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IFE: nº 5.362 - 21 de outubro de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Conselho emite diretrizes sobre segurança cibernética
2 Participantes defendem PL 414 e criticam jabutis em evento da Câmara
3 MME determina retorno ao trabalho presencial
4 Audiência pública esclarece proposta sobre Regulação Econômico-Financeira
5 Eólicas e UTE recebem liberação para operação comercial e em teste
6 Aneel concede DRO para 3,1 GW

Empresas
1 Nova VTRM nasce com R$ 5,8 bi de receita líquidalo
2 EDP Brasil negociará ações no mercado europeu
3 Isa Cteep inaugura subestação digital do SIN em Lorena
4 Neoenergia Brasília inaugura novo Centro de Operações

Leilões
1 Aneel destaca sucesso dos leilões de transmissão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Repotenciação de hidrelétricas podem contribuir para segurança do sistema
2 Após dias de crescimento, reservatórios do SE/CO apresentam níveis estáveis
3 Itaipu registra menor produção desde 2005

Mobilidade Elétrica
1 ABVE defende manter regras da Letec até 2026
2 Infraestrutura de carregamento no Brasil
3 Kia confirma sete novos veículos elétricos até 2027
4 Toyota anuncia fábrica sustentável para a produção de baterias

Inovação
1 Parcerias internacionais colocam o Ceará na dianteira do hidrogênio verde
2 Hidrogênio verde está no foco de projeto do Senai e CTG Brasil
3 Noruega: TECO 2030 e equipe UiT na iniciativa de educação sobre hidrogênio
4 ‘Hidrogênio verde é a chave para atingir a meta climática’

5 Torre eólica mais alta do mundo é feita em Navarra e já possui o certificado DNV
6 Ingeteam lança nova ferramenta para manutenção preditiva de usinas de energia renovável

Meio Ambiente
1 Artigo: “Emissão zero do efeito estufa: inalcançável ou plausível?”

Energias Renováveis
1 Fonte solar alcança 11 GW no Brasil
2 Galp compra projetos solares que somam 594 MWp no Brasil
3 Enel Green Power inicia operação comercial do parque eólico Cumaru
4 EDP Renováveis anuncia investimentos bilionários em energia eólica onshore e offshore no Reino Unido

5 RWE promete gastar 15 bi de libras esterlinas em energias renováveis no Reino Unido
6 Grécia: STEAG planeja 480 MW de projetos solar
7 Croácia: leilões de renováveis
8 Rio Tinto descreve plano de energias renováveis 6GW Austrália

Gás e Termelétricas
1 EPE publica os Fatos Relevantes da Indústria do Óleo & Gás de setembro de 2021
2 CNPE aprova diretrizes para tarifa de Angra 3
3 UTE Termopernambuco e Araucária tem CVU revisado pela Aneel
4 Construção da termelétrica Rio Grande pode começar ainda este ano

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Aneel dialoga sobre abertura de mercado em evento virtual
2 Contratos legados são a principal barreira à ampliação do mercado livre
3 SPIC Brasil: Volatilidade do PLD vai se prolongar em 2022

Economia Brasileira
1 SPIC Brasil: Volatilidade do PLD vai se prolongar em 2022
2 Intenção de consumo das famílias interrompe sequência de alta

3 FGV Ibre: cenário externo acentua inflação
4 IFI: retomada do aumento da dívida é questão de tempo
5 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual
1 ARBEX, Nelmara. “Emissão zero do efeito estufa: inalcançável ou plausível?”


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Conselho emite diretrizes sobre segurança cibernética

Uma nova resolução com as Diretrizes sobre Segurança Cibernética no Setor Elétrico foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética nesta quarta-feira, 20 de outubro. Nesse caso, essas diretrizes tratam de questões como prevenção, tratamento, resposta e resiliência do setor elétrico, além de processos, capacitação de pessoas e tecnologias voltadas para o tema. A segurança cibernética foi analisada por grupo de trabalho criado pelo governo, que recomendou maior atenção das instituições, empresas e agentes do setor, assim como a adoção de melhores práticas para proteção e continuidade dos serviços prestados, segundo nota da Ministério de Minas e Energia (MME). O setor elétrico deve considerar a segurança cibernética como um investimento, já que um ambiente seguro permite ganhos operacionais por meio de tecnologias para operação remota e coleta de dados, que reduzem custos com manutenção. Novas tecnologias também estão associadas a melhores índices de qualidade dos serviços de geração, transmissão e distribuição, de acordo com o MME. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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2 Participantes defendem PL 414 e criticam jabutis em evento da Câmara

Participantes de encontro promovido pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo defenderam a aprovação do novo modelo do setor elétrico, especialmente da proposta do PL 414, que começa a dar os primeiros passos para tramitar na Câmara dos Deputados. Não faltaram, porém, críticas aos penduricalhos que o próprio Congresso Nacional tem incluído nas medidas provisórias que tratam de temas do setor, contrapondo essas alterações ao “consenso possível” que permitiu a aprovação da Lei do Gás. O evento aconteceu na manhã desta quarta-feira, 20 de outubro, e teve entre os convidados o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ele destacou os avanços obtidos pelo governo com a ajuda do Legislativo, elogiando, inclusive, a aprovação de MPs. “Há anos não se aprovava medida provisória no Congresso”, disse o ministro, lembrando que algumas das ações propostas ajudaram a evitar a possibilidade de racionamento e de apagão. “Costumo dizer que quando encaminhamos um PL ou MP para o Congresso o protagonista passa a ser o Congresso. Mas isso não significa que nós lavamos as mãos”, justificou Albuquerque, lembrando que há um processo de interação com o Legislativo. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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3 MME determina retorno ao trabalho presencial

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 20 de outubro, a Portaria N° 558, que estabelece o retorno ao trabalho presencial dos servidores e empregados públicos do MME, a partir desta data, exceto os casos que se enquadrem nas condições ou fatores de risco. De acordo com a Portaria, ficou estabelecido, em caráter temporário e especial, no período de 20 de outubro até 31 de dezembro de 2021, uma rotina de revezamento de dias de atividade presencial, que deve ser operacionalizado por cada Chefia. A Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração deverá continuamente acompanhar os casos de COVID no Distrito Federal, avaliar o consumo de energia, após o dia 20 de outubro, e apresentar relatório, até 15 de dezembro, visando a prorrogação ou o cancelamento dessa rotina temporária e especial. A Portaria afirma ainda que as Secretarias deverão migrar, nesse período, os servidores que permanecerão em trabalho não presencial, após 31 de dezembro, para o Sistema de Gestão por Teletrabalho. Caso não haja prorrogação do prazo desta Portaria, ou determinação superior para a manutenção do regime de trabalho devido a Pandemia, todos os servidores voltarão as suas atividades presenciais em 3 de janeiro de 2022, exceto aqueles que estiverem no Sistema de Gestão de Teletrabalho. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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4 Audiência pública esclarece proposta sobre Regulação Econômico-Financeira

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) expôs a proposta de consolidação de normas relativas ao tema “Regulação Econômico-Financeira – Regulamentação das Operações” em audiência pública virtual (AP27/2021) nesta quarta-feira (20/10). Houve apresentações técnicas sobre a minuta de resolução normativa no evento transmitido pelo canal da Aneel no YouTube. A audiência pública foi presidida pela assessora da diretoria da Agência, Nádia Maki. O objetivo é aprimorar oito atos normativos do regulamento em cumprimento ao Decreto 10.139/2019, que determina a consolidação ou revogação de normas tacitamente revogadas ou cujos efeitos tenham se exaurido no tempo. A área técnica da Aneel propôs mudanças para a atualização de aspectos inaplicáveis ou correções pontuais que buscam conferir maior clareza ao texto, mas não houve alteração de mérito. A proposta consta como atividade 89 da Agenda Regulatória 2021-2022. (Aneel – 20.10.2021)

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5 Eólicas e UTE recebem liberação para operação comercial e em teste

A Aneel autorizou para início da operação comercial, a partir de 20 de outubro, a unidade geradora UG11 de 4,2 MW, da EOL Ventos de Santa Martina 01. Localizada no Município de Caiçara do Rio do Vento, no estado do Rio Grande do Norte. Para operação em teste, a agência reguladora liberou as UG2 e UG3, da EOL Ventos de Santa Martina 01, totalizando 8,4 MW de capacidade instalada. A usina está localizada no estado do Rio Grande do Norte. E por fim, a UG17, com 1,42 MW da UTE Asja Jaboatão, localizada no Município de Jaboatão dos Guararapes, no estado de Pernambuco. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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6 Aneel concede DRO para 3,1 GW

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concedeu o registro de requerimento de outorga (DRO) para 3,113 gigawatts (GW) de geração térmica, solar fotovoltaica e eólica, de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU). Para saber quais usinas obtiveram as ourtogas, clique aqui. (Broadcast Energia – 20.10.2021)

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Empresas

1 Nova VTRM nasce com R$ 5,8 bi de receita líquida

Uma gigante de R$ 5,8 bilhões de receita líquida e R$ 1,4 bilhão de Ebitda em 2020, capacidade de geração de 3,3 GW, carteira de 1,9 GW em novos projetos de geração e 2,6 GW médios comercializados está nascendo no mercado brasileiro. É a Nova VTRM, produto da integração dos ativos de energia do grupo Votorantim e do fundo canadense CPP Investments, anunciada em fato relevante na noite de segunda-feira (18/10). A operação, com 150 dias de prazo para concretização formal, unirá sob o guarda-chuva da Nova VTRM, os ativos da Cesp (dos quais o maior é a UHE Porto Primavera), da Votorantim Energia e da VTRM, esta, parceria entre o grupo Votorantim e o CPP, controladora da Cesp (40% do capital total). Para criar a nova empresa, a Votorantim S.A. incorpora a ela a Votorantim Energia, avaliada em R$ 2,5 bilhões, e o CPP integralizará R$ 1,5 bilhão em dinheiro. A Votorantim terá 54,2% do capital da Nova VTRM e o CPP, 45,8%. (Brasil Energia – 27.10.2021)

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2 EDP Brasil negociará ações no mercado europeu

A EDP Brasil recebeu do Conselho da Latibex, mercado de valores mobiliários latino-americanos vinculado à bolsa espanhola, autorização para que suas ações sejam comercializadas no mercado europeu. A cerimônia virtual de listagem da companhia está marcada para o próximo dia 27 de outubro, às 7h30, com a participação de João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil, e de Jesús González-Nieto, diretor geral da Latibex, e será transmitida pelo canal da Latibex no Youtube. De acordo com empresa, durante a transmissão será realizado um webinar em que serão apresentados a estratégia e os planos de crescimento da companhia para o ciclo 2021-2025. Os papéis da EDP Brasil, cujo valor de mercado é estimado em R$ 12 bilhões, serão negociados na Latibex por meio do ticket XENBR. A empresa informou que com o ingresso no mercado europeu, espera aumentar sua exposição a investidores estrangeiros, possibilitando novas formas de financiamento de suas atividades e a valorização de seus ativos. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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3 Isa Cteep inaugura subestação digital do SIN em Lorena

A Isa Cteep inaugurou na cidade de Lorena, no interior de São Paulo, a primeira subestação digital da rede básica do SIN. A subestação conta com um banco de autotransformadores com capacidade instalada de 1.200 MVA, com capacidade de abastecer duas cidades do porte de São José dos Campos (SP), e vai beneficiar a região do Vale do Paraíba. O empreendimento tem investimento previsto pela Aneel de R$ 238 milhões, com RAP de R$ 11,8 milhões no ciclo 2021-2022, e foi entregue em setembro, um ano de antecedência em relação ao prazo do regulador. “Com este novo empreendimento, contribuiremos significativamente com o aumento da confiabilidade, eficiência e sustentabilidade para o sistema de transmissão brasileiro”, disse o diretor executivo de projetos da Isa Cteep, Dayron Urrego. Ainda, a subestação duplica a confiabilidade do abastecimento de energia para a região do Vale do Paraíba, que passa a contar com um sistema redundante, no caso de falha do primeiro, assegurando a continuidade do serviço. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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4 Neoenergia Brasília inaugura novo Centro de Operações

A Neoenergia Brasília inaugurou um novo Centro de Operações Integradas (COI), que em sua infraestrutura conta com equipamentos e tecnologia de ponta. A central vai monitorar em tempo real o que se passa em toda a rede, podendo se antecipar a eventuais gargalos e até mesmo operar o sistema à distância com alto nível de confiabilidade, minimizando os impactos de interrupções de energia para a população. O Centro de Operações está funcionando nas novas instalações da empresa, no ParkShopping Corporate, e tem capacidade três vezes maior que a anterior e funciona ininterruptamente 24 horas por dia, sete dias por semana. Possui ainda 24 posições de monitoramento do sistema elétrico e dois telões principais que apresentam em tempo real a radiografia da rede de energia. Cada uma das estações de trabalho conta com seis monitores acompanhando diferentes indicadores e variáveis. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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Leilões

1 Aneel destaca sucesso dos leilões de transmissão

A Aneel, representada pelos diretores Efrain Cruz e Sandoval Feitosa, participou nesta quarta-feira (20/10) do Webinar “Transmissão de Energia Elétrica no Brasil: Ambiente de Negócios e Oportunidades”. O evento virtual foi realizado em parceria com a Apex-Brasil e o MME, com o objetivo de dialogar sobre novas oportunidades de investimentos para o setor elétrico brasileiro, com destaque ao Leilão de Transmissão 02/2021. O diretor Sandoval Feitosa destacou os resultados positivos da Agência nos Leilões de Transmissão realizados nos últimos anos. “Chegamos a ter um ápice de doze proponentes por lote em média, o que demonstra um grande apetite por investimentos no Brasil. Temos um ambiente regulatório muito favorável aos novos investidores, a atratividade do nosso país faz dele um dos principais destinos de investimentos do setor de energia elétrica no mundo, em particular no segmento de Transmissão”. (Aneel – 20.10.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Repotenciação de hidrelétricas podem contribuir para segurança do sistema

A repotenciação e obras de melhorias em algumas hidrelétricas existentes no Brasil novamente entra em debate como uma alternativa de baixo custo para incrementar energia nova e dar mais confiabilidade ao sistema elétrico. Atualmente, o País tem um parque hídrico com mais de 110 GW entre UHEs e PCHs muitas delas com idade superior a cinco décadas. E mesmo com o avanço da geração a partir das fontes eólica e solar, os ativos hídricos continuarão por bastante tempo a ter participação relevante na matriz elétrica brasileira, o que exigirá melhor aproveitamento e flexibilidade do parque gerador disponível. O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, sempre foi um defensor desta ideia. Segundo ele, “a repotenciação de hidrelétricas que podem dar uma contribuição fundamental”. Todavia, neste novo papel que as hidrelétricas terão no sistema, o diretor de Estudos de Energia Elétrica da EPE, Erik Rego, lembra que muitos contratos de concessão vencem nesta década e isso pode não ser atrativo para o investidor. “Grande parte do potencial de repotenciação está como usinas de cotas. Temos esses desafios para tratar com a sociedade para deixar as hidrelétricas participarem na nova recomposição da matriz”, afirma. Um estudo da EPE de 2019 mostrou que a no contexto de expansão da capacidade, a repotenciação traria ganhos energéticos de eficiência, otimização da geração hidrelétrica, redução do CMO e ganho adicional de capacidade de aproximadamente 11.000 MW. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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2 Após dias de crescimento, reservatórios do SE/CO apresentam níveis estáveis

Os reservatórios do subsistema SE/CO apresentaram níveis estáveis, na última terça-feira, 19 de outubro, segundo o ONS, e estão operando com 17,3% de sua capacidade. A energia armazenada está em 35.310 MW mês e ENA é de 28.005 MWM, equivalente a 80% da MLT. Furnas marca 15,96% e a usina de Nova Ponte marca 10,61%. A região Norte diminuiu 0,6 p.p e está com 51,9% da capacidade. A energia armazenada mostra 7.868 MW mês e a ENA aparece com 1.995 MWM, o mesmo que 71% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 64,84%. A Região Sul contou com crescimento de 1,1 p.p e está operando com 42% de sua capacidade. A energia retida é de 8.349 MW mês e ENA aponta 16.186 MWM, valor que corresponde a 91% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 31,41% e 47,32% respectivamente. Os reservatórios do Nordeste tiveram aumento de 0,1 p.p e contam com 36,7%. A energia armazenada indica 18.939 MW mês e a ENA computa 1.024 MWm, correspondendo a 33% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 34,47%. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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3 Itaipu registra menor produção desde 2005

Técnicos da usina hidrelétrica de Itaipu estão se esforçando para cumprir a demanda de energia, cuja produção despencou devido a uma seca histórica do rio Paraná que pode durar até o próximo ano. A barragem da usina registrou sua menor produção desde que a hidrelétrica começou a operar a plena capacidade em 2005. Rio abaixo, a usina argentino-paraguaia Yacyretá produziu metade do nível normal de energia em setembro. "Temos energia disponível, o que não temos é água para sustentar essa energia por muito tempo", disse o superintendente de Operações de Itaipu, Hugo Zarate, acrescentando que a usina estava "atendendo à demanda, mas por curtos períodos de tempo". Zarate estimou que a produção de Itaipu ficará entre 65 mil e 67 mil GWh neste ano. “Isso é cerca de 35% do valor máximo de 2016 e 15% menos que em 2020”, afirmou ele. Itaipu tem afluência média normal de cerca de 11 mil m3/s, enquanto a usina de Yacyretá é de 14,5 mil m3/s, segundo seus técnicos. Ambas dependem do fluxo do rio e têm capacidade limitada de armazenamento. A produção é fortemente impactada pelos fluxos rio acima na bacia do Paraná, regulados por cerca de 50 barragens no Brasil, que viram os reservatórios de água diminuir desde 2019 em meio à queda nos níveis de chuvas. A vazão média em Itaipu até agora neste ano é de 6.800 m3/s, nível semelhante ao da década de 1970, segundo Zarate. Os fluxos mensais médios para Yacyretá estão entre 6.000-9.500 m3/s, disse Lucas Chamorro. Apesar de uma melhora recente, parece provável que haja chuvas abaixo do normal para o sul do Brasil pelo resto do ano, disse o analista sênior de pesquisas meteorológicas da Refinitiv Isaac Hankes. (Folha de S.Paulo – 20.10.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 ABVE defende manter regras da Letec até 2026

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) apoia a extensão no tempo das atuais alíquotas de Imposto de Importação de veículos elétricos e híbridos e defende que elas continuem em vigor até 2026. “Não é hora de mudar as regras de tributação dos veículos eletrificados importados, pois o mercado brasileiro da eletromobilidade ainda está em formação” – disse o presidente da ABVE, Adalberto Maluf. Segundo o vice-presidente do Grupo de Veículos Leves da ABVE, Pedro Bentancourt, a continuidade das atuais alíquotas da Letec (Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul) é indispensável para a eletromobilidade no Brasil, inclusive para as empresas que já produzem VEs no país, e para outras que confiam nestas tecnologias. A Letec é um instrumento que permite ao governo brasileiro excluir da tarifa externa comum dos países do Mercosul os produtos importados considerados importantes para o mercado do país, ou sem similar nacional. As regras atuais para veículos elétricos e híbridos importados foram fixadas pela Resolução 86/2014 da Câmara de Comércio Exterior (Cacex), e têm sido renovadas desde então. Pelas alíquotas em vigor, os veículos 100% elétricos têm tarifa zero de Imposto de Importação, enquanto os veículos híbridos desmontados ou semidesmontados, dependendo de alguns critérios, como peso e eficiência energética, pagam entre 2% e 7%. Segundo o presidente da ABVE, os números de crescimento de veículos eletrificados no Brasil, embora expressivos, ainda são insuficientes para garantir a produção local da maioria dos automóveis e comerciais leves vendidos no mercado nacional. “O mercado brasileiro de eletromobilidade está amadurecendo, porém num ritmo mais vagaroso do que em outros países. Mudar as atuais regras do jogo poderia comprometer as conquistas que já obtivemos nos últimos anos” – apontou o presidente da ABVE. (ABVE – 06.10.2021)

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2 Infraestrutura de carregamento no Brasil

A expedição da Porsche, do Sul ao Nordeste do país, chegou ontem ao Rio, com 5,8 mil km rodados. A aventura foi cuidadosamente preparada para não falhar. Para garantir que a travessia do Taycan por 14 Estados, fosse perfeita, o trajeto elaborado prevê a passagem por 33 pontos de carregamento de baterias. A iniciativa da Porsche serve para tentar acabar com um dos estigmas que se criaram em relação aos modelos 100% elétricos. O Brasil está longe de oferecer a infraestrutura de carregamento que se vê nos países europeus, por exemplo. Mas os próprios fabricantes de veículos estão cuidando da ampliação dessas fontes. Por meio de parcerias entre as marcas de carros e concessionárias de energia a cada dia surgem novos pontos de abastecimento. O carregamento em locais públicos, que ainda funciona como instrumento de marketing, tanto do fabricante de veículo quanto do estabelecimento, é gratuito. A Volvo Car planeja ter mil pontos públicos instalados no Brasil até o fim deste ano. Além disso, segundo o diretor-geral da Volvo Car, João Oliveira, 90% dos proprietários de automóveis elétricos fazem o carregamento das baterias quase que exclusivamente em casa ou no escritório. Mas, diz Oliveira, a maior preocupação das marcas de elétricos, agora, é garantir pontos de carregamento ao longo das rodovias. Isso traria tranquilidade para o motorista de um veículo 100% elétrico para usar o carro em viagens mais longas. O primeiro corredor do Brasil com essas características foi instalado há três anos no trecho da Via Dutra, entre Rio e São Paulo. É resultado de uma parceria entre a EDP e o Grupo BMW. Outro projeto, envolvendo a EDP, Gesel, grupo de estudos da UFRJ, e as marcas Volkswagen, Audi e Porsche, já tem cinco pontos de carregamento ultra rápido instalados em estradas do interior e litoral paulista e na Rodovia Regis Bittencourt. Nesses eletropostos em rodovias, segundo as empresas, com 40 minutos é possível obter carga total. Tempo suficiente para a tradicional parada de viagem para um café. (Valor Econômico – 20.10.2021)

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3 Kia confirma sete novos veículos elétricos até 2027

Na noite da quarta (20), a Kia apresentou seu novo logotipo e os futuros passos da marca. Com aspiração na mobilidade urbana sustentável, a montadora de origem sul-coreana ainda anunciou que deixará de usar o nome Kia Motor Company e usará apenas o nome Kia. A marca ainda confirmou que até 2027 serão lançados sete novos veículos elétricos. "Temos muito o que fazer no mercado brasileiro. Seguiremos fortes com uma transformação completa do nosso portfólio rumo à mobilidade elétrica com novos serviços e experiências que sejam significativos e gratificantes aos nossos clientes", afirmou José Luiz Gandini, presidente da Kia Brasil. Enquanto os modelos elétricos não desembarcam por aqui, a marca confirmou que no início de novembro irá fazer uma nova live, apresentando seu primeiro SUV híbrido no Brasil. (R7 – 21.10.2021)

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4 Toyota anuncia fábrica sustentável para a produção de baterias

A Toyota segue adiante com os investimentos em eletrificação. A montadora japonesa acaba de anunciar um investimento de US$ 3,4 bilhões até 2030 para o desenvolvimento e produção de baterias para VEs nos Estados Unidos, valor que faz parte do total de US$ 13,5 bilhões anunciados recentemente pela companhia para a transição energética. Esse movimento inclui a criação de uma nova empresa e a construção de uma fábrica sustentável dedicada à produção de baterias no país. Com início de operações previsto para 2025, a instalação norte-americana receberá US$ 1,29 bilhão em investimentos até 2031, resultando na criação de 1.750 novos empregos no país norte-americano. Parte das atividades da nova empresa inclui auxiliar a Toyota a desenvolver e expandir ainda mais sua cadeia local de suprimentos e know-how de produção relacionado a baterias de íon-lítio para veículos elétricos e híbridos. Em um primeiro momento a unidade irá se concentrar em produzir baterias para veículos híbridos, e aos poucos avançar no fornecimento para os novos veículos elétricos que chegarão ao mercado. Além disso, espera-se que o empreendimento ajude a promover os objetivos da empresa de criar um impacto positivo em termos ambientais, incluindo o avanço de seus esforços em direção à neutralidade de carbono de forma prática e sustentável. Mais detalhes do projeto, como local, capacidade de produção, estrutura de negócios, serão revelados no futuro. (Inside EVs – 20.10.2021)

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Inovação

1 Parcerias internacionais colocam o Ceará na dianteira do hidrogênio verde

O Ceará, que ao longo dos últimos anos foi o primeiro estado brasileiro a instalar uma usina eólica e uma usina solar comercialmente viável, mantém três hubs em operação. O portuário fica concentrado no Complexo de Pecém. Agora, lidera os esforços para a implementação de um hub de desenvolvimento de hidrogênio verde, a ser instalado no Complexo do Pecém. Para isso, firma parcerias com empresas e instituições acadêmicas do próprio estado, mas também com corporações multinacionais de referência. O Ceará possui capacidade para gerar até 40 GW de hidrogênio verde e os memorandos assinados já contemplam 20 GW de produção. Diante desse cenário, o Ceará já firmou dez acordos para a implementação da infraestrutura necessária para produzir hidrogênio verde. (Valor Econômico – 21.10.2021)

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2 Hidrogênio verde está no foco de projeto do Senai e CTG Brasil

O Senai-RN e a CTG Brasil lançaram uma chamada pública para desenvolvimento de soluções focadas em hidrogênio verde. Orçado inicialmente em R$ 18 milhões, está enquadrado no Programa de P&D da Aneel com um prazo de término de 36 meses. As inscrições serão abertas a partir da próxima sexta-feira, 22 de outubro, até o dia 19 de novembro por meio da plataforma de inovação da indústria. A promessa é de que os interessados tenham resposta para a convocação até o final do ano. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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3 Noruega: TECO 2030 e equipe UiT na iniciativa de educação sobre hidrogênio

A fim de apoiar uma economia de energia limpa, a Universidade de Tromsø (UiT The Arctic University of Norway, em inglês) está oferecendo cursos em hidrogênio e células de combustível. A TECO 2030 disse hoje (21) que se associou à Faculdade de Engenharia, Ciência e Tecnologia da UiT para apoiar a iniciativa de educação e aprimorar a pesquisa sobre a tecnologia. A UiT está localizada na mesma cidade onde a TECO 2030 desenvolve a primeira gigafábrica de células de combustível de grande escala da Noruega, a partir da qual dará suporte ao transporte de emissões zero e outras aplicações pesadas. Com base neste acordo, a TECO 2030 e a UiT também identificarão e cooperarão na criação de outros projetos relacionados ao hidrogênio para aplicações marítimas e terrestres para apoiar o setor. (H2 View – 21.10.2021)

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4 ‘Hidrogênio verde é a chave para atingir a meta climática’

Os mercados regionais e o armazenamento sazonal parecem "cada vez mais atraentes" com maior variação do preço da energia, de acordo com o relatório da Statkraft. O relatório destacou que o investimento em energia renovável em 2020 foi 7% maior do que em 2019, apesar da pandemia. O efeito combinado de custos mais baixos de energia renovável e políticas climáticas mais fortes resultará em emissões de carbono seguindo um caminho de dois graus. O hidrogênio verde é necessário para limitar a mudança climática aos níveis do Acordo de Paris, disse Statkraft. Cerca de 10% da demanda global de energia virá da produção de hidrogênio verde em 2050 e mais de 20% para a Europa, no cenário de baixas emissões da Statkraft. (Renews - 21.10.2021)

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5 Torre eólica mais alta do mundo é feita em Navarra e já possui o certificado DNV

Nabralift 2.0, a nova família de torres autoelevatórias da Nabrawind, recebeu a Declaração de Conformidade de Avaliação de Projeto da DNV. A empresa espanhola certificou toda a família de torres Nabralift 2.0, composta por três configurações de torres que cobrem alturas de cubo entre 140 e 190 metros. O Nabralift 2.0 HH190 torna-se assim a torre mais alta do mundo a obter esta certificação. A DNV confirma com esta certificação a resistência estrutural e compatibilidade da torre Nabralift 2.0 para turbinas eólicas com uma potência de 4.X megawatts e 5.X megawatts. O primeiro Nabralift 2.0 será instalado este ano no quarto trimestre de 2020 em Marrocos, e será composto por um modelo 3F com uma altura de cubo de 144 metros. (Energías Renovables - 20.10.2021)

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6 Ingeteam lança nova ferramenta para manutenção preditiva de usinas de energia renovável

A Ingeteam acaba de anunciar o lançamento de uma nova ferramenta de manutenção preditiva, Ingepredict , que permite integrar todos os seus produtos e serviços em uma única marca "com o objetivo de aumentar a produção e prolongar a vida útil dos ativos das centrais de geração de energia. Renováveis e energia industrial ". A nova ferramenta - explica o fabricante - é capaz de detectar precocemente defeitos que podem causar paradas inesperadas na produção, deficiências na manutenção ou qualquer desvio que implique despesas ou lucros cessantes. Além disso, a Ingepredict oferece ao mercado uma solução abrangente e de grande valor agregado ao serviço de manutenção preditiva, integrando em uma única plataforma para diferentes soluções. (Energías Renovables - 21.10.2021)

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Meio Ambiente

1 Artigo: “Emissão zero do efeito estufa: inalcançável ou plausível?”

Em artigo publicado no Estadão, Nelmara Arbex, sócia da KPMG, trata da urgência de novas metas e decisões para zerar as emissões líquidas de carbono e a importância que a COP 26 terá frente a esse objetivo. Segundo a autora, “a reunião [...] tem sido considerada por muitos especialistas como a última chance para a definição de um acordo climático obrigatório. Isso é urgente. Caso os representados dos governos não consigam, iremos conviver com os desastres climáticas por muitos anos que irão também impactar de forma cada vez mais severa a economia de todos os países”. A mesma acrescenta que “para atingir essa meta, os países precisarão trabalhar juntos para, entre outras coisas, acelerar a eliminação do carvão como fonte de energia em grande escala, reduzir drasticamente o desmatamento, acelerar a mudança para veículos elétricos alimentados por energia proveniente de fontes renováveis, investir em produção e distribuição de energias de fontes renováveis”. Ela conclui que “num cenário atípico e desafiador em função da pandemia do novo coronavírus, a COP 26 representa uma oportunidade histórica de colocar o mundo no caminho para enfrentar a recessão e o desafio da mudança climática de forma corajosa, duradoura e benéfica para todos”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 21.10.2021)

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Energias Renováveis

1 Fonte solar alcança 11 GW no Brasil

O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 11 GW de potência operacional da fonte solar fotovoltaica. Esse volume soma usinas de grande porte e em sistemas de pequeno e médio portes instalados em telhados, fachadas e terrenos. Segundo a Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica, foram cerca de R$ 57,2 bilhões em novos investimentos, R$ 15,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e mais de 330 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 12,5 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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2 Galp compra projetos solares que somam 594 MWp no Brasil

A Galp fechou acordou para comprar dois projetos solares em estágio de desenvolvimento no Brasil. Juntos, somam capacidade total de 594 MWp. São localizados nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte, com capacidades de 282 MWp e 312 MWp, respectivamente. Os projetos deverão entrar em operação comercial antes de 2025. Em comunicado, a empresa informa que com estas transações, ganha acesso a ativos de elevada qualidade num país onde a empresa está presente há mais de 20 anos e que se encontra entre os 10 principais países no mundo com maior procura de energia e com a ambição de duplicar a sua capacidade instalada atual de geração de solar e eólica para 40 GW em 2030. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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3 Enel Green Power inicia operação comercial do parque eólico Cumaru

A Enel Green Power iniciou a operação comercial do parque eólico Cumaru, de 206 MW de capacidade instalada, localizado em São Miguel do Gostoso (RN). O empreendimento demandou investimentos da ordem de R$ 948 milhões. Cumaru é composto por 49 aerogeradores, cuja produção será integralmente destinada para o mercado livre, segundo a empresa, para venda da energia a clientes comerciais. Além do parque eólico, a companhia possui outros três parques eólicos e um parque solar em construção, todos localizados no Nordeste e que somam cerca de 1,1 GW de capacidade instalada. (Brasil Energia – 20.10.2021)

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4 EDP Renováveis anuncia investimentos bilionários em energia eólica onshore e offshore no Reino Unido

A EDP, através da sua filial EDP Renováveis, quarta maior produtor mundial de energias renováveis, irá investir 12,86 bilhões de libras esterlinas no Reino Unido nos próximos anos para investimentos em projetos de eólicas offshore. Miguel Stilwell d’Andrade, CEO da EDP e da EDPR, disse que os planos de investimento até 2030 reafirmam o compromisso do grupo com o Reino Unido, considerado um mercado estratégico. “Temos uma posição estabelecida no segmento offshore, agora complementada pela nossa entrada em onshore e iremos explorar quaisquer outras oportunidades que nos permitam continuar a desempenhar um papel de liderança na transição energética do Reino Unido”, declarou. A entrada do Grupo EDP no mercado offshore está sendo feita às vésperas da COP-26, que será realizada entre 1º e 12 de novembro, em Glasgow, Escócia. (Petronotícias – 20.10.2021)

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5 RWE promete gastar 15 bi de libras esterlinas em energias renováveis no Reino Unido

A empresa alemã de energia RWE se comprometeu a investir 15 bilhões de libras esterlinas (20,7 bilhões de dólares / 17,8 bilhões de euros) em tecnologias de energia renovável e infraestrutura no Reino Unido até 2030, com o objetivo de aumentar seu negócio eólico no país. O investimento proposto inclui investimentos comprometidos em projetos que já estão em construção, disse a RWE na terça-feira. Ele explicou que mais de 90% dos gastos de capital irão para tecnologias sustentáveis, como energia renovável e projetos de armazenamento de baterias. (Renewables Now - 21.10.2021)

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6 Grécia: STEAG planeja 480 MW de projetos solar

A alemã-austríaca JV STEAG Solar Energy Solutions (SENS) vai começar a construir 480 MW de parques fotovoltaicos na Grécia no próximo ano. Com 348 dias e 2.800 horas de sol por ano, a Grécia oferece as condições ideais para geração de energia regenerativa usando energia fotovoltaica, disse o SENS. O esquema, que está sendo realizado com o Grupo LSG de Viena, compreenderá doze grupos de projetos com um total de 25 subprojetos. O SENS atuará como desenvolvedor do projeto e será responsável pelo planejamento, construção e serviços de O&M dos sistemas. Os parceiros de financiamento de longo prazo Green Source e Core Value Capital também estão envolvidos. (Renews - 20.10.2021)

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7 Croácia: leilões de renováveis

A Croácia adotou leilões de energias renováveis em uma tentativa de aumentar a participação das energias renováveis em seu mix de energia, diz a GlobalData. A empresa observa que esses leilões devem ajudar a aumentar a capacidade instalada de energia renovável do país (excluindo energia hidrelétrica) de 1 GW em 2020 para 3,2 GW em 2030, crescendo a uma notável taxa de crescimento anual composta de 12%. O governo pretende atribuir 2,26 GW de capacidade de energia renovável por meio do mecanismo de leilão. Em fevereiro de 2021, o governo anunciou um segundo leilão renovável para 400 MW de capacidade renovável, que deve ser realizado até o final de 2021. A matriz atual é de 798 MW de energia eólica e 85 MW de capacidade solar fotovoltaica, e o governo tem como meta 1,36 GW de energia eólica e 0,77 GW de energia solar até 2030. (Energy Global - 21.10.2021)

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8 Rio Tinto descreve plano de energias renováveis 6GW Austrália

A gigante mineradora global Rio Tinto traçou planos para descarbonizar algumas de suas operações australianas usando energia eólica e solar. Ela espera gastar cerca de AUS $ 7,5 bilhões (€ 4,8 bilhões) em despesas de capital diretas com a descarbonização dos ativos da Rio Tinto de 2022 a 2030. O foco será em energia renovável para minério de ferro em Pilbara e para as fundições de alumínio australianas, com investimento de AUS $ 0,5 bilhão por ano de 2022 a 2024. A descarbonização de suas operações de minério de ferro na região de Pilbara, na Austrália Ocidental, será acelerada visando a rápida implantação de 1 GW de energia eólica e solar. A Rio Tinto disse que isso reduziria cerca de 1 milhão de toneladas de CO 2 , substituiria a energia do gás natural para usinas e infraestrutura e apoiaria a eletrificação antecipada de equipamentos de mineração. (Renews - 20.10.2021)

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Gás e Termelétricas

1 EPE publica os Fatos Relevantes da Indústria do Óleo & Gás de setembro de 2021

Uma alta sem precedentes nos preços internacionais do gás natural provocou aumento dos custos de geração termelétrica, substituição do gás natural por óleo combustível, aumento das tarifas de energia para os consumidores finais e paralisação da produção em indústrias intensivas em gás natural em vários países da Europa, Ásia e Oriente Médio. Os preços no hub TTF e o GNL na Ásia ultrapassaram os US$ 30/MMBtu. Nos EUA, o Henry Hub disparou para US$ 5,16/MMBtu. Os preços do petróleo também alcançaram seus maiores valores desde 2018. A lenta recuperação da produção norte-americana depois da passagem do furacão Ida pressionou a oferta, tornando o energético ainda mais escasso. A retomada indiana e a expectativa de aumento da demanda por derivados em algumas regiões com a alta dos preços de gás natural favoreceram uma valorização ainda maior. No Brasil, o aumento dos preços de combustíveis levou a propostas de mudanças na tributação estadual e fez o Programa Gás Social ser aprovado na Câmara. O Brasil alcançou volumes recorde de importação de GNL, enquanto o Novo Mercado de Gás avançou com o arrendamento do terminal da Bahia, e as CDLs do Rio de Janeiro e Minas Gerais iniciaram chamadas públicas para compra de molécula. (EPE – 20.10.2021)

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2 CNPE aprova diretrizes para tarifa de Angra 3

O CNPE aprovou as diretrizes para a definição do preço da energia da usina nuclear Angra 3, que será estabelecida a partir dos estudos do BNDES. A resolução aprovada, em 20 de outubro, determina que o valor deve considerar a viabilidade econômico-financeira do projeto, que terá custo de capital próprio de 8,88% a.a. em termos reais, além dos investimentos necessários à conclusão da usina e o pagamento de dívidas novas e preexistentes. O preço também vai embutir eventuais reduções de custos obtidas na contratação de fornecedores para conclusão das obras do empreendimento. A EPE deverá ser consultada sobre o impacto ao consumidor, antes da aprovação da tarifa. A decisão do CNPE é parte do processo de privatização da Eletrobras, que passará por uma reestruturação para manter a Eletronuclear sob controle da União, como prevê a Constituição Federal. A estatal que controla o complexo nuclear de Angra e a Itaipu Binacional, que também não pode ser privatizada, terão como controladora a Enbpar, uma nova estatal criada com essa finalidade. As diretrizes da Resolução CNPE nº 23 também estão de acordo com o artigo 10 da Lei 14.120/2021, que da competência ao conselho para tratar de aspectos relacionados à implantação do empreendimento. Isso que inclui a emissão de outorga de 50 anos, prorrogáveis por mais 20, a comercialização e a aprovação do preço da energia. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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3 UTE Termopernambuco e Araucária tem CVU revisado pela Aneel

A superintendências de regulação dos serviços de geração da Aneel decidiu conhecer e dar provimento à solicitação da Termopernambuco S.A., autorizando a utilização do CVU da UTE Termopernambuco, no valor de R$ 187,56/MWh, a ser aplicado pelo ONS a partir da primeira revisão do PMO após a publicação do despacho e determinar à CCEE a utilização do valor do CVU indicado para fins de contabilização da geração verificada na UTE Termopernambuco a partir do mês de setembro de 2021. Outra decisão da agência reguladora foi de dar provimento à solicitação da UTE Araucária para revisão do CVU, no valor de R$ 2.553,20/MWh e determinar ao ONS a aplicação deste valor para fins de planejamento e programação da operação eletroenergética do SIN entre 07 de outubro de 2021 e 15 de novembro de 2021, e à CCEE para fins de contabilização da geração verificada no referido período. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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4 Construção da termelétrica Rio Grande pode começar ainda este ano

Após mais de uma década engavetado por dificuldades em obter licenças ambientais para o terminal de regaseificação, a termelétrica a gás natural Rio Grande deve sair do papel ainda este ano. A documentação que falta para o início das obras foi providenciada após o Grupo Cobra Brasil assumir o empreendimento e apresentar alterações no projeto original. Antes, a regaseificação aconteceria em um navio aportado no píer. Agora, haverá uma estação em terra para esse processo. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam) está concluindo as análises do licenciamento, e a expectativa é que a obra seja autorizada até o fim de novembro. A usina tem capacidade para produzir 1.238 MW e será o maior projeto de geração termelétrica do Estado, com capacidade para atender mais de 7 milhões de residências. O empreendimento faz parte de um complexo de infraestrutura que conta com píer, gasoduto e a usina. (O Estado de São Paulo – 21.10.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Aneel dialoga sobre abertura de mercado em evento virtual

A Aneel, representada pelo diretor Sandoval Feitosa, participou nesta quarta-feira (20/10) do Brazil Energy Frontiers 2021. Para o diretor, “o regulador tem um importante papel nesta discussão (sobre a abertura de mercado) que é o de promover o equilíbrio junto às políticas públicas. Nos próximos anos, a Aneel vai se debruçar sobre esses temas, trazendo outras discussões – como foi com a Tomada de Subsídios nº 10, que recebeu contribuições até 17 de agosto deste ano – e esperamos contar com as contribuições de vocês nesse avanço regulatório tão importante”. Ao longo das discussões, o diretor abordou assuntos como a inovação no aprimoramento das tarifas, destacando o projeto de Sandboxes Tarifários. “Vamos criar um grande ambiente de experimentação, a partir da realização de Sandboxes, que permitirá que a Aneel, as distribuidoras, o MME e a sociedade acompanhem os resultados, de forma a pavimentar a adequada e personalizada evolução na formatação das tarifas de energia elétrica para os consumidores de baixa tensão”, ressaltou Sandoval. (Aneel – 20.10.2021)

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2 Contratos legados são a principal barreira à ampliação do mercado livre

Os contratos legados das distribuidoras persistem como o principal empecilho para o processo de abertura do mercado livre. Apesar da esperada abertura para o setor de baixa tensão a partir de 2024, há ainda uma indefinição técnica sobre como será a medição e o modelo de faturamento, afirmou o diretor da Aneel, Sandoval Feitosa. Hoje, cerca de 35% do mercado já é livre e existem cerca de 180 mil potenciais consumidores livres de um universo de 87 milhões. A ampliação para a baixa tensão pode aumentar muito a migração para o ambiente livre. Segundo Feitosa, a financiabilidade de parques de geração no ACL está bem encaminhada. Por outro lado, o diretor da Aneel lembrou que as distribuidoras têm ficado cada vez mais sobrecontratadas e as empresas têm a obrigação de gerenciar o seu portfólio de contratos. “Os contratos legados são um problema que crescem a cada dia. As distribuidoras continuam a perder mercado e elas não têm o que fazer. Ela contrata uma geração e há um movimento que retira parte do mercado que pagaria por essa contratação. Depois disso, ela passa por uma revisão tarifária e sobra para o consumidor pagar”, disse. Ele afirma que deveria haver maneiras de incentivar as distribuidoras terem outras receitas para que ela ofereça mais soluções e faça mais negócios. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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3 SPIC Brasil: Volatilidade do PLD vai se prolongar em 2022

O diretor de Comercialização da SPIC Brasil, Carlos Longo, afirmou que alta volatilidade do PLD vai se prolongar durante o ano de 2022 por conta da crise hídrica que afeta o Brasil atualmente. Essa situação inclusive é tema de preocupação na CCEE, que mensalmente vem liquidando cerca de R$ 5 bilhões no mercado de curto prazo devido à crise hídrica. Especialistas ressaltaram a necessidade de rever o modelo de precificação do setor a fim de retratar melhor a realidade do setor. O presidente do conselho de administração da CCEE, Rui Altieri, contou que as chuvas recentes melhoraram pontualmente as condições de geração da usina de Itaipu Binacional para 11 mil m³/s, o que reduziu o custo do PLD. “Com uma semana mudou todo o senário”. Segundo Altieri, uma variação muito grande em um contexto em que existem térmicas operando com o CVU de R$ 2.500. Segundo Longo, à medida que o mercado se abra para o mercado livre, essa situação pode ficar ainda mais complexa se alguns agentes de mercado não honrarem seus compromissos. “Empresas devem operar segundo suas capacidades. Não dá para uma empresa com 1 milhão de capital operar 100 MW ou 200 MW”. Altieri lembrou que desde 2019 vem observando situações de alerta e é preciso tratar essa situação de maneira séria. “Tem empresas que operam com um nível de alavancagem impressionante. É preciso rever isso. Temos que enfrentar essa questão”. (CanalEnergia – 20.10.2021)

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Economia Brasileira

1 Ministério quer reduzir cobertura para regra de ouro

O Ministério da Economia encaminhou ofício ao Congresso Nacional reduzindo a insuficiência para cobertura da chamada “regra de ouro” das contas públicas em 2021 a R$ 93,9 bilhões. Até então, estavam previstos R$ 164 bilhões. O dispositivo constitucional prevê que o governo não pode se endividar para bancar gastos correntes. Hoje, quando verifica que irá descumprir a regra, o Executivo precisa solicitar abertura de crédito suplementar ao Congresso para cobrir a insuficiência e garantir pagamentos como de salários de servidores públicos, aposentadorias e pensões. O documento enviado ao Congresso propõe ajuste ao PLN nº 9/2021, já em tramitação. Segundo o ministério, a redução das dotações do crédito suplementar foi possível pela publicação de uma portaria neste mês, a partir da qual as dotações condicionadas foram reduzidas em R$ 70,1 bilhões devido à substituição de fontes de operação de crédito por outras oriundas, em sua maioria, de excesso de arrecadação. (Valor Econômico – 21.10.2021)

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2 Intenção de consumo das famílias interrompe sequência de alta

Após quatro altas consecutivas, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculada mensalmente pela CNC, apresentou estabilidade no mês, ante setembro, mantendo-se em 73,2 pontos. Segundo a entidade, o indicador mostra, no entanto, alta de 6,6% ante outubro de 2020. O desempenho do mês mantém o ICF no mais elevado patamar desde março deste ano (73,8 pontos). No entanto, dos sete tópicos usados para cálculo do indicador, apenas dois apresentaram alta em outubro ante setembro. É o caso de emprego atual (1,7%) e perspectiva profissional (1,3%). Os outros apresentaram recuo ou estabilidade, na mesma comparação. São os casos de renda atual (0%); acesso ao crédito (-0,7%); nível de consumo atual (-0,4%); perspectiva de consumo (-1,8%); e momento para duráveis (-1%). (Valor Econômico – 21.10.2021)

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3 FGV Ibre: cenário externo acentua inflação

A economia brasileira deve sofrer ainda mais pressões inflacionárias, impulsionada agora pelo cenário externo, alerta o Boletim Macro, do FGV Ibre. Além da inflação alta decorrente da escassez hídrica e de gargalos nas cadeias produtivas, a pressão de choques causados pela crise energética em países como a China está enfraquecendo a retomada da economia e levando o país a um cenário de estagnação, afirma Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro. O FGV Ibre revisou a projeção de crescimento da economia e agora espera alta de 0,1% para o PIB do terceiro trimestre, ante previsão anterior de queda de 0,1%. Mas manteve a projeção de expansão de 4,9% para 2021 e de 1,5% para 2022, se não houver racionamento de energia. “Se houver racionamento, esse PIB de 2022 pode ser próximo de zero", alerta a coordenadora Silvia Matos. (Valor Econômico – 21.10.2021)

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4 IFI: retomada do aumento da dívida é questão de tempo

Apesar de uma trajetória menor que prevista anteriormente, a dívida pública está em um “ponto de inflexão” e “é uma questão de tempo” até que suba novamente, disse o diretor-executivo da IFI, Felipe Salto. O órgão de monitoramento da política fiscal, ligado ao Senado, divulgou ontem em seu Relatório de Acompanhamento Fiscal as novas projeções para a trajetória da dívida bruta do governo geral. No cenário-base projetado pela IFI, a dívida acabaria este ano em 83,3% do PIB, ante 85,6% no cenário anterior. Caso a nova projeção se confirme, representará queda de 5,5 pontos percentuais em relação ao fim de 2020, mas alta de nove pontos percentuais na comparação com o fim de 2019. Além disso, significará alta de 0,6 ponto em relação a agosto deste ano, o número mais recente divulgado pelo BC. (Valor Econômico – 21.10.2021)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 20 sendo negociado a R$ 5,5583 com variação de -0,45% em relação ao início do dia. Hoje (21), começou sendo negociado a R$ 5,6510, com variação de +1,67% em relação ao fechamento do dia útil anterior. Às 11h25 de hoje, estava sendo negociado pelo valor de R$ 5,6325, variando -0,33% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 20.10.2021 e 21.10.2021)

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Biblioteca Virtual

1 ARBEX, Nelmara. “Emissão zero do efeito estufa: inalcançável ou plausível?”

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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