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IFE: nº 5.136 - 03 de novembro de 2020
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Artigo GESEL: “Transição energética em sistemas isolados: o caso de Roraima”
2 Setor de P&D tenta contornar impactos e MME admite negociar MP 998
3 P&D na MP 998: GESEL aponta risco de reduzir a velocidade de decisão em um momento de modernização do setor
4 P&D na MP 998: profissionais e entidades do setor de pesquisa questionam eficácia da transferência de recursos
5 P&D na MP 998: mais de 13 mil pesquisadores organizados por alterações
6 P&D na MP 998: Sidnei Martini afirma que medidas propostas podem gerar instabilidade para empresas
7 P&D na MP 998: emendas de parlamentares para resguardar o Cepel
8 P&D na MP 998: Paulo Gama afirma que projetos do setor elétrico são dos poucos recursos efetivamente investidos
9 Congresso prorroga medida que trata da transferência das ações da CNEN
10 Tarifa Social chega a mais 2 milhões de famílias
11 Mais Luz para a Amazônia no Maranhão e em Tocantins
12 CPAMP reuniu-se com agentes do setor elétrico

Empresas
1 De olho na abertura de mercado, Engie fortalece comercialização
2 Belo Monte cobra prejuízo de R$ 1,85 bi
3 Cteep registra R$ 400 milhões de lucro no terceiro trimestre
4 Cteep antecipa obra de transmissão em 11 meses
5 Eletronorte: aprovada captação via debêntures, para refinanciar o passivo
6 CGT Eletrosul: aprovada captação via debêntures, para reforçar instalações
7 Celesc aprova emissão de debêntures para ampliar PCH
8 Fundo Atmos aumenta participação na Light

9 Cemig investe R$ 8 mi em subestação

10 Justiça autoriza aumento da conta de luz da Celesc

11 LTs da Alupar em Minas e Bahia entram em operação

Leilões
1 Para Cteep, novas regras podem mudar dinâmica de leilão de LTs

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Carga de energia pode ter alta de 2,7% em novembro
2 ONS: outubro de 2020 é o mais seco em série histórica de 90 anos
3 Reservatórios em recuperação só com fenômenos no período úmido

4 Três submercados vêem PLD crescer há 10 semanas

5 Níveis de reservatórios pelo Brasil

Inovação
1 DSOs da América Latina querem associação para debater desafios da transição
2 Cemig desenvolve ferramenta para otimização da operação de UHEs
3 Hidrogênio verde é fator chave para eletrificação na UE
4 Maior complexo de hidrogênio verde na Europa em construção

5 Shell Catalysts & Technologies lança processo de hidrogênio azul

Meio Ambiente
1 Licenciamento trava andamento de projetos na Aneel
2 Equinor define metas de alcançar emissões líquidas zero até 2050
3 Soluções de energia renovável para segurança climática nas cidades
4 Artigo de José Roberto Mendonça de Barros sobre o mercado de petróleo e passagem para uma nova matriz

Energias Renováveis
1 Entrada forte de energias renováveis não compromete sistema brasileiro
2 MP pede afastamento de presidente da Sices
3 Casa dos Ventos anuncia novo investimento na Bahia
4 EUA: Previsão de mercado, custo e preço da energia eólica

5 Energia eólica e recuperação econômica na Europa

Gás e Termelétricas
1 RJ ganha novas usinas de biogás em aterros sanitários na região dos lagos e no sul do estado
2 Golar Power prorroga chamada pública para biometano

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Desenho de expansão das renováveis deixa negócios no ACL em primeiro plano

Economia Brasileira
1 Dívida líquida do setor público atinge maior nível desde 2002 em setembro
2 Ministério da Economia prevê superávit primário só a partir de 2027

3 FGV: Confiança empresarial recua 0,4 ponto em outubro
4 Focus: projeção para alta do PIB em 2021 cai de 3,42% para 3,34%
5 Focus: projeção para IPCA em 2021 sobe de 3,10% para 3,11%
6 Focus: projeção para Selic em 2021 se mantem em 2,75%
7 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual
1 CASTRO, Nivalde de; MOSKOWICZ, Mauricio; ALVES, André. "Transição energética em sistemas isolados: o caso de Roraima”.
2 BARROS, José Roberto Mendonça de. “Ruptura no mercado de petróleo”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Artigo GESEL: “Transição energética em sistemas isolados: o caso de Roraima”

Em artigo publicado pelo Broadcast da Agência Estado de São Paulo, os pesquisadores do GESEL-UFRJ Nivalde de Castro, Mauricio Moszkowicz e André Alves tratam do caso de Roraima e do leilão de 2019 que objetivou garantir a segurança e a confiabilidade energética e reduzir custos e níveis de poluição. Segundo os autores, “do ponto de vista da segurança e qualidade do suprimento de energia elétrica, o projeto do grupo Eneva [com inovações tecnológicas da UTE Jaguatirica II] trará impactos positivos, na medida em que aumentará a qualidade e a confiabilidade do fornecimento de energia elétrico”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 03.11.2020)

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2 Setor de P&D tenta contornar impactos e MME admite negociar MP 998

Mais de uma centena de pesquisadores que trabalham em programas de Pesquisa e Desenvolvimento do setor elétrico se organizaram após a publicação da Medida Provisória 998, para tentar reverter o que consideram um prejuízo importante a toda a cadeia de produção de conhecimento e inovação. Com o movimento, conseguiram atrair a atenção do Congresso Nacional, da Aneel e do MME, que admite negociar alterações no texto, entre elas a data de corte para que as transferências de recursos dos programas de P&D e Eficiência Energética previstas na MP comecem a ser feitas. A medida editada em setembro estabelece que recursos dos programas de P&D e EE não comprometidos com projetos contratados ou iniciados deverão ser destinados à Conta de Desenvolvimento Energético em favor da modicidade tarifária, entre 1º de setembro de 2020 e 31 de dezembro de 2025. O secretário de Energia Elétrica do MME, Rodrigo Limp, lembra que medida provisória teve uma quantidade significativa de emendas após a publicação e garante que o governo está disposto a discutir aprimoramentos no texto. Várias dessas emendas, inclusive, sugerem alterar a proposta de transferência de recursos para a CDE, modificando o percentual destinado aos projetos e reduzindo o período de captura dos recursos. Como a contagem de tempo para efeito de validade da medida fica suspensa durante o recesso parlamentar, o governo teria, em tese, até o início de fevereiro de 2021 para negociar possíveis ajustes. O esforço, no entanto, é para que o texto seja aprovado ainda em 2020. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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3 P&D na MP 998: GESEL aponta risco de reduzir a velocidade de decisão em um momento de modernização do setor

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, acredita que faltou uma análise mais profunda da Aneel e do ministério [em relação ao Setor de P&D, na construção da Medida Provisória 998] e alerta para o risco de reduzir a velocidade de decisão e afetar toda uma cultura criada em 20 anos, no momento de modernização do setor e de entrada de tecnologias disruptivas. Estudo realizado pelo Gesel nos últimos três anos sobre o programa de P&D concluiu que há uma melhora dos projetos em execução em termos de qualidade, de produção de tecnologia e, principalmente, de desenvolvimento da cultura de inovação no setor elétrico. “Quando eles foram criados, eram vistos como um problema pelas empresas, tanto que eram colocados na área regulatória”, conta o especialista. Com a evolução e a definição pela agência de área importantes para os projetos de pesquisa, nos grandes grupos empresariais a parte de P&D passou para a área de engenharia, onde são desenvolvidos novos produtos. Além disso, hoje a inovação é aberta, em rede, o que levou a Aneel a elaborar chamadas de P&D estratégicas, que atraem recursos adicionais de outras empresas. A chamada de mobilidade elétrica, por exemplo, gerou 35 projetos, com investimentos de mais de R$500 milhões. “A possibilidade hoje dos recursos serem aplicados e gerando novos negócios é muito maior que no começo. Ai veio essa questão da covid e alguém cantou essa pedra que tinha R$ 4,5 bi parados. Mas tem projetos que seguem processos licitatórios da Lei 8666. Então grande parte desses recursos está nas empresas Eletrobras em geração e transmissão”, afirma Castro.

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4 P&D na MP 998: profissionais e entidades do setor de pesquisa questionam eficácia da transferência de recursos

Números apresentados pelo diretor-geral da Aneel, André Pepitone, em entrevista à Agência CanalEnergia, tem sido usados como argumento por profissionais e por entidades do setor de pesquisa para questionar a eficácia dessa transferência de recursos [previstos na MP 998]. Pepitone disse que a medida representará um amortecimento de 0,8% nos reajustes tarifários das distribuidoras, o que é considerado um custo- beneficio baixo, diante do contingenciamento que isso pode representar para projetos futuros. Dos R$ 14,3 bilhões da operação de crédito da Covid, R$ 6,9 bilhões (48,2%), segundo o diretor-geral, deixariam de sair do bolso do consumidor e seriam custeados por outras fontes de recursos. Vários pesquisadores ouvidos pela reportagem afirmam que todas as instituições e profissionais envolvidos estão sensíveis à necessidade de dar sua parcela de contribuição para aliviar os impactos da pandemia do coronavírus. O grupo sugere um período de transição até que os recursos dos programas de P&D e Eficiência Energética comecem a ser direcionados à CDE, adaptação no texto da MP para estabelecer limite obrigatório de investimentos pelas empresas do setor (de 70% pelo menos, não até 70%) e redução para 2022 do prazo de aportes na conta setorial. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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5 P&D na MP 998: mais de 13 mil pesquisadores organizados por alterações

O sócio da B&S Consultoria e professor José Tenório Barreto Junior organizou um grupo de pesquisadores de norte a sul do país que, segundo ele, representam uma comunidade de mais de 13 mil profissionais que fazem pesquisa. Representantes desse grupo já participaram de reuniões no Congresso e na Aneel para levar as propostas de alteração da MP 998. Para o pesquisador, não existe de fato um valor represado, mas um capital de giro que as empresas usam dentro do compromisso regulatório autorizado pela Aneel. Pelas regras dos programas, as empresas tem 24 meses para usar os recursos arrecadados a cada ciclo de 12 meses, formando um “colchão”. “Você não tem como ter uma carteira de projetos com a conta zerada. E pode manter duas vezes o compromisso obrigatório”, afirma Tenório, que defende um período de carência mínima de quatro meses antes do uso dos recursos em caixa, para que projetos em estruturação possam ser contratados. As tratativas com o legislativo e a agência reguladora foram feitas por Guilherme Cardim, diretor presidente do Instituto Avançado de Pesquisa e Inovação (Iati), de Pernambuco, e pelo presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), Paulo Foina. Eles participaram de reuniões nas últimas semanas com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e com os diretores da Aneel Sandoval Feitosa, Efrain Moraes e Elisa Bastos Silva. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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6 P&D na MP 998: Sidnei Martini afirma que medidas propostas podem gerar instabilidade para empresas

O professor José Sidnei Colombo Martini, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, afirma que quando uma medida importante subtrai recursos existentes e futuros por um período longo, sem nenhum compromisso em retornar a normalidade, isso gera instabilidade para as empresas. A primeira consequência é a desaceleração ou a interrupção das negociações de assuntos que estão no pipeline e em desenvolvimento para se transformarem em um contrato de P&D. “Caso essas medidas propostas venham a se efetivar, o mal é muito grande, porque todas as empresas tem medo de que seus projetos de P&D possam não ser considerados, e até que a Aneel reconheça, vão se transformar em perdas durante um tempo”, alerta Martini. O professor alerta que uma contabilidade fria não leva em conta que uma proposta inicial leva tempo até se transformar em projeto, e envolve um processo de negociação até a assinatura do contrato. O ideal, em sua avaliação, seria um prazo de 60 a 90 dias para que todos os projetos que estão em estruturação possam ser apresentados. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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7 P&D na MP 998: emendas de parlamentares para resguardar o Cepel

Algumas emendas de parlamentares à MP 998 mostram preocupação com o comprometimento de recursos para o Centro de Pesquisa em Energia Elétrica (Cepel), vinculado às empresas Eletrobras. Um dispositivo da Lei 9991 prevê aporte de recursos de P&D de Furnas, Eletrosul, Chesf e Eletronorte diretamente no Cepel e um eventual redução desses aportes levaria a uma perda estimada em R$ 30 milhões por ano. O diretor-geral da instituição, Amílcar Guerreiro, afirma que há mérito em destinar recursos para a modicidade tarifaria, e a solução é procurar caminhos que tenham o menor impacto possível para os projetos, porque o efeito em P&D no longo prazo pode ser maior que baixar tarifa no curto prazo. O centro de pesquisas tem 14 patentes registradas no Brasil. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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8 P&D na MP 998: Paulo Gama afirma que projetos do setor elétrico são dos poucos recursos efetivamente investidos

O consultor e diretor-presidente da Versattus Pesquisa, Paulo Gama, vê nos programas [de P&D] do setor elétrico um dos poucos recursos que são efetivamente investidos. Ele lembra que fontes de financiamento público existentes no país sofrem sistematicamente contingenciamento orçamentário. Essa retenção acontece inclusive com recursos que vem dos consumidores de energia elétrica para os programas de P&D e são destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Gama aponta melhoria nos processos das empresas do setor com o objetivo maior de reduzir custos, o que tem impacto direto nas tarifas. Em sua avaliação, a MP 998 é bem intencionada ao tentar favorecer a modicidade tarifária, mas o caminho escolhido traz muito mais prejuízo ao país e às empresas. “Se não fosse a lei que obrigasse investimentos em pesquisa no Brasil, nós estaríamos com certeza com um dependência tecnológica muito maior, caso não houvesse o programa da Aneel.” (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)


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9 Congresso prorroga medida que trata da transferência das ações da CNEN

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, prorrogou, por 60 dias, medida que altera leis e transfere para a União as ações de titularidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) representativas do capital social das Indústrias Nucleares do Brasil e da Nuclebrás Equipamentos Pesados. (Diário Oficial - 03.11.2020)

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10 Tarifa Social chega a mais 2 milhões de famílias

O número de famílias de baixa renda com descontos na conta de luz aumentou em mais de 2 milhões neste ano. Em janeiro, antes da pandemia, 9,1 milhões de famílias se enquadravam nos critérios do programa Tarifa Social, que concede descontos de até 65% nas tarifas. Nove meses depois, a base de beneficiários é de 11,3 milhões, segundo números da Aneel, que aponta ainda um elevado nível de subnotificação. O alcance do programa pode chegar a 16,6 milhões, considerando dados do Cadastro Único do governo. A Aneel monitora de perto esses dados, pois o programa é bancado por valores a mais cobrados na conta de luz dos demais consumidores do País. Em 2020, o custo do Tarifa Social foi de R$ 2,6 bilhões, valor que subirá para R$ 3,24 bilhões no ano que vem. Se todos os potenciais beneficiários acessarem o benefício, a conta subirá para R$ 4,76 bilhões. (O Estado de São Paulo - 02.11.2020)

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11 Mais Luz para a Amazônia no Maranhão e em Tocantins

O MME e as concessionárias Equatorial Maranhão Distribuidora de Energia e Energisa Tocantins Distribuidora de Energia celebraram Termo de Compromisso que tem como objetivo estabelecer as premissas para a implantação do Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica na Amazônia Legal – Mais Luz para a Amazônia em suas áreas de atuação. (Diário Oficial - 03.11.2020)

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12 CPAMP reuniu-se com agentes do setor elétrico

A Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP) realizou pela primeira vez em mais de 10 anos de existência do grupo, uma reunião ampliada com os agentes do setor elétrico. De acordo com o MME, que coordenou o encontro, essa reunião ocorreu após vários diálogos com o mercado de energia elétrica, onde verificou-se que esta é uma demanda setorial no âmbito da modernização do setor elétrico. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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Empresas

1 De olho na abertura de mercado, Engie fortalece comercialização

Maior geradora privada do país, a Engie Brasil Energia (EBE) está transformando sua estratégia para a comercialização de energia, segmento que se torna cada vez mais competitivo com a abertura do ACL a um número maior de consumidores. Para se manter entre as maiores desse mercado, a companhia aposta na digitalização e no lançamento de novos produtos, trilhando um caminho similar ao perseguido por outras grandes geradoras. A Engie já criou neste ano uma solução para facilitar a migração de consumidores ao mercado livre, o “E-conomiza”, e, nesta semana, lança um canal digital para negociação e gestão de contratos do ACL. Batizada de “Energy Place”, a plataforma oferece um “e-commerce” de energia de curto prazo, para fechamento do mês. O sistema foi integrado ao da CCEE para permitir o registro automático de contratos fechados entre a Engie e as contrapartes. (Valor Econômico – 03.11.2020)

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2 Belo Monte cobra prejuízo de R$ 1,85 bi

A usina de Belo Monte, maior hidrelétrica brasileira, apresentou uma fatura em aberto de R$ 1,85 bilhão que diz não ter como receber, por causa de limitações que a usina enfrenta para entregar sua energia. A principal alegação da concessionária Norte Energia, dona da hidrelétrica, é de que as linhas de transmissão que deveriam se conectar às suas turbinas para levar energia aos Estados da Região Nordeste, malhas que pertencem a outra empresa, não ficaram prontas até hoje. O atraso limitou a geração que a hidrelétrica poderia entregar, efetivamente, como previsto em seu contrato, gerando o rombo no faturamento. A Norte Energia reclama da venda frustrada de energia, alega que não tem culpa pelo atraso das linhas de transmissão e pede que os valores não faturados sejam convertidos em “alívio de exposição financeira” da usina. (O Estado de São Paulo - 03.11.2020)

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3 Cteep registra R$ 400 milhões de lucro no terceiro trimestre

A Cteep encerrou o terceiro trimestre com um lucro líquido R$ 400,6 milhões, queda de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano os ganhos da empresa somam pouco mais de R$ 1,6 bilhão, aumento de 85,7% ante janeiro a setembro de 2019. O resultado ebtida (antes de juros, impostos, depreciação e amortização)ajustado, pelo recebimento da PA (RTP e RBSE), sem considerar a provisão, e efeitos não recorrentes, encerrou o trimestre em R$ 678,9 milhões, aumento de 34%. No ano esse mesmo indicador está 75,2% acima do registrado em 2019, em R$ 2,8 bilhões. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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4 Cteep antecipa obra de transmissão em 11 meses

A Cteep antecipou em 11 meses a implantação de três compensadores síncronos em 500 kV na Subestação Araraquara 2, localizada em São Paulo. Na quarta-feira, 28 de outubro, a companhia enviou um comunicado ao mercado informando que o ONS emitiu o termo de liberação parcial do empreendimento, cujo investimento somou R$ 250 milhões, redução de aproximadamente 40% em relação ao valor calculado pela Aneel. A IE Itaquerê é uma subsidiária integral da Cteep formada para executar o empreendimento do lote 06 do leilão de transmissão no 005/2016 realizado em abril de 2017. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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5 Eletronorte: aprovada captação via debêntures, para refinanciar o passivo

O conselho de administração da Eletrobras aprovou nesta sexta-feira (30) captações de recursos pela subsidiária Eletronorte por meio de emissões de debêntures, de acordo com fatos relevantes publicados pela estatal. As debêntures da Eletronorte terão valor total de 750 milhões de reais e vencimento em quatro anos a partir da data de emissão. O capital será utilizado principalmente para refinanciamento do passivo da companhia. “O saldo, caso haja, será destinado ao reforço de caixa para utilização no curso ordinário dos negócios da Eletronorte”, disse a estatal, informando que ao valor das debêntures incidirão juros remuneratórios de 100% da variação das taxas médias diárias dos DI, acrescida de sobretaxa de 2,60% ao ano. A operação depende de aprovação de assembleia geral extraordinária da Eletronorte, que ainda será convocada. (Reuters – 30.10.2020)

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6 CGT Eletrosul: aprovada captação via debêntures, para reforçar instalações

O conselho de administração da Eletrobras aprovou nesta sexta-feira (30) captações de recursos pela subsidiária CGT Eletrosul por meio de emissões de debêntures, de acordo com fatos relevantes publicados pela estatal. A CGT Eletrosul captará recursos por meio de primeira emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de 300 milhões de reais e com prazo de oito anos, disse a Eletrobras em fato relevante à parte. O montante captado será utilizado, segundo a estatal, em sete projetos prioritários da subsidiária, que envolvem reforços em instalações de transmissão de eletricidade em diversos ativos da companhia na região Sul. A operação depende de aprovação de assembleia geral extraordinária da CGT Eletrosul, que ainda será convocada. (Reuters – 30.10.2020)

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7 Celesc aprova emissão de debêntures para ampliar PCH

O conselho de administração da Celesc aprovou em reunião extraordinária a captação de R$ 37 milhões para a ampliação da PCH Celso Ramos. A elétrica recorrerá à emissão e distribuição de debêntures incentivadas simples, não conversíveis em ações, nos termos da ICVM 476. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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8 Fundo Atmos aumenta participação na Light

A Light comunicou ao mercado na quinta-feira (28/10) que a gestora de recursos Atmos Capital passou a deter 17.095.597 ações ordinárias da companhia, que correspondem a aproximadamente 5,62% do capital social total. A operação se soma a outras aquisições acionárias ocorridas nos últimos dias. De acordo com correspondência do fundo de investimentos, que tem em seu histórico de transações títulos de empresas como Hering e Burguer King, a operação não visa à aquisição de controle nem busca alterar a administração ou composição da elétrica. (Brasil Energia - 30.10.2020)

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9 Cemig investe R$ 8 mi em subestação

Com um investimento de cerca de R$ 8 milhões, a Cemig começou a construção de subestação (SE) na cidade de Divino. As obras tiveram início em agosto e, no momento, estão na fase de terraplenagem. A previsão é de que a subestação esteja concluída e energizada até junho de 2021. A SE Divino vai ter uma potência instalada de 15 MVA, que é o suficiente para atender uma demanda de 30 mil consumidores.(Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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10 Justiça autoriza aumento da conta de luz da Celesc

A Justiça autorizou que a Celesc aumente a conta de luz em Santa Catarina. Em decisão na noite de quinta-feira (29), o Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF4) suspendeu uma liminar da Justiça Federal de Florianópolis (JFSC) que proibia o reajuste. Com a decisão, o aumento de cerca de 8,14% que estava suspenso desde agosto por conta da pandemia do coronavírus e da crise financeira pode ser feito pela Celesc. (G1 – 30.10.2020)

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11 LTs da Alupar em Minas e Bahia entram em operação

A Alupar comunicou nesta sexta-feira, 30 de outubro, que sua controlada Transmissora Paraíso de Energia, em que possui 51% do capital social total, obteve o Termo de Liberação de Receita, que autoriza o recebimento de receita a partir de 25 de outubro de 2020, devido a disponibilização das instalações de transmissão para o SIN, antecipando o início do recebimento da RAP em aproximadamente 16 meses do cronograma da Aneel, previsto para 9 de fevereiro de 2022. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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Leilões

1 Para Cteep, novas regras podem mudar dinâmica de leilão de LTs

O próximo leilão de transmissão, que deverá ser realizado em dezembro deste ano, terá regras diferentes dos certames anteriores. Desta vez, é vedada a troca do controle societário da concessionária antes da entrada em operação do empreendimento e a data de necessidade de alguns projetos não vai permitir antecipação. Em teleconferência com analistas nesta sexta-feira, 30 de outubro, o CEO da empresa, Rui Chammas, revelou que a mudança de regra pode afastar alguns tipos de investidores, como os financeiros, mas que os estratégicos devem estar presentes, como a transmissora. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Carga de energia pode ter alta de 2,7% em novembro

O consumo de energia deve crescer 2,7% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, aponta o boletim do PMO do ONS. De acordo com o órgão, o aumento reflete a recuperação das atividades econômicas com o relaxamento das medidas de isolamento social adotadas durante a pandemia. A maior queda mensal no consumo nacional de energia elétrica foi registrada em abril, quando a carga nacional mensal chegou a ser 11,6% menor na comparação anual. O maior aumento no mês deve vir da região Norte com uma alta de 7,4%, totalizando uma carga de 6.185 MW médios. Para o Sudeste/Centro-Oeste estão previstos um aumento de 2,7% e consumo de 40.735 MW médios, enquanto o Sul deve avançar 1,9%, com 12.215 MW médios. Já o Nordeste terá a menor alta entre os subsistemas, com 1,4% e 11.906 MW médios. (Valor Econômico – 30.10.2020)

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2 ONS: outubro de 2020 é o mais seco em série histórica de 90 anos

O mês de outubro foi o pior em termos de afluências em todo o histórico de 90 anos no Brasil. Foi assim que o ONS definiu as afluências do período que se encerra neste sábado, 31 de outubro. Em três submercados de um total de quatro a energia natural afluente esteve nos primeiros lugares desse incômodo ranking para a geração de energia elétrica. No Sul, a ENA ficou em 21% da média de longo termo, a segunda pior. Mas está no Sudeste/Centro-Oeste o maior problema, em 90 anos esse foi o pior mês em termos de vazões com apenas 53% da média nesse período. O Norte fechou o pódio com o terceiro pior mês do histórico daquela região com 58% da média. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira, 30 de outubro, no segundo dia da reunião para o PMO de novembro, mês que inaugura de forma oficial o período úmido 2020/2021. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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3 Reservatórios em recuperação só com fenômenos no período úmido

Com a chegada de novembro a convenção baseada em calendário é de que o país passa oficialmente a estar no período úmido, mesmo que na prática as chuvas possam ocorrer ou não no período. Segundo dados do ONS, o mês de outubro de 2020 alcançou a marca de ser o pior para esse período dentro do histórico de 90 anos de monitoramento. A perspectiva é de que os reservatórios no Sul e no Sudeste/Centro-Oeste encerrem novembro em 11,5% e 20% de sua capacidade armazenada, respectivamente. No Norte, o índice esperado é pouco melhor e apenas no Nordeste está acima dos 50%. Muito em função da geração de outras fontes naquele submercado, principalmente a eólica. Segundo o diretor de Planejamento, ONS, Alexandre Zucarato, a situação não deverá mudar consideravelmente. “Reservatório não tem enchido porque não chove. Não tem mágica, se não tivermos algumas ZCAS [zona de convergência do Atlântico Sul] durante o período úmido não tem o que fazer para armazenar água”, afirmou ele. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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4 Três submercados vêem PLD crescer há 10 semanas

Com dez semanas de alta, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, aumentou 17% para a primeira semana operativa de novembro (31/10 a 06/11), passando de R$ 317,03/MWh para R$ 370,77/MWh. O Nordeste verificou queda de 19% no preço médio, que foi de R$ 185,11/MWh para R$ 150,60/MWh – comportamento verificado pela segunda semana seguida. “O principal fator responsável pelo aumento do PLD foi a realização pessimista de afluências do mês de outubro para o Sistema Interligado Nacional (SIN), associado a elevação na expectativa de carga para os meses de novembro e dezembro”, disse a CCEE em comunicado. Assim como vem acontecendo nas últimas semanas, os limites de envio de energia da região Nordeste foram atingidos em todos os patamares, descolando-se dos preços dos demais submercados. (Brasil Energia - 30.10.2020)

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5 Níveis de reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste estão operando com volume de 24%, registrando uma queda de 0,3% na comparação com o dia anterior. De acordo com dados do ONS referentes a última quinta-feira, 29 de outubro. A energia armazenada é de 48.916 MW mês e a ENA é de 16.183 MW med, o mesmo que 44% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com volume de 27,9% e a de Emborcação, com 17,38%. No Nordeste, os níveis estão em 57%, subindo 0,1% em relação ao dia anterior. A energia armazenada da região está em 29.401 MW mês e a ENA é de 2.435 MW med, que é 47% da MLT. O reservatório de Sobradinho opera com 61,75%. No Norte, houve queda de 0,5%, nos reservatórios, operando com 30,6% de volume. A energia armazenada é de 4.644 MW mês, enquanto a ENA é de 1.404 MW med, que é 58% da MLT. A usina de Tucuruí opera com 23,91%. No Sul, o recuo chegou a 0,4% e os reservatórios operam com 24,5%. A energia armazenada é de 4.879 mês e a ENA chegou a 1.676 MW med, que é 19% da MLT. A hidrelétrica de Passo Real é de 58,67%. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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Inovação

1 DSOs da América Latina querem associação para debater desafios da transição

O sistema de energia está passando por uma transição na qual Operadores de Sistema de Distribuição – os chamados DSOs – desempenham um papel altamente relevante, sendo confrontados com um crescimento sem precedentes de cargas novas e mais flexíveis, bem como dispositivos de armazenamento conectados às suas redes elétricas. Essas mudanças já estão afetando os sistemas de energia na região e requerem abordagens inovadoras e cooperativas, razão pela qual os principais operadores de distribuição da América Latina decidiram se unir para gerar novas ideias, perspectivas e soluções. Alguns tópicos prioritários da discussão se concentrarão na evolução da estrutura do Mercado de Distribuição de Energia para responder à transição energética, incluindo Veículos Elétricos, Integração de Rede, Resposta à Demanda, Outros Recursos de Energia Distribuída, Transformação de borda da Rede e demandas de novos clientes. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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2 Cemig desenvolve ferramenta para otimização da operação de UHEs

A Cemig está desenvolvendo o projeto de P&D “Desenvolvimento de sistema computacional para o planejamento do despacho considerando múltiplos objetivos, com integrações e funcionalidades multi-usuários”. O custo total do projeto, que tem o objetivo de desenvolver metodologias e ferramentas computacionais para a otimização da programação diária de usinas hidrelétricas, é de R$ 2,4 milhões, por meio de recursos do Programa P&D regulado pela Aneel. O produto final do projeto – que começou a ser executado pela Enacom Engenharia Assistida por Computador no ano de 2018 e foi concluído no último mês de setembro – é um aplicativo web desenvolvido em Java, chamado de “Plataforma Inflower”, que já se encontra em operação, utilizado pela equipe de programação de geração da Gerência de Planejamento Energético da Cemig. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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3 Hidrogênio verde é fator chave para eletrificação na UE

A União Européia está avançando na eletrificação de sua economias para atingir a descarbonização plena. A contribuição da eletricidade para o consumo de energia hoje mal ultrapassa 20% do total e deve triplicar em apenas 30 anos se os objetivos forem alcançados. Paralelamente, existem alguns usos de energia que, por razões tecnológicas, são difíceis de eletrificar. É o caso dos processos industriais de alta temperatura e do transporte pesado. Para eles, a produção de hidrogênio verde a partir da eletrólise - usando energia renovável - é um fator chave no caminho para a neutralidade climática em 2050. Cientes deste desafio, mas também desta grande oportunidade, a União Europeia e o Governo da Espanha lançaram estratégias para promover o hidrogênio verde. A UE pretende ter 40 GW de eletrolisadores de hidrogênio verde em apenas dez anos, enquanto na Espanha a meta é de 4 GW de capacidade instalada. (REVE - 02.11.2020)

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4 Maior complexo de hidrogênio verde na Europa em construção

Em 2021, o maior complexo de hidrogênio verde da Europa para uso industrial estará operacional em Puertollano, após um investimento de € 150 milhões. O complexo será composto por uma usina solar fotovoltaica de 100 MW, um sistema de bateria de íons de lítio com capacidade de armazenamento de 20 MWh e um dos maiores sistemas de produção de hidrogênio por eletrólise (20 MW). Seu desenvolvimento e construção vão gerar 700 empregos. Quando estiver em operação, evitará a emissão de 39 mil tCO2 / ano. A Iberdrola está envolvida na construção deste projeto de inovação. O hidrogênio verde produzido será utilizado na planta de amônia da Fertiberia em Puertollano. A planta já é uma das mais eficientes da União Européia, com capacidade de produção superior a 200 mil t/ano. (REVE - 02.11.2020)

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5 Shell Catalysts & Technologies lança processo de hidrogênio azul

A Shell Catalysts & Technologies está lançando o Processo Shell Blue Hydrogen, que integra tecnologias comprovadas para aumentar significativamente a acessibilidade de projetos greenfield para a produção de hidrogênio 'azul' a partir do gás natural, juntamente com a captura, utilização e armazenamento de carbono. O hidrogênio azul permite a descarbonização de indústrias pesadas, ao mesmo tempo que cria valor para refinadores e detentores de recursos. O novo processo da Shell pode reduzir o custo nivelado do hidrogênio em 22% em comparação com o melhor que o mercado tem a oferecer hoje. A produção de hidrogênio azul pode ser aumentada com relativa facilidade para atender à demanda. Com o dióxido de carbono (CO2) custando US $ 25 - US $ 35 / t, o hidrogênio azul torna-se competitivo em relação ao cinza, mesmo com seus custos de capital mais elevados. (Energy Global - 03.11.2020)

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Meio Ambiente

1 Licenciamento trava andamento de projetos na Aneel

A Aneel publicou na semana passada despacho prorrogando por três anos, a partir dos vencimentos dos prazos atuais, os Despachos de Registro de Adequabilidade do Sumário Executivo de 13 projetos de PCHs (DRS-PCH), totalizando 240,42 MW, equivalente a uma UHE de médio porte. Um levantamento feito pelo Energia Hoje mostrou que o licenciamento ambiental é a principal causa da demora no andamento desses projetos, alguns deles enfrentando resistência política. (Brasil Energia - 30.10.2020)

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2 Equinor define metas de alcançar emissões líquidas zero até 2050

A Equinor anunciou ontem sua ambição de se tornar uma empresa de emissões líquidas de carbono zero até 2050. A ambição inclui as emissões da produção e do consumo final de energia. Ele define uma direção estratégica clara e demonstra o compromisso contínuo da Equinor com a criação de valor de longo prazo em apoio ao Acordo de Paris. Para tal, as energias renováveis serão uma área de crescimento significativo. A Equinor já definiu ambições de crescimento em energias renováveis e espera uma capacidade de produção de 4 a 6 GW em 2026 e de 12 a 16 GW em 2035. A Equinor agora planeja expandir sua aquisição de área eólica, com o objetivo de acelerar o crescimento lucrativo e continuará a alavancar sua posição de liderança em energia eólica offshore. A Equinor estabelecerá as energias renováveis como um segmento de relatório separado a partir do primeiro trimestre de 2021. (REVE - 02.11.2020)

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3 Soluções de energia renovável para segurança climática nas cidades

Soluções de energia renovável podem ser a espinha dorsal dos esforços de descarbonização urbana segundo um novo relatório da IRENA e da Iniciativa Climática Internacional (IKI) sobre o crescimento das energias renováveis nas cidades. Apesar da integração de energias renováveis em sistemas de energia locais ter se tornado parte da ação transformadora em muitas cidades ao redor do mundo, seu potencial permanece pouco explorado. Enquanto cerca de 671 cidades definiram metas de energias renováveis, a maioria delas está na Europa e na América do Norte. No entanto, espera-se que 2,5 bilhões de pessoas adicionais se tornem residentes urbanos nas próximas três décadas, 90% delas na Ásia e na África. Além disso, a maioria das grandes e megacidades que definiram metas de energia renovável buscam apenas uma parcela modesta das energias renováveis em sua matriz energética. O novo relatório destaca a importância do planejamento urbano e do desenvolvimento de redes “inteligentes” por meio da inovação e da adoção de tecnologias facilitadoras, como veículos elétricos, sistemas de armazenamento de energia e sistemas inteligentes de gestão de energia para facilitar a integração de energias renováveis. Acesse o documento da IRENA aqui. (REVE - 03.11.2020)

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4 Artigo de José Roberto Mendonça de Barros sobre o mercado de petróleo e passagem para uma nova matriz

Em artigo publicado pela Jornal O Estado de São Paulo, José Roberto Mendonça de Barros, economista e sócio da MB Associados, fala sobre o fim da predominância do petróleo na matriz energética mundial. O autor afirma que “a Shell e outras petroleiras já haviam projetado que o pico de consumo do petróleo se dará por volta de 2030 e não mais 2040, devido, essencialmente, aos esforços de enfrentar o aquecimento global, estimulando o progresso tecnológico que viabilize a passagem para uma nova matriz energética. A pandemia, que reduziu drasticamente o consumo de petróleo, e os avanços acentuados na digitalização e mudanças tecnológicas certamente irão acelerar o processo.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL – IE – UFRJ – 02.11.2020)

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Energias Renováveis

1 Entrada forte de energias renováveis não compromete sistema brasileiro

O SEB “para de pé” mesmo num cenário de forte penetração na matriz das fontes renováveis de energia, que têm geração variável. Essa tendência, porém, traz muita complexidade ao planejamento e operação do sistema, exigindo novas ferramentas e modelos, além de capacitação de profissionais, para acomodar com segurança e confiabilidade a grande quantidade de energias renováveis. A conclusão é de um amplo estudo realizado no âmbito da “Cooperação Brasil Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável”, coordenada pelo MME e Ministério para Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). Os trabalhos foram conduzidos por um consórcio internacional formado por Lahmeyer International, Tractebel Engie e consultoria PSR, com participação da EPE, ONS e Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). O estudo trabalhou com a perspectiva de expansão massiva das fontes renováveis, como eólicas e solar fotovoltaica, combinada a um forte aumento do consumo brasileiro de energia elétrica. Foi considerada uma demanda de 166 GW, o dobro do observado em 2017 – não foi determinado um horizonte específico, mas entende-se que essa demanda seria alcançada após 2026. (Valor Econômico – 30.10.2020)

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2 MP pede afastamento de presidente da Sices

O Grupo Sices, que atua no mercado de energia solar, acaba de ser confrontado pelo Ministério Público de São Paulo. Após receber denúncias anônimas sobre contratos da Sices apontados como suspeitos, o MP-SP entrou com uma ação junto à 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem, com pedido de liminar, para o afastamento imediato do presidente da empresa, Leonardo Camillo Curioni. No pedido, o MP afirma que, mesmo que a denúncia tenha sido feita anonimamente, as informações reveladas não eram genéricas, mas precisas e denotando conhecimento sobre o assunto. A empresa nega qualquer irregularidade. Segundo o documento, o denunciante apontou que “há uma notória continuidade das investidas fraudulentas, voltadas ao superfaturamento de Contratos de Prestação de Serviços celebrados, utilizando-se de pessoas interpostas com o inescusável propósito de esvaziar o patrimônio das empresas recuperandas em prol de interesses particulares e em prejuízo à integralidade de credores da Recuperação Judicial”. (O Estado de São Paulo - 03.11.2020)

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3 Casa dos Ventos anuncia novo investimento na Bahia

A Casa dos Ventos firmou protocolo de intenções nesta semana com o governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), pelo segundo mês consecutivo. A empresa vai investir R$ 6,5 bilhões na construção do parque Ventos de Santo Adão, no município de Casa Nova. O empreendimento terá capacidade de produzir 6,6 TWh/ano e vai gerar 15 empregos diretos na operação e 6 mil indiretos durante a fase de construção. No mês passado, a empresa anunciou investimento de R$ 9,1 bilhões na implantação de outros quatro complexos eólicos no estado nos municípios de Jacobina, Ibitiara, Mirangaba e Campo Formoso. (Brasil Energia - 30.10.2020)

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4 EUA: Previsão de mercado, custo e preço da energia eólica

A AWEA divulgou hoje um adendo importante ao seu relatório anual Wind Powers America 2019, incluindo uma perspectiva de mercado atualizada e novos dados sobre o preço e financiamento da energia eólica. Essas tendências sublinham os fundamentos do mercado que sustentam o crescimento da energia eólica nos Estados Unidos durante o terceiro trimestre. Conforme detalhado no relatório atualizado, a energia eólica americana deve continuar a crescer fortemente na próxima década, estimativa de quase 60 GW de novas instalações de energia eólica nos próximos cinco anos e 94 GW nos próximos dez anos. A energia eólica offshore deverá zarpar nos próximos anos, com os meteorologistas antecipando pelo menos 20 GW de energia eólica offshore operacional até 2029. Os custos da energia eólica continuam caindo, o que contribuiu para o preço dos contratos de compra de energia eólica em cerca de $ 20 / MWh. (REVE - 03.11.2020)

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5 Energia eólica e recuperação econômica na Europa

O relatório - “Energia eólica e recuperação econômica na Europa” mostra que a expansão da energia eólica pode ajudar na recuperação econômica, criando centenas de milhares de empregos e apoiando comunidades em toda a Europa. As principais mensagens do relatório são que a energia eólica já emprega 300.000 pessoas em toda a Europa e contribui com € 37 bilhões para o PIB da UE a cada ano. Se os governos europeus implementarem totalmente seus Planos Nacionais de Energia e Clima, a Europa terá 392 GW de capacidade eólica em 2030, contra 192 GW. E isso levaria a contagem de empregos de 300.000 para 450.000. Mas, se os governos não implementarem seus planos, haverá apenas 327 GW de energia eólica até 2030. E isso teria um impacto negativo em termos econômicos. O relatório mostra que a energia eólica paga 5 bilhões de euros em impostos a cada ano em toda a Europa e ajuda as comunidades locais por meio de fundos de benefícios e propriedade. O relatório também mostra que cada 1 GW adicional de energia eólica contribui com € 2,5 bilhões para o PIB da UE. Ou seja, cada nova turbina gera em média € 10 milhões de atividade econômica. (REVE - 02.11.2020)

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Gás e Termelétricas

1 RJ ganha novas usinas de biogás em aterros sanitários na região dos lagos e no sul do estado

O Rio de Janeiro ganhou duas novas usinas de biogás, comissionadas neste mês de outubro, consolidando sua posição como o segundo maior estado produtor do energético, atrás apenas de São Paulo. As plantas CGB São Pedro e CGB Três Rios 2 estão localizadas nos municípios de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, e Três Rios, no Sul fluminense, sendo a última uma expansão da usina CGB Três Rios 1, em operação desde maio. Somadas, as três usinas chegam a uma potência instalada de 3,5 MW e uma estimativa de produção anual de 27,6 GWh, suficiente para abastecer aproximadamente 11.500 residências. O investimento nos três projetos, realizados pelo Grupo Gera, foi de R$ 15 milhões. No quesito crédito de carbono, a operação de 1MW instalado de usinas de biogás gera aproximadamente 33 mil créditos de carbono anuais. Atualmente, a Gera Energia, braço de desenvolvimento de projetos de geração, possui seis usinas de biogás em operação no país, somando 6,4 MW, e mais cinco em desenvolvimento, que vão chegar a 12,6 MW, totalizando 19 MW. (Petronotícias – 30.10.2020)

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2 Golar Power prorroga chamada pública para biometano

A Golar Power prorrogou por 15 dias o período de adesão à chamada pública para aquisição de biometano, aberta em 1º/10. O novo prazo para que empreendores manifestem interesse vai até 16/11. O edital prevê aquisição de 5 milhões de m³/dia de biometano de produtores nacionais e internacionais, com objetivo de viabilizar projetos de produção e purificação de biogás nos próximos cinco anos, em contratos com duração de até 10 anos. Os documentos da chamada podem ser acessados aqui. (Brasil Energia - 30.10.2020)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Desenho de expansão das renováveis deixa negócios no ACL em primeiro plano

O retrato econômico e de expansão do mercado renovável direciona todas as suas atenções para o mercado livre. Em painel sobre novos modelos de negócios realizado na última quarta-feira, 29 de outubro, durante o Brazil Windpower, empresas como Casa dos Ventos e Enel Green Power revelaram que o ambiente livre vem sendo a bola da vez. De acordo com Lucas Araripe, Diretor de Projetos e Novos Negócios da Casa dos Ventos, o maior retorno está no ACL. “Hoje não se consegue enxergar projetos viáveis economicamente 100% no mercado regulado”, explica. Nos últimos anos, a falta de certames pujantes no mercado regulados também potencializou esse incremento no ACL, em que os players viabilizavam uma parte mínima de um projeto no cativo e o restante no livre. (Agência CanalEnergia – 30.10.2020)

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Economia Brasileira

1 Dívida líquida do setor público atinge maior nível desde 2002 em setembro

A dívida líquida do setor público bateu no mês passado o patamar mais elevado desde setembro de 2002, afirmou nesta sexta-feira (30) em entrevista coletiva o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha. Em setembro deste ano, a dívida líquida atingiu 61,4% do PIB, o maior patamar para qualquer mês desde setembro de 2002, quando estava em 62,4%. O resultado do mês passado foi também o segundo maior de toda a série histórica do BC, que tem início em dezembro de 2001. Na entrevista, Rocha também destacou, entre outros pontos, o crescimento do déficit primário de setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nesse tipo de comparação, o saldo primário negativo passou de R$ 20,541 bilhões em 2019 para R$ 64,559 bilhões em 2020. (Valor Econômico – 30.10.2020)

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2 Ministério da Economia prevê superávit primário só a partir de 2027

Relatório de projeções da dívida pública, divulgado pelo ME, mostra que as contas do setor público terão déficit primário recorde neste ano de 12,7% do PIB ou R$ 905,4 bilhões. A estimativa anterior, feita em 28 de setembro, era de um déficit de 12,5% ou R$ 895,9 bilhões. Mas esse déficit cairia para 3,1% do PIB em 2021 e diminuiria continuamente até 2026. “De 2027 em diante, o resultado primário passaria a ser superavitário, chegando a 2029 em 1,3% do PIB”, informa o documento. A necessidade de financiamento, que deverá chegar a 17,2% do PIB no fim deste ano, reflete no aumento do patamar da dívida em 2020. “Além de enfraquecer a atividade econômica, a crise do coronavírus gerou despesas adicionais para o governo (necessárias ao enfrentamento da pandemia) e prejudicou a arrecadação, resultando em um déficit primário extraordinariamente elevado”, informou o documento. (Valor Econômico – 30.10.2020)

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3 FGV: Confiança empresarial recua 0,4 ponto em outubro

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da FGV recuou 0,4 ponto em outubro, para 97,1 pontos, após subir por cinco meses consecutivos. ”O recuo discreto da confiança empresarial pode ser entendido como um movimento de acomodação após uma sequência de altas que levaram o índice ao nível do período anterior à chegada da pandemia de covid-19 no país”, diz Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas da FGV, em comentário no relatório. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu pela sexta vez consecutiva, agora em 3,6 pontos, para 96,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) recuou 3,1 pontos, para 97,9 pontos, num movimento de revisão das expectativas após cinco altas consecutivas. (Valor Econômico – 03.11.2020)

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4 Focus: projeção para alta do PIB em 2021 cai de 3,42% para 3,34%

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 voltou a cair, de 3,42% para 3,34%, no Relatório Focus, do BC, divulgado nesta segunda-feira (02) com estimativas coletadas até a última sexta-feira (30). Para 2020, o ponto-médio das estimativas para a variação do PIB do país permaneceu em -4,81%, vindo de um piso de -6,54% atingido no fim de junho. (Valor Econômico – 03.11.2020)

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5 Focus: projeção para IPCA em 2021 sobe de 3,10% para 3,11%

A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2020 subiu de 2,99% para 3,02%, segundo o Focus. Para 2021, o ponto-médio das expectativas para o IPCA também subiu, de 3,10% para 3,11%. Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, a mediana para a inflação oficial subiu de 2,91% para 2,92% em 2020 e permaneceu em 3,27% para 2021. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4,00% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. (Valor Econômico – 03.11.2020)

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6 Focus: projeção para Selic em 2021 se mantem em 2,75%

A mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2020 manteve-se em 2,00% na estimativa que inclui todo o mercado e em 2,00% entre os Top 5. Para 2021, a projeção para a Selic permaneceu em 2,75% entre os economistas em geral e 2,00% entre os campeões de acertos. (Valor Econômico – 03.11.2020)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 30 sendo negociado a R$5,7379 com variação de -0,62% em relação ao início do dia. Hoje (03) começou sendo negociado a R$5,7073 com variação de -0,53% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 10h39 o valor de R$5,7036 variando -0,06% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 30.10.2020 e 03.11.2020)


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Biblioteca Virtual

1 CASTRO, Nivalde de; MOSKOWICZ, Mauricio; ALVES, André. "Transição energética em sistemas isolados: o caso de Roraima".

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 BARROS, José Roberto Mendonça de. “Ruptura no mercado de petróleo”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Cinthia Valverde, Mateus Amâncio, Sérgio Silva, Walas Júnior.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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