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IFE: nº 5.452 - 23 de março de 2022
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL lança livro "A Mobilidade Elétrica na América Latina"
2 Aneel consolida regras sobre contratação de energia nos ambientes regulado e livre
3 EPE divulga estudo sobre demanda de energia e eficiência energética para condicionamento de ar

Transição Energética
1 EIA: Geração renovável fornecerá 44% da eletricidade dos EUA até 2050
2 Bélgica: Operação de dois reatores nucleares é estendida

3 Masdar anuncia aumento de 40% na capacidade de energia limpa
4 RMI acelerará o progresso da descarbonização nos setores financeiro e elétrico
5 IRENA abre caminho para nova cooperação em materiais críticos para transição energética
6 Como o setor de água pode liderar o caminho para a neutralidade?

Empresas
1 Eletrobras/Limp: Usina nuclear Angra 3 deve ser concluída até novembro de 2027
2 Copel: Crescimento do lucro líquido consolidado

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Carga de energia cresce 8% em 2021 pela retomada da atividade econômica, mostra Eletrobras
2 Em ano de crise hídrica, Itaipu otimiza produção de energia
3 Alemanha se prepara para racionamento de energia no próximo inverno

4 Japão apaga as luzes para tentar evitar blecautes

Mobilidade Elétrica
1 Tesla: Inauguração da mega fábrica de VEs na Alemanha
2 Multilaser compra startup de motos elétricas Watts
3 Capacidade de bateria de lítio pode subir cinco vezes no mundo até 2030

Energias Renováveis
1 MRV: Inauguração de usina solar na BA

Gás e Termelétricas
1 ANP: Matriz de competências para descomissionamento de instalações offshore

Biblioteca Virtual
1 STOPFER, Nicole; SOARES, Anuska; CASTRO, Nivalde José de; ROSENTAL, Rubens. “A Mobilidade Elétrica na América Latina: Tendências, oportunidades e desafios”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL lança livro "A Mobilidade Elétrica na América Latina"

O GESEL está lançando o livro "A Mobilidade Elétrica na América Latina: Tendências, oportunidades e desafios", publicação realizada em parceria com a Fundação Konrad Adenauer (KAS). A KAS - através do seu Programa Regional de Segurança Energética e Mudanças Climáticas na América Latina (EKLA) - e o GESEL desenvolveram uma parceria acadêmica e científica que resultaram na realização de dois workshops em 2021, agregando especialistas de diferentes países, instituições e formação para analisar e examinar aspectos distintos da Mobilidade Elétrica na América Latina. A partir da massa crítica de conhecimentos gerada nestes eventos, foi produzido o presente livro composto de 10 capítulos elaborados pelos participantes dos eventos, assim como, por estudiosos no tema. A publicação materializa uma pequena contribuição da parceria entre a EKLA- KAS e o GESEL-UFRJ para estimular e fundamentar a análise e debate sobre o papel estratégico e dinâmico da Mobilidade Elétrica para o processo de disruptura tecnológica que o setor de transportes irá enfrentar, abrindo condições concretas de novos negócios e contribuindo para um posicionamento da América Latina neste novo mundo, que está caminhando para uma economia e sociedade sustentável. Acesse o livro na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.03.2022)

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2 Aneel consolida regras sobre contratação de energia nos ambientes regulado e livre

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta terça-feira (23/03) reunir em uma resolução 26 atos normativos que tratam sobre a contratação de energia elétrica nos mercados regulado e livre. O regulamento atende decreto de 2019, que dispõe sobre a consolidação, por temas, dos atos inferiores a decreto, além de tornar obrigatória a revogação das normas que perderam efeito no tempo. Entre atos que foram considerados no processo estão os que tratam da contratação de energia em leilões de energia de reserva, o que estabelece as condições de comercialização da energia das usinas Angra 1 e Angra 2 e a resolução que estabelece as condições para compra de energia das termelétricas do Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT). "Em suma, a Resolução Normativa de consolidação estabelecerá as regras atinentes à contratação de energia pelos agentes nos ambientes de contratação regulado e livre, incluindo, quando possível, a atualização de terminologias visando à melhoria da compreensão de comandos regulatórios e à simplificação da linguagem”, diz o voto da diretora Elisa Bastos. (Broadcast Ene rgia– 22.03.2022)

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3 EPE divulga estudo sobre demanda de energia e eficiência energética para condicionamento de ar

A EPE desenvolveu um novo estudo para avaliar a demanda de energia para condicionamento de ar nas residências brasileiras e a eficiência energética alcançada. Em parceria com a Universidade Federal do ABC (UFABC) e apoio da FAPESP, a proposta deste exercício é analisar posses e hábitos dos equipamentos elétricos utilizados em domicílios, em conjunto ao cálculo de energia evitada, de forma a projetar a demanda de eletricidade dos condicionadores até 2036 e a eficiência de energia dos aparelhos em uso. Para realizar as projeções de demanda de energia das residências nos estudos de planejamento, a EPE utiliza o Modelo de Projeção de Energia do Setor Residencial (MSR), que adota uma metodologia baseada na abordagem bottom-up, para os serviços energéticos relacionados à eletricidade, e uma top-down para as demais fontes de energia usadas nos domicílios nacionais. Neste Fact Sheet foi utilizado o MSR em conjunto com a ferramenta desenvolvida pela Universidade Federal do ABC (UFABC), a qual avalia os impactos regulatórios de políticas de eficiência energética para aparelhos de ar-condicionado de uso residencial. (EPE – 22.03.2022)

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Transição Energética

1 EIA: Geração renovável fornecerá 44% da eletricidade dos EUA até 2050

Até o ano de 2050, quase 50% da geração de energia dos Estados Unidos – 44% – será proveniente de geração renovável, em grande parte graças a aumentos e implantação de energia eólica e solar, pelo menos de acordo com as últimas expectativas da Energy Information Administration (EIA). Em seu Annual Energy Outlook 2022, divulgado na semana passada, o EIA fez uma projeção de caso de referência com base nas leis e regulamentos atuais. Esse relatório estimou que a energia solar reinará suprema nesses surtos de energia mais verde, superando a geração eólica no início da próxima década. Ao mesmo tempo, a participação total da geração de energia a combustível fóssil dos EUA provavelmente diminuirá 16%, para 44% do total dos EUA, devido ao recuo contínuo do carvão e às previsões de crescimento mais lento para a geração a gás natural. Notavelmente, a geração de gás natural continuará a aumentar, mas sua participação não será igual, diminuindo 3 pontos percentuais, para 34% do total dos EUA, até 2050. (Daily Energy Insider – 22.03.2022)

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2 Bélgica: Operação de dois reatores nucleares é estendida

O governo federal da Bélgica decidiu permitir que Doel 4 e Tihange 3 continuem operando até 2035, a fim de permitir que o país "fortaleça sua independência de combustíveis fósseis em tempos geopolíticos turbulentos". O governo de coalizão havia concordado anteriormente em eliminar gradualmente o uso de energia nuclear até 2025. Sob um plano anunciado pelo governo de coalizão da Bélgica em dezembro do ano passado, Doel 3 e Tihange 2 serão encerrados em 2022 e 2023, respectivamente. Os mais novos Doel 4 e Tihange 3 seriam desligados até 2025. No entanto, solicitou à Agência Federal de Controle Nuclear (FANC) que considerasse a operação estendida dos dois reatores mais novos se um relatório do operador da rede Elia, previsto para 18 de março, mostrasse a segurança do aprovisionamento energético ficaria comprometida após 2025 sem energia nuclear. As usinas nucleares da Bélgica respondem por quase metade da produção de eletricidade do país. Ainda não foi definido como o país vai compensar o déficit com o fechamento de seus reatores. Elia disse anteriormente que pelo menos 3,6 GWe de nova capacidade térmica seriam necessários até o final de 2025. (World Nuclear News – 21.03.2022)

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3 Masdar anuncia aumento de 40% na capacidade de energia limpa

A Masdar, uma das principais empresas de energia renovável do mundo, continua a fortalecer seu apoio à ação climática global, com a capacidade de seu portfólio de projetos de energia limpa aumentando 40% em 2021. Apesar da pandemia global, a capacidade de geração de eletricidade de todos os projetos em que a Masdar investiu - instalados ou em desenvolvimento - aumentou de 10,7 gigawatts (GW) para mais de 15 GW em 2021, de acordo com o Relatório Anual de Sustentabilidade de 2021 da empresa. O portfólio operacional de energia limpa da Masdar deslocou quase 7,5 milhões de toneladas de CO2 no ano passado, um aumento de 38% em 2020. Mohamed Jameel Al Ramahi, diretor executivo da Masdar, disse: "Desde que fomos fundadas em 2006, a Masdar tem sido um dos principais contribuintes para a mitigação das mudanças climáticas e esforços de redução líquida, tanto aqui nos Emirados Árabes Unidos quanto globalmente. (EE Online – 22.03.2022)

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4 RMI acelerará o progresso da descarbonização nos setores financeiro e elétrico

A RMI anunciou hoje a promoção de funcionários-chave para expandir o papel de liderança da RMI na transformação de nossos sistemas financeiros, indústrias e sistemas de energia para garantir um futuro de zero carbono para todos. Brian O'Hanlon e Mark Dyson assumirão cargos de liderança sênior supervisionando as equipes da RMI que trabalham para acelerar os esforços de descarbonização no setor financeiro e no sistema elétrico, respectivamente. A década decisiva para a ação climática está bem encaminhada – devemos reduzir pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e atingir zero líquido até 2050 para garantir que o aquecimento global não exceda uma média de 1,5°C. Manter esse objetivo ao alcance requer uma transformação urgente para uma economia de energia limpa. Para acelerar a mudança dentro do sistema financeiro e impulsionar a aplicação de capital para a transição para uma economia global segura, próspera e equitativa, a RMI promoveu Brian O'Hanlon a Diretor Administrativo da equipe de Finanças Alinhadas ao Clima . Nesta função, Brian trabalhará para capacitar governos, reguladores e instituições financeiras a serem parceiros estratégicos no fim da crise climática. (RMI – 22.03.2022)

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5 IRENA abre caminho para nova cooperação em materiais críticos para transição energética

Membros da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) lançaram um novo Quadro Colaborativo sobre Materiais Críticos para a Transição Energética, uma plataforma fornecida pela IRENA para trocar conhecimentos, melhores práticas e coordenar ações para garantir que a escassez de minerais e materiais não ameaçam a implantação acelerada de energia renovável. No evento, os países concordaram com o caminho a seguir no trabalho da IRENA para apoiar os países na compreensão dos desafios e oportunidades de materiais críticos para sustentar a transição energética. Co-facilitada pelo Peru e pelo Reino Unido, a Agência apoiará reuniões para intercâmbios peer-to-peer, incluindo reuniões virtuais e físicas, fornecendo meios eficazes para troca de informações. Atualmente, os sistemas de energia neutra em relação ao clima exigem quantidades significativas de minerais críticos, incluindo lítio, níquel, cobalto, cobre e elementos de terras raras (REEs) para instalações de energia renovável e soluções de armazenamento. À medida que as metas climáticas se tornam mais ambiciosas e as energias renováveis se tornam um pilar indispensável dos compromissos líquidos zero, os preços das matérias-primas começaram a subir. (IRENA – 22.03.2022)

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6 Como o setor de água pode liderar o caminho para a neutralidade?

Este ano, o tema do Dia Mundial da Água em 22 de março é tornar visível o invisível – e agora, mais do que nunca, os esforços do setor de água para promover a sustentabilidade global é uma história que deve ser compartilhada e celebrada amplamente. O setor de água está em uma posição única. Os operadores de água há muito são administradores de um recurso essencial e a infraestrutura hídrica é a pedra angular de toda economia próspera. Ao mesmo tempo, os sistemas hídricos atuais são as principais fontes de emissões globais de gases de efeito estufa (GEE): as concessionárias globais de água emitem o mesmo volume de GEEs que a indústria de transporte marítimo mundial. Mas as concessionárias de água podem reduzir suas emissões de forma drástica e rápida, com baixo ou nenhum custo – e já estão tomando medidas significativas. De fato, o setor de água pode se tornar um dos setores mais rápidos para descarbonizar e atuar como um modelo para outros. (World Economic Forum – 22.03.2022)

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Empresas

1 Eletrobras/Limp: Usina nuclear Angra 3 deve ser concluída até novembro de 2027

A Eletrobras revisou o prazo para conclusão da usina nuclear de Angra 3, e agora estima que o empreendimento será entregue em novembro de 2027, o que representa um atraso de um ano em relação ao cronograma informado anteriormente, disse o diretor-presidente da companhia, Rodrigo Limp. Segundo ele, a empresa tem trabalhado para a viabilização do empreendimento, mas ainda existem questões a serem definidas como o valor da tarifa a ser praticada pela usina e a definição do modelo para a escolha das empresas que participarão do consórcio para conclusão de Angra 3. Questionado sobre a viabilidade da empresa russa Rosatom entrar no projeto, Limp disse que isso dependerá das definições que serão tomadas por outros órgãos, como o BNDES, que cuidará da questão do consórcio. Sobre a separação da Eletronuclear e Itaipu da Eletrobras, disse que isso deve ocorrer após o encaminhamento da privatização da companhia, uma vez que essas empresas não podem fazer parte dos ativos repassados à iniciativa privada. (Broadcast Energia– 22.03.2022)

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2 Copel: Crescimento do lucro líquido consolidado

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) obteve lucro líquido de R$ 5,048 bilhões em 2021, alta de 29,1% na comparação com 2020. Até a publicação desta nota, a Copel não havia divulgado os dados do quarto trimestre de 2021. No ano, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 8,4 bilhões, valor 52% maior que o visto ao longo de 2020. A margem Ebitda alcançou 35% no ano, alta de 18,2% na mesma base de comparação. Já a receita operacional líquida da Copel em 2021 subiu 28,7% em relação aos 12 meses de 2020, para R$ 23,9 bilhões. Ao final de dezembro de 2021, a dívida líquida ajustada era de R$ 7,95 bilhões. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda, alcançou 0,99 vez no período, contra 1,20 vez, um ano antes. (Broadcast Energia– 22.03.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Carga de energia cresce 8% em 2021 pela retomada da atividade econômica, mostra Eletrobras

A carga de energia elétrica no Brasil cresceu 8% em 2021, dada a recuperação das atividades econômicas depois dos impactos sentidos em 2020 pela pandemia, apontou o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, em teleconferência com analistas nesta terça-feira.Ao todo, a estatal respondeu por cerca de 30% da geração de energia total no país em 2021, com um volume de 178.812 gigawatts hora (GWh) no ano. Limp lembrou que, no ano passado, o país viveu uma crise hídrica que afetou os reservatórios das usinas hidrelétricas, mas, segundo ele, a situação já melhorou. De acordo com o executivo, a melhoria no cenário hidrológico também se reflete no preço de liquidação das diferenças (PLD), no mercado de curto prazo. “Estamos hoje com uma situação mais confortável, que é fruto do aumento das chuvas e também das medidas adotadas pelo governo para gerenciamento dos reservatórios”, disse o executivo. (Valor Econômico – 22.03.2022).

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2 Em ano de crise hídrica, Itaipu otimiza produção de energia

Mesmo com menos água disponível em 2021, por conta da pior escassez hídrica dos últimos 91 anos, a usina hidrelétrica de Itaipu Binacional conseguiu melhorar os níveis de eficiência e produtividade, o que ajudou o Brasil a passar pela fase mais crítica da crise. Segundo o diretor-geral brasileiro de Itaipu, almirante Anatalicio Risden Junior, a binacional contribuiu focando na otimização da sua produção, de modo a garantir o melhor aproveitamento possível da água, desenvolvendo com ambos os países, Brasil e Paraguai, o melhor programa de produção possível para a usina. “Isso foi possível garantindo que cada unidade geradora estivesse no seu ponto ótimo de operação, isto é, determinando em cada momento o ponto ótimo de operação e utilizando apenas o número de unidades geradoras necessárias para operar nesse ponto ótimo”, disse o almirante. Isso porque a baixa afluência do Rio Paraná nos últimos dois anos levou os técnicos a aprimorarem a coordenação entre a geração de energia e a necessidade de parar as unidades geradoras para a realização de manutenções preventivas. O executivo afirma que, dentro do processo de sinergia e coordenação do Ministério de Minas e Energia e que envolveu todos os agentes institucionais do setor elétrico brasileiro para enfrentar a situação de crise hídrica e garantir o atendimento energético do país, “Itaipu contribuiu interagindo de forma estreita com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), de modo a atender da melhor maneira possível as necessidades do sistema”. Em 2019, para cada metro cúbico de água que passou por segundo pelas unidades geradoras, foi produzido 1,079 MW. Em 2020, o índice melhorou, chegando a 1,087 MW médio por m3/s. Já em 2021 foi atingida a melhor marca mensal na história da usina, com 1,1221 MWm/m3/s. (Valor Econômico – 22.03.2022)

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3 Alemanha se prepara para racionamento de energia no próximo inverno

Autoridades e empresas de energia da Alemanha já estão se preparando para um potencial racionamento de energia no próximo inverno na Europa. Fontes ouvidas pelo jornal "Financial Times" disseram que grupos industriais receberam cartas das operadoras de rede pedindo que antecipassem suas necessidades energéticas para se preparar para eventual racionamento. O governo de Olaf Scholz teme que a Rússia feche os dutos que fornecem mais da metade do gás natural consumido pelo país, como resposta às sanções do Ocidente por causa da invasão da Ucrânia. Duas empresas com fábricas no leste e no sudeste da Alemanha disseram ao "FT" que foram avisadas por seus fornecedores de que o abastecimento de gás poderá ser reduzido até o fim do ano. Questionada sobre a medida, a agência que supervisiona a infraestrutura de energia da Alemanha confirmou que está conversando com empresas para que se preparem para apagões em caso de escassez de energia. Os preparativos ocorrem enquanto a Alemanha tenta encontrar fontes alternativas para substituir o gás natural comprado da Rússia. O ministro da Economia, Robert Habeck, anunciou no início da semana um acordo com o Catar para o fornecimento de gás natural liquefeito. No entanto, Habeck destacou que o acordo não resolverá o problema no curto prazo e que a Alemanha continuará dependendo gás russo. Segundo ele, a ordem de prioridade para o consumo de energia será decidida em caso de desabastecimento. (Valor Econômico – 22.03.2022)

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4 Japão apaga as luzes para tentar evitar blecautes

A capital Tóquio desligou os luminosos de neon, enquanto seus moradores diminuíram as luzes e os termostatos ontem, atendendo ao apelo do governo para e evitar apagões, diante da grave escassez de energia causada por um grande terremoto na semana passada. Até três milhões de residências enfrentaram a ameaça de um blecaute na noite de ontem, quando a concessionária Tokyo Electric Power Co (Tepco) alertou sobre oferta restrita e crescente demanda à medida que a neve cobria Tóquio e a temperatura caía a 2ºC.Mas no final da noite, o país aparentemente havia evitado o risco de apagões, disse o Ministério da Economia, Comércio e Indústria. Ainda assim, as autoridades mantiveram o alerta de risco de blecaute para hoje, segundo a rede NHK. Um terremoto de magnitude 7,4 na semana passada na costa nordeste - a mesma região devastada por um terremoto e tsunami em 2011 - cortou temporariamente a energia de cerca de dois milhões de residências, incluindo centenas de milhares em Tóquio. O terremoto atingiu seis usinas térmicas, deixando-as fora de operação. Os danos podem deixar algumas delas inativas por semanas ou até meses, disse ontem o ministro do Comércio do Japão, Koichi Hagiuda. O Japão enfrenta um mercado de energia apertado desde o terremoto e tsunami de 2011, que provocaram o pior desastre nuclear desde Chernobyl na usina de Fukushima Daiichi, que levou à suspensão das operações na maioria dos reatores nucleares do país. (Valor Econômico – 23.03.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Tesla: Inauguração da mega fábrica de VEs na Alemanha

A Tesla anunciou na última terça-feira (22) a abertura oficial de sua fábrica de carros elétricos na Alemanha. A gigafábrica de Berlim foi construída ao longo de dois anos com base no maior investimento em uma fábrica de automóveis alemã na história recente: 5 bilhões de euros. O CEO da Tesla, Elon Musk, entregará aos clientes as primeiras unidades do SUV elétrico Tesla Model Y produzidos na nova instalação localizada em Grünheide, 30 km a leste do centro de Berlim. Além de Elon Musk, a cerimônia de abertura na tarde da terça-feira teve convidados do mais alto nível, como o chanceler alemão Olaf Scholz, o ministro federal de Assuntos Econômicos e Ação Climática Robert Habeck e outras autoridades federais e locais de alto escalão presentes, de acordo com a Reuters. A Tesla planeja contratar 12.000 trabalhadores para a fábrica de montagem de veículos e fábrica de baterias adjacentes em Grünheide, tornando o local o maior empregador do estado de Brandemburgo. Quando atingir a capacidade total, estará produzindo 500.000 veículos elétricos por ano e gerará 50 GWh de baterias, superando todas as outras unidades similares do país. O JPMorgan prevê que a fábrica construirá cerca de 54.000 carros em 2022, aumentando para 280.000 em 2023 e 500.000 até 2025. As autoridades locais deram à Tesla a autorização final em 4 de março para iniciar a produção na Gigafactory Berlin, desde que cumprisse várias condições em questões como uso da água e controle da poluição do ar. (Inside EVs – 22.03.2022)

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2 Multilaser compra startup de motos elétricas Watts

A Multilaser anunciou a aquisição da Watts Mobilidade Elétrica, startup fundada em 2018, que opera como uma montadora de veículos de duas rodas movidos a energia elétrica. Informado ao mercado na noite de segunda-feira, 21, o investimento será de R$ 10,5 milhões e a intenção por trás da compra é não apenas adentrar um novo segmento de produtos, mas também ganhar novos modelos de pontos de venda. A aquisição deve fazer da Multilaser a primeira montadora de veículos 100% elétricos na Zona Franca de Manaus e, também, ampliará a capilaridade comercial e de assistência técnica da Watts. A startup adquirida, por sua vez, conta com uma rede de lojas e concessionárias presente em 10 estados e no Distrito Federal. A Watts tem sete lojas próprias e 15 concessionárias que funcionam como distribuidoras autorizadas. Está nos planos que os produtos da marca própria da Multilaser de artigos esportivos elétricos, a Atrio, passe a estar presente nesses locais da Watts, assim como há a possibilidade de que a Watts ganhe presença em pontos de venda parceiros da compradora, por meio do modelo "loja dentro da loja" (store in store). Segundo André Poroger, vice-presidente de Produto da Multilaser, há potencial de adoção por profissionais e empresas que atuam no setor logístico, de locação de veículos , bem como aplicativos de entrega de refeições. (Terra – 22.03.2022)

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3 Capacidade de bateria de lítio pode subir cinco vezes no mundo até 2030

A capacidade global de baterias de íons de lítio pode aumentar mais de cinco vezes para 5.500 GWh até 2030, disse a consultoria Wood Mackenzie à Reuters na terça-feira, 22, alertando que o fornecimento de baterias seguirá apertado este ano. "O mercado de veículos elétricos responde por quase 80% da demanda por baterias de íons de lítio e os altos preços do petróleo estão incentivando a implementação de políticas de transporte de emissão zero, fazendo a demanda por baterias do tipo disparar", disse Jiayue Zheng, consultor da Wood Mackenzie. As Ford e General Motors anunciaram recentemente planos de expansão de VEs, com a Ford pronta para lançar sete modelos elétricos na Europa até 2024 e aprofundar a parceria com a Volkswagen para produzir um segundo veículo elétrico para o mercado europeu. A GM fez parceria com a Posco, da Coreia do Sul, para fabricar materiais de bateria no Canadá, com o objetivo de ter a nova fábrica funcionando até 2025. Fabricantes de baterias estão reagindo à demanda crescente com grandes planos de expansão, mas não conseguirão atender a demanda até 2023, afirmou a consultoria. (O Estado de São Paulo – 22.03.2022)

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Energias Renováveis

1 MRV: Inauguração de usina solar na BA

A cidade de Lapão, localizada na Chapada Diamantina, região do semiárido baiano, dispõe agora de um novo parque gerador de energia, capaz de suprir o consumo mensal de eletricidade de 12 mil habitantes. É uma usina fotovoltaica, de propriedade da MRV, que entrou em operação e promete gerar uma economia superior a R$ 300 mil/ano, somente através da energia captada do sol. A maior parte será destinada ao abastecimento de unidades da construtora, como obras, escritórios, lojas e demais estruturas físicas presentes. Mas, até o final do ano, uma parcela de clientes da companhia também poderá ser beneficiada. Com mais de 800 painéis fotovoltaicos, instalados em uma área de 3.200 m², estima-se a geração de 490 MWh/ano no local. O volume é suficiente para abastecer quase metade da população de Lapão, que tem 27 mil moradores. É a segunda usina solar inaugurada pela MRV. A primeira fica em Uberaba (MG) e está em operação desde novembro de 2021, gerando mais de 1.000.000 kWh/ano, o suficiente para suprir o consumo 25 mil habitantes de uma cidade, por mês. Para o município, além da oferta de energia limpa e barata, a usina contribuirá para o aumento de suas receitas, assim como para geração de empregos e, sobretudo, para melhorar a assistência prestada a crianças que vivem em situação de vulnerabilidade social. (Petronotícias – 22.03.2022)

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Gás e Termelétricas

1 ANP: Matriz de competências para descomissionamento de instalações offshore

Um novo avanço para a atividade de descomissionamento offshore no Brasil. A ANP publicou nesta semana um documento que traz com clareza as competências, regras, prazos e procedimentos adotados por cada um dos órgãos envolvidos no processo de descomissionamento de instalações marítimas de exploração e produção de óleo e gás. A chamada Matriz de Competências foi desenvolvida pela agência em parceria com o Ibama e a Marinha do Brasil. A publicação do documento atende uma recomendação do TCU e faz parte das iniciativas realizadas pela ANP para aprimorar a aplicabilidade do regime regulatório de descomissionamento. A Matriz de Competências está disponível no site da ANP. O descomissionamento é uma obrigação contratual das empresas realizada no final da vida útil dos campos. A atividade corresponde a uma série de ações associadas à interrupção definitiva da operação das instalações, ao abandono permanente e arrasamento de poços, à remoção de instalações, à destinação adequada de materiais, resíduos e rejeitos, à recuperação ambiental da área e à preservação das condições de segurança de navegação local. (Petronotícias – 22.03.2022)

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Biblioteca Virtual

1 STOPFER, Nicole; SOARES, Anuska; CASTRO, Nivalde José de; ROSENTAL, Rubens. “A Mobilidade Elétrica na América Latina: Tendências, oportunidades e desafios”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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