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IFE: nº 15 - 08 de setembro de 2020
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Transição Energética
1
Siemens Energy montará planta de hidrogênio verde
2 Chile quer replicar com o hidrogênio o sucesso das energias renováveis
3 Abesco: MP 998 abre brecha para acabar com programas de P&D e eficiência
4 MP 998 prevê retirada gradual de subsídios concedidos a usinas de geração renovável
5 Solar e eólica respondem por maior parte da nova geração de energia
6 MP 998 está alinhada à modernização do setor elétrico, diz Abeeólica
7 Com modelo que une sustentabilidade e inovação, cleantechs avançam no País
8 Grandes empresas mostram apetite por cleantechs
9 Ex-presidentes latinos defendem economia verde e pedem cooperação internacional
10 AES foca em portfólio renovável e digital

Geração Distribuída
1 Engie construirá 7 usinas solares para BC Energia
2 EUA: mercado de microrredes atrai investidores

Armazenamento de Eletricidade
1 Siemens instalará sistema de armazenamento de energia em ilha do Atlântico
2 EUA: mercado de baterias cresce mesmo na pandemia
3 OutBack Power lança sistema de backup doméstico combinando energia solar, baterias e combustível fóssil

Mobilidade Elétrica
1 Vale busca parceiros para o desenvolvimento de baterias de VEs
2 Wood Mackenzie: Mundo terá 323 milhões de VEs em circulação em 2040
3 Infraestrutura de recarga e queda nos custos de VEs os tornarão cada vez mais atraentes
4 Investidores veem com entusiasmo investimento em produção de baterias para VEs

5 Bônus para compra de veículos com maior eficiência energética faz segmento crescer na Espanha
6 IDTechEx: Materiais para Veículos Elétricos 2020-2030
7 EUA lança Grande Desafio de Armazenamento de Energia
8 Universidade de Eindhoven: VEs emitem muito menos CO2 indireto do que o relatado

Medidas de Resposta da Demanda
1 PSR: Resposta da demanda necessita ajustes para trazer resultados
2 Austrália pondera opções para mercado de resposta à demanda

Digitalização do Setor Elétrico
1 Cteep e USP se juntam para investir em inovação tecnológica
2 Light aplica R$ 150 mi em automação
3 CMSE debate segurança cibernética no setor elétrico brasileiro

Eventos
1 Diretor-geral do Cepel participa de pré-evento do Fórum Latino-Americano de Smart Grid
2 IEA lançará o Energy Technology Perspectives 2020 dia 10/09

Artigos e Estudos
1 Benedito Antonio Luciano: Mobilidade elétrica – passado, presente e perspectivas
2 Wood Mackenzie: O segredo para um futuro de energia distribuída


 

 

 

Transição Energética

1 Siemens Energy montará planta de hidrogênio verde

A Siemens Energy e a Beijing Green Hydrogen Technology Development, uma subsidiária da China Power International Development, fecharam um contrato para fornecer um sistema de produção para uma estação de abastecimento de hidrogênio, em Pequim. A solução fornecida pela Siemens Energy ajudará a garantir o fornecimento de hidrogênio para o transporte público durante e após o evento que será realizado na cidade em 2022. O projeto será entregue em 2021 e é primeira solução de produção de hidrogênio verde, em megawatts, a ser construída na China pela Siemens Energy. O projeto de produção de hidrogênio é fruto da parceria entre as duas empresas, que também planejam expandir ainda mais a parceria em projetos de hidrogênio verde. (Petronotícias – 31.08.2020)

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2 Chile quer replicar com o hidrogênio o sucesso das energias renováveis

Uma revolução da tecnologia derrubou o custo da geração solar em 80% no Chile nas últimas décadas, e as energias renováveis agora perfazem 44% da matriz do Chile, que não depende mais de energia importada. O Chile agora espera conseguir um feito parecido com o hidrogênio verde, uma alternativa limpa aos combustíveis fósseis que pode ser usado a qualquer momento do dia ou da noite e em quaisquer condições de clima. O hidrogênio verde é produzido usando-se a eletricidade de energias renováveis para eletrolisar a água, separando os átomos de hidrogênio e oxigênio. Como combustível, o hidrogênio não produz emissões e pode ser usado em células de combustível ou motores de combustão interna. “O Chile poderá exportar US$ 30 bilhões em hidrogênio verde até 2050”, diz Juan Carlos Jobet, ministro da Energia do país. “É o mesmo que exportamos hoje em cobre.” (Valor Econômico – 01.09.2020)

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3 Abesco: MP 998 abre brecha para acabar com programas de P&D e eficiência

Apesar do governo federal divulgar que os programas de pesquisa e desenvolvimento e de eficiência energética da Aneel não acabarão por conta do deslocamento de seus recursos represados e de parte dos futuros para a CDE, há quem tenha uma avaliação mais pessimista das reais intenções propostas pela MP 998, publicada ontem (2/9) no DOU. É o caso do vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Conservação de Energia (Abesco), Alexandre Moana, que identifica em um trecho inicial da MP, de alteração da lei 9991/2000, uma entrelinha que deve influenciar a progressiva “extinção” dos empenhos das verbas das empresas de energia para os programas. (Brasil Energia - 03.09.2020)

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4 MP 998 prevê retirada gradual de subsídios concedidos a usinas de geração renovável

A MP 998, que visa conter o avanço das tarifas de energia, também prevê retirada gradual de subsídios concedidos a usinas de geração renovável, como usinas eólicas, solares e de biomassa, na forma de desconto em tarifas pelo uso de sistemas elétricos de transmissão e distribuição. Segundo a medida, o desconto só será aplicado a novos empreendimentos que pedirem outorga no prazo de até 12 meses e que sejam concluídos em até 48 meses após a outorga, sem possibilidade de renovação. O Ministério de Minas e Energia disse que o subsídio às renováveis que agora será eliminado custa atualmente cerca de 4 bilhões de reais por ano, em custo que cresce em até 500 milhões de reais por ano. Em paralelo, a MP aponta que o governo federal definirá em 12 meses mecanismo alternativo para reconhecer benefícios ambientais de cada fonte de energia. Isso envolverá definição de diretrizes para criação de “mecanismos para a consideração dos benefícios ambientais relacionados à baixa emissão de gases causadores do efeito estufa, em consonância com mecanismos para a garantia da segurança do suprimento e da competitividade”, segundo a MP. Leia a MP na íntegra aqui. (Reuters – 02.09.2020)

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5 Solar e eólica respondem por maior parte da nova geração de energia

Pela primeira vez na história, a energia solar e eólica responderam pela maior parte da nova geração de energia do mundo - o que marca uma mudança sísmica na forma como os países obtêm sua eletricidade. O acréscimo de energia solar no ano passado somou 119 GW, o que representa 45% de toda a nova capacidade energética, segundo relatório da BloombergNEF. Juntos, energia solar e energia eólica foram responsáveis por mais de dois terços dos acréscimos - em 2010 isso era menos de um quarto. Esse aumento ocorre à medida que os países agem para reduzir as emissões de carbono e o custo da tecnologia cai. (Valor Econômico – 02.09.2020)

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6 MP 998 está alinhada à modernização do setor elétrico, diz Abeeólica

O setor eólico apoia a medida provisória 998, que prevê, entre outros pontos, a retirada de descontos tarifários para as fontes incentivadas de energia (PCHs, biomassa, eólica e solar). “Se pudéssemos ficar com esse incentivo, seria bom. Por outro lado, estamos vendo um direcionamento do governo para a modernização do setor elétrico, o ajuste do modelo é fundamental para a sociedade e para o país. Não adianta mantermos o ‘status quo’ de um setor que não se sustenta no longo prazo. Sabemos que tem uma bomba relógio associada à CDE [encargo setorial que banca subsídios na conta de luz]”, afirmou há pouco a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, em conversa com jornalistas. (Valor Econômico – 02.09.2020)

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7 Com modelo que une sustentabilidade e inovação, cleantechs avançam no País

Repleto de carências, que vão dos problemas para a gestão de resíduos ao baixo nível de saneamento, o Brasil é considerado um terreno fértil para a propagação de startups com “pegada verde”, as chamadas cleantechs. Das mais de 13 mil novatas que operam no Brasil, atualmente há 174 que aliam negócios com sustentabilidade. Embora ainda tímido frente ao todo, o número é quase o dobro na comparação com agosto do ano passado, quando apenas 96 novatas compunham essa lista, conforme mapeamento da Associação Brasileira de Startups (Abstartups). O movimento começa a ganhar corpo no Brasil. O motor vem do maior interesse de investidores, que passam a ver oportunidades de retornos tão atrativos quanto aos de startups tradicionais, e ainda por parte das grandes empresas, que têm buscado parcerias nesse universo. (O Estado de São Paulo - 04.09.2020)

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8 Grandes empresas mostram apetite por cleantechs

Uma das formas que as cleantechs têm para ganhar relevância é por meio de parcerias com grandes empresas. “As cleantechs são importantes para a gente. Com a ajuda dessas empresas, conseguimos acelerar ainda mais a transição de matriz energética”, diz Rafael Marciano, gestor de inovação da gigante do setor elétrico EDP. À medida que a demanda de soluções cresce, as startups começam a se organizar de maneiras inovadoras. Isso já pode ser percebido no setor de energia, no qual o Energy Hub SDP, que nasceu em plena pandemia, já reúne 36 startups. Desse total, 40% são voltadas a soluções renováveis. No momento, o grupo estrutura com a Câmara Comércio Americana (AHK) um “mini-hub” direcionado às energias alternativas. (O Estado de São Paulo - 04.09.2020)


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9 Ex-presidentes latinos defendem economia verde e pedem cooperação internacional

Ex-presidentes de países da América Latina e líderes da área ambiental defenderam nesta quinta-feira, 3, que os investimentos na reconstrução das economias dos países da região devem priorizar os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) das Nações Unidas. As declarações foram dadas em seminário online organizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU). Na avaliação das autoridades, é crucial que as políticas públicas levem em conta a proteção do meio ambiente e busquem um novo paradigma de economia mais inclusivo e menos predatório. Nesse novo cenário, a maior cooperação entre os países - e o multilateralismo - devem ser fortalecidos, o que poderia resultar na criação de pelo menos 15 milhões de empregos nos próximos anos. (O Estado de São Paulo - 03.09.2020)

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10 AES foca em portfólio renovável e digital

Com a venda da usina termelétrica de Uruguaiana, anunciada nesta quarta-feira, o grupo americano AES passa a focar totalmente na AES Tietê, veículo de geração de energia 100% renovável no Brasil. “Essa venda é um fechamento de ciclo para a AES no Brasil, é o último grande marco no projeto de ser 100% renovável e com uma pegada digital”, afirmou Ítalo Freitas, presidente da AES Tietê. Agora, a AES deve se concentrar totalmente nos ativos renováveis. “A companhia já está fazendo esse movimento em muitos mercados em que atua, mas no Brasil, pela característica do próprio sistema, a AES vê um grande caminho”, acrescenta o executivo. (Valor Econômico – 04.09.2020)

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Geração Distribuída

1 Engie construirá 7 usinas solares para BC Energia

A Engie firmou parceria com a BC Energia para construção de sete usinas solares fotovoltaicas. As plantas de geração distribuída serão instaladas nos estados de Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. Juntas, as usinas adicionarão 21 GWh/ano à capacidade instalada da BC Energia, que chegará em 2021 a 35,5 GWh. Das sete unidades, três serão construídas em Goiás, sexto colocado no ranking de geração solar distribuída, segundo a Aneel. Com o incremento de aproximadamente 4,6 MWp no estado, a BC Energia responderá por cerca de 6% da produção goiana. Duas usinas ficarão no Distrito Federal, que ganhará mais 3 MWp com a BC Energia passando a responder por 10% de sua produção. Outras duas plantas serão implantadas em Minas Gerais. (Brasil Energia - 03.09.2020)

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2 EUA: mercado de microrredes atrai investidores

O mercado de microrredes dos EUA está crescendo, com um recorde de 546 microrredes instaladas durante 2019. A maioria desses projetos está abaixo de 5 MW. Esta é uma continuação da tendência desde 2017: o número de projetos menores e mais modulares tem crescido de forma consistente a cada ano Conforme o mercado cresceu, também atraiu financiadores cada vez mais diversificados, de acordo com um novo relatório do Wood Mackenzie. A crescente padronização do sistema e os custos decrescentes dos recursos de energia reduziram os custos de desenvolvimento e impulsionaram o crescimento de pequenas microrredes. Uma gama cada vez mais ampla de financiadores investindo em microrredes nos EUA, variando de concessionárias de serviços públicos a grupos de private equity. Nos próximos dois anos, a WoodMac prevê que mais players entrarão no mercado, principalmente aqueles com experiência em infraestrutura e óleo e gás. Muitas dessas empresas buscam retornos acima do mercado, com níveis de estabilidade comparáveis àqueles historicamente associados a investimentos em infraestrutura. (Greentech Media - 03.09.2020)

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Armazenamento de Eletricidade

1 Siemens instalará sistema de armazenamento de energia em ilha do Atlântico

A Siemens Smart Infrastructure obteve o contrato da provedora de energia portuguesa Electricidade dos Açores (EDA) para a construção de um sistema de armazenamento de energia baseado em bateria em uma ilha dos Açores, no Oceano Atlântico. O projeto visa tornar a ilha mais sustentável e sua conclusão está prevista para 2021, informa a multinacional. “A tecnologia utilizada no sistema Gridstack combina hardware desenvolvido em fábrica, software avançado e inteligência impulsionada por dados”, resume o Diretor de Infraestrutura Inteligente da Siemens Portugal, Fernando Silva, afirmando que por sua capacidade de 15 MW será um dos maiores sistemas desse tipo em um arquipélago europeu. Para aumentar a eficiência, foi divulgado a utilização de uma plataforma de gerenciamento de microrredes com monitoramento e controle em tempo real de toda a infraestrutura, bem como a previsão do consumo de energia, produção e o uso de armazenamento por várias horas e até mesmo dias com base em previsões meteorológicas. O projeto possibilitará que a ilha dobre a sua parcela de energias renováveis a médio prazo. (Agência CanalEnergia – 03.09.2020)

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2 EUA: mercado de baterias cresce mesmo na pandemia

Mesmo com a pandemia de coronavírus levando a economia dos Estados Unidos à queda livre, a indústria de armazenamento de energia apresentou seu segundo melhor trimestre em termos de MW instalados. Mais clientes do que nunca adicionaram baterias em suas casas para armazenar energia solar e fornecer energia de reserva em meio a furacões, incêndios florestais e outros tipos de interrupções na rede. As empresas de armazenamento residencial instalaram 48,7 MW/ 112 MWh no segundo trimestre, um aumento de 10% em relação ao trimestre anterior, de acordo com o novo relatório do Energy Storage Monitor divulgado pela Wood Mackenzie e pela U.S. Energy Storage Association. Isso marca o quinto recorde de implantação trimestral consecutivo para armazenamento residencial, algo que segmentos maiores de bateria nunca alcançaram. (Greentech Media - 03.09.2020)

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3 OutBack Power lança sistema de backup doméstico combinando energia solar, baterias e combustível fóssil

OutBack Power, empresa de armazenamento e inversores com sede nos EUA, lançou um novo sistema de backup doméstico que combina três tecnologias: solar, armazenamento e geradores a gás natural ou diesel. Mais proprietários estão se voltando para sistemas solares e de armazenamento à medida que incêndios florestais, ondas de calor e outros desastres causam quedas de energia em partes dos Estados Unidos. Mas, ao contrário de muitas empresas de que oferecem aos clientes energia de reserva, a OutBack está incluindo combustíveis fósseis em sua oferta, irá otimizar o sistema e permitir que ele lide com cargas maiores de forma mais eficaz. “Ao adicionar as baterias, você basicamente permite que o gerador funcione por menos tempo, com um nível de energia mais eficiente”, disse Dailey. “O gerador vai usar menos combustível; terá que funcionar por menos horas e terá menos problemas de manutenção”. (Greentech Media - 01.09.2020)

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Mobilidade Elétrica

1 Vale busca parceiros para o desenvolvimento de baterias de VEs

A produção de VEs desencadeou uma verdadeira corrida ao níquel, metal essencial para a produção de baterias para os automóveis. A Vale, maior produtora global de níquel, já busca parceiros para o desenvolvimento de baterias com o objetivo de pegar carona na expansão do segmento. A Tesla acenou recentemente com a possibilidade de um “contrato gigante” com a mineradora. Além da Vale, o mercado é disputado por mineradoras como a australiana BHP e a russa Norilsk Nickel. Segundo o diretor executivo de Metais Básicos da Vale, Mark Travers, a capacidade de níquel da empresa hoje é de aproximadamente 200 mil toneladas, mas o plano é expandir. Um dos principais trunfos da mineradora é concentrar cerca de 40% da oferta do níquel Classe 1, que conta com menos impurezas e aumenta a eficiência das baterias. (O Globo – 30.08.2020)

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2 Wood Mackenzie: Mundo terá 323 milhões de VEs em circulação em 2040

Durante os meses de isolamento social as vendas de automóveis despencaram globalmente, restando apenas o segmento de carros elétricos com resultados positivos. A contrapartida financeira também terá consequências no médio prazo, mas para os analistas terá um impacto limitado sobre a eletrificação. Comparado aos valores pré-Covid-19, a consultoria Wood Mackenzie calculou uma queda de 2%. Nos próximos 20 anos, espera-se que 323 milhões de veículos elétricos e híbridos plug-in estejam em circulação, um aumento de 30 vezes em relação ao nível atual. E as baterias serão protagonistas nesse cenário. (Inside EVs – 31.08.2020)

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3 Infraestrutura de recarga e queda nos custos de VEs os tornarão cada vez mais atraentes

Os entraves relacionados ao tempo de recarga e autonomia dos VEs são cada vez mais percebidos como superáveis e a presença crescente de estações de carregamento públicas e privadas, sendo as primeiras de 1 para 5,4 milhões e as segundas de 3,5 para 32,5 milhões em 10 anos, ajudarão a aumentar a confiança do consumidor. Além disso, o preço dos VEs está destinado a ficar cada vez mais baixo, principalmente porque à medida que os volumes aumentam, melhores economias de escala serão exploradas e também porque as baterias continuarão a custar cada vez menos caindo abaixo do limite de 100 dólares por kWh já em 2024. Tudo isso, junto com os custos operacionais mais baixos em comparação com as alternativas de combustão, tornará os carros elétricos cada vez mais atraentes. (Inside EVs – 31.08.2020)

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4 Investidores veem com entusiasmo investimento em produção de baterias para VEs

As ações da Tesla dispararam na semana passada depois que o CEO Musk deu a entender que a montadora revelaria uma capacidade aprimorada da bateria em setembro. Os analistas de Wall Street falaram com entusiasmo sobre a tecnologia Ultium da GM e seu potencial para apoiar um negócio de EV spin-off. Uma análise da Trefis de janeiro concluiu que a Gigafactory da Tesla está pagando dividendos. O estudo, publicado na Forbes, estimou que os custos da bateria da montadora caíram 45 por cento de 2016 a 2019, uma queda média de US $ 7.000 por veículo. (Automotive News Europe – 31.08.2020)

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5 Bônus para compra de veículos com maior eficiência energética faz segmento crescer na Espanha

Dados da Associação Nacional de Fabricantes de Automóveis (ANFAC) da Espanha mostraram que os registros de carros novos no país caíram 10%. O governo espanhol divulgou um programa de estímulo de 3,75 bilhões de euros (US $ 4,2 bilhões) a partir de 15 de junho. O programa inclui 250 milhões de euros para incentivar os consumidores a substituir os carros com mais de 10 anos por modelos mais novos e com maior eficiência energética. Os bônus variam de 800 euros para veículos a gasolina e diesel a 4.000 euros para veículos com emissões zero. Como consequência, a demanda por todos os veículos de combustível alternativo, incluindo modelos totalmente elétricos e híbridos plug-in, além de veículos movidos a gás liquefeito de petróleo e gás natural comprimido, aumentou 36% para uma participação de mercado de 20,7%, ante 13,7%em agosto de 2019. (Automotive News Europe – 02.09.2020)

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6 IDTechEx: Materiais para Veículos Elétricos 2020-2030

Um novo relatório da IDTechEx identifica e analisa as tendências de nível de materiais em baterias de VEs e de motor de tração elétrica. Uma análise granular é usada para prever cada material necessário e seu valor de mercado nos próximos 10 anos. Um material catódico comumente usado, o cobalto, tem práticas de mineração questionáveis. É também um material muito caro, com seu suprimento e mineração restritos na China e na República Democrática do Congo. Como resultado, os OEMs estão tendendo a usar produtos químicos de cátodo de níquel mais elevados, como NMC 622 e até NMC 811. Outra tendência é a eliminação progressiva dos cátodos LFP. O mercado chinês de VEs usava, até 2018, predominantemente essa composição. Em 2019 apenas 3% dos carros novos usavam LFP. No entanto, a introdução do Tesla Model 3 na China usando LFP pode perturbar essa tendência. A pesquisa conclui que o mercado de VEs aumentará significativamente a demanda por cobalto e muitos outros materiais nos próximos 10 anos. (Green Car Congress – 02.09.2020)

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7 EUA lança Grande Desafio de Armazenamento de Energia

O Vehicle Technologies Office do Departamento de Energia dos EUA lançou o chamado Grande Desafio de Armazenamento de Energia, com intuito de acelerar soluções escalonáveis para atender às demandas de armazenamento baseado em íons de lítio. A Group14, fornecedora de materiais compostos de silício-carbono para os mercados globais de íons de lítio, junto com seus parceiros de projeto, foi selecionado por sua abordagem inovadora, projetada para oferecer eficiência econômica para diversos mercados, incluindo VEs. A empresa receberá um prêmio de US $ 3,96 milhões. (Green Car Congress – 02.09.2020)

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8 Universidade de Eindhoven: VEs emitem muito menos CO2 indireto do que o relatado

Um estudo holandês da Universidade de Tecnologia de Eindhoven afirma que os VEs iriam indiretamente emitir muito menos carbono e outros gases do que estudos anteriores com base em alguns erros principais que eles cometeram ao longo desse tempo. O primeiro é um exagero ao estimar a quantidade de carbono liberada na produção de baterias. De acordo com os pesquisadores holandeses, as referências mais aceitas assumem que o processo emite 175 kg de CO2 por kWh de bateria. Em 2019, esse estudo foi atualizado e reduziu sua estimativa para para 87 kg/kWh. O segundo erro é uma subestimação da vida útil das baterias. Os mesmos estudos que mencionamos antes acreditam que os VEs têm uma vida útil média de 150.000 km. O novo relatório holandês estima a vida útil atual do VE em 250.000 km. O terceiro erro é presumir que a produção de elétrica será sempre muito poluidora. A verdade é que está ficando mais limpa. A BloombergNEF publicou nesta semana que a energia solar e eólica representaram 67% de toda a nova capacidade de energia adicionada no mundo em 2019. (Inside EVs – 02.09.2020)

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Medidas de Resposta da Demanda

1 PSR: Resposta da demanda necessita ajustes para trazer resultados

A judicialização da liquidação financeira do mercado de curto prazo é apontado como um dos principais motivos para que o programa de resposta da demanda no país não tenha decolado. Mas mesmo com a aprovação do PL 3.975 no Senado e a iminente resolução da disputa acerca do risco hidrológico, a consultoria PSR avalia que ainda não parece razoável esperar o surgimento de resultados mais expressivos nesse programa adotado há cerca de três anos. Na avaliação da empresa, há outras questões que classifica como cruciais que precisam ser alteradas para que possa fornecer benefícios ao país. Em sua publicação mensal Energy Report, a consultoria admite que a situação atual do programa no país decorre, parcialmente, da falta de liquidez no MCP. (Agência CanalEnergia – 03.09.2020)

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2 Austrália pondera opções para mercado de resposta à demanda

Partes interessadas australianas de energia saudaram o lançamento hoje de dois relatórios que estabelecem opções para a composição do futuro mercado de eletricidade do país. Um documento de consulta de projeto de mercado pós-2025 do Conselho de Segurança de Energia (ESB) e o relatório de Coordenação de Investimento em Geração e Transmissão da Comissão Australiana de Mercado de Energia são "entradas importantes", disse a Energy Networks Australia. Algumas das grandes questões giram em torno da resposta da demanda e quais entidades irão supervisionar um mercado que só recentemente começou a surgir na Austrália. Para controlar os movimentos do mercado em uma rede totalmente descentralizada, seria necessário ter visibilidade - e controle sobre - os ativos até o nível residencial. Tal tarefa exigiria digerir grandes quantidades de dados, e é difícil ver como isso poderia acontecer rapidamente no país, que ainda não tem medidores inteligentes difundidos em sua rede. (Greentech Media - 07.09.2020)

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Digitalização do Setor Elétrico

1 Cteep e USP se juntam para investir em inovação tecnológica

A transmissora de energia elétrica Isa Cteep, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a 100 Open Startups, lançou o projeto de Ecossistemas de Inovação Bridge – Building Radical Innovation & Disruption for Global Ecosystems. A proposta é construir ferramentas e metodologias para aplicar as melhores práticas em gestão de Ecossistemas de Inovação, visando gerar valor para a sociedade por meio da ciência e da modernização de processos. Como parte da parceria, a Cteep será responsável pela iniciativa do laboratório e do auditório no prédio Inova USP. O nome dos espaços levará a marca do projeto, que é financiado pela companhia em parceria com a universidade e a 100 Open Startups. (Agência CanalEnergia – 01.09.2020)

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2 Light aplica R$ 150 mi em automação

A Light aplicou cerca de R$ 150 milhões na automação de seu sistema elétrico, tendo implementado a tecnologia em 191 circuitos de distribuição, informou a companhia, indicando que a meta é modernizar outras 51 linhas de energia ainda este ano, beneficiando ao todo um milhão de consumidores. Os aportes da empresa visam aumentar a confiabilidade do sistema ao mesmo tempo em que reduz os custos operacionais. Os quase seis mil equipamentos utilizados são supervisionados e telecomandados à distância, diretamente do Centro de Operação, que usa o Sistema de Supervisão e Aquisição de Dados em tempo real para controlar mais de 500 mil pontos oriundos de 221 subestações em diferentes níveis de tensão. (Agência CanalEnergia – 01.09.2020)

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3 CMSE debate segurança cibernética no setor elétrico brasileiro

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) se reuniu na última quarta-feira, 2 de setembro, e avaliou, dentre outros assuntos, os desafios relacionados à segurança cibernética no sistema elétrico brasileiro. Sobre o tema, o ONS apresentou iniciativa, construída em colaboração com os agentes, para proposição de requisitos mínimos de segurança cibernética para a operação do SIN. A Aneel, por sua vez, apresentou as discussões por ela iniciadas com vistas à regulamentação do tema. Já a CCEE destacou a amplitude do assunto, que afeta tanto agentes como as instituições setoriais. (Agência CanalEnergia – 03.09.2020)

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Eventos

1 Diretor-geral do Cepel participa de pré-evento do Fórum Latino-Americano de Smart Grid

O diretor-geral do Cepel, Amilcar Guerreiro, e o pesquisador do Centro Oscar Rueda participarão, no próximo dia 10, do webinar "Requisitos laboratoriais para smart grids - integração de recursos energéticos distribuídos e cyber security". O evento é o primeiro de uma série que antecede as discussões da 13a edição do Fórum Latino-Americano de Smart Grid, prevista para ocorrer, em 26 e 27 de janeiro de 2021, na capital paulista. Guerreiro fará uma breve exposição sobre os estudos e atividades do Cepel na área de redes elétricas inteligentes. Em seguida, Rueda apresentará a palestra “O papel do Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes para a integração de recursos energéticos distribuídos”. Saiba mais aqui. (Cepel – 04.09.2020)

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2 IEA lançará o Energy Technology Perspectives 2020 dia 10/09

Energy Technology Perspectives 2020 é uma nova publicação importante da IEA focada nas necessidades e oportunidades de tecnologia para alcançar as metas internacionais de energia sustentável. O relatório oferecerá análises vitais e conselhos sobre as tecnologias de energia limpa de que o mundo precisa para atender aos objetivos de emissões líquidas zero. A análise abrangente do relatório mapeará as tecnologias necessárias para combater as emissões em todas as partes do setor de energia, incluindo áreas onde o progresso da tecnologia ainda está atrasado, como transporte de longa distância e indústrias pesadas. Ele mostrará a quantidade de reduções de emissões que são necessárias para eletrificação, hidrogênio, bioenergia e captura, utilização e armazenamento de carbono. Também fornecerá uma avaliação das emissões da infraestrutura existente e o que pode ser feito para resolvê-las. O evento acontecerá na quinta-feira, 10 de setembro, e será transmitido ao vivo pela IEA. Mais informações, aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 08.09.2020)

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Artigos e Estudos

1 Benedito Antonio Luciano: Mobilidade elétrica – passado, presente e perspectivas

Em artigo para o Paraíba Online, Benedito Antonio Luciano, Professor doutor, titular do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), discorre sobre seu primeiro contato com o GESEL e faz uma análise acerca da volta da utilização dos VEs no mundo. Para ele, “o que se tem de novo na realização dos veículos elétricos é a tecnologia empregada com vistas à eficientização energética de suas partes constituintes”. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 03.09.2020)

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2 Wood Mackenzie: O segredo para um futuro de energia distribuída

A Wood Mackenzie espera que a capacidade cumulativa de armazenamento distribuído e solar na América do Norte, Europa e Oceania dobre até 2025, enquanto os pontos de carregamento de veículos elétricos (devem crescer sete vezes até esta data. Os EUA sozinhos irão adicionar 127 GW de capacidade de recursos de energia distribuída entre 2016 e 2025. No mesmo período, a maior parte da nova capacidade de geração será de energia renovável variável: eólica, solar e armazenamento em bateria. A natureza cada vez mais variável dos recursos de energia distribuída (REDs) e da geração de energia em massa levará a desafios operacionais e de planejamento para as concessionárias. A conclusão é das diretoras da Wood Mackenzie Elta Kolo e Fei Wang, em artigo publicado na Forbes. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 08.09.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lorrane Câmara
Pesquisador: Matheus Amâncio
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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