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IFE: nº 5.360 - 19 de outubro de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Artigo GESEL: "Metas de descarbonização brasileiras e os desafios da mobilidade elétrica"
2 Artigo GESEL: "Um choque de realidade na operação do e-carsharing"
3 Artigo GESEL: "Paradoxos do Hidrogênio Verde"
4 GESEL: Rombo com acionamento de térmicas já passa de R$ 8 bi
5 Governo cria a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear
6 Entidades pedem rejeição de PL da Reforma Tributária no Senado
7 ABNT cria grupo para estudo de barragens
8 Podcast fala sobre projetos inovadores desenvolvidos na Aneel

Empresas
1 Votorantim e CPP criam elétrica de R$ 17 bi de valor de mercado
2 Fitch: compra da Celg T não altera rating da EDP
3 Iberdrola promove desafio para buscar soluções inovadoras
4 Cepel, Light e FITec buscam caminhos para produção em escala de soluções tecnológicas voltadas ao combate de perdas comerciais

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Expansão da geração acumula 5,1 GW até outubro
2 Reservatórios do SE/CO operam com 17,2% da capacidade
3 ANA aprova plano para recuperação de reservatórios

4 Creg confirma flexibilizações operativas de Jupiá e Porto Primavera

Mobilidade Elétrica
1 JBS: Eletrificação da frota
2 UE/Estados Unidos/China: Planos para descarbonização do setor de transportes
3 Em 2035, apenas carros elétricos serão vendidos no Chile
4 Foxconn apresenta três veículos elétricos inéditos

Inovação
1 Engie assina com governo do Ceará para projeto de hidrogênio verde em Pecém
2 Investimentos e parcerias fazem do Ceará pioneiro em hidrogênio verde
3 Hidrogênio a partir de plástico e biomassa pode gerar R$ 6,5 tri por ano ao Brasil
4 Reino Unido: Governo consegue investimento privado de quase 10 bi de euros em pacote de investimento e comércio internacional

5 Parceria de £ 400 mi entre a Breakthrough Energy de Bill Gates e o governo do Reino Unido para apoiar tecnologias de energia limpa, incluindo hidrogênio

Meio Ambiente
1 Agência Internacional de Energia deixa de incluir a inação climática como uma opção viável
2 Cobre, lítio e níquel: transição energética eleva demanda, e mineradoras preveem dificuldade de fornecimento

Energias Renováveis
1 Aneel e IRENA debatem futuro do marco legal de geração offshore, agenda do hidrogênio verde e expansão de fontes renováveis
2 E1 Energia e GDSolar criam empresa para ampliar presença no mercado solar
3 Aneel libera 92,4 MW da Eólica Cumarú para operação
4 Setor de energia do Brasil pode gerar até US$ 25 bi em créditos de carbono

5 Mundo precisaria quadruplicar investimentos em eólica, aponta GWEC
6 EDP de Portugal vai investir 13 mi de libras esterlinas em energias renováveis no Reino Unido até 2030

Gás e Termelétricas
1 Engie conclui venda da UTE Jorge Lacerda para FRAM Capital
2 Ásia tem dificuldade para se livrar de dependência do carvão

Economia Brasileira
1 Governo deve elevar o Auxílio Brasil para 400 reais até 2022, com parte fora do teto
2 Investimento público líquido fica negativo no 2º trimestre

3 Itaú: Demanda menor vai estabilizar a indústria
4 FGV: IGP-M registra queda de 0,03%
5 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual
1 CASTRO, Nivalde de; CATTAN, Rafael; MASSENO, Luiza. "Metas de descarbonização brasileiras e os desafios da mobilidade elétrica".
2 TORRES, Thamara; OLIVEIRA, Luiza; MAESTRINI, Marcelo; SENRA, Paulo. "Um choque de realidade na operação do e-carsharing".

3 LISBOA, Alexandre Heringer. “Paradoxos do Hidrogênio Verde”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Artigo GESEL: "Metas de descarbonização brasileiras e os desafios da mobilidade elétrica"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro (coordenador do GESEL), Rafael Cattan e Luiza Masseno (pesquisadores do GESEL) tratam da inclusão e solidificação dos veículos elétricos na economia brasileira como uma das vias para cumprir com as metas acordadas na COP 21. Segundo os autores, “o estudo baseou-se em diferentes cenários de políticas de incentivo, que incorporaram medidas mais ou menos agressivas de estímulo. Além de possíveis cenários de redução nos custos de produção, assumiram-se políticas de taxação de carbono, a isenção de ICMS sobre o consumo de eletricidade e o abatimento do IPVA. Alguns cenários consideraram, ainda, que a frota de motoristas de aplicativos fosse integralmente elétrica até 2040”. Eles concluem que “a frota elétrica tem a capacidade de reduzir, ao longo dos próximos 10 anos, algo entre 10 e 13,4 MtCO2” e que “políticas de promoção à mobilidade elétrica aliadas às políticas de geração sustentável representam uma excelente oportunidade para o país se reorientar e trilhar para um futuro sustentável”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 19.10.2021)

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2 Artigo GESEL: "Um choque de realidade na operação do e-carsharing"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Thamara Torres, Luiza Oliveira, Marcelo Maestrini e Paulo Senra (pesquisadores do GESEL) tratam das barreiras e os impactos destas no avanço da consolidação do e-carsharing no Rio de Janeiro. Segundo os autores, “a barreira relacionada aos índices de criminalidade gera uma considerável mudança na escolha dos PGVs em localidades como a cidade do Rio de Janeiro”. Eles concluem que “experiências internacionais e nacionais mostram que a garantia da segurança, somada a outros fatores, tais como IDH, atrações turísticas e densidade populacional, são fundamentais para o sucesso dos modelos de e-carsharing” e que “os bairros da Zona Sul [RJ] se mostram como potenciais candidatos a receberem sistemas de compartilhamento de veículos elétricos”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 19.10.2021)

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3 Artigo GESEL: "Paradoxos do Hidrogênio Verde"

Em artigo de opinião publicado pelo GESEL, intitulado “Paradoxos do Hidrogênio Verde”, Alexandre Heringer Lisboa apresenta uma avaliação relacionada à economia do hidrogênio verde à luz de todas as implicações e externalidades, positivas e negativas. O autor faz uma análise geral das potencialidades e desafios do hidrogênio no contexto da transição energética e da busca pelo desenvolvimento sustentável, destacando os principais paradoxos. Neste sentido, Alexandre avalia que “o paradoxo principal a ser equacionado é que, por estarmos numa economia de mercado, quando a produção de energia renovável em abundância e barata realmente se verificar, a produção de combustível fóssil terá também uma grande redução de seu preço”. Por fim, avalia que os impactos desse paradoxo devem ser levados em consideração, tendo em vista que a maior demanda por hidrogênio e a redução do preço de combustíveis fósseis podem fazer com que o hidrogênio produzido não seja o “verde”. Apesar disso, cita que “em uma interpretação mais profunda dos termos, não existe “energia limpa”, já que existem impactos ambientais durante a vida útil dos empreendimentos”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 19.10.2021)

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4 GESEL: Rombo com acionamento de térmicas já passa de R$ 8 bi

A crise elétrica, provocada pela falta de chuvas e queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, deve continuar pressionando a conta de luz do brasileiro em 2022, mesmo com uma melhora do cenário de chuvas. A bandeira tarifária, que está em R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, não tem sido suficiente para bancar os custos das térmicas em operação no país. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o déficit entre a arrecadação e as despesas alcançou R$ 8,06 bilhões em agosto e pode dobrar até o fim do ano. No ritmo dos últimos três meses, o descompasso entre arrecadação e despesas pode superar R$ 16 bilhões em dezembro, o que torna difícil cumprir o desejo do presidente Jair Bolsonaro de reduzir a bandeira tarifária. A medida elevaria ainda mais o déficit e o risco de liquidez do setor. A não ser que o Tesouro Nacional, que também tem suas limitações, consiga aportar recursos para cobrir o rombo. Outra alternativa, já adotada no passado, seria conseguir um empréstimo no mercado para diluir esse repasse ao consumidor ao longo de um período, diz o pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Roberto Brandão. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (O Estado de São Paulo – 18.10.2021)

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5 Governo cria a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear

O Governo Federal publicou nesta segunda-feira, 18 de outubro, a lei 14.222, no Diário Oficial da União, que cria a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN). Essa é uma autarquia federal que atuará da cisão da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e terá como finalidade institucional atuar no que se refere ao tema nuclear no país. Entre as atribuições estão monitorar, regular e fiscalizar a segurança nuclear e a proteção radiológica das atividades e das instalações nucleares, materiais nucleares e fontes de radiação no território nacional, nos termos do disposto na política nuclear brasileira e nas diretrizes do governo federal. Nesse caso, será uma agência reguladora, inclusive a sua estrutura é muito semelhante à da Aneel. Tem como órgão de deliberação máxima a diretoria colegiada, composta por um diretor-presidente e dois diretores, indicados pelo presidente da República que serão nomeados após aprovação pelo Senado Federal. Os membros da diretoria exercerão mandatos de cinco anos, não coincidentes, vedada a recondução. Nesse primeiro mandato os prazos serão de quatro, três e dois anos para não ocorrer essa coincidência de prazos. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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6 Entidades pedem rejeição de PL da Reforma Tributária no Senado

Entidades setoriais apresentaram a quarta edição de um manifesto contrário ao PL 2337/2021, da Reforma Tributária do Imposto de Renda, que foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora está no Senado Federal. Desde a primeira versão do documento o número de entidades signatárias passou de 22 para 85. Do setor elétrico endossam a carta a Anace, Abragel, Abradee e Abdib, além da Abegás. O apelo é para que os parlamentares avaliem os impactos que as propostas contidas no PL podem causar à economia do país. As entidades afirmam que essa reforma isolada é colocada à frente de uma agenda de urgentes prioridades, que inclui, entre outras, o enfrentamento de iminentes riscos fiscais e cambiais, inflação fora de controle, iminência de crise hídrica e energética, crise sanitária, desemprego e dificuldades para superação dos problemas que afetam muitas empresas. Em comunicado, a Abradee ressalta que aprovar o texto do PL 2.337 significa ignorar a necessidade de uma ampla e aprofundada discussão que leve em consideração os impactos para a economia do País. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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7 ABNT cria grupo para estudo de barragens

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) acaba de instalar Comissão de Estudo Especial de Barragens, que reunirá representantes de entidades privadas e organismos governamentais. De acordo com o presidente da associação, Mario William Esper, o grupo foi criado por fatores como a necessidade de modernização dos critérios de projetos existentes, para suprir as necessidades atuais de projetistas, fiscalizadores, empreendedores, consultores e todos os demais setores envolvidos nessas obras de engenharia. Segundo Esper, a nova legislação indica a obrigatoriedade de formação adequada e qualificação técnica mínima para o envolvimento com barragens, gerando a necessidade de processos de acreditação e certificação, nas quais as novas normas serão a base do processo. A nova Comissão de Estudo atuará na normalização no campo de barragens, compreendendo projeto, execução, monitoramento, manutenção, reparo e inspeção de barragens e de estruturas complementares, no que concerne à terminologia, requisitos, diretrizes, especificações técnicas, métodos de ensaio e generalidades. As entidades que manifestaram apoio à criação da comissão são: Agência Nacional de Águas, Agência Nacional de Energia Elétrica, Comitê Brasileiro de Barragens, Cemig, Copel, Departamento de Água e Energia Elétrica / Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, Desek, Instituto de Pesquisas Hidráulicas, Intertechne e Neoenergia. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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8 Podcast fala sobre projetos inovadores desenvolvidos na Aneel

A Aneel lançou nesta segunda-feira (18/10) mais um episódio do AneelCast, que fala sobre a inovação na regulação do setor elétrico. Desde 2019, a Agência conta com a Comissão de Apoio à Inovação (C-INOVA) que investiga e implementa novas formas de gestão pública. No novo episódio, a diretora da Aneel, Elisa Bastos, presidente da Comissão, e o secretário da C-INOVA, Fábio Stacke trazem, aos ouvintes, informações sobre projetos inovadores desenvolvidos na Agência. Como mais um canal para levar à sociedade informações importantes sobre o setor e os serviços de energia elétrica, o AneelCast está disponível nas principais plataformas de áudio, entre elas: anchor, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts, Breaker, Pocket Casts e RadioPublic. Além disso, encontra-se disponível também no site da Aneel. (Aneel – 18.10.2021)


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Empresas

1 Votorantim e CPP criam elétrica de R$ 17 bi de valor de mercado

A parceira construída em 2017 para investimento em geração eólica cresceu ao longo dos anos e ganhou musculatura. O grupo Votorantim e o CPP Investments, braço de investimentos do fundo de pensão canadense CPPIB, anunciaram ontem a criação de uma nova companhia de energia no país. A elétrica já surge com valor de mercado de R$ 17 bilhões e vai ser listada no Novo Mercado da Bolsa paulista, a B3. João Schmidt, presidente da Votorantim S.A., e Rodolfo Spielmann, diretor-geral do CPP Investiments para América Latina vão reunir as operações que eles têm debaixo de uma holding controlada meio a meio além de outros ativos na nova companhia - ainda sem nome. Na operação, o CPP vai aportar R$ 1,5 bilhão no negócio, enquanto a Votorantim Energia vai incorporar a Votener (sua comercializadora de energia, a segunda do país) e outros ativos. Debaixo da joint venture, denominada VTRM, estão a Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp), adquirida em 2018, e quatro parques eólicos localizados no Estado do Piauí. O segundo passo dessa transação é a reorganização societária da Cesp, com a incorporação de todas as suas ações pela VTRM. (Valor Econômico – 19.10.2021)

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2 Fitch: compra da Celg T não altera rating da EDP

De acordo com a agência de classificação de risco Fitch Ratings, a qualidade de crédito da EDP do Brasil não fica alterada com a vitória no leilão de privatização da Celg Transmissão. Segundo a Fitch, a compra aumenta a escala de negócios da EDP no segmento de transmissão, de menor risco no setor elétrico, ao mesmo tempo que contribui para diversificar seus ativos. Já em termos financeiros, a alavancagem líquida ajustada consolidada deverá permanecer compatível com a classificação, apesar da expectativa de aumento da alavancagem financeira líquida ajustada consolidada em 0,4 vez a partir de 2022, atingindo 3,2 vezes em 2022 e 2023. A EDP do Brasil também possui comprovada flexibilidade financeira para fazer frente ao relevante pagamento da aquisição. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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3 Iberdrola promove desafio para buscar soluções inovadoras

O grupo Iberdrola, controlador da Neoenergia, abriu inscrições para o seu Start-up Challenge. A iniciativa global busca, nesta edição, identificar soluções competitivas e inovadoras que permitam reduzir as perdas não técnicas da rede de distribuição, especialmente no Brasil. A companhia informou que as inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de novembro, no site do desafio. Serão avaliados, por exemplo, a confiabilidade da solução, a simplicidade de instalação e manutenção e o custo total, tanto inicial quanto recorrente. O anúncio do vencedor será em dezembro. O prêmio para o vencedor será a assinatura de um acordo de colaboração e teste com o programa Programa internacional de start-ups Iberdrola (PERSEO) ou qualquer outra empresa do grupo, que oferecerá o pagamento de despesas e suporte técnico, além de facilitar um ambiente e dados reais para testar a solução, com acesso a equipamentos, equipes, infraestruturas, locais de alta tecnologia e áreas de trabalho conjunto. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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4 Cepel, Light e FITec buscam caminhos para produção em escala de soluções tecnológicas voltadas ao combate de perdas comerciais

Para combater as perdas comerciais, que afetam distribuidoras do mundo inteiro, o Cepel, a Light e a FITec desenvolveram, em P&D Aneel da Light, uma versão pré-industrial de dois equipamentos promissores: o Transformador de Corrente Auto-Monitorado (TCAM) e o Fiscalizador de Corrente Auto-Monitorado (FCAM). Os resultados do projeto, que segue para as fases de lote pioneiro e inserção no mercado, foram apresentados em webinar realizado pelo Cepel no último dia 14 de outubro. “Eventos como este têm o objetivo não só de divulgar os resultados de um projeto de pesquisa bem-sucedido, mas, também, de fazer com que resultados deste projeto cheguem à inovação propriamente dita, ou seja, sejam percebidos e valorizados pelos beneficiários dos produtos e, sobretudo, pelo mercado. Este evento, portanto, visa também à busca e novas parcerias, de caminhos, que levem estes produtos à inovação efetivamente”, ressaltou o diretor de Laboratórios e Pesquisa Experimental do Cepel, Orsino Borges de Oliveira Filho, ao dar as boas-vindas aos participantes do evento. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Cepel – 18.10.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Expansão da geração acumula 5,1 GW até outubro

A Aneel registrou a expansão da capacidade de geração em 226,61 MW até meados de outubro. Esse volume está concentrado em 10 usinas sendo que a solar fotovoltaica é a que liderou esse aumento com 174,25 MW. As fontes eólica e térmica apresentaram volumes equivalentes, de cerca de 25 MW. Com isso, a expansão no acumulado do ano o volume soma 5.138,9 MW de capacidade instalada. A eólica está à frente com quase 2,4 GW, seguida pela térmica com pouco menos de 2 GW, a fonte solar aparece com cerca de 700 MW e a hídrica com pouco mais de 85 MW ao reunir PCHs e CGHs. Agora restam cerca de 2,5 GW em novas usinas a entrarem em operação comercial neste ano. Se essa previsão ser confirmada serão 7,6 GW, ficando atrás apenas de 2016 quando o país teve o incremento de 9,5 GW. Ao total, ainda há 53,5 GW no horizonte de entrada em operação até 2028. O maior volume esperado está em 2026 com 17,9 GW. Esse volume é dividido em 15,1 GW da fonte solar fotovoltaica e 1,8 GW em eólica. Em 2023 são programados 10,1 GW e em 2022 7,4 GW. E ainda, em 2024 são 6 GW e 2025 mais 5,4 GW. E ainda são mais 4 GW em capacidade de geração sem previsão em operação. Do volume total são 11,8 GW em nova capacidade prevista para o ACR. A maior parte do volume, contudo, está no ambiente fora do mercado regulado com 41,7 GW em 1.084 usinas. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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2 Reservatórios do SE/CO operam com 17,2% da capacidade

O subsistema SE/CO continuou apresentando aumento nos seus níveis com 0,1 p.p. no último domingo, 17 de outubro, segundo o ONS, e conta com 17,2%. A energia armazenada mostra 34.947 MW mês e a ENA aparece com 25.447 MWm, o mesmo que 76% da MLT. Furnas admite 15,66% e a usina de São Simão marca 10,17%. A Região Sul apontou o maior crescimento de 2 p.p e está operando com 39,5% da capacidade. A energia armazenada marca 7.868 MW mês e ENA é de 19.587 MWm, equivalente a 87% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 27,25% e 46,08% respectivamente. Já o subsistema do Nordeste registrou níveis estáveis e opera com 36,8% da sua capacidade. A energia armazenada indica 18.999 MW mês e a ENA computa 1.003 MWm, correspondendo a 33% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 35,03%. Os reservatórios da Região Norte foram os únicos que apresentaram diminuição de 0,1 p.p e estão operando com 53% da capacidade. A energia armazenada mostra 8.036 MW mês e a ENA aparece com 1.522 MWm, o mesmo que 71% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 66,49%. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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3 ANA aprova plano para recuperação de reservatórios

A decisão tomada pela diretoria da ANA, em 18 de outubro, estabelece os volumes máximos de água a serem liberados durante o período úmido pelas hidrelétricas Serra da Mesa, Três Marias, Sobradinho, Emborcação, Itumbiara, Furnas, Mascarenhas de Moraes, Jupiá e Porto Primavera. Essas usinas foram escolhidas por terem reservatórios na cabeceira de bacias, por sua capacidade de regularização ou pela existência de conflitos com outros usos da água. O plano de contingência pretende mitigar os efeitos da escassez hidroenergética em 2021, aumentar a segurança hídrica e garantir os usos múltiplos da água no ano que vem e nos anos seguintes. A autarquia vai monitorar a situação, e se houver “agravamento importante das condições hidroclimáticas ou o risco de impactos relevantes,” serão feitos ajustes no plano de contingencia e nos atos decorrentes dele, com alteração, por exemplo, das restrições previstas. No documento, a agência ressalta que “apesar de não se tratar de uma crise hídrica nacional e de não haver impactos generalizados sobre os usos múltiplos da água, à exceção daqueles que dependem dos níveis dos reservatórios, como navegação e turismo, trata-se de uma situação classificada como “sem precedentes” do ponto de vista da produção de energia elétrica.”. É possível, na avaliação da ANA, que após a vigência do plano de contingência os volumes alcançados em alguns dos reservatórios sejam insuficientes para uma situação de normalidade no próximo período seco. A recuperação dessas barragens pode levar um ou mais ciclos hidrológicos para ser alcançada, o que pode exigir novas medidas para recuperação dos volumes acumulados. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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4 Creg confirma flexibilizações operativas de Jupiá e Porto Primavera

A Creg ratificou em reunião, em 15 de outubro, a decisão do CMSE de manter as flexibilizações hidráulicas nas usinas hidrelétricas Jupiá e Porto Primavera. A decisão de reduzir o volume de água liberado por essas usinas vale para o próximo período úmido, entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. A flexibilização operativa a partir de março do ano que vem será avaliada em nova reunião da Creg. O Instituto Nacional de Meteorologia fez uma apresentação na reunião da Creg mostrando aumento das chuvas nos últimos dias, especialmente na região sul, aponta para a transição para o período úmido dentro dos padrões usuais. Segundo o Inmet, a expectativa é de ocorrência de chuvas em maiores volumes nas regiões Sudeste/Centro-Oeste no curto prazo. Porém o biênio 2020/2021 é o pior em termos de déficits de chuva, inclusive na comparação com 2000 e 2001, ano do racionamento. O MME ressalvou que mesmo com essa tendência o cenário ainda é de atenção. Nas atuais condições do solo, que está bastante seco, há uma dificuldade maior de que essas chuvas se transformem em vazões, fazendo com que a água deixe de ser absorvida e se acumule nos reservatórios. O ONS repetiu as últimas projeções para os próximos meses, indicando o atendimento da carga, mas com possibilidade de uso marginal da reserva operativa para atendimento de potência, no cenário conservador. Isso pode ocorrer em alguns momentos do mês de outubro, e em menor escala nos meses de novembro e dezembro. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 JBS: Eletrificação da frota

Segundo Pedro Bentancourt, vice-presidente de Veículos Leves da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), além de diretor de relações governamentais da Great Wall Motors, em relação aos veículos pesados, o executivo aponta que esse é um mercado em estágio inicial de desenvolvimento. “O aprimoramento da densidade das baterias, que está em amplo crescimento, vai aumentar a autonomia desses modelos”. Algumas empresas já estão iniciando os investimentos nos modelos eletrificados, em sintonia com suas metas de redução de gases poluentes. É o caso da JBS. Segunda maior empresa de alimentos do mundo e líder no setor de proteína, a JBS assumiu em março o compromisso de se tornar Net Zero até 2040. A companhia aposta em uma série de iniciativas capazes de tornar o processo logístico mais sustentável. Já adquiriu o primeiro caminhão elétrico feito 100% no Brasil, o e-Delivery da Volkswagen. Além disso, a JBS começou em abril a realizar o transporte com um caminhão 100% elétrico, com emissão zero de gases poluentes. O modelo é o primeiro utilizado pela indústria de alimentos refrigerados do Brasil. “A inovação e a sustentabilidade são pilares fundamentais para a JBS e o projeto com caminhão 100% elétrico reforça esse posicionamento, que também implementamos em nossa operação”, afirma Susana Carvalho, diretora executiva da JBS Fertilizantes e Ambiental. A implementação de uma frota eletrificada demanda ajustes, tanto na manutenção quanto na infraestrutura. A JBS está investindo nesse processo. Num primeiro momento, o caminhão elétrico está atuando em Santa Catarina, entre as cidades de Itajaí e Balneário Camboriú. Para garantir o abastecimento do modelo, que tem autonomia de até 150 km, a JBS instalou uma infraestrutura específica em seu hub em Itajaí. O modelo elétrico ainda tem a vantagem de não emitir ruídos, o que permite realizar entregas noturnas em centros urbanos com restrições de circulação nessa faixa de horário. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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2 UE/Estados Unidos/China: Planos para descarbonização do setor de transportes

A partir de 2035, a União Europeia proibirá a comercialização de veículos movidos à combustão. Nenhuma montadora poderá vender modelos que emitam gases poluentes, incluindo os híbridos. Apenas modelos elétricos, ou movidos a células de hidrogênio, estarão liberados. O compromisso europeu inclui uma meta intermediária: até 2030, os veículos pesados deverão ser pelo menos 50% menos poluentes. Assim, a UE busca reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa, visto que o setor de transportes responde por 25% do total de GEE. A meta é alcançar a neutralidade climática do continente até 2050. Mais do que uma exigência europeia, essa é uma tendência global. Nos Estados Unidos, o Clean Future Act prevê que o país alcance emissão zero de gases causadores do efeito estufa até 2050. A China busca, em seu 14º Plano Quinquenal, atingir o mesmo objetivo em 2060. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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3 Em 2035, apenas carros elétricos serão vendidos no Chile

O governo chileno anunciou que em 2035 somente veículos elétricos serão vendidos no país. A expectativa é de que, para aquele ano, 100% das vendas de veículos leves e médios tenham emissões zero. “Tudo isso beneficiará diretamente a qualidade de vida dos chilenos”, disse o ministro da Energia, Juan Carlos Jobet. A autoridade indicou que no Chile mais de um terço do consumo de energia pertence à atividade do setor de transportes, dos quais mais de 99% corresponde ao uso de energia proveniente de derivados de petróleo. A missão, disse Jobet, “é continuar avançando na consolidação do Chile como um país de energia limpa”, o que contribuirá para a competitividade das indústrias. É por isso que a estratégia promovida pelo Ministério da Energia prevê que até 2035 só sejam vendidos carros elétricos. De acordo com o governo chileno, até 2035 o objetivo é que 100% das vendas de veículos leves e médios, de transporte público (ônibus, táxis e coletivos) e de grandes máquinas (como caminhões de mineração) tenham emissão zero de carbono. Em 2040, 100% das vendas de pequenas máquinas, as de construção e agrícolas, terão emissões zero. E para 2045, 100% das vendas de veículos de transporte de carga e ônibus intermunicipais terão emissões zero. (Isto É – 19.10.2021)

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4 Foxconn apresenta três veículos elétricos inéditos

Conforme esperado, a Foxconn apresentou na segunda (18) seus três primeiros veículos elétricos. A estratégia de mobilidade elétrica da gigante de Taiwan traz dois veículos de passageiros, o Model C e o Model E, além do Model T, um micro-ônibus, e chama a atenção pela 'inspiração' na Tesla (ou na Ford) pelo padrão da nomenclatura. Para dar conta do desafio, a Foxconn, que também é a maior parceira da Apple como fabricante do iPhone, irá colocar seus carros elétricos no mercado por meio da recém-criada empresa Foxtron, sócia da também taiwanesa Yulon Motor. Se preparando para o início da produção desses novos modelos, a Foxconn comprou recentemente uma antiga fábrica da Lordstown Motors nos Estados Unidos, onde planeja montar carros elétricos. A empresa também adquiriu uma fábrica de chips em Taiwan. A estratégia da Foxconn para se transformar em uma fabricante de veículos elétricos, além de fornecer a plataforma MIH para outros fabricantes, é ambiciosa e visa ocupar 10% do segmento entre 2025 e 2027. (Inside EVs – 18.10.2021)

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Inovação

1 Engie assina com governo do Ceará para projeto de hidrogênio verde em Pecém

A Engie e o estado do Ceará assinaram na última sexta-feira, 15 de outubro, um Memorando de Entendimentos para desenvolver um projeto de hidrogênio verde de grande escala no porto de Pecém. O foco principal do projeto é exportação do hidrogênio verde, no entanto, também está sendo avaliado seu uso em mobilidade pesada, na indústria do aço, produção de químicos e mistura para as redes de transporte de gases, o que permitiria transformar o projeto em um hub de hidrogênio verde. O projeto permitirá ativar a descarbonização desses segmentos. A primeira etapa tem como objetivo produzir entre 100 MW e 150 MW em um prazo de até cinco anos e em seguida desenvolver outras fases até chegar à uma escala maior, acompanhando a expansão dos mercados locais e internacionais. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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2 Investimentos e parcerias fazem do Ceará pioneiro em hidrogênio verde

O Ceará aposta na formação de um ecossistema de desenvolvimento do combustível do futuro, debatido em um seminário internacional, Centro de Eventos do Ceará, na manhã de 14 de outubro. “A casa do hidrogênio verde no mundo será o Ceará”, declarou, na abertura do seminário, o governador Camilo Santana. O estado que já desenvolve um projeto piloto para implementar a primeira usina de hidrogênio do Brasil, com início da operação prevista para dezembro de 2022, vem investindo na formação de um ecossistema de desenvolvimento da nova tecnologia, de forma a canalizar as vantagens competitivas apresentadas. Possui ainda capacidade para gerar até 40 GW e tem projetos em andamento que podem contabilizar 20 GW de produção. Diante desse cenário, o estado já firmou nove acordos para a implementação da infraestrutura necessária para produzir hidrogênio verde. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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3 Hidrogênio a partir de plástico e biomassa pode gerar R$ 6,5 tri por ano ao Brasil

Um cálculo feito pelo pesquisador Flavio Ortigao, PhD em química de polímeros pela Universidade de Ulm, na Alemanha, e apresentado com exclusividade à Agência CanalEnergia, mostrou que o Brasil perde por ano R$ 6,5 trilhões com o não aproveitamento do plástico e da biomassa para a geração de hidrogênio a partir da gaseificação. Para chegar a esse valor, o especialista levou em consideração o fato de o Brasil ser o quarto maior produtor de plásticos do mundo e ser considerado a maior potência agrícola do planeta. Segundo o Ortigao, os plásticos têm até 14% de hidrogênio e a biomassa tem 6% de hidrogênio, o que poderiam ser aproveitados para a produção do insumo. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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4 Reino Unido: Governo consegue investimento privado de quase 10 bi de euros em pacote de investimento e comércio internacional

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, revelou hoje (19) que 18 novos acordos comerciais e investimentos no valor de £ 9,7 bilhões (US $ 13,39 bilhões) foram garantidos na Cúpula de Investimento Global com hidrogênio definido como benefício. O pacote de 18 negócios apóia o crescimento em vários setores vitais da economia verde do Reino Unido, incluindo energia de hidrogênio e vento, casas sustentáveis e captura e armazenamento de carbono. Com o comércio e investimentos significativos sendo anunciados para o setor verde do Reino Unido, isso poderia fornecer um grande impulso para a transição energética na região. Os projetos do pacote incluem Budweiser Brewing Group, braço britânico da cervejaria global AB InBev, e Protium, empresa líder de serviços de energia de hidrogênio verde com sede no Reino Unido, que se uniram para implantar hidrogênio verde com emissão zero na cervejaria Magor em South Wales, uma das maiores cervejarias do Reino Unido. Os dois grupos vão investir mais de £ 100 milhões ($ 138 milhões) para um sistema de geração de hidrogênio que irá abastecer a produção da cervejaria e também seus principais ativos de logística, incluindo veículos de mercadorias pesadas e empilhadeiras. (UK Government – 19.10.2021)

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5 Parceria de £ 400 mi entre a Breakthrough Energy de Bill Gates e o governo do Reino Unido para apoiar tecnologias de energia limpa, incluindo hidrogênio

Um novo acordo anunciado hoje (19) entre o governo do Reino Unido e a Breakthrough Energy Catalyst, fundada por Bill Gates, terá £ 400 milhões (US$ 465 milhões) investidos ao longo de 10 anos para impulsionar tecnologias de energia limpa, incluindo hidrogênio. Revelada no Global Investment Summit, a parceria se concentrará em várias tecnologias de ponta que podem estimular o crescimento necessário para atingir a emissão zero líquida até 2050 no Reino Unido e o hidrogênio deve ser uma dessas tecnologias a se beneficiar do acordo. Com isso, espera-se que as tecnologias e a produção relacionadas ao hidrogênio verde sejam bastante aprimoradas no futuro para uso doméstico, enquanto também se explora as oportunidades de exportação para mergulhar no lucrativo mercado de hidrogênio. O empresário comentou sobre o preço de Green Premium, que é a redução do custo das tecnologias limpas para que compitam com os produtos atuais de alta emissão. (UK Government – 19.10.2021)

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Meio Ambiente

1 Agência Internacional de Energia deixa de incluir a inação climática como uma opção viável

O World Energy Outlook 2021 (WEO 2021), recém-publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA), descreve em detalhes as diferentes formas como o sistema energético global poderia evoluir até 2050, mostrando diferentes cenários para os próximos anos. Mas a nova edição do relatório da IEA destaca-se, antes de tudo, por incorporar uma grande mudança: três dos quatro cenários que levanta são baseados no cumprimento dos objetivos climáticos, descartando "continuar como de costume" como opção viável. O novo WEO, lançado na semana passada, chega um mês antes do normal. A razão é que pretende ser uma referência para a Cúpula do Clima de Glasgow (COP26), que oferece uma oportunidade final e decisiva para os governos acelerarem sua ação climática. E como a IEA deseja que essa análise esteja amplamente disponível no período que antecede a cúpula, o WEO deste ano está disponível online, gratuitamente, em todo o mundo. O relatório fornece uma imagem detalhada de até onde e como os países progrediram em sua transição para a energia limpa e o que ainda falta fazer. Sua conclusão é que uma nova economia global de energia está surgindo, mas também que ela terá que se formar muito mais rapidamente para evitar os graves impactos de uma mudança climática. (Energías Renovables - 18.10.2021)

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2 Cobre, lítio e níquel: transição energética eleva demanda, e mineradoras preveem dificuldade de fornecimento

Carros elétricos, baterias, turbinas eólicas, painéis solares e milhares de quilômetros de fios de transmissão. Esses equipamentos essenciais para descarbonizar a economia vão elevar a demanda por minerais como cobre, lítio e níquel a patamares inéditos. Mineradoras, porém, já avisam que não darão conta de oferecer todas essas commodities na quantidade necessária e uma escassez - seguida por pressão nos preços - é esperada para os próximos anos. No caso do cobre, devem faltar entre seis e oito milhões de toneladas do metal em 2030, de acordo com especialistas na área. O volume corresponderá a cerca de 25% do mercado e é o dobro da escassez registrada no início dos anos 2000, quando o crescimento acelerado da China aumentou a procura pela commodity e também desencadeou uma pressão nos preços - a tonelada superou os US$ 10 mil. Agora, diante da previsão de falta global do produto, a cotação do metal também entrou em tendência de alta e hoje ronda a casa dos US$ 10,2 mil por tonelada. O Goldman Sachs, em relatório publicado em abril, estimou que o preço deve chegar a US$ 15 mil em 2025. (O Estado de São Paulo – 19.10.2021)

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Energias Renováveis

1 Aneel e IRENA debatem futuro do marco legal de geração offshore, agenda do hidrogênio verde e expansão de fontes renováveis

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, André Pepitone, participou nesta segunda-feira (18/10), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, de reunião com diretor da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), Gürbüz Gönül. No encontro, foram tratadas ações para promover ampla adoção e uso sustentável das fontes de energia renovável, incluindo hidrelétrica, solar e geração offshore, na busca do desenvolvimento sustentável, acesso à energia, segurança energética e crescimento econômico com baixo carbono. A agenda do hidrogênio verde, apontado como uma das grandes apostas na transição energética para a redução das emissões de carbono, também foi abordada. (Aneel – 18.10.2021)

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2 E1 Energia e GDSolar criam empresa para ampliar presença no mercado solar

A E1 Energia firmou acordo de acionistas e contrato de investimentos com os fundadores da GDSolar para a criação de uma nova empresa que atuará no mercado de geração distribuída, com início das atividades a partir de janeiro de 2022. A operação pretende intensificar a atuação em geração de energia elétrica fotovoltaica, em todo Brasil para clientes corporativos e pessoas físicas. A E1 Energia fica com 80% do controle acionário da nova operação, o restante ficará com os fundadores da GDSolar, que farão parte da gestão e condução das operações da nova companhia. O novo negócio tem como meta ampliar presença no mercado de energias renováveis com foco em geração fotovoltaica. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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3 Aneel libera 92,4 MW da Eólica Cumarú para operação

Para operação comercial a Agência Nacional de Energia Elétrica liberou as unidades geradoras das EOL Cumarú III, IV e V. As UGs somam 92,4 MW de de capacidade instalada. As usinas estão localizadas no estado do Rio Grande do Norte. As informações foram divulgadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 18 de outubro. Ademais, a Aneel autorizou para início da operação em teste, a partir de 16 de outubro, as unidades geradoras UG1 a UG3, de 3,465 MW cada, da EOL Ventos de Arapuá 1. Localizada nos Municípios de Areia de Baraúnas e Santa Luzia, no estado da Paraíba. As unidades geradoras das usinas EOL Santa Rosa e Mundo Novo I e EOL Santa Rosa e Mundo Novo V, localizadas no estado do Rio Grande do Norte e que juntas somam 46,2 MW de capacidade instalada. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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4 Setor de energia do Brasil pode gerar até US$ 25 bi em créditos de carbono

O setor de energia no Brasil tem um potencial de gerar até US$ 25 bilhões em créditos de carbono até o final desta década, em um cenário otimista. Esta é uma das conclusões de um novo estudo produzido pelo capítulo brasileiro da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil). Ainda segundo a pesquisa, desenvolvida em parceria com a WayCarbon, o foco de investimentos para a geração desses créditos deveria girar em torno de repotenciação das hidrelétricas, eólicas offshore, usinas solares flutuantes, cogeração, etanol de segunda geração, biocombustíveis avançados e hidrogênio verde. Para a diretora-executiva da ICC Brasil, Gabriella Dorlhiac, as oportunidades mapeadas no estudo não devem ser deixadas de lado pelo país. (Petronotícias – 19.10.2021)

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5 Mundo precisaria quadruplicar investimentos em eólica, aponta GWEC

O volume anual de energia eólica a ser implantado até 2030 globalmente deve quadruplicar em relação aos 93 GW instalados no ano passado para alcançar as metas de 2050. Segundo manifesto do Global Wind Energy Council, representado no Brasil pela Associação Brasileira da Energia Eólica, se as taxas de instalação atuais forem mantidas, o mundo terá apenas 43% da capacidade de energia dessa fonte ante aquela necessária para alcançar as metas de descarbonização da matriz. Assinam o documento 96 empresas e associações de toda a cadeia eólica. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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6 EDP de Portugal vai investir 13 mi de libras esterlinas em energias renováveis no Reino Unido até 2030

A EDP de Portugal anunciou na segunda-feira planos para injetar GBP 12,86 bilhões (USD 17,7 bilhões / EUR 15,2 bilhões) em projetos eólicos e solares no Reino Unido, complementando sua presença offshore com uma entrada no mercado onshore local através de 544 MW de capacidade total. A concessionária portuguesa irá canalizar o investimento através da EDP Renewables, subsidiária com sede em Madrid. A EDP pretende investir cerca de 660 milhões de libras esterlinas nos próximos cinco anos para expandir as suas carteiras eólica e solar onshore no Reino Unido. Ela adquiriu 544 MW de projetos em julho passado e também está em processo de negociação com parceiros locais em mais 200 MW de projetos eólicos. O montante está a ser comprometido para além dos 2,65 mil milhões de libras esterlinas que a EDPR e a concessionária francesa Engie estão a gastar nos projectos eólicos offshore escoceses Moray East e Moray West através da sua joint venture igualmente detida, Ocean Winds. (Renewables Now - 19.10.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Engie conclui venda da UTE Jorge Lacerda para FRAM Capital

A administração da Engie Brasil Energia concluiu a venda para a FRAM Capital do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, localizado em Capivari de Baixo, no Sul de Santa Catarina. O ativo tem capacidade instalada de 857 MW. O preço de aquisição de 100% da participação acionária da empresa controlada Diamante Geração de Energia, detentora do CTJL, é de até R$ 325 milhões, dos quais R$ 210 milhões foram pagos no fechamento da operação e R$ 115 milhões estão sujeitos ao cumprimento de determinadas condições precedentes, as quais devem ser concretizadas até o final de 2022. Adicionalmente, a Companhia concedeu à Diamante Holding Participações Ltda. uma opção de compra do Projeto da Usina Termelétrica Norte Catarinense, o qual compreende a futura implantação de uma usina a gás natural, com capacidade instalada de aproximadamente 600 MW, localizada no município de Garuva, na região Norte do Estado de Santa Catarina. Com a venda de CTJL, cerca de 97% da matriz da ENGIE no Brasil passa a ser renovável, proveniente de fontes de geração hidrelétrica, eólica, solar e biomassa. Outro ativo da Companhia que opera a carvão é a Usina Termelétrica Pampa Sul, com capacidade instalada de 345 MW, e que também está à venda, em linha com a estratégia global do Grupo para saída das operações a carvão até 2027 em todo o mundo. (CanalEnergia – 18.10.2021)

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2 Ásia tem dificuldade para se livrar de dependência do carvão

A Ásia é responsável por 70% do consumo global de carvão e os cinco países asiáticos - China, Índia, Japão, Indonésia e Vietnã - respondem por 80% das novas usinas a carvão planejadas em todo mundo, de acordo com um relatório da Carbon Tracker. As promessas da China e de outros países de avançar para a neutralidade de carbono aumentaram as esperanças de um futuro mais limpo, mas, de modo geral, a região está engajada em uma transição energética para energias renováveis muito lentamente, as promessas de paralisar a construção e o financiamento de novas usinas não dizem respeito aos projetos em andamento. Esse desafio é ilustrado pela gigantesca usina elétrica a carvão de Suralaya, na ilha indonésia de Java, uma das maiores do sudeste da Ásia e que fornece eletricidade para 14 milhões de residências por ano. A Indonésia prometeu se tornar neutra em carbono em 2060 e parar de construir novas usinas movidas a carvão a partir de 2023, mas essa usina está sendo expandida com um orçamento de US$ 3,5 bilhões (R$ 19 bilhões), sendo US$ 1,9 bilhão (R$ 10,3 bilhões) de financiamento público sul-coreano. A estimativa é que esteja concluído em 2024, com previsão de décadas de funcionamento. A maior emissora mundial, a China almeja atingir a neutralidade de emissão de carbono em 2060 e, pretende parar de financiar centrais termelétricas a carvão no exterior. Até agora, porém, o país deu poucos detalhes sobre esse compromisso e não informou se os projetos atuais serão afetados. Quase 60% da economia chinesa é movida a combustíveis fósseis e, como um sinal das dificuldades que virão, as autoridades acabam de pedir às minas que aumentem sua produção para amenizar uma crise energética. (Folha de S.Paulo – 18.10.2021)

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Economia Brasileira

1 Governo deve elevar o Auxílio Brasil para 400 reais até 2022, com parte fora do teto

O governo deve elevar o Auxílio Brasil, o programa social que sucederá o programa Bolsa Família, para 400 reais e pagar o benefício com esse valor até o fim de 2022. Há certa irritação na área econômica com os rumos da discussão, forçado pela recusa do Senado em acelerar a votação da reforma do IR, mas já se reconhece que o caminho tende a ser por essa proposta mais recente, sendo 300 reais pagos dentro do teto de gastos e 100 reais fora. Essa operação demanda mudança na Constituição, para liberar o limite de despesas, e veículo deve ser a PEC dos Precatórios, prevista para ser votada hoje na Comissão Especial da Câmara. Para driblar a falta de aprovação do IR, que seria a fonte de recursos determinada pela LRF, o novo programa social também terá que ter caráter temporário. O benefício de 400 reais será pago para as 17 milhões de famílias que estão incluídas no Auxílio Brasil, que tem uma MP já em tramitação no Congresso. O custo anual supera os 80 bilhões de reais e nada garante que os parlamentares não irão além disso. O governo ainda discute se dará algum tipo de benefício para os cerca de 20 milhões de “invisíveis” que deixarão de receber o auxílio emergencial em novembro. (Valor Econômico – 19.10.2021)

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2 Investimento público líquido fica negativo no 2º trimestre

O investimento líquido do governo geral (que engloba União, Estados e municípios) ficou negativo em 12,2 bilhões de reais no segundo trimestre deste ano, ante um saldo negativo de 6,8 bilhões de reais no mesmo período de 2020. Isso significa que os investimentos públicos não estão sendo suficientes para compensar a depreciação daqueles já realizados no passado. De acordo com os dados do Boletim Trimestral de Estatísticas Fiscais do Governo Geral, do Tesouro Nacional, o aprofundamento desse resultado negativo se dá, principalmente, pelo aumento do consumo de capital fixo, ou seja, pela deterioração da infraestrutura, que vem subindo trimestre a trimestre. O resultado desse cenário corresponde a um saldo negativo de 0,6% do PIB, de acordo com a publicação, que compila os dados de acordo com metodologia do Manual de Estatísticas de Finanças Públicas, elaborado pelo Departamento de Estatísticas do FMI. (Valor Econômico – 19.10.2021)

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3 Itaú: Demanda menor vai estabilizar a indústria

O reequilíbrio da demanda acima da oferta na indústria brasileira não deve trazer impulso positivo para o PIB do país, já que se dará mais pela queda na procura do que pelo aumento da produção na maioria dos segmentos, aponta o Itaú Unibanco. Em relatório, a equipe liderada por Mário Mesquita destaca que os estoques se mantêm recorrentemente baixos para os ramos de borracha e plástico, minerais não metálicos (vidros, cerâmica e cimento), metalurgia, metal e automotivo. “Tem um desequilíbrio entre oferta e demanda não só no Brasil, mas no mundo. Ele tende a convergir. Entender se isso será via queda da demanda ou aumento da oferta é fundamental, porque, se for pela produção, dá um impulso positivo para o PIB. Mas, se for pela queda da demanda, não”, explica o economista Luka Barbosa. O indicador de demanda por bens industriais da sondagem da FGV está perdendo força na margem, nota o Itaú, ainda que siga em patamares historicamente elevados e acima da produção industrial. Mas as próprias empresas parecem ter o entendimento de que a demanda alta é temporária, fruto, em parte, de uma migração do consumo de serviços para bens na pandemia que tende a se reverter agora. (Valor Econômico – 19.10.2021)

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4 FGV: IGP-M registra queda de 0,03%

O IGP-M registrou deflação de 0,03% na segunda prévia de outubro, vindo de baixa de 0,91% na primeira leitura do mês e de um decréscimo de 0,64% no encerramento de setembro, informou a FGV nesta terça-feira (12). Com peso de 60%, o IPA apresentou recuo de 0,32% na segunda leitura do mês. No mesmo período, o IPC, que representa 30% do IGP-M, teve variação positiva de 0,98%. Com os 10% restantes, o INCC ficou em 0,33% no período. (Valor Econômico – 19.10.2021)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 18 sendo negociado a R$ 5,5205 com variação de +0,81% em relação ao início do dia. Hoje (19), começou sendo negociado a R$ 5,5387, com variação de +0,33% em relação ao fechamento do dia útil anterior. Às 11h17 de hoje, estava sendo negociado pelo valor de R$ 5,5403, variando +0,02% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 18.10.2021 e 19.10.2021)

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Biblioteca Virtual

1 CASTRO, Nivalde de; CATTAN, Rafael; MASSENO, Luiza. "Metas de descarbonização brasileiras e os desafios da mobilidade elétrica".

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 TORRES, Thamara; OLIVEIRA, Luiza; MAESTRINI, Marcelo; SENRA, Paulo. "Um choque de realidade na operação do e-carsharing".

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3 LISBOA, Alexandre Heringer. “Paradoxos do Hidrogênio Verde”.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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