESEL/PUC-RIO: "Hidrogênio e Transição Energética"

Devido ao sucesso e receptividade de nossa primeira turma, a AHK-RJ, sob o escopo da Aliança Brasil-Alemanha oferece pela segunda vez em 2021 um curso de extensão sobre o Hidrogênio como tecnologia do futuro e seu papel chave nas agendas de transição energética. O currículo do curso foi concebido por especialistas e pesquisadores da GESEL/UFRJ e PUC-RIO, e tem como objetivo oferecer a você conhecimentos técnicos, regulatórios, econômicos, financeiros e ambientais sobre a economia do hidrogênio, com o olhar voltado às oportunidades e tendências do mercado internacional e nacional. O curso síncrono ocorrerá através da plataforma Zoom, no período de 4 semanas, com encontros segundas-feiras e quartas-feiras de 18hrs às 20hrs, a partir do dia 08 de novembro. Inscreva-se: https://brasilien.rio.ahk.de/pt/ficha-de-inscricao-ahk-rio-2021

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3 GESEL no Podcast Ao Ponto: Nivalde de castro comenta potencial do H2V

O Coordenador do GESEL, Nivalde de Castro, deu entrevista ao Podcast Ao Ponto, do Jornal O Globo. Tratando do tema “H2V, a aposta da ciência para alcançar as metas do clima”, Nivalde explicou os desafios e o potencial da tecnologia do hidrogênio verde, fonte de energia que poderá ter papel decisivo em uma economia neutra em emissões de carbono. Acesse aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 13.10.2021)

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4 “Jabutis estão crescendo e se reproduzindo na MP da crise hídrica”, diz Abrace

Paulo Pedrosa, presidente da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace), criticou em vídeo a inserção de uma série de emendas na MP 1.055 que encareceriam o custo da energia e tirariam a sua competividade. Nesse caso, um dos alvos da associação é a prorrogação do subsídio ao carvão, que acabaria em 2027. De acordo com o executivo, o mundo inteiro trabalha para descarbonizar a matriz e contribuir com a melhora do clima, não justificando a continuidade do subsídio. “Os jabutis da MP da Eletrobras estão crescendo e se reproduzindo na MP da crise hídrica”, acusa Pedrosa. Outra emenda destacada pelo presidente da associação é a que banca os custos dos gasodutos das térmicas da MP da Eletrobras, que serão pagos via tarifa. Em relação a essa emenda, Pedrosa deixa claro que isso pode prejudicar a região Nordeste, em que estados como a Bahia, que se destaca com projetos renováveis, terão seu mercado reduzido, já que a oferta de energia será mantida pelas fontes garantidas na MP. “Perde espaço, não ganha gasodutos nem térmicas e as tarifas vão ficar mais caras”, aponta o mesmo. Em suma, as emendas sobre reservas para PCHs e os contratos do Proinfa também foram lembradas como danosas por ele. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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Empresas

1 Leilão da Celg T deve atrair grandes grupos

O Estado de Goiás realiza na quinta-feira (14) o leilão de venda do braço de transmissão de energia da Celg, quase cinco anos depois da privatização da antiga distribuidora estatal. O ativo, que terá 100% de suas ações alienadas pelo preço mínimo de R$ 1,1 bi, tem sido estudado por grandes grupos do setor elétrico, que enxergam nele uma possibilidade de consolidação. Controlada pela CelgPar, do governo goiano, a Celg T detém três concessionárias de transmissão. Ao todo, seu portfólio conta com 755 km de linhas e 12 subestações próprias, que representam uma receita anual permitida (RAP) de aproximadamente R$ 216,4 mi. Após a cisão, a Celg T ficou com patrimônio líquido de R$ 1,052 bi. No mercado, a expectativa é de que o leilão possa atrair grandes grupos do setor elétrico. “Embora tenha riscos, a transmissão é o mais previsível entre todos os segmentos, é quase uma renda fixa. Lógico que depende de como estão os ativos e as condições do leilão, mas [a transmissão] é quase sempre um bom negócio, acho que vai ter bastante interessado”, avalia Rosi Costa Barros, sócia da área de Energia e Recursos Naturais do escritório Demarest. Entre as empresas que já comentaram publicamente estarem estudando o ativo, estão a CPFL Energia, EDP Brasil, ISA Cteep e Taesa. (Valor Econômico – 12.10.2021)

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2 Vibra terá 50% da Comerc até fevereiro

Numa manobra surpreendente, a Vibra (ex-BR Distribuidora) fechou a aquisição de 50% da plataforma de energia Comerc na sexta-feira à noite, dia em que a companhia alvo marcou para precificar sua oferta inicial de ações (IPO). As informações foram antecipadas em primeira mão pelo Pipeline, site de negócios do Valor. Sem tempo hábil para um processo tradicional de aquisição, a Vibra e a Comerc montaram uma estrutura que permite uma injeção rápida de capital na holding de energia, mas dá espaço para diligências por parte da ex-BR Distribuidora. A Vibra terá uma debênture conversível em ações, colocando R$ 2 bilhões em dinheiro novo na Comerc por 30% do capital. O prazo para conversão é fevereiro de 2022, quando a companhia precisa necessariamente exercer um opção de compra de mais 20% da Comerc, agora secundária, por R$ 1,25 bilhão. Assim, terá 50% por R$ 3,25 bilhões. (Valor Econômico – 11.10.2021)

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3 Enel SP aceitará cartão de crédito para pagamento da conta

A Enel SP está oferecendo uma nova condição de pagamento das contas de energia a seus clientes. A nova modalidade, por meio do cartão de crédito, estará disponível no site da distribuidora e qualquer cliente baixa tensão poderá utilizar e pagar seus débitos vencidos ou a vencer. Segundo a concessionária, uma das vantagens da nova opção é que o cliente pode parcelar as faturas em até 24 vezes. Os serviços estarão disponíveis dentro da Agência Virtual, no site da companhia, ou por meio do aplicativo Enel SP, disponível gratuitamente para iOS e Android. (CanalEnergia – 11.10.2021)

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4 Nova sede da Enel RJ vai consumir 40% menos de energia

A nova sede da Enel RJ, na região da zona portuária do Rio de Janeiro, vai consumir cerca 40% menos de energia que a sede antiga, em Niterói. Em cerimônia de inauguração do novo espaço, na última quinta-feira, 8 de outubro, a diretora de Serviços e Segurança Patrimonial, Flavia Baraúna revelou ainda que a empresa instalará no Aqwa Corporate – novo endereço da companhia – três vagas com recarga para veículos elétricos, por meio da subsidiária Enel X. “O projeto trouxe eficiência e otimização de custos”, revela. O espaço também terá a certificação WELL, com foco no bem estar das pessoas. De acordo com a diretora, essa certificação é a maior com este foco. “Ela coloca a pessoa dentro do escritório no centro de todas das propostas que fazem”, explica a diretora. Os espaços devem observar aspectos como qualidade do ar, água, alimentação, iluminação natural e conforto. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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5 Omega revisa termos de combinação de negócios

Os conselhos de Omega Geração e da Omega Desenvolvimento revisaram na última sexta-feira os termos da combinação de negócios que cria a Omega Energia. Na revisão, atribuiu-se o valor de R$ 40 para cada ação da primeira, o que totaliza R$ 7,86 bilhões em equity value. Para a segunda o valor ficou em R$ 1,96 bilhão. Assim, o braço de geração passa a corresponder a 80% da Omega Energia – antes era 74,4% – e a de desenvolvimento a 20%, contra os 25,6% anteriores, após a Combinação de Negócios. De acordo com o comunicado, a revisão reduz em R$ 744 milhões a avaliação inicial da Omega Desenvolvimento, de R$ 2,7 bilhões em R$ 744 milhões. Já o valor da ação teve como base o preço de fechamento do dia 7 de outubro de 2021 que foi de R$ 32,45 cada, a avaliação da Omega Desenvolvimento soma R$ 1,6 bilhão, o que reduziria o chamado valor em risco, apontado pelo mercado em relação ao plano de negócios. (CanalEnergia – 11.10.2021)

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Leilões

1 PCS 21: CMO divulgado

A EPE disponibiliza o conjunto dos CMO que serão utilizados no cálculo dos valores esperados do COP e do CEC dos empreendimentos de geração termelétrica candidatos à contratação na modalidade por disponibilidade para Procedimento Competitivo Simplificado de 2021. Os valores dos CMO disponibilizados devem ser limitados aos preços de liquidação das diferenças - PLD mínimo (49,77 R$/MWh) e máximo (583,88 R$/MWh) para o cálculo do CEC. Ressalta-se que os valores de CMO foram obtidos do Caso Base do Procedimento Competitivo Simplificado de 2021. O documento pode ser acessado a partir da relação de arquivos disponíveis no fim da área do Procedimento Competitivo. (EPE – 08.10.2021)

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2 PCS 21: Cálculo das Garantias Físicas

A EPE disponibiliza, na área de leilões de energia, o caso base com os arquivos de dados para o modelo NEWAVE, utilizados no cálculo das Garantias Físicas de Energia dos empreendimentos com previsão de despacho centralizado, para participação no Procedimento Competitivo Simplificado de 2021. As premissas adotadas na elaboração do Caso Base, assim como as atualizações realizadas, encontram-se detalhadas no Informe Técnico EPE-DEE-IT-119-2021. Os documentos podem ser obtidos na relação de arquivos disponíveis na área do Procedimento Competitivo Simplificado de 2021. (EPE – 08.10.2021)

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3 PCS 21: Metodologia de cálculo dos parâmetros COP e CEC divulgado

A EPE disponibiliza o Informe Técnico nº EPE-DEE-IT-118/2021 com a metodologia a ser considerada no cálculo dos parâmetros de competitividade associados ao Valor Esperado do COP e ao Valor Esperado do CEC, exclusivamente, para o Procedimento Competitivo Simplificado de 2021, cujas diretrizes foram estabelecidas na Portaria MME nº 24, de 17 de setembro de 2021. Esses parâmetros compõem a parcela K do Índice de Custo Benefício – ICB – para os empreendimentos candidatos à contratação na modalidade por disponibilidade por meio do referido Procedimento. O documento pode ser acessado a partir da relação de arquivos disponíveis no fim da área do Procedimento Competitivo. (EPE – 08.10.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios do SE/CO continuam estáveis com 16,6% da capacidade

A região SE/CO voltou a apresentar níveis estáveis no último domingo, 10 de outubro, segundo o ONS, e conta com 16,6%. A energia armazenada mostra 33.888 MW mês e a ENA aparece com 19.479 MWm, o mesmo que 64% da MLT. Furnas admite 14,31% e a usina de São Simão marca 9,41%. A Região Sul apontou um crescimento de 1,2 p.p e está operando com 32,8% da capacidade. A energia armazenada marca 6.524 MW mês e ENA é de 12.472 MWm, equivalente a 78% da MLT no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 17,02% e 42,72% respectivamente. (CanalEnergia – 11.10.2021)

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2 Reservatórios do NO e NE apresentam queda na capacidade

O subsistema do Nordeste recuou 0,1 p.p e opera com 37,7% da sua capacidade. A energia armazenada indica 19.460 MW mês e a ENA computa 1.001 MWm, correspondendo a 35% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 37,41%. Os reservatórios da Região Norte apresentaram diminuição de 0,3 p.p e estão operando com 56,7% da capacidade. A energia armazenada mostra 8.602 MW mês e a ENA aparece com 1.800 MWm, o mesmo que 74% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 72,23%. (CanalEnergia – 11.10.2021)

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3 ONS: cenário muda, porém ainda requer atenção

O ONS apresentou na última reunião do CMSE novos estudos que indicam um cenário mais otimista. O período úmido deverá chegar dentro do prazo normal e as ações e decisões tomadas devem refletir em maior efetividade. Como resultado, o cenário está melhor, sem risco de racionamento e com disponibilidade energética para o atendimento de potência. Contudo, a situação hidroenergética ainda é sensível à eventual frustração dos recursos considerados na avaliação e as medidas excepcionais que vêm sendo gradualmente adotadas serão mantidas. (CanalEnergia – 11.10.2021)

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4 ONS: carga reverte curva e pode recuar em outubro

A carga de energia no SIN deve ter um recuo de 0,1% em outubro, de acordo com ONS. A região Sul será responsável pelo maior recuo proporcional, de 1,5%. O outro subsistema que terá queda é SE/CO, de 1,1%. Já no no Nordeste a projeção é de alta de 3,7%, enquanto no Norte deve crescer 2,6%. Os reservatórios do SE/CO, em atenção especial desde o começo da crise hídrica, terminam outubro com volume esperado de 15,2%. Na região Nordeste deve ficar em 35,5%, enquanto no Norte a expectativa é de chegar ao fim do mês com 45,8%. O Sul deve ter o maior armazenamento, de 49,5%. A previsão mensal de ENA no SE/CO disparou e está em 23.335 MWm, o mesmo que 99% da MLT. No Sul, os 15.448 MWm equivalem a 116% da MLT e no Nordeste, o valor esperado é de 1.349 MWm, que corresponde a 42% da MLT. Já no Norte, a expectativa é de 2.002 MWm, iguais a 83% da MLT. Como consequência, a média semanal do CMO recuou de forma expressiva, saiu do patamar de R$ 426/MWh de sete dias atrás e agora é de R$ 198,74/ MWh para todos os submercados. Na carga pesada, o CMO é de R$ 201,32/ MW. Na carga média é de R$ 200,76 MWh e na leve é de R$ 196,83/ MWh. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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5 Paraná adota plano de redução de consumo

A intenção é reduzir o consumo de energia elétrica na administração pública estadual direta e indireta entre 10% e 20% no período que engloba outubro de 2021 a julho de 2022 em relação à média dos mesmos meses de 2018 e 2019. O decreto estabelece recomendações para uso do ar-condicionado, iluminação, tecnologia da informação, elevadores, geladeiras e congeladores, e também para novas contratações e aquisições de bens e serviços. A diminuição no consumo também vai gerar economia financeira ao Estado, que prevê déficit no orçamento do próximo ano. O acompanhamento das metas de redução do consumo de energia elétrica será feito por um grupo especial, criado para esse fim em cada órgão, que vai assessorar e monitorar os servidores na adoção das medidas previstas no decreto. Todos os grupos deverão permanecer funcionando até 30 de julho de 2022. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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6 Hidrelétricas do Rio Paraná correm risco de paralisação

As condições drásticas enfrentadas vividas na bacia do Rio Paraná, onde o transporte fluvial já foi comprometido devido à escassez hídrica, poderão levar à paralisação das hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira, as duas maiores da região. Dados de domingo, 10, medidos pelo ONS, apontam que a hidrelétrica de Três Irmãos operava com uma cota de 320,96 metros. Conforme foi autorizado pela CREG, Três Irmãos, que está com menos de 2% de seu volume útil para geração de energia, está apta a funcionar até o limite mínimo de 319,77 metros. Em condições normais, a cota mínima para manter a usina em funcionamento sem comprometer suas turbinas é de 323 metros. O cenário também é crítico na barragem de Ilha Solteira, que tem como referência de volume útil a cota de 323 metros definida pela ANA. Esse é o volume mínimo para não interromper o funcionamento da hidrovia Tietê-Paraná. Ocorre que o reservatório já opera bem abaixo disse e chegou ao fim de semana com apenas 319,97 metros. Em caráter de exceção, o ONS está autorizado a manter a operação da usina até chegar à cota de 314 metros. (O Estado de São Paulo – 11.10.2021)

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7 Itaipu alcança 50 milhões de MWh gerados no ano

A usina de Itaipu estava prestes a atingir a marca de 50 milhões de MWh gerados no ano de 2021 em 9 de outubro. A central registra índice de produtividade média anual até o momento, em 1,0977 MWméd/m³/s, o melhor índice anual de todos os tempos. Em julho, a binacional tinha batido o recorde de produtividade mensal, com 1,1221 MWméd/m³/s. A produtividade é um índice calculado pela relação entre a quantidade de energia gerada e a vazão turbinada. De acordo com a geradora, os índices são possíveis graças ao empenho das equipes binacionais da Área Técnica, fazendo que Itaipu atenda aos requisitos energéticos dos dois países da forma mais eficiente possível, ao gerar energia no melhor ponto de operação das unidades geradoras, no qual o consumo de água é menor. Para que isso aconteça, é necessário que as máquinas estejam disponíveis para geração, o que demanda um trabalho coordenado entre as áreas de O&M da usina. Esse volume, estima, seria suficiente para abastecer o planeta Terra por 19 horas, o Brasil por um mês e sete dias e o Paraguai por dois anos e 11 meses. (CanalEnergia – 11.10.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Redução do ICMS para carros elétricos não deve baixar preços

O Governo de São Paulo anunciou na semana passada a redução da alíquota do ICMS para setores geradores de empregos a partir de 2022. Dentre os segmentos beneficiados está o de mobilidade elétrica, que terá uma redução de 18% para 14,5%. Por mais que seja uma medida positiva, ainda não é uma notícia que pode de fato fazer com que os preços do mercado diminuam de forma significativa, segundo Ricardo da Silva David, sócio-fundador da Elev, empresa do segmento. Para ele, apesar de estar no caminho correto, ainda falta muito para os carros elétricos emplacarem no Brasil. “É um pequeno passo para o que nós, que atuamos no segmento da eletromobilidade, esperamos. Os governos estaduais precisam fazer a sua parte, mas também são necessárias ações em nível nacional, provindas do Congresso ou do Executivo. Para o segmento realmente chegar na maior parcela da população, ainda precisamos de incentivos públicos, como é o caso da diminuição do ICMS em São Paulo”, explica Ricardo. Segundo o executivo, um dos grandes entraves no Brasil ainda é o valor dos automóveis, mas também são necessárias ações coordenadas para incentivar o crescimento do segmento como um todo. “Precisamos de investimentos sérios na estruturação, algo que vai da instalação de carregadores em estradas, condomínios e espaços de comércio e, ao mesmo tempo, com ações dos governos federal, estadual e dos municípios, incentivando o segmento”, declarou. (Monitor Mercantil – 11.10.2021)

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2 Magalu vai colocar 51 caminhões elétricos nas ruas até dezembro

O Magalu começou a eletrificar sua frota de caminhões. Os primeiros 51 VUCs elétricos a rodar foram comprados da montadora chinesa JAC Motors, segundo a varejista. Até o fim de outubro, 23 caminhões elétricos já terão começado a circular pelas ruas de estados como São Paulo, Bahia e Paraíba, e os outros serão entregues até o final do ano. De acordo com a empresa, os veículos serão usados para abastecer lojas e fazer entregas de produtos de maior porte, como móveis e eletrodomésticos grandes. A eletrificações dos transportes ainda é um movimento novo que esbarra em custos, baterias e infraestrutura de carregamento. (Folha de São Paulo – 10.10.2021)

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3 Voltz quer tornar motos elétricas mais acessíveis para brasileiros

A startup brasileira de motos elétricas Voltz decidiu dar fim a dois dos principais problemas da mobilidade elétrica atual: limitações de baterias dos veículos elétricos de duas rodas da marca e o alto custo na hora de adquirir uma moto elétrica. As motocicletas da Voltz operam a uma velocidade máxima de 60 km/hora. Quando estão sem energia, a bateria de lítio da moto pode ser removida da moto real e carregada onde houver uma tomada disponível. Além disso, as motos da Voltz podem ser carregadas em qualquer tomada por um custo médio de apenas R$ 0,02 por km. Somado a isso, o plano de assinatura da Voltz pode baratear os veículos de duas rodas da marca em até 40%. Os planos da marca chegam ao mercado brasileiro com preços competitivos que vão de R$ 19 a R$ 250, dependendo da quilometragem almejada, e ainda atendem aos usuários mais intensivos, como entregadores de aplicativos de delivery. A cada carga, a motocicleta pode rodar em média 60 km. E de acordo com o site da startup, o tempo máximo de espera de carregamento é de quatro horas. Para que o seu novo programa de assinatura saísse do papel, a startup de motos elétricas inaugurou recentemente duas estações para a troca de baterias na região de SP que permitirão que cada um dos motoristas possa substituir suas baterias descarregadas ao invés de colocar na tomada e esperar um determinado tempo. A troca da bateria das motos elétricas da Voltz pode ser realizadas em questão de segundos. (Click Petróleo e Gás – 11.10.2021)

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4 Honda quer criar “ecossistema de mobilidade” com táxis voadores até 2030

A novidade no ramo da mobilidade urbana é a utilização de veículos de aterrissagem e decolagem vertical, os chamados VTOLs. Grandes empresas como Uber, Hyundai, Embraer e até a Gol trabalham para oferecer suas versões elétricas e híbridas de táxis voadores a partir de 2025 e chegou a vez da Honda anunciar o projeto do seu próprio eVTOL. A solução apresentada pela empresa é um táxi voador com opções híbridas ou elétricas, dependendo dos trajetos e de seu uso. Sabe-se que a opção elétrica limita a autonomia do modelo a 100 km, enquanto a versão híbrida permite que o modelo percorra 400 km sem a necessidade de reabastecer. Neste caso, para ter esse aumento na autonomia e diminuir a necessidade de abastecimento do seu eVTOL, a Honda terá uma unidades equipadas com motor a combustão e turbinas. A ideia da empresa é criar um serviço multiveículos, o que a Honda chamou de “ecossistema de mobilidade”. Portanto, além de fornecer o eVTOL, a marca fará a integração entre ele e o transporte até a área de embarque, tudo por meio de um único aplicativo. (Quatro Rodas – 11.10.2021)

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5 O carro-home movido a energia solar, chega a Madrid

Uma equipe de 22 pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven (Holanda) desenvolveu o Stella Vita , um protótipo de carro/casa alimentado exclusivamente por energia solar. O veículo, que percorre 3.000 km pela Europa, usa painéis solares que geram energia suficiente para dirigir, trabalhar e viver sem emitir CO2. Stella Vita é uma entidade autônoma com total independência das estações de serviço. Pode acomodar dois passageiros e quando totalmente carregado tem um alcance de 730 quilômetros, podendo atingir uma velocidade máxima de 120 quilômetros por hora. Está equipado com painéis solares que se desdobram numa área de 17,5 metros; Ele pesa 1.700 kg e tem 7,2 metros de comprimento. No interior encontra-se uma casa móvel equipada com cozinha, cama para duas pessoas, duche e WC. O veículo está viajando 3.000 quilômetros pela Europa sem precisar parar para reabastecer ou depender de um plug. Começou a sua viagem na Holanda a 19 de setembro e fez escalas em Bruxelas, Paris, Le Mans, Île de Ré, Bordéus, Biarritz e Saragoça. Agora está em Madrid. (Energías Renovables - 08.10.2021)

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Inovação

1 Departamento de energia do governo dos EUA financiará produção de hidrogênio a partir da fonte nuclear

Na busca mundial pela dianteira na produção e comercialização de hidrogênio como fonte de energia, os Estados Unidos fizeram um novo movimento para fomentar esse energético. O Departamento de Energia do governo americano (DOE) fará um financiamento de US$ 20 milhões em um projeto para demonstrar a produção de energia limpa de hidrogênio (H2) a partir da usina nuclear de Palo Verde, no estado do Arizona. O objetivo da iniciativa é mais do que simplesmente provar a viabilidade técnica do uso da fonte nuclear como alternativa para produção de H2. O projeto também almeja reduzir o custo do hidrogênio limpo para US$ 1 por quilograma – o que representaria uma diminuição de 80%, de acordo com o DOE. (Petronotícias – 09.10.2021)

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2 Plug Power e parceira participam de acordo histórico para introduzir hidrogênio verde em aeroportos

Com aeroportos considerados como o próximo ponto estratégico para a utilização de hidrogênio, a Airbus e a Plug Power farão parceria em um estudo de referência para investigar a viabilidade de trazer hidrogênio verde para aeroportos e operações de aeronaves em todo o mundo, revelado hoje (13). Como parte do acordo, os dois grupos selecionarão um aeroporto dos EUA para servir como o primeiro aeroporto piloto de “Hub de Hidrogênio” na América do Norte, servindo como um estudo de caso para expansão da infraestrutura de hidrogênio em outros aeroportos. A Airbus, uma das maiores empresas da indústria da aviação, reconheceu o potencial do hidrogênio em vôo como uma das opções de emissão zero mais promissoras e agora trabalhará em estreita colaboração com a Plug Power para integrar a transportadora de energia limpa ao ecossistema do aeroporto no próximos anos. (H2 View – 13.10.2021)

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3 Hidrogênio verde pode descarbonizar o transporte marítimo internacional em 80%

Depois de relembrar que entre 80% e 90% do comércio internacional é feito por via marítima, o Diretor-Geral da IRENA, Francesco La Camera, ressalta: “A descarbonização do transporte marítimo global é um dos setores mais difíceis de enfrentar e, apesar de grandes ambições, os planos atuais são insuficientes. " Uma rápida substituição de combustíveis fósseis por combustíveis renováveis baseados em hidrogênio verde e biocombustíveis avançados poderia reduzir até 80% das emissões de CO2 atribuídas ao transporte marítimo internacional em meados do século. (Energías Renovables - 13.10.2021)

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4 Trem de hidrogênio Talgo chegará aos mercados em 2023

Um novo trem movido a hidrogênio deve chegar aos mercados em 2023, com demonstrações programadas para começar no próximo ano. A fabricante de trens de passageiros Talgo está por trás da inovação, e ontem (12), a empresa fechou um novo acordo que utilizará os serviços da Ballard Power Systems para produzir oito módulos de célula de combustível FCmoveTM-HD de 70 quilowatts. Com as inovações da célula de combustível de Ballard já definidas para alimentar uma série de outros trens de hidrogênio, incluindo o primeiro trem movido a hidrogênio da Escócia que será revelado no próximo mês na COP26, a Talgo está confiante com sua escolha de fornecedor. No anúncio, Emilio Garcia, Diretor de Inovação da Talgo, disse: “O hidrogênio verde não é mais o futuro, é uma realidade. A implantação de trens a hidrogênio, como o que a Talgo está desenvolvendo, vai melhorar a mobilidade e ter um impacto positivo no meio ambiente ao substituir a tecnologia do diesel. (H2 View – 12.10.2021)

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5 Thyssenkrupp aposta na produção de hidrogênio em grande escala

A Thyssenkrupp anunciou na semana passada a expansão para 5 GW da capacidade de produção anual de hidrogênio verde, por meio da participação em três projetos de pesquisa do governo da Alemanha. O trabalho envolve produção industrial, uso e integração de sistemas, com a fabricação em série de eletrolisadores de água em grande escala (projeto H2Giga), produção offshore de combustíveis sintéticos, amônia verde, metanol verde e metano sintético (H2Mare). Além do transporte do combustível e tecnologias de conversão, como craqueamento de amônia (TransHyDE). Em nota, a empresa explica que a ideia é expandir sua liderança tecnológica em toda a cadeia de valor de produtos químicos verdes até 2025. (CanalEnergia – 11.10.2021)

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6 Hy2en dá início à produção de combustível eletrônico no sul da França

A Hy2en pretende produzir hidrogênio verde e outros biocombustíveis, como amônia verde, e-metanol e combustíveis de aviação sustentável (SAF) a partir de energia 100% renovável” é uma parte do projeto HYNOVERA, que será liderado pela Hy2en. Na sexta-feira (11), a empresa confirmou que investiu € 460 milhões como o principal investidor do projeto. Uma fábrica já está em construção no sul da França para produzir combustível de aviação (SAF, em inglês). Com foco na produção de hidrogênio, a Hy2en quer produzir aproximadamente 20.000 toneladas de transportador de energia anualmente. O objetivo a médio prazo é fornecer combustíveis de baixo carbono ao transporte aéreo e marítimo no sul da França. No longo prazo, a Hy2gen quer dar uma contribuição decisiva para o desenvolvimento de uma infraestrutura sustentável para a produção de hidrogênio verde e outros combustíveis neutros para o clima com os projetos HYNOVERA na Europa. (H2 View – 11.10.2021)

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7 Biometano feito de resíduos de milho pode ser pior para o clima do que os combustíveis fósseis

Uma nova análise do Conselho Internacional de Transporte Limpo ( ICCT ), que examina as possíveis emissões de Gases de Efeito Estufa durante o ciclo de vida de todos os tipos de produção de hidrogênio na UE, bem como de biometano, alerta para o potencial de redução de baixo carbono quando o biogás é obtido do milho armazenado em silos. O ICCT alerta que o biometano produzido a partir da silagem de milho pode ser ainda pior para o clima do que os combustíveis fósseis. Quanto ao hidrogênio, sua conclusão é que apenas o produzido a partir da eletricidade renovável tem emissões realmente nulas. (Energías Renovables - 11.10.2021)

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8 PSR lança versão 17 de seu modelo SDDP

A PSR lançou a versão 17 do seu modelo de otimização operativa estocástica SDDP, que é aplicado em mais de 70 países nas Américas, Europa, Ásia-Pacífico e África, incluindo alguns dos maiores mercados do mundo, como o NordPool, Costa Oeste dos EUA, Canadá e Brasil, como pela EPE, ONS e agentes do setor. Agora são quatro novas funcionalidades que chegam ao mercado. A primeira é a incorporação da representação das cadeias de produção de hidrogênio e a eletrificação de outros setores da economia de forma integrada com o setor elétrico. Luiz Carlos da Costa, diretor técnico da PSR e gerente de desenvolvimento do SDDP, aponta que a busca por novos padrões de produção e consumo baseados em energia limpa e sustentável nas próximas décadas requer repensar setores-chave tais como indústria, transporte, construção e aquecimento. Nesse sentido, a eletricidade desempenhará um papel crucial nesta transformação, alavancada pela competitividade das renováveis. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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9 Trina Storage apresenta a sua mais recente solução de armazenamento

As feiras Intersolar Europe / Energy Storage Europe, realizadas na semana passada na Alemanha, foram o cenário escolhido pela multinacional chinesa para apresentar o seu mais recente produto: Elementa, um armário de bateria à escala LFP (lítio-ferro-fosfato) totalmente integrado e utilidade modular. A empresa explica que se trata de uma solução totalmente integrada e modular de armazenamento de energia, projetada para uma instalação "plug and play", com menos fiação e logística mais fácil do que outros produtos similares existentes no mercado. Tudo isso reduz o tempo de instalação até 70%, enquanto a simplificação do processo pode reduzir os gastos de capital (de sistemas em mais de 5%, de acordo comTrina Storage. O Elementa estará disponível a partir de 2022. (Energías Renovables - 13.10.2021)

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10 P&D da EDF Norte Fluminense criou solução para vazamentos em subestações

Um projeto liderado pela EDF Norte Fluminense criou um Dispositivo Separador Óleo-Água que atua contra vazamentos de óleo em subestações. Na última fase o investimento ficou em R$ 2 milhões do Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica e também teve a participação da Light (RJ), Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação. O dispositivo de segurança é composto por uma caixa de fibra de vidro e resina especial para altas temperaturas, com mantas e válvula que no caso de vazamentos de transformadores, faz a separação da água e retenção do óleo e sinaliza a ocorrência, impedindo que solo e subsolo sejam contaminados. Além disso, opera sem a necessidade de controle presencial. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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11 H2V, a aposta da ciência para alcançar as metas do clima

O Professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, explica os desafios e o potencial da tecnologia do hidrogênio verde, fonte de energia que poderá ter papel decisivo em uma economia neutra em emissões de carbono. Explica que, com os esforços mundiais sendo realizados para reduzir a emissão de carbono, o hidrogênio verde (H2V) passa a ser a grande aposta para tornar essa meta viável. Com três vezes mais energia que a gasolina, o hidrogênio é o elemento químico mais abundante em todo o universo. Se for produzido por meio de uma fonte limpa, como a energia eólica ou a solar, passa a ser a chave para o movimento de descarbonização do planeta e seu desenvolvimento tecnológico é prioritário entre as ações para reduzir o aquecimento global. (O Globo – 13.10.2021)

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Meio Ambiente

1 Petrobras eletrifica plataformas para cortar emissões

A Petrobras passará a usar plataformas de produção de petróleo totalmente eletrificadas nos projetos que começar a conceber de agora em diante. O objetivo da petroleira é usar a eletricidade como fonte de energia para todo os equipamentos das unidades de produção marítimas, de modo a ganhar eficiência e reduzir o volume de emissões de carbono por barril de petróleo produzido, em meio à transição energética. De acordo com a gerente-executiva de mudanças climáticas da Petrobras, Viviana Coelho, a estimativa é que a eletrificação de plataformas leve a uma redução de 6% a 20% nas emissões de poluentes, percentual que varia entre os diferentes projetos e depende do estágio de produção de cada campo. Isso deve levar a uma queda, em média, de cerca de um quilo de carbono emitido por barril de petróleo produzido no pré-sal. A Petrobras tem o compromisso de 25% de redução de emissões até 2030 em relação a 2015. Especialistas apontam que, num cenário em que o petróleo tende a ter espaço cada vez menor na matriz energética global, as empresas capazes de produzir com menos emissões vão ser mais competitivas. (Valor Econômico – 11.10.2021)

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Energias Renováveis

1 ONS aponta sequência de recordes na geração solar

O Operador Nacional do Sistema Elétrico informou que a geração solar média no Nordeste ficou em 1.001 MW médios na última quinta-feira, 7 de outubro, representando 7,9% da demanda da região, novo ponto máximo da fonte.. Ainda no dia 5 foi a vez do Sistema Interligado Nacional bater recorde, quando foram gerados 1.322MW médios. Neste dia, a solar foi responsável por atender a 1,8% da demanda por eletricidade do País. Ainda de acordo com o ONS, o viés positivo também é registrado na região Sudeste. Logo no primeiro dia do mês, a geração instantânea atingiu 1.059 MW, às 11h34. O registro foi superado no dia 3 de outubro, quando o pico foi de 1.068MW, às 11h44. Hoje, a energia solar representa 2,2% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue a 2,6% até o fim deste ano. (CanalEnergia – 11.10.2021)

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2 EDP Renováveis inaugura em São Paulo seu maior complexo de energia solar

A EDP Renováveis, braço de geração de energia renovável do grupo português EDP, inaugurou nesta sexta-feira um complexo solar em Pereira Barreto (SP), com potência instalada de 252,29 MWdc. Segundo a companhia, trata-se de seu maior empreendimento do tipo desenvolvido, construído e operado em todo o mundo. “Pereira Barreto representa a aposta da empresa pela diversificação, neste caso pela energia solar fotovoltaica. O Brasil é um mercado-chave para a realização do nosso plano de negócios. A expectativa, inclusive, é inaugurar, a médio e longo prazo, outros projetos similares na região”, disse, em nota, Miguel Stilwell d’Andrade, CEO do grupo EDP e também da EDP Renováveis. A energia gerada pelo projeto solar será comercializada pela EDP Brasil, que possui uma das maiores comercializadoras do país. A planta fotovoltaica paulista gerou 1,5 mil postos de trabalho durante a fase de construção e deverá evitar a emissão de mais de 150 toneladas de CO2 por ano. (Valor Econômico – 08.10.2021)

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3 Rio Alto expande operação e se prepara para IPO de R$ 2 bi

A geradora de energia renovável Rio Alto coloca em marcha um ambicioso projeto de construir 1,6 gigawatts-pico (GWp) em usinas fotovoltaicas do Complexo Solar Santa Luzia, na Paraíba, mirando chegar à Bolsa com um valor de mercado superior a R$ 4 bilhões e captar cerca de R$ 2 bilhões em uma oferta de ações. O valor de mercado é o dobro do que a empresa foi avaliada em junho, quando recebeu um aporte de R$ 550 milhões. Dois meses antes, desistira do IPO, quando pretendia levantar perto de R$ 800 milhões. “Agora vamos aguardar uma nova janela no mercado e, nesse meio tempo, usaremos os recursos da captação privada para as operações”, disse o sócio da empresa, Rafael Brandão. O pico de produção de energia previsto nas usinas é suficiente para iluminar, em média, mais de 700 mil residências. O projeto como um todo deve estar concluído em 2023, e os investimentos para colocá-lo em pé chegam a R$ 2,4 bilhões. (O Estado de São Paulo – 12.10.2021)

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4 Vestas atinge novo marco de produção em sua fábrica localizada no Ceará

A Vestas atingiu uma nova marca de produção em sua fábrica brasileira, localizada na cidade de Aquiraz, no estado do Ceará. A unidade ultrapassou o volume de 3 GW de naceles produzidas para a turbina eólica modelo V150-4.2 MW. As naceles são componentes que ficam no topo da torre do aerogerador. Em seu interior, estão abrigados a caixa de multiplicação, o gerador, o transformador, entre outros. O feito acontece dois anos após a expansão da fábrica da empresa no Ceará, em 2019, e do início da produção local desse modelo de turbina. Os 3 GW já produzidos no local são parte das mais de 1.300 unidades relacionadas aos pedidos que a Vestas recebeu da V150-4.2 MW, que irão adicionar mais de 5,8 GW à matriz elétrica brasileira. (Petronotícias – 10.10.2021)

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5 Governo de SP quer 50 usinas GD até o final de 2022

O governo do estado de São Paulo quer implantar 50 usinas de geração distribuída solar no estado até o final da atual gestão, que termina no final de 2022. A ideia é aproveitar imóveis e terrenos ociosos. A informação foi confirmada pela Agência CanalEnergia com exclusividade durante a inauguração do Complexo Solar da Pereira Barreto da EDP Renováveis pelo subsecretário de Infraestrutura do estado de São Paulo, Cassiano Ávila. Hoje o governo gasta cerca de R$ 670 milhões por ano com energia elétrica. O executivo diz que a ideia é reduzir essa conta e também dar utilidade a esses lugares que estão sem aproveitamento. “Inicialmente as plantas terão até 5MW (…) a gente consultou a Cetesb para verificar se os imóveis que a gente já identificou se eles têm algum empecilho que impeçam o licenciamento do projeto”. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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6 Heineken inicia projeto de energia verde para bares e restaurantes

A Heineken deu início a um projeto que visa levar energia renovável a 50% dos bares e restaurantes de 19 capitais brasileiras, até 2030. O compromisso firmado pela marca faz parte da estratégia da cervejaria em alavancar o uso de fontes limpas de energia, iniciado a partir da produção da cerveja com energia 100% renovável, anunciado em dezembro de 2020. Agora, o objetivo é ir além da produção, facilitando o acesso a pontos de vendas, com benefícios aos negócios dos parceiros e maior impacto ao meio ambiente. A empresa informou que por meio da adesão à iniciativa, bares e pontos de vendas podem ter uma redução de até 40% em suas contas de energia. A participação é gratuita, sem taxas, instalação ou fidelidade. O estabelecimento só precisará se cadastrar em uma plataforma digital que vai conectá-lo a uma fonte de geração de energia verde. A distribuição de energia será feita normalmente pela rede da concessionária de energia, e o estabelecimento não terá nenhum tipo de custo ou necessidade de qualquer adaptação no sistema elétrico atual. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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7 Chile: Fontes renováveis não convencionais atinge quase 11 MW

A Associação Chilena de Energias Renováveis e Armazenamento (Acera) divulgou os dados estatísticos do setor referentes ao mês de setembro, entre os quais se destaca que a capacidade instalada de fontes renováveis não convencionais (NCRE), ou seja, excluindo as grandes hidrelétricas, atingiu 10.842 MW, o que representa 35,8% da potência do Chile. O relatório informa que no último mês o aumento da capacidade instalada do NCRE como um todo em relação ao mês anterior foi de 4,2%, principalmente e exclusivamente devido à entrada em operação de novas usinas fotovoltaicas, 8,5% a mais em relação a agosto. Por tecnologia, é justamente o fotovoltaico que lidera, com 5.647 MW instalados. A energia eólica continua com 3.923 MW; a mini-hidrelétrica do passado, 612 MW; biomassa, 414 MW; o termossolar, 110 MW; geotérmico, 73 MW; e biogás, 64 MW. (Energías Renovables - 08.10.2021)

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8 AIE: “Transição para energias limpas é muito lenta”

A Agência Internacional de Energia (AIE) advertiu nesta quarta-feira (13) que a transição para energias limpas é "muito lenta" e pediu mais investimentos em fontes renováveis para evitar a mudança climática e "turbulências" no mercado energético. A duas semanas da abertura da reunião de cúpula do clima COP26 da ONU e em plena escalada dos preços da energia elétrica na Europa, a agência apresenta, em seu relatório anual, "sérias advertências diante da direção que o mundo está seguindo" nesta questão. O relatório deste organismo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) reconhece a emergência de uma nova economia de baterias, hidrogênio, ou carros elétricos, mas este progresso é contrastado pela "resistência do 'status quo' e das energias fósseis". Petróleo, gás e carvão ainda estão na origem de 80% do volume total da energia consumida e são responsáveis por 75% dos desequilíbrios climáticos, completa o relatório. Até o momento, os compromissos climáticos anunciados pelos Estados permitiriam, se cumpridos, alcançar até 2030 apenas 20% da redução total de emissões de gases do efeito estufa necessária para manter o aquecimento sob controle. (G1 – 13.10.2021)

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9 RenewableUK publica plano eólico onshore

RenewableUK publicou um Prospecto da Indústria Eólica Onshore oferecendo uma nova parceria com o Governo do Reino Unido e as administrações delegadas na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. A parceria teria como objetivo maximizar os benefícios econômicos da energia limpa para os pagadores de contas e, ao mesmo tempo, garantir que o Reino Unido alcance zero emissões líquidas ao menor custo. A energia eólica onshore é uma das formas mais baratas de geração de eletricidade disponíveis no Reino Unido, de acordo com o documento. O custo da eletricidade de novos projetos eólicos em terra é menor do que o preço da eletricidade no atacado e deve ficar ainda mais barato, reduzindo as contas do consumidor. O prospecto mostra que dobrar a capacidade eólica onshore do Reino Unido para 30 GW até 2030 reduziria as contas dos consumidores em £ 16,3 bilhões (€ 19,2 bilhões) ao longo desta década - uma economia anual de £ 25 para cada família. (Renews - 13.10.2021)

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10 África do Sul tem potencial para produzir energia eólica offshore

A geração de energia eólica offshore pode ser uma resposta à descarbonização da cadeia de valor de energia da África do Sul. O país é uma das muitas nações que assinaram um compromisso para reduzir as emissões de carbono, a COP21, que exige uma redução das emissões de carbono em mais de 40% até 2025, e o Departamento de Assuntos Ambientais acredita que a energia renovável é o meio mais viável para isso. Pesquisas recentes sobre energia eólica offshore pelo Departamento de Engenharia Mecânica e Mecatrônica, pelos acadêmicos da Stellenbosch University Gordon Rae e Dr. Gareth Erfort, identificaram seis regiões adequadas para o desenvolvimento de infraestrutura eólica offshore; e indicou que as turbinas de águas profundas poderiam satisfazer a demanda anual de eletricidade do país oito vezes. “O mercado eólico na África do Sul está focado na energia eólica onshore, porque temos o espaço disponível em terra e seu custo é competitivo”, disse Mercia Grimbeek, presidente da Sawea (SA Wind Energy Association), em um comunicado. (REVE - 08.10.2021)

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Gás e Termelétricas

1 UEG Araucária está indo para o décimo aditivo contratual com a Petrobras

A UEG Araucária entrou com um pedido na Aneel de homologação do valor adicional de R$ 371,88/MWh entre 7 de outubro e 15 de novembro, além de franquia adicional de 584.796 MWh para recuperação dos custos fixos. Em abril desse ano, a agência homologou uma parcela de R$ 228,57/MWh, considerando esse mesmo montante declarado de energia. A térmica tem um contrato de gás interruptível com a Petrobras, que tem indicado o não atendimento à demanda de combustível do empreendimento. A estatal alega que os valores estabelecidos no contrato não são suficientes para cobrir os custos com a aquisição de GNL, por causa da escalada de preços no mercado internacional. A UEGA já está indo para o décimo aditivo contratual assinado com a estatal para alterações extraordinárias no contrato de suprimento de gás. O custo do insumo tem sofrido grandes variações desde junho de 2021. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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2 Aneel aprova CVU de $ 1.379,89/MWh para Potiguar I e III

A Aneel também aprovou a recomposição excepcional e temporária do CVU das UTEs Potiguar I e III, para atender determinação da CREG. O custo estabelecido para as usinas a óleo diesel será de R$ 1.379,89/MWh, na data base de julho de 2021. O valor vai vigorar até 31 de dezembro. Potiguar I tem 27MWm em contratos de energia negociados no Leilão nº 2, de 2006, enquanto potiguar III tem contratados 29 MWm no mesmo certame. A agência reguladora determinou a suspensão até o fim do ano de eventuais processos de desligamento e cobrança de penalidades por inadimplência do gerador. Os resultados decorrentes dos processos de contabilização de energia das usinas não estarão sujeitos ao rateio da inadimplência no Mercado de Curto Prazo. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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3 Veolia inicia a produção de energia por biogás

A Veolia está inaugurando três novas Usinas Termelétricas no Brasil. As centrais estão localizadas em Iperó (SP) e em Biguaçu (SC) em três dos CGR´s operados pela companhia. Segundo dados da empresa, com cerca de 12,4 MW de potência acumulada, estas três unidades geram calor e eletricidade renovável o suficiente para cobrir o consumo de energia de aproximadamente 42.000 habitantes. A opção, explicou a companhia, vem da aposta na valorização do biogás para aumentar sua oferta de energia limpa e reduzir as emissões de gases de efeito estufa em linha com sua estratégia de Transformação Ecológica. No Brasil, a Veolia também está estudando outras soluções para a valorização do biogás, como a produção de biometano para uso na rede de gás ou como combustível para automóveis. Os projetos são monitorados sob padrões do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Change), a fim de provar a redução efetiva dos gases de efeito estufa. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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4 França e mais 9 países pedem 'rótulo verde' para energia nuclear

Liderados pela França, dez países da União Europeia assinaram nesta segunda (11) um pedido de que a energia nuclear seja considerada verde e incluída entre as fontes priorizadas e incentivadas pelo bloco durante a transição para a chamada neutralidade climática. Dos 10 signatários da carta, 8 têm usinas nucleares e 4 contam com essa fonte para ao menos 20% da energia consumida – França, Eslováquia, Bulgária e Eslovênia. Ainda não produtoras, a Polônia, que planeja abrir seu primeiro reator em 2033, e a Croácia, sócia de uma usina que abastece a Eslovênia, apoiam o pedido francês, no qual os dez países listam motivos tanto ambientais como econômicos e geopolíticos. A carta menciona o mais recente Relatório de Mudanças Climáticas do IPCC, que em agosto descreveu um quadro de emergência, citam o aumento dos preços da energia e a independência energética. Centrais nucleares geram mais de 26% da eletricidade produzida na União Europeia, e cerca de 13% da energia total (considerando também a energia térmica), segundo os dados mais recentes do bloco, divulgados em 2020. (Folha de S.Paulo – 12.10.2021)

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5 China eleva produção de carvão para deter crise energética

Autoridades chinesas ordenaram que as duas principais regiões produtoras de carvão do país (Shanxi e Mongólia Interior) adotem medidas para ampliar imediatamente sua capacidade de produção anual para mais de 160 milhões de toneladas, agora que a China enfrenta sua pior crise energética e escassez de carvão em anos. As autoridades enfrentam preços em altas recordes e blecautes que levam ao racionamento de energia em todo o país, o que prejudica a produção industrial. Shanxi ordenou que suas 98 minas de carvão elevem sua capacidade produtiva em 55,3 milhões de toneladas pelo resto do ano. Na Mongólia Interior espera-se que 72 minas operarem nos níveis mais elevados. (Folha de S.Paulo – 08.10.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Liquidação de agosto no MCP movimenta R$ 5,2 bi

A liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo do setor elétrico movimentou R$ 5,2 bi dos R$ 6,5 bi contabilizados pela CCEE em agosto. Na operação, concluída nesta sexta-feira, 8 de outubro, houve a liberação de mais R$ 112 mi em valores até então retidos pela judicialização do risco hidrológico, além do repasse de R$ 1,1 bi em excedentes da Conta de Energia de Reserva. Segundo Rui Altieri, presidente da CCEE, o tema está cada vez mais perto de ser totalmente página virada. O mês de setembro foi considerado decisivo por ele, com a homologação de todos os cálculos para repactuação e a aprovação da proposta de parcelamento dos débitos ainda em aberto. O impasse do risco hidrológico no mercado livre chegou a travar cerca de R$ 10,3 bi do setor no final de 2020. Desde então, 54 geradoras já foram responsáveis por 120 pagamentos, reduzindo o montante retido para o patamar atual de R$ 1,2 bi. Dos valores não pagos em agosto, R$ 73 milhões referem-se à inadimplência, o que corresponde 1,1% do total contabilizado. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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2 BBCE: negociações em tela disparam em setembro

A plataforma do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia para o mercado físico registrou em setembro, aumento expressivo nos negócios em tela em comparação com agosto. A alta chegou a 212% no volume energético, 231% no número de contratos e 171% no volume financeiro. As ofertas também acompanharam o ritmo, com elevação de 97,2%. Com volume financeiro total de R$ 5,46 bi, setembro foi encerrado com 3.794 contratos, incremento de 76,6% em relação a agosto e retração de 39,2% em comparação com setembro de 2021. Os números apontam redução do preço do MWh e do tíquete médio dos contratos. Segundo Carlos Ratto, presidente da BBCE, a retomada da perspectiva de chuva, que contribuiu ao aumento da volatilidade, foi um fator crucial ao incremento das atividades de trading. A alta do número de operações foi mais significativa para os negócios em tela que para os formalizados por meio de Boleta Eletrônica, que teve aumento de 25%. (CanalEnergia – 11.10.2021)

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3 CCEE: projeções para um consumo equilibrado no 2º semestre

Com a demanda por eletricidade praticamente estabilizada, o Brasil utilizou 65.176 MWm do SIN em setembro, volume que representa uma tímida oscilação de 0,1% na comparação com o mesmo período de 2020. Os dados da CCEE confirmam projeções da organização para o segundo semestre, de consumo equilibrado, com índices de avanço menores do que os registrados na primeira metade do ano. O aumento é um reflexo da alta de 6,8% do mercado livre, no qual grandes empresas e indústrias negociam contratos bilateralmente com geradoras ou comercializadoras. O segmento somou 22.417 MWm no período. Já o mercado regulado, que atende os consumidores de baixa tensão, como os residenciais, utilizou 42.759 MWm, volume 3,1% menor na comparação anual. (Petronotícias – 09.10.2021)

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4 Tradener: mix na geração é necessidade da comercializadora

De acordo com Walfrido Ávila, CEO da Tradener, como o Brasil tem dimensões continentais, o olhar deve estar na integração da comercialização ao sistema, atendendo em todas as fontes e submercados. “Se eu não investir para ter solar, eólica ou hidráulica, não vou conseguir atender de forma econômica nenhum cliente. “A comercialização é uma ciência que requer muito conhecimento e responsabilidade”, afirma o executivo. A Tradener, que tem PCHs e eólicas, está construindo mais três PCH próximas a Brasília e deve terminar 2022 com mais de 200 MW em operação. Ávila pretende apresentar um plano para a construção de mil PCH em uma década, cem por ano. Ávila é pioneiro no mercado livre, sendo o primeiro a negociar contratos fora do mercado cativo. Sobre a abertura total do mercado, prevista para 2024, ele não esconde que a quer o quanto antes e que está preparado para o momento. Lembra que espera esse momento desde 2002, prazo inicialmente anunciado, mas não cumprido. O CEO da comercializadora lembra que a abertura traria mais investidores que querem investir no setor e que será benéfica. “Para o mercado vai ser muito bom e nós estamos preparados para isso”, avisa. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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5 Tradener: transição energética está trazendo muitas oportunidades

Walfrido Ávila, CEO da Tradener, diz que períodos de secas duradouras vem acontecendo porque estamos em meio a uma transição climática. Segundo ele, a operação do sistema vem sendo feita fora dos parâmetros projetados, com os reservatórios deplecionados e fatores externos atrapalhando a execução do modelo. Mesmo uma vazão média em 2022 não deixaria os reservatórios em bons níveis para aliviar o sistema. Em sua avaliação a transição energética está trazendo muitas oportunidades para investimentos diferentes. Os consumidores livres podem comprar uma energia que melhor se ajusta às suas diretrizes, cabendo às comercializadoras ajustar os melhores produtos. “Os investidores com os comercializadores estão fazendo uma ginástica para atender todo mundo de forma fiquem satisfeitos”, comenta. Além disso, diz que a abertura total também traz uma otimização melhor dos investimentos em geração de energia. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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Economia Brasileira

1 Commodities aproveitam preço e são 70% da exportação

A alta de preços resultante dos vários choques da pandemia contribuiu para as commodities avançarem como nunca nos embarques brasileiros. De janeiro a setembro deste ano, elas chegaram a uma marca histórica para o período, de 69,7% do valor total exportado. Em iguais meses de 2020, foram 67,5%. O nível deste ano está quase dez pontos percentuais acima do de 2019, de 60,6%, patamar em torno do qual a fatia orbitou por praticamente dez anos, sempre considerando os mesmos nove meses. Para além do cenário conjuntural, dados do Icomex mostram que, no decorrer das últimas duas décadas, houve concentração da exportação em cada vez menos produtos e um processo de primarização no qual bens destinados ao exterior têm cada vez menor valor agregado, mesmo entre commodities. A pandemia acelerou os fenômenos, evidenciando a necessidade de debater mudanças estruturais, apontam analistas, a despeito dos atuais superávits comerciais robustos que ajudam a tranquilizar as contas do setor externo. (Valor Econômico – 13.10.2021)

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2 Tarifa residencial fica 5% acima da inflação, aponta Safira

O Grupo Safira concluiu um estudo demonstrando que, de janeiro a agosto de 2021, o índice que mede a inflação da energia elétrica residencial subiu, em média, 4,9 pontos percentuais acima do IPCA que é o índice oficial da inflação. Nesse caso, a empresa considerou os dados das principais capitais nacionais. No acumulado de 2021, São Paulo foi a capital que registrou o maior aumento em relação à inflação oficial, tendo uma alta de 8,9 p.p. acima do IPCA. Logo depois vem Belém e Recife, onde a tarifa de energia subiu 6,3 p.p. além da inflação. Fortaleza e Rio de Janeiro, por sua vez, apresentaram ambas uma alta de 5,6 p.p., ao passo que Salvador (4,2 p.p.), Porto Alegre (com 3,2 p.p.) e Curitiba (3,1 p.p.) também registraram elevação do componente energia elétrica residencial além do índice. De acordo com a Safira, a perspectiva é de que a elevação superior do custo com energia elétrica se mantenha nos próximos meses, por conta do acionamento das bandeiras tarifárias, decorrente da crise hídrica. E ainda, em função dos reajustes anuais das concessionárias de energia nos vários estados, considerando o histórico de menores afluências dos últimos anos. (CanalEnergia – 08.10.2021)

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3 Taxa de participação no emprego pode não voltar ao pré-pandemia

Apesar de em trajetória de alta, a taxa de participação no mercado de trabalho brasileiro ainda está distante do nível pré-pandemia. Na avaliação de fontes do governo e especialistas, o indicador, que mostra o tamanho da força de trabalho ativa ou procurando emprego, deve continuar subindo, impulsionado pelo setor de serviços e pela reabertura da economia, mas não há previsão de quando voltará à normalidade. O indicador mais recente do IBGE, relativo ao trimestre de maio a julho, ficou em 58,2%, subindo pelo quarto mês consecutivo e distanciando-se do ponto mais baixo da série, atingido exatamente há um ano: 54,7%. Antes da pandemia e da paralisação/redução que ela gerou em muitas atividades, a média histórica estava em torno de 61,5%. Um interlocutor do governo destaca que a atual crise econômica, por suas especificidades decorrentes dos problemas sanitários, teve um comportamento diferente de outras no mercado de trabalho. (Valor Econômico – 13.10.2021)

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4 FMI: melhora de projeções para dívida bruta e para resultado primário do Brasil

O FMI reduziu as projeções para a dívida pública bruta brasileira como proporção do PIB. A instituição baixou a estimativa do endividamento bruto em 2021 para 90,6% do PIB – no documento de abril, a previsão era de 98,4% do PIB. No relatório anual da sobre a economia brasileira, que veio a público no mês passado, a estimativa já tinha recuado, mas para 91,6% do PIB. As projeções para daqui a cinco anos também são bem melhores que os números de abril. Há seis meses, a dívida bruta esperada para 2026 era de 101,7% do PIB; no relatório divulgado hoje, a previsão é de um indicador em 92,4% do PIB. Em 2020, a dívida bruta fechou o ano em 98,9% do PIB pelo critério do FMI, que inclui os títulos do Tesouro na carteira do Banco Central (BC). Pelo cálculo do BC brasileiro, que não considera esses papéis, o indicador encerrou o ano passado em 88,8% do PIB. (Valor Econômico – 13.10.2021)

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5 BC: Mercado eleva projeção para o IPCA de 2021 de 8,51% para 8,59%

A mediana das projeções dos economistas do mercado para o IPCA em 2021 subiu de 8,51% para 8,59%, segundo o BC. Para 2022, subiu de 4,14% para 4,17%. Para a Selic, o ponto-médio das expectativas foi mantido em 8,25% no fim de 2021 e avançou de 8,50% para 8,75% em 2022. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O Copom elevou a taxa básica de juros em 1 p.p., para 6,25% ao ano, na reunião de setembro, conforme era esperado pela maior parte do mercado. Foi a quinta alta seguida e a segunda consecutiva de 1 p.p.. O Copom afirmou que antevê outro ajuste de 1 p.p. na próxima reunião. A mediana das projeções para o crescimento da economia brasileira em 2021 foi mantida pela quarta semana consecutiva em 5,04%. Para 2022, o ponto-médio das expectativas para a expansão do PIB foi reduzido de 1,57% para 1,54%. (Valor Econômico – 11.10.2021)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 11 sendo negociado a R$ 5,5366 com variação de +0,71% em relação ao início do dia. Hoje (13), começou sendo negociado a R$ 5,5173, com variação de -0,35% em relação ao fechamento do dia útil anterior. Às 10h22 de hoje, estava sendo negociado pelo valor de R$ 5,5418, variando +0,44% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 11.10.2021 e 13.10.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Bruno Gonçalves, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Luana Oliveira, Monique Coimbra e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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