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IFE: nº 5.354 - 07 de outubro de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Medidas adotadas pelo governo para evitar apagões
2 Medidas emergenciais reduziram risco de falta de energia, mas situação ainda preocupa
3 Aprimoramentos do Fator X e ganho de eficiência no setor de transmissão vão à consulta
4 Aneel realiza audiência pública para debater proposta de Sandboxes Tarifários
5 Idec critica emendas à MP 1.055
6 CNPE simplifica rito de aprovação de metodologias da CPAMP
7 Eólica e UTE são liberadas para teste
8 Hidrelétrica paralisada por lama de Mariana terá que devolver dinheiro ao setor elétrico

Empresas
1 Enel Brasil transfere sede para São Paulo
2 Raízen Energia forma joint venture com Grupo Gera em investimento de R$ 212 mi

Leilões
1 EPE divulga CMO do Leilão de Energia Existente A-2/2021
2 Contratação simplificada de reserva tem 972 projetos cadastrados
3 Leilão de Energia Existente A-2/2021: Cálculo das Garantias Físicas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios do SE/CO seguem estáveis pelo terceiro dia
2 Reservatórios do NE e NO seguem a tendência de redução
3 Parte do setor químico deve aderir ao RVD

4 Período úmido deve ocorrer dentro dos padrões usuais, segundo ONS

5 PSR: suprimento de energia ainda é desconfortável

Mobilidade Elétrica
1 Porsche elétrico vai cruzar o Brasil em uma expedição de 9 mil km
2 GM: Parceria para suprimento direcionado à produção de VEs
3 GM pretende dobrar receita até 2030 em movimento que visa ultrapassar Tesla
4 GM anuncia construção de centro de desenvolvimento de baterias

Inovação
1 Programa Nacional de Hidrogênio já aponta para R$ 30 bi de investimentos, afirma ministro de Minas e Energia
2 Abren quer impulsionar a geração de hidrogênio a partir de resíduos
3 Regulação do hidrogênio depende de entendimento entre diversos setores
4 Estônia: 40 locomotivas a diesel serão reformadas para utilizar energia de célula de combustível

5 Sasol vai liderar estudo de viabilidade para projeto de hidrogênio verde na África do Sul
6 Exolum vai colocar em funcionamento em 2022 a primeira fábrica de hidrogênio verde para mobilidade na Comunidade de Madrid
7 Wood Mackenzie espera 1 TWh de implantações de armazenamento em 2021-2030

Meio Ambiente
1 CNPE cria grupos de trabalhos para otimizar licenciamento ambiental no setor de óleo e gás
2 Extremadura (Espanha) receberá 180 mi de euros de fundos de recuperação europeus para acelerar a transição ecológica
3 O aquecimento do planeta e a escassez de energia

Energias Renováveis
1 Ministro promete marco legal de eólicas offshore até o fim do ano
2 Projeto que usa energia solar para levar eletricidade a ribeirinhos do Pantanal é indicado a prêmio mundial de inovação
3 Belo Monte: fase de estudos solicitada para a utilização da reserva operativa
4 CESP atinge a marca de 1,4 mi de I-REC comercializados

5 EPE faz estudo sobre criação de mercado de carbono
6 Energias renováveis perto de 50% de participação na energia espanhola
7 Espanha: Setor eólico pede que governo redirecione reforma elétrica
8 RWE e PPC para desenvolver projetos de energia renovável na Grécia

Gás e Termelétricas
1 Pico de gás deve apertar mercado de petróleo com mudança de usuários

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Go Energy aposta em geração para crescer nos próximos anos

Economia Brasileira
1 CNC: Inflação impacta comércio e traz dúvidas sobre capacidade de reação em 2021
2 Brasil avalia proposta da UE para certificação de commodities importadas pelo bloco

3 Com preço em alta, consumo de carne vermelha é o menor em 26 anos no Brasil
4 Varejo restrito tem 3ª maior queda da história
5 Banco Mundial: PIB do Brasil ficará atrás do da América Latina em 2022
6 Dólar ontem e hoje


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Medidas adotadas pelo governo para evitar apagões

O agravamento da crise hídrica exigiu medidas urgentes para evitar apagões e até mesmo um racionamento. O governo lançou programas para redução voluntária do consumo de energia voltados para indústrias e consumidores residenciais. Há também um esforço para adiantar obras de transmissão e geração e acionar todas as usinas possíveis, até mesmo as mais caras. É o caso da térmica William Arjona, em Campo Grande, que retomou a operação após anos parada. Desde o ano passado, o governo autorizou a importação de energia de países vizinhos. O ex-diretor da Aneel, Edvaldo Santana, explica que, em situações consideradas normais de operação do sistema, algo entre 5% e 8% da capacidade instalada das usinas hidrelétricas serve como reserva operativa. Essa parcela da produção fica disponível para serem acionadas imediatamente, caso seja necessário. “É um dos itens mais relevantes para dar segurança e confiabilidade. Desde julho, a maior parte dessa reserva operativa passou a ser utilizada como um gerador ativo. Ou seja, estamos sem parte da reserva, o que aumenta os riscos. O CMSE diz que usará menos a reserva operativa”, disse. “Também reduz o risco de apagões motivados pelos baixíssimos níveis dos reservatórios das hidrelétricas”. (O Estado de São Paulo – 07.10.2021)

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2 Medidas emergenciais reduziram risco de falta de energia, mas situação ainda preocupa

Apesar da grave escassez de água nos reservatórios das hidrelétricas, o ONS indicou perspectiva mais otimista para o suprimento de energia nos próximos meses. As medidas adotadas pelo governo para enfrentamento da crise hídrica, como o acionamento de térmicas que estavam paradas, reduziram as chances de falta de energia nos meses de outubro, novembro e dezembro. Mesmo assim, o órgão ressaltou a necessidade de manter a atenção e o monitoramento constante da situação para garantir a segurança no suprimento no País. Segundo projeções do ONS, o uso da “reserva operativa” do sistema, ou seja, usinas que ficam acionadas, mas sem injetar energia na rede, só será necessário em alguns momentos neste mês. A necessidade de adotar essa medida é ainda menor para os meses de novembro e dezembro. Em outras palavras, os riscos de desabastecimento são menores, já que essa “sobra” de potência de geração de energia é o que garante o controle em casos de desequilíbrios no sistema. Nos últimos meses, essa parcela de energia foi usada para atender a demanda, o que aumentava os riscos na operação. (O Estado de São Paulo – 07.10.2021)

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3 Aprimoramentos do Fator X e ganho de eficiência no setor de transmissão vão à consulta

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou nesta quinta-feira, 7 de outubro, a Consulta Pública nº 064/2021, na qual as discussões seguem até 22 de novembro sendo recebidas por este e-mail. Nesse caso, o objetivo dessa consulta é colher informações e subsídios adicionais para a definição da metodologia de cálculo do Fator X e do ganho de eficiência empresarial para o segmento de transmissão de energia elétrica. O escopo da consulta abrange as concessões de transmissão licitadas a partir do ano de 2008 e as concessões de transmissão prorrogadas com base Lei nº 12.783/2013. O objetivo do debate é definir metodologia para captura e compartilhamento com os usuários do Sistema Interligado Nacional de ganhos de produtividade e eficiência empresarial auferidos pelas concessionárias de transmissão. Para as concessões licitadas a partir de 2008, os ganhos de produtividade são denominados de “ganhos de eficiência empresarial” e são aplicados apenas sobre os custos de operação e manutenção das concessionárias no momento da revisão periódica da RAP. Nos dois processos anteriores, que compreende o período de julho de 2010 a junho de 2020, a Aneel definiu como zero o ganho de produtividade para as transmissoras licitadas. No caso do processo levado agora a debate, a Aneel recomenda novamente a adoção do valor zero até junho de 2025. (Aneel – 06.10.2021)

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4 Aneel realiza audiência pública para debater proposta de Sandboxes Tarifários

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoveu audiência pública (AP23/2021) para apresentar a proposta de regulação da aplicação de Projetos-Piloto de Tarifas (Sandboxes Tarifários), nesta quarta-feira (06/10). Os sandboxes consistem em ambientes de experimentação com resultados obtidos no ambiente real e não em bancadas. No caso das tarifas, a medida permitirá uma formatação adequada e personalizada dos preços da energia elétrica para os consumidores de baixa tensão (grupo B), usuários de inovações tecnológicas como veículos elétricos, geração distribuída e sistemas de armazenamento acessíveis. A proposta para desenvolvimento e aplicação de projetos-piloto que envolvam faturamentos diferenciados pelas distribuidoras é composta por três linhas de ação: o estabelecimento de Resolução Normativa com diretrizes gerais para criação dos Sandboxes Tarifários; a criação de um Projeto-Piloto de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento do Setor Elétrico), com o objetivo de realizar a Governança dos Sandboxes, sua gestão, organização e acompanhamento de resultados; e a realização de Chamada Pública para incentivar a execução dos sandboxes por parte das distribuidoras. Em suma, o projeto faz parte da consulta pública nº 049/2021, que está recebendo contribuições até a próxima quarta-feira, dia 13, por este e-mail: cp049_2021@aneel.gov.br (Aneel – 06.10.2021)

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5 Idec critica emendas à MP 1.055

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou posicionamento sobre as emendas da MP 1.055. De acordo com o Idec, as emendas são extremamente preocupantes para todos os brasileiros. As alterações confirmariam a transferência, aos consumidores, de custos bilionários para a construção de gasodutos que atenderão novas térmicas no interior do país. “Além disso, ao prorrogarem subsídios à geração de energia a partir de carvão mineral, reforçam a condição do país de pária global no que diz respeito à energia”, diz o Instituto. As medidas agravariam ainda mais as determinações da MP 1.031/21, penalizando todos os consumidores de energia em benefício de alguns poucos segmentos da economia. Para o Idec, não é de hoje que se tenta exigir que os consumidores paguem pela construção de gasodutos para levar o insumo para o interior do país. Agora no formato de encargo tarifário, a proposta perseguiria a ideia de que a disponibilidade de gás natural por si só proporciona desenvolvimento econômico e social, além de ignorar que existam modais mais eficientes para uma eventual interiorização do gás. Outro ponto criticado é o subsídio ao carvão mineral. O texto prevê a prorrogação do subsídio às usinas em operação no país, enquanto o resto do mundo desativa térmicas da fonte como parte de estratégia para uma transição energética para economias de baixo carbono. (CanalEnergia – 06.10.2021)

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6 CNPE simplifica rito de aprovação de metodologias da CPAMP

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a resolução que trata das competências da Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP). De acordo com nota do Ministério de Minas e Energia, a norma simplifica os ritos de aprovação dos aprimoramentos metodológicos feitos pela CPAMP. A medida altera a governança da gestão dos dados de entrada dos modelos computacionais e inclui diretriz com o objetivo de buscar maior aderência ao nível de aversão ao risco adotado na política operativa. O CNPE promoveu mais uma reunião extraordinária nesta terça-feira, 6 de outubro. A pauta desse encontro incluiu a definição de metas compulsórias anuais de redução de gases de efeito estufa para a comercialização de combustíveis de 2022 a 2031. A meta global para o ano que vem é de emissão por produtores e importadores de biocombustíveis de 35,98 milhões de créditos de descarbonização do Renovabio (CBIOs). (CanalEnergia – 06.10.2021)

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7 Eólica e UTE são liberadas para teste

A Aneel liberou a operação em teste, a partir de 5 de outubro, as unidades geradoras UG7 a UG10, de 3,465 MW cada, da EOL Ventos de Arapuá 2. Localizada nos Municípios de Areia de Baraúnas, Santa Luzia e São Mamede, no estado da Paraíba. E as UG1 e UG2, de 48,653 MW cada, e UG3, de 43,528 MW, totalizando 140,834 MW de capacidade instalada, da UTE Jaguatirica II. Localizada no município de Boa Vista, no estado de Roraima. Essa última inaugurada oficialmente na semana passada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A Aneel liberou também, para operação comercial, as UG3 e UG4, de 3,55 MW cada, da EOL Terra Santa I. Localizada no Município de Caiçara do Norte, no estado do Rio Grande do Norte. (CanalEnergia – 06.10.2021)

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8 Hidrelétrica paralisada por lama de Mariana terá que devolver dinheiro ao setor elétrico

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu pedido da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que uma usina hidrelétrica paralisada pela tragédia de Mariana (MG), em 2015, deixe de receber pela energia que se comprometeu a entregar ao sistema elétrico. Uma das sócias do projeto, a Vale já havia apresentado uma proposta para devolver o dinheiro recebido durante os anos sem operação. Em valores corrigidos pela inflação, a conta dá R$ 781 milhões, segundo comunicado divulgado pela mineradora há um mês. A usina hidrelétrica Risoleta Neves fica no rio Doce, atingido pela lama despejada após o rompimento de uma barragem de rejeitos em mina da Samarco, em Mariana, em novembro de 2015, tendo suas operações interrompidas, mas permaneceu recebendo sua parte no rateio dos pagamentos do setor elétrico. A Aneel tentou suspender os pagamentos em 2017, mas o consórcio candonga, operador da usina e controlado pela Vale, recorreu à Justiça para derrubar a decisão. Na decisão desta quarta-feira (06/10), o colegiado do STJ acompanhou por unanimidade o voto do presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, pela revisão da decisão favorável ao consórcio. (Folha de S. Paulo – 06.10.2021)


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Empresas

1 Enel Brasil transfere sede para São Paulo

A Enel Brasil anunciou a mudança da sede da companhia para a cidade de São Paulo. O objetivo com essa alteração de endereço é o crescimento e a diversificação das operações no principal centro econômico e financeiro do Brasil. A subsidiária da companhia italiana passou a ocupar uma área de 11 mil metros quadrados em sete andares no coração da capital paulista, o local escolhido para a holding é um prédio eficiente que segundo estimativas da empresa reduz em até 40% os custos em comparação com um empreendimento convencional, além de ter certificação I-Rec, que compensa as emissões de gases de efeito estufa. A mudança da companhia inclui a presidência do grupo no país. O local será a casa também da empresa de serviços em energia da Enel, a Enel X, além da gestão da distribuidora Enel São Paulo, que antes ficava na cidade de Barueri (SP). (CanalEnergia – 06.10.2021)

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2 Raízen Energia forma joint venture com Grupo Gera em investimento de R$ 212 mi

A Raízen comunicou nesta quarta-feira (6) que, junto com a sua controlada Raízen Energia, formaram joint venture com o Grupo Gera, que atua no segmento de energia no Brasil. O acordo foi firmado hoje e terá investimento de R$ 212 milhões da Raízen Energia por participações em empresas do Gera, além de um aporte primário de R$ 106 milhões para desenvolvimento de novos negócios. Em comunicado, a Raízen destaca que o Grupo Gera atua em 14 estados brasileiros e gerencia mais de 15 mil unidades consumidoras de energia. O contrato da Raízen com o Gera envolve a operação de geração de energia de 15 plantas em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Pernambuco e capacidade instalada para geração de 23 megawhatts (MWs) utilizando fontes de energia limpas e renováveis. O acordo também prevê desenvolvimento de projetos de geração distribuída de energia renovável e soluções de tecnologia para a contratação, gestão e consumo de energia elétrica. (Valor Econômico – 06.10.2021)

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Leilões

1 EPE divulga CMO do Leilão de Energia Existente A-2/2021

A EPE disponibiliza o conjunto dos CMO que serão utilizados no cálculo dos valores esperados do COP e do CEC dos empreendimentos de geração termelétrica para o Leilão de Energia Existente A-2/2021. Os valores dos CMO disponibilizados devem ser limitados aos preços de liquidação das diferenças - PLD mínimo (49,77 R$/MWh) e máximo (583,88 R$/MWh) para o cálculo do CEC. Ressalta-se que os valores de CMO foram obtidos do Caso Base do Leilão de Energia Existente A-2, que utiliza como referência o PMO de setembro de 2021. O download do documento pode ser realizado no site da EPE. (EPE – 06.10.2021)

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2 Contratação simplificada de reserva tem 972 projetos cadastrados

Um total de 972 projetos com 62 GW de potência instalada foram cadastrados na EPE para o procedimento simplificado de contratação de energia de reserva de novos empreendimentos de geração. Das usinas inscritas, 66% são térmicas a gás, 14% a óleo combustível, 10% a óleo diesel e 6% a biomassa, tendo ainda 3% de fonte solar fotovoltaica e 1% de eólica. As plantas a gás também se destacam em termos de potência, com 56% do total, seguida de óleo combustível, com 16%, diesel, com 15%, biomassa, com 3%, solar com 8% e eólica com 2%. A maior parte dos empreendimentos é no RJ (32%), com o restante em SP (18%), SC (10%), ES (8%), MS (8%) e outros estados (23%). A portaria com as diretrizes do MME para a contratação proíbe a participação de térmicas a gás com CVU acima de R$ 750,00/MWh e projetos a diesel e a óleo combustível custo superior a R$ 1.000,00/MWh. (CanalEnergia – 06.10.2021)

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3 Leilão de Energia Existente A-2/2021: Cálculo das Garantias Físicas

A EPE disponibiliza, na área de leilões de energia, o caso base com os arquivos de dados para o modelo NEWAVE, utilizados no cálculo das Garantias Físicas de Energia dos empreendimentos com previsão de despacho centralizado, para participação no Leilão de Energia Existente A-2/2021. As premissas adotadas na elaboração do Caso Base, assim como as atualizações realizadas, encontram-se detalhadas no Informe Técnico EPE-DEE-IT-117-2021. Destaca-se que os arquivos de dados para o modelo NEWAVE são os mesmos para o Caso Base do Leilão de Energia Existente A-2 e do Leilão de Reserva de Capacidade, e ambos utilizam como referência o PMO de setembro de 2021. O download dos documentos pode ser realizado no site da EPE. (EPE – 07.10.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios do SE/CO seguem estáveis pelo terceiro dia

Os reservatórios da região SE/CO seguem apresentando níveis estáveis, na última terça feira, 5 de outubro, se comparado ao dia anterior, segundo o ONS. Estão operando com 16,6% de sua capacidade. A energia armazenada está em 33.701 MW mês e ENA é de 14.988 MWm, equivalente a 53% da média de longo termo armazenável. Furnas marca 13,76% e a usina de Nova Ponte, 10,17%. A Região Sul apresentou recuo de 0,1 p.p e está operando com 29,8% de sua capacidade. A energia retida é de 5.933 MW mês e ENA aponta 11.290 MWm, valor que corresponde a 74% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 9,64% e 42,72% respectivamente. (CanalEnergia – 06.10.2021)

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2 Reservatórios do NE e NO seguem a tendência de redução

Os reservatórios do Nordeste tiveram redução de 0,4 p.p e chegam a 38,9%. A energia armazenada indica 20.079 MW mês e a ENA computa 1.117 MWm, correspondendo a 37% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 39,01%. A região Norte diminuiu 0,5 p.p e está com 59,1% da capacidade. A energia armazenada mostra 8.957 MW mês e a ENA aparece com 1.812 MWm, o mesmo que 77% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 75,83%. (CanalEnergia – 06.10.2021)

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3 Parte do setor químico deve aderir ao RVD

Cerca de um terço da indústria química tentará aderir ao programa de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica (RVD). A informação é da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Segundo a diretora de Economia e Estatística da entidade, Fátima Ferreira, o setor é intensivo em energia e opera quase todo em processo contínuo, de modo que reduzir ou deslocar a demanda para fora do horário de pico é um processo difícil. Entretanto, uma parcela significativa do setor deve aderir ao programa. Segundo a diretora da entidade, muito dos esforços que o setor poderia fazer para reduzir o consumo de energia por meio de eficiência energética já foram feitos nas crises de 2001 e de 2014. Outro ponto que impede que o setor reduza mais a demanda de energia é o quarto trimestre, pois este é o período em que a produção sempre se encontra num patamar alto. Essa demanda segue acelerada desde meados de 2020, e continuou forte inclusive em boa parte da pandemia, já que parte dos produtos da indústria química são usados na prevenção, combate e tratamento da Covid-19. (CanalEnergia – 07.10.2021)

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4 Período úmido deve ocorrer dentro dos padrões usuais, segundo ONS

Previsões mais recentes indicam, segundo o ONS, que a transição para o período úmido deve ocorrer dentro dos padrões usuais, com possível ocorrência de chuvas no curto prazo. Em setembro, começaram as primeiras chuvas, mas as precipitações foram abaixo da média histórica em todas as bacias de interesse do SIN, à exceção das bacias dos rios Uruguai e Iguaçu, na região Sul. Os armazenamentos ficaram em 16,7% no SE/CO, 28,6% no Sul, 40,5% no NE e 61% no NO. Outubro deve fechar em 12,8% (SE/CO), 49,8% (S), 28,9% (NE) e 44,6% (N) da energia armazenada máxima. Para o SIN como um todo, a previsão é de 19,9% da EARmáx. (CanalEnergia– 06.10.2021)

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5 PSR: suprimento de energia ainda é desconfortável

O presidente da PSR, Luiz Barroso, analisa que a situação de suprimento de energia ainda é desconfortável, mas que há uma melhora devido ao sucesso de algumas medidas adotadas pelo governo e ao início das chuvas no Sul. A combinação desses fatores praticamente eliminou os riscos de um racionamento de 2021, na avaliação da PSR. Os riscos de apagão ainda ficam na faixa de 10%, o que Barroso considera ser administrável. Os resultados da análise não consideram os programas voluntários de redução da demanda, que ainda podem ajudar a melhorar o panorama do setor. (O Estado de São Paulo – 07.10.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Porsche elétrico vai cruzar o Brasil em uma expedição de 9 mil km

O Porsche Taycan 4S, carro elétrico mais vendido do Brasil no 1º semestre de 2021, ganhou um irmão aventureiro: o Taycan Cross Turismo. Segundo a Porsche Brasil, o carro enfrentará uma travessia do Sul ao Nordeste do Brasil durante 26 dias, partindo de Foz do Iguaçu, no Paraná, e chegando a Jericoacoara, no Ceará. Serão aproximadamente 9 mil quilômetros percorridos por 14 estados. A ideia é “resgatar feitos históricos da marca pelo pioneirismo executado nas respectivas épocas, ilustrada pela participação em competições afamadas mundialmente, caso da Carrera Panamericana, nos anos 50, e edições do rali Paris-Dakar, na década de 80”. O carro tentará jogar por terra um dos maiores desafios enfrentados por donos de veículos elétricos no Brasil, independentemente de porte ou de preço: encontrar um lugar para recarregar a bateria. A marca, ao menos por enquanto, não divulgou como pretende cobrir 9 mil quilômetros e passar por centros, às vezes afastados, sem risco de ficar pelo caminho. Isso deverá ser esclarecido em evento marcado para o próximo sábado (9), no Porsche Center São Paulo, um dos locais pelos quais o Taycan Cross Turismo passará durante a expedição. O Taycan Cross Turismo tem uma bateria construída sob arquitetura de 800 Volts, que dá a ela a capacidade total de armazenamento de 93,4 kWh. A autonomia, fundamental para encarar a expedição, poderá variar entre 389 e 456 km. (CanalTech – 06.10.2021)

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2 GM: Parceria para suprimento direcionado à produção de VEs

A General Motors (GM) anunciou um acordo de produção com a Wolfspeed, fornecedora de suprimentos em ligas de silício para a fabricação das próximas linhas de veículos elétricos da montadora. Os componentes farão parte dos novos motores e sistemas de propulsão das unidades Ultium Drive da fabricante. O acordo é parte da “Programa de Garantia de Suprimentos da Wolfspeed”, em que a GM oferece sua frota como asseguração de uma produção escalável em uso doméstico — o que ajudará a montadora a enfrentar a crise dos chips. Os componentes de 200 mm serão produzidos no complexo da fornecedora em Mohawk Valley, na cidade de Marcy, Nova Iorque. Em nota, a General Motors informa que a Wolfspeed estará estendendo as estruturas para acomodar a produção necessária ao fornecimento dos veículos elétricos até 2022. No anúncio da parceria, o vice-presidente global de suprimentos da GM, Shilipan Amin, informa que a parceria ajudará a montadora na fabricação de veículos elétricos com maior autonomia. A General Motors estima que o componente resultará em uma redução de peso e conservação de espaço enquanto aumenta a capacidade dos motores, abastecendo sistemas de 400 a 800 V. (Olhar Digital – 06.10.2021)

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3 GM pretende dobrar receita até 2030 em movimento que visa ultrapassar Tesla

A presidente-executiva da General Motors, Mary Barra, disse aos investidores nesta quarta-feira que a montadora planeja dobrar a receita até 2030, expandindo os lucros dos veículos a combustão conforme lança novos carros elétricos e serviços controlados digitalmente na tentativa de ultrapassar a Tesla. Se a GM tiver sucesso, sua receita anual em 2030 será de cerca de 244 bilhões de dólares, e a montadora será a líder em vendas de carros elétricos nos Estados Unidos. As ambiciosas metas financeiras de Barra para 2030 são o mais recente impulso em sua campanha para convencer os investidores de que a General Motors pode ser a líder tanto em desenvolvimento de tecnologia quanto em lucratividade, enquanto a indústria automobilística navega pela mais profunda revolução tecnológica. Barra e outros executivos da GM iniciaram uma série de apresentações para investidores, que durará dois dias, no Centro Técnico da montadora em Warren, Michigan, argumentando que a GM pode se transformar “de montadora a uma plataforma de inovação” – uma referência às empresas de plataforma digital do Vale do Silício. Barra e o presidente da GM, Mark Reuss, traçaram um plano para uma transição para uma frota totalmente elétrica até 2035, que começaria gradualmente e depois se aceleraria entre 2030 e 2035. Em 2030, mais da metade das fábricas da GM na China e na América do Norte serão “capazes de produzir veículos elétricos”. (Isto É – 06.10.2021)

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4 GM anuncia construção de centro de desenvolvimento de baterias

Protótipos de baterias de lítio-metal, baterias com ânodo de silício e baterias de estado sólido, serão construídos em um novo centro de inovação da GM no futuro. O Wallace Battery Cell Innovation Center foi projetado para desenvolver as baterias Ultium de próxima geração, com foco em baixo custo e alta densidade energética. Porque as próximas baterias Ultium devem ser pelo menos 60% mais baratas do que as atuais. As baterias também devem oferecer densidades energéticas de 600 a 1.200 watts por litro. A equipe do Wallace Center se concentrará em químicas de lítio-metal. Dizem que as células de lítio-metal desenvolvidas são significativamente maiores do que as pequenas células metálicas de lítio que já são usadas em dispositivos portáteis hoje. Além disso, a equipe também trabalhará com baterias de silício e estado sólido, incluindo vários fatores de forma. Protótipos das células devem ser criados no centro, mas os métodos de produção para isso também devem ser desenvolvidos. O centro de pesquisa está sendo construído no campus do Centro Técnico Global da GM, localizado cerca de 15 quilômetros ao norte do centro de Detroit, em Warren. A construção está prevista para ser concluída em meados de 2022. As primeiras células protótipos devem ser construídas no local no quarto trimestre de 2022. (Inside EVs – 06.10.2021)

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Inovação

1 Programa Nacional de Hidrogênio já aponta para R$ 30 bi de investimentos, afirma ministro de Minas e Energia

Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, participou no dia 06/10 da abertura do evento Proenergia 2021, em Fortaleza (CE), e destacou o potencial de investimentos em hidrogênio verde no país para os próximos anos. Segundo ele, o Programa Nacional de Hidrogênio já aponta para cerca de R$ 30 bilhões de contratos relacionados à fonte. O Ceará, como se sabe, tem disparado com um dos estados com maior potencial para atração de investimentos ao hidrogênio verde. “Podemos afirmar que o Nordeste será um grande exportador de energia, não só para o Brasil, mas também, com hidrogênio verde, para o mundo. Isso está em nosso Plano Nacional de Energia 2050 e balizou o nosso Plano Nacional de Hidrogênio, que foi aprovado em março no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)”, destacou Albuquerque. (Petronotícias – 07.10.2021)

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2 Abren quer impulsionar a geração de hidrogênio a partir de resíduos

O presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), Yuri Schmitke, disse durante o evento Energy Tech Talks, que o Brasil tem um dos maiores potenciais do mundo para geração de energia a partir de resíduos. Apesar de ainda ser difícil mensurar o exato volume, conta que o país destina 95% do insumo sem qualquer tratamento em aterros e lixões e que a recuperação energética desse material é extensa. O mercado de waste to energy no Brasil ainda é muito incipiente, mas recentemente, o Leilão A-5 de energia nova contratou a primeira usina de resíduos para geração de energia. O foco da entidade é a produção de hidrogênio a partir da gaseificação de biomassa e de plástico. (CanalEnergia – 06.10.2021)

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3 Regulação do hidrogênio depende de entendimento entre diversos setores

O setor de hidrogênio deve ser promissor no Brasil como uma importante tecnologia disruptiva para a descarbonização de diversos setores. Todavia, será preciso o entendimento entre os vários setores em que o energético pode ser usado. A avaliação é da chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios do Ministério de Minas e Energia (MME), Agnes da Costa, durante o evento Energy Tech Talks. É de conhecimento que o hidrogênio pode ser usado para geração de energia, setor industrial, mobilidade, entre outros. Então será preciso mobilizar os diversos atores envolvidos a fim de aproveitar as sinergias existentes. A executiva acredita que será preciso o envolvimento das agências reguladoras e órgãos de entidades competentes por toda a cadeia de valor nos três níveis da federação. (CanalEnergia – 06.10.2021)

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4 Estônia: 40 locomotivas a diesel serão reformadas para utilizar energia de célula de combustível

A Stargate Hydrogen buscará converter 40 locomotivas de carga a diesel em elétricas de célula de combustível de hidrogênio, com o objetivo de entregar os trens de emissão zero para Operail na Estônia. Como parte desse processo, os atuais grupos geradores a diesel que atualmente movem as locomotivas serão substituídos por um trem de força de emissão zero movido por uma célula a combustível de membrana de eletrólito de polímero. Isso fornecerá energia com emissão zero para o trem e ajudará a descarbonizar o setor de transporte ferroviário. A parceria está planejada em duas fases, com um protótipo inicial de uma locomotiva de célula a combustível planejada para ser construída até o final de 2022. Na segunda fase do projeto, as partes pretendem converter mais 40 locomotivas em células de combustível com cada trem definido para economizar 370 toneladas de emissões de carbono por ano. (H2 View – 07.10.2021)

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5 Sasol vai liderar estudo de viabilidade para projeto de hidrogênio verde na África do Sul

A Sasol tem se envolvido com o Escritório de Infraestrutura e Investimento (IIO) da Presidência para desenvolver uma economia de hidrogênio na África do Sul. A empresa assinou um Memorando de Acordo (MOA) com a Northern Cape Development Agency (NCEDA) para liderar o estudo de viabilidade para explorar o potencial de Boegoebaai como um centro de exportação de hidrogênio verde e amônia. Espera-se que este estudo leve aproximadamente 24 meses. Os resultados deste estudo de viabilidade determinarão a próxima etapa de desenvolvimento. (Energy Global - 07.10.2021)

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6 Exolum vai colocar em funcionamento em 2022 a primeira fábrica de hidrogênio verde para mobilidade na Comunidade de Madrid

A empresa anunciou que vai investir cerca de dois milhões de euros (2 milhões de euros) na construção da primeira fábrica de hidrogénio verde na Comunidade de Madrid. A instalação estará localizada em um terreno adjacente às suas instalações em San Fernando de Henares - Torrejón de Ardoz. A Exolum espera que sua fábrica esteja totalmente operacional no segundo semestre de 2022 e anuncia uma produção, "inicialmente", de cerca de 60 toneladas por ano de hidrogênio verde. A Exolum utilizará como tecnologia de produção de hidrogênio verde a geração com concentração solar e eletrolisadores PEM miniaturizados. Neste momento o projeto está em fase de processamento administrativo. (Energías Renovables - 07.10.2021)

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7 Wood Mackenzie espera 1 TWh de implantações de armazenamento em 2021-2030

As implantações de capacidade anual de armazenamento de energia em todo o mundo devem chegar perto de 1 TWh em 2021-2030, disse a Wood Mackenzie. A consultoria de recursos naturais acaba de lançar seu Global Energy Storage Outlook, onde aponta para uma participação combinada de mais de 70% para os EUA e a China na capacidade instalada global total até 2030. A Ásia-Pacífico como um todo deve adicionar 400 GWh de capacidade total de armazenamento até 2030. A Europa superará os 100 GWh de implantações, liderada pela Alemanha e Itália. Em 2021, WoodMac espera 12 GW / 28 GWh de instalações de armazenamento de energia em todo o mundo, quase tremendo a partir de 2020. (Renewables Now - 07.10.2021)

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Meio Ambiente

1 CNPE cria grupos de trabalhos para otimizar licenciamento ambiental no setor de óleo e gás

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a criação de dois Grupos de Trabalho (GT) que irão estudar a interação do setor de exploração e produção de petróleo e gás natural e o meio ambiente. O primeiro deles vai propor planos para ampliar a sinergia entre o planejamento da oferta de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural e o processo de licenciamento ambiental. Já o segundo GT vai sugerir estratégias para otimizar o processo de licenciamento ambiental relacionado à exploração e produção. Os dois grupos terão um prazo de 180 dias, contados a partir da designação de seus componentes, para submeter relatório final ao CNPE. As equipes serão compostas por representantes dos ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente, Economia e Casa Civil. Os GTs terão ainda membros do Ibama, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). (Petronotícias – 06.10.2021)

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2 Extremadura (Espanha) receberá 180 mi de euros de fundos de recuperação europeus para acelerar a transição ecológica

O Plano Integrado de Energia e Clima Extremeno já contempla grande parte das medidas que serão implementadas com os recursos dos fundos de recuperação europeus nos próximos meses, segundo o Conselho. Portanto, nesse caso já existe um planejamento de gastos claro e bem definido. O Governo da Extremadura, na Espanha, especificou que, ao nível energético, está previsto um investimento de 32.363.658 euros para a promoção da mobilidade eléctrica, energias renováveis e eficiência energética nos municípios com menos de 5.000 habitantes, ajudas ao autoconsumo e armazenamento a posteriori o contra-ataque ou auxílio às energias renováveis térmicas no setor industrial e de serviços e demais setores produtivos. Relativamente à área da sustentabilidade, estão incluídos investimentos no valor de 50.683.193 euros para a conservação da biodiversidade terrestre, a restauração de ecossistemas e infraestruturas verdes ou um plano de apoio à implementação da estratégia espanhola de economia circular (EEEC) e regulamentação de resíduos. (Energías Renovables - 07.10.2021)

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3 O aquecimento do planeta e a escassez de energia

O aquecimento do planeta pode parecer o problema de fundo, mas quase todas as discussões sobre o clima se concentram sobre o principal: a escassez de energia limpa. Por isso, até quando se fala em mercado de crédito de carbono, a questão ainda é produção de energia. Desmatamento é coisa séria, mas não é o tema mais importante quando se produzem conferências e mais conferências sobre a grave crise do clima. A disparada dos preços do petróleo e do gás natural está sendo atribuída a problemas aleatórios ou localizados, um de cada vez. Foram ventos fracos que reduziram a produção de energia eólica e obrigaram ao aumento da utilização de energia térmica a gás. Nesse caso, foi a disparada do calor no último verão do Hemisfério Norte que aumentou o consumo de energia elétrica para refrigeração dos ambientes. Além disso, foi o desestímulo dado à produção de gás de xisto pela nova política ambiental do presidente Joe Biden que paralisou os investimentos no setor. Embora com aparência fortuita, essa escassez deve ser vista como estrutural. Ainda nesta quarta-feira (06/10), o secretário-geral da Opep+, Mohammad Barkindo, advertiu que a transição energética está desorganizando a oferta de gás natural. Tudo se passa como se todo o sistema global de produção de energia estivesse vulnerável. Um dos mais importantes debates, que coincide com os da Cúpula do Clima da ONU (COP 26), a ser realizada em novembro na Escócia, gira em torno de saber se a substituição dos combustíveis fósseis por energia limpa não está sendo rápida demais; ou, em outras palavras, se a geração global de energia sustentável, embora já atrasada, não está dando conta do aumento da demanda. (O Estado de São Paulo – 06.10.2021)

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Energias Renováveis

1 Ministro promete marco legal de eólicas offshore até o fim do ano

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, garantiu nesta quarta-feira, 6 de outubro, que até o fim deste ano o regramento para a fonte eólica offshore será lançado. Hoje ainda não há regras definidas sobre a entrada dessa fonte na matriz, embora órgãos ambientais como o Ibama já venham se movimentando em prol de avanços e ter projetos em análsie. O marco para as eólicas offshore vem sendo aguardado com expectativa pelo mercado. Players globais que já operam usinas dessa fonte, como Neoenergia, Engie e Equinor já preparam projetos no Brasil. Recentemente, a Shell também declarou que aguarda apenas as diretrizes da fonte no Brasil para elaborar um plano para a fonte. (CanalEnergia– 06.10.2021)

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2 Projeto que usa energia solar para levar eletricidade a ribeirinhos do Pantanal é indicado a prêmio mundial de inovação

Uma iniciativa pioneira, o projeto Ilumina Pantanal, que alia a preservação ambiental as novas tecnologias para levar energia elétrica e inclusão social a ribeirinhos, indígenas, trabalhadores e produtores rurais que vivem em áreas isoladas do bioma, em Mato Grosso do Sul, foi indicado a um dos maiores prêmios de inovação em geração solar do mundo: é o Solar & Storage Live Awards 2021. A solenidade de premiação será entre os dias 23 e 25 de novembro, em Birmingham, na Inglaterra. Para o diretor presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes, esse reconhecimento extrapola o orgulho que sentimos do estado. “É o nosso Pantanal sendo destaque internacional com a Energisa levando essa iniciativa para um dos maiores encontros em energia renovável do mundo. Seguiremos investindo continuamente em inovação e sustentabilidade”, declara. (G1– 06.10.2021)

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3 Belo Monte: fase de estudos solicitada para a utilização da reserva operativa

O CMSE determinou ainda a apresentação de estudos para operação da hidrelétrica Belo Monte no período úmido de 2022, considerando ganhos de geração e benefícios para o sistema. As flexibilizações operativas dos reservatórios das usinas Jupiá e Porto Primavera também serão mantidas entre dezembro de 2021 e outubro de 2022. Em nota divulgada pelo MME no final da noite de ontem, o CMSE informou que novas projeções do ONS indicam o atendimento da carga nos cenários avaliados, com possibilidade de uso marginal da reserva operativa para atendimento de potência em alguns momentos do mês de outubro e em menor escala em novembro e dezembro, no cenário conservador. De acordo com a nota “o Operador já estruturou o procedimento a ser adotado para o permanente monitoramento das condições de reserva operativa e atendimento a demanda máxima do SIN.” (CanalEnergia– 06.10.2021)

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4 CESP atinge a marca de 1,4 mi de I-REC comercializados

A CESP atingiu a marca de 1.383.372 I-RECs, os certificados de energia renovável, negociados diretamente com consumidores finais, no período de 2019 a 2027. As empresas podem comprá-los no mercado livre em contratos bilaterais, em conjunto com o fornecimento de energia ou separadamente. Os certificados são utilizados para neutralizar as emissões de Escopo 2 (emissões indiretas de gases de efeito estufa causado pelo consumo de energia) dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa, no âmbito do Programa Brasileiro GHG Protocol. (CanalEnergia– 07.10.2021)

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5 EPE faz estudo sobre criação de mercado de carbono

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) está concluindo os estudos sobre a criação de um mercado de precificação de carbono no Brasil e deve apresentar um relatório ao Ministério da Economia e ao Ministério de Minas e Energia (MME) até o fim do ano, segundo o presidente Thiago Barral.“Temos que ter em mente que o mercado brasileiro é ofertante de energias limpas. O ideal seria talvez começar com um mercado regulado e ampliá-lo para além do setor elétrico, buscando segmentos em que a eletrificação possa ser uma solução de descarbonização, como mineração e transportes”, disse Barral, durante o Shell Talks, evento on-line promovido na manhã de ontem, em parceria com Valor e “O Globo”. Nesse sentido, Barral disse que novas fontes renováveis podem contribuir para o mercado de carbono no Brasil, como a geração eólica marítima e o hidrogênio. Ele lembrou que o Brasil precisa ter um olhar atento ao planejamento das redes elétricas, de modo a permitir a expansão das fontes renováveis. (Valor Econômico – 07.10.2021)

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6 Energias renováveis perto de 50% de participação na energia espanhola

As energias renováveis representaram 48,1% do mix de energia da Espanha nos primeiros nove meses de 2021 e a energia eólica foi a principal fonte de geração de eletricidade no período. A demanda aumentou 3,5% ano-a-ano, atingindo 192.587 GWh em janeiro-setembro, dos quais 182.129 GWh na Espanha peninsular. A energia eólica atingiu 22,2% de participação no mix de geração, seguida da nuclear com 21,7%. (Renewables Now - 07.10.2021)

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7 Espanha: Setor eólico pede que governo redirecione reforma elétrica

“Os preços da energia e os seus reflexos nos consumidores têm levado o Governo a adotar medidas que têm gerado um impacto não compreendido no setor eólico e que esperamos poder ser reorientados normativamente para recuperar a confiança dos investidores, não penalizar a cadeia de valor e, em última instância, garantir a segurança jurídica como pilar fundamental para avançar rumo aos objetivos de 2030”. Juan Diego Díaz, presidente da Wind Business Association, disse isso durante a inauguração, hoje, em Pamplona, do II Congresso Internacional da Indústria para a Transição Ecológica. O II Congresso Internacional da Indústria para a Transição Ecológica (CITE) abriu hoje as suas portas em Pamplona, promovido pelo Governo de Navarra, Enercluster (a associação das empresas do setor eólico de Navarra) e PREPA. O presidente deste último, Juan Diego Díaz, aproveitou a sua intervenção para destacar os pontos fortes do setor eólico nacional (a Espanha é o terceiro maior exportador do mundo); e incentivar o Executivo a abrir caminhos para o desenvolvimento da energia eólica offshore, “especificamente a tecnologia flutuante”, segmento em que a indústria nacional “tem uma oportunidade de ouro - disse Díaz - de consolidar a Espanha como pólo tecnológico de classe mundial e tecnologia industrial, embora ainda haja avanços nos aspectos de planejamento e regulamentação". Díaz quis transmitir também uma proposta de diálogo: “a coexistência da energia eólica com os nossos vizinhos, os nossos povos e o território, deve ser feita com absoluto cuidado e com muito rigor e responsabilidade”. (Energías Renovables - 06.10.2021)

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8 RWE e PPC para desenvolver projetos de energia renovável na Grécia

A Grécia é um dos países mais ensolarados da Europa e tem planos ambiciosos de crescimento para as energias renováveis. A RWE e a PPC uniram forças para ajudar a acelerar a transição energética grega, desenvolvendo projetos solares de grande escala com uma capacidade total de até 2 GW no país. Por meio dessa colaboração, a concessionária de energia grega continuará a descarbonizar seu portfólio e a migrar para fontes de energia renováveis. Para a RWE, isso marca a primeira entrada no mercado grego. (Energy Global - 07.10.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Pico de gás deve apertar mercado de petróleo com mudança de usuários

A alta dos preços do gás com a aproximação do inverno no hemisfério norte deve levar a uma mudança para o petróleo que impulsiona a demanda global em várias centenas de milhares de bpd, espremendo a oferta já apertada, preveem os analistas. Os preços do gás natural, particularmente na Europa, dispararam este ano, impulsionados por uma combinação de estoques baixos, oferta baixa e maior demanda asiática. O salto nos custos de energia levou fabricantes a restringir as atividades da Espanha até o Reino Unido e ajudou a desencadear crises de energia na China. E a alta nos preços do gás deve levar à substituição pelo petróleo para gerar energia a níveis sem precedentes, previu o banco sueco SEB. O CEO da Saudi Aramco, Amin Nasser, também estimou o aumento da demanda em 500.000 bpd. Já o JP Morgan colocou o potencial aumento na demanda global por geração de energia a partir de petróleo para até 2 milhões de bpd, mas disse que um aumento de 750.000 bpd até março é mais provável. (O Estado de São Paulo – 07.10.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Go Energy aposta em geração para crescer nos próximos anos

A comercializadora Go Energy aposta na carteira própria de geração como diferencial para o futuro. A fonte solar foi a escolhida e a intenção é a de implantar mais 100 MW até 2023. De acordo com Lucas Mendes, CEO e sócio fundador, da empresa que completa 4 anos de operação, a mudança é considerada estratégica, uma vez que o cenário atual pede uma diversificação na carteira. “Isso está sendo um passo que toda comercializadora que quer se manter sólida no mercado deve ter, a sua própria geração”, destaca Ainda de acordo com ele, ter ativos de geração deixa a comercializadora fortalecida, fazendo com que a negociação seja diferenciada em detrimento a que seria feita com uma que lida apenas com contratos. A carteira própria também demonstra um amadurecimento do mercado. Para o executivo, a fonte solar tem se demonstrado um bom investimento em geração. “O ativo está ali, esse é o principal ponto que o mercado está se maturando”, comenta. (CanalEnergia – 06.10.2021)

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Economia Brasileira

1 CNC: Inflação impacta comércio e traz dúvidas sobre capacidade de reação em 2021

A inflação afetou o resultado do comércio em agosto e traz dúvidas sobre a capacidade de o setor sustentar o ritmo de reação nos próximos meses. A análise é de Fabio Bentes, economista sênior da CNC. A entidade reduziu a projeção para o desempenho do varejo em 2021, de um crescimento de 4,9% para aceleração de 4,6%. Em 2020, a variação foi de 1,2%. “A maior queda das vendas para meses de agosto desde 2000 evidencia impactos da inflação sobre o setor. […] A resiliência do nível geral de preços tem se constituído em um obstáculo ao ritmo de crescimento das vendas”, aponta o economista. Ele lembra que o resultado negativo das vendas de agosto coincide com a maior taxa mensal de inflação de produtos comercializáveis em 20 anos. A avaliação, no entanto, é que ainda há de se esperar um efeito positivo do avanço da vacinação e da redução do isolamento no consumo presencial, em alta desde abril deste ano, após a segunda onda da pandemia. (Valor Econômico – 07.10.2021)

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2 Brasil avalia proposta da UE para certificação de commodities importadas pelo bloco

O governo brasileiro ainda avalia o teor da proposta da UE para a certificação das commodities importadas pelo bloco e monitora os possíveis impactos das restrições sugeridas por lá para as exportações do agronegócio nacional. Contrário à imposição de barreiras comerciais como justificativa para a busca por sustentabilidade ambiental, o governo quer saber qual será o efeito prático da proposta europeia antes de adotar qualquer posição. A diplomacia em Brasília também analisará se o mecanismo apresentado pela UE é compatível com as regras do comércio internacional ou se poderá ser questionado formalmente. O Brasil acompanhou de perto a formulação da proposta que deverá ser apresentada em novembro. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) enviou comentários à consulta pública. Os adidos agrícolas na Europa seguem municiando a pasta sobre os desdobramentos do tema. (Valor Econômico – 07.10.2021)

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3 Com preço em alta, consumo de carne vermelha é o menor em 26 anos no Brasil

A carne vermelha acumula alta de 30,7% em 12 meses, segundo os dados mais recentes do IBGE. Com alta da inflação e 14,1 milhões de desempregados, o consumo do alimento diminuirá em quase 14% neste ano, se comparado a 2019, antes da pandemia. É o menor nível registrado para consumo de carne bovina no Brasil em 26 anos, aponta a série histórica da Conab, com início em 1996. A alta dos preços também obriga brasileiros a procurar substitutos para a carne, mesmo que os alimentos sejam menos nutricionais. É o caso das famílias que recorrem ao pé, pescoço e miolos de galinha. Outro dado recente é de uma pesquisa do Datafolha, que aponta que 85% dos entrevistados diminuíram o consumo de algum alimento em 2021. Destes, 67% reduziram a carne vermelha. Outros 35% citaram o arroz e feijão, base da alimentação do brasileiro. (Valor Econômico – 07.10.2021)

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4 Varejo restrito tem 3ª maior queda da história

Com impacto da inflação, o comércio brasileiro teve queda expressiva em agosto, surpreendendo negativamente mais uma vez o mercado, que esperava alta do indicador. O recuo do volume de vendas foi de 3,1% frente a julho – o pior resultado no varejo restrito para um mês de agosto da série histórica da PMC e o terceiro mais baixo de toda a série, iniciada em 2000. No varejo ampliado, que retraiu 2,5%, houve perdas em sete das dez atividades. Inflação, mercado de trabalho ainda fraco apesar do início da recuperação, renda em queda e concorrência com os gastos de serviços no orçamento das famílias são os principais fatores que pesam no consumo, apontam economistas. Com os dados do varejo e da indústria, este divulgado anteontem e também abaixo da expectativa, o mercado já começa a revisar as projeções para o PIB do terceiro trimestre ou a colocar viés negativo nas estimativas. (Valor Econômico – 07.10.2021)

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5 Banco Mundial: PIB do Brasil ficará atrás do da América Latina em 2022

O BM melhorou a perspectiva de crescimento para a economia brasileira neste ano, mas piorou bastante o cenário para 2022, quando o Brasil deve ter o pior desempenho entre os países da América Latina e Caribe avaliados. De acordo com o relatório semestral da instituição, o Brasil deve ter expansão de 5,3% em 2021 e de 1,7% no próximo ano. Antes, as estimativas eram de 4,5% e 2,5% de expansão, respectivamente. Esse cenário mostra um desempenho do Brasil inferior à média da América Latina e Caribe nos dois anos, para o qual estão projetados aumentos de 6,3% e 2,8% para o PIB da região. Na comparação com o relatório anterior, a expectativa de crescimento econômico nesse grupo de países das Américas melhorou para 2021 (era 5,2% antes) e piorou discretamente para o ano que vem (era 2,9%). (Valor Econômico – 07.10.2021)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 06 sendo negociado a R$ 5,4875 com variação de -0,42% em relação ao início do dia. Hoje (07), começou sendo negociado a R$ 5,4730, com variação de -0,26% em relação ao fechamento do dia útil anterior. Às 11h20 de hoje, estava sendo negociado pelo valor de R$ 5,5159, variando +0,78% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 06.10.2021 e 07.10.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Bruno Gonçalves, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Luana Oliveira, Monique Coimbra e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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