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IFE: nº 5.513 - 23 de junho de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel abre consulta pública sobre repasse de R$ 5 bi da Eletrobras para redução das tarifas
2 Aneel apresenta proposta de agrupamento das áreas de concessão de distribuidoras paraibanas
3 Usinas fotovoltaicas e UTE iniciam operação de 8,5 MW
4 Aneel integra debates na Semana Brasil-OCDE

Transição Energética
1 EUA: Secretário de Energia diz que é o momento certo para créditos fiscais de energia limpa
2 Canadá investirá mais de US$ 2,8 mi para reutilizar o calor residual da planta de cogeração de biomassa florestal em Saint-Félicien

3 Acordo de energia livre de carbono do Google para seus escritórios na Califórnia 'pode ser um modelo replicável'

Empresas
1 União ajusta lista de indicados para CA da Petrobras
2 Neoenergia moderniza redes elétricas do Nordeste
3 BBF planeja acelerar participação em leilões no sistema isolado
4 WEG aprova pagamento de JCP

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia pela indústria química caiu 1% em maio
2 Espanha: Ministro Montero considera necessário tributar os benefícios "escandalosos" das empresas de eletricidade

Mobilidade Elétrica
1 Ford escolhe Espanha para produção de próxima geração de VEs
2 AlxPartners: Veículos elétricos podem representar 33% das vendas globais até 2028

Inovação
1 Statkraft mira no Brasil e aposta no hidrogênio verde como diferencial competitivo

Energias Renováveis
1 Geração própria de energia solar deverá trazer R$ 86 bi em benefícios, aponta estudo
2 Ventos de Santo Abraão, da Enel, teve melhor fator de capacidade em abril
3 Lemon Energia capta R$ 60 mi para ampliar sua atuação no segmento de GD
4 Algar Telecom alcança 100% do consumo de energia por meio de fontes renováveis

5 Lançamento do Mapa Interativo dos Mandatos de Teor de Biocombustíveis no Mundo
6 HomeBiogas ganha prêmio de digestão anaeróbica da indústria de biogás

Gás e Termelétricas
1 Regras para exploração de gás são aprovadas no RN
2 Setor nuclear entrega estudo a presidenciáveis com previsão de até US$ 70 bi em novas usinas
3 Aquisições reforçam fôlego e disposição da Eneva no mercado
4 AIE alerta Europa sobre paralisação total das exportações de gás russo


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel abre consulta pública sobre repasse de R$ 5 bi da Eletrobras para redução das tarifas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu na terça-feira, 21, consulta pública sobre o repasse que a Eletrobras fará para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), de modo a contribuir para a redução das tarifas de energia. O repasse foi pensado para diminuir os impactos tarifários previstos com a descotização de usinas da empresa que foi privatizada. Com os novos contratos, essas usinas poderão vender energia no mercado livre e não apenas para distribuidoras. Para 2022, está previsto o repasse de R$ 5 bilhões a ser aplicado na Conta, que compõe a formação da tarifa, até a primeira quinzena de julho, segundo a agência. Nos demais anos, a proposta é que os pagamentos sejam feitos até 30 de abril em parcelas com valores variados até 2047. (O Estado de São Paulo – 22.06.2022)

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2 Aneel apresenta proposta de agrupamento das áreas de concessão de distribuidoras paraibanas

A Aneel promoveu Audiência Pública nesta quarta-feira (22/6) em Campina Grande (PB) para discutir o agrupamento das áreas de concessão atendidas pelas distribuidoras Energisa Paraíba (EPB) e Energisa Borborema (EBO), sujeitas a controle acionário comum, nos termos da Resolução Normativa nº 1.003/2022. Essa foi a primeira Audiência Pública presencial organizada pela Aneel desde o início da pandemia. O evento foi presidido pelo superintendente da Mediação Administrativa, Ouvidoria Setorial e Participação Pública (SMA) da Aneel, André Ruelli, com a participação do diretor executivo da Agência de Regulação do Estado da Paraíba (ARPB), Marcus André Barreto. Na plateia, representantes do Conselho de Consumidores e de instituições públicas e privadas assistiram as apresentações técnicas. As empresas solicitaram o agrupamento de áreas de concessão atendidas pela EPB e pela EBO, por meio da incorporação societária da Energisa Borborema pela Energisa Paraíba. A proposta é manter, ao final, o CNPJ da Energisa Paraíba e o Contrato de Concessão nº 019/2001, que passará a incluir os municípios hoje atendidos pela Energisa Borborema. A EPB tem sede em João Pessoa e atua em 216 municípios da Paraíba. Em 2020, foi responsável por atender 1,4 milhão de unidades consumidoras, correspondente a uma população de 3,5 milhões de habitantes. Já a EBO, com sede em Campina Grande, atende seis municípios da Paraíba. Fornece energia para 225 mil unidades consumidoras, equivalente a uma população de 510 mil habitantes. (Aneel – 22.06.2022)

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3 Usinas fotovoltaicas e UTE iniciam operação de 8,5 MW

A Aneel autorizou a operação comercial, a partir de 16 de junho, de unidades geradoras das usinas fotovoltaicas Ferreira Costa Caruaru e Buritis, que juntas somam 6,7 MW de capacidade instalada, localizadas no estado de Pernambuco e Rondônia. Ainda para operação comercial, a UTE Paulínia Verde, localizada em São Paulo, recebeu liberação de 1,8 MW. No total foram liberados 8,5 MW. Já para operação em teste, a Aneel autorizou 44,4 MW das eólicas Cedro, Vellozia e Umbuzeiro, localizadas no estado da Bahia. Além da UFV Gramazini Solar Park, com 0,29 MW, localizada no estado de Espírito Santo. Já a UTE Viana 1, localizada no estado do Espírito Santo, recebeu liberação de 37,4 MW para teste, a partir de 21 de junho. (CanalEnergia – 21.06.2022)

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4 Aneel integra debates na Semana Brasil-OCDE

A Aneel, representada pela diretora-geral substituta, Camila Bomfim, participou na manhã desta quarta-feira (22/6) da Semana Brasil-OCDE – evento promovido pelo Governo Federal em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Composto por uma série de painéis que promovem discussões sobre o Brasil, a América Latina e o Caribe, o evento acontece entre 20 e 24 de junho, no Palacio Itamaraty. Bomfim apresentou o papel institucional da Aneel e falou da experiência da Agência com o peer review conduzido pela OCDE entre 2019 e 2021. Também estiveram presentes como painelistas: o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys; a diretora de Governança Pública da OCDE, Elsa Pilichowski; e o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Hugo Froner Bicca. (Aneel – 22.06.2022)

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Transição Energética

1 EUA: Secretário de Energia diz que é o momento certo para créditos fiscais de energia limpa

A secretária de Energia, Jennifer Granholm, disse em uma reunião de participantes do setor de energia elétrica na quarta-feira que é a hora certa de casar a Lei de Infraestrutura Bipartidária com créditos fiscais de energia limpa para que os Estados Unidos avancem com suas metas de energia limpa. “A lei de infraestrutura é realmente a espinha dorsal do nosso futuro energético e os créditos fiscais são realmente os pulmões”, disse Granholm, acrescentando que a aprovação da Lei de inovação bipartidária, que financiaria o desenvolvimento da indústria de semicondutores dos EUA, seria considerada “o cérebro .” Todas as três peças são necessárias, disse ela. (Daily Energy Insider - 22.06.2022)

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2 Canadá investirá mais de US$ 2,8 mi para reutilizar o calor residual da planta de cogeração de biomassa florestal em Saint-Félicien

Em 22 de junho, o Ministro do Patrimônio Canadense e Tenente de Quebec, o Exmo. Em nome do Ministro de Energia e Recursos Naturais de Quebec, Ministro responsável pela região de Côte-Nord e região de Gaspésie-Îles-de-la-Madeleine, Jonatan Julien, anunciou US$ 2.853.000 em financiamento conjunto para um projeto de recuperação de calor residual da floresta central de cogeração de biomassa localizada em Saint-Félicien em Saguenay-Lac-Saint-Jean. O projeto envolve a construção de um sistema de tubulação municipal que conectará a usina aos parques agrotérmicos e termais industriais municipais próximos. O sistema de dutos térmicos também atenderá quatro prédios industriais e outras instalações que serão construídas em terrenos atendidos pelo sistema posteriormente. A redução anual de GEE possibilitada por esta iniciativa é estimada em mais de 13.500 toneladas de CO2 equivalente, o que equivale à retirada de mais de 3.400 veículos leves das estradas. (EE Online - 23.06.2022)

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3 Acordo de energia livre de carbono do Google para seus escritórios na Califórnia 'pode ser um modelo replicável'

A fornecedora de eletricidade Silicon Valley Clean Energy (SVCE) da California Community Choice Aggregator (CCA) anunciou na semana passada que assinou PPAs com a gigante da tecnologia que corresponde à demanda de energia local do Google 24 horas por dia, 7 dias por semana, com produção de energia limpa. O Google tem como meta a execução de suas operações sem emissões de carbono até 2030 e, assim como a SCVE, está sediada na Califórnia, que tem uma meta de política estadual de 100% de eletricidade sem carbono até 2045. Os acordos de compra de energia sem carbono (PPAs) assinados pelo Google e um grupo comunitário de energia da Califórnia podem ser um modelo amplamente replicável para outros acordos de fornecimento. (Energy Storage News - 23.06.2022)

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Empresas

1 União ajusta lista de indicados para CA da Petrobras

A Petrobras informou ontem à noite, 21 de junho, que recebeu do Ministério das Minas e Energia um ofício ratificando as oito indicações de candidatos para composição do seu Conselho de Administração (CA). Abaixo o quadro com os nomes a serem submetidos à Assembleia Geral Extraordinária: Em seu site o MME afirma que ajustou a relação de indicados da União, esclarecendo que foram apenas retirados os nomes dos candidatos representantes dos acionistas minoritários, permanecendo as demais indicações propostas anteriormente pelo controlador. Segundo a petroleira todas as indicações serão encaminhadas ao processo de governança interna, observada a Política de Indicação de Membros da Alta Administração para a análise dos requisitos legais e de gestão e integridade e posterior manifestação do Comitê de Pessoas (Cope). Em outro comunicado a empresa afirmou que o Comitê de Elegibilidade (Celeg) recebeu os relatórios necessários para analisar a indicação de Caio Mário Paes de Andrade à presidência com base nas regras de governança da companhia e legislação aplicável. A reunião está prevista para acontecer na tarde da próxima sexta-feira, 24 de junho. (CanalEnergia – 22.06.2022)

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2 Neoenergia moderniza redes elétricas do Nordeste

Com investimentos de R$ 1,3 bilhão, a Neoenergia está buscando modernizar as redes elétricas nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A companhia vem ampliando a instalação de equipamentos que utilizam sistemas de self healing, tecnologia que restabelece o fornecimento de forma automatizada com rapidez e segurança. A recomposição da rede também está sendo realizada por meio de obras para tornar a prestação de serviço mais segura e eficiente. A companhia informou que a automação da rede faz parte de sua estratégia para melhorar a qualidade do fornecimento de energia. O self healing é uma tecnologia que automatiza operações em casos de ocorrências como quedas de árvores, descargas atmosféricas ou ações de animais. A área atingida pelo problema é isolada e o maior número de consumidores pode ter a energia restabelecida em até 60 segundos. (CanalEnergia – 22.06.2022)

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3 BBF planeja acelerar participação em leilões no sistema isolado

A Brasil BioFuels (BBF) planeja disputar mais leilões de energia nos sistemas isolados. Agora que a empresa ultrapassou 50 MW em potência instalada em operação, a companhia afirma que possui musculatura para entrar em todas as disputas que forem realizadas, deixando de estar restrita àquelas que negociavam contratos de mais longo prazo. Foi o que revelou o CEO da companhia, Milton Steagall, em sua participação no CanalEnergia Live desta quarta-feira, 22 de junho. O executivo apontou que a empresa colocou em operação mais duas usinas, essas na região do Vale do Javari no Amazonas. Com essas são 24 unidades em produção por meio do biodiesel da Palma, uma planta naturalmente africana mas que vem sendo produzida em regiões degradadas, nesse caso, no estado de Roraima. Apesar dessa perspectiva, Steagall lembrou que o foco da empresa continuará no atendimento à região dos Sistemas Isolados. Mas isso não apenas para a geração de energia, mas também na produção de biodiesel para o consumo em outras atividades na região, em substituição ao óleo de fonte fóssil. Ele destacou que ainda há um potencial grande de expansão, uma vez que o combustível ainda é amplamente utilizado na região para atividades tanto industriais quanto comerciais e que para isso a empresa vem investindo em uma refinaria em Manaus (AM). Nesse sentido, o CEO da BBF aponta que outra perspectiva importante para a empresa está na emissão de certificados de energia renovável. Uma vez que o mercado esteja estabelecido por aqui e os valores dos serviços florestais, devidamente remunerados, a companhia vê a possibilidade de atuar nesse segmento também. (CanalEnergia – 22.06.2022)

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4 WEG aprova pagamento de JCP

O conselho de administração da WEG aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no valor total de R$ 181 milhões, correspondente a R$ 0,04 por ação, que serão pagos aos titulares de ações escriturais no dia 17 de agosto. Terão direito ao valor os acionistas titulares de ações escriturais em 24 de junho de 2022. Segundo comunicado da Companhia, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%, o valor líquido será de R$ 0,03 por ação. Vale destacar que de 27 de junho de 2022 em diante, as ações serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio”. (CanalEnergia – 22.06.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia pela indústria química caiu 1% em maio

O consumo de energia elétrica na indústria química caiu 1% no mês passado, em comparação com maio de 2021, enquanto no segmento têxtil houve recuo de 0,2%, segundo dados preliminares da CCEE. Segundo a CCEE, a queda é justificada é pelo desaquecimento da importação de matéria-prima para esses dois mercados por conta da valorização e da guerra na Ucrânia, o que resulta em queda na produção dessas empresas. Apenas no setor químico, a CCEE identificou redução de 4,6% na demanda por eletricidade na produção de gases industriais e de 1,1% na fabricação de produtos petroquímicos básicos. Por outro lado, a autarquia registrou alta de consumo de energia elétrica pelo setor de serviços no mesmo período. O aumento de 22,6% é consequência do retorno das atividades presenciais e maior movimento em shopping centers. (BroadCast Energia – 22.06.2022)

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2 Espanha: Ministro Montero considera necessário tributar os benefícios "escandalosos" das empresas de eletricidade

A chefe da pasta do Tesouro e Serviço Público, María Jesús Montero, disse que o Governo considera necessário tributar os lucros "escandalosos" que as empresas de eletricidade estão a obter devido aos atuais preços da energia. Montero acrescentou que o Executivo está a trabalhar na melhor fórmula possível para que o contributo a que o Governo aspira seja "real" e não apenas uma "declaração de intenções". "É preciso tributar as empresas de electricidade e que contribuam mais para a arrecadação", expressou o ministro numa intervenção no programa 'Más Vale Tarde', recolhido pela Europa Press. Montero acredita que essas empresas estão obtendo "grandes lucros" e que às vezes são até "escandalosas". Na segunda-feira, a segunda vice-presidente e ministra do Trabalho e Economia Social, Yolanda Díaz, propôs aumentar em 10 pontos a taxa do IRC para "grandes empresas de energia" com o objetivo de aumentar as receitas entre 1.500 e 2.000 milhões de euros. (Energías Renovables - 23.06.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Ford escolhe Espanha para produção de próxima geração de VEs

A Ford vai fabricar uma próxima geração de VEs em sua unidade na Espanha, em meio aos esforços da montadora para reduzir custos e se preparar para uma possível proibição europeia da produção de veículos a combustão após 2035. O presidente da Ford Europa, Stuart Rowley, disse que a mudança para carros elétricos resultaria em uma redução significativa da força de trabalho da empresa tanto na fábrica espanhola em Valência quanto na fábrica da Alemanha. A decisão marca um marco nos esforços da Ford para reorientar seus negócios na região, à medida que as vendas de carros elétricos na Europa continuam a crescer rapidamente. A mudança está sendo acelerada pelos altos preços dos combustíveis e pela regulamentação mais rigorosa das emissões veiculares. No início do mês, o Parlamento Europeu votou a favor da proibição da produção de novos veículos com motores de combustão interna em 2035. Se aprovada pelos Estados-membros da UE, a medida forçaria toda a indústria a mudar para os elétricos. A Ford, que tem lutado com a lucratividade na Europa, tem usado a mudança para veículos elétricos como alavanca para reestruturar seus negócios na região, que incluiu a transferência da produção para locais de custo mais baixo, como Turquia e Europa Oriental. "Trazer [à Espanha] nossa arquitetura de veículo elétrico totalmente nova para nos ajudará a construir um negócio lucrativo na Europa", disse Rowley a repórteres hoje. A Ford começará a produzir carros elétricos para a Europa no próximo ano em Colônia, Alemanha, usando tecnologia que licencia da Volkswagen. Em sua fábrica existente em Valência, a Ford produzirá uma linha de carros elétricos a partir do final desta década usando sua própria tecnologia. (BroadCast Energia – 22.06.2022)

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2 AlxPartners: Veículos elétricos podem representar 33% das vendas globais até 2028

Os veículos elétricos poderão atingir 33% das vendas no mundo todo até 2028 e 54% até 2035, conforme a demanda acelera na maioria dos principais mercados, segundo estudo da consultoria AlxPartners. Em 2021, os elétricos representaram menos de 8% das vendas globais, e pouco menos de 10% no primeiro trimestre de 2022. Segundo o estudo, para apoiar essa demanda, montadoras e fornecedores planejam investimentos de, pelo menos, 526 bilhões de dólares em veículos elétricos e baterias até 2026. Isso é mais do que o dobro da previsão de investimento de 234 bilhões de dólares para cinco anos, de 2020 a 2024. Essa perspectiva de investimentos maiores "torna o crescimento do mercado de veículos elétricos inevitável", de acordo com Mark Wakefield, co-líder da área automotiva da consultoria. A indústria de veículos enfrenta desafios econômicos e na cadeia de fornecedores durante a transição para a motorização elétrica, acrescentou Wakefield. A transição exigirá "mudanças drásticas nos modelos operacionais - não apenas nas fábricas e nas pessoas, mas em todo o modo de trabalhar", disse ele. As matérias-primas de veículos elétricos também custam mais que o dobro das usadas em modelos a combustão: 8.255 dólares por veículo contra 3.662 dólares. Os números são baseados em valores de maio deste ano. O processo de eletrificação de automóveis custará aos fabricantes e fornecedores um total acumulado de 70 bilhões de dólares até 2030, de acordo com Elmar Kades, co-líder da área automotiva da consultoria. A AlixPartners vê as restrições de fornecimento continuarem em 2024, e espera que as vendas totais de veículos em todo o mundo caiam para 79 milhões de unidades este ano, antes de subirem para 95 milhões em 2024. Nos Estados Unidos, espera-se que as vendas totais de veículos aumentem para 16 milhões de unidades em 2023 e atinjam um pico de 17,5 milhões em 2024, antes de começarem a desacelerar entre 2025 a 2026. (G1 – 22.06.2022)

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Inovação

1 Statkraft mira no Brasil e aposta no hidrogênio verde como diferencial competitivo

A Statkraft e a Aker Horizons, por meio de sua empresa de portfólio Aker Clean Hydrogen, assinaram recentemente acordos de colaboração para explorar conjuntamente oportunidades de produção de hidrogênio verde e amônia no Brasil. No Brasil, a Aker Clean Hydrogen, a Statkraft e a Sowitec, empresa especializada no desenvolvimento de ativos eólicos renováveis e solares, desenvolverão conjuntamente projetos Power-to-X (P2X) no estado da Bahia. A primeira oportunidade de projeto a ser perseguida é um projeto híbrido em larga escala, que combina geração de energia renovável, e produção de hidrogênio e amônia para a indústria local de fertilizantes. (CanalEnergia – 22.06.2022)

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Energias Renováveis

1 Geração própria de energia solar deverá trazer R$ 86 bi em benefícios, aponta estudo

Segundo estudo encomendado pela Absolar, o crescimento da geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos deverá trazer mais de R$ 86,2 bilhões em benefícios sistêmicos no setor elétrico para a sociedade brasileira nos próximos 10 anos. A GD saltará dos atuais 11GW de potência instalada na geração própria de energia solar para aproximadamente 37,2 GW de potência instalada em 2031. Com esse cenário, a frequência de acionamento da bandeira vermelha deve ser reduzida em cerca de 60% e para o caso de cenários com a possibilidade de nova crise hídrica, a diminuição chega a 17 pontos percentuais.Em relação ao custo da energia elétrica no País, o crescimento da GD solar representará o barateamento de R$ 34 bilhões, que proporcionará uma redução de 2,2% nas tarifas de energia elétrica na próxima década. Com relação aos encargos setoriais a redução será de R$ 11,5 bilhões, com queda de 0,8% nas tarifas de energia elétrica.Além disso, ocorrerá a redução do risco financeiro sobre a variação dos preços dos combustíveis, com queda de R$ 24,2 bilhões e 1,5% a menos nas tarifas. Já as reduções das perdas elétricas nas linhas de transmissão e redes de distribuição trarão economia adicional de R$ 8,2 bilhões em dez anos, garantindo aos brasileiros uma queda de 0,5% nas tarifas de eletricidade. (CanalEnergia – 21.06.2022)

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2 Ventos de Santo Abraão, da Enel, teve melhor fator de capacidade em abril

A usina Ventos de Santo Abraão, da Enel Green Power, foi considerada pela consultoria ePowerBay como o parque eólico que apresentou o maior fator de capacidade em abril, com 64,61%. Em segundo lugar ficou a usina Delfina VII, também operada pelo grupo italiano. Ela apresentou fator de capacidade de 64,39% no período e, em seguida, vem Umburanas 6, da Engie, com 62,65%. O parque eólico Boa Vista da Lagoinha, da Enel, ficou em quarto lugar com 61,97%, seguido por Umburanas 5, da Engie, com 60,72%. Todos os empreendimentos estão localizados na Bahia. Já na fonte solar, os cinco empreendimentos que ficaram no topo do ranking são da EDF/Omega, e estão localizados em Minas Gerais. Sendo eles: A usina Pirapora 2, que teve fator de capacidade de 30,85%, Pirapora 3 que teve 30,31%, Pirapora 4 com 30,27%, Pirapora 7 com 30,25% e Pirapora 10 que apresentou 30,14%. (BroadCast Energia – 21.06.2022)

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3 Lemon Energia capta R$ 60 mi para ampliar sua atuação no segmento de GD

A Lemon Energia, plataforma digital do segmento de Geração Distribuída (GD), captou R$ 60 milhões em uma rodada Série A e vai utilizar os recursos para expandir suas operações. O aporte foi liderado pela Kaszek e também contou com a participação do fundo Lowercarbon Capital, focado em startups de impacto ambiental. A rodada contou ainda com Kevin Efrusy, investidor do Quinto Andar, Gympass, Nuvemshop e sócio da Accel; e de Sergio Furio, fundador da fintech brasileira Creditas. A companhia já havia recebido investimento dos fundos Canary e BigBets. Em 2020 a empresa recebeu um aporte da Ambev, por meio de sua subsidiária Z-Techm que atua no segmento de tecnologia. À época do aporte, a empresa tinha como objetivo alcançar 70 mil clientes em três anos oferecendo energia a preços até 20% mais baratos para bares e restaurantes clientes da fabricante de bebidas. O modelo de negócios da Lemon é baseado no conceito plataforma de serviços. Ou seja, a proposta é permitir que o consumidor possa alugar um ou mais módulos solares de uma miniusina com produção de geração de energia solar fotovoltaica. Neste caso, a Lemon também fica responsável por resolver a burocracia junto à distribuidora. (BroadCast Energia – 22.06.2022)

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4 Algar Telecom alcança 100% do consumo de energia por meio de fontes renováveis

A Algar Telecom alcançou 100% de seu consumo de energia elétrica por meio de fontes renováveis, o equivalente a 54.977 megawatts-hora (MWh), considerando a demanda total da empresa em 2021. Segundo a empresa, a meta foi obtida por meio da adoção de medidas para ampliar o consumo de energia limpa, entre elas a implantação das usinas fotovoltaicas Capim Branco I e II, para autogeração de 18.600 MWh anuais. A Algar também tem apostado em programas de eficiência energética que no ano passado conseguiram reduzir o consumo da empresa em 600 MWh anuais com a modernização de redes de fibra ótica. (BroadCast Energia – 22.06.2022)

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5 Lançamento do Mapa Interativo dos Mandatos de Teor de Biocombustíveis no Mundo

A EPE apresenta o Mapa Interativo dos Mandatos de Teor de Biocombustíveis no Mundo, uma aplicação online que mostra os percentuais de mistura mandatória de biocombustíveis líquidos para o setor de transportes em diversos países do mundo. A aplicação tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre a participação da bioenergia no mundo, considerando sua diversidade e as oportunidades correlatas, como, por exemplo, a diminuição das emissões de gases de efeito estufa. O WEBMAP EPE apresenta seis grupos de camadas geográficas nessa nova versão:Mandatos de mistura obrigatória de etanol no setor de transportes; Mandatos de mistura obrigatória de biodiesel no setor de transportes (FAME e parafínico); Mandatos de mistura obrigatória de biocombustíveis regionais, nacionais e infranacionais; Mandatos de biocombustíveis avançados; Emissão de carbono por habitante por país; População por país. (EPE – 21.06.2022)

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6 HomeBiogas ganha prêmio de digestão anaeróbica da indústria de biogás

A HomeBiogas recebeu um prêmio da World Biogas Association, na área de digestão anaeróbica, por seu sistema comercial que pode converter até uma tonelada de resíduos orgânicos por dia em energia renovável. A HomeBiogas desenvolve sistemas de biogás que permitem que residências e empresas convertam seus resíduos orgânicos em energia limpa, como gás para aquecer água ou cozinhar, através da digestão anaeróbica realizada pela ação de micro-organismos em ambientes sem a presença de oxigênio. Isso reduz os custos e as emissões associadas ao envio de resíduos de alimentos para aterros sanitários. A empresa tem sucesso comprovado e já vendeu mais de 15.000 sistemas domésticos em 107 países. Além disso, anunciou recentemente acordos de colaboração com importantes clientes globais no setor de hotelaria e fast food. (Energías Renovables - 22.06.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Regras para exploração de gás são aprovadas no RN

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou o Projeto de Lei 371/21, que estabelece as normas relativas à exploração dos serviços locais de gás canalizado no estado. A decisão aconteceu em sessão ordinária, realizada na última quarta-feira, dia 15 de junho, e depende agora da sanção da governadora Maria de Fátima Bezerra para sua publicação. A iniciativa busca oferecer maior segurança jurídica à atividade, em acordo com o programa federal Novo Mercado de Gás, que objetiva dinamizar o setor a partir da estruturação da figura do consumidor livre de gás natural. Além disso, tenta normatizar a matéria dispondo sobre os serviços de distribuição, comercialização e relacionamento entre os diversos agentes que integram a cadeia do insumo. (CanalEnergia – 22.06.2022)

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2 Setor nuclear entrega estudo a presidenciáveis com previsão de até US$ 70 bi em novas usinas

O setor nuclear elaborou um estudo para mostrar aos candidatos a presidente do País o potencial que a tecnologia possui, não apenas para a geração de energia, mas também para segurança alimentar e medicina. Com a sétima maior reserva de urânio do mundo, e com potencial de subir nesse ranking com mais exploração do mineral, a associação do setor, Abdan, responsável pelo documento, destaca que o avanço depende de investimentos, em grande parte do governo, flexibilização regulatória e melhor arranjo dos processos produtivos. Somente na construção de novas usinas previstas no Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050), que estima a adição entre 8 e 10 GW de energia nuclear no País, os investimentos, se houver flexibilização das regras, podem atingir entre US$ 56 bilhões e US$ 70 bilhões. (BroadCast Energia – 22.06.2022)

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3 Aquisições reforçam fôlego e disposição da Eneva no mercado

As recentes aquisições da Celse, que opera a UTE Porto de Sergipe (SE – 1.593 MW), e da UTE TermoFortaleza (CE – 327 MW) mostram disposição e apetite da maior geradora térmica privada do país em avançar no mercado de gás e energia brasileiro. O presidente da Associação Brasileira de Geração Termelétrica, Xisto Vieira, observa fôlego na Eneva para amadurecimento e expansão dos seus projetos. “Ela tem tudo para se consolidar como um grande agente gerador”, afirma. no ano passado, a Eneva já havia adquirido a Focus Energia, marcando a sua entrada na área de renováveis. A Celse, adquirida no começo do mês por R$ 10,2 bilhões, tem um pipeline de 3,2 GW que a Eneva pretende ainda este ano e em 2023 inscrever os projetos nos leilões. A aquisição mais recente da UTE Fortaleza significou a saída da Enel da área de gás, direcionando as atividades para as renováveis. A usina era do Programa Prioritário de Termelétricas e seu contrato se encerraria em 2026. De acordo com Rivaldo Moreira Neto, há muitas termelétricas que continuam atrativas o que atrai o interesse de players como a Eneva. Ele cita como exemplos William Arjona (MT) e Araucária (PR). Comenta-se nos bastidores que a negociação teria começado no ano passado, mas esfriado em seguida. Esse ano ela retornou com força e foi concluída. Ele lembra que mesmo com a melhora dos níveis dos reservatórios, o setor elétrico ainda não pode renunciar à capacidade térmica de forma sistemática. No fim de maio, a Eneva também acertou um contrato de dez anos para suprimento industrial de GNL rodoviário de pequena escala para a fábrica de bioprodutos da Suzano em Imperatriz (MA). O acordo é considerado inédito no país, com o fornecimento comercial começando no primeiro semestre de 2024. O GNL será regaseificado para queima em fornos de cal, substituindo o uso do óleo combustível, o que representará uma redução de 13% nas emissões de gases do efeito estufa. Para o CEO da Gas Energy, a New Fortress Energy ao vender a Celse não causa surpresa, já que hoje ela é uma empresa de GNL muito voltada para o mercado global. Seu negócio principal está no gás liquefeito, não está na geração de energia. Em janeiro de 2021, a NFE comprou a Golar Power, dona da Celse. O contrato de fornecimento para a UTE Porto de Sergipe já está garantido. (CanalEnergia – 22.06.2022)

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4 AIE alerta Europa sobre paralisação total das exportações de gás russo

A Agência Internacional de Energia alertou que a Europa deve se preparar imediatamente para o corte completo das exportações russas de gás neste inverno, pedindo aos governos que tomem medidas para reduzir a demanda e manter abertas as usinas nucleares antigas. Fatih Birol, chefe da AIE, disse que a decisão da Rússia de reduzir o fornecimento de gás aos países europeus na semana passada pode ser um precursor de novos cortes, já que Moscou busca ganhar “alavancagem” durante sua guerra com a Ucrânia. “A Europa deve estar pronta caso o gás russo seja completamente cortado”, disse Birol em entrevista. “Acredito que os cortes são voltados para evitar o abastecimento do armazenamento da Europa e aumentar a alavancagem da Rússia nos meses de inverno”, disse ele. (BroadCast Energia – 22.06.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Felipe Gama Diniz, José Vinícius S. Freitas, Luana Oliveira, Maria Luísa Michilin, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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