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IFE: nº 5.308 - 02 de agosto de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel: Bandeira vermelha patamar 2 continua na conta de luz de agosto
2 Ministro descarta racionamento, mas diz que “trabalha para evitar apagão”
3 Ministro diz que não há nenhum movimento para retorno do horário de verão no País
4 Ministério aprova como prioritário investimento da Elektro em distribuição de energia
5 Aneel fixa valores de devedores e credores da Conta Bandeiras de junho
6 Aneel trata dos avanços da regulação do setor elétrico em evento do Sindienergia - CE
7 STF: partidos de oposição entram com ADI contra lei que permite privatização da Eletrobras

Empresas
1 Eletrobras vai investir R$ 8,3 bi em modernização
2 Eletrobras: conselho de administração aprova Plano de Negócios e gestão PNDG 2021-2025
3 Fiesp vê concentração de mercado na privatização da Eletrobras
4 BNB deve fechar 2021 com até R$ 8 bi para projetos de energia
5 Leilão de privatização da Celg T é marcado para 14 de outubro
6 Isa Cteep/Cristal: empresa deve avaliar concessão da Celg, assim como fez com a CEEE-T
7 Lucro da Cteep recua a R$ 248,1 mi no 2° trimestre
8 Cesp tem prejuízo de R$ 18 milhões no 2º trimestre

9 Contra crise hídrica, Cesp contrata 97% da exposição energética de 2022

10 Credit Suisse vê operacional da Cesp impactado pelo custo mais caro para compra de energia

11 Cemig: TCE nega liminar para suspensão da venda de ações da Taesa e prossegue com análise

12 Energisa Paraíba ganha primeiro lugar no Prêmio Aneel de Qualidade

13 RGE conclui obras da Subestação Getúlio Vargas

14 Evoltz conclui transferência de controle acionário para fundo de pensão canadense

15 Hitachi ABB Power Grids irá se chamar Hitachi Energy

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia sobe 12,5% em junho
2 Custo de operação vai aumentar 105,2% em uma semana com térmicas, projeta ONS
3 Resenha Mensal: consumo de eletricidade no Brasil em junho de 2021 apresentou avanço de 12,5% em relação ao mesmo mês de 2020

4 Nível dos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste é o mais baixo da História

5 Falta de chuvas e demora nas medidas contra a crise hídrica ligam sinal de alerta

6 Reservatórios das hidrelétricas podem ter mais um ano de baixa recuperação

7 Reservatórios continuam em queda e Região Sul mantém maior recuo

Mobilidade Elétrica
1 Veículos elétricos chegam a 2% do mercado no Brasil
2 Reino Unido: Expansão da mobilidade elétrica
3 Primeiro Corredor Mediterrâneo para transporte 100% elétrico pesado
4 Iniciativa do primeiro Corredor Mediterrâneo utilizará carregadores de alta potência

5 Iberdrola: Iniciativas na mobilidade elétrica
6 Riscos de escassez de lítio

Inovação
1 Federação das indústrias do Rio de Janeiro organiza debate sobre a ampliação do uso do hidrogênio como combustível
2 Reino Unido: caminho para se tornar líder mundial em hidrogênio
3 Suíça: empresas planejam concluir usina de hidrogênio verde em 2022
4 Análise do mercado de hidrogênio

5 Espanhóis revelam método de instalação monopilar XXL
6 Zeg Ambiental desenvolve tecnologia para reciclar e recuperar energia do lixo

Meio Ambiente
1 Entrevista com o Walter Schalka, presidente da Suzano

Energias Renováveis
1 Projeto Ilumina Pantanal instala sistemas de geração solar em comunidades do MS
2 State Grid e ONS investem em pesquisa para otimizar transmissão eólica e solar
3 EOL Ventos de Santa Martina 10 tem 12,6 MW liberados
4 Neoenergia inicia operação comercial do complexo eólico Chafariz

5 Eólica acelera entrada de parques em 2021
6 Petrobras vai sair de 25 MW de pequenas centrais hidrelétricas
7 EDPR continua a impulsionar o crescimento das energias renováveis
8 CIP, Amp Energy investirá no portfólio de energias renováveis indianas de 1,7 GWp

Gás e Termelétricas
1 Petrobras vende termelétricas de Tocantins e Amazonas
2 Aneel revisa CVU da UTE Araucária e UTE William Arjona
3 Termelétrica GNA I deve retomar testes de geração neste sábado 31/07

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 MME deve colocar em consulta pública abertura do mercado livre para aliviar setor elétrico

Economia Brasileira
1 Governo edita decreto que desbloqueia R$ 4,5 bi do Orçamento 2021
2 Bomba fiscal pode chegar a R$ 90 bi

3 Economistas veem sinais de mercado de trabalho melhor também na Pnad
4 FGV: incerteza recua e melhora sustentável depende do controle da covid-19
5 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual
1 SCHELLER, Fernando. Entrevista com o Walter Schalka.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel: Bandeira vermelha patamar 2 continua na conta de luz de agosto

Os consumidores deverão continuar economizando no consumo de energia elétrica em agosto para não se surpreender com uma conta de luz cara no fim do mês. A bandeira tarifária vermelha, patamar 2, continuará sendo aplicada, com custo de R$ 9,492 para cada 100kWh consumidos, informou a Aneel na noite de sexta-feira (30). De acordo com o órgão, a crise hídrica permanece, com os principais reservatórios do SIN em níveis "consideravelmente baixos" para essa época do ano. "Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos, pressionando os custos relacionados ao GSF e o PLD. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada", explicou a Aneel. Há duas semanas, o ONS informou que o nível de água nos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste — os mais importantes para o sistema elétrico — era de 27,79%. (Valor Econômico – 31.07.2021)

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2 Ministro descarta racionamento, mas diz que “trabalha para evitar apagão”

O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, voltou a reafirmar nesta sexta-feira, 30, que o governo não considera a hipótese de racionamento de energia, mas disse que “trabalha para que não haja nenhum risco de apagão”. A situação é consequência da pior crise hídrica que o País enfrenta nos últimos 91 anos, com níveis alarmantes nos principais reservatórios de usinas hidrelétricas. Albuquerque afirmou que o sistema elétrico tem sido monitorado 24 horas por dia e que está elaborando medidas para evitar picos de demanda de energia. Com racionamento, o governo determina reduções compulsórias no consumo de energia - como aconteceu em 2001, ainda na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época, as indústrias também tiveram de reduzir a produção. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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3 Ministro diz que não há nenhum movimento para retorno do horário de verão no País

O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta sexta-feira, 30, que a volta do horário de verão está fora do radar da pasta. Segundo ele, o mecanismo, extinto pelo presidente Jair Bolsonaro em abril de 2019, não traz nenhum benefício para o setor elétrico e para redução do consumo de energia. "O horário de verão não traz nenhum benefício em termos de economia para o consumo de energia. O pico de energia, que no passado era no final do dia, e aí fazia sentido sim o horário de verão, é por volta de 14h e 15h", disse em entrevista à Rádio CNN. "No aspecto do setor de energia, não há nenhum movimento para que se retorne o horário de verão", afirmou. Pressionado pela crise hídrica e por diversos setores, o governo decidiu reavaliar os impactos do horário de verão. Segundo o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, o MME pediu ao órgão que atualizasse os estudos sobre os efeitos do mecanismo no consumo de energia. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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4 Ministério aprova como prioritário investimento da Elektro em distribuição de energia

A Secretaria de planejamento do MME enquadrou como prioritário o investimento em infraestrutura de distribuição de energia elétrica pela Elektro. A informação consta no DOU. Os investimentos compreendem a expansão, renovação ou melhoria da infraestrutura de distribuição de energia elétrica, mas não inclui os investimentos em obras do Programa Luz para Todos ou com participação financeira de terceiros, constantes do Plano de Desenvolvimento da Distribuição (PDD) de referência, apresentado à Aneel no ano base de 2021. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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5 Aneel fixa valores de devedores e credores da Conta Bandeiras de junho

A Superintendência de gestão da Aneel fixou os valores da Conta Bandeiras a serem contabilizados em junho, os quais serão liquidados pela CCEE referente ao mercado de curto prazo. As distribuidoras e permissionárias devedoras deverão fazer o repasse no valor total de R$ 20,1 milhões até o dia 3 de agosto, enquanto as empresas credoras deverão receber o valor total de R$ 87,3 milhões até o dia 5 de agosto. A Conta Bandeiras é proveniente de recursos advindos das bandeiras tarifárias. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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6 Aneel trata dos avanços da regulação do setor elétrico em evento do Sindienergia - CE

A Aneel, representada pelo diretor-geral André Pepitone, participou, nesta sexta-feira (30/7) em Fortaleza – CE, da 13ª edição do Energia em Pauta, evento realizado pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia) e pelo Sistema FIEC. O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, destacou as ações da Agência para contribuir com o avanço da regulação no setor. “Avançamos em temas estruturais do setor elétrico do País, promovendo investimentos, criando ambientes atrativos, buscando eficiência e redução de custos, sempre interagindo com os agentes, com os consumidores, com o Governo Federal e sobretudo com o Congresso Nacional'', salientou Pepitone. O evento foi inaugurado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Ricardo Cavalcante, e contou com a moderação do consultor da FIEC e presidente da CSRenováveis/CE, Jurandir Picanço. (Aneel – 30.07.2021)

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7 STF: partidos de oposição entram com ADI contra lei que permite privatização da Eletrobras

Os partidos de oposição entraram com nova Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF por conta da lei 4.182/2021, que trata de privatização da Eletrobras. De acordo com os partidos de oposição, foram aprovadas diversas emendas no Congresso Nacional que resultam em modificações substanciais no planejamento energético brasileiro, inteiramente dissociadas da MP encaminhada pelo Poder Executivo. Entre elas, a exigência de contratação obrigatória de energia proveniente de PCHs e de usinas termoelétricas a gás natural. A alegação é que se trata de uma matéria que foge ao escopo da Medida Provisória pelo Poder Executivo. A MP modificaria a matriz energética brasileira, criando reservas de mercado adotadas sem o devido planejamento técnico. Os partidos argumentam também que a lei, ao prever o início imediato das obras do Linhão de Tucuruí, uma vez concluído e apresentado o Plano Básico Ambiental-Componente Indígena, dispensa a emissão de parecer pela Funai e pelo Ibama acerca da construção da linha de transmissão que passa pelo território indígena Waimiri-Atroari. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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Empresas

1 Eletrobras vai investir R$ 8,3 bi em modernização

A Eletrobras possui um programa de R$ 8,3 bilhões, entre 2021 e 2025, que inclui a compra de equipamentos mais atuais e a modernização e digitalização das usinas. Os projetos incluem grandes unidades do grupo, como Paulo Afonso IV, Sobradinho, Xingó, Marimbondo, Itumbiara e Tucuruí. Em nota, a estatal afirmou que o objetivo é minimizar os riscos de interrupções na operação das hidrelétricas. A chinesa CTG Brasil destinou R$ 3 bilhões para a modernização das usinas hidrelétricas de Ilha Solteira e Jupiá – usinas que pertenciam à Cesp. Com duração prevista de cerca de 10 anos, o trabalho das usinas está na segunda fase, que inclui a modernização de oito unidades geradoras e sistemas auxiliares elétricos e mecânicos, além da instalação de um novo Centro de Operação da Geração. No total, são 34 unidades geradoras: 20 de Ilha Solteira e 14 de Jupiá. Além das duas usinas, a companhia concluiu em 2019 o processo de modernização e repotenciação da Hidrelétrica Capivara, no rio Paranapanema. Com investimento da ordem de R$ 150 milhões, o projeto envolveu a modernização das quatro unidades geradoras e a repotenciação de 3 unidades, que elevou em 24 MW a potencia da hidrelétrica. (O Estado de São Paulo – 01.08.2021)

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2 Eletrobras: conselho de administração aprova Plano de Negócios e gestão PNDG 2021-2025

O conselho de administração da Eletrobras aprovou o Plano de Negócios e Gestão (PNDG) 2021-2025 da estatal, que prevê investimentos na ordem de R$ 41,102 milhões no período. Entre as medidas previstas está a avaliação de oportunidades para efetuar a gestão dos passivos provenientes de dívidas do Sistema Eletrobras, buscando potenciais reduções e otimizações no custo médio e nos prazos da dívida existente. A empresa também prevê o aprimoramento da metodologia de priorização de investimentos, possibilitando a melhor alocação de capital e resultando na otimização de portfólio, além da avaliação e implementação de alternativas de capitalização da empresa. O PNDG 2021-2025 ainda estabelece que a empresa deve continuar o processo de racionalização em SPEs através da alienação, incorporação, permuta, reestruturações societárias, aquisições e encerramento de ativos. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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3 Fiesp vê concentração de mercado na privatização da Eletrobras

Um estudo minucioso feito pela Fiesp após a sanção presidencial da Lei 14.182/2021 demonstrou que, além de um impacto entre 1,4% e 6,5% nas tarifas, a partir da descotização total das 13 hidrelétricas da empresa que operam sob regime de cotas de distribuição, haverá forte impacto concorrencial. A partir de 2025, a Eletrobras privada pode ter 12,1 GW médios disponíveis para negociar no mercado livre, quase seis vezes mais do que a Engie, segunda colocada nesse ranking de disponibilidade, cuja previsão é ter no mesmo ano 2.268 MW médios livres para negociar. A conclusão é que “a privatização da Eletrobras pode ter atrasado a modernização do setor em alguns anos, ao disponibilizar 12 GW médios para serem livremente contratados por uma única empresa”. Segundo a Fiesp, embora este aspecto da privatização possa ser um dos mais relevantes, ele foi um dos que menos receberam a atenção dos agentes. (Brasil Energia – 30.07.2021)

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4 BNB deve fechar 2021 com até R$ 8 bi para projetos de energia

Ao lado do BNDES, o BNB concentra a concessão do crédito no setor, que nos últimos quatro anos e meio, soma R$ 42,7 bilhões em projetos de infraestrutura. Desse montante, 38,47 bilhões foram para o setor de energias, com foco em geração eólica e solar, o que coloca o banco como um dos principais instrumentos de fomento para o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro e o desenvolvimento regional. Na análise do superintendente de Negócios de Atacado e Governo, Helton Chagas Mendes, mesmo em ano atípico, marcado pela crise sanitária mundial, o Banco tem conseguido manter aportes importantes. O foco das operações do BNB agora é no mercado livre desde 2018, mas ainda há negócios no mercado regulado e o atual contexto de alta de juros, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) tem atraído mais os players pelas condições mais favoráveis, em relação ao que se aplica no mercado. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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5 Leilão de privatização da Celg T é marcado para 14 de outubro

A Celgpar publicou nesta sexta-feira (30/07) o edital de privatização da Celg T, braço de transmissão da estatal goiana. O certame será realizado no dia 14/10, às 14:00 horas, na sede da B3, em São Paulo. A princípio, o leilão estava previsto para o dia 13/05, mas acabou sendo adiado em abril. O valor mínimo para arrematação de 100% das ações da transmissora será de R$ 1,097 bilhão. De acordo com a Celgpar, a entrega dos documentos pelos participantes está agendada para o dia 07/10, das 9:00 horas às 12:00 horas, na B3. (Brasil Energia – 30.07.2021)

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6 Isa Cteep/Cristal: empresa deve avaliar concessão da Celg, assim como fez com a CEEE-T

A Isa Cteep deve avaliar a concessão da Celg quando ela for a mercado, assim com fez com a CEEE-T, que foi a leilão recentemente, segundo a diretora executiva de Finanças e Relações com Investidores, Carisa Cristal. “A Celg tem características semelhantes à CEEE, mas é uma questão de avaliar essa e outras questões que viabilizam a geração de valor”, afirmou a executiva, durante teleconferência de resultados. Cristal ressaltou que o ambiente competitivo está muito forte, como mostrou o leilão da CEEE-T, que a Isa Cteep fez proposta, mas não levou. “Fica a questão de como aumentar a competição diante da disciplina financeira. Não podemos abrir mão disso mesmo que a gente não leve determinada concessão”. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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7 Lucro da Cteep recua a R$ 248,1 mi no 2° trimestre

A Cteep terminou o segundo trimestre do ano com R$ 248,1 milhões de lucro líquido. O resultado é 73,01% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 919,1 milhões. A receita líquida ficou em R$ 792,3 milhões, recuando 47,1% em relação ao segundo trimestre de 2020. O Ebitda da transmissora no período chegou a R$ 630,6 milhões, valor 47,1% abaixo dos R$ 1,49 bilhão do mesmo trimestre do ano passado. No semestre, o lucro recuou 54,68%, indo para R$ 556,2 milhões. A receita líquida da Cteep nos seis meses do ano ficou em R$ 1,64 bilhão, valor 26,3% abaixo dos 2,23 bilhões do mesmo semestre de 2020. O Ebitda de R$ 1,64 milhões no semestre mostra uma queda 37,1%. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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8 Cesp tem prejuízo de R$ 18 milhões no 2º trimestre

A Cesp apresentou uma queda de 42% no Ebitda do segundo trimestre de 2021, chegando a R$ 229,6 milhões ante os R$ 397,8 milhões verificados no mesmo período do ano passado. A empresa também apresentou prejuízo líquido de R$ 18 milhões no período, revertendo o ganho de R$ 137,8 milhões que teve um ano antes, mas apresentou forte geração de fluxo de caixa de R$ 274 milhões. Por outro lado, a receita líquida operacional totalizou R$ 525 milhões, 8% a mais que no mesmo período do ano passado, em função principalmente das operações de trading de sua unidade comercializadora. O resultado do segundo trimestre de 2021 reflete o desafio hidrológico que se impôs ao país e que afeta o setor como um todo. A Cespe foi especialmente afetada e até precisou reduzir a vazão defluente da UHE Porto Primavera para preservar o estoque de água das usinas para cascata hidráulica no período seco. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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9 Contra crise hídrica, Cesp contrata 97% da exposição energética de 2022

Durante teleconferência com investidores, a Cesp confirmou que já tem quase toda a energia contratada para 2022 para zerar o balanço energético. Após um cenário hidrológico muito desfavorável, a empresa decidiu se proteger através da aquisição de 97% da exposição energética de 2022. Essa medida foi necessária porque os reservatórios administrados pela companhia estão bastante comprometidos a ponto de a Cesp precisar reduzir a vazão defluente da UHE Porto Primavera para preservar o estoque de água das usinas para cascata hidráulica no período seco. Atualmente a usina de Porto Primavera opera com uma vazão de 2900 m³/s por determinação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), mas a empresa já operou com níveis acima de 4000 m³/s. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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10 Credit Suisse vê operacional da Cesp impactado pelo custo mais caro para compra de energia

A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) apresentou resultados operacionais fracos no segundo trimestre do ano, devido principalmente aos custos com compra de energia mais cara, apesar das menores despesas no período, avalia o Credit Suisse. Em relatório, o banco destaque que os números reportados foram afetados negativamente pela marcação a mercado dos contratos de energia, parcialmente compensados pela reversão de provisões. Para 2021, a companhia comprou 371 MW médios de energia, aumento de 17% em relação a 2020, com o preço médio de compra ficando em R$ 239 por megawatt-hora (MWh), valor 17% acima do visto na mesma base de comparação. O Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 42% na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 229,6 milhões, em virtude do efeito da crise hídrica, impactando o volume e o preço de compra de energia. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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11 Cemig: TCE nega liminar para suspensão da venda de ações da Taesa e prossegue com análise

A Cemig informou por meio de nota que o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) indeferiu o pedido de liminar que pleiteava a suspensão do processo de desinvestimento da Cemig na Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa). O TCE também revogou a recomendação anterior para que a Cemig não realizasse qualquer ato relacionado à venda das ações da Taesa. O requerimento ao TCE foi apresentado por deputados estaduais que queriam a suspensão do desinvestimento da Cemig na Taesa por não terem sido realizados estudos técnicos para justificar a transação. No mesmo pedido, eles questionavam as condições que devem ser atingidas para que o leilão de ações seja considerado vantajoso. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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12 Energisa Paraíba ganha primeiro lugar no Prêmio Aneel de Qualidade

A Energisa Paraíba ganhou o primeiro lugar do Prêmio Aneel de Qualidade, realizado na última quinta-feira (29/07). Em segundo e terceiro lugar, ficaram a Mux Energia e a cooperativa Castro-Dis, respectivamente. A premiação foi concedida para as empresas mais bem avaliadas em pesquisa de satisfação pelos consumidores em relação aos serviços prestados no ano passado. O levantamento foi feito em todo o Brasil e envolveu 51 permissionárias e 53 concessionárias de energia elétrica. Aproximadamente 27 mil pessoas foram entrevistadas. Ao todo, 14 categorias foram avaliadas na pesquisa, entregando troféus a todas as distribuidoras que obtiveram nota acima de 60% de satisfação do consumidor. (Brasil Energia – 30.07.2021)

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13 RGE conclui obras da Subestação Getúlio Vargas

A RGE concluiu as obras de ampliação da Subestação Getúlio Vargas. Com investimento de R$ 13,2 milhões, as obras beneficiarão diretamente 12 mil clientes da companhia em Getúlio Vargas, Erebango, Estação e Ipiranga do Sul, no Rio Grande do Sul. A distribuidora informou que a ampliação da SE incluiu a instalação de dois novos transformadores de 12,5 MVA de potência e dois novos alimentadores de distribuição de energia elétrica. Com isso, a RGE aumenta a oferta por energia na região. Já os novos alimentadores de distribuição de energia elétrica proporcionam uma maior flexibilidade do sistema e confiabilidade às regiões atendidas por essa subestação. Além dos novos transformadores e alimentadores, demais equipamentos da Subestação foram modernizados, oferecendo ainda mais robustez e modernizando o sistema elétrico da região. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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14 Evoltz conclui transferência de controle acionário para fundo de pensão canadense

Após obter todas as aprovações necessárias, a Evoltz Participações anunciou o fechamento da operação de venda da companhia e a transferência do seu controle acionário para o fundo canadense Ontario Teachers Pension Plan Board (OTPP). Para a empresa, que detém sete linhas de transmissão, totalizando 3.561 Km entre dez estados brasileiros, a transação marca o sucesso de sua trajetória, passando de um conjunto de ativos recém-saídos de recuperação judicial para uma holding operacional em três anos, com índices operacionais de referência, estrutura de capital otimizada e consolidada societariamente. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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15 Hitachi ABB Power Grids irá se chamar Hitachi Energy

A Hitachi ABB Power Grids passará a se chamar Hitachi Energy, a partir de outubro, marca corporativa que passará a ser utilizada em comunicações externas e internas. A decisão foi tomada no início deste mês de julho, quando a empresa completou um ano de operações após a aquisição, pela Hitachi, de 80,1% de participação na divisão de Power Grids da suíça ABB, iniciado em dezembro de 2018 e concluído em julho do ano passado. A ABB manteve participação de 19,9% na joint-venture resultante da aquisição. Na ocasião do anúncio, o negócio foi divulgado com valor corporativo de US$ 11 bilhões para 100% dos negócios. (Brasil Energia – 30.07.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia sobe 12,5% em junho

O consumo nacional de eletricidade em junho de 2021 ficou em 40.156 GWh, o maior para o mês de toda a série histórica, desde 2004. De acordo com a EPE, o resultado foi puxado pelo efeito base baixa, levando a taxa do mês a ter aumento de 12,5% em relação a junho de 2020. Os destaques foram para as classes industrial e comercial. O consumo acumulado em 12 meses totalizou 493.463 GWh, elevação de 4,6% comparada ao período anterior. Na classe industrial, o aumento chegou a 19,4%, impactado pelo efeito base. Mas o resultado também veio devido ao bom desempenho do setor. Todos os dez segmentos mais eletrointensivos da indústria consumiram mais. A maior variação veio do setor têxtil 60,4%, sendo seguida pelo automotivo, com aumento de 47,1%. Na participação no consumo, o segmento de metalurgia liderou com 24,6%, com alimentos vindo em seguida, com 12,5% de participação e o Químico, com 11,1% de participação. A classe comercial, com 19%, anotou a maior taxa de crescimento do consumo de energia elétrica desde o início da pandemia no Brasil. Apesar do desempenho da classe, o consumo comercial ainda é menor do que no mês de junho de 2019. O efeito base aliado ao bom comportamento do setor de comércio e serviços do país puxaram a performance da classe no mês. Já o consumo residencial, que cresceu 4,9% no mês, teve no Centro-Oeste a região do país que mais se destacou no aumento do consumo no setor. O consumo no mercado livre teve aumento de 24,2% em junho, enquanto no mercado cativo, a alta ficou em 6%. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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2 Custo de operação vai aumentar 105,2% em uma semana com térmicas, projeta ONS

Em meio à baixa nos reservatórios das hidrelétricas e ao avanço do consumo de energia, o ONS prevê que o CMO do sistema chegará a R$ 2.540,18 por MWh na primeira semana de agosto, aumento de 105,2% em relação à semana que se encerra. Os dados são do boletim do PMO do órgão, publicado nesta sexta-feira (30). A alta nos custos reflete a necessidade de despacho de usinas térmicas, mais caras, em meio à baixa na geração hidrelétrica. Segundo o ONS, as afluências para agosto continuam abaixo da média em todos os subsistemas. Os reservatórios das usinas hidrelétricas localizadas no Sudeste e Centro-Oeste devem chegar ao final do mês de agosto com 21,4% de capacidade. No Sul, a previsão é que o armazenamento das usinas atinja 25,6%, enquanto no Nordeste a expectativa é de 49% de capacidade. A situação é melhor no Norte, que deve terminar agosto com 74,1% de capacidade nos reservatórios. Por outro lado, a previsão é de recuperação no consumo de energia elétrica em todo o país. O operador projeta que a carga no SIN vai chegar a 67.589 MW médios em agosto, alta de 4,6% em relação a igual mês em 2020. De acordo com o órgão, o crescimento reflete a recuperação da economia mais forte do que o previsto no início do ano devido ao avanço da vacinação no país para conter a pandemia. Com isso, também há expectativa de que a atividade industrial se mantenha em patamares elevados e de que o de segmento de serviços se normalize nos próximos meses. (Valor Econômico – 30.07.2021)

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3 Resenha Mensal: consumo de eletricidade no Brasil em junho de 2021 apresentou avanço de 12,5% em relação ao mesmo mês de 2020

O consumo nacional de eletricidade foi de 40.156 GWh em junho de 2021, o maior para o mês de toda a série histórica, desde 2004. O bom resultado foi alavancado pelo efeito base baixa, levando a taxa do mês a registrar elevação de 12,5% em relação a junho de 2020. Destacaram-se as classes industrial e comercial, com taxas expressivas de crescimento, que continuam sob influência do efeito base baixa. O consumo acumulado em 12 meses totalizou 493.463 GWh, elevação de 4,6% comparada ao período anterior. Todas as regiões geográficas do Brasil apresentaram expansão de dois dígitos no consumo de energia elétrica em junho: Norte (+13,1%), Sul (+12,7%), Centro-Oeste (+12,5%), Sudeste (+12,4%) e Nordeste (+12,2%). A indústria (+19,4%), que em junho de 2020 ainda vivia o impacto da pandemia da COVID-19, teve sua taxa de crescimento alavancada pelo efeito base, mas o bom desempenho também contribuiu para o resultado, com o maior consumo para o mês de junho desde 2014. Todos os dez segmentos mais eletrointensivos da indústria consumiram mais. Metalurgia (+570 GWh) liderou, impulsionada por siderurgia em Minas Gerais, e alumínio primário em São Paulo e Pará; seguida por produtos químicos (+326 GWh), principalmente em São Paulo, Alagoas (cloro-soda) e Rio Grande do Sul (polímeros); porém têxtil (60,4%) e automotivo (47,1%), com destaque para a produção de caminhões (ANFAVEA), apresentaram as maiores taxas, com o bom desempenho alavancado pelo efeito base em 2020 devido à pandemia. A classe comercial (+19%) anotou a maior taxa de crescimento do consumo de energia elétrica desde o início da pandemia da COVID-19 no Brasil. Apesar do bom desempenho da classe, o consumo comercial ainda é menor do que no mês de junho de 2019. A classe residencial (+4,9%) apresentou aumento da taxa de consumo no mês de junho comparado ao mesmo mês de 2020. O Centro-Oeste (+15,8%) foi a região do país que mais se destacou no aumento da taxa de consumo de energia elétrica do setor residencial. Para conferir todo o relatório, clique aqui. (EPE – 30.07.2021)

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4 Nível dos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste é o mais baixo da História

Os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste chegaram ao fim de julho com o armazenamento médio mais baixo de toda a série histórica disponibilizada pelo ONS e que teve início em 2000. Os números para o mês são piores, inclusive, que julho de 2001, ano em que o país enfrentou um racionamento de energia. O armazenamento médio nas duas regiões ao fim de julho deste ano era de 25,97%. Em 2001, na mesma época, o nível médio dos reservatórios era de 26,85%. Além disso, o ONS já espera que agosto se encerre com um nível de armazenamento para o Sudeste/Centro-Oeste também piores que 2001. O órgão calcula que as barragens dessas regiões devem terminar este mês com 21,4% da capacidade de armazenamento. Em 2001, o mês de agosto terminou com 23,45% de volume de água dos reservatórios. O cenário com que o ONS trabalha também prevê chuvas abaixo da média histórica nas regiões. O órgão prevê que a quantidade de chuvas nas hidrelétricas de Sudeste e Centro-Oeste fiquem cerca de 40% abaixo da média histórica. (O Globo – 02.08.2021)

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5 Falta de chuvas e demora nas medidas contra a crise hídrica ligam sinal de alerta

A indicação de que a primavera e o verão podem repetir a condição desfavorável para os reservatórios já ligou o sinal de alerta nos especialistas do setor elétrico brasileiro, que enxergam a necessidade de medidas adicionais por parte do governo, como forma de administrar a crise hídrica. O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Adilson de Oliveira, tem uma visão crítica da gestão feita pelo MME neste período, e destaca que para contornar a situação atual dos reservatórios seria necessário mais empenho do governo. "O cenário é que vamos chegar ao final do ano com os reservatórios secos e com uma capacidade menor de usar termelétricas para produzir energia". Na visão dele, há uma demora em anunciar um plano mais efetivo para redução na demanda ou deslocamento do horário de consumo da energia. Oliveira critica também o foco apenas em grandes consumidores industriais e aponta a necessidade de oferecer incentivos aos consumidores residenciais e pequenas empresas para reduzirem seu consumo. Para o diretor técnico da consultoria PSR, Rodrigo Gelli, a situação atual é desafiadora e ela fica mais complicada à medida que o crescimento da demanda chega e as chuvas não ajudam. Durante apresentação dos resultados corporativos do segundo semestre deste ano, o presidente da EDP Brasil, João Marques da Cruz, disse que a empresa vê a situação atual como crítica e capaz de gerar efeitos em praticamente todos os segmentos do setor elétrico. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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6 Reservatórios das hidrelétricas podem ter mais um ano de baixa recuperação

Os reservatórios das hidrelétricas que atendem o subsistema Sudeste/Centro-Oeste podem ter mais um ciclo de baixa neste ano, caso a previsão de volta do fenômeno climático La Ninã e o aquecimento do Oceano Atlântico se confirmem entre os últimos meses de 2021 e o começo de 2022, alterando o regime de chuvas na região. Considerado a caixa d'água do País, o subsistema responde por aproximadamente 70% do volume de água armazenado para geração de energia elétrica e por mais da metade do consumo de eletricidade no Brasil. Hoje, o armazenamento de água na região para gerar energia está em 26,27% de sua capacidade, e a expectativa do MME e do ONS é que até novembro esse volume chegue a 10%, considerando a adoção de medidas excepcionais para preservar água nas represas. De acordo com os meteorologistas, a probabilidade de que a soma de um La Ninã com o aquecimento do Atlântico ocorra na temporada de chuvas 2021/2022 varia entre 66% e 70%, e sua confirmação terá efeito severos para o setor elétrico. Os reservatórios nas mínimas podem impossibilitar a produção de energia no final deste ano, provocando desabastecimentos pontuais, especialmente nos finais de tarde, o chamado horário de pico. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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7 Reservatórios continuam em queda e Região Sul mantém maior recuo

Todos os subsistemas apresentaram redução em seus níveis, na última quinta-feira, 29 de julho, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do ONS. No entanto, o que apresentou maior redução, mais uma vez, foi a Região Sul que teve queda de 1,1 ponto percentual e opera com 49,3% de sua capacidade de armazenamento. A energia retida é de 9.816 MW mês e ENA aponta 4.009 MW med, valor que corresponde a 42% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 46,63% e 58,35% respectivamente. O submercado do Norte teve recuo de 0,3 p.p e chega a 79,3%. A energia armazenada marca 12.022 MW mês e ENA é de 2.964 MW med, equivalente a 68% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A UHE Tucuruí segue com 95,97%. Os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste apresentaram diminuição de 0,2 p. p e trabalham com 26,1%. A energia armazenada mostra 53.208 MW mês e a ENA aparece com 13.430 MW med, o mesmo que 60% da MLT. Furnas admite 24,93% e a usina de São Simão marca 21,16%. A Região Nordeste também apontou uma redução de 0,2 p.p e opera com 55,1% da sua capacidade. A energia armazenada indica 28.431 MW mês e a energia natural afluente computa 1.540 MW med, correspondendo a 42% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 53,54%. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Veículos elétricos chegam a 2% do mercado no Brasil

As vendas de carros híbridos e elétricos bateram novos recordes no Brasil. Tanto nos emplacamentos do primeiro semestre de 2021 como nos números de junho, os veículos eletrificados de passeio e comerciais leves avançaram para patamares inéditos de participação de mercado. De acordo com os dados divulgados pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), que compilou os dados fornecidos pela Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores), foram 13.899 veículos eletrificados emplacados nos primeiros seis meses de 2021 - 1,4% do total de veículos comercializados no mercado interno. Enquanto isso, junho de 2021 foi o melhor mês da série histórica da ABVE, com 3.507 emplacamentos de híbridos e elétricos, superando o resultado de maio (3.102) e atingindo o patamar inédito de 2% de participação de mercado dos eletrificados entre os veículos leves e comerciais leves comercializados no mês (169.589). Como referência, o market share dos veículos eletrificados no país havia sido de 1,7% em maio e apenas 1% nos primeiros seis meses de 2020, o que mostra a rápida evolução nas vendas desse tipo de veículo, ainda que o mercado interno seja reduzido. A frota total de eletrificados em circulação no Brasil chegou a 56.168 veículos (2012 a junho de 2021). A tendência é que com o lançamento de novos modelos elétricos e híbridos a partir do segundo semestre deste ano e a ampliação da rede de vendas para esse tipo de veículo pelas montadoras, os números devam a crescer de forma cada vez mais acelerada - a ABVE estima que as vendas de veículos eletrificados ultrapasse as 30.000 unidades no fechamento de 2021. Confira a distribuição das vendas por tipo de veículo: Total de eletrificados (1° semestre): 13.899; Híbrido convencional: 8.065 = 58,02%; Híbrido plug-in: 5.102 = 36,70%; e Elétrico a bateria: 732 = 5,26%. (Inside EVs – 29.07.2021)

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2 Reino Unido: Expansão da mobilidade elétrica

O Reino Unido é um dos mercados de EV de mais rápido crescimento na Europa, com veículos plug-in respondendo por 11% do mercado do Reino Unido. De acordo com a Sociedade de Fabricantes e Comerciantes de Motor, as vendas de veículos elétricos com bateria aumentaram 186%, para 108.000 veículos. Os veículos elétricos híbridos leves cresceram 184% e os veículos elétricos híbridos plug-in aumentaram 91%. Mas houve preocupações levantadas no Parlamento de que a infraestrutura de carregamento do Reino Unido precisa de atualizações significativas, especialmente para famílias sem estacionamento particular. Na semana passada, o Comitê de Transporte de MPs também disse que a cobrança deve ser justa, com pontos de cobrança pública significativamente mais caros do que as tarifas para cobrar em casa. (Guardian – 01.08.2021)

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3 Primeiro Corredor Mediterrâneo para transporte 100% elétrico pesado

A Iberdrola lidera o projeto que irá desenvolver o primeiro Corredor Mediterrâneo para transporte rodoviário pesado, 100% elétrico, em conjunto com a empresa de transporte e logística Disfrimur e a empresa especializada em eletrônica de potência Ingeteam. A iniciativa contempla três frentes de atuação: aquisição de caminhões pesados de até 40 toneladas, 100% elétricos; o desenvolvimento de infraestrutura pública de carregamento, tanto na instalação de pontos de carregamento nas bases logísticas da Disfrimur, também abertos ao uso público, quanto em outras estações equipadas com carregadores de altíssima potência para viagens interurbanas; bem como a implantação de uma rede elétrica inteligente para atender esses carregadores, garantindo a máxima eficiência. O projeto completaria o primeiro Corredor Mediterrâneo para transporte 100% elétrico pesado, que passaria pela Região de Múrcia e pela Comunidade Valenciana, embora o objetivo dos seus promotores inclua a sua extensão aos restantes corredores de mercadorias do país nos próximos anos. (Energías Renovables - 30.07.2021)

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4 Iniciativa do primeiro Corredor Mediterrâneo utilizará carregadores de alta potência

A iniciativa do primeiro Corredor Mediterrâneo também é pioneira no desenvolvimento e utilização de carregadores elétricos de altíssima potência, até 1 MW, tecnologia em processo de padronização. O desenvolvimento deste ponto de carregamento seguirá o futuro padrão MCS (Megawatt Charging System), voltado para o carregamento rápido de veículos pesados, como caminhões ou ônibus. Com isso, veículos com baterias de 200-600 kWh de capacidade podem ser carregados em 20-30 minutos. Para isso, a tensão de carga será elevada para 1.500V e uma corrente de mais de 1.000A. Este tipo de infraestrutura permitirá velocidades de carregamento muito elevadas na rota, essenciais para a eletrificação do transporte de mercadorias de longa distância ou para os serviços de distribuição de carga 24 horas por dia, 7 dias por semana. A iniciativa constitui uma referência na utilização de carregadores de altíssima potência, que irão revolucionar o transporte rodoviário de mercadorias a curto e médio prazo. A Ingeteam, por sua vez, será a empresa responsável pela fabricação e fornecimento deste tipo de carregadores de alta potência. (Energías Renovables - 30.07.2021)

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5 Iberdrola: Iniciativas na mobilidade elétrica

A Iberdrola continua a apostar na eletrificação dos transportes na sua estratégia de transição para uma economia descarbonizada, como uma alavanca fundamental para a redução de emissões e poluição, bem como para a recuperação verde da economia e do emprego. A empresa implanta um plano de mobilidade sustentável, que prevê a instalação de cerca de 150 mil pontos de recarga, tanto em residências quanto em empresas, bem como em vias urbanas, nas cidades e nas principais rodovias nos próximos anos. Para tal, a empresa lançou um plano de investimento histórico de 150 bilhões de euros na próxima década, sendo 75 bi de euros até 2025, com o qual irá triplicar a sua capacidade renovável para quase 100.000 MW, duplicar os ativos de rede e aproveitar as oportunidades da revolução energética enfrentada pelas principais economias do mundo. (Energías Renovables - 30.07.2021)

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6 Riscos de escassez de lítio

A velocidade de aumento das vendas de veículos elétricos pode desacelerar nos próximos anos devido ao déficit mundial de lítio necessário para baterias de automóveis, de acordo com especialistas. Desde junho, as gigantes automobilísticas GM e Stellantis, proprietárias da Peugeot, Fiat e Citröen, prometeram 30 bilhões de dólares e 35 bilhões de dólares, respectivamente, em investimentos em eletrificação nos próximos quatro anos. Mas o núcleo dessa estratégia é a necessidade de garantir um suprimento de longo prazo de matérias-primas, incluindo lítio. Como resultado, a demanda de lítio poderia triplicar em 2025 para um milhão de toneladas por ano e, em seguida, dobrar novamente para dois milhões de toneladas por ano em 2030. Com a mina de lítio típica produzindo 30.000 toneladas por ano do produto químico, isso significa que o mercado precisa de aproximadamente quatro novas minas por ano para manter o ritmo com a demanda. No entanto, os especialistas apontam que leva de cinco a sete anos para descobrir, desenvolver e colocar uma mina de lítio em produção. É provável que esse contexto resulte em uma escassez de mercado de lítio entre 2023 e 2024, visto que a demanda por lítio deve crescer a uma taxa composta de crescimento anual de 20% pelo menos até a metade desta década. A produtora de lítio, Ana Cabral-Gardner, co-presidente da Sigma Lithium do Canadá, disse: “O mundo está acelerando os esforços para se tornar ecológico mais rápido do que a indústria de mineração é capaz de produzir lítio com qualidade de bateria de forma sustentável.” (Guardian – 01.08.2021)

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Inovação

1 Federação das indústrias do Rio de Janeiro organiza debate sobre a ampliação do uso do hidrogênio como combustível

Aposta estratégica de diversas grandes empresas e de governos ao redor do mundo, o uso do hidrogênio (H2) como energia do futuro é tema de debate da websérie “Novas Energias”, promovida pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) na próxima terça-feira (3), às 10h. Ao todo, projetos de Hidrogênio Verde no Brasil já somam US$ 22 bilhões. Neste ano, seis memorandos foram assinados por multinacionais para instalação de usinas em três estados, incluindo o Rio de Janeiro. A expectativa é de que em 30 anos, o Hidrogênio Verde (H2V) possa representar até 20% da matriz energética global. Diante disso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) introduziu o H2 como um dos temas prioritários de pesquisa e desenvolvimento. Atualmente, o Ministério de Minas e Energia trabalha nas diretrizes do Programa Nacional do Hidrogênio. Outra vantagem do hidrogênio, além da não emissão de gases de efeito estufa, está a alta densidade energética, que permite várias formas de uso e de armazenamento. Com isso, seu uso poderá transformar a dinâmica de mercados estratégicos, não só o de energia elétrica como também o de transporte, já que a armazenagem é feita em cilindros semelhantes aos do GNV. Este horizonte de oportunidades para o país e para o estado do Rio será detalhado na segunda websérie “Novas Energias: Rotas de Hidrogênio: energia do futuro e oportunidades para o Rio”. O debate poderá ser conferido por meio do Youtube da Firjan: https://youtu.be/nncpc_WmxTs (Petronotícias – 01.08.2021)

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2 Reino Unido: caminho para se tornar líder mundial em hidrogênio

A Xodus, lançou um relatório intitulado “The UK - The Global Hydrogen Center”, o relatório aponta que o Reino Unido está localizado geograficamente, tecnologicamente, tecnicamente, financeiramente e politicamente de forma favorável para ser um centro global de baixo carbono, incluindo a produção e exportação de hidrogênio verde e azul. O relatório estimula empresas a adotar uma abordagem mais ousada no que se refere ao hidrogênio e encoraja o governo a não apenas focar no hidrogênio verde, mas sim no hidrogênio de baixo carbono que é comercialmente acessível. O relatório será apresentado na conferência virtual SPE offshore Europe, no dia 9 de setembro de 2021 na sessão técnica de hidrogênio.. Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui. (Xodus - 02.08.2021)

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3 Suíça: empresas planejam concluir usina de hidrogênio verde em 2022

A Alpiq, uma empresa líder em energia na Suíça, a EW Höfe, uma empresa provedora de serviços de telecomunicações, e a SOCAR Energy Switzerland, outra empresa líder no segmento de energia da suíça, realizaram uma parceria para desenvolver um projeto que visa construir uma planta de hidrogênio. O projeto, que será construído na Suíça, tem uma previsão para entrar em operação no final de 2022. A usina será alimentada por eletricidade renovável, logo, será produzido um hidrogênio que é denominado como “verde” (H2V). Ademais, a usina terá uma capacidade eletrolítica de 10 megawatts (MW) e conseguirá produzir em torno de 1100 toneladas de H2V. Em termos de destinação, o combustível produzido será utilizado no setor da mobilidade, para alimentar veículos pesados, e também será injetado em uma rede de gasodutos. (H2 View - 02.08.2021)

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4 Análise do mercado de hidrogênio

Diversos acordos foram firmados para o desenvolvimento da economia de hidrogênio em escala industrial em diferentes países e áreas de aplicação, que envolvem a produção de hidrogênio verde e utilizá-lo no processo de produção do aço, mobilidade, produção de amônia verde e outras aplicações industriais. A Europa se destaca no desenvolvimento de tais iniciativas, o Reino Unido irá cooperar com a Austrália, ambos os países irão trabalhar com tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCUS), hidrogênio limpo e aço verde. A iniciativa faz parte do plano de US $ 565,8 milhões do governo australiano, que também está desenvolvendo soluções de armazenamento de hidrogênio e projetos de hidrogênio verde na Índia. O projeto HyDeploy, no Reino Unido, recebeu luz verde da Health and Safety Executive (HSE). Polônia, Noruega, Irlanda, Escócia, Alemanha também deram seguimento em projetos visando a produção de hidrogênio verde. (H2 Bulletin - 02.08.2021)

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5 Espanhóis revelam método de instalação monopilar XXL

A Offshoretronic, sediada na Espanha, desenvolveu um novo método de transporte e instalação para monopilhas XXL ultralongas usando uma técnica de içamento e transporte com guindaste duplo. A empresa disse que a técnica se aplica a monopilhas com mais de 100 metros de comprimento e diâmetros acima de 10 metros. A Offshoretronic disse que os navios do Sustainable Installer e do Sustainable Transporter serão capazes de transportar e instalar em um único turnaround 12 monopilhas XXL ultralongas. A empresa acrescentou que, para garantir a instalação segura e bem-sucedida das estacas, sem danos nas pontas das estacas e empenamento durante o transporte, o levantamento e a instalação, as monopilhas precisarão ser apoiadas em áreas maiores. A empresa disse que este risco tornará muitos navios de guindastes pesados existentes, com uma única unidade de guindaste pesado, obsoletos para as fundações da próxima geração. Isso elimina o uso de sistemas de garras de pilha. (Renews - 30.07.2021)

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6 Zeg Ambiental desenvolve tecnologia para reciclar e recuperar energia do lixo

A Zeg Ambiental desenvolveu uma tecnologia capaz de reciclar e recuperar energia do lixo urbano e industrial. Batizada de FlashBox, ela é capaz de gerar de 1 até 2 MW de energia por tonelada de resíduo processado. Através de uma pesquisa informal, desenvolvida pela própria companhia, foi possível verificar que os países com o maior número de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) são os maiores recuperadores de energia de resíduos, esses mesmos países ainda são os com as maiores taxas de reciclagem de resíduos. Nesse universo, o Brasil mantém mais de 3.000 lixões abertos sem qualquer cuidado ambiental. Diante deste cenário, a Zeg Ambiental decidiu desenvolver sua própria tecnologia, um reator de gaseificação anaeróbico instalado dentro de um container de 40 pés (comum de navios) com um núcleo superaquecido acima de 1000 graus – temperatura equivalente ao magma vulcânico. O equipamento realiza em segundos o que a natureza demoraria milhões de anos, transformar matéria orgânica em combustível (gás, óleo e carvão). Trata-se de uma solução completa e eficiente ao meio ambiente para alcançar a conversão de resíduos em energia limpa. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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Meio Ambiente

1 Entrevista com o Walter Schalka, presidente da Suzano

Em entrevista publicada no Estadão, Walter Schalka, presidente da Suzano, analisa a visão em relação às metas ambientais. Schalka comenta que a empresa tem trabalhado em duas alternativas ecológicas que aproveitarão os insumos fornecidos pelas árvores e ter uma cadeia de produtos mais abrangentes, também diz que a empresa hoje é carbono negativa, uma vez que sequestram 15 milhões de toneladas e emitem 3,2 milhões. O presidente da Suzano afirma que é hora de governos e empresas agirem rápido para combater os efeitos do aquecimento global. Por isso as metas devem ser imediatas, em vez de postergadas em décadas. Para o executivo, a definição de um modelo de precificação de carbono para a compra de créditos de carbono por empresas poluentes deve ser urgente e acredita que o tema deva ser prioridade na COP-26. “Quando uma empresa promete ser carbono zero em 2050, não vejo como uma coisa relevante. Não dá para ficar postergando, acho muito mais válido dizer que vai reduzir as emissões em 30% até 2030. Precisamos de ações imediatas. Outra questão importante é a definição da precificação do carbono, de como isso vai ser comprado e vendido. Tem de ser caro, para forçar as empresas a investir na descarbonização. A COP-26 (conferência do clima em novembro, na Escócia) é a grande oportunidade para essa definição”, disse Walter Schalka. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.08.2021)

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Energias Renováveis

1 Projeto Ilumina Pantanal instala sistemas de geração solar em comunidades do MS

Na última quarta-feira (28/07), o projeto Ilumina Pantanal concluiu a instalação da primeira de um total de 2.090 sistemas combinados de geração solar e armazenamento em baterias em uma residência localizada na região do Pantanal do Paiaguás (MS). O Ilumina Pantanal é uma iniciativa da Energisa, realizada em conjunto com o governo do Mato Grosso do Sul e o governo federal, com R$ 134 milhões em investimentos. A universalização do Pantanal teve início com um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Energisa, aprovado pela Aneel. A expectativa é de que até 2022 o projeto leve energia elétrica a 2.167 unidades consumidoras nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda. (Brasil Energia – 30.07.2021)

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2 State Grid e ONS investem em pesquisa para otimizar transmissão eólica e solar

A State Grid está desenvolvendo um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que visa buscar soluções para reduzir as perdas das fontes eólica e solar no Sistema Interligado Nacional (SIN). O trabalho está sendo realizado de forma conjunta com a Coppe e a Powerconsult, em cooperação com o ONS. Ao todo, a iniciativa conta mais de R$ 3 milhões em investimentos. Segundo a State Grid, o principal objetivo do projeto é desenvolver estratégias que deem maior segurança, confiabilidade e ampliem o aproveitamento das fontes intermitentes no sistema elétrico, já que, pelas suas características naturais, a energia gerada pelos ventos e pelo sol ainda não consegue ser armazenada de forma eficiente. (Brasil Energia – 30.07.2021)

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3 EOL Ventos de Santa Martina 10 tem 12,6 MW liberados

A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou as unidades geradoras UG7, UG9 e UG10, de 4,2 MW cada, totalizando 12,6 MW de capacidade instalada, da EOL Ventos de Santa Martina 10. Localizada no município de Ruy Barbosa, no estado do Rio Grande do Norte, de titularidade da Ventos de Santa Alice Energias Renováveis S.A. O início da operação comercial será a partir desta sexta-feira, de 30 de julho, conforme publicação do Diário Oficial da União. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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4 Neoenergia inicia operação comercial do complexo eólico Chafariz

A Neoenergia iniciou na quinta passada, 29, a operação comercial dos primeiros 10 aerogeradores do complexo eólico Chafariz, que possuem capacidade instalada de 34,65 megawatts (MW). O empreendimento, localizado na Paraíba, foi entregue com 17 meses de antecedência. O complexo Chafariz terá 15 parques, num total de 471,25 MW de capacidade instalada, dividido em 136 turbinas de 3,465 MW cada. Ao todo, 61% da energia do parque vão para o mercado regulado e 39% para o marcado livre. A expectativa é que a implantação completa do complexo seja finalizada até o fim deste ano. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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5 Eólica acelera entrada de parques em 2021

A crise hídrica tem motivado empreendedores eólicos com projetos em execução a acelerarem suas obras em 2021 para aproveitar o aperto na oferta de energia previsto de se agravar até o fim do ano e em 2022. A ideia principal dos operadores é aproveitar ao máximo o portfólio eólico, em plena safra dos ventos que vai até novembro, para sobrepor a escassez hidrológica. Segundo a consultoria ePowerbay, a fonte eólica vai expandir em mais 3,2 GW de capacidade instalada pelo setor, o que difere da previsão da Aneel, de que até o fim do ano mais 1.584 MW eólicos serão conectados. (Brasil Energia – 30.07.2021)

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6 Petrobras vai sair de 25 MW de pequenas centrais hidrelétricas

A estatal brasileira de petróleo e gás Petróleo Brasileiro SA , ou Petrobras, disse que assinou um acordo para vender sua participação em duas pequenas centrais hidrelétricas (UHEs) totalizando 25,4 MW. A TEP detém 70% de participação na Areia Energia SA e Agua Limpa Energia SA, proprietárias das pequenas UHs. O Agua Limpa de 14 MW e o Areia de 11,4 MW, localizados no estado do Tocantins, possuem contratos de compra de energia (PPAs) vigentes até 2030 e 2031, respectivamente, conforme comunicado anterior. A GPE já possui as participações remanescentes nesses ativos. (Renewables Now - 02.08.2021)

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7 EDPR continua a impulsionar o crescimento das energias renováveis

A EDP Renováveis (EDPR), líder global no setor das energias renováveis e quarto maior produtor mundial de energias renováveis, continuou a aumentar o seu portfólio operacional no 1S2021, atingindo 12,6 GW, o que significa que tem 2,1 GW a mais que no mesmo período do ano anterior. Deste total, 11,7 GW encontram-se consolidados integralmente e 841 MW consolidados por equivalência patrimonial (participações em projetos em Espanha, Portugal, EUA, bem como projetos offshore). (Energy Global - 30.07.2021)

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8 CIP, Amp Energy investirá no portfólio de energias renováveis indianas de 1,7 GWp

Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) e uma unidade indiana da plataforma global de energias renováveis Amp Energy com sede em Toronto fizeram uma parceria com a ideia de desenvolver projetos de energia renovável de 1,7 GWp inicial e comercial e industrial (C&I) na Índia. A CIP disse em um comunicado na segunda-feira que as duas se comprometeram a investir conjuntamente mais de US $ 200 milhões (EUR 168,3 milhões) em tais projetos. (Renewables Now - 02.08.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Petrobras vende termelétricas de Tocantins e Amazonas

A Petrobras assinou os contratos para a venda de suas participações de 20% na Termelétrica Potiguar S.A. e de 40% na Companhia Energética Manauara S.A. para a Global Participações em Energia S.A., por meio de suas subsidiárias GFT Participações S.A. e GFM Participações S.A., respectivamente, informou a estatal na última quinta-feira (29/7). Os ativos foram vendidos por R$ 160,3 milhões, sendo R$ 81,3 milhões pela TEP e R$ 79 milhões pela CEM, a serem pagos no fechamento das transações, sujeitos aos ajustes previstos nos contratos. As operações ainda dependem do cumprimento de outras condições precedentes, tais como a aprovação do Cade. A TEP é uma holding controlada pela Global Participações em Energia, que detém 80% do seu capital social, sendo a Petrobras responsável pelos 20% restantes. A TEP possui participações societárias diretas nas empresas Areia Energia S.A. e Água Limpa Energia S.A., proprietárias de pequenas centrais hidrelétricas, localizadas em Tocantins, com capacidades instaladas de 11,4 MW e 14 MW, respectivamente. A TEP e CEM faziam parte do desinvestimento em cinco sociedades de geração de energia elétrica da Petrobras, anunciado em junho de 2020. As outras três empresas – Brasympe Energia S.A. (Brasympe), Energética Suape II S.A. (Suape II) e Brentech Energia S.A. (Brentech) – permanecem em fase vinculante. (Brasil Energia – 30.07.2021)

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2 Aneel revisa CVU da UTE Araucária e UTE William Arjona

A superintendência de regulação dos serviços de geração da Aneel decidiu conhecer e dar provimento parcial à solicitação da UEG Araucária, para revisão do CVU da Usina Termelétrica Araucária, de modo a autorizar que o ONS, para fins de planejamento e programação da operação eletroenergética do SIN, a partir de 1º de agosto de 2021 e até 31 de agosto de 2021, e pela CCEE , para fins de contabilização da geração verificada no referido período, utilizem os valores detalhados na tabela a seguir, conforme Portaria n° 5, de 5 de abril de 2021 do MME. Outra decisão foi com relação à solicitação da Delta Geração de Energia Investimentos e Participação, para homologação do CVU da UTE William Arjona, de modo a autorizar que o ONS, para fins de planejamento e programação da operação eletroenergética do SIN, a partir de 1º de agosto de 2021 e até 30 de setembro de 2021, e pela CCEE, para fins de contabilização da geração verificada no mesmo período, utilizem os valores detalhados na tabela a seguir, conforme Portaria n° 5, de 5 de abril de 2021 do MME. (CanalEnergia – 30.07.2021)

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3 Termelétrica GNA I deve retomar testes de geração neste sábado 31/07

A termelétrica GNA I, que fica no Porto do Açu, deve retomar testes em sua máquina a vapor neste sábado, disseram técnicos do ONS, durante reunião do PMO. Os testes na unidade estavam paralisados após a constatação de problemas no eixo da máquina à vapor. Com isso, a previsão de entrada em operação foi mantida para 31 de outubro, e novas atualizações no cronograma dependem dos testes e da avaliação da Siemens, que é fabricante dos equipamentos utilizados na usina. (Broadcast Energia – 30.07.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 MME deve colocar em consulta pública abertura do mercado livre para aliviar setor elétrico

O governo deve abrir uma consulta pública para discutir a proposta de antecipação da abertura do mercado livre de energia aos consumidores que se comprometerem a reduzir o consumo. A medida seria uma forma de ajudar a aliviar a demanda no setor elétrico em meio à crise hídrica que afeta a geração hidrelétrica no país. A proposta foi feita ao MME pela Abraceel. Procurado, o ministério afirmou que a consulta poderá ser aberta na próxima semana. De acordo com o presidente da associação, Reginaldo Medeiros, a ideia de antecipar a migração estaria passando por análises jurídicas no governo. Na proposta feita pela Abraceel, os clientes de alta tensão com demanda contratada inferior a 500 kW e clientes de baixa tensão com consumo mensal superior a 5.000 kWh poderiam optar, durante 18 meses, por ter a migração antecipada. Para tanto, aqueles que migrarem teriam que reduzir, por 18 meses, em 20% o consumo médio ou a demanda máxima dos últimos três anos. Segundo Medeiros, o programa poderia estar disponível já em setembro, para ajudar a aliviar a carga no sistema nos últimos meses do ano. A estimativa é que a adoção da medida poderia levar a uma redução de 1.300 MW médios na carga e 2.500 MW na ponta. A associação acredita que cerca de 350 mil consumidores, principalmente industriais e comerciais estariam aptos a aderir. Ele lembra que, até o momento, todas as ações tomadas pelo governo para lidar com a crise no setor elétrico visam gerir a oferta, mas ainda não contemplam a redução do consumo. Medeiros pontua que a antecipação da abertura do mercado poderia ocorrer por meio da publicação de uma portaria ou decreto. (Valor Econômico – 30.07.2021)

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Economia Brasileira

1 Governo edita decreto que desbloqueia R$ 4,5 bi do Orçamento 2021

O governo editou decreto para liberar os R$ 4,5 bilhões que estavam bloqueados no Orçamento deste ano. O texto adequa os limites de empenho e pagamento após a reavaliação das receitas e despesas referente ao terceiro bimestre. Na semana passada, o Ministério da Economia havia informado que, com a queda na previsão de despesas sujeitas ao teto de gastos, seria possível liberar os recursos. Há ainda espaço para uma ampliação adicional das despesas discricionárias do Executivo no valor de R$ 2,8 bilhões. Segundo as informações da pasta, o Ministério da Educação será o principal contemplado pela liberação de R$ 4,5 bilhões, ficando com R$ 1,557 bilhão. (Valor Econômico – 30.07.2021)

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2 Bomba fiscal pode chegar a R$ 90 bi

Uma bomba fiscal está causando forte tensão na equipe econômica. Prestes a fechar o orçamento de 2022, a ser enviado até 31 de agosto, a área técnica do ministério da Economia está assustada com as informações sobre o volume de precatórios que precisará ser incluído na peça orçamentária. O risco que entrou no radar é essa conta, que é considerada despesa obrigatória, consumir todo espaço no teto de gastos e limitar o raio de ação do governo para ampliar despesas, entre elas o próprio novo bolsa família. Os números ainda não estavam finalizados, mas o cenário era de um volume bem maior do que os R$ 54,7 bilhões projetados para este ano, aproximando-se de R$ 90 bilhões. Diante disso, a Economia está se movimentando politicamente para tentar baixar essa conta e não ficar sem margem fiscal. O drama é que os precatórios são despesas obrigatórias e o espaço de manobra para isso é pequeno, após a notificação das instâncias judiciais. Com a notícia dessa bomba fiscal, autoridades se manifestaram na última sexta-feira (30). O presidente do STF, ministro Luiz Fux, afirmou em nota que atuará na mediação de todas as dívidas da União que foram reconhecidas, no âmbito do STF, e que devem ser pagas por meio de precatórios. “A necessidade de conciliação para não prejudicar os cofres públicos foi tratada em conversa entre o ministro Fux e o ministro da Economia, Paulo Guedes. A partir de agosto, os moldes dessa negociação serão definidos e informados à sociedade”, informou o STF. (Valor Econômico – 02.08.2021)

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3 Economistas veem sinais de mercado de trabalho melhor também na Pnad

Por trás de um aumento da força de trabalho mais acelerado do que a capacidade de absorção dessa mão de obra na economia, o que deixa a taxa de desocupação ainda bastante alta, analistas veem sinais de melhora do emprego no Brasil. A reação, porém, tem fragilidades: é impulsionada por vagas informais, achatando a renda, e acompanhada de elevado contingente de trabalhadores subutilizados. A taxa de desemprego do país ficou praticamente estável no trimestre até maio, em 14,6%, ante 14,7% nos três meses até abril, de acordo com a Pnad Contínua divulgada na sexta-feira (30) pelo IBGE. Embora o relatório de maio não mostre uma melhora significativa na taxa de desemprego, o J.P. Morgan considerou a divulgação “encorajadora”, já que “o emprego parece estar se recuperando em um ritmo mais rápido”, escrevem os economistas Vinicius Moreira e Cassiana Fernandez. (Valor Econômico – 02.08.2021)

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4 FGV: incerteza recua e melhora sustentável depende do controle da covid-19

A melhora da incerteza de forma sustentável no Brasil só será possível com um cenário mais controlado da pandemia, de forma a proporcionar o funcionamento da economia como um todo. A afirmação é de Anna Carolina Gouveia, economia do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, feita em cima de dados divulgados nesta sexta-feira (30) pela instituição, que mostraram que o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 3,0 pontos em julho, para 119,3 pontos. "Mas esse cenário [mais controlado da pandemia] é muito difícil, muitos países do mundo, mesmo com vacinação mais avançada, voltaram a ter problemas, como os Estados Unidos. O cenário ainda é muito incerto", frisa Anna Carolina. A economista pondera que a incerteza girava ao redor de 115 pontos no país desde junho de 2015 e avançou fortemente durante a pandemia. Entre março e dezembro de 2020 a média do IIE-Br foi de 164,3 pontos, com pico de 210,5 pontos em abril de 2020. (Valor Econômico – 30.07.2021)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 30 sendo negociado a R$5,2097 com variação de +2,62% em relação ao início do dia. Hoje (02) começou sendo negociado a R$5,1850 com variação de -0,47% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 11h27 o valor de R$5,1308 variando -1,05% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 30.07.2021 e 02.08.2021)

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Biblioteca Virtual

1 SCHELLER, Fernando. Entrevista com o Walter Schalka.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Brenda Corcino, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito, Luana Oliveira, Monique Coimbra, Vinícius José e Walas Júnior

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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