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IFE: nº 5.518 - 30 de junho de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Artigo GESEL: “O papel do financiamento nos projetos de hidrogênio verde na União Europeia: um exemplo a ser seguido”
2 GESEL: Investimento em renováveis é fundamental para a segurança energética
3 Bolsonaro sanciona lei que prevê redução da conta de luz com créditos tributários
4 Aneel: conta de luz continuará com tarifa da bandeira verde em julho
5 ICMS: Reunião entre Estados e governo termina sem acordo sobre tributo para combustíveis
6 Onze Estados e DF entram no STF contra teto na cobrança do ICMS sobre combustíveis e energia
7 RJ e MG aguardam análise para definir alíquota do ICMS
8 Aneel dá aval para aprimoramento do sinal locacional da Tust e Tusd
9 Aneel libera 41,1 MW para teste e 4,9 MW para operação comercial

Transição Energética
1 Biden promete US$ 14 mi para projeto de SMR na Romênia
2 EUA: Rhode Island estabelece meta para 100% de energia renovável

3 Kraft Heinz Inks negocia com a BHE Renewables para investir em energia renovável para ajudar a impulsionar as operações nos EUA
4 Turquia: Transição energética pode gerar 300 mil empregos
5 Espanha: Toda Sevilha, a comunidade energética que ultrapassa os limites da área municipal
6 World Economic Forum: Os desafios do financiamento para transição energética
7 NextEra: Metas visando a neutralidade de carbono até 2045

Empresas
1 Aneel aprova reajuste médio de 12,04% nas tarifas da Enel Distribuição São Paulo
2 PSOL apresenta projeto na Câmara para suspender reajuste nas tarifas de energia da Enel SP
3 Encargos setoriais e crise hídrica influenciaram reajuste, diz diretor da Enel SP
4 Tarifas da Cocel terão reajuste médio de 10,59%
5 Aprovado reajuste médio de 14,78% nas tarifas da Energisa Tocantins
6 Light: Raimundo Castro deixa presidência
7 Fitch remove observação negativa de rating da Eneva
8 Investidores mantêm aposta em startups de energia limpa

9 Fiesp/FIA: 60% das grandes empresas paulistas aumentaram os requisitos ESG para fornecedores

Leilões
1 Leilão de Transmissão n° 1/2022: ordem de licitação dos lotes é definida
2 Aneel realiza leilão de transmissão com perspectiva de R$ 15,3 bi em investimentos

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Conta de luz sobe 10% nas residências e 18% para cliente industrial em São Paulo

Mobilidade Elétrica
1 Debate aponta caminhos para viabilizar transporte coletivo elétrico no Brasil
2 LATAM adota veículos VEs em operação de solo no aeroporto de Confins
3 Aumento de custo de produção dificulta venda de VE ‘popular’ na China
4 Espanha: Governo insiste no seu compromisso de acabar com os carros de combustão em 2035

5 Volkswagen: Baterias para VEs são desafio maior que proibição de motores a combustão

Inovação
1 Estado do Rio de Janeiro e White Martins firmam parceria com foco em hidrogênio verde
2 Pesquisadores do NREL examinam alternativas à reciclagem para tecnologias solares e de bateria

Energias Renováveis
1 Cemig adquire três usinas de energia solar por R$ 100 mi
2 Elera Renováveis investe R$ 1,5 bi em novo parque eólico
3 Lemon Energia vai investir R$ 60 mi para acesso à geração sustentável
4 Energisa prevê crescimento na potência instalada de energia renovável até o final de 2026

5 Cuba poderia instalar 4.000 megawatts em parques solares fotovoltaicos
6 Energia eólica offshore instalou mais energia em 2021 do que nunca em um ano

Gás e Termelétricas
1 Tradener e Compagas operacionalizam primeiro contrato de gás importado em Novo Mercado
2 Energisa anuncia desativação de unidades termelétricas até 2026
3 Gasoduto que será construído no Niger, Argélia e Nigéria quer ser alternativa para fornecimento à União Europeia
4 Mercedes pode vender gás natural para ajudar na crise de abastecimento na Alemanha

Biblioteca Virtual
1 CHAVES, Ana Carolina; AQUINO, Thereza; IVO, Roberto. “O papel do financiamento nos projetos de hidrogênio verde na União Europeia: um exemplo a ser seguido”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Artigo GESEL: “O papel do financiamento nos projetos de hidrogênio verde na União Europeia: um exemplo a ser seguido”

Em artigo publicado pela Agência Canal Energia, Ana Carolina Chaves (pesquisadora plena do GESEL), em conjunto com Thereza Aquino (Professora da Escola Politécnica da UFRJ e Pesquisadora associada do GESEL) e Roberto Ivo (Professor no Departamento de Engenharia Industrial da UFRJ) tratam do papel do financiamento nos projetos de hidrogênio verde na União Europeia, e como esse exemplo pode ser seguido. Segundo os autores, “ a União Europeia vem anunciando, desde 2018, pacotes como parte dos planos de estímulo econômico ao hidrogênio, com cifras que já ultrapassam € 7 bilhões. No âmbito mundial, dos € 70 bilhões de financiamento público prometidos pelos diferentes governos para apoiar o setor de hidrogênio, mais da metade é proveniente dos estados-membros da União Europeia em coordenação com a Comissão Europeia.” Eles concluem que “ no Brasil, sem a conjugação de políticas públicas, seja através dos incentivos e regulação, como também do interesse e participação do capital privado, será difícil trilhar estratégias similares às adotadas pela União Europeia na implementação da indústria nacional do hidrogênio.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 30.06.2022)

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2 GESEL: Investimento em renováveis é fundamental para a segurança energética

Sem energia elétrica, não é possível sobreviver, sobretudo no inverno europeu. Por isso, a perspectiva é de que os países da Europa retomem, mesmo que momentaneamente, o uso de carvão em usinas termelétricas. Porém, na visão de Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL), essa decisão deverá se reverter no curto e médio prazo. Na análise de Castro, a nova política e o planejamento energético da Europa deverão seguir, em linhas gerais, a mesma estratégia que funcionou nesta crise: investir em bens energéticos substitutos para garantir segurança no atendimento da demanda com custos estáveis. Segundo ele, a expectativa, hoje, é de que os países priorizem investimentos em recursos energéticos renováveis e não poluidores. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Além da energia – 30.06.2022)

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3 Bolsonaro sanciona lei que prevê redução da conta de luz com créditos tributários

O presidente Jair Bolsonaro sancionou na segunda-feira, 27, em cerimônia reservada no Palácio do Planalto e fora da agenda oficial, um projeto de lei que prevê redução na conta de luz com a devolução de créditos tributários de PIS/Cofins cobrados dos consumidores de forma indevida. Segundo a Aneel, essa compensação pode deixar a conta de luz até 5,2% mais barata. O projeto foi aprovado no Congresso em 7 de junho e faz parte da ofensiva dos parlamentares para reduzir os preços de energia e de combustíveis em ano eleitoral. Essa medida de compensação já vem sendo adotada desde 2020 pela Aneel nos processos de reajustes tarifários, mas a avaliação é de que a aprovação de um projeto de lei dá mais segurança jurídica para a utilização dos recursos. (O Estado de São Paulo – 27.06.2022)

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4 Aneel: conta de luz continuará com tarifa da bandeira verde em julho

A Aneel manteve a bandeira tarifária verde em julho para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Nela, não há acréscimos sobre a tarifa da energia do consumidor. É o terceiro o anúncio de bandeira verde realizado pela Aneel desde o fim da bandeira escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até abril deste ano. Segundo a agência, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia elétrica. Para os consumidores beneficiários da tarifa social, que não precisaram pagar a bandeira escassez hídrica, a bandeira válida desde dezembro de 2021 é a verde. Também no mês de julho começam a valer os novos valores de bandeiras tarifárias amarela e vermelha, que foram reajustados em até 63,8% pela agência reguladora. A expectativa do mercado, porém, é que as taxas extras não sejam necessárias em 2022. (Valor Econômico – 27.06.2022)

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5 ICMS: Reunião entre Estados e governo termina sem acordo sobre tributo para combustíveis

A primeira reunião de conciliação organizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de resolver o impasse entre o governo federal e os Estados na cobrança do ICMS sobre os combustíveis terminou sem consenso. Representantes estaduais apresentaram propostas para tentar solucionar o problema e a União se comprometeu a dar uma resposta em 24 horas. O prazo terminou no fim do dia desta quarta-feira. Os Estados pediram que a alíquota do ICMS sobre o diesel seja calculada com base na média dos últimos 60 meses e que os combustíveis não sejam considerados bens essenciais – e, portanto, sujeitos ao teto de 17% e 18% na cobrança da alíquota do imposto, conforme lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. O encontro foi promovido pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que analisou o encontro como "infrutífero" e pediu mais "sensibilidade" dos entes envolvidos em busca de uma solução. A reunião contou com representantes do governo federal, dos Estados, do Ministério Público, da Câmara, das Assembleias Legislativas e das procuradorias-gerais no Estados. Outra figura a participar do encontro foi o representante do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do DF (Comsefaz). (O Estado de São Paulo – 28.06.2022)

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6 Onze Estados e DF entram no STF contra teto na cobrança do ICMS sobre combustíveis e energia

Governadores de 11 Estados e do Distrito Federal protocolaram uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) com pedido de liminar contra a lei 194 aprovada pelo Congresso que considera combustíveis, telecomunicações, energia elétrica e transporte coletivo bens essenciais. A lei limita a cobrança do ICMS a um teto máximo entre 17% e 18%. A ação foi apresentada depois de São Paulo ter saído na frente reduzindo as alíquotas do ICMS, o que causou mal-estar entre os Estados que esperavam uma saída jurídica conjunta. Além do DF, assinam a ação os governadores de Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará. Chamou atenção o fato de que nenhum dos Estados do Sudeste e do Norte do País assinou a ADI. Na ação, os governadores afirmam que a lei representa um intervencionismo sem precedentes da União nos demais entes subnacionais, por meio de desonerações tributárias. Entre os inúmeros pontos questionados na ação, os Estados apontam uma invasão de competência constitucional reservada aos Estados para a fixação de alíquotas. Eles argumentam que a competência da União para editar leis complementares tributárias não abrange a fixação de alíquotas. (BroadCast Energia – 28.06.2022)

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7 RJ e MG aguardam análise para definir alíquota do ICMS

Os governos do Rio de Janeiro e de Minas Gerais ainda aguardam análise para tomar uma decisão sobre as alíquotas do ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações. Nesta segunda-feira, 27, os governadores de São Paulo e Goiás se adiantaram e anunciaram uma redução do tributo, após o presidente Jair Bolsonaro sancionar, na sexta-feira, o teto de 17% ou 18% na cobrança do imposto estadual sobre os combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. (O Estado de São Paulo – 27.06.2022)

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8 Aneel dá aval para aprimoramento do sinal locacional da Tust e Tusd

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou nesta terça-feira, 28 de junho, o aprimoramento dos Submódulos 7.4, 9.4 e 10.5 dos Procedimentos de Regulação Tarifária relacionados ao Sinal Locacional das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão e das Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição para centrais de geração conectadas em 88 kV e 138 kV. A norma entrará em vigor para a realização dos cálculos das Tusts dos usuários do Sistema Interligado Nacional para o ciclo tarifário 2022/2023. Com essa aprovação, a agência sinaliza mudança regulatória importante, encerrando o método de estabilização de tarifas de transmissão e substituindo-o pelo método da envoltória tarifária flutuante, no qual as tarifas de cada barra são controladas por meio de limites superiores e inferiores móveis estabelecidos pelos módulos percentuais associados à variação da inflação medida pelo Índice de Atualização da Transmissão e ao risco imediato de expansão da transmissão. (CanalEnergia – 28.06.2022)


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9 Aneel libera 41,1 MW para teste e 4,9 MW para operação comercial

A Aneel autorizou para operação em teste, unidades geradoras da EOL Ventos de São Roque 08 e UFV Serra do Mel I, que juntas somam com 41,1 MW de capacidade instalada, e estão localizadas nos estados do Piauí e Rio Grande do Norte. E para operação comercial, foram liberados 4,9 MW da UTE Caviana – COE e UTE Paulínia Verde, localizadas nos estados do Amazonas e São Paulo. Além disso, A Aneel decidiu também prorrogar, por prazo indeterminado, a operação comercial das Centrais Geradoras Fotovoltaicas São Gonçalo 14, UG1 a UG24; São Gonçalo 15, UG1 a UG24; e São Gonçalo 17, UG1 a UG12, que pertencem à Enel Green Power. (CanalEnergia – 29.06.2022)

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Transição Energética

1 Biden promete US$ 14 mi para projeto de SMR na Romênia

O governo dos EUA, trabalhando com a NuScale Power, fornecerá US$ 14 milhões em apoio ao estudo de Engenharia e Design Front-End (FEED) para a implantação na Romênia de uma planta de pequeno reator modular (SMR) como parte do projeto um projeto emblemático lançado na cúpula de líderes do Grupo dos Sete (G7) na Alemanha. Lançamento da Parceria do G7 para Infraestrutura e Investimentos Globais (PGII) - uma iniciativa que segue um anúncio na cúpula do G7 do ano passado de planos para desenvolver uma parceria de infraestrutura transparente, de alto impacto e orientada por valores para atender às necessidades de infraestrutura de baixa e países de renda média - o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que os EUA mobilizarão US$ 200 bilhões em capital público e privado nos próximos cinco anos para a parceria que visa coletivamente mobilizar quase US$ 600 bilhões do G7 até 2027. O estudo FEED é um dos projetos emblemáticos da parceria. (World Nuclear News – 27.06.2022)

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2 EUA: Rhode Island estabelece meta para 100% de energia renovável

O governador de Rhode Island está assinando uma legislação na quarta-feira que estabelece a meta mais ambiciosa do país para exigir que o estado seja totalmente alimentado por energia renovável. A legislação acelera os planos para que a rede elétrica opere com energia 100% renovável, para que a meta seja alcançada em 2033. É o cronograma mais ambicioso do país – Oregon é o estado mais próximo, com legislação que exige que os fornecedores de eletricidade de varejo reduzam as emissões em 100% até 2040, de acordo com a Conferência Nacional de Legislaturas Estaduais. Atualmente, existem 10 estados com um padrão de portfólio 100% renovável ou padrão de energia limpa, com a maioria dos prazos entre 2040 e 2050, disse o NCSL. Ele afirma que toda a energia fornecida a Rhode Island até 2033 viria de energia renovável, diretamente de recursos de energia renovável ou por meio de compensações no mercado regional. (Renewable Energy World – 29.06.2022)

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3 Kraft Heinz Inks negocia com a BHE Renewables para investir em energia renovável para ajudar a impulsionar as operações nos EUA

A Kraft Heinz Company anunciou no dia 29 de junho um contrato de compra de energia virtual ("vPPA") com a BHE Renewables, uma empresa da Berkshire Hathaway Energy, para suas operações em Estados Unidos, que compõem a maior parte da Zona da América do Norte da Companhia. Este acordo foi projetado para permitir que a Kraft Heinz atinja sua aspiração de adquirir a maior parte de sua eletricidade de fontes renováveis até 2025, uma área de foco principal dos planos de emissões líquidas zero da empresa. Até o final de 2022, a Kraft Heinz planeja comprar energia renovável suficiente da BHE Renewables para compensar mais de 15% do uso de energia em suas fábricas nos EUA; e até o final de 2025, espera-se que esse valor aumente para aproximadamente 60%. (EE Online – 30.06.2022)

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4 Turquia: Transição energética pode gerar 300 mil empregos

Acabar com novos investimentos em combustíveis fósseis e mudar para energia renovável pode criar 300.000 novos empregos na Turquia até 2030, de acordo com um relatório recém-publicado da ONU nesta terça-feira (28). O relatório, intitulado "Impactos Sociais e de Emprego das Mudanças Climáticas e Políticas de Economia Verde na Turquia", apontou enormes benefícios econômicos na mudança de novos investimentos de combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis. "A Turquia poderia aumentar seu PIB em até US$ 8 bilhões por ano, criar mais de 300.000 novos empregos até 2030 e reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 8% em comparação com o nível de 2019 - tudo investindo em energia renovável em vez de continuar dependendo de combustíveis fósseis", disse o relatório conjunto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e da OIT. (Anadolu Agency – 28.06.2022)

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5 Espanha: Toda Sevilha, a comunidade energética que ultrapassa os limites da área municipal

A Câmara de Sevilla quis seguir os passos da sua irmã Navarra e acaba de apresentar uma comunidade energética que está empenhada em ultrapassar os limites municipais. Toda Sevilha, iniciativa pioneira na Andaluzia, é uma comunidade energética que se formalizou sob a figura jurídica de "associação sem fins lucrativos" (já está inscrita no Registro de Associações da Junta de Andaluzia) e cujo objetivo é cidadãos, PMEs (pequenas e médias empresas) e autoridades locais se unem, como usuários finais de energia, "para cooperar na geração, distribuição, consumo, armazenamento, fornecimento, agregação de energia de fontes renováveis ou para oferecer eficiência energética e serviço de gestão de demanda". (Energías Renovables - 28.06.2022)

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6 World Economic Forum: Os desafios do financiamento para transição energética

O cumprimento das metas do Acordo de Paris não pode acontecer a menos que a descarbonização ocorra em todas as economias e indústrias. Mas, embora a necessidade de atingir o zero líquido de emissões em carbono até 2050 seja uma prioridade aceita, o processo de fazê-lo terá impactos diferentes dependendo do país, empresa ou setor, de acordo com o World Economic Forum (WE Forum). Tornar a economia mais sustentável pode trazer muitos benefícios; no entanto, as consequências imediatas para trabalhadores, comunidades ou outras partes que dependem de economias de emissões intensivas também não podem ser ignoradas. É por isso que os principais atores devem enfrentar seus desafios transicionais e específicos do local de frente por meio de uma “transição justa”, clara no tratado de 2015. O WE Forum sublinha que os princípios de transição justa devem ser integrados em todos os planos climáticos de cada país. Eles também precisam ser adotados pelos ministérios das finanças para entregar orçamentos anuais e planos de financiamento de longo prazo que considerem as dimensões de “obtenção e gasto” da política fiscal. (World Economic Forum – 28.06.2022)

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7 NextEra: Metas visando a neutralidade de carbono até 2045

À medida que empresas de todo o mundo se comprometem em atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa, uma grande empresa de energia dos EUA está traçando um caminho diferente em direção ao que está chamando “zero real”. A NextEra Energy anunciou este mês que pretende atingir o “zero real” de emissões de gases de efeito estufa até 2045, zerando sua poluição climática sem o uso de compensações de carbono ou captura de carbono. De acordo com a NextEra – cujas subsidiárias incluem desenvolvedores de gasodutos, um grande produtor de energia renovável e uma das maiores concessionárias de energia elétrica dos EUA, a Florida Power & Light – a medida visa estabelecer a empresa como líder do setor, diferenciando-a da a enorme quantidade de outras empresas cujos compromissos líquidos de zero estão sob escrutínio. Os defensores do meio ambiente concordam que a medida é amplamente positiva, embora permaneçam dúvidas sobre alguns detalhes – especialmente a maneira como a NextEra se apoiará no chamado “hidrogênio verde” para reduzir as emissões nas próximas décadas. (Grist – 28.06.2022)


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Empresas

1 Aneel aprova reajuste médio de 12,04% nas tarifas da Enel Distribuição São Paulo

A Aneel aprovou nesta terça-feira, 28, reajuste médio de 12,04% nas tarifas da Enel Distribuição São Paulo. Os novos valores passam a vigorar em 04 de julho. Para os consumidores conectados em baixa tensão, que inclui os clientes residenciais, o aumento médio será de 10,15%. Já para aqueles que são atendidos em alta tensão, como as indústrias, o efeito médio será de 18,03%. O porcentual aprovado já considerou os créditos de PIS/Cofins, cuja devolução para os consumidores foi definida em lei sancionada nesta semana. A medida resultou em redução de 8,7% frente ao aumento previsto inicialmente. (BroadCast Energia – 28.06.2022)

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2 PSOL apresenta projeto na Câmara para suspender reajuste nas tarifas de energia da Enel SP

A bancada do PSOL na Câmara apresentou nesta terça-feira, 28, um projeto de decreto legislativo para suspender o reajuste médio de 12,04% nas tarifas da Enel Distribuição São Paulo, aprovado hoje pela Aneel. O partido argumenta que o aumento da conta de luz vai aprofundar a situação de vulnerabilidade social no País. “A gente vive uma crise econômica e social profunda, com aumento da população em situação de rua e milhões com restrição alimentar em função da hiperinflação dos alimentos”, disse a líder do PSOL na Câmara, deputada Sâmia Bomfim (SP). “Agora, vem um aumento abusivo nas contas de luz. É insustentável para a maioria das famílias paulistas. É fundamental que o Congresso atue para reverter esse absurdo que não cabe no bolso das famílias”, emendou a parlamentar. (BroadCast Energia – 28.06.2022)

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3 Encargos setoriais e crise hídrica influenciaram reajuste, diz diretor da Enel SP

Nesta terça-feira, 28 de junho, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu que os consumidores na área de concessão da Enel Distribuição São Paulo terão um aumento médio de 12,04% nas suas tarifas. Para os consumidores da alta tensão, o impacto será de 18,03%, enquanto na alta tensão, fica em 10,15%. A nova tarifa vale a partir do dia 4 de julho. Segundo o diretor de regulação da Enel Distribuição São Paulo, Luiz Gazulha Junior, alguns fatores influenciaram esse aumento. “Este ano nós tivemos puxando a alta do reajuste os encargos setoriais, a compra de energia e a crise hídrica que nós tivemos ano passado que foi a pior crise nos últimos 90 anos e a inflação. Acredito que esses pontos foram os que influenciaram o reajuste tarifário”, disse Junior. (CanalEnergia – 28.06.2022)

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4 Tarifas da Cocel terão reajuste médio de 10,59%

A Aneel definiu em reunião da diretoria realizada nesta terça-feira, 28 de junho, que o reajuste tarifário da Cocel (PR) terá efeito médio de 10,59%. Na alta tensão, o impacto ficam em 23,15%, enquanto na baixa tensão, chega a 2,04%. A distribuidora, que tem base na cidade de Campo Largo, poderá aplicar o novo valor a partir do próximo dia 29 de junho. De acordo com a agência, o efeito médio de 10,59% vem do reajuste dos itens das Parcelas A e B e da inclusão dos componentes financeiros apurados no atual reajuste, levando a uma variação de 9,62% e da retirada dos componentes financeiros estabelecidos no último processo tarifário, que contribuíram para uma variação negativa de 7,15%. O cálculo da tarifa considerou a proposta de regulamentação do componente tarifário denominado CDE Modicidade Eletrobras que trata da inclusão dos aportes na Conta de Desenvolvimento Energético devido a capitalização da Eletrobras. (CanalEnergia – 28.06.2022)

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5 Aprovado reajuste médio de 14,78% nas tarifas da Energisa Tocantins

A Aneel aprovou nesta terça-feira, 28, reajuste médio de 14,78% nas tarifas da Energisa Tocantins. Os novos valores passam a vigorar em 04 de julho. Para os consumidores atendidos em alta tensão, como as indústrias, o efeito médio será de 15,85%. Já para os conectados em baixa tensão, que inclui os clientes residenciais, o aumento médio será de 14,53%. O aumento é resultado, entre outros fatores, da alta de custo de geração de energia elétrica no último ano. Entre as medidas de mitigação do aumento, foi considerado os créditos de PIS/Cofins, cuja devolução para os consumidores foi definida em lei sancionada nesta semana. O impacto dessa medida foi uma redução de 9,76% frente ao aumento previsto inicialmente. (BroadCast Energia – 28.06.2022)

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6 Light: Raimundo Castro deixa presidência

A Light informou em comunicado ao mercado na quarta-feira, 29 de junho, que Raimundo Nonato Alencar de Castro solicitou renúncia ao cargo de Diretor – Presidente da Companhia, por motivos pessoais e valendo a partir desta data. A renúncia abrange todos os cargos ocupados por Castro nos órgãos da administração das subsidiárias controladas ou coligadas da Light. Castro ocupava a presidência da concessionária carioca desde outubro de 2020. De acordo com a Light, Wilson Martins Poit vai exercer o cargo de modo interino, mas como essa interinidade configura um impedimento temporário ao exercício do cargo de Presidente do Conselho de Administração, ele será substituído pela Vice – Presidente Ana Amélia Campos Toni até que o impedimento temporário cesse. (CanalEnergia – 29.06.2022)

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7 Fitch remove observação negativa de rating da Eneva

A agência de classificação de risco de crédito Fitch Ratings removeu a observação negativa e afirmou o rating nacional de longo prazo da Eneva em AAA(bra), com perspectiva estável. De acordo com a Fitch, a ação de rating segue a conclusão da oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias da companhia, que totalizou R$ 4,2 bilhões. Isto possibilita à empresa uma alavancagem financeira condizente com a atual classificação. Em seu relatório, a Fitch também afirmou que o rating da Eneva reflete seu favorável modelo de negócios e sua destacada posição no segmento de geração termelétrica no Brasil, com contratos de longo prazo para venda de parcela significativa de sua energia e suprimento interno de gás natural, sua principal matéria-prima. Além disso, a Fitch considera relevante a intensidade de capital dos negócios da Eneva e que a companhia conseguirá administrar seu robusto perfil financeiro apesar dos relevantes investimentos e aquisições previstos para 2022 e 2023. (CanalEnergia – 29.06.2022)

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8 Investidores mantêm aposta em startups de energia limpa

As empresas de tecnologia verde levaram uma surra do mercado de ações, mas os investidores privados ainda estão colocando muito dinheiro no setor. O último negócio foi um investimento de US$ 750 milhões em um fornecedor de energia renovável de rápido crescimento feito por vários fundos, incluindo a TPG. A Intersect Power e três outras startups climáticas arrecadaram juntas mais de US$ 1,6 bilhão na semana passada. Grandes empresas de investimento e de capital de risco, muitas com grandes pilhas de dinheiro, parecem otimistas com o setor, apesar das preocupações com a alta inflação e o aumento das taxas de juros. Empresas de investimento como TPG, Brookfield Asset Management e General Atlantic levantaram, juntas, dezenas de bilhões de dólares para apoiar startups desta área, apesar das oscilações do mercado deste ano. O dinheiro de empresas de capital de risco e outras grandes empresas está impulsionando o setor. (BroadCast Energia – 29.06.2022)

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9 Fiesp/FIA: 60% das grandes empresas paulistas aumentaram os requisitos ESG para fornecedores

No Estado de São Paulo, 60% das grandes companhias aumentaram os requisitos ESG na hora de contratar fornecedores. A constatação foi apontada pela pesquisa Rumos ESG na Indústria Paulista, uma parceria entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a FIA Business School. Apesar da maior rigorosidade nos requisitos, tais condições só são cumpridas por 30% dos fornecedores. Nas grandes corporações, o ESG vem se tornando cada vez mais uma realidade. Três quartos das grandes empresas entendem que a prática faz parte integral das metas estratégicas do negócio. O cenário, no entanto, não se repete de forma tão clara em médias e pequenas companhias, com 59% das médias e 41% das pequenas colocando o ESG como algo central em suas estratégias de mercado. Algo semelhante ocorre quando o assunto é demandas de investidores e credores. Enquanto 65% das grandes corporações entendem que tais demandas incentivam a incorporação do ESG na empresa, o número de empresas médias e pequenas que acreditam nisso cai consideravelmente - 38,8% e 33,3%. A apresentação da pesquisa pode ser acessada por este link. (BroadCast Energia – 29.06.2022)

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Leilões

1 Leilão de Transmissão n° 1/2022: ordem de licitação dos lotes é definida

A Aneel definiu a ordem de negociação dos 13 lotes do Leilão de Transmissão n° 1/2022, que será promovido nesta quinta-feira (30/6). A sessão será iniciada com os lotes 1, 2 e 3, com instalações localizadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Destinados ao escoamento da energia gerada por fontes renováveis, os três possuem expectativa de investimento de R$ 12,27 bilhões. Ainda pela manhã, também serão apregoados os lotes 9, 10 e 11, nos estados de Mato Grosso, Pará, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Eles trazem empreendimentos anteriormente licitados, porém não implantados e com caducidade dos contratos declarada pelo MME. No período da tarde, a partir das 13h, serão leiloados os lotes 4, 5, 6, 7, 8, 12 e 13. Os lotes 8 e 12 também se referem a empreendimentos anteriormente licitados e não implantados, nos estados de Rondônia e Amazonas. (CanalEnergia – 29.06.2022)

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2 Aneel realiza leilão de transmissão com perspectiva de R$ 15,3 bi em investimentos

A Aneel licitará 13 blocos de concessões para ativos de transmissão de energia, que somam 5.425 quilômetros de linhas e 6.180 megavolt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações. Este é o maior leilão do segmento realizado desde 2018, e a previsão é que os empreendimentos gerem investimentos de R$ 15,3 bilhões durante o período de construção, que pode variar entre 42 e 60 meses. Quem vencer o leilão poderá prestar os serviços de construção, operação e manutenção das instalações pelo prazo de 30 anos e será remunerado pela Receita Anual Permitida (RAP) durante a vigência do contrato. Para este certame, a RAP máxima é de R$ 2,2 bilhões por ano reajustados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). (BroadCast Energia – 30.06.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Conta de luz sobe 10% nas residências e 18% para cliente industrial em São Paulo

A Aneel aprovou nesta terça-feira (28) reajuste tarifário de 12,04% para os 24 municípios da área de concessão da Enel Distribuição São Paulo. A nova tarifa entra em vigor em 4 de julho. Segundo a empresa do total, apenas 3,67% são destinados às atividades da distribuidora. Para os consumidores de baixa tensão, em sua maioria clientes residenciais, o reajuste ficou em 10,15% e para os clientes de média e alta tensão, em geral indústrias e grandes comércios, o índice médio aprovado foi de 18,03%. Os principais fatores que influenciaram o reajuste foram o aumento de subsídios na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), a alta da inflação e o aumento dos custos com aquisição de energia e transporte dessa energia até a distribuidora. (Valor Econômico – 29.06.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Debate aponta caminhos para viabilizar transporte coletivo elétrico no Brasil

Ainda pouco difundido no País, o transporte coletivo elétrico pode contribuir com as cidades não apenas para solucionar a demanda crescente por meios alternativos de locomoção, mas também para viabilizar caminhos adequados às atuais necessidades ambientais e econômicas. É o que defendeu o especialista Carlos Eduardo Cardoso, responsável por e-city na Enel X e um dos debatedores do painel “Como viabilizar a eletromobilidade do transporte coletivo no Brasil?”, durante o evento Parque da Mobilidade Urbana (PMU), realizado na cidade de São Paulo. Dentre os desafios encontrados, Cardoso apontou fatores nos níveis governamental, financeiro e cultural. Sobre a viabilidade financeira, Cardoso explica que há um crescente movimento de financiamento para o transporte elétrico no País e que a Enel X tem oferecido para diversas cidades, projetos que oferecem altos retornos no longo prazo, além de redução nas emissões de poluentes, energia 100% renovável, otimização de custos e garantia técnica na engenharia e no produto. O terceiro ponto destacado foi a barreira cultural que inviabiliza as cidades de avançarem nesse sentido. (O Estado de São Paulo – 29.06.2022)

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2 LATAM adota veículos VEs em operação de solo no aeroporto de Confins

A LATAM está utilizando 100% de energia elétrica em suas operações de solo. Na última terça-feira, 28, a companhia iniciou a operação de Ground Handling, equipamento que utiliza 100% de energia elétrica em vez de diesel, e está sendo usado em pelo menos 50% dos voos da empresa em Belo Horizonte/Confins (o equivalente a 10 voos diários). A iniciativa fará a LATAM deixar de emitir 114 toneladas de CO2 nos próximos 12 meses no aeroporto mineiro. Com investimento de mais de R$ 30 milhões, o projeto-piloto foi desenvolvido em parceria com Real Aviation e BH Airport. A ação está conectada com a estratégia de Sustentabilidade do grupo LATAM, anunciada em 2021. No pilar de Mudanças Climáticas, o grupo tem como meta ser uma companhia 100% carbono neutro até 2050. (CanalEnergia – 29.06.2022)

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3 Aumento de custo de produção dificulta venda de VE ‘popular’ na China

O veículo elétrico de baixo custo mais vendido da China perdeu força após um aumento de preço impulsionado pelo custo em um mercado saturado de novos participantes. O Hongguang Mini EV conquistou o país quando foi lançado em julho de 2020, pela joint venture SAIC-GM-Wuling Automobile. Os preços do “carro popular” começaram em 28.800 yuans (cerca de US$ 4.300 nas taxas atuais). Embora tivesse um alcance de apenas 120 km por carga, era ótimo para dirigir na cidade. As vendas do Hongguang Mini decolaram especialmente em cidades rurais. O carro superou o Model 3 da Tesla e outros rivais para se tornar o VE mais vendido por 20 meses consecutivos até maio de 2022. Mas sua liderança começou a patinar. Cerca de 25 mil Hongguang Minis foram vendidos em abril, de acordo com a China Passenger Car Association. O volume de vendas caiu 6% em comparação com o ano anterior, marcando o primeiro declínio ano a ano do modelo. Uma queda de 2% ocorreu em maio. O lockdown de Xangai, provocado pela covid-19, pode ser um fator. Mas como os veículos de nova energia – o nome chinês para carros eletrificados – ultrapassaram os números do ano anterior em abril e maio, há outras forças em jogo. Uma razão é que o veículo não pode mais ser comprado por 28.800 yuans. O preço mínimo aumentou mais de 10% em março, para 32.800 yuans. (Valor Econômico – 29.06.2022)

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4 Espanha: Governo insiste no seu compromisso de acabar com os carros de combustão em 2035

A terceira vice-presidente do Governo e ministra da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico, Teresa Ribera, explicou esta terça-feira que Espanha vai apoiar a proposta de 2035 como data para acabar com o registro dos carros de combustão na União Europeia, depois de vários países , incluindo Portugal, Itália ou Alemanha, pediram para adiá-lo. Ribera lembrou que as marcas da indústria automobilística "já estão nessa transformação", para a qual tem feito questão de ter as datas definitivas claras. (Energías Renovables - 28.06.2022)

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5 Volkswagen: Baterias para VEs são desafio maior que proibição de motores a combustão

O acordo da União Europeia para eliminar os carros com motor a combustão em pouco mais de 12 anos é desafiador, mas um obstáculo mais assustador será fabricar baterias suficientes para alimentar os carros elétricos que vão substituí-los, disse um executivo sênior da Volkswagen nesta quarta-feira. O comentário veio depois que os países do bloco fecharam acordos sobre propostas legislativas para combater as mudanças climáticas na quarta-feira, incluindo uma exigindo que os carros novos vendidos na União Europeia emitam zero dióxido de carbono a partir de 2035, o que torna impossível a venda de carros com motor a combustão. A Comissão Europeia havia proposto o pacote pela primeira vez no ano passado, destinado a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa nesta década. O acordo torna provável que a proposta se torne lei da União Europeia. (Forbes – 29.06.2022)

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Inovação

1 Estado do Rio de Janeiro e White Martins firmam parceria com foco em hidrogênio verde

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais (SEDEERI) do Rio de Janeiro e a White Martins assinaram um Memorando de Entendimento com o objetivo de avaliar o desenvolvimento e/ou a implementação de projetos da cadeia do hidrogênio verde no Rio de Janeiro. Trata-se de um acordo que pretende unir a expertise da companhia e o potencial energético do estado. O memorando prevê a inserção de outras fontes de energia, tal qual o hidrogênio, como componente estratégico da matriz de energia fluminense, alinhado com as premissas mundiais de transição energética e sustentabilidade. A formalização do memorando tem como finalidade estabelecer relações colaborativas entre as duas instituições com o intuito de promover o desenvolvimento econômico e regulatório regional na cadeia de óleo, gás e energia. Além disso, a parceria contribui com o processo de descarbonização, ao proporcionar o aumento da participação de fontes renováveis na matriz energética do estado do Rio de Janeiro e da Região Sudeste, principal polo industrial do Brasil. (CanalEnergia – 29.06.2022)

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2 Pesquisadores do NREL examinam alternativas à reciclagem para tecnologias solares e de bateria

Alternativas à reciclagem podem ter o potencial de construir uma economia circular para tecnologias solares fotovoltaicas (PV) e baterias, descobriram pesquisadores do Laboratório Nacional de Energia Renovável (NREL) do Departamento de Energia dos EUA. Essas estratégias alternativas incluem reduzir o uso de materiais virgens na fabricação, reutilizá-los para novas aplicações e prolongar a vida útil do produto. Os pesquisadores descobriram que a criação de uma economia circular robusta para painéis fotovoltaicos e baterias de íons de lítio pode mitigar a demanda por materiais de partida e reduzir o desperdício e os impactos ambientais. As estratégias de economia circular também têm o potencial de criar empregos de energia limpa e abordar questões de justiça ambiental. (Daily Energy Insider – 29.06.2022)

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Energias Renováveis

1 Cemig adquire três usinas de energia solar por R$ 100 mi

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) anunciou que adquiriu três usinas de energia solar em investimento aproximado de R$ 100 milhões. As usinas fotovoltaicas (UFV), localizadas em Minas Gerais, são detidas pela Genesys Participação Societária e por Antônio Carlos Torres, em sociedades de propósito específico (SPEs). O pagamento ocorrerá à medida que as usinas entrarem em operação. A UFV Prudente Morais tem início previsto para o próximo mês e a UFV Montes Claros para setembro. Já a usina Jequitibá deve começar a operar em fevereiro do ano que vem. As unidades irão atender cerca 2,5 mil clientes do mercado comercial e industrial de baixa tensão, com redução estimada de emissão de 4 mil toneladas de dióxido de carbono por ano. (Valor Econômico – 29.06.2022)

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2 Elera Renováveis investe R$ 1,5 bi em novo parque eólico

A Elera Renováveis lançou a pedra fundamental de seu mais novo parque eólico: o Complexo Oeste Seridó, que está localizado no município de Parelhas, no Rio Grande do Norte. O empreendimento representa um investimento de R$ 1,5 bilhão na região e capacidade instalada de geração de 247,5 MW. As obras da fase 1 deverão ser concluídas em 2024 e terá energia será suficiente para abastecer cerca de 2 milhões de pessoas evitando a emissão de 740 mil toneladas de CO2 na atmosfera. De acordo com a companhia, serão ao todo dez parques eólicos integrados que juntos, representam a abertura de mil empregos diretos e indiretos no pico das obras. Para dar prioridade à contratação de mão-de-obra local, a Elera já realizou um curso de capacitação oferecido em parceria com o Senai com cerca de cem participantes. Vale destacar que o projeto também prevê investimentos na recuperação da flora e fauna locais e já há estudos para um projeto de educação e para a instalação de painéis solares no Hospital Dr José Augusto Dantas. (CanalEnergia – 29.06.2022)

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3 Lemon Energia vai investir R$ 60 mi para acesso à geração sustentável

A Lemon Energia,companhia de climate tech que utiliza tecnologia e dados para alocar, de forma inteligente e sob demanda, energia sustentável para os clientes consumidores, conseguiu captar R$ 60 milhões em uma rodada Series A e vai utilizar os recursos para expandir ainda mais o acesso ao consumo de energias sustentáveis. O aporte foi liderado pelo Kaszek, principal fundo de venture capital da América Latina, e também marca o primeiro investimento no Brasil do fundo Lowercarbon Capital, focado em startups de impacto ambiental. A rodada contou ainda com Kevin Efrusy (investidor do Quinto Andar, Gympass, Nuvemshop e sócio da Accel), e Sergio Furio (CEO e fundador da fintech brasileira Creditas). Vale ressaltar que a companhia já havia recebido investimento dos fundos Canary e BigBets, entre outros. (Petronotícias – 29.06.2022)

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4 Energisa prevê crescimento na potência instalada de energia renovável até o final de 2026

A Energisa divulgou hoje seus compromissos com relação à sustentabilidade dos seus negócios. A empresa prevê a instalação, até 31 de dezembro de 2026, de potência em energia renovável de 1,7 GW. A empresa espera atingir no período 55 mil unidades consumidoras com Energia elétrica, limpa e acessível a áreas remotas da concessão. Também é meta da empresa o descomissionamento e desativação de usinas térmicas (UTE) com 171,7 MW. (BroadCast Energia – 29.06.2022)

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5 Cuba poderia instalar 4.000 megawatts em parques solares fotovoltaicos

A II Feira de Energias Renováveis de Cuba reuniu especialistas nacionais e estrangeiros, empresários, indústria nacional e universidades para discutir as fontes de energia renovável e suas perspectivas futuras na ilha. Entre os objetivos do evento estava a promoção do investimento estrangeiro em Cuba, com ênfase em energia solar e biomassa, além de promover seu uso eficiente no desenvolvimento local e nos setores industrial, de serviços e residencial, segundo informa a Latin Press . Um dos principais resultados da Feira foram acordos para instalar cerca de 4.000 MW em parques solares distribuídos em todo o território nacional, como parte das negociações entre a União Elétrica (UNE) e várias empresas estrangeiras.Este tipo de iniciativa é de grande importância para Cuba, tendo em vista que o país vive uma situação energética complexa, com várias unidades geradoras apresentando falhas e também com falta de diesel para a operação das estações de geração distribuída, projetadas para suprir a demanda quando as unidades térmicas que operam com combustível nacional falham, gerando cortes de energia elétrica que afetam a população e a economia. (Energías Renovables - 30.06.2022)

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6 Energia eólica offshore instalou mais energia em 2021 do que nunca em um ano

Segundo o Global Offshore Wind Report 2022, a energia eólica offshore instalou cerca de 21.100 MW no ano de 2021, três vezes mais do que apenas um ano antes. De maneira esperada, a China é a líder mundial em eólica offshore, com quase 17 GW. No caso da Europa, foram instalados pouco mais de 3000 MW, sendo o Reino Unido responsável por 2300 MW, a Dinamarca com 605 MW, a Holanda com 392 MW e a Noruega com 3,6 MW. Além disso, o relatório estima que no ano de 2031, pode-se ter cerca de 315.000 MW a mais do que o presente momento, de modo que no ínicio da próxima década estaríamos próximos de 370 GW. (Energías Renovables - 30.06.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Tradener e Compagas operacionalizam primeiro contrato de gás importado em Novo Mercado

A Tradener e a Compagas tornaram operacional nesta semana o primeiro contrato de compra e venda de gás natural no âmbito da “Nova Lei do Gás”, mediante importação da Bolívia para entrega a consumidores locais. Durante dez dias as empresas realizaram de forma pioneira um projeto-piloto, com suprimento de 10.000 m³/dia, demonstrando a plena viabilidade operacional deste tipo de operação, apesar de ser uma novidade para todos os envolvidos. O presidente da Tradener, Walfrido Avila, destacou a complexidade da operação, que até então envolvia apenas agentes estatais e agora foram verificados e implantados todos os passos necessários para tornar realidade o Mercado Livre de Gás. (CanalEnergia – 29.06.2022)

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2 Energisa anuncia desativação de unidades termelétricas até 2026

A Energisa anunciou compromissos com relação à sustentabilidade dos seus negócios até 2026, que incluem o descomissionamento e a desativação de 171,7 MW provenientes de unidades termelétricas (UTE), com ampliação do intercâmbio energético e garantia de segurança energética. Os compromissos incluem ainda a disponibilização de energia elétrica, limpa e acessível a 55 mil unidades consumidoras de áreas remotas da concessão atendidas pela companhia até 2026, e o aumento da capacidade de potência instalada em energia renovável para 1,7 GW. Segundo a empresa, os aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) “têm pautado e deverão pautar a atuação da companhia como crescente protagonista da transição energética brasileira”, e os compromissos ESG representam ambições de metas para a administração da empresa, elaboradas com base em expectativas racionais. (Valor Econômico – 29.06.2022)

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3 Gasoduto que será construído no Niger, Argélia e Nigéria quer ser alternativa para fornecimento à União Europeia

Seguem os avanços nas conversações entre Argélia, Nigéria e Níger para um projeto do gasoduto Trans-Saara. A reunião foi realizada na capital nigeriana Abuja e lançou os primeiros blocos de construção do projeto que se destina a ser implementado o mais rápido possível, segundo o ministro de Energia e Minas da Argélia após discussões com o ministro de Estado dos Recursos Petrolíferos da Nigéria e o ministro do Níger de Energia e Energias Renováveis. Ficou acordado continuar as consultas através da equipe técnica formada em Abuja e encarregada de preparar os estudos de viabilidade necessários para o projeto. Também foi acordado que os três ministros deveriam se reunir novamente no final de julho na Argélia. Nigéria e Marrocos discutem o projeto de um gasoduto de mais de 5.600 km de extensão, ligando os dois países à Europa via Espanha, o que irá ajudar a fornecer gás nigeriano à União Europeia. (Petronoticias – 29.06.2022)

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4 Mercedes pode vender gás natural para ajudar na crise de abastecimento na Alemanha

A Mercedes-Benz considera vender gás natural de volta à rede de energia alemã se os esforços para reduzir o uso do combustível a deixarem com excesso de oferta, já que o país se prepara para uma maior deterioração nos fluxos de energia neste inverno. A Mercedes vê potencial para economizar mais gás nos próximos meses enquanto a Alemanha planeja incentivar a indústria e os fornecedores de energia a economizarem gás, oferecendo incentivos para que disponibilizem excedentes ao mercado. Sob um sistema de leilão reverso a começar neste verão, os principais consumidores e fornecedores alemães poderão oferecer seu gás não utilizado. A medida foi detalhada quando a Alemanha elevou o nível de risco em seu plano nacional de emergência de gás para a segunda fase mais alta de “alarme”. (Valor Econômico – 29.06.2022)

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Biblioteca Virtual

1 CHAVES, Ana Carolina; AQUINO, Thereza; IVO, Roberto. “O papel do financiamento nos projetos de hidrogênio verde na União Europeia: um exemplo a ser seguido”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Felipe Gama Diniz, José Vinícius S. Freitas, Luana Oliveira, Maria Luísa Michilin, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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