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IFE: nº 4.536 - 18 de abril de 2018
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL dá início a mais dois projetos de P&D na ABRADEE
2 Aneel aprovou o orçamento do ONS para 2018: R$ 654,97 mi
3 Aneel: audiência debate receita de transmissora de energia elétrica
4 Workshop discute operação sombra do preço horário nesta quarta-feira (18/4)

Empresas
1 Governo não consegue maioria no primeiro debate sobre PL da Eletrobras
2 Eletrobras: Estatal perderá participação se não se capitalizar, diz presidente
3 Eletrobras: Venda de distribuidoras pode ser adiada outra vez, por análise do TCU
4 Moreira Franco: esclarecimentos técnicos solicitados pelo TCU serão entregues dentro de dois a três dias
5 Distribuidoras da Eletrobras e CEA são advertidas por descumprimento de plano
6 Enel e Iberdrola: Gigantes do setor energético disputam o controle da Eletropaulo
7 Ações da Eletropaulo sobem 24,36%
8 Dinheiro de controladoras deverá financiar aquisição

9 Tarifas da Coelba têm reajuste médio de 16,95%

10 EDP Energias: Companhia cresce em energia distribuída no primeiro semestre

11 Ceron: Concessionária poderá usar recebíveis da CDE para pagar CCEE

12 Energisa: Distribuidora ficou com 97,5% da distribuidora no Mato Grosso

13 CPFL Paulista: Distribuidora destinou R$ 107mi ao sistema elétrico de Campinas em 2017

14 Copel: Estatal paranaense eliminará 600 vagas este ano

15 Copel: Empresa apresentará plano de desenvestimentos ao conselho em maio

16 Celpe: Subestação entra em operação no Sertão pernambucano

17 Aumento médio de 4,96% das tarifas da Enel Ceará

18 Energisa Sergipe: aumento médio de 11,30% nas tarifas

19 Cosern: aumento médio de 15,61% nas tarifas

20 RGE-Sul: aumento médio de 22,47% nas tarifas

21 Cesp: Diretor da Dersa assumirá presidência de Mauro Arce, diz fonte

22 Evrecy: Aneel abre audiência pública para revisão tarifária

23 Biosev anuncia novo diretor Financeiro e de Relações com Investidores

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Apagão em Belo Monte paralisa hidrelétrica Estreito (MA), de 1.087 MW
3 UHE Estreito (MA) ainda compra energia no mercado livre por conta do blecaute de abril

Meio Ambiente
1 Revista Biological Conservation: Usina de Belo Monte põe em risco peixes raros do Rio Xingu
2 UFPA e ISA: Oferta de peixes reduz ao redor de Belo Monte, principalmente pacu
3 Norte Energia nega o desaparecimento de peixes ao redor de Belo Monte

Energias Renováveis
1 Vestas assume manutenção de parques eólicos da Queiroz Galvão
2 UFV de 4,36 MW liberada para operação comercial e PCH de 5,6 MW para testes
3 Aneel decide punir eólica no RN que não foi descontratada

4 MME enquadra projetos de eólicas como prioritários

Gás e Termelétricas
1 Falta de gás em térmicas provoca pressão sobre tarifas
2 De olho no biogás, Cegás espera por entrada de novos aterros sanitários
3 Marquise Ambiental já olha novas áreas para produção de biogás
4 Eneva: Empresa conclui aquisição de ações de Pecém II
5 Definido CVU de março para UTE Norte Fluminense

Economia Brasileira
1 IBGE: Número de pessoas que produzem para consumo próprio sobe 18%
2 Fipe: 72% do dinheiro captado pelos bancos financia o setor público

3 FGV: IGP-M tem alta de 0,40% na 2ª prévia de abril
4 FGV: Monitor do PIB indica avanço de 0,6% no trimestre até fevereiro
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia: Investimento em energia solar bate recorde
2 Bolívia: Aben oferece 260 bolsas para Rússia e Argentina
3 Finlândia: Grupo inicia produção de propano renovável
4 IRENA prevê crescimento de 30% de investimento energético até 2050
5 Confrapar: Gestora mineira compra 10% da Oxis Energy


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL dá início a mais dois projetos de P&D na ABRADEE

O GESEL participou de reunião no último dia 17 de abril na ABRADEE para dar início a dois projetos de P&D com o tema “Modernização das Tarifas de Distribuição de Energia Elétrica”. O primeiro P&D trata de uma visão estratégica setorial enquanto o segundo aborda metodologias de desenho de tarifa para o serviço fio e desafios de implantação. (GESEL-IE-UFRJ – 18.04.2018)

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2 Aneel aprovou o orçamento do ONS para 2018: R$ 654,97 mi

A Aneel aprovou o orçamento do ONS para 2018 de R$ 654,97 milhões sendo que a maior parte desse valor R$ 609 milhões destinam-se aos itens operacionais. A decisão foi proferida na reunião de diretoria realizada nesta terça-feira, 17 de abril, como resultado da audiência pública no.76/2017, instituída com vistas a colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da proposta orçamentária do ONS para este ano e a recomendação da fiscalização de excluir do orçamento os valores dispendidos com o Projeto SIGA. Os diretores acompanharam o relator, André Pepitone, que além de não excluir o valor apontou em seu voto que sejam adotadas as recomendações contidas na SFF para que se dê andamento ao processo do Projeto Siga, há 11 anos na casa. Além disso no voto dos diretores ainda é pedido ao ONS que preveja a adequabilidade de remuneração de seu pessoal de acordo com o mercado para que a Aneel possa avaliar o orçamento de 2019. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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3 Aneel: audiência debate receita de transmissora de energia elétrica

Está aberta para receber contribuições da sociedade a Audiência Pública 019/2018. A iniciativa tem como objetivo colher subsídios para aprimorar a proposta referente à Terceira Revisão Tarifária Periódica da RAP EVRECY Participações Ltda. O reposicionamento tarifário proposto é negativo em 14,10%, calculado conforme a metodologia vigente. O Contrato de Concessão de Transmissão n° 20/2008 - Aneel, que regula a exploração do serviço público de transmissão de energia elétrica da EVRECY, definiu, em sua cláusula sétima, que as revisões da RAP devem ocorrer em intervalos periódicos de quatro anos, a partir de 1º julho 2009. A terceira revisão tarifária dessa concessionária seria em 1º de julho de 2017. Contudo, como a EVRECY não foi incluída na lista das transmissoras que tiveram a RAP revisada em 2017, a revisão será realizada em 1º de julho de 2018, com efeito retroativo a 1º de julho de 2017. (Aneel – 17.04.2018)

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4 Workshop discute operação sombra do preço horário nesta quarta-feira (18/4)

Nesta quarta-feira (18/4), a CCEE realiza o I Encontro do InfoPLD Semanal para discutir os resultados da operação sombra do preço horário. Realizado na sede da CCEE, das 10h30 às 12h, o evento tem como objetivo analisar os dados divulgados pela instituição com a nova metodologia e auxiliar os agentes na comparação com o PLD semanal, que segue como oficial para o mercado. Durante o encontro, além do preço horário, a CCEE apresentará uma análise do PLD da semana corrente, bem como do cenário hidrometeorológico e acompanhamento da carga. O encontro também trará a projeção atualizada do PLD mensal. Iniciada na última segunda-feira, a operação sombra divulgou os primeiros valores do PLD horário, que demonstraram a variação do preço ao longo do dia, reagindo às variáveis de consumo e geração. Para ver os resultados, os agentes podem acessar a página específica no site da CCEE ou utilizar o aplicativo mobile da instituição. (CCEE – 17.04.2018)

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Empresas

1 Governo não consegue maioria no primeiro debate sobre PL da Eletrobras

Na primeira tentativa do governo de discutir a privatização da Eletrobras em audiência pública na Câmara dos Deputados, parlamentares da base aliada mais uma vez foram minoria na comissão especial que analisa o tema. Dos deputados que se manifestaram durante a audiência pública com o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, poucos tentaram defender o projeto, e o próprio relator da matéria, José Carlos Aleluia (DEM-BA), também parecia apático. A expectativa era de que um número maior de deputados da base se manifestassem durante a reunião nesta terça-feira, 17 de abril, mas alguns deles registraram presença sem permanecer na comissão. O discurso mais inflamado entre os governistas foi do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), que acusou os oposicionistas de quebrarem a Eletrobras para ganhar eleição. Ferreira Junior fez uma apresentação do projeto e foi questionado por quatro horas por deputados de oposição, período em que teve que explicar porque se disse contra a privatização antes de assumir a presidência da empresa, e negou ter chamado os empregados da estatal de vagabundos. O plenário da comissão foi ocupado por sindicalistas e funcionários da estatal que se manifestavam a cada questionamentos dos deputados e vaiaram o executivo. Leônidas Cristino (PDT-CE) disse que estava preocupado com a possibilidade de que o PL passasse na Câmara, “mas vendo a falta de ânimo do presidente da Eletrobras e do deputado Aleluia” acreditava que isso não iria acontecer. A comissão terá amanhã uma reunião administrativa para definir os próximos passos do cronograma de trabalho. Já está agendada uma segunda audiência pública com convidados dos partidos de oposição. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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2 Eletrobras: Estatal perderá participação se não se capitalizar, diz presidente

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, disse nesta terça-feira, 17/04, que a companhia terá condições de dobrar seu valor de mercado se passar pelo processo de privatização proposto pelo governo. Durante exposição em audiência pública na Câmara dos Deputados, Ferreira citou empresas multinacionais do setor de energia que valem, em bolsa, cerca de US$ 40bi. Segundo ele, tratam-se de empresas com capital pulverizado, com boa governança corporativa, eficientes e lucrativas. Citou como exemplo a italiana Enel. Ele enfatizou, durante apresentação, que as empresas privadas continuarão assumindo investimentos da companhia se não houver capitalização prevista com o mecanismo de descotização do modelo de desestatização. Ferreira Jr reiterou que, com a retomada do crescimento econômico do país, a Eletrobras deveria investir R$ 14bi/ano para manter sua participação atual no setor [31% em geração e 47% em transmissão]. Segundo ele, a estatal terá condições de realizar investimentos de apenas R$ 4bi por ano — os R$ 10bi restantes seriam assumidos pelas concorrentes. O executivo encerrou sua apresentação sendo vaiado por sindicalistas. Para Wilson Jr, os cortes em custos operacionais e com pessoal, além de venda de ativos, não resolvem situação financeira atual da empresa. Disse também que o modelo de privatização proposto pelo governo deverá atrair investidores de longo prazo, como fundos de investimentos e de pensão, que são os “maiores interessados” em assumir participação na companhia. Durante debate na comissão especial na Câmara dos Deputados, o presidente da Eletrobras ressaltou que o negócio de energia costuma atrair investidores com perfil diferente daquele que procura o mercado de telefonia, por exemplo. (Valor Econômico – 17.04.2018)

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3 Eletrobras: Venda de distribuidoras pode ser adiada outra vez, por análise do TCU

A venda do controle das seis distribuidoras da Eletrobras pode ser novamente adiada, ficando para depois de maio, se o TCU não encurtar os prazos previstos de análise do processo. Ontem, o relator do caso no tribunal, ministro José Múcio, disse que as conclusões sobre modelo de privatização devem ser levadas à apreciação do plenário em um pouco mais de um mês. A privatização das distribuidoras poderia ter sido liberada pelo tribunal há cerca de três semanas, quando o relator submeteu a proposta de acórdão à aprovação em plenário. Na ocasião, a procuradora-geral Cristina Machado, que representa o Ministério Público junto ao TCU, levantou uma série de questões sobre a operação. O BNDES havia marcado o leilão para 21/05. Na semana passada, no entanto, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior disse que deve ficar para dia 31. Múcio disse que a data indicada pelo banco é considerada inviável. De praxe, os órgãos que realizam as licitações públicas costumam aguardar o posicionamento do tribunal, com alguma recomendação ou determinação, para, só então, lançar o edital. Em geral, o leilão é realizado após 30 dias, para dar tempo de interessados analisarem regras e minutas de contratos. A Eletrobras estabeleceu, em assembleia de acionistas, que a venda das distribuidoras deve sair até 31/07. Se isso não ocorrer, as empresas devem ser liquidadas. (Valor Econômico – 18.04.2018)

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4 Moreira Franco: esclarecimentos técnicos solicitados pelo TCU serão entregues dentro de dois a três dias

O ministro do MME, Moreira Franco, disse que o governo apresentará dentro de dois a três dias os esclarecimentos técnicos solicitados pelo TCU. Questionado sobre a viabilidade de cumprir o os prazos estabelecidos, Moreira disse apenas que isso não foi tratado na reunião. O ministro do TCU disse que os ministros do governo foram à reunião exatamente com o propósito de saber o "timing" da liberação dos estudos. A venda das distribuidoras é considerada etapa preliminar à privatização da holding, cujo modelo proposto vem sendo discutido na Câmara. Ontem, a aguardada audiência pública com o presidente da Eletrobras mostrou que o esforço do governo em mobilizar aliados para fazer coro à favor da privatização ainda não deu resultado. Os discursos de deputados de oposição dominaram mais uma vez o debate da comissão especial. Em sua apresentação, Ferreira Jr. disse que o modelo proposto deverá atrair investidores com interesse de longo prazo. (Valor Econômico – 18.04.2018)

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5 Distribuidoras da Eletrobras e CEA são advertidas por descumprimento de plano

A Aneel aprovou a proposta de advertir as distribuidoras designadas da Eletrobras e a estadual CEA (AP) quanto ao fato de descumprirem diversos itens de fiscalização no plano de atendimento ao consumidor estabelecido pelo poder concedente. Mas os diretores recuaram diante da proposta de suspensão dos empréstimos da RGR conforme sugeria o relatório da agência. Em sua argumentação, o diretor relator do caso, André Pepitone, argumentou que a meta dessas empresas é de atender ao consumidor de forma temporária com um serviço de distribuição de energia até que um novo controlador assuma essas empresas. E que a suspensão dos repasses da RGR não levariam a esse resultado, mesmo diante do fato de que as empresas não cumpriram alguns itens da pauta de obrigações impostas. Entre esses itens estão, em diferentes empresas e em diversos níveis de intensidade, a inadimplência intrassetorial, nível de perdas em trajetória de elevação, indicadores de qualidade acima dos estabelecidos para o serviço, falta de informações claras sobre as ações tomadas para melhoria de indicadores de qualidade e de combate a perdas, entre outras. Particularmente, no caso da CEA, a dívida intrassetorial, relatou ele, deve-se entre outras questões à falta de repasses do governo estadual do Amapá, que é o acionista controlador. A chamada 4a tranche seria da ordem de mais de R$ 400 milhões o que levaria a empresa a ter recursos para amortizar quase a totalidade dessa sua dívida que é de R$ 471 milhões. Na advertência, a Aneel deverá apontar a necessidade de a empresa receber o volume de aporte devido pelo estado. Já no caso da Eletrobras, as distribuidoras Amazonas Energia, Ceron, Boa Vista Energia receberão a advertência e a cobrança de que os temas de cada uma sejam endereçados de forma urgente. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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6 Enel e Iberdrola: Gigantes do setor energético disputam o controle da Eletropaulo

A italiana Enel e a espanhola Iberdrola, disputam o controle da Eletropaulo. Quem obtiver sucesso deve se consolidar como a maior companhia do setor de distribuição no Brasil. Em um lance que mexeu com o mercado - as ações da Eletropaulo subiram 24,4% -, a Enel lançou ontem, 17/04, uma oferta de R$ 28/ação da companhia. A proposta, que avalia a empresa em aproximadamente R$ 5bi, suplantou outra feita na véspera pela Neoenergia, subsidiária da Iberdrola, no valor de R$ 25,51/ação. A própria Enel havia oferecido inicialmente R$ 19 - ou seja, elevou em 53% sua proposta, numa indicação de que tem grande interesse pela distribuidora. A Energisa, empresa de capital nacional, também havia feito oferta de R$ 19,38/ação, mas recolheu-se com a investida das duas europeias. Ontem, em nota, reafirmou sua proposta. Uma vitória da Neoenergia daria aos espanhóis a liderança na distribuição de energia, com um total de 20,5mi de clientes. Hoje, a companhia tem 13,4mi. No caso da Enel, a liderança representaria 17 mi de unidades consumidoras. (Valor Econômico – 18.04.2018)

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7 Ações da Eletropaulo sobem 24,36%

Ontem, as ações da Eletropaulo subiram 24,36%, para R$ 27,36, refletindo a expectativa da disputa acirrada de ofertas. Seu valor de mercado chegou a R$ 4,5bi, o maior desde 2012. Quem pegou carona foi a Light, que subiu 5,62%, para R$ 15,60. A expectativa no mercado é que, em meio à disputa pela liderança do segmento de distribuição no país, a companhia seja uma "segunda alternativa" para o investidor que perder a briga pela Eletropaulo. Com isso, poderá voltar seu olhar para as distribuidoras da estatal, que devem ser privatizadas até julho. (Valor Econômico – 18.04.2018)

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8 Dinheiro de controladoras deverá financiar aquisição

A italiana Enel e a Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola, devem contar com recursos de suas respectivas holdings para fazer frente ao possível investimento no controle da Eletropaulo. O presidente da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, lembrou que, apenas em 2017, o grupo investiu R$ 9bi no Brasil, montante que incluiu a compra da Celg da Eletrobras e da hidrelétrica Volta Grande, que era da Cemig. Em 2016, os investimentos no país tinham somado R$ 5 bilhões. Segundo Zorzoli, a oferta da companhia, de R$ 28 por ação, vai beneficiar os acionistas da Eletropaulo e os cidadãos de São Paulo, "que terão um grupo muito focado em distribuição de energia e capacidade de investimentos de classe global". Ele afirmou que a holding Enel vai garantir todos os recursos necessários para a melhoria da qualidade do serviço da companhia. "Não vamos precisar de um aumento de capital ou algo do tipo." Em nota, a Enel destacou que o investimento total sob a oferta deverá totalizar até R$ 4,7 bilhões de reais, equivalente a € 1,1 bilhão ao câmbio de ontem. Segundo a empresa, a controladora vai fornecer o financiamento necessário para a transação. Recursos também não devem ser problema para a Neoenergia, que pode contar com aportes da sua controladora espanhola, a Iberdrola. Ainda assim, o Valor apurou que a Neoenergia mantém o interesse pela Eletropaulo, mas não há garantias se a empresa fará uma contraproposta. O conselho de administração da companhia se reúne no dia 20 para referendar a proposta e, caso queira continuar na briga, subir o preço. (Valor Econômico – 18.04.2018)

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9 Tarifas da Coelba têm reajuste médio de 16,95%

A Aneel aprovou nesta terça-feira, 17/04, o aumento médio de 16,95% das tarifas da Coelba pela quarta revisão tarifária periódica. A energia fornecida pela Coelba ficará mais cara para 5,9mi de clientes localizados em 415 municípios baianos. A tarifa de residências e pequenos comércios [baixa tensão] sofrerá alta de 17,27%. Os consumidores industriais [alta tensão] terão as contas de luz elevadas em 16,17%. (Valor Econômico – 17.04.2018)

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10 EDP Energias: Companhia cresce em energia distribuída no primeiro semestre

A EDP Energias do Brasil registrou alta de 2,3% na energia total distribuída no primeiro trimestre, para 6.217 GWh. Na EDP São Paulo [antiga EDP Bandeirante], o crescimento foi de 3,6%, enquanto a EDP Espírito Santo [antiga EDP Escelsa] teve alta de 0,4%. Segundo a companhia, o crescimento resulta da recuperação da atividade econômica, além de fatores como aumento da produção industrial, redução das taxas de juros e desaceleração da inflação. No total, a energia distribuída aos clientes residenciais teve alta de 0,7% no trimestre, para 1.583 GWh. O segmento industrial teve alta de 3,1%, para 2.666 GWh. Na área de geração, a EDP registrou a venda de 3.498 GWh no trimestre, praticamente estável na comparação anual. Isso foi possível graças a entrada em operação de projetos de geração, uma vez que a geração total das hidrelétricas do grupo caiu 8% no trimestre. (Valor Econômico – 18.04.2018)

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11 Ceron: Concessionária poderá usar recebíveis da CDE para pagar CCEE

A Aneel aprovou a proposta de encontro de contas entre os recebíveis da Ceron na Conta de Desenvolvimento Energético com os débitos da concessionária no mercado de curto prazo. A análise do processo havia sido interrompida em dezembro do ano passado quando o diretor André Pepitone pediu vistas do processo para, segundo ele, avaliar melhor os efeitos que esse pedido poderia ter. Nesta terça-feira, 17/04, em reunião da diretoria ele confirmou o entendimento do diretor relator e deu seu voto favorável à medida e foi acompanhado pelo diretor geral da Aneel, Romeu Rufino, dando assim a aprovação por unanimidade ao pleito formulado pela CCEE. Com isso a distribuidora designada que atende ao estado de Rondônia pode realizar a quitação dos seus débitos junto à CCEE em decorrência de sua exposição junto à usina térmica Termonorte II com os recursos da CDE que seriam de seu direito. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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12 Energisa: Distribuidora ficou com 97,5% da distribuidora no Mato Grosso

Foi encerrado em 16/04 o prazo da oferta pública voluntária da Energisa para aquisição das ações ordinárias e preferenciais de emissão da distribuidora que controla no Mato Grosso. O desembolso pelas ações adquiridas no processo totalizou R$ 566.161.323,67, não considerando nesse montante as taxas, emolumentos e comissões aplicáveis. Durante o período foram adquiridas 65.740.888 ações [30,87% do capital social total] da EMT, sendo 12.357.131 ações ordinárias [16,81% do capital social na espécie] e 53.383.757 ações preferenciais [38,29% do capital social na espécie]. Com isso, a participação total da empresa na distribuidora passou de 8,94% para 39,81% enquanto outros acionistas tiveram sua parcela reduzida de 33,4% para 2,52%. A maior parcela da distribuidora ficou inalterada na Rede Energia, adquirida pela própria Energisa, com 57,67% do capital total. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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13 CPFL Paulista: Distribuidora destinou R$ 107mi ao sistema elétrico de Campinas em 2017

A CPFL Paulista anunciou os investimentos realizados durante 2017 na modernização e ampliação da rede elétrica de Campinas. Ao todo foram aplicados R$ 107mi em benefício dos 490 mil clientes atendidos na cidade, crescimento de 64,5% em relação ao ano anterior. Buscando se adequar a expansão do mercado, a distribuidora destinou R$ 43,3mi para ampliação da capacidade de subestações e linhas de transmissão, elevando a capacidade da rede de distribuição do município. Destas obras, a concessionária apontou a ampliação da capacidade da Subestação Campinas Centro, finalizada em setembro de 2017, como uma das principais empreendidas no período. A instalação do quarto Transformador de Potência e um aporte de R$ 20mi destinaram-se a melhorar o fornecimento de energia aos consumidores do Cambuí, Vila Itapura, Jardim Chapadão, Jardim Guanabara e toda a área central. Segundo a companhia, outros R$ 11,7mi foram aplicados em ligação de novos consumidores na área urbana e rural, por meio da instalação de novos medidores e ampliação da rede, possibilitando o acréscimo de 2,295 mil clientes residenciais, comerciais e industriais ao sistema de distribuição da concessionária. Em manutenção e melhorias na rede elétrica, foram dedicados aproximadamente R$ 27mi. Deste total, R$ 9,3mi foram para ações como manutenção programada ou emergencial e na substituição de transformadores. Já os investimentos em melhoramentos nas redes primária e secundária e instalação de novos equipamentos contaram com R$ 17,7mi. Quanto ao desenvolvimento de projetos especiais, que consistem em planos de modernização das redes de Transmissão e Distribuição e em projetos focados em Smart Grid, foram reservados em torno de R$ 24,2mi. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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14 Copel: Estatal paranaense eliminará 600 vagas este ano

A Copel desligou 281 empregados nos 12 meses de 2017 e o programa de demissões voluntárias terminado em março colocou mais 600 posições para deixarem a empresa até dezembro. A empresa afirmou que essas vagas não serão repostas e sim eliminadas o que deverá gerar uma economia anual de cerca de R$ 150mi. A forma de compensar essa redução de quadro se dará por meio do aumento da produtividade com investimentos em tecnologia. Essa é uma das medidas do plano de redução de custos da empresa com vistas ao incremento do resultado ebitda regulatório e está em linha com o planejamento da companhia estatal, afirmou o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da empresa, Adriano Moura, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do ano de 2017. Outro ponto sensível do programa de redução de custos está na negociação dos contratos de terceiros da Copel. A empresa afirmou já ter melhorado os valores em R$ 350mi. Ele não projetou em quanto deverá ficar este ano, mas afirmou ser uma meta agressiva. A Copel afirmou que continua a atuar com uma estratégia mais conservadora em relação à comercialização de sua energia disponível, um dos motivos é o GSF ainda elevado e a perspectiva de continuidade desse cenário. Com isso, a posição da companhia para 2018 é de ficar com 22% do volume de garantia física disponível em aberto para mitigar os efeitos do déficit de geração hídrica. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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15 Copel: Empresa apresentará plano de desenvestimentos ao conselho em maio

A diretoria da Copel está terminando os estudos para apresentar um plano de desinvestimento ao seu Conselho de Administração ainda no mês de maio. A companhia ainda não fala publicamente sobre o que poderia ser alvo desse programa, vai esperar a deliberação do conselho para a divulgação. No momento estão em fase final de contratação dos assessores para o processo que foi classificado como abrangente. A perspectiva é de que as primeiras vendas ocorram ainda este ano. A venda de ativos tem como objetivo auxiliar na desalavancagem da estatal paranaense. Ao final do ano passado a relação entre a dívida líquida e o resultado ebitda ficou em 3,1 vezes. Esse indicador vem subindo desde o ano de 2014. Além da negociação para a venda a empresa vê 2018 como um ano importante com a entrada em operação de usinas e linhas que contribuirão com a geração de caixa, segundo as estimativas apresentadas seria da ordem de R$ 500mi para os projetos que iniciarão a operação este e no próximo ano. Um dos motivos para que a companhia procure ficar com uma relação de endividamento mais reduzida, explicou o diretor presidente da Copel GT, Sérgio Lamy, é a proximidade com o vencimento da concessão da maior usina da companhia, a UHE Foz da Areia [PR, 1.676 MW] localizada no rio Iguaçu. A empresa afirmou que precisa estar preparada para esse momento e que são três os caminhos em estudo. Em paralelo ao seu plano de desinvestimentos, a Copel afirmou ainda que continua avaliação de outros projetos que possam ser de seu interesse para uma futura aquisição, mas não apontou quais poderiam ser essas oportunidades de negócios. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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16 Celpe: Subestação entra em operação no Sertão pernambucano

O sistema elétrico do Sertão pernambucano passou a contar com um importante reforço, com a entrada oficial de operação da Subestação Afogados da Ingazeira. O anúncio foi realizado pela Celpe, que também afirmou ter investido cerca de R$ 25mi no empreendimento, cuja potência é de 66,6 MVA, e ampliará a oferta de energia na região do Pajeú para uma população de aproximadamente 250 mil habitantes, em mais de 80 mil unidades consumidoras. Além do município de Afogados da Ingazeira, a nova unidade passa a beneficiar diretamente as cidades de Iguaraci, Ingazeira, Tabira, São José do Egito, Tuparetama, Itapetim, Brejinho, Santa Terezinha e Solidão. Para possibilitar a integração ao sistema, a Celpe realizou uma série de obras, como a construção de uma linha de transmissão de 46 quilômetros de extensão, em 138 kV, entre as cidades de Flores e Afogados da Ingazeira, além da interligação da nova SE com três linhas de transmissão, em 69 kV. Também foram empreendidas obras de melhoria nas cidades de Flores, Tabira e São José do Egito, permitindo melhorias no fornecimento de energia da região. Instalada estrategicamente em um dos principais polos comerciais do Vale do Pajeú e numa região que se destaca pela agropecuária, a nova subestação permitirá, além da expansão da rede, maior flexibilidade do sistema elétrico na área, possibilitando a redistribuição do atendimento de cargas das cidades da região. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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17 Aumento médio de 4,96% das tarifas da Enel Ceará

A Aneel aprovou nesta terça-feira, 17/04, reajustes para a Enel Ceará. O aumento passa a vigorar no próximo domingo, 22/04. O aumento médio de 4,96% das tarifas. A Enel Ceará atende a 3,4mi de unidades consumidoras de 184 municípios cearenses. A tarifa residencial e de pequenos comércios [baixa tensão] será elevada em 3,80%. Já a energia fornecida à indústria e aos estabelecimentos de grande porte [alta tensão] aumentará 7,96%. (Valor Econômico – 17.04.2018)

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18 Energisa Sergipe: aumento médio de 11,30% nas tarifas

A Aneel aprovou nesta terça-feira, 17/04, reajustes para a Energisa Sergipe. O aumento passa a vigorar no próximo domingo, 22/04. O aumento médio aprovado pela Aneel para a Energisa Sergipe foi de 11,30%, pela quarta revisão tarifária periódica. A alta nas contas de luz valerá para 762 mil unidades consumidoras de 63 municípios do Estado. Os residenciais e de pequenos comércios [baixa tensão] contarão com o aumento de 9,85% nas tarifas. Já os consumidores industriais (alta tensão) terão as contas de luz elevadas em 13,92%. As revisões tarifárias periódicas são realizadas a cada cinco anos, no lugar do reajuste tarifário anual. Nessa ocasião são definidos novos indicadores de qualidade [DEC e FEC] e a base de remuneração regulatória que reconhece os investimentos realizados pelas concessionárias no ciclo de revisão anterior. (Valor Econômico – 17.04.2018)

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19 Cosern: aumento médio de 15,61% nas tarifas

No Rio Grande do Norte, a Aneel aprovou, nesta terça-feira, 17/04, aumento médio de 15,61% das tarifas da Cosern pela quarta revisão tarifária periódica. A alta nas contas de luz valerá para 1,4 milhão de unidades consumidoras potiguares. Os consumidores residenciais e de pequenos comércios [baixa tensão] sofrerão aumento de 14,88% nas tarifas. Já os industriais [alta tensão] terão as contas de luz elevadas em 17,47%. O aumento passa a vigorar no próximo domingo, 22/04. (Valor Econômico – 17.04.2018)

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20 RGE-Sul: aumento médio de 22,47% nas tarifas

No mercado gaúcho, a Aneel aprovou, nesta terça-feira, 17/04, o aumento médio de 22,47% das tarifas da RGE-Sul Distribuidora de Energia pela quarta revisão tarifária periódica. A alta nas contas de luz valerá para 1,3 milhão de unidades consumidoras dos 118 municípios das regiões metropolitana e centro-oeste gaúchas. Os residenciais e de pequenos comércios [baixa tensão] ficarão com as tarifas mais caras em 21%. Os consumidores industriais [alta tensão] terão as contas de luz elevadas em 24,99%. O reajuste passa a valer na quinta-feira, 19/04. (Valor Econômico – 17.04.2018)

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21 Cesp: Diretor da Dersa assumirá presidência de Mauro Arce, diz fonte

O atual diretor-presidente da estatal paulista Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, assumirá o comando da empresa de energia elétrica do governo estadual, a Cesp, até então presidida por Mauro Arce. A troca no comando da estatal paulista de energia acontece em meio a um processo de privatização. A substituição acontece ainda após mudanças no governo estadual, com a posse do antes vice-governador, Márcio França [PSB] como governador, após Geraldo Alckmin [PSDB] deixar o cargo no início do mês para concorrer à presidência. Procurada, a Cesp não comentou imediatamente a informação. A Secretaria de Energia paulista também não comentou. (Reuters – 17.04.2018)

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22 Evrecy: Aneel abre audiência pública para revisão tarifária

A Aneel aprovou a proposta de abertura de audiência pública na modalidade de intercâmbio documental para discutir o 3º processo de revisão tarifária da Evrecy Participações. O período de contribuição começa nesta quarta-feira, 18/04,e vai até 01/06. Segundo o relator do processo, Tiago Correia, o processo pode ter efeito retroativo ao ano passado e o efeito da revisão inicialmente projetado é de uma redução de 14,1% na receita anual permitida para a concessionária, valor calculado de acordo com o módulo 9.1 do Proret. A base de remuneração líquida da empresa é da ordem de R$ 39mi. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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23 Biosev anuncia novo diretor Financeiro e de Relações com Investidores

A Biosev, empresa que atua na produção de açúcar e etanol, anunciou nesta terça-feira , 17/04, que Gustavo Lopes Theodozio foi eleito como o novo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia. O executivo irá ocupar o lugar de Paulo Prignolato que, de acordo com a companhia, fará a transição de modo a assegurar a manutenção da gestão profissional adotada pela empresa. Theodozio possui mais de 25 anos de carreira, tendo ocupado importantes posições especialmente na área financeira de grandes grupos nacionais, tais como Vigor Alimentos, Itambé Alimentos e Unipar Carbocloro. (Agência Brasil Energia – 17.04.2018)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os níveis no Norte não sofreram alterações em relação ao dia anterior, e os reservatórios se encontram com 68,1% da capacidade, de acordo com dados do ONS relativos a última segunda-feira, 15 de abril. A energia armazenada está em 10.241 MW mês e a ENA indica 60% da MLT. A usina de Tucuruí trabalha com 99,38% do subsistema. No submercado Nordeste houve crescimento de 0,1%, deixando o volume em 39,6%. A energia armazenada apresenta 20.530 MW mês no dia e a energia afluente consta em 55% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. Sobradinho apresenta 37,16% de sua capacidade. Na região Sudeste/Centro-Oeste o volume do subsistema ficou em 44,2%, após elevação de 0,2%. A energia armazenada registra 89.934 MW mês e a energia afluente em 86% da MLT. Furnas opera com 33,29% da capacidade e a usina Nova Ponte, com 23,34%. Já a região Sul apresentou redução de 0,2% nos níveis, e os reservatórios operam com 69,9%. A energia armazenada foi para 14.046 MW mês e a energia afluente está em 119% da MLT. A hidrelétrica de Passo Fundo opera com 56,50% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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2 Apagão em Belo Monte paralisa hidrelétrica Estreito (MA), de 1.087 MW

O ‘Estado’ apurou que o apagão do dia 21 de março que atingiu as Regiões Norte e Nordeste causou uma pane generalizada nas turbinas da hidrelétrica de Estreito, no Maranhão, uma das maiores usinas leiloadas na última década no País, deixando fora de operação uma estrutura com capacidade de entregar energia para 4 milhões de pessoas. Com oito turbinas e potência de 1.087 MW, Estreito vinha funcionando em seu pico de produção, por causa do grande volume de água no Rio Tocantins nesta época do ano. O blecaute, porém, causou danos físicos nos equipamentos da usina, que ficou semanas desligada. Nos últimos dias, engenheiros conseguiram colocar duas máquinas para funcionar novamente, mas os reparos só deverão ser efetivamente concluídos entre o fim de maio e início de junho. Em uma nota técnica sobre o episódio, documento ao qual a reportagem teve acesso, a empresa Engie, principal acionista de Estreito, afirmou que, “durante a perturbação sistêmica, as unidades geradoras sofreram excessiva oscilação de potência” e chegaram a atingir aproximadamente duas vezes a sua capacidade de produção. Na prática, as máquinas continuaram a gerar energia durante o apagão, mas ficaram sem meio de distribuí-la por causa da queda na linha de transmissão. A empresa reconheceu ainda que, por causa dessa situação, ocorreram “severas vibrações nas unidades geradoras e nas estruturas civis” da hidrelétrica. Sem ter como entregar energia, Estreito entrou praticamente em curto-circuito. Procurada pelo Estado, a Engie confirmou todas as informações. (O Estado de São Paulo – 18.04.2018)

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3 UHE Estreito (MA) ainda compra energia no mercado livre por conta do blecaute de abril

Questionado sobre o assunto, o ONS, responsável pela operação diária do setor, informou que ainda está concluindo seu relatório técnico sobre o blecaute de março e, por isso, não tinha mais detalhes. Até o momento não há clareza sobre a causa da pane em Estreito (1.087 MW), ou seja, se a usina foi “vítima” de um problema externo ou se deveria ter funcionado de outra forma, devido à queda da linha de transmissão de energia. Por meio de nota, a empresa informou que “a usina hidrelétrica Estreito foi desligada em função do incidente no SIN, ocorrido no dia 21/3, que provocou uma grande oscilação do sistema”. Para honrar seus compromissos financeiros e de entrega de geração com distribuidoras e grandes empresas, a hidrelétrica agora precisa comprar energia no mercado livre e repassá-la aos consumidores. A Engie não informou qual será o impacto financeiro dessa medida em suas operações, nem quanto terá de investir para colocar a usina em funcionamento novamente, mas os reparos só deverão ser efetivamente concluídos entre o fim de maio e início de junho. Leiloada em 2007, Estreito custou R$ 5 bilhões para ficar pronta. Foi inaugurada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2012. A concessionária Estreito Energia é formada pelas empresas Engie, Vale, Alcoa e InterCement. (O Estado de São Paulo – 18.04.2018)

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Meio Ambiente

1 Revista Biological Conservation: Usina de Belo Monte põe em risco peixes raros do Rio Xingu

Quando entrar completamente em operação, a usina de Belo Monte, no Pará, pode provocar o desaparecimento de diversas espécies de peixes endêmicas – que só vivem num trecho de corredeiras do Rio Xingu conhecido como Volta Grande. A ameaça pode ocorrer mesmo se o empreendimento cumprir condicionantes que foram estabelecidas no processo de licenciamento ambiental. É o que alerta um estudo recém publicado por um grupo de 8 pesquisadores brasileiros e estrangeiros na revista Biological Conservation, que analisou a diversidade de peixes da região em três segmentos de Volta Grande impactados pela obra. Antes do início das obras, foram coletadas espécies na área que hoje foi alagada na construção da barragem; em uma área entre a barragem e a principal casa de força, que terá uma redução da vazão de água; e em um segmento posterior com fluxo alterado pela descarga da casa de força. O trabalho, liderado por Daniel Fitzgerald, da Universidade Texas A&M, observou que os dois primeiros segmentos são extremamente ricos em espécies altamente dependentes de hábitats de corredeiras, incluindo várias espécies ameaçadas de extinção, e muitas delas são restritas àqueles locais. É o caso de um peixinho ornamental muito apreciado por aquaristas conhecido como acari zebra (Hypancistrus zebra) que não existe em nenhum outro lugar do mundo. Por estar criticamente ameaçado de extinção, sua pesca é proibida. Mas hoje, até por medo de a espécie desaparecer com o funcionamento da usina, ela vem sendo amplamente pescada e contrabandeado. (O Estado de São Paulo – 18.04.2018)

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2 UFPA e ISA: Oferta de peixes reduz ao redor de Belo Monte, principalmente pacu

Apesar de Belo Monte ainda estar em fase de testes e o hidrograma de consenso ainda não estar em pleno funcionamento, comunidades ribeirinhas e indígenas que vivem na região da Volta Grande relatam já estarem sentindo impactos da usina sobre a oferta de peixes, em especial os alimentícios, como o pacu, apreciado na região. Relatos de peixes muito magros foram feitos por índios juruna da aldeia Muratu, que fica na Volta Grande. Essa comunidade tem participado de um monitoramento independente feito desde 2013 por pesquisadores locais com auxílio do Instituto Socioambiental (ISA) e da UFPA. O trabalho observou que até 2015, peixes eram a principal fonte de proteína animal – mais de 50%. A partir de 2016, quando, além da obra, houve uma seca intensa promovida pelo El Niño do ano anterior, os indígenas passaram a consumir mais alimentos comprados na cidade, como frango de granja e enlatados. No ano passado, só 30% da proteína veio de peixe. Já os produtos da cidade passaram a representar 60%. Segundo a bióloga Cristiane Costa, que lidera o trabalho, o cenário com o hidrograma de consenso pode ser ainda pior que o observado em 2016 em decorrência do El Niño. “Aquele ano já mudou o comportamento dos indígenas e foi um alerta de um cenário que pode se estabelecer a partir de agora.” “Não esperávamos ver essas mudanças tão de imediato. Isso só deveria ser sentido depois do hidrograma já em funcionamento. Ainda não é indicado de quanto está sendo a vazão. Se não tivesse esse monitoramento independente, ninguém nem estaria sabendo do problema”, comenta Biviany Rojas, advogada do ISA. (O Estado de São Paulo – 18.04.2018)

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3 Norte Energia nega o desaparecimento de peixes ao redor de Belo Monte

Por meio de nota, a Norte Energia disse que desde 2012 monitora o recurso pesqueiro do Rio Xingu na região da usina e que não houve registro de desaparecimento de espécies. “Os resultados obtidos até o momento por estes estudos também não indicam risco de extinção de espécies”, afirmou. Em relação ao hidrograma de consenso, informou que os valores de vazão foram predefinidos no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) em 2009 e aprovados pelo Ibama e pela ANA. Disse que ele tem o objetivo de mimetizar a dinâmica de enchente e vazante do rio a fim de reduzir as interferências na biota aquática e nas condições de vida das comunidades ribeirinhas e indígenas que habitam a Volta Grande. O Ibama afirmou que quando o hidrograma começar a funcionar – o que está previsto para o ano que vem, quando todas as 18 turbinas estiverem em atividade – será em fase de testes. No período de seis anos haverá um monitoramento para avaliar se essas condições socioambientais de fato estão sendo mantidas. Se não estiverem, diz o órgão, os limites do hidrograma poderão ser revistos a qualquer momento. (O Estado de São Paulo – 18.04.2018)

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Energias Renováveis

1 Vestas assume manutenção de parques eólicos da Queiroz Galvão

A fabricante dinamarquesa de equipamentos eólicos Vestas fechou um contrato para fornecer serviços de operação e manutenção a parques da Queiroz Galvão Energia no Brasil, disse nesta terça-feira o presidente da fornecedora no país, Rogério Zampronha. O negócio vem após a saída do país da produtora indiana de máquinas Suzlon, que havia fornecido os equipamentos utilizados nas usinas eólicas da Queiroz Galvão. A empresa encerrou as atividades no Brasil em meados do ano passado. “A Vestas fechou um contrato de serviços ‘full scope’ de 10 anos de duração para operação e manutenção dos projetos com turbinas Suzlon, da Queiroz Galvão Energia”, escreveu Zampronha em sua página no Linkedin. (Reuters – 17.04.2018)

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2 UFV de 4,36 MW liberada para operação comercial e PCH de 5,6 MW para testes

A Aneel autorizou nesta terça-feira, 17 de abril, a operação comercial de uma unidade de 4.360 kW de capacidade da usina de geração fotovoltaica denominada UFV Assuruá, segundo publicação do DOU na mesma data. O empreendimento está localizado no município de Itaguaçu da Bahia (BA). Já a PCH Alto Benedito II, situada em Benedito Novo (SC), foi aprovada pela Aneel para operar em regime de testes as turbinas UG1, de 2.300 kW, UG2, de 2.300 kW, e UG3, de 1.000kW, somando 5,6 MW de potência. Outras duas termelétricas, de posse da Guascor do Brasil Ltda. e Soenergy – Sistemas Internacionais de Energia S.A., também receberam provimento do órgão regulador para operação em testes. Localizada em Monte Alegre (PA) a UTE Monte Alegre – CEPA poderá testar a unidade UG9, de 846 kW. E no município de Afuá (PA), a UTE Afuá – CEPA testará as unidades UG4 e UG5, de 846 kW cada, somando 1,692 kW. (Agência CanalEnergia – - 17.04.2018)

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3 Aneel decide punir eólica no RN que não foi descontratada

A Aneel decidiu aplicar as sanções administrativas previstas para a EOL Famosa 1, localizada na cidade de Tibaú, no RN. A eólica, que tem Furnas entre seus controladores, fazia parte de um grupo de eólicas contratadas em leilões de reserva que não foram implantadas devido a uma série de problemas. Todos os outros 16 parques conseguiram se descontratar por meio do mecanismo do leilão de descontratação, realizado no ano passado. Dentre as possíveis punições, estão o pagamento de multa no valor de 5% do valor do empreendimento. O mecanismo não permitia que todas os empreendimentos fossem descontratados, o que fez com que Famosa 1 permanecesse ativo. Na defesa do parque a representante Valéria Rosa pedia a retirada do tema da pauta. Segundo ela, com a descontratação de todos os demais parques envolvidos, o contexto se apresentava de modo diferente. Rosa relacionava o revés do projeto a falência da fabricante de aerogeradores Impsa e pedia analogia com as usinas descontratadas no mesmo processo. De acordo com o diretor relator do caso, a Aneel não poderia aplicar o mecanismo nesse caso, uma vez que ele havia sido criado pelo poder concedente e não pela agência. Segundo ele, era a análise de um processo de extinção de outorga de um empreendimento que não estava empreendendo. Embora reconhecendo que não houve má fé dos empreendedores, ele definiu pela punção à eólica. (Agência CanalEnergia – - 17.04.2018)

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4 MME enquadra projetos de eólicas como prioritários

O MME enquadrou na última segunda-feira, 16 de abril, como prioritário, dois projetos relativos às centrais de geração eólica denominadas EOL Cacimbas 1 e EOL Estrela. Outra solicitação aprovada como projetos prioritários é de posse da CLWP Eólica Parque S.A e refere-se a oito usinas de geração eólica: EOLs Campo Largo I, II, III, V, VI, VII, IV e XV. Já a Arteon Z3 Energia S.A teve acatado como prioritário o plano de transmissão de energia elétrica relativo ao Lote 9 do leilão nº 2 de 2015 da Aneel. (Agência CanalEnergia – - 17.04.2018)

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Gás e Termelétricas

1 Falta de gás em térmicas provoca pressão sobre tarifas

Em apenas 45 dias, os consumidores de energia elétrica em todo o país ficaram com uma conta de R$ 128 milhões nas mãos por causa da falta de suprimento de gás natural da Petrobras para a usina Termofortaleza (CE). A estatal deixou de fornecer o insumo para a térmica, operada pela italiana Enel, entre 28 de fevereiro e 15 de abril. Durante todo esse tempo, mesmo em plena temporada de chuvas, a usina de 332 MW foi acionada pelo ONS. Ela tem o terceiro custo mais baixo de operação entre 40 térmicas no Nordeste. Por isso, torna-se uma das primeiras a ligar as turbinas. Se fica indisponível, o ONS recorre a fontes mais caras para tapar o buraco. Para especialistas, o problema na Termofortaleza é um prenúncio do que pode ocorrer com mais de 5 mil MW em usinas do PPT. Esses projetos tinham garantia de suprimento da Petrobras. Só que o preço do combustível está fixado em US$ 4 por milhão de BTU nos contratos originais e ficou defasado. A Petrobras tem preferido pagar as multas do que fornecer o gás com prejuízo. Uma emenda deve ser incluída na MP 814 pelo deputado Julio Lopes (PPRJ). A conta iria para o ESS e, depois, seria repassada às tarifas. A emenda desperta reação contrária da Abrace, associação dos grandes consumidores industriais, que calcula um impacto de R$ 2,5 bilhões. As empresas controladoras das térmicas admitem reservadamente que pode haver aumento de tarifa com atualização no preço do gás. Mas consideram as estimativas da Abrace exageradas e sustentam que o custo de não fazer nada seria várias vezes maior. O Instituto Acende Brasil estima que "não fazer nada" levaria a um gasto de até R$ 9 bilhões por ano. (Valor Econômico – 18.04.2018)

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2 De olho no biogás, Cegás espera por entrada de novos aterros sanitários

O presidente da Cegás, Hugo Figueirêdo, avalia que até o ano que vem outros três aterros sanitários em construção no estado podem se tornar produtores de biogás, aumentando a oferta do insumo de forma significativa, diante do fato de que o contrato da distribuidora com a Petrobras estar no limite. No Ceará, o crescimento de consumo de gás natural projetado pela distribuidora para o segmento não-térmico é da ordem de 16%. A demanda em expansão foi puxada pela entrada em operação, no ano passado, do complexo térmico de Pecém. De acordo com Figueirêdo, se não fosse a oferta de biogás, o contrato com a Petrobras não seria suficiente para atender à demanda crescente. Os aterros estão localizados nas regiões de Sobral, Juazeiro do Norte e Limoeiro do Norte, e serão implantados em consórcios de cidades. A formação dos consórcios já vem ocorrendo há alguns anos e reúne municípios que em parceria enviam o lixo para aterros que pode dar destinação mais adequada aos resíduos, dentro da política setorial em vigor no país. A Cegás recebe o insumo diretamente na rede – a empresa realizou investimentos de R$ 25 milhões na instalação de um gasoduto de 23 quilômetros de extensão, para escoar o produto. A Cerbras, indústria cerâmica, está recebendo o biogás para seu processo produtivo. No caso da GNR Fortaleza, Figueirêdo frisou que é o primeiro projeto de injeção de gás renovável na rede de uma distribuidora, no país, com oferta inicial de 70 mil m³/dia, elevando-se para 150 mil m³/dia no ano que vem. Os 70 mil m³/dia correspondem a 15% do mercado não-térmico da Cegás, o que dá mais importância ao empreendimento em termos de oferta. Figueirêdo afirmou que ainda está sob estudos de viabilidade a instalação de uma térmica e um terminal de GNL pela Kogas. O investimento está estimado na casa dos R$ 800 milhões. Cegás e a coreana assinaram em setembro passado memorando de entendimentos a fim de realizar estudos de viabilidade para o terminal de regaseificação. (Agência Brasil Energia – 17.04.2018)

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3 Marquise Ambiental já olha novas áreas para produção de biogás

A Marquise Ambiental já está de olho nos eventuais novos projetos de produção de biogás que venham a se viabilizar no Ceará. Segundo o diretor presidente da empresa, Hugo Nery, a experiência com Fortaleza não se encerra com a inauguração da usina, que demandou R$ 100 milhões em investimentos, e que injeta o biocombustível diretamente na rede de distribuição da Cegás. Nery contou que o estado formou, na gestão do então governador Cid Gomes, consórcios com municípios para a implantação de aterros. No total, foram formalizados 30 consórcios, cada um com algo entre 11 e 12 cidades em média. A formação de consórcios é recomendada, salienta, diante do porte de cada uma das cidades, ou seja, união de municípios ajuda a viabilizar projetos como o de aterros sanitários. Dos consórcios formados, pelo menos três devem render novos projetos de biogás: nas regiões de Sobral, Juazeiro do Norte e Limoeiro do Norte. Segundo ele, dois dos três consórcios mostraram ser economicamente viáveis, o que desperta o interesse de se investir em iniciativas semelhantes. Ele ressaltou que Fortaleza é a quarta maior cidade do país em população e o lixo tem relação com poder econômico. Ainda não há previsão do potencial de produção dos três aterros, mas caso seja semelhante ao de Fortaleza, diante da quantidade de lixo que será produzido, o volume de investimentos é semelhante. O investimento do consórcio composto pela Ecometano e Marquise, entre outros parceiros, foi de R$ 100 milhões, sem considerar o aporte da Cegás no gasoduto de 23 quilômetros para escoar o gás. Ou seja, numa conta rápida, se os consórcios de Sobral, Juazeiro do Norte e Limoeiro do Norte tiverem o mesmo volume diário de lixo, os investimentos serão de R$ 300 milhões. A maior parte dos investimentos é destinada para a aquisição de equipamentos e tecnologias. Para Nery, o Brasil ainda está atrasado na gestão de resíduos sólidos e quando se trata de reciclagem de resíduos, a política deixa de ser voltada para a limpeza urbana e passa a ser uma política industrial. (Agência Brasil Energia – 17.04.2018)

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4 Eneva: Empresa conclui aquisição de ações de Pecém II

A Eneva concluiu a aquisição da totalidade da participação societária da Uniper Holding GmbH em Pecém II. O pagamento pelas ações, no valor de R$ 50mi, foi efetivado pela companhia em 13/04. Em paralelo, informou a empresa, Pecém II realizou a liquidação antecipada de R$ 220mi do saldo devedor atualizado de seu contrato de financiamento junto ao BNDES [R$ 162mi ao custo de TJLP acrescido de 3,1% ao ano e R$ 58 mi ao custo de IPCA acrescido de 10,6% ao ano]. De acordo com a Eneva, a redução do endividamento permitiu a declaração de Performance Financeira e Operacional de Pecém II pelo BNDES, e consequente liberação de todas as fianças bancárias garantidoras do financiamento .E comemora ainda que transcorridos menos de 6 meses da conclusão de oferta pública de ações, encerrada em 20/10/2017 conclui com sucesso a execução do plano de pré-pagamento de dívidas descrito no prospecto da oferta lançada à época. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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5 Definido CVU de março para UTE Norte Fluminense

A Aneel aprovou o CVU visando o ressarcimento dos custos variáveis da Usina Termelétrica Norte Fluminense S.A pela geração da UTE Norte Fluminense. Foram definidos em R$ 60,60, R$ 71,62 e R$ 135,76, os valores para março dos patamares 1, 2 e 3 da usina, e R$ 364,06 relativo ao 4º patamar. A Aneel também determinou o CVU de 940,70/MWh para aplicação no processo de contabilização de março na CCEE, visando o ressarcimento dos custos variáveis da Eletronorte pela geração da UTE Araguaia. (Agência CanalEnergia – 17.04.2018)

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Economia Brasileira

1 IBGE: Número de pessoas que produzem para consumo próprio sobe 18%

Desde o plantio de alimentos para o próprio consumo até a confecção de roupas e calçados, 12,425 milhões de brasileiros dedicaram uma parte do seu tempo para produzir bens para si e para pessoas da família em 2017 — 1,9 milhão de pessoas a mais frente ao ano anterior, avanço de 18,2%. Os dados são da pesquisa “Outras formas de trabalho 2017”, suplemento especial da Pnad Contínua, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE. De acordo com a pesquisa, 7,4% da população com 14 anos ou mais de idade realizaram alguma produção de bens para o próprio consumo no ano passado, acima do verificado no ano anterior (6,3%). Essa proporção, chamada de taxa de realização, era maior entre homens (7,9%), especialmente nos que tinham 50 anos ou mais de idade (11,2%). A pesquisa mostrou que a taxa de realização de produção para o próprio consumo decresce na medida em que aumenta o nível de instrução do indivíduo. A taxa era de 12,9% entre aqueles sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. O percentual declinou para 2,7% das pessoas com ensino superior completo. Das pessoas que trabalham na produção para o próprio consumo, 76,4% citaram realizar as atividades de cultivo, pesca, caça e criação de animais. A segunda atividade mais citada foi a produção de carvão, corte ou coleta de lenha, palha ou outro material (16,9% de incidência). Logo atrás estavam calçados, roupas, móveis, cerâmicas, alimentos ou outros produtos (13,1%) e construção de prédio, cômodo, poço ou outras obras de construção (7,5%), de acordo com o levantamento domiciliar do IBGE. (Valor Econômico - 18.04.2018)

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2 Fipe: 72% do dinheiro captado pelos bancos financia o setor público

Com a forte piora da situação fiscal do país, especialmente a partir de 2014, uma fatia expressiva e crescente da poupança financeira passou a ser drenada para financiar o desequilíbrio das contas públicas. No fim do ano passado, 72,2% de todos os recursos captados pelo sistema bancário financiavam o setor público, na forma de títulos públicos, operações compromissadas ou empréstimos, segundo estudo do Centro de Mercado de Capitais (Cemec), da Fipe. Esse movimento ocorre "em detrimento do setor privado", como destaca o economista Carlos Antônio Rocca, diretor do Cemec. Nesse cenário, sobra menos de 28% do dinheiro levantado pelas instituições bancárias para serem destinados a empresas e famílias. Rocca ressalta a evolução de outros indicadores que evidenciam como o setor público abocanha uma fatia significativa da poupança financeira no país. Em 2014, por exemplo, os títulos públicos representavam 37% da carteira dos investidores institucionais, a menor fatia desde 2007; em 2017, esse número atingiu 52%. A dívida pública bruta em relação ao PIB subiu de pouco menos de 51% do PIB em 2013 para mais de 73% do PIB no fim de 2017, aponta o estudo. No mesmo período, o endividamento de empresas e famílias passou de 60% para 56,3% do PIB, tendo atingido 64,5% do PIB em 2015. Com isso, a participação do setor público aumentou entre 2013 e 2017 de 47% para 57% do endividamento total (a soma da dívida pública com a privada). O estudo do Cemec enfatiza ainda a evolução da poupança doméstica bruta nos últimos anos. Pelo resultado das contas nacionais, essa taxa teve uma pequena alta de 2016 para 2017, aumentando de 13,9% para 14,8% do PIB. No entanto, ainda é bastante inferior à média de 2010 a 2013, de 18,2% do PIB. (Valor Econômico - 18.04.2018)

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3 FGV: IGP-M tem alta de 0,40% na 2ª prévia de abril

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) teve alta de 0,40% na segunda prévia de abril, informou a FGV. Um mês antes, o índice tinha subido 0,59%. Com peso de 60% no IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou elevação de 0,46% na segunda apuração de abril, ante 0,83% na parcial do mês anterior. Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,27% no segundo decêndio de abril, ante 0,12% na prévia do mês anterior. Das oito classes de despesa componentes do índice, a principal contribuição partiu do grupo Alimentação (-0,16% para 0,13%). Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,37% na segunda leitura de abril, acima da taxa de um mês antes, de 0,20%. (Valor Econômico - 18.04.2018)

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4 FGV: Monitor do PIB indica avanço de 0,6% no trimestre até fevereiro

O Monitor do PIB da FGV aponta para um crescimento de 0,6% na economia brasileira no trimestre móvel encerrado em fevereiro, perante os três meses encerrados em novembro de 2017. Na série com ajuste sazonal, a sinalização é de que a economia teve retração de 0,3% em fevereiro, quando comparado ao mês de janeiro. Nos três meses até fevereiro, o PIB avançou 1,7% perante o mesmo trimestre de um ano antes. Os destaques positivos são o crescimento das atividades de transformação (5,4%) e comércio (4,7%). Em contrapartida, a atividade agropecuária teve queda de 1,7% após 13 meses consecutivos de crescimento nesta comparação. O consumo das famílias apresentou aumento de 2,5% no trimestre móvel findo em fevereiro, no confronto interanual e a formação bruta de capital fixo, um indicativo de investimentos, seguiu em trajetória ascendente, com avanço de 4,4% no período. (Valor Econômico - 18.04.2018)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 17 sendo negociado a R$ 3,4078, com variação de -0,22% em relação ao início do dia. Hoje (18) começou sendo negociado a R$3,3993 - com variação de -0,25% em relação ao fechamento do dia útil anterior - e segue uma tendência de baixa, sendo negociado às 11h05 no valor de R$3,3868, variando -0,37% em relação ao início do dia. (Valor Econômico - 17.04.2018 e 18.04.2018)

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Internacional

1 Bolívia: Investimento em energia solar bate recorde

O investimento mundial em energia solar voltou a bater em 2017 um novo recorde, com US$ 160.800mi, 18% a mais do que em qualquer outra energia [renovável, fóssil ou nuclear] e com a China liderando o terreno, segundo relatório do Meio Ambiente [PNUMA]. Tendências Globais de Investimento em Energia Renovável 2018 explicam que a energia solar contribuiu com 98 GW em 2017, um valor maior do que a soma líquida do restante de renováveis, fósseis e nucleares. E foi responsável por 57% do total de investimentos em todas as, estimadas em US $ 279.800 mi. A China lidera o ranking com uma contribuição "sem precedentes" de 53 GW e US $ 86,5 bi investidos no setor [58% do total]. Entre 2007 e 2017, o investimento global em energia renovável foi de US $ 2,7tri. (Bolívia – La Razon – 17.04.2018)

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2 Bolívia: Aben oferece 260 bolsas para Rússia e Argentina

A ABEN, Agência Bolivina de Energia Nuclear, está habilitando 260 bolsas de estudo para a formação de graduados, acadêmicos e profissionais no país na Rússia e Argentina. Com o treinamento que receberão, os profissionais poderão administrar o Centro de Pesquisas Nucleares e a Rede de Centros de Medicina Nuclear e Radioterapia. Para a inscrição de candidatos no link http://www.aben.gob.bo está habilitado, em que as partes interessadas irão apresentar a sua aplicação nas áreas de ciência e tecnologia nuclear, medicina nuclear e radioterapia. Para a área de ciência e tecnologia nuclear pode solicitar médicos com especialidades, graduados e técnicos. A medicina nuclear irá acessar médicos, enfermeiros, radiologistas, físicos, contadores, técnicos e outros, disse a agência em um comunicado de imprensa. (Bolívia – Pagina Siete – 17.04.2018)

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3 Finlândia: Grupo inicia produção de propano renovável

O grupo finlandês Neste Oil iniciou a produção da primeira unidade em grande escala do mundo de gás propano renovável em sua refinaria de Roterdã, na Holanda. A nova unidade, em operação desde o fim de março, gera o propano a partir da purificação e separação dos gases efluentes da refinaria, que produz diesel renovável a partir de vários tipos de resíduos e óleos vegetais. O propano renovável é idêntico ao convencional oriundo do petróleo, o GLP. A planta da Neste tem capacidade para gerar 40 mil toneladas por ano de propano. A sua produção inicial se deu por meio de contrato de fornecimento de 160 mil toneladas, em um período de quatro anos, para a distribuidora SHV Energy, que vai comercializar o propano por toda a Europa com a marca BioLPG. O combustível pode ser usado em qualquer aplicação convencional do GLP, como transporte, aquecimento comercial e em botijões para o varejo. (Agência Brasil Energia – 17.04.2018)

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4 IRENA prevê crescimento de 30% de investimento energético até 2050

Aumentar a velocidade de adoção das energias renováveis em escala global em pelo menos seis vezes é fator crítico para atender às necessidades de redução de emissões relacionadas à energia pelo Acordo de Paris e pode limitar o aumento da temperatura global a dois graus, de acordo com a última edição do cenário de energia renovável de longo prazo da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Transformação Energética Global: Um Roteiro para 2050, lançado hoje durante o Diálogo sobre Transição Energética de Berlim, também conclui que um aumento cumulativo do investimento no sistema energético em 30% até 2050 em favor de energia renovável e eficiência energética pode criar mais de 11 milhões de empregos no setor energético, compensando completamente as perdas no segmento de combustíveis fósseis. A ação imediata também reduzirá a escala e o valor dos ativos ociosos relacionados à energia no futuro. O estudo prevê até US$ 11 trilhões de ativos de energia ociosos até 2050 – um valor que pode dobrar se a ação sofrer mais atrasos. “A energia renovável e a eficiência energética formam a base da solução mundial para as emissões de CO2 relacionadas à energia e podem fornecer mais de 90% das reduções de emissão de CO2 relacionadas à energia necessárias para manter o aumento da temperatura global em dois graus”, destacou o Diretor Geral da IRENA, Adnan Z. Amin. (Ambiente Energia – 18.04.2018)

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5 Confrapar: Gestora mineira compra 10% da Oxis Energy

A Confrapar, gestora mineira que administra o fundo Aerotec, da Codemig, pagou £ 3,75 milhões de libras [quase R$ 17 milhões] por uma participação de 10% na Oxis Energy, empresa inglesa que desenvolve e fabrica baterias de lítio-enxofre. Com o investimento, a expectativa é que a companhia instale um centro de desenvolvimento e produza baterias em Minas Gerais. O Li-S é candidato a substituir os modelos de íon-lítio, amplamente usados pela indústria atualmente. A tecnologia, que ainda está em estágio de amadurecimento, com produção e uso limitados, promete baterias mais leves, mais duráveis e menos poluentes que os modelos de íon-lítio. Criada em 2004, a Oxis tem cerca de 70 funcionários e uma pequena fábrica em Oxford, na Inglaterra. Segundo Marco Antônio Castello Branco, presidente da Codemig, o laboratório-fábrica custará US$ 30mi e a previsão é de entrar em operação no 1º trimestre de 2020. A unidade terá capacidade de produzir 1mi de células/ano. As células são as menores unidades de armazenamento de energia de uma bateria - várias delas colocadas juntas formam uma bateria. O plano é produzir dois tipos de baterias, a de longa vida, para uso em ônibus e caminhões elétricos; e as ultraleves, que podem equipar aviões e drones. A expectativa é que metade da capacidade de produção seja direcionada ao transporte público [40 ônibus totalmente elétricos podem ser montados com as 500 mil células]. A outra metade será dividida entre os setores aeroespacial [200 mil] e geração/distribuição de energia [300 mil]. (Valor Econômico – 18.04.2018)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: João Pedro Santos, Kennedy Gomes, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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