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IFE: nº 5.383 - 24 de novembro de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL no InfraDigital Day
2 Aneel aprova norma sobre equilíbrio econômico das distribuidoras decorrente da pandemia
3 Orçamento do ONS para o Ciclo 2022-2024 será debatido em consulta pública
4 Aprovadas Regras de Comercialização de Energia Elétrica - versão 2022
5 Aprovada a consolidação de regras dos Planos de Universalização
6 Aneel aprova reajuste tarifário de cinco permissionárias de SP e SC
7 Projeto de conservação do Tocantins-Araguaia passa em comissão da Câmara
8 CPAMP tem novas atribuições e governança
9 STF considera inconstitucional ICMS maior sobre serviços de telecomunicações e energia

Transição Energética
1 Reguladores da Carolina do Norte dão à Duke 4 meses para elaborar um plano de redução de carbono
2 Nova lei de energia limpa de Illinois pode ser um manual regulatório para outros estados

3 Itália: BEI investe € 49 mi em energias renováveis na Toscana, contribuindo para a ação climática
4 Enel e INWIT para digitalizar e descarbonizar os setores de telecomunicações e serviços públicos da Itália
5 Braskem acelera projetos de combate às mudanças climáticas
6 Bruce Power anuncia a emissão de US $ 500 mi do primeiro título verde global para energia nuclear
7 CPUC relata utilitários regulamentados dentro do cronograma para atender às próximas metas de energia renovável
8 DOE, GSA emitem RFI para tecnologias para reduzir as emissões de carbono em edifícios
9 Por que a liderança feminina é crucial para enfrentar as mudanças climáticas e outras crises
10 Podemos litigar para sair de uma catástrofe climática?
11 Por que aumentar o investimento é crucial para o desenvolvimento sustentável?
12 “Crucial para limitar as mudanças climáticas”: Conselho de Armazenamento de Energia de Longa Duração publica o primeiro relatório

Empresas
1 Siemens Energy obtém contrato de US$ 1,1 bi para usina no Brasil
2 Hitachi Energy está de olho nos leilões de transmissão
3 Tarifas da CEA são prorrogadas até 12 de dezembro
4 Light prepara material para consumidor entender conta
5 Equatorial Energia assume no Amapá o controle dos serviços de distribuição de eletricidade
6 50% da produção da Hitachi Energy vai para exportação

Leilões
1 Aneel lança proposta de edital do 1º leilão de transmissão de 2022

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 CCEE: Consumo mantém tendência de queda em relação a 2020
2 Volume diminui e submercado Norte opera a 36,3%
3 Furnas entrega novo transformador da SE Ibiúna

4 Mudanças climáticas afetam vazão de rios da Amazônia

5 Crise hídrica expõe desafio de manter a matriz limpa

6 Aumento de fontes intermitentes leva ao aumento da energia firme

Mobilidade Elétrica
1 Espanha: Governo acelera sua corrida para 5 milhões de veículos elétricos em 2030
2 Ford quer tornar a recarga de elétricos tão rápida quanto encher o tanque
3 Plano de mobilidade elétrica da Hitachi Energy mira em frotas

Inovação
1 Hidrogênio mais barato no Chile, importação superestimada na Alemanha
2 Distribuidores da UE lançam iniciativa de rede de gás hidrogênio
3 Hidrogênio verde pode fornecer 20% da redução total de CO2 necessária até 2050
4 ITE prototipou uma bateria enzimática capaz de usar fluidos biológicos de seres vivos como fonte de energia

5 Congresso de inovação Citenel, em 2 e 3 de dezembro, trata de digitalização, descentralização e descarbonização
6 MIT Reap Rio abre inscrições para formação de startups de energia

Energias Renováveis
1 Atlas recebe aprovação para testar 47 MW solares na Bahia
2 Brasil será pioneiro na geração de energia eólica offshore na América Latina
3 Petroquímica brasileira intensifica corrida por energias renováveis
4 Shell assina contrato de compra de energia com maior parque eólico do mundo

5 Energia eólica representará metade da eletricidade em uma Europa neutra para o clima
6 Finlândia: transição energética acelera com o maior projeto de energia eólica do país de 455 MW
7 As lições da COP26 para o setor de energia renovável

Gás e Termelétricas
1 EPE: Nosso problema não é falta de gás, mas como usar esse gás
2 CVU de Uruguaiana ficará em R$ 2.518,44 até o fim do ano
3 CVU de UTE Cuiabá ficará em R$ 2.407,07/MWh
4 ONS recebe até sexta-feira ofertas de térmicas sem CVU
5 INB amplia enriquecimento de urânio no país
6 UE: alta na demanda e nos preços do gás e CO2


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL no InfraDigital Day

O GESEL participará, no próximo dia 30/11, do InfraDigital Day – Internet das Coisas e Cibersegurança no Setor Elétrico. Promovido pela iniciativa InfraDigital, o evento vai debater os riscos e os modelos de mitigação de ciberataques no setor elétrico. Maurício Moszkowicz, pesquisador sênior do GESEL/UFRJ, fará a abertura do InfraDigital Day apresentando um panorama da implantação de recursos de IoT nas elétricas e da ameaça cibernética que essa ativação traz para o setor. Para inscrições e outras informações acesse: https://infraroi.com.br/infraday/ (GESEL-IE-UFRJ – 24.11.2021)

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2 Aneel aprova norma sobre equilíbrio econômico das distribuidoras decorrente da pandemia

A Diretoria da Aneel aprovou, nesta terça-feira (23/11), o resultado da 3ª fase da Consulta Pública nº 035/2020 que discutiu a proposta de exposição contratual e reequilíbrio econômico das distribuidoras de energia elétrica em função da pandemia de Covid-19. Trata-se de emissão da Resolução Normativa que aprova a metodologia de análise das solicitações de Revisões Tarifária Extraordinária (RTE), a metodologia de cálculo de sobrecontratação involuntária*; e define os critérios de alocação dos custos financeiros do empréstimo da Conta-covid. Para as Revisões Extraordinárias foram deliberadas metodologias para o reequilíbrio decorrente do aumento de receitas irrecuperáveis (perda de arrecadação) e da redução de mercado (perda de faturamento). Em relação a sobrecontratação, a Diretoria decidiu por utilizar como referência a previsão de carga realizada pelas distribuidoras para os anos de 2020 e 2021 nos Leilões de Energia Existente A-1 e A-2 de 2019. Na hipótese de inexistência desta referência, considera-se a carga declarada para o ano 2020 e 2021 no estudo do SIMPLES/EPE enviada em 2019. (Aneel – 23.11.2021)

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3 Orçamento do ONS para o Ciclo 2022-2024 será debatido em consulta pública

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou abertura de consulta pública (CP 070/2021), a partir desta quarta-feira (24/11), para debater com a sociedade a Proposta Orçamentária do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o Ciclo janeiro de 2022 a dezembro de 2024. Após a análise das contribuições, que podem ser enviadas até o dia 3 de dezembro, a Agência vai deliberar a proposta de orçamento – atualmente no valor de R$ 2,3 bilhões para o próximo triênio que vai de janeiro de 2022 a dezembro de 2024. A composição do orçamento proposto pelo ONS para o Ciclo 2022-2024, foi impactada principalmente por despesas com pessoal, administrativo e treinamento, cerca de 50,8% do valor proposto. A consulta pública, aprovada nesta terça-feira (23/11) em reunião da diretoria colegiada, receberá contribuições até o próximo dia 3 de dezembro pelo e-mail da Aneel. (Aneel – 23.11.2021)

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4 Aprovadas Regras de Comercialização de Energia Elétrica - versão 2022

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em reunião pública realizada nesta terça-feira (23/11), as normas para as Regras de Comercialização de Energia Elétrica, versão 2022, a serem operacionalizadas a partir de dezembro de 2021. As Regras formam o conjunto de comandos operacionais e as formulações algébricas que possibilitam a contabilização e liquidação da energia elétrica comercializada no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A versão 2022 das normas foi aprovada após a implementação dos ajustes propostos pela CCEE e da análise das 54 contribuições de 18 agentes setoriais recebidas na consulta pública nº 055/2021. A Agência decidiu ainda, aprovar a correção das versões relativas aos anos de 2015 a 2021. Para a diretora Elisa Bastos, “os valores pagos indevidamente pelos agentes de consumo aos geradores devem ser devolvidos por meio da recontabilização do Mercado de Curto Prazo (MCP) desde janeiro de 2015, quando iniciou a vigência das REGRAS relativas à Resolução Normativa nº 658, de 2015”, declarou Elisa em seu voto. (Aneel – 23.11.2021)

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5 Aprovada a consolidação de regras dos Planos de Universalização

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (23/11) a emissão de resolução normativa que estabelece regras para acompanhamento e fiscalização dos Planos de Universalização dos serviços de distribuição de energia elétrica. Trata-se da consolidação dos atos normativos vigentes em uma única resolução. Com o novo formato, foram revogadas 13 outras resoluções. O programa de universalização, criado pelo governo federal, pretende garantir o acesso à energia elétrica para a população, especialmente na área rural. A consolidação das normas esteve em discussão na Consulta Pública n.º 033/2021 que recebeu 21 contribuições da sociedade no período de 9/6 a 23/7/2021. Todas as manifestações estão disponíveis no site da Aneel, na página da CP nº 33/2021. (Aneel – 23.11.2021)

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6 Aneel aprova reajuste tarifário de cinco permissionárias de SP e SC

A diretoria colegiada da Aneel autorizou nesta terça-feira, 23/11, o reajuste tarifário anual das permissionárias de distribuição de energia Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento Rural do Alto Paraíba Ltda (CEDRAP); Cooperativa de Eletrificação de Ibiúna e Região (CETRIL); Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento da Região de Itu-Mairinque (CERIM); Cooperativa de Distribuição de Energia Elétrica de Anitápolis (CERAL ANITÁPOLIS); e Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento da Região de Mogi das Cruzes (CERMC). Os reajustes concedidos às empresas, localizadas nos estados de São Paulo e Santa Catarina e com áreas de atuação que variam de 2.779 a 27.993 unidades consumidoras, entram em vigor a partir do dia 30/11, data de aniversário contratual das permissionárias. (Aneel – 23.11.2021)

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7 Projeto de conservação do Tocantins-Araguaia passa em comissão da Câmara

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4058/20, que exige do poder público a conservação da bacia hidrográfica Tocantins-Araguaia. O texto aprovado prevê zoneamento ecológico-econômico, recuperação de áreas degradadas, monitoramento do remanescente de vegetação nativa, regularização das terras, fiscalização do uso de agrotóxicos e da mineração, planos hidrográficos e estímulo à criação de reservas ambientais particulares. Pelo projeto, as ações deverão ser realizadas por órgãos do Sistema Nacional de Recursos Hídricos (SNRH) e do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), como as secretarias estaduais, o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente. A proposta estabelece ainda metas a serem cumpridas em dois anos, como a universalização dos serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos, dos serviços de coleta seletiva, reciclagem e destinação final adequada dos resíduos sólidos em aterros sanitários, a adoção do pacto de desmatamento zero e a proteção dos ecossistemas naturais em unidades de conservação de proteção integral em área correspondente a 17% da cobertura do bioma Cerrado e 17% da floresta amazônica. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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8 CPAMP tem novas atribuições e governança

A resolução nº 22 do Conselho Nacional de Política Energética foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 23 de novembro, trazendo aprimoramentos e novas atribuições à Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP). O texto foi aprovado em 5 de outubro e estabelece diretrizes visando garantir a coerência e a integração das metodologias e programas computacionais utilizados pelo MME, EPE, ONS e CCEE. Entre as alterações estão propor aprimoramentos às metodologias e aos parâmetros associados à representação do sistema físico, bem como à construção da política de operação dos programas computacionais, considerando as diretrizes. Esses aprimoramentos, estabelece a resolução, entrarão em vigor no primeiro dia do ano civil subsequente ou em data posterior, a ser indicada pela CPAMP. Antes, devem passar por consulta pública pelo Ministério de Minas e Energia, com a possibilidade de realização de eventos para apresentação das temáticas avaliadas, aprovação da proposta de aprimoramento pela CPAMP e divulgação pelo Ministério de Minas e Energia até 31 de julho de cada ano, e ainda, promoção de medidas pelas instituições que compõem a CPAMP, no âmbito de suas competências e ritos próprios. (CanalEnergia – 23.11.2021)


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9 STF considera inconstitucional ICMS maior sobre serviços de telecomunicações e energia

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na noite desta segunda-feira (22) que é inconstitucional a incidência de alíquota maior do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é cobrado pelos governos estaduais, sobre serviços de telecomunicações e energia elétrica. A decisão envolve uma ação movida pelas Lojas Americanas contra alíquota cobrada pelo estado de Santa Catarina, mas tem repercussão geral. Ou seja, o entendimento deverá ser aplicado a casos semelhantes sob análise nas demais instâncias do Judiciário em todo o país. Isso significa que outros estados que também cobram o ICMS aumentado sobre energia elétrica e telecomunicações podem ser obrigados a cortar alíquotas, o que pode levar à redução no valor das contas de luz, telefone e internet. (G1 – 23.11.2021)

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Transição Energética

1 Reguladores da Carolina do Norte dão à Duke 4 meses para elaborar um plano de redução de carbono

Os reguladores da Carolina do Norte ordenaram na sexta-feira que a Duke Energy Progress e a Duke Energy Carolinas apresentassem uma proposta de redução de carbono para sua frota de usinas elétricas até 1º de abril. A agência deve emitir um plano final até o final do próximo ano. Em uma decisão separada na sexta-feira (19/11), a Comissão de Utilitários da Carolina do Norte (NCUC) se recusou a aceitar a parte do portfólio de fornecimento de energia dos planos de recursos de longo alcance para as concessionárias de energia Duke, dizendo que as metas de aposentadoria e adição de recursos da usina de energia serão mapeadas no próximo carbono plano de redução. Em um movimento que poderia afetar as seleções de recursos da Duke, a comissão ordenou que as concessionárias revisassem como modelam os preços futuros do gás natural e como os preços do gás poderiam ser afetados se houver oferta limitada de gás, de acordo com Maggie Shober, diretora de reforma das concessionárias do Southern Alliance for Clean Energy (SACE). (Utility Dive – 23.11.2021)

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2 Nova lei de energia limpa de Illinois pode ser um manual regulatório para outros estados

Em 15 de setembro, o governador de Illinois, JB Pritzker, D, sancionou um projeto de lei histórico para descarbonizar o setor de energia do estado, fazer a transição para formas limpas e renováveis de geração e fazê-lo com foco na criação de empregos equitativos. Sob o Climate and Equitable Jobs Act (CEJA), Illinois se tornou o primeiro estado do Meio-Oeste a se comprometer com emissões líquidas de carbono zero, estabelecendo um prazo de 2050. Embora as metas de descarbonização da CEJA e os componentes de desenvolvimento da força de trabalho tenham apropriadamente conquistado as manchetes, menos se escreveu sobre os diversos requisitos regulamentares de serviços públicos e os desafios associados à promulgação da lei. Nos próximos dois anos, a Illinois Commerce Commission (ICC) trabalhará com prazos legais apertados para resolver questões complexas sobre como a rede de distribuição deve ser planejada e operada para atingir os objetivos da lei: acomodar e incentivar mais geração renovável, aumentando a implantação de recursos de energia distribuída de propriedade do cliente (DER) e acelerando a adoção de veículos elétricos (EVs), ao mesmo tempo que garante a confiabilidade da rede e uma distribuição justa e razoável dos custos e benefícios desses esforços de transformação. (Utility Dive – 23.11.2021)

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3 Itália: BEI investe € 49 mi em energias renováveis na Toscana, contribuindo para a ação climática

O Banco Europeu de Investimento (BEI) contribuiu com 49 milhões para apoiar o projeto da Iniziative Bresciane SpA (INBRE) com o objetivo de valorizar e restaurar 13 açudes fluviais e instalar 12 pequenas centrais hidroelétricas a fio de água no rio Arno, na Toscana. Com mais de 25 anos de experiência no desenvolvimento de projetos de energia hidroelétrica, o INBRE, sediado em Brescia, irá repassar os fundos do BEI à Iniziative Toscane Srl (Intos), que será responsável pela construção das hidroelétricas e recuperação dos açudes. O apoio do BEI permitirá ao INBRE restaurar as infraestruturas de gestão da água do rio Arno para melhorar a resiliência climática da região, nomeadamente através da reflorestação de áreas adjacentes. O financiamento terá como objetivo reduzir o impacto ambiental de elementos arquitetônicos pré-existentes e preservar a biodiversidade local. A operação ajudará a criar quase 10 MW de capacidade de energia renovável, com uma eficiência estimada de 55 GWh por ano, além de melhorar ainda mais a segurança contra inundações do rio Arno. O BEI estima que estas centrais irão fornecer energia limpa suficiente para abastecer cerca de 22 600 famílias por ano. Na implementação do projeto, um cuidado especial será tomado em relação à conservação do patrimônio histórico nas áreas de Sieci, Compiobbi, San Niccolò e Isolotto, contribuindo para o desenvolvimento da prevenção de inundações no Lungarno. (EE Online – 23.11.2021)

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4 Enel e INWIT para digitalizar e descarbonizar os setores de telecomunicações e serviços públicos da Itália

A empresa italiana de energia Enel e a empresa de infraestrutura de rede sem fio INWIT concordaram em cooperar na digitalização e descarbonização dos setores de serviços públicos e telecomunicações. As duas empresas usarão ferramentas digitais e recursos e práticas de energia sustentável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e cumprir suas metas de sustentabilidade. Ao longo de um período de três anos, a Enel e a INWIT irão alavancar energia renovável, digitalização e eletrificação para acelerar a transição energética na Itália, garantindo a inclusão social, cultural e econômica. A Enel instalará fotovoltaicos solares, armazenamento de energia e implementará medidas de eficiência energética nas instalações do INWIT. O utilitário também ajudará a telco a adotar abordagens de mobilidade inteligente e economia circular para reduzir sua pegada de carbono. Os projetos permitirão ao INWIT reduzir seus custos de energia, bem como modernizar sua infraestrutura de acordo com as normas de sustentabilidade. Em suma, a INWIT e a Enel desenvolverão conjuntamente serviços de IoT para as indústrias de telecomunicações e serviços públicos. (Smart Energy – 23.11.2021)

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5 Braskem acelera projetos de combate às mudanças climáticas

Alinhada aos debates da COP26, realizada neste mês de novembro em Glasgow, na Escócia, a Braskem reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a aceleração de iniciativas para o combate às mudanças climáticas. Entre os pontos de interesse da conferência do clima estão programas para cortar as emissões de gases de efeito estufa, zerar o desmatamento e reduzir as emissões de metano. Criada em 2002 e comprometida com o desenvolvimento sustentável desde então, a Braskem tem uma visão de longo prazo, com projetos focados na ampliação da produção de plástico verde, feito a partir da cana-de-açúcar; o aumento do uso de energia renovável em suas operações; e a implementação de projetos que buscam reduzir as emissões de CO2. “Temos uma atuação ativa no tema e, entre 2008 e 2020, já reduzimos em mais de 17% a intensidade de emissões de gases de efeito estufa. Redução que evitou a emissão de quase 30 milhões de toneladas de CO2, o que equivale a plantar mais de 200 milhões de árvores. Além disso, alcançamos 94% da meta de longo prazo para mudanças climáticas planejada para 2020”, conta Antonio Queiroz, vice-presidente de inovação, tecnologia e desenvolvimento sustentável da Braskem. (Valor Econômico – 24.11.2021)

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6 Bruce Power anuncia a emissão de US $ 500 mi do primeiro título verde global para energia nuclear

Bruce Power anunciou a emissão de US $ 500 milhões em Títulos Verdes, que é uma inovação global para energia nuclear e um reconhecimento do papel crítico que a tecnologia desempenha no combate às mudanças climáticas e possibilitando um futuro com emissões liquidas de gases do efeito estufa zerados. "A energia nuclear limpa é crucial para combater as mudanças climáticas, e o anúncio de hoje marca outro passo da liderança da indústria na estratégia ambiental, social e de governança da empresa", disse Mike Rencheck, presidente e CEO da Bruce Power. "Uma das maiores iniciativas de redução de emissões de gases de efeito estufa no mundo foi a eliminação da eletricidade a carvão em Ontário, e Bruce Power estava no centro de tornar isso uma realidade, fornecendo 70 por cento da energia de que a província precisava para atingir esse objetivo. " O marco histórico do primeiro Título Verde nuclear foi possibilitado pelo histórico de Bruce Power de entrega de projetos de redução de emissões e sua liderança em gestão ambiental, que inclui a eliminação do carvão, seu compromisso de ser neutro em carbono até 2027 em apoio a uma meta de zerar as emissões liquidas em CO2 no Canadá até 2050. (EE Online – 23.11.2021)

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7 CPUC relata utilitários regulamentados dentro do cronograma para atender às próximas metas de energia renovável

Um novo relatório da Comissão de Serviços Públicos da Califórnia (CPUC) na semana passada descobriu que as concessionárias regulamentadas do estado estão fazendo um progresso sólido no caminho para a meta da Califórnia para 2030 de ter 60 por cento das vendas no varejo por ano provenientes de fontes renováveis elegíveis. De acordo com o relatório Renewables Portfolio Standard (RPS), as porcentagens agregadas de aquisições de RPS de utilitários de propriedade de investidores aumentaram 12% nos últimos três anos, em grande parte graças à transferência de carga de utilitários de propriedade de investidores para agregadores de escolha da comunidade. Embora isso tenha sido parcialmente diminuído pelas vendas de créditos de energia renovável em excesso para agregadores de escolha da comunidade e fornecedores de serviços elétricos, as compras de RPS de pequenas empresas e multijurisdicionais também diminuíram 9 por cento. Os agregadores de escolha da comunidade continuaram a adquirir em uma taxa constante no ano passado. Da mesma forma, este tem sido em grande parte o caso dos fornecedores de serviços elétricos, economizando para uma queda de 10 por cento a partir de 2020 devido à diminuição das aquisições de RPS previstas. (Daily Energy Insider – 23.11.2021)


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8 DOE, GSA emitem RFI para tecnologias para reduzir as emissões de carbono em edifícios

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) e a Administração de Serviços Gerais (GSA) emitiram uma solicitação de informações (RFI) para tecnologias que reduzem as emissões de gases de efeito estufa de edifícios comerciais. O conjunto RFI, Technologies for Net-Zero Carbon Buildings, visa apoiar tecnologias e soluções prontas para avaliação em edifícios operacionais ocupados. Os edifícios comerciais geram cerca de 16 por cento de todas as emissões de dióxido de carbono dos EUA, de acordo com o DOE. Este esforço apoia a meta do DOE de atingir emissões líquidas zero em toda a economia até 2050, “Nossa missão é apoiar a implantação generalizada de tecnologias que descarbonizarão os edifícios comerciais dos EUA”, disse Wale Odukomaiya, líder de tecnologia da RFI e engenheiro de pesquisa do National Renewable Energy Lab (NREL) no Building Technologies and Science Center. “Em suma, estamos procurando inovações que estão na fase inicial de comercialização para apoiar seu lançamento na próxima fase de adoção de mercado por meio de avaliação de campo”, conclui o mesmo. (Daily Energy Insider – 23.11.2021)

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9 Por que a liderança feminina é crucial para enfrentar as mudanças climáticas e outras crises

Como os compromissos duramente conquistados na COP26 lançam dúvidas sobre se nossos líderes foram ousados o suficiente em seu acordo, examinamos os traços de liderança que as organizações exigem para contribuir efetivamente com a agenda da sustentabilidade. Em nosso relatório recente, Shaping the Sustainable Organization, identificamos os comportamentos que geram resultados organizacionais mais inclusivos e sustentáveis: aqueles que promovem “conexões humanas” defendendo os valores e as necessidades de diversos stakeholders; impulsionar a “inteligência coletiva” por meio da tomada de decisão engajada das partes interessadas; e, por fim, incentive a "responsabilidade em todos os níveis". Nos últimos dois anos, os líderes enfrentaram muitas decisões sem precedentes e muitos experimentos naturais de liderança responsável - aquela que tem uma visão de longo prazo com o interesse público em mente - se desdobraram em vários setores. No entanto, de acordo com o Women’s World Atlas, apenas quatro países alcançaram paridade entre mulheres e homens no parlamento, e o mundo está completamente ausente de países em que as sociedades anônimas (aquelas que reportam aos investidores) têm números iguais de mulheres e homens em seus Pranchas. (World Economic Forum – 23.11.2021)

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10 Podemos litigar para sair de uma catástrofe climática?

Quando Asghar Leghari processou o governo do Paquistão por não proteger adequadamente as pessoas dos impactos das mudanças climáticas, algo surpreendente aconteceu: ele venceu . Leghari disse recentemente por e-mail que só queria “fazer a bola rolar em um país que não estava fazendo muito”. Mas o sucesso improvável de seu caso de 2015 desde então o transformou em uma pedra de toque para um crescente movimento global. A recente cúpula do clima COP26 deixou dolorosamente claro que evitar uma catástrofe exigirá encontrar novos meios para acelerar o progresso. Em resposta, um número crescente de pessoas está se voltando para o litígio. Cerca de 1.800 casos foram registrados em todo o mundo, levantando questões relacionadas à ciência, mitigação, adaptação ou políticas de mudança climática entre 1986 e maio deste ano, de acordo com dados compilados pelo Instituto Grantham de Pesquisa sobre Mudança Climática e Meio Ambiente. Mais de 1.000 foram arquivados desde 2015 sozinho. (World Economic Forum – 23.11.2021)

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11 Por que aumentar o investimento é crucial para o desenvolvimento sustentável?

A mudança climática está na agenda internacional há muito tempo, mas desenvolvimentos recentes aumentaram a urgência de se tomar medidas imediatas por razões humanitárias e de desenvolvimento. Líderes mundiais se reuniram em Glasgow para discutir mudanças climáticas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas COP26, após a cúpula do G20 em Roma no final de outubro, que também priorizou a sustentabilidade . Manter a mudança climática sob controle por meio de mitigação e adaptação é fundamental para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que foram definidos pelas Nações Unidas em 2015 e tornaram a sustentabilidade social, econômica e ambiental central para o desenvolvimento econômico. Atingir os ODS exigirá, por sua vez, uma abordagem integrada e estreita cooperação entre todas as partes interessadas. A mobilização de recursos financeiros terá um papel especialmente importante para alcançar os ODS e abordar os efeitos adversos das mudanças climáticas. Nesse sentido, o investimento estrangeiro direto (IED) tem sido uma fonte significativa de financiamento externo para muitos países, especialmente as economias em desenvolvimento, para ajudar a alcançar o desenvolvimento econômico sustentável. (World Economic Forum – 23.11.2021)

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12 “Crucial para limitar as mudanças climáticas”: Conselho de Armazenamento de Energia de Longa Duração publica o primeiro relatório

O armazenamento de energia de longa duração tem um papel crucial a desempenhar na descarbonização do sistema global de energia o suficiente para evitar mudanças climáticas catastróficas, desde que seu valor possa ser desvendado. Esse é o ponto central de um novo relatório de 76 páginas publicado hoje pelo Conselho de Armazenamento de Energia de Longa Duração (Conselho LDES), que visa mostrar o potencial significativo do amplo conjunto de tecnologias que podem armazenar e descarregar energia por oito horas ou mais. A organização liderada pelo CEO foi lançada na COP26, incluindo BP e Breakthrough Energy Ventures entre seus membros fundadores, juntamente com 16 fornecedores de tecnologia de armazenamento de energia de longa duração (LDES), compradores da indústria e usuários finais, fabricantes de equipamentos e integradores e desenvolvedores de sistemas de energia. O relatório, 'Energia líquida zero: armazenamento de energia de longa duração para uma rede renovável' afirma que até 2040, 10% de toda a eletricidade gerada poderia ser armazenada em algum estágio. O grupo disse no anúncio de sua formação que a implantação de 85TWh a 140TWh de LDES até 2040 poderia ser suficiente para manter o mundo no caminho certo para limitar o aquecimento global a 1,5 ° C, conforme definido no Acordo de Paris. (Energy Storage – 23.11.2021)

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Empresas

1 Siemens Energy obtém contrato de US$ 1,1 bi para usina no Brasil

A Siemens Energy e o conglomerado Andrade Gutierrez ganharam um contrato de 1 bilhão de euros (1,1 bilhão de dólares) para construir uma usina de ciclo combinado de 1,7 gigawatt no Brasil, anunciou o grupo alemão nesta terça-feira (23). O contrato foi obtido pela Gas Natural Acu (GNA), uma joint venture da Siemens Energy, BP, Prumo Logística e a chinesa State Power Investment Corp, e é o pedido de acompanhamento para uma primeira usina, GNA I, que entrou em operação em meados do ano. A Siemens Energy, que foi desmembrada da Siemens AG no ano passado, não divulgou o valor do contrato para o GNA II, que entrará em operação em 2023. (O Estado de São Paulo – 23.11.2021)

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2 Hitachi Energy está de olho nos leilões de transmissão

A Hitachi Energy está atenta ao 2º leilão de transmissão de 2021 que será realizado no dia 17 de dezembro. Segundo o Country Manager da Hitachi Energy no Brasil, José Paiva, a empresa não participa diretamente dos certames, mas atua como fornecedora e em muitos casos a companhia faz acordos prévios com os investidores para instalações. Entretanto, para o executivo, por ser um leilão de menor porte a empresa estuda ainda a viabilidade do negócio. Um dos lotes de maior destaque é o 5, que atenderá o Amapá e consiste em uma nova subestação para o Estado – chamada Macapá III, que vai se conectar à subestação Macapá – e em uma linha de transmissão de 10 km, que fará essa ligação. A data prevista para entrada em operação comercial é 30 de setembro de 2025. A empresa foi a fornecedora dos novos transformadores da subestação que incendiou. O executivo destacou o desafio logístico de levar o equipamento, devido às condições de deslocamento. “Fazer o transformador é muito mais fácil do que levar”, diz. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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3 Tarifas da CEA são prorrogadas até 12 de dezembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a emissão do contrato de concessão a ser assinado pela Companhia de Eletricidade do Amapá, estabelecendo 13 de dezembro de cada ano como nova data de aniversário contratual. Com isso, as tarifas atuais da distribuidora serão prorrogadas pelo período de 30 de novembro a 12 de dezembro. O contrato do CEA terá vigência até 23 de novembro de 2051. A primeira revisão tarifária está prevista para dezembro de 2026, e as revisões seguintes serão feitas a cada cinco anos a partir daquela data. A empresa foi privatizada em 25 de junho desse ano, em leilão de lance único dado pela Equatorial Participações e Investimentos. A CEA foi arrematada pelo valor simbólico de R$ 50 mil, e o novo concessionário assumiu o compromisso de aporte imediato de R$ 400 milhões, além de fazer investimentos da ordem de R$ 500 milhões nos primeiros cinco anos da concessão. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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4 Light prepara material para consumidor entender conta

Para auxiliar os seus mais de 4 milhões de clientes espalhados em 31 municípios do Rio de Janeiro, a Light (RJ) preparou um informativo para ilustrar a composição da sua tarifa de energia, definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica e um manual com dicas sobre a utilização eficiente de energia. O valor cobrado em uma conta de energia é formado por uma série de itens, entre eles consumo e tributos. Para exemplificar, em uma conta de R$ 100, apenas R$ 15,20 ficam com a distribuidora de energia. Os outros R$ 84,80 são totalmente repassados para o pagamento de itens que compõem a conta. o material está no site da concessionária www.light.com.br. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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5 Equatorial Energia assume no Amapá o controle dos serviços de distribuição de eletricidade

Nesta terça-feira (23), uma cerimônia no Palácio do Setentrião repassou o controle da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) do governo do Estado para a responsabilidade do grupo Equatorial Energia. O processo encerrou a transição da desestatização da empresa. A Equatorial Energia foi a vencedora do leilão realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em junho. A empresa deve gerir a partir de agora todo o serviço de distribuição de energia no Amapá. O grupo atende mais de 20% de todo o território nacional, e possui representações nos estados do Maranhão, Pará, Alagoas, Piauí e no Rio Grande do Sul. (G1 – 23.11.2021)

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6 50% da produção da Hitachi Energy vai para exportação

A Hitachi Energy deve fechar o ano de 2021 com mais de 50% da produção voltada para a exportação. A companhia já era uma fornecedora de equipamento e instalações para a América do Sul e este ano conseguiu abrir novas portas em mercados importantes, como os Estados Unidos. Por outro lado, a empresa também tem notado a pressão na cadeia produtiva por conta da dificuldade de frete internacional, logística e câmbio, que está afetando os preços de materiais para transformadores. O Country Manager da companhia, José Paiva, lembra que os concorrentes dependem das mesmas cadeias de suprimento, o que não muda na questão da competitividade da empresa. O transporte marítimo é outra questão que agora tem preocupado o executivo, já que tem afetado os prazos associados aos contratos. Paiva conta que isso é reflexo da pandemia e que a retomada ainda será demorada. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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Leilões

1 Aneel lança proposta de edital do 1º leilão de transmissão de 2022

A proposta de edital do primeiro leilão de transmissão de 2022 vai entrar em consulta pública na próxima sexta-feira, 26 de novembro. O certame previsto para 30 de junho vai ofertar concessões de empreendimentos localizados nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. O edital prevê a licitação de 13 lotes de instalações, sendo 4.545 km de novas linhas de transmissão e 5.410 MVA em capacidade de transformação. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 9,5 bilhões de reais. O edital estabelece como condição obrigatória para a assinatura dos contratos de concessão o ressarcimento das despesas de elaboração da documentação técnica dos empreendimentos (Relatórios R1, R2, R3, R4 e R5), após a ratificação pela agência do resultado do certame. Os vencedores terão de enviar os comprovantes do pagamento à comissão de licitação até dez dias antes da assinatura dos contratos. As contribuições serão recebidas pela agência até 10 de janeiro. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 CCEE: Consumo mantém tendência de queda em relação a 2020

O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 61.924 MW médios na primeira quinzena de novembro, recuando 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, informam os dados da CCEE. O declínio foi puxado pela menor demanda do mercado regulado, como pequenos comércios e as residências. Neste ambiente foram utilizados 39.987 MW médios, volume 6,1% menor na comparação anual. Já no mercado livre o consumo chegou a 21.938 MW médios, avanço de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao desconsiderar os consumidores que se deslocaram entre dois segmentos nos últimos doze meses, o mercado regulado teria retraído em 4,1% o seu consumo, enquanto o livre teria evoluído em 1,3%. Se não houvesse Geração Distribuída (GD), o mercado regulado teria apresentado redução de cerca de 4,8%. Os estados com as maiores retrações na demanda por energia na primeira quinzena deste mês foram a Bahia e o Rio Grande do Sul, que registraram redução de 12% na comparação com 2020. Em seguida, Mato Grosso e Paraná tiveram queda de 9% no indicador. A produção de energia solar fotovoltaica cresceu 57% e a eólica, 3,3%. Já as hidrelétricas registraram uma redução de 4,4%, enquanto as térmicas diminuíram seus volumes gerados em 1,4%. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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2 Volume diminui e submercado Norte opera a 36,3%

Os reservatórios do Norte apresentaram queda de 0,4 p.p. em 22 de novembro, em relação ao dia anterior, e o subsistema opera a 36,3% junto ao SIN, aponta o boletim diário do ONS. A energia armazenada marca 5.500 MW mês e ENA de 7.637 MW med, equivalente a 123% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 42,24%. No SE/CO o volume útil desceu 0,1 p.p para 18,8%. Já na região Sul a vazão subiu 0,1 p.p e os reservatórios trabalham com 55,6%. A energia armazenada mostra 11.070 MW mês e a ENA é de 4.795 MW med, o mesmo que 60% da MLT. As UHEs Passo Fundo e G.B Munhoz funcionam com 53,58% e 65,64%, respectivamente. No Nordeste os níveis também cresceram 0,1 p.p e os reservatórios admitem 36,8%. A energia armazenada é de 19.001 MW mês e ENA de 4.246 MW med, valor que corresponde a 71% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 34,39%. Por sua vez o armazenamento hidroelétrico no SE/CO não variou e o submercado segue com 19,3%. A energia armazenada é de 39.323 MW mês e a ENA marca 33.025 MW med, correspondendo a 88% da MLT. Furnas admite 21,55% e a usina de Nova Ponte marca 12,14%. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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3 Furnas entrega novo transformador da SE Ibiúna

Furnas anunciou um investimento de R$ 22 milhões na aquisição de um Transformador Conversor 300 MVA – 60 Hz, já em operação na Subestação Ibiúna (SP), uma das principais do SIN. O novo equipamento integrará o sistema de corrente contínua, visando a conversão da energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu para a frequência no Brasil, com capacidade de escoar 6.300 MW. Para a empresa, a conclusão das obras sete meses antes do prazo estabelecido pela Aneel evidencia a importância do empreendimento e a capacidade do corpo técnico da companhia. A obra foi autorizada com prazo de implantação de 36 meses. Por ser classificado como prioritário pela Aneel, a antecipação permitirá a Furnas receber um adicional de Receita Anual Permitida (RAP) sobre o valor de receita, previamente estabelecida em consonância com a Resolução Autorizativa 10.398 de 17/08/2019. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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4 Mudanças climáticas afetam vazão de rios da Amazônia

Uma análise das 351 hidrelétricas planejadas para a região amazônica, 60% delas no Brasil, mostra que a crise climática afetará em cheio a viabilidade econômica da geração de energia hidrelétrica devido à diminuição das chuvas e da vazão de rios. Publicado na revista científica Global Environmental Change e liderado pelo brasileiro Rafael Almeida, pesquisador na Universidade de Cornell, nos EUA, o estudo mostra que os efeitos afetarão o Brasil. Em especial, o sul da Amazônia, onde a vazão dos rios pode cair até 40%, com consequente redução da capacidade das usinas a fio d’água planejadas. O estudo projetou a vazão dos rios em função dos cenários de mudança climática do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). A consequência será mais que dobrar o custo de 25% das hidrelétricas propostas para a região, tornando-as menos competitivas que outras fontes renováveis, como solar e eólica. Os cientistas sugerem que as hidrelétricas sejam planejadas para operar em consonância com fontes solar e eólica para que nos períodos de baixa vazão não haja impacto no sistema elétrico. Eles também propõem que novas hidrelétricas devam ser construídas em locações de fluxos de rios menos irregulares e projetadas para funcionar numa variação de vazão maior. (O Globo – 23.11.2021)

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5 Crise hídrica expõe desafio de manter a matriz limpa

A crise hídrica, que trouxe um alerta sobre o abastecimento do setor elétrico neste ano, expõe os desafios que o setor de energia terá no Brasil para o cenário de transição para uma economia de baixo carbono. Mesmo com 80% da matriz de energia elétrica sendo renovável o país precisará equilibrar demanda de energia em alta, gestão de recursos hídricos cada vez mais complexa, o avanço do gás, a exploração gradual da camada pré-sal e a redução das emissões de dióxido de carbono. O sistema está mais vulnerável às mudanças climáticas, o que cria maior volatilidade nos preços e impõe reflexões sobre o planejamento e a gestão do uso múltiplo das águas”, diz Luiz Barroso, presidente da consultoria PSR. “Os resultados da COP ficaram aquém do necessário, mas melhor que o esperado, mantendo vivo o Acordo de Paris. O mais importante, a meu ver, foi o alinhamento do setor privado e as centenas de parcerias e compromissos firmados em diversas frentes no tripé comida, floresta e finanças. Países com florestas tropicais como a Amazônia podem criar oferta nos mercados de carbono, já que essas áreas são responsáveis por relevante redução das emissões globais de gases de efeito estufa. A floresta em pé pode ser a grande criptomoeda verde global”, observa Barroso. (Valor Econômico – 24.11.2021)

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6 Aumento de fontes intermitentes leva ao aumento da energia firme

Usinas eólicas e solares respondem por 13% da eletricidade consumida no país. O avanço dessas fontes intermitentes tem levado à discussão sobre o uso de energia firme, como termelétricas a gás natural e até a construção de uma quarta usina nuclear no país. Neste ano, as termelétricas chegaram a responder em alguns momentos por 1/4 da geração de energia elétrica. São usinas que consomem bastante água em seu processo, emitem mais poluentes e têm um custo mais alto de operação. “O preço do sistema está errado. Estamos gerando com térmicas a quase R$ 2.000 mil o MWh e o preço no curto prazo estão abaixo de R$ 100/MWh. Estamos esvaziando reservatórios assim e depois os enchemos com preços mais altos”, aponta o presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia, Paulo Pedrosa. (Valor Econômico – 24.11.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Espanha: Governo acelera sua corrida para 5 milhões de veículos elétricos em 2030

O Conselho de Ministros, por proposta do Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico, alterou ontem a Lei 34/1998 sobre o setor dos hidrocarbonetos visando introduzir mais concorrência ao conceder liberdade total ao proprietário dos postos de serviço sinalizados ou franqueados ao instalar um ponto de carregamento para VEs. O que a modificação faz é evitar que essa instalação seja vinculada ao contrato de fornecimento exclusivo que mantêm com os operadores. O Plano Nacional Integrado de Energia e Clima pretende ter cinco milhões de veículos elétricos em 2030 e, até 2023, a meta intermediária de 250.000 veículos elétricos foi definida. Para atingir esses números, seria necessário aumentar os pontos de recarga públicos de alta capacidade, de modo a evitar a “ansiedade da autonomia”. Nesse sentido, a Lei de Mudanças Climáticas e Transição de Energia já prevê a “obrigatoriedade” dos principais postos - com faturamento anual superior a cinco milhões de litros - de postos públicos de recarga. Os postos podem ser operados diretamente por operadoras petrolíferas, podem ser independentes ou podem operar em regime de bandeira ou franquia, regime que permite a um retalhista, normalmente uma PME, operar o posto de gasolina em nome e por conta de um operador grossista, através de contrato exclusivo de fornecimento de combustível. (Energías Renovables - 24.11.2021)

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2 Ford quer tornar a recarga de elétricos tão rápida quanto encher o tanque

A Ford quer tornar a recarga de VEs tão rápido quanto parar em um posto de gasolina para encher o tanque. A redução do tempo de recarga é limitada pelo aquecimento excessivo das baterias. O que a Universidade de Purdue desenvolveu com financiamento da Ford foi um cabo de recarga com um método de resfriamento alternativo, que permite reduzir o calor gerado mesmo quando há mais corrente passando por ele. O sistema usa um agente refrigerante ativo que ajuda a extrair mais calor do cabo usado na recarga. A grande diferença para os sistemas já em uso é que ele pode ajudar a extrair mais calor do cabo na passagem da fase líquida para o vapor, removendo até 24,22 quilowatts de calor. Desta forma, o cabo pode fornecer até 4,6 vezes mais energia do que os carregadores mais rápidos disponíveis no mercado hoje, indo além dos 2.400 amperes. O protótipo usado imita todas as características de uma estação de carregamento do mundo real: inclui uma bomba, um tubo com o mesmo diâmetro de um cabo de carregamento real, os mesmos controles e instrumentação e tem as mesmas taxas de fluxo e temperaturas. Ainda que não tenha sido testado em um veículo, os testes de laboratório sugerem que o cabo permitiria que um veículo fosse totalmente recarregado em menos de cinco minutos. Na verdade, para a recarga de grandes carros elétricos comerciais em cinco minutos seria necessário uma corrente de “apenas” 1.400 amperes. Contudo, os tempos de carga dependerão das classificações de saída de energia da fonte de alimentação e do cabo de carregamento, além do bocal de recarga do veículo. Para obter uma carga em menos de cinco minutos, todos os três componentes precisarão dar conta dos 2.500 amperes. O desenvolvimento do protótipo faz parte de uma parceria estratégica com a Ford, que está interessada em testar o protótipo nos próximos dois anos. Os próximos dois anos também serão críticos para a Ford, que planeja se tornar líder do mercado de carros elétricos. (Quatro Rodas – 23.11.2021)

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3 Plano de mobilidade elétrica da Hitachi Energy mira em frotas

A Hitachi Energy entra de vez no mercado de elétricos com foco em frotas, sinalizando a renovação e ampliação do portfólio de soluções para a transição energética no Brasil. A empresa vai continuar atuando na área de redes, sistemas de transmissão, subestações e equipamentos de alta tensão. Entretanto, a eletrificação de frotas é um negócio em potencial e o que antes era focado apenas em carregadores para autos elétricos e frotas de ônibus e caminhões, agora se amplia para novas soluções. O cerne do negócio será em B2B para atender os operadores de frotas de ônibus e caminhões. O gerente Latam de Mobilidade da Hitachi Energy no Brasil, Henrique Gross, explica: “O que a gente busca neste novo mercado é trazer o conhecimento de transporte para adaptar as soluções a um mercado que é completamente novo”. O executivo conta que já vem conversando com operadores de ônibus nas cidades e que a operação tradicional a diesel é muito diferente e as cidades brasileiras ainda carecem de infraestrutura para suportar essa alternativa de mobilidade sustentável. “Você precisa pensar em todo sistema elétrico de distribuição antes de adotar esse tipo de solução”, diz. Hoje a empresa tem mais de 40 projetos na área de armazenamento de energia e sistema de controle e gerenciamento. Aqui no Brasil, eles já discutem alguns projetos e acreditam que essas soluções terão papel fundamental no controle de estabilidade do sistema. O Country Manager da companhia, José Paiva, conta que a estratégia se apoia em estudos da Agência Internacional de Energia de que até 2050, a eletrificação global quase dobrará a demanda. A operação vai ficar focada na fábrica de Guarulhos (SP) e se os planos saírem como os executivos planejam, a ideia é aumentar a nacionalização da produção. Henrique Gross acrescenta que a empresa já produz no Brasil toda a parte de transformadores, proteção e controle, além de toda parte de serviços, no entanto, para outros componentes, a produção local ainda exige escala. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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Inovação

1 Hidrogênio mais barato no Chile, importação superestimada na Alemanha

Para descarbonizar a mineração nacional, o governo do Chile traçou uma meta ambiciosa: produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo em dez anos. Em entrevista ao jornalista Gabriel Chiapinni, o ministro de Minas e Energia do Chile, Juan Carlos Jobet, conta que o objetivo é ter 5 GW de capacidade de eletrólise em desenvolvimento até 2025, produzir o hidrogênio verde mais barato do planeta até 2030 e estar entre os três maiores exportadores até 2040. O governo chileno tem sinalizado ao mercado que a aposta é o hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis, como a geração de energia eólica. O plano foi consolidado na Estratégia Nacional de Hidrogênio Verde, lançada em 2020. Um dos principais destinos para a produção futura de H2V, a Alemanha tem investido pesado no desenvolvimento deste mercado, firmando acordos com países da América Latina onde a oferta e preço da energia renovável favorecem a produção do H2V. (EPBR – 23.11.2021)

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2 Distribuidores da UE lançam iniciativa de rede de gás hidrogênio

Gaz Reseau Distribution France (GRDF) e 66 distribuidores de gás em toda a UE lançaram uma iniciativa com foco no papel da infraestrutura de distribuição de gás para a transição energética. A iniciativa Ready4H2 tem como objetivo demonstrar o papel fundamental das redes na transição energética. Até fevereiro de 2022, as distribuidoras de gás envolvidas no projeto Ready4H2 pretendem demonstrar o papel fundamental das redes de distribuição de gás na injeção de hidrogênio a médio e longo prazo. Para apoiar o desenvolvimento do hidrogênio, a GRDF já está trabalhando na conversão e operação de redes 100% H2. Foi iniciada a estruturação de uma plataforma de operação e treinamento para uma malha de distribuição de hidrogênio; deve ser comissionado em 2024, antes de um experimento de campo planejado para 2025. (Renews - 23.11.2021)

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3 Hidrogênio verde pode fornecer 20% da redução total de CO2 necessária até 2050

A fim de promover as ações necessárias para desenvolver a economia do hidrogênio, a McKinsey & Company e o Hydrogen Council apresentaram o relatório Hydrogen for Net-Zero, que apresenta novos dados sobre o potencial de redução de carbono do hidrogênio, em conjunto com uma proposta de ferramentas e medidas prontas para serem aplicadas, a fim de criar marcos de políticas favoráveis para o hidrogênio renovável. De acordo com o relatório, em 2050, o hidrogênio pode evitar 80 gigatoneladas (GT) de emissões cumulativas de CO2 e contribuir com 20% da redução total necessária, mas isso requer o uso de 660 milhões de toneladas métricas (MT) de hidrogênio renovável de baixo carbono. equivalente a 22% da demanda energética final do mundo. De acordo com o relatório, são necessários US $ 300 bilhões para a produção de hidrogênio, US $ 200 bilhões para infraestrutura e US $ 200 bilhões para usos finais de gás. A McKinsey & Company estima que a implantação de 75 toneladas de hidrogênio limpo seja necessária até 2030. (Energías Renovables - 24.11.2021)

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4 ITE prototipou uma bateria enzimática capaz de usar fluidos biológicos de seres vivos como fonte de energia

O Instituto Tecnológico de Energia da Generalitat Valenciana (ITE) está desenvolvendo uma nova tecnologia de biopilha a partir de moléculas comuns em fluidos biológicos, como a glicose no sangue. A iniciativa denominada BioCell-Power, que se encontra em fase de experimentação, faz parte de uma investigação desenvolvida num projecto anterior e com a qual, apesar de se encontrar em fase inicial de desenvolvimento, estão a ser avaliadas diferentes colaborações com hospitais e empresas de sensorização. BioCell-Power recebeu financiamento do Instituto Valenciano de Competitividade Empresarial (IVACE) da Generalitat Valenciana, processo IMAMCL / 2021/1. (Energías Renovables - 24.11.2021)

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5 Congresso de inovação Citenel, em 2 e 3 de dezembro, trata de digitalização, descentralização e descarbonização

Debater o setor elétrico do futuro a partir da digitalização, da descentralização e da descarbonização será o foco da décima edição do Congresso de Inovação Tecnológica e Eficiência Energética no Setor Elétrico – Citeenel. O evento acontece nos dias 2 e 3 de dezembro, em formato híbrido, com promoção da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL e, neste ano, organização da CPFL Energia. As inscrições para ouvintes são gratuitas. Um dos focos desta edição do Citeenel é discutir iniciativas já em andamento ou que possam ser executadas como parte da estratégia ESG de empresas do setor elétrico. Ações de descarbonização, com o aumento da geração renovável de energia, e de eficiência energética, integram parte das discussões do congresso. As mesas serão mediadas por diretores da ANEEL e executivos do Grupo CPFL Energia. (Aneel – 23.11.2021)

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6 MIT Reap Rio abre inscrições para formação de startups de energia

O MIT Reap Rio, do LabrInTOS, da Coppe/UFRJ, abriu as inscrições até o dia 6 de dezembro para o energINN, programa de formação de novas startups para os setores de Energia e Sustentabilidade e que objetiva ser a maior e mais completa formação de empreendedores e de ecossistemas de inovação nesta área. O programa é composto por um curso online, básico e gratuito sobre o tema, com duração de três meses. A finalidade é fornecer suporte para que universitários, pesquisadores e empreendedores desenvolvam projetos preliminares de Business Case e participem de uma seleção para uma fase posterior de aceleração, quando serão fornecidas mentorias técnicas e de negócios, infraestrutura laboratorial e networking entre investidores e grandes empresas. (CanalEnergia – 19.11.2021)

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Energias Renováveis

1 Atlas recebe aprovação para testar 47 MW solares na Bahia

A Aneel aceitou a solicitação da Atlas Energia Renovável e liberou para testes 30 unidades geradoras da central fotovoltaica Juazeiro VI, totalizando 47,3 MW de capacidade instalada no município de Juazeiro (BA). Outro parecer positivo da Aneel foi para a Enel Green Power, que já pode iniciar os testes em três aerogeradores das centrais Ventos de Santa Esperança 15, 16 e 25, somando 12,6 MW de potência em Morro do Chapéu (BA). (CanalEnergia – 23.11.2021)

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2 Brasil será pioneiro na geração de energia eólica offshore na América Latina

Para ajudar na descarbonização da eletricidade e contribuir para que as metas de redução de emissão de gases, firmadas durante o Acordo de Paris, sejam honradas, é necessário que os investimentos no mercado eólico global quadrupliquem. O dado é da Global Wind Energy Council trazido por Rodrigo Ugarte Ferreira, Head de Procurement da Vestas Latam, durante o painel “Competitividade da cadeia produtiva e novos modelos de negócio para a expansão do setor eólico”, no Brazil Windpower 2021. No mesmo evento, Carsten Hallund Slot, Head of Market Development & News Market Entry – Global Offshore da Vestas, durante o painel “Offshore: cenário e desafios”, ressaltou que a tecnologia offshore é um desafio global e o Brasil possui toda a pujança necessária para acompanhar o movimento internacional. “O Brasil será pioneiro na implementação da tecnologia offshore na América Latina. A partir disso, os outros países da região terão o Brasil como caso de sucesso. As discussões regulatórias estão encaminhadas e contamos com uma proatividade imensa por parte dos órgãos ambientais”, afirma Slot. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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3 Petroquímica brasileira intensifica corrida por energias renováveis

A indústria petroquímica brasileira abraçou a transição energética, seja por causa dos custos hoje mais competitivos da energia renovável, seja para reduzir a pegada de carbono e cumprir metas climáticas estabelecidas para as próximas décadas. Considerando-se quatro grandes petroquímicas com operação no país - Braskem, Dow, Unipar e Unigel - já são pelo menos R$ 5,3 bilhões entre contratos de longo prazo para compra de energia solar e eólica ou investimentos em autoprodução anunciados desde 2020. E esse número vai crescer em breve. A Unipar já firmou dois acordos dessa natureza - com AES Brasil e Atlas Renewable Energy - e está negociando a terceira parceria. A petroquímica planeja produzir 70% da energia que consome no país, exclusivamente de fonte renovável. A Unigel, que tem parceria com a Casa dos Ventos, e a Dow, que fechou contratos com Casa dos Ventos e Atlas, também avaliam novos projetos. Com quatro parcerias no Brasil - com EDF Renewables, Voltalia, Canadian Solar e Casa dos Ventos -, a Braskem iniciou a jornada de transformação da matriz elétrica em 2018 e mantém a aposta nessas iniciativas para alcançar a neutralidade em carbono em 2050. Com os acordos, a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas assegurou mais de 100 MW médios contratados de fonte solar e eólica. (Valor Econômico – 24.11.2021)

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4 Shell assina contrato de compra de energia com maior parque eólico do mundo

A Royal Dutch Shell assinou contrato de 15 anos para compra de eletricidade com o Dogger Bank, o maior parque eólico no mar do mundo. A petrolífera garantiu uma participação de 20% na terceira fase do Dogger Bank, a Dogger Bank C. Cada fase tem uma capacidade de 1,2 GW e deve gerar cerca de 6 TWh de eletricidade por ano. O parque eólico está localizado na costa nordeste de Inglaterra. Incluindo os acordos existentes para o Dogger Bank A e B, a Shell já garantiu 720 MW da capacidade prevista do parque de 3,6 GW. A conclusão da construção está prevista para 2026. (Valor Econômico – 24.11.2021)

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5 Energia eólica representará metade da eletricidade em uma Europa neutra para o clima

As energias renováveis representam agora 38% de toda a energia consumida na UE e deve continuar a aumentar rapidamente. Mas a eletricidade é apenas um quarto da energia consumida na Europa atualmente e a UE quer mudar isso. A Comissão da UE pretende aumentar a quota de eletricidade na cesta energética para 75% até 2050: com 57% do consumo de energia a ser alimentado diretamente por eletricidade; e outros 18% provenientes de hidrogênio renovável e seus derivados. A Europa verá um aumento na demanda de eletricidade à medida que faz a transição para a neutralidade climática. Na UE, a demanda de eletricidade mais do que dobrará de 3.000 TWh hoje para 6.800 TWh até 2050. E a energia eólica será fundamental para essa transição. Hoje, a fonte eólica é 16% do mix de eletricidade da Europa. A UE deseja que seja 50% até 2050. Para eletrificar seu sistema de energia, a UE precisa aumentar sua capacidade de energia eólica para 1000 GW de energia eólica onshore e 300 GW de energia eólica offshore até 2050. De um total combinado de apenas 180 GW hoje. Isso exige que a Europa construa o dobro de novos parques eólicos a cada ano do que está construindo hoje. (REVE – 23.11.2021)

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6 Finlândia: transição energética acelera com o maior projeto de energia eólica do país de 455 MW

A Siemens Gamesa fechou um acordo de 455MW com o desenvolvedor sueco OX2 para fornecer sua plataforma líder Siemens Gamesa 5.X para o local de Lestijärvi para o que será o maior parque eólico da Finlândia, ajudando o país a dar um salto gigante em sua transição energética. O projeto eólico implantará 69 das turbinas SG 6.6-170 a serem instaladas em 2024 no local na Ostrobótnia Central. As turbinas eólicas são equipadas com um rotor de 170 metros e gerador de 6,6 MW, proporcionando um dos mais baixos Custos Nivelados de Energia (LCoE) do setor. Este é o segundo site finlandês que usará a Siemens Gamesa 5.X após um acordo de 81MW assinado para a variante SG 6.6-155 no início de 2021. Lestijärvi também será o maior parque eólico de todos os tempos no país em capacidade instalada e quando concluído sua produção anual de energia será de cerca de 1,3 TWh, equivalente a cerca de 2% da produção total de eletricidade da Finlândia. (REVE – 23.11.2021)

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7 As lições da COP26 para o setor de energia renovável

Duas semanas antes da COP26, o Conselho Global de Energia Eólica e mais de 90 líderes globais do setor lançaram um alerta: as instalações de eólica precisam aumentar quatro vezes em relação aos níveis atuais para que a fonte possa fazer seu papel de ajudar os países a atingir o net zero até 2050. As projeções que temos hoje de crescimento dessa fonte oferecem menos da metade do necessário. Terminada a COP26, o alerta é ainda mais claro, não apenas do ponto de vista da eólica, mas de todas as renováveis: sim, estamos na direção correta, mas a transição energética precisa ser muito mais rápida. É nesse ponto que os organismos de financiamento internacional de fomento têm um papel crucial, porque, de fato, não podemos cobrar a mesma velocidade de transição de todos os países, mas não podemos, de forma alguma, esperar mais e a disparidade não pode ser motivo para irmos devagar com a transição. A conclusão é clara: financiamentos precisam ser facilitados para a transição para fontes renováveis nos países em desenvolvimento que não possuem condições de fazê-la com recursos internos. E isso deve ser prioridade. E é neste ponto que vejo um grande avanço, porque terminamos a COP26 com a certeza de que os grandes financiadores não apenas estão convencidos que precisam destinar recursos para países menos avançados na transição energética, como deixaram muito claro que não seguirão financiando combustíveis fósseis. (Valor Econômico – 24.11.2021)

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Gás e Termelétricas

1 EPE: Nosso problema não é falta de gás, mas como usar esse gás

Projeções da EPE indicam que entre 2021 e 2030, o gás natural deverá ser uma das fontes de geração de energia elétrica com maior expansão do país, adicionando até 16 GW de capacidade. No mesmo período, a produção brasileira do combustível deverá crescer de 73 milhões de m³/dia para 140 milhões de m³/dia no cenário de referência. A diretora de estudos de petróleo e gás natural da EPE, Heloisa Borges aponta que o gás poderá ter participação não apenas na matriz elétrica, mas como combustível que abastecerá frotas de caminhões, que hoje são fortemente dependentes do diesel. Os caminhões, por exemplo, são grandes fontes emissoras de gases de efeito-estufa e se aproximam bastante das emissões de todo o setor industrial. O gás ainda poderá ter outro papel na matriz energética com a exploração gradual da camada pré-sal, em que há o insumo associado ao óleo extraído. Como há limites ambientais para sua queima e existem obstáculos técnicos para sua reinjeção, o gás terá de ser aproveitado. “Nosso problema atual de crise hídrica é um aperto conjuntural. Nosso problema não é falta de gás, mas como usar esse gás abundante para viabilizar e potencializar nossa indústria no cenário de descarbonização”, aponta. (Valor Econômico – 24.11.2021)

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2 CVU de Uruguaiana ficará em R$ 2.518,44 até o fim do ano

A Aneel autorizou a aplicação de CVU no valor de R$ 2.518,44/MWh para a usina termelétrica Uruguaiana, até 31 de dezembro, já considerando o CVU e os custos fixos da usina. A usina negociou ofertas adicionais de energia para atendimento emergencial ao sistema elétrico. O valor corrigido reflete o aumento do preço do gás natural contratado pela Âmbar Energia. Uruguaiana teve o custo variável majorado em 62,46%, o que fará com que o custo total calculado até o fim do ano passe de R$1.487,23/MWh para R$2.416,09 /MWh. A parcela fixa da usina é de 102,35/MWh. O custo do gás importado da Argentina que abastece a planta subiu 83,53% em relação ao valor anterior, passando de US$ 22,51/MMBtu para US$ 41,31/ MMBtu, na média ponderada dos contratos. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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3 CVU de UTE Cuiabá ficará em R$ 2.407,07/MWh

Para a UTE Cuiabá, foi homologado CVU total R$ 2.407,07/MWh, retroativo ao período de 1º a 15 de novembro. A usina negociou ofertas adicionais de energia para atendimento emergencial ao sistema elétrico. O valor corrigido reflete o aumento do preço do gás natural contratado pela Âmbar Energia. No caso da UTE Cuiabá, o valor reconhecido para os primeiros 15 dias desse mês é composto pelo CVU de R$ 2.338,00, mais receita fixa de R$ 131,81. O custo para 16 a 30 de novembro ainda está em análise pela área técnica da Aneel. O CVU da usina abastecida com gás da Bolívia aumentou no período anterior porque o gerador teve de recorrer à Petrobras, depois de ter o suprimento do contrato interrompido pela YPFB. De acordo com a empresa boliviana, a causa da suspensão foi uma explosão em seus campos de exploração. O empreendimento foi enquadrado temporariamente no modelo de usina merchant, empreendimentos sem contrato firme que estão sujeitos à volatilidade dos preços no curto prazo. A expectativa é de que ela volte ao CVU de R$ 1700, mais R$131,81 de custo fixo. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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4 ONS recebe até sexta-feira ofertas de térmicas sem CVU

O ONS vai receber até às 11 horas da próxima sexta-feira, 26 de novembro, ofertas de termelétricas sem CVU com disponibilidade de energia para o mês de dezembro de 2021. O objetivo é obter energia firme com valores economicamente favoráveis, reduzindo o custo de operação do sistema. O recurso adicional poderá ser considerado por período determinado e de forma ininterrupta dentro do prazo ofertado e aceito pelo CMSE, desde que seja alocável na carga, observadas a otimização do custo total de despacho do sistema e a segurança operativa. Pelos cenários traçados pelo Operador, os recursos hidroenergéticos atuais são suficientes para atender a carga, mas a ideia é que nesta nova rodada os agentes façam propostas com valores de MW médios mais competitivos para atender o SIN, sem que haja garantia de contratação. A decisão reforça a estratégia de redução de custo de operação do sistema, já que o período úmido teve início e os níveis de água nos reservatórios estão melhorando gradativamente, especialmente nas bacias do Paraná, Tocantins e São Francisco, além da expectativa de manutenção da demanda em níveis mais baixos do que os habituais para o período por conta das temperaturas mais amenas que vêm sendo registradas. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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5 INB amplia enriquecimento de urânio no país

A Indústrias Nucleares do Brasil dará mais um passo na produção nacional de enriquecimento de urânio na próxima sexta-feira, 26 de novembro. A empresa inaugurará, na Fábrica de Combustível Nuclear-FCN, em Resende (RJ), a nona cascata da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio. O investimento para a construção dessa cascata foi de R$ 54 milhões. Com a ampliação, a INB reduz o seu grau de dependência na contratação do serviço de enriquecimento isotópico no exterior para a produção de combustível das usinas nucleares nacionais. A entrada em operação da nona cascata possibilitará o alcance da capacidade de produção para atendimento de 65% da demanda das recargas anuais de Angra 1, correspondendo a um acréscimo de cerca de 5% em relação à capacidade atual. A inauguração faz parte da primeira fase da implantação da usina, um projeto em parceria com a Marinha do Brasil, que busca a instalação de dez cascatas de ultracentrífugas na FCN. A sua conclusão está prevista para 2023, com a entrada em operação da décima cascata, quando será atingida a capacidade de 70% da demanda anual necessária ao abastecimento de Angra 1. (CanalEnergia – 23.11.2021)

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6 UE: alta na demanda e nos preços do gás e CO2

Os preços da maioria dos mercados de eletricidade europeus subiram na terceira semana de novembro e a média semanal situou-se acima dos € 200/MWh na maioria dos casos. O aumento da demanda e dos preços do gás e do CO2 ofuscaram o aumento da produção da energia eólica. A esses elementos se juntou a menor produção de energia solar em quase todos os mercados. Os contratos futuros de energia elétrica também registraram altas em geral. A diminuição das temperaturas médias em quase todos os mercados favoreceu o aumento da demanda. O mercado francês registou um aumento da procura de 4,5%, nos outros países a média da demanda foi inferior a 2,0%. O maior aumento de preço foi o do mercado N2EX do Reino Unido, de 26%, enquanto o menor aumento de preço foi o do mercado EPEX SPOT da Holanda, de 14%. Na terceira semana de novembro, o preço médio semanal mais elevado foi o do mercado IPEX da Itália, de € 236,50/MWh, enquanto o menor preço médio foi o do mercado Nord Pool, de € 60,97/MWh. (REVE - 23.11.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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