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IFE: nº 5.457 - 30 de março de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel aumenta valor teto do empréstimo ao setor elétrico em R$ 25 mi
2 Normas para Autorização para Comercializadores de Energia foram consolidadas
3 Consulta Pública colhe subsídios para novos procedimentos em outorgas de autorização
4 Consulta discute revisão da Receita Anual Permitida de contratos de transmissão
5 Revisão da RAP vai atingir 70 transmissoras em 2022
6 Aneel propõe revisão de 69 receitas das transmissoras de energia
7 Aneel propõe regras sobre decreto que permitiu pedidos de outorga sem informações de acesso

Transição Energética
1 Wilson Ferreira Jr: “Brasil vai ser o maior gerador de crédito de carbono”
2 Governo Biden aprovou orçamento incluindo bilhões para clima e energia limpa

3 Províncias canadenses divulgam plano estratégico para SMRs
4 Reino Unido consulta sobre mudanças nas isenções de importação verdes
5 IRENA: Investimento necessário em transição energética até 2030 é de US$ 5,7 tri
6 IRENA pede uma cota de 40% para energias renováveis em todos os setores em 2030
7 CRUL e IRENA assinam parceria para promover pesquisas sobre energias renováveis
8 Transição Energética é a chave para enfrentar a crise global de energia
9 Southern Company Gas identificou formas internas mais baratas de atingir neutralidade até 2050
10 Renováveis aumentam as perspectivas de ganhos da SSE
11 Renováveis e eficiência energética: Prioridades para a redução de emissões em 2030
12 Como as NOCs globais estão lidando com a transição energética?
13 Artigo de Julian Kettle: “É hora de os metais obterem o(s) crédito(s) de descarbonização que merecem?”

Empresas
1 Governo indica Adriano Pires para presidência da Petrobras
2 Tupy: Lucro cai no 4º trimestre e receita salta
3 Renova Energia: Lucro recua no 4º trimestre de 2021
4 Sterlite capta R$ 600 mi para finalizar três projetos
5 CGT Eletrosul obtém anuência da Aneel para incorporar Transmissora Sul Litorânea
6 Auren: Crise hídrica levou à compra de 70 MW médios de energia a mais em 2021
7 Auren Energia: Busca por contratos de curto prazo
8 GES prevê um crescimento de 86,3% no seu volume de negócios em 2022

9 Echoenergia: Empresa alcança 1,2 GW em operação

10 Nordex: Crescimento em 2021 com vendas consolidadas de 5,4 bi de euros

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios do Sul tem elevação de 0,7 p.p em seus níveis e operam com 44,4%
2 PCH Cachoeira inicia teste de 11,12 MW
3 França pede economia de energia

Mobilidade Elétrica
1 Adalberto Maluf/ABVE: Criação de frente no Senado é chance de conscientizar opinião pública sobre eletromobilidade
2 Canadá: Novos investimentos em energia verde e mobilidade elétrica

Inovação
1 FFI/E.on: Memorando de entendimento sobre fornecimento de hidrogênio verde para a Europa

Energias Renováveis
1 ABGD: Geração solar distribuída atinge 10 GW e deve chegar a 15 GW no final de 2022
2 Aneel: Implantação de mais de 1 MW de projetos solares e termelétricos a biomassa
3 Cesp: Usina termossolar entra em operação em SP
4 Voltalia: Inauguração de usina solar de 260 MW no RN

5 Brennand Energia: DRO para projeto eólico de 1,65 GW
6 Aliança Energia avança com 180,6 MW eólicos em implantação
7 Reino Unido: Reforço às energias eólica e solar
8 Alemanha: Geração de energia verde aumenta quase 25% no 1º trimestre

9 IRENA: Cota de 40% para energias renováveis em 2030

Biblioteca Virtual
1 KETTLE, Julian. “É hora de os metais obterem o(s) crédito(s) de descarbonização que merecem?”


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel aumenta valor teto do empréstimo ao setor elétrico em R$ 25 mi

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 29, um ajuste no valor teto do empréstimo ao setor elétrico para cobrir custos da grave escassez hídrica. Serão acresentados R$ 25,3 milhões no montante total, que passou de R$ 5,339 bilhões para R$ 5,365 bilhões. Os valores serão pagos pelos consumidores nos próximos anos, com juros. A operação de crédito foi aprovada pela agência em 15 de março. Além do déficit da conta Bandeiras, já que as bandeiras tarifárias não arrecadaram o suficiente, o montante vai cobrir os custos com importação de energia referente à julho e agosto, o bônus para consumidores que economizaram energia e valores devidos às distribuidoras. A alteração foi feita para incluir a parcela referente aos valores devidos às empresas que têm permissão para prestar o serviço de distribuição, as chamadas “permissionárias”. Essas empresas não possuem contrato de concessão, como as distribuidoras. Com a mudança, elas terão até cinco dias, após a publicação da resolução, para declarar os montantes que pretendem solicitar de empréstimo. (BroadCast Energia - 29.03.2022)

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2 Normas para Autorização para Comercializadores de Energia foram consolidadas

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (29/03) a consolidação das normas para “Autorização para Comercializadores de Energia”. A nova resolução estabelece requisitos e procedimentos relativos à autorização para comercializar energia elétrica no Sistema Interligado Nacional. A decisão foi adotada após a Audiência Pública (AP_002/2022), realizada virtualmente no último dia 23 de março. Como resultado da análise, foram revogadas três resoluções normativas (REN 570/2013; REN 654/2015; e REN 678/2015) e promovidos ajustes no texto para maior clareza, precisão e ordem lógica. O mérito dos regulamentos foi mantido. O tema está indicado no item 73 da Agenda Regulatória 2021/2022. A iniciativa atende ao Decreto 10.139/2019, que estabelece a consolidação de atos inferiores a decreto e a revogação expressa de normas já tacitamente revogadas, ou cujos efeitos tenham se exaurido no tempo. (Aneel – 29.03.2022)

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3 Consulta Pública colhe subsídios para novos procedimentos em outorgas de autorização

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (29/03), a abertura da consulta pública nº 008/2022, destinada a aprimorar uma proposta de regulamentação do Art. 1º do Decreto nº 10.893/2021, que dispensa a exigência de apresentação da informação de acesso para os pedidos de outorgas protocolados na Aneel até 2 de março de 2022. O debate sobre o tema tem início nesta quarta-feira, 30/3. O decreto nº 10.893/2021 dispõe que a Aneel deixe de exigir o documento de informação de acesso para empreendimentos abrangidos nos incisos I e II do parágrafo 1º-C da Lei nº 9.427, de 1996. Em função de o dispositivo impactar diretamente resoluções normativas vigentes da Aneel e trazer novo contorno ao processamento técnico e regulatório da atividade de emissão das outorgas, a Agência entendeu necessária a regulamentação dos procedimentos e requisitos para emissões embasadas nos termos do decreto. Com a devida regulamentação, reforça-se, assim, o dinamismo e a transparência dos procedimentos e entendimentos adotados, possibilitando maior segurança jurídica. Em suma, os documentos da consulta e a forma de participação, via formulário, podem ser acessados aqui. (Aneel – 29.03.2022)

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4 Consulta discute revisão da Receita Anual Permitida de contratos de transmissão

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (29/03), abertura de consulta pública para discutir aprimoramentos à Revisão da Receita Anual Permitida (RAP) de contratos de concessão de transmissão de energia elétrica relativos aos empreendimentos licitados com data de revisão em julho de 2022. A Agência identificou 70 concessionárias licitadas, cujas receitas passarão por Revisão em 2022. Os Contratos de Concessão estabelecem que a receita ofertada no Leilão e a parcela associada a reforços autorizados estão sujeitas à revisão dos valores. Os Contratos determinam ainda que, nas Revisões Tarifárias, parcela dos eventuais ganhos extras das Transmissoras, denominados Outras Receitas, devem ser extraídas da RAP, em prol da modicidade tarifária. (Aneel – 29.03.2022)

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5 Revisão da RAP vai atingir 70 transmissoras em 2022

Um grupo de 70 concessionárias de transmissão com empreendimentos licitados vai passar esse ano por revisão da Receita Anual Permitida dos contratos. Para 69 delas, que terão a RAP ofertada em leilão reavaliada, pode haver aumento médio nominal de 10,6%, com impacto real (descontada a inflação) de 0,6%. À exceção da CGT Eletrosul, que está fora dessa lista, a soma das receitas das demais empresas pode sair de R$5,1 bilhões para R$ 5,7 bilhões a partir de julho. A subsidiária da Eletrobras está, no entanto, entre as 29 transmissoras que terão direito ao reposicionamento da RAP por reforços e melhorias autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica nessas instalações. A previsão é de que a parcela da receita revisada vai aumentar em média 24,1% em termos nominais, com crescimento médio real de 12,8%. O valor sai de R$ 258,4 milhões para R$ 320,6 milhões. As transmissoras terão ainda parcela de ajuste de quase R$ 91 milhões, a ser paga nos próximos cinco anos, o que dá um valor anual R$ 18,2 milhões. A Aneel vai capturar para a modicidade tarifária R$ 1,45 milhão por ano das receitas de 16 transmissoras com a prestação de outros tipos de serviços na rede de transmissão. (CanalEnergia – 29.03.2022)

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6 Aneel propõe revisão de 69 receitas das transmissoras de energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 29, a abertura de consulta pública para discutir a revisão da Receita Anual Permitida (RAP) de contratos de concessão de transmissão de energia elétrica. Todos os contratos foram licitados com data de revisão em julho de 2022. A agência receberá contribuições até 13 de maio. A Receita Anual Permitida é a remuneração que as transmissoras recebem pela prestação do serviço público de transmissão aos usuários. De acordo com a agência, a revisão da RAP ofertada no leilão consiste na atualização do custo de capital de terceiros e na aplicação de parâmetro regulatório de ganhos de eficiência empresarial nos custos de operação e manutenção. Com a revisão, as receitas das 69 empresas totalizam R$ 5,7 bilhões -ante R$ 5,1 bilhões ofertadas no leilão. Segundo a proposta apresentada pela agência reguladora, houve um índice de reposicionamento médio de 10,63%. Os contratos também previam que eventuais ganhos extras das transmissoras deveriam ser considerados para modicidade tarifária. Essa parcela totalizou R$ 1,45 milhão. (BroadCast Energia - 29.03.2022)

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7 Aneel propõe regras sobre decreto que permitiu pedidos de outorga sem informações de acesso

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou terça-feira (29/03), a abertura de consulta pública sobre a dispensa de informações de acesso em pedidos de outorgas de geração. A regra, prevista em decreto presidencial publicado em dezembro, autoriza que os empreendimentos façam a solicitação à agência reguladora sem apresentar documentos que indiquem se há capacidade para conectar ou escoar energia na rede. O decreto do presidente Jair Bolsonaro regulamenta dispositivo legal previsto na Medida Provisória (MP) 998, convertida na lei 14.120 em março de 2021. O texto atualiza a legislação para estabelecer o fim da concessão de descontos dos sistemas de transmissão e distribuição para pedidos de outorgas de projetos novos, com um período de transição. A iminência da extinção dos benefícios gerou uma "corrida" por outorgas, o que levou técnicos da agência reguladora a indicar a necessidade de regulamentação. De acordo com o relator do processo, diretor Efrain da Cruz, foram recebidos aproximadamente 2.400 pedidos à agência reguladora. (BroadCast Energia - 29.03.2022)

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Transição Energética

1 Wilson Ferreira Jr: “Brasil vai ser o maior gerador de crédito de carbono”

Numa longa carreira dedicada ao setor de energia, que incluiu cargos de direção na Cesp, na CPFL e Eletrobras, Wilson Ferreira Junior juntou experiência para assumir na área privada, em 2021, a Vibra Energia, “herdeira” da BR Distribuidora. Num ano difícil, em que uma forte seca se somou a intensas queimadas – em grande parte ilegais – na Amazônia e no Pantanal, esse engenheiro formado no Mackenzie viveu um período de intensa transição, mas se sente otimista. Os eventos climáticos, adverte, “estão levando a uma consciência ambiental muito maior, não só entre governos, mas entre empresas e pessoas”. Nesse contexto, diz ele, o Brasil tem um bom horizonte pela frente: 85% de sua energia elétrica é renovável, um índice muito acima dos 24% de média mundial. E, graças às decisões aprovadas na COP-26, terá ótimas condições para acumular créditos de carbono e vendê-los no mercado internacional. “A transição energética vai ocorrer. E o ponto fundamental é que vamos ser o maior gerador de créditos de carbono do planeta”. Ele vê com bons olhos a indicação de Adriano Pires para presidência da Petrobras. “Sou fã dele há 30 anos. Na área de óleo e gás, ele é uma unanimidade. Ele tem competência para dar seguimento à criação de um fundo de estabilização dos preços dos derivados de petróleo.” A seguir, trechos da entrevista. (O Estado de São Paulo – 29.03.2022)

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2 Governo Biden aprovou orçamento incluindo bilhões para clima e energia limpa

O presidente Joe Biden propôs na segunda-feira um orçamento de US$ 5,8 trilhões para o ano fiscal de 2023, que inclui US$ 44,9 bilhões para energia limpa, eletrificação e outros programas para ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e preparar os EUA para os efeitos das mudanças climáticas. A solicitação de orçamento de Biden inclui um espaço reservado para créditos fiscais de energia limpa e outras disposições sobre energia na legislação Build Back Better, que ainda está sendo negociada. Biden propôs aumentar o orçamento do Departamento de Energia em 7,1%, para US$ 48,2 bilhões, acima dos US$ 45 bilhões promulgados no ano fiscal de 2022, em parte para refletir os gastos exigidos pela lei bipartidária de infraestrutura . A proposta inclui US$ 200 milhões para um novo programa Solar Manufacturing Accelerator para ajudar a estimular a produção de equipamentos solares domésticos. (Utility Dive – 29.03.2022)

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3 Províncias canadenses divulgam plano estratégico para SMRs

Os governos de Ontário, Saskatchewan, New Brunswick e Alberta divulgaram um plano estratégico conjunto que estabelece um caminho para o desenvolvimento e implantação de pequenos reatores modulares (SMRs). O plano se baseia em um estudo de viabilidade divulgado pelas concessionárias de energia provinciais em 2021. As províncias têm trabalhado juntas para promover SMRs no Canadá sob um Memorando de Entendimento assinado por Ontário, New Brunswick e Saskatchewan em dezembro de 2019 e ao qual Alberta aderiu em abril de 2021. O novo relatório, Um Plano Estratégico para a Implantação de Pequenos Reatores Modulares, é a entrega final sob esse MoU. O Estudo de Viabilidade da SMR de 2021 concluiu que o desenvolvimento da SMR apoiaria as necessidades domésticas de energia, reduziria as emissões de gases de efeito estufa e posicionaria o Canadá como líder global em tecnologias limpas e na luta contra as mudanças climáticas. O plano estratégico baseia-se nisso, identificando as principais ações que as províncias podem tomar para permitir a decisão de prosseguir com os SMRs. Após a decisão de prosseguir, ele descreve outras ações para apoiar a implantação de SMRs. (World Nuclear News – 30.03.2022)

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4 Reino Unido consulta sobre mudanças nas isenções de importação verdes

O governo do Reino Unido iniciou uma consulta sobre a remoção das isenções de custos do esquema para eletricidade verde importada e o reconhecimento das Garantias de Origem da UE (GoOs). O governo considerou três opções na revisão das isenções de importação verde. A primeira opção é manter as isenções de importação verdes em sua forma atual. A segunda opção é estender as isenções de importação verde a todos os parceiros comerciais internacionais. A terceira opção, que é a preferida, é revogar as isenções verdes de importação, garantindo que os custos do esquema sejam distribuídos igualmente entre os fornecedores. O governo disse que a opção três é a opção mais direta e garantiria uma oportunidade justa para todos os potenciais parceiros comerciais. O documento de consulta do governo dizia: “Isso simplificaria a operação da Obrigação do Fornecedor e o processo de nivelamento e restauraria a igualdade entre todos os fornecedores da GB, na medida em que a contribuição de cada fornecedor para os custos CfD e FIT corresponderia mais de perto à sua quota de mercado de eletricidade GB vendas, eliminando assim distorções de mercado e burocracia.” (Renews Biz – 29.03.2022)

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5 IRENA: Investimento necessário em transição energética até 2030 é de US$ 5,7 tri

A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) lançou hoje (29/03) a nova versão do relatório “World Energy Transitions Outlook”, que descreve ações prioritárias até 2030 para manter a meta de limitar o aquecimento global até 1,5°C. De acordo com o documento, será preciso investir US$ 5,7 trilhões por ano até 2030 na transição energética global, além de redirecionar US$ 700 bilhões anualmente para longe dos combustíveis fósseis para evitar ativos ociosos. O relatório indica ainda que as energias renováveis teriam que crescer massivamente em todos os setores, de 14% da energia total hoje para cerca de 40% em 2030. Assim, as adições anuais globais de energia renovável triplicariam até 2030, conforme recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). “A transição energética está longe de estar no caminho certo e qualquer ação menos radical nos próximos anos diminuirá, até eliminará as chances de cumprir nossas metas climáticas”, disse o diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera. (Petronotícias – 29.03.2022)

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6 IRENA pede uma cota de 40% para energias renováveis em todos os setores em 2030

A Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA) apela aos governos para que acelerem decisivamente a transição energética e mostra no seu mais recente World Outlook - World Energy Transitions Outlook -, apresentado hoje em Berlim, quais são as ações prioritárias até 2030 para manter o planeta na 1,5 °C caminho de aumento da temperatura global. Para isso, é prioritário aumentar massivamente a participação das energias renováveis em todos os setores, passando de 14% do total de energia atual para quase 40% em 2030. “As intervenções de curto prazo para lidar com a atual crise energética devem ser acompanhadas de um foco firme nos objetivos de médio e longo prazo da transição energética. Os altos preços dos combustíveis fósseis, as preocupações com a segurança energética e a urgência das mudanças climáticas destacam a necessidade imperiosa de avançar mais rapidamente em direção a um sistema de energia limpa”, diz IRENA no World Energy Transitions Outlook 2022. (Energías Renovables – 29.03.2022)

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7 CRUL e IRENA assinam parceria para promover pesquisas sobre energias renováveis

O Comitê de Coordenação das Universidades da Região do Lazio (CRUL) e a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) estabelecendo uma nova parceria destinada a desenvolver pesquisas conjuntas sobre como impulsionar energia renovável como um elemento-chave na transição energética. A pesquisa se concentrará, entre outras, em bioenergia, geotérmica, hidrelétrica, oceânica, solar e eólica em busca do desenvolvimento sustentável, acesso à energia, segurança energética, crescimento econômico e prosperidade de baixo carbono. Com cerca de 210.000 alunos e programas em todas as áreas do conhecimento, o CRUL, formado por 13 universidades, abriga 13% de toda a população estudantil da Itália, sendo o segundo maior da Itália. No âmbito deste MoU, IRENA e CRUL trabalharão em estreita colaboração em várias áreas-chave, incluindo o estudo do uso de fontes de energia renováveis em diferentes contextos territoriais e a pesquisa sobre hidrogênio e sistemas multienergéticos; promoção do ensino superior no domínio das energias renováveis; formular assessoria política comum para acelerar a expansão das energias renováveis e facilitar o compartilhamento de conhecimento e a transferência de tecnologia para fornecer energia limpa e sustentável à crescente população mundial; intercâmbio de conhecimentos acadêmicos, resultados de pesquisas e experiências para o desenvolvimento de energias renováveis; bem como organizar conjuntamente atividades de advocacia para aumentar a conscientização sobre soluções viáveis de energia renovável. (IRENA – 28.03.2022)


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8 Transição Energética é a chave para enfrentar a crise global de energia

As intervenções de curto prazo que abordam a atual crise energética devem ser acompanhadas por um foco firme nos objetivos de médio e longo prazo da transição energética. Os altos preços dos combustíveis fósseis, as preocupações com a segurança energética e a urgência das mudanças climáticas ressaltam a necessidade premente de avançar mais rapidamente para um sistema de energia limpa, diz World Energy Transitions Outlook 2022 . Lançado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) no Diálogo de Transição Energética de Berlim, o Outlook da Agência define áreas e ações prioritárias com base nas tecnologias disponíveis que devem ser realizadas até 2030 para atingir emissões líquidas zero até meados do século. Também faz um balanço do progresso em todos os usos de energia até o momento, mostrando claramente o ritmo e a escala inadequados da transição baseada em energias renováveis. “A transição energética está longe de estar no caminho certo e qualquer ação menos radical nos próximos anos diminuirá, até eliminará as chances de cumprir nossas metas climáticas”, disse Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA. (REVE - 29.03.2022)

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9 Southern Company Gas identificou formas internas mais baratas de atingir neutralidade até 2050

Um novo estudo divulgado pela Southern Company Gas após ser conduzido pela consultoria ICF identificou maneiras para as quatro empresas de distribuição de gás natural da Southern atingirem emissões líquidas zero de gases de efeito estufa usando sua infraestrutura existente. “Esta pesquisa mostra que o gás natural e nossa moderna infraestrutura de entrega são fundamentais para atingir nossas metas de zero líquido”, disse Kim Greene, presidente e CEO da Southern Company Gas. “Os caminhos identificados com foco no gás natural incluem uma abordagem equilibrada abordando como nossas operações de serviços públicos e práticas de fornecimento de gás podem ser aproveitadas para atingir importantes metas climáticas e que as soluções de gás natural fornecem um caminho prático e realista que é acessível para nossos clientes. Com regulamentos e políticas de apoio, podemos continuar fornecendo energia limpa, segura, confiável e acessível que nossos 4,3 milhões de clientes dependem e merecem, além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa”. (Daily Energy Insider – 29.03.2022)

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10 Renováveis aumentam as perspectivas de ganhos da SSE

A SSE elevou seus lucros ajustados esperados por ação para o exercício financeiro de 2021-2022, graças à melhor produção de energias renováveis e ao bom desempenho de suas usinas térmicas e hidrelétricas flexíveis. A empresa disse que, desde a declaração de negociação do terceiro trimestre, as condições climáticas significaram que o déficit na produção de fontes renováveis diminuiu de 19% abaixo do planejado para os nove meses até 31 de dezembro de 2021 para cerca de 12% abaixo do planejado em 22 de março. Portanto, a SSE está atualizando o mercado que espera que os ganhos ajustados por ação para o ano inteiro de 2021-2022 estejam em uma faixa entre £ 0,92 e £ 0,97 em comparação com a orientação anterior de pelo menos £ 0,90. A SSE disse que também continua a caminho de relatar Capex para o ano inteiro de 2021-2022 superior a £ 2 bilhões, enquanto continua a executar seu estratégico Programa de Aceleração Zero Líquido de £ 12,5 bilhões, lançado em novembro. A conclusão da alienação de seu investimento na Scotia Gas Networks (SGN) em 22 de março por recursos em dinheiro de £ 1,3 bilhão, a dívida líquida ajustada deverá ficar abaixo de £ 9 bilhões em 31 de março de 2022. (Renews Biz – 29.03.2022)

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11 Renováveis e eficiência energética: Prioridades para a redução de emissões em 2030

O novo World Energy Transition Outlook 2022 da IRENA estabelece prioridades para 2030 para cumprir seu caminho de 1,5 o C até 2050. O Outlook 2022, a segunda edição, relata que, apesar do progresso, a transição energética está longe de estar no caminho certo para 1,5 o C e que o progresso nos próximos oito anos até 2030 será “crítico” para acelerar sua trajetória. De acordo com o Outlook, o aumento das energias renováveis, juntamente com uma estratégia agressiva de eficiência energética, é o caminho mais realista para reduzir as emissões pela metade até 2030. A descarbonização dos usos finais, que é descrita como a “próxima fronteira” depois das energias renováveis e está atrasada, também precisa progredir muito mais rapidamente. Sustentando isso, é necessário um conjunto abrangente de políticas para atingir os níveis necessários de implantação até 2030 e maximizar os benefícios. O caminho de 1,5 o C posiciona as energias renováveis, a eficiência energética e a eletrificação como os principais impulsionadores da transição energética, seguidas pela captura e armazenamento de hidrogênio e carbono. Juntos, eles poderiam atingir um corte de quase 37 Gt nas emissões anuais de CO2 até 2050. (Smart Energy – 29.03.2022)

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12 Como as NOCs globais estão lidando com a transição energética?

Apesar de sua escala, as empresas petrolíferas nacionais (NOCs) escaparam até agora em grande parte do escrutínio pesado experimentado pelas empresas petrolíferas internacionais (IOCs) em torno das emissões. Em parte, como consequência, as estratégias de transição energética da maioria dos NOCs ficam significativamente aquém das de seus pares líderes do COI. Mas à luz dos altos preços e da crescente pressão intergovernamental, as empresas estatais têm uma oportunidade de ouro para mudar de rumo e ajudar a impulsionar a transição energética. O relatório National Oil Companies: estratégias para a transição energética fornece nossa análise das estratégias de descarbonização e diversificação das NOCs globalmente. Preencha o formulário para acessar um extrato gratuito ou continue lendo para uma introdução. (Wood Mackenzie – 29.03.2022)

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13 Artigo de Julian Kettle: “É hora de os metais obterem o(s) crédito(s) de descarbonização que merecem?”

Em artigo publicado no Wood Mackenzie, Julian Kettle (vice-presidente sênior de Metais e Mineração na Wood Mackenzie) trata da necessidade de fornecer mais crédito aos metais como facilitadores-chave da transição energética. Segundo o autor, “dado que a transição energética não pode ser realizada sem metais, pergunta-se se existe uma grande cenoura que poderia ser aplicada, em vez de apenas uma grande vara. Essa cenoura pode assumir a forma de créditos (talvez créditos fiscais) exigidos pelo governo para refletir a descarbonização que é possibilitada pela implantação de metais na geração, armazenamento, transmissão e uso de energia de baixo carbono. Isso exigiria uma avaliação da economia de carbono associada à implantação de uma mercadoria individual ao longo de sua vida útil.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 30.03.2022)

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Empresas

1 Governo indica Adriano Pires para presidência da Petrobras

O governo federal confirmou que deverá trocar o comando da Petrobras. Assim como feito no ano passado, apresentou a indicação de um novo nome para a presidência executiva da estatal, dessa vez a escolha recaiu sobre Adriano Pires que se tiver o nome aprovado em assembleia e pelo conselho, substituirá o atual mandante, o general Joaquim Silva e Luna. Em nota o MME informou também o nome dos indicados para o conselho da empresa por ser o acionista controlador. A assembleia que deliberará sobre o tema ocorrerá no dia 13 de abril. A relação apresenta confirmou Rodolfo Landim para o exercício da presidência do conselho, conforme a lista de indicados apresentada em 08 de março. Foram feitas duas alterações a troca do nome de Silva e Luna pelo de Pires e a entrada de Eduardo Karrer, ex-presidente da Eneva, no lugar de Murilio Marroquim de Souza. (CanalEnergia – 29.03.2022)

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2 Tupy: Lucro cai no 4º trimestre e receita salta

O lucro líquido da Tupy somou R$ 61 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 28,9% na comparação com o mesmo período de 2020. No consolidado do ano, o indicador ficou em R$ 202,9 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 76,2 milhões apurado em 2020. A receita líquida teve salto de 62% entre outubro e dezembro, para R$ 2,06 bilhões. A companhia acrescenta que o montante considera o faturamento — de R$ 302 milhões —, das operações de Betim, Minas, e Aveiro, em Portugal, resultantes da aquisição da Teksid, concluída no início de outubro do ano passado. De janeiro a dezembro, a Tupy viu a sua receita atingir R$ 7,08 bilhões, montante 66,4% acima do visto um ano antes, impulsionada pela participação de 77,4% do mercado externo, que teve receitas de R$ 5,48 bilhões em 2021. O Ebitda foi de R$ 212,4 milhões entre outubro e dezembro, queda de 5,5% em relação ao mesmo período de 2020. A margem Ebitda caiu 7,4 pontos percentuais, para 10,3%. No critério anual, o indicador teve aumento de 41,6% na comparação com o ano anterior, para R$ 802,8 milhões, com margem de 11,3%, queda de 2 pp. Os custos de produtos vendidos cresceram 66,7%, para R$ 1,75 bilhão no quarto trimestre, enquanto as despesas operacionais tiveram salto de 71,7%, a R$ 186 milhões. A Tupy destacou que o ano foi caracterizado pelo aumento significativo de custos com matérias-primas em relação a 2020 no qual, em alguns casos, houve variação de mais de 50%. Além do aumento de custos com mão de obra, serviços terceirizados e energia elétrica. (Valor Econômico – 29.03.2022)

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3 Renova Energia: Lucro recua no 4º trimestre de 2021

A Renova Energia, empresa em recuperação judicial, registrou lucro líquido de R$ 160,2 milhões no quarto trimestre de 2021, em queda de 34,7% em relação ao lucro líquido de R$ 245,3 milhões obtido no quarto trimestre de 2020. De acordo com as demonstrações de resultados divulgadas na noite da segunda-feira (28), a receita operacional líquida obtida no quarto trimestre de 2021 foi de R$ 30,2 milhões, resultado 38,5% acima da receita de R$ 21,8 milhões de um ano antes. O resultado positivo no último trimestre do ano passado foi atribuído pela empresa ao processo de alienação de ativos, que rendeu R$ 393,9 milhões no período. (Valor Econômico – 28.03.2022)

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4 Sterlite capta R$ 600 mi para finalizar três projetos

Visando finalizar três projetos de linhas de transmissão a um custo de capital mais competitivo, a GBS Participações, controlada da Sterlite Brasil, acaba de levantar R$ 600 milhões em debêntures verdes no mercado de capital. A emissão é coordenada pelo banco Modal em parceria com o Itaú BBA e tem um prazo de 22 anos. A empresa sondava este tipo de operação desde agosto de 2021. Em outubro, as negociações com os bancos se intensificaram e o negócio acaba de ser concluído. O montante deve financiar 80% dos custos dos projetos e os outros 20% estão já aplicados com capital próprio. (BroadCast Energia - 29.03.2022)

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5 CGT Eletrosul obtém anuência da Aneel para incorporar Transmissora Sul Litorânea

A Aneel autorizou a transferência da concessão de transmissão, mediante incorporação, da Transmissora Sul Litorânea de Energia (TSLE) pela CGT Eletrosul, controlada pela Eletrobras. A agência reguladora também aprovou a minuta do Terceiro Termo Aditivo ao Contrato de Concessão nº 20/2012-Aneel, que formaliza a transferência da concessão, e estabeleceu prazo de 30 dias para assinatura do documento. No ano passado, a CGT Eletrosul fechou a compra dos 49% das ações da TSLE detidas pela CEEE-T, pelo valor de R$ 217,5 milhões. Com isso, a empresa passou a deter 100% do capital social da transmissora e passou a planejar a incorporação da Sociedade de Propósito Específico (SPE). (BroadCast Energia - 29.03.2022)

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6 Auren: Crise hídrica levou à compra de 70 MW médios de energia a mais em 2021

O vice-presidente Financeiro e de Novos Negócios da Auren Energia, Mario Bertoncini, disse durante teleconferência de resultados da empresa no quarto trimestre do ano passado que a crise hídrica levou a Cesp a comprar 70 megawatts médios (MWm) de energia a mais em 2021. O preço médio da energia no período foi de R$ 240 por megawatt-hora (MWh), ante R$ 204/MWh vistos no ano anterior. Já o risco hidrológico de 2021 foi 8 pontos percentuais (p.p.) maior do que um ano antes, para 73%. A Auren Energia é uma empresa criada a partir da fusão da Cesp, Votorantim Energia e VTRM. Os dados reportados no quarto trimestre de 2021 referem-se às operações da Cesp. (BroadCast Energia - 29.03.2022)

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7 Auren Energia: Busca por contratos de curto prazo

Com 3,3 GW operacionais, sendo 71% hídricos e 29% eólicos, a estratégia de comercialização da Auren Energia, antiga Cesp, seguirá primando pelo equilíbrio do portfólio, mas buscando mais contratos de curto prazo devido ao desconto maior no fio do que os grandes acordos envolvendo as fontes renováveis complementares, que tem apresentado benefícios e spreads menores. “Vamos tentar buscar a melhor forma de alocar essa energia maximizando o prazo menor, mas não descartando também novos contratos longos”, disse em teleconferência ao mercado nessa terça-feira, 29 de março, o diretor-presidente da nova empresa, Fábio Zanfelice, que também preside a controladora da empresa, Votorantim Energia. Um desses casos é dos parques Ventos do Piauí II e III, que tiveram 67% da energia já vendida até 2032. A montagem dos aerogeradores foi iniciada em fevereiro desse ano e o comissionamento das primeiras torres deve começar em abril. A operação completa de 409 MW é prevista para novembro de 2022 e acontece a partir de um financiamento de R$ 1,6 bilhão do BNDES. (CanalEnergia – 29.03.2022)

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8 GES prevê um crescimento de 86,3% no seu volume de negócios em 2022

A fornecedora abrangente de soluções para projetos eólicos e fotovoltaicos renováveis, GES, prevê um crescimento de 86,3% nas suas receitas em 2022, ultrapassando os 300 milhões de euros no final do ano, segundo a empresa em comunicado. O GES indicou ainda que o final de 2021 também tem sido positivo, uma vez que, após a pandemia, e com um mercado marcado pela incerteza, manteve os seus rendimentos e atingiu um volume de negócios de 161 milhões de euros, o que destaca o definitivo recuperação da atividade e as boas perspectivas de crescimento. No que respeita à sua carteira de encomendas, a multinacional espanhola destacou que está a trabalhar na construção de quatro projetos eólicos no México, Chile e Espanha, cuja capacidade atinge 698 Mw, bem como em quatro projetos solares que está desenvolvendo na Espanha e Chile, com potência superior a quatrocentos megawatts (MW). Nesse sentido, nos primeiros três meses de 2022, a empresa conquistou contratos solares no valor de 492 MW de potência. (Energías Renovables - 29.03.2022)

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9 Echoenergia: Empresa alcança 1,2 GW em operação

A Echoenergia inaugurou nesta terça-feira, 29 de março, o complexo eólico Serra do Mel II (RN – 206 MW), localizado na cidade de mesmo nome. O empreendimento teve investimentos de R$ 1 bilhão. Serra do Mel I (273 MW) , já em operação, teve investimentos de 1,2 bilhão. Foram gerados 10 mil empregos diretos e indiretos. Os aerogeradores foram fabricados pela Vestas. O complexo é formado pelas eólicas Echo 8 (92 MW), Echo 9 (76 MW) e Echo 10 (38 MW). Com o início da operação, a Echoenergia atingiu a marca de 1,2 GW operacionais no país. Recentemente, a compra da empresa pela Equatorial foi finalizada. A energia do parque será destinada ao mercado livre e já está negociada. Durante a inauguração, o CEO da empresa, Edgar Corrochano, reforçou a obtenção da marca de 1,2 GW no pouco tempo de atuação da Echoenergia – fundada em 2017 – aliada a disciplina financeira. “Crescer é fácil, crescer e ganhar dinheiro é difícil. Conseguimos criar uma companhia com bom fluxo de caixa para os próximos anos”, disse Corrochano. (CanalEnergia – 29.03.2022)

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10 Nordex: Crescimento em 2021 com vendas consolidadas de 5,4 bi de euros

O Grupo Nordex anunciou hoje que manteve com sucesso sua trajetória de crescimento em 2021, apesar das pressões inflacionárias e interrupções significativas das cadeias de suprimentos globais após a pandemia do COVID-19. A empresa aumentou sua produção para mais de 6 GW, aumentou as instalações em 20% e alcançou vendas de 5,4 bilhões de euros. No entanto, seu EBITDA de 52,7 milhões de euros (2020: 94,0 milhões de euros) foi negativamente impactado pelos altos custos de matérias-primas e transporte em particular, enquanto o ano anterior foi positivamente impactado pela venda do negócio europeu de desenvolvimento de projetos. (REVE - 29.03.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios do Sul tem elevação de 0,7 p.p em seus níveis e operam com 44,4%

Os reservatórios da região Sul continuam em crescimento e apresentaram elevação de 0,7 ponto percentual na última segunda-feira, 28 de março, segundo o boletim do ONS. O subsistema trabalha com 44,4% de sua capacidade. A energia armazenada marca 8.734 MW mês e ENA é de 11.550 MW med, equivalente a 97% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 60,99% e 30,44%, respectivamente. A região Nordeste apresentou crescimento de 1,1 p. p e está operando com 94,4% de sua capacidade. A energia retida é de 48.779 MW mês e ENA aponta 16.147 MW med, valor que corresponde a 124% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 98,25%. Já o submercado do Sudeste/Centro-Oeste aumentou 0,2 p.p e opera com 63,2% do armazenamento. A energia armazenada mostra 129.277 MW mês e a ENA aparece com 46.985 MW med, o mesmo que 72% da MLT. Furnas admite 80,32% e a usina de Emborcação marca 63,57%. A Região Norte subiu 0,1 p.p e trabalha com 98,2%. A energia armazenada indica 15.025 MW mês e a energia natural afluente computa 31.858 MW med, correspondendo a 121% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 98,69%. (CanalEnergia – 29.03.2022)

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2 PCH Cachoeira inicia teste de 11,12 MW

A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a operação em teste, a partir de 29 de março, para fins de contabilização de sua energia, das unidades geradoras 1 e 2 da PCH Cachoeira, que juntas somam 11,12 MW de capacidade instalada. O empreendimento está localizado no município de Vilhena, no estado de Rondônia, e pertence à JFG Energia S.A. (CanalEnergia – 29.03.2022)

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3 França pede economia de energia

A agência reguladora de energia da França fez um apelo ontem às empresas e famílias para que economizem energia, como forma de tentar lidar com o impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia sobre os mercados de gás natural e gás. “Temos que economizar gás e eletricidade na França a partir de hoje, senão as coisas podem ficar difíceis no [próximo] inverno”, disse Jean-François Carenco, presidente da Comissão para Regulação da Energia, ao jornal “Les Echos”. Carenco afirmou que o esforço deve ser compartilhado por governo, empresas e pelos franceses. “Quer isso signifique desligar o aquecimento, o ar-condicionado, as luzes. É urgente e todos devem fazer sua parte”, destacou. Na semana passada, a Alemanha também fez um alerta para o risco de racionamento de energia no próximo inverno europeu, se houver um corte no fornecimento de gás russo. Na sexta-feira, a União Europeia (UE) anunciou um acordo com os EUA para receber mais gás natural liquefeito (GNL) para substituir o produto importado da Rússia. (Valor Econômico – 29.03.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Adalberto Maluf/ABVE: Criação de frente no Senado é chance de conscientizar opinião pública sobre eletromobilidade

A criação de uma Frente Parlamentar Mista pela Eletromobilidade no início de março abriu espaço para um debate mais aprofundado sobre a adoção dos carros elétricos no Brasil. Aprovada por meio do PRS (projeto de resolução) 64/2021, do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), a frente pode se tornar um catalisador de iniciativas para conscientizar a opinião pública, na avaliação do presidente da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos), Adalberto Maluf, mesmo sem a existência de uma política nacional para o tema. “O Brasil ainda é o quarto maior fabricante de veículos pesados do mundo e o sétimo ou oitavo fabricante de leves, então, temos uma indústria importante que precisa fazer essa transição”, explicou o executivo, em entrevista exclusiva ao Olhar Digital. “Nesse sentido, estamos preocupados com a falta de inserção do Brasil nas cadeias produtivas globais.” Atualmente, o Brasil conta com algumas iniciativas no caminho para a descarbonização da indústria automotiva. Em oito Estados, os proprietários de carros movidos a bateria já contam, por exemplo, com isenção de IPVA. No entanto, para Maluf, não se trata apenas de falar sobre impostos. É necessário pensar a infraestrutura para VEs como um todo e, por conta disso, a importância da frente pela eletromobilidade. “Precisamos pensar em infraestrutura de recarga, uso de veículo elétrico na rede inteligente, regulação para levíssimos e melhoria do transporte público”, disse o executivo. “A Frente pode ser um catalisador também nesse sentido.” Nesse sentido, Maluf crê que a Frente pela Eletromobilidade pode ser interessante para criar uma linha de base para mapear os desafios e as oportunidades para a indústria no país. No entanto, sem um posicionamento do governo federal, a questão corre risco de perder tração. (Olhar Digital – 29.03.2022)

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2 Canadá: Novos investimentos em energia verde e mobilidade elétrica

O governo do Canadá anunciou que irá investir 9,1 bilhões de dólares canadenses em energia verde e veículos elétricos, com o objetivo de alcançar suas metas de redução dos gases do efeito estufa em 40% até 2030 em relação aos níveis de 2005. Para o primeiro-ministro canadense, Mais de 2,9 bilhões de dólares serão destinados à transição para os VEs, principalmente para subsídios aos canadenses e à infraestrutura de recarga. O governo Trudeau também investirá na construção de edifícios de consumo energético zero até 2050, bem como em projetos de energias eólica e solar. (O Estado de São Paulo – 28.03.2022)

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Inovação

1 FFI/E.on: Memorando de entendimento sobre fornecimento de hidrogênio verde para a Europa

A Fortescue Future Industries (FFI) da Austrália e a empresa de energia alemã E.on SE assinaram hoje um memorando de entendimento sobre o fornecimento de até 5 milhões de toneladas por ano de hidrogênio verde para a Europa até 2030. Sob os planos ambiciosos, o hidrogênio verde será alimentado pelos vastos recursos renováveis da Austrália e outros projetos globais da subsidiária verde Fortescue Metals Group Ltd, e será distribuído pela E.on. O acordo visa diversificar o sistema energético na Alemanha e na Holanda em um momento em que a Europa busca reduzir sua dependência dos combustíveis fósseis russos. De acordo com o anúncio, 5 milhões de toneladas por ano de hidrogênio renovável equivalem a cerca de um terço da energia que a Alemanha importa da Rússia. O memorando de entendimento foi assinado em Berlim pelo presidente da FFI, Andrew Forrest, e pelo diretor de operações da E.on, Patrick Lammers, na presença de Michael Kellner, Secretário de Estado Parlamentar do Ministério Federal de Assuntos Econômicos e Ação Climática e o embaixador da Austrália na Alemanha, Philip Green. (Renewables Now – 29.03.2022)

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Energias Renováveis

1 ABGD: Geração solar distribuída atinge 10 GW e deve chegar a 15 GW no final de 2022

A geração própria de energia ou geração solar distribuída atingiu a marca de 10 GW no Brasil nesta terça-feira (29) refletindo a expansão acelerada da tecnologia, segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). O novo patamar foi atingido em 67 dias, informou a entidade. "O intervalo foi maior que o percorrido para alcançar o gigawatt anterior (9 GW). Levando em conta que o primeiro trimestre sempre é impactado por feriados e funciona como um período de tomada de decisão para novos projetos, reafirmamos que 2022 será um ano de aceleração sem precedentes do crescimento da geração distribuída”, afirma Guilherme Chrispim, presidente da ABGD. Segundo ele, o País deverá ultrapassar a marca de 15 GW ao fim de 2022. “O setor está no ano da corrida ao sol. Com o novo marco legal, há uma antecipação de projetos para garantir um melhor resultado do investimento na geração própria de energia até 2045, já que a lei prevê esse benefício para quem ingressar no sistema de compensação até 6 de janeiro de 2023”, acrescentou. (Broadcast Energia – 29.03.2022)

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2 Aneel: Implantação de mais de 1 MW de projetos solares e termelétricos a biomassa

A Aneel autorizou a implantação e exploração de mais de 1 MW de projetos de energia solar fotovoltaica e termelétricos a biomassa de cana. As autorizações constam em resoluções publicadas nesta terça-feira no Diário Oficial da União. Dentre os empreendimentos autorizados estão as centrais geradoras fotovoltaicas Novo Lapa 1, Novo Lapa 2, Novo Lapa 3, Novo Lapa 4, Novo Lapa 5, Novo Lapa 6, Novo Lapa 7 e Novo Lapa 8, da Enel Green Power. Os projetos, que irão operar sob o regime de Produção Independente de Energia Elétrica, somam 333 MW e serão construídos no município Bom Jesus da Lapa, no estado Bahia. Cada fazenda solar terá entre 29,6 MW e 44,4 MW e deverá ser construída em 2024 e entrar em operação comercial até o fim de julho de 2025. Também receberam autorização as Centrais Fotovoltaicas Assú I, II, III e IV, para operar sob o regime de Produção Independente de Energia Elétrica. As usinas possuem 30 MW de potência instalada cada uma, totalizando 120 MW, e serão localizadas no município Assú, no estado Rio Grande do Norte. O cronograma apresentado à Aneel prevê início das obras civis até 26 de julho de 2023 e operação comercial até 1º de julho de 2024. (Broadcast Energia – 29.03.2022)

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3 Cesp: Usina termossolar entra em operação em SP

A Cesp colocou em atividade a segunda usina termossolar do Brasil. Localizada em Rosana (SP), a planta piloto é capaz de demonstrar que a tecnologia heliotérmica é tecnicamente aplicável no contexto nacional e traz a vantagem de uma produção de energia controlável e menos suscetível aos impactos da intermitência da luz solar. O projeto é fruto da chamada estratégica de P&D de 2015 e teve como parceiros os Institutos Lactec, Eudora Energia, e a MRTS Consultoria e MFAP Consultoria. A iniciativa recebeu R$ 57 milhões em investimento regulado pela Aneel desde 2017 para a construção e integração de uma usina de 0,5 MW junto ao complexo da hidrelétrica Porto Primavera, que conta também com estruturas experimentais de tecnologia solar fotovoltaica e sistemas de armazenamento de energia. A planta poderá atender a 360 residências de consumo médio em torno de 180 kWh/mês, informa a empresa. (CanalEnergia – 29.03.2022)

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4 Voltalia: Inauguração de usina solar de 260 MW no RN

A empresa Voltalia SA anunciou na segunda-feira (28) que iniciou a construção de uma parte solar de 260 MW do complexo de energia renovável Serra Branca, no estado do Rio Grande do Norte, no Brasil. A nova usina em construção consiste em quatro parques solares - Solar Serra do Mel 3, 4, 5 e 6 - respaldados por um contrato de venda de energia de 14 anos com a concessionária local Copel. O SSM3-6 faz parte do cluster eólico e solar Serra Branca de 2,4 GW, o maior do gênero em todo o mundo, e deve ser comissionado durante o primeiro semestre de 2023. Além dessa nova porção da Serra Branca, a Voltalia está construindo o parque solar SSM1&2 de 320 MW. A empresa francesa é acionista controladora de parte substancial dos projetos do cluster. (Renewables Now – 29.03.2022)

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5 Brennand Energia: DRO para projeto eólico de 1,65 GW

A Brennand Energia Eólica obteve o registro de requerimento de outorga (DRO) para a Central Geradora Eólica Sagitário II, de 1.652 MW de capacidade instalada. O empreendimento será localizado no município de Sento Sé, no estado da Bahia, e operará sob o regime de produção independente de energia. O despacho da Aneel foi publicado hoje no Diário Oficial da União. (Broadcast Energia – 29.03.2022)

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6 Aliança Energia avança com 180,6 MW eólicos em implantação

Com dois projetos eólicos em fase de implantação no Nordeste, a Aliança Energia segue focada na diversificação de seu portfólio com mais 180,6 MW até 2023. São sete anos de atuação no mercado de geração e comercialização de energia elétrica, visando no momento a ampliação de sua capacidade instalada para além dos 1,2 GW atuais entre sete hidrelétricas em Minas Gerais e quatro centrais eólicas no Ceará em operação.Localizado em Icapuí (CE), onde a empresa já opera o complexo eólico Santo Inácio, Gravier contará com 17 aerogeradores e irá adicionar 71,4 MW de capacidade instalada, num investimento estimado em R$ 294 milhões. A energia será interligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) através da subestação Mossoró IV, da Chesf, por meio de uma linha de transmissão de 230 kV. O investimento totaliza R$ 294 milhões. Por sua vez o projeto de Acauã prevê 109,2 MW de potência entre 26 unidades geradoras a serem implementadas nos municípios potiguares de Santana do Matos, Lagoa Nova, São Vicente e Tenente Laurentino Cruz. A previsão de conclusão é para 2023, com investimentos planificados em R$ 490 milhões. (CanalEnergia – 29.03.2022)

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7 Reino Unido: Reforço às energias eólica e solar

O Reino Unido poderia triplicar a capacidade solar e dobrar sua energia eólica terrestre até 2030 sob novas metas propostas pelo Secretário de Negócios, Kwasi Kwarteng, de acordo com um relatório do Financial Times. O secretário de negócios apresentou as medidas no tão esperado white paper de segurança energética do governo, de acordo com o FT. A capacidade solar aumentaria de seus atuais 14 GW para 50 GW e a eólica onshore de 15 GW para 30 GW até 2030 sob as propostas. O FT também informou que a energia eólica offshore receberia um impulso nos planos de Kwarteng – passando de uma meta de 40 GW estabelecida no plano verde de 10 pontos de Boris Johnson para 50 GW até 2030. (Renews – 29.03.2022)

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8 Alemanha: Geração de energia verde aumenta quase 25% no 1º trimestre

A geração de eletricidade renovável na Alemanha cresceu quase 25% para cerca de 74,5 bilhões de kWh no primeiro trimestre de 2022, impulsionada principalmente por condições climáticas favoráveis. Os parques eólicos onshore geraram 39,4 bilhões de kWh de eletricidade limpa e 7,5 bilhões de kWh vieram de turbinas offshore nos primeiros três meses do ano, de acordo com cálculos preliminares da Associação Alemã de Indústrias de Energia e Água (BDEW) e do Centro de Pesquisa Solar e Hidrogênio Baden-Wuerttemberg (ZSW). Os dias de tempestade em fevereiro, em particular, levaram a um novo recorde mensal de energia eólica, já que as turbinas produziram 20,6 bilhões de kWh de eletricidade. As usinas solares em todo o país forneceram 9,6 bilhões de kWh de energia e a biomassa adicionou 13,2 bilhões de kWh no primeiro trimestre, enquanto as usinas hidrelétricas geraram 4,6 bilhões de kWh. Como resultado do aumento da produção de eletricidade verde, as energias renováveis cobriram 54% do consumo de eletricidade na Alemanha nos primeiros dois meses do ano. (Renewables Now – 29.03.2022)

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9 IRENA: Cota de 40% para energias renováveis em 2030

A Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA, na sigla em inglês) pede aos governos que acelerem decisivamente a transição energética e mostra em seu último World Outlook - World Energy Transitions Outlook - apresentado hoje em Berlim, quais são as ações prioritárias até 2030 para manter o planeta no caminho de limitar o aquecimento global a 1,5°C. Para isso, é prioritário aumentar massivamente a participação das energias renováveis em todos os setores, passando de 14% do total de energia atual para quase 40% em 2030. “As intervenções de curto prazo para lidar com a atual crise energética devem ser acompanhadas de um foco firme nos objetivos de médio e longo prazo da transição energética. Os altos preços dos combustíveis fósseis, as preocupações com a segurança energética e a urgência das mudanças climáticas destacam a necessidade imperiosa de avançar mais rapidamente em direção a um sistema de energia limpa”, diz a IRENA no World Energy Transitions Outlook 2022. (Energías Renovables – 29.03.2022)

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Biblioteca Virtual

1 KETTLE, Julian. “É hora de os metais obterem o(s) crédito(s) de descarbonização que merecem?”

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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