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IFE: nº 5.364 - 25 de outubro de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL na Revista Oeste: Roberto Brandão comenta crise hídrica
2 GESEL: governo está disposto a introduzir renováveis na contratação emergencial
3 Segundo avaliação do Governo, horário de verão não traz economia de energia
4 MME propõe fim do desconto na conta de consumo para novos contratos de venda
5 MME quer incentivar que concessionárias tenham novas fontes de receitas
6 Indústria agora sofre com energia cara, diz pesquisa da CNI

Empresas
1 Eletrobras: Hidrelétricas aderem a stand still do BNDES
2 Grupo Voith compra os 35% da Siemens Energy numa joint venture formada entre as duas companhias
3 Equatorial: venda de energia elétrica registra alta anual de 34,8% no 3º trimestre de 2021
4 Cesp cria comitê para avaliar proposta da Votorantim
5 Fitch eleva ratings de IDRs da Cemig e subsidiárias para BB
6 Mercado fio da Copel cresce 8,3% no 3º trimestre
7 AES Brasil firma parceria para projeto de P&D de análise de risco climático e hidrológico

Leilões
1 Governo busca mais energia em contratação emergencial
2 PSR: leilão emergencial tem “pontas soltas”

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: carga deverá ser 3,8% menor em outubro
2 ONS: CMO médio em queda
3 Níveis dos reservatórios da região Sul seguem em crescimento

4 Última fase de projeto de transmissão da Sterlite no RS

5 Aneel autoriza reforço em subestação do Rio Grande do Norte

6 ONS prevê melhora nos níveis dos reservatórios

7 Chuvas começam a encher reservatórios, mas o cenário ainda é de atenção

8 Especialistas acreditam que devem manter medidas emergenciais mesmo com aumento das chuvas

9 Itaipu pode fechar 2021 com a menor geração de energia dos últimos 26 anos

10 Tempestade obriga Itaipu a verter água

Mobilidade Elétrica
1 Magalu começa a operar com caminhões elétricos
2 Carros híbridos superam as vendas de modelos a diesel na Europa

Inovação
1 Cepel lança ferramenta inovadora no Brasil para cálculo de custo do hidrogênio verde
2 Singapura: País realiza investimento de US $40 mi em tecnologias de baixo carbono

Meio Ambiente
1 Entidades citadas em relatório do Ministério do Meio Ambiente à COP-26 negam ter sido ouvidas
2 Artigo: “Empreendimento e sustentabilidade: uma análise sobre a importância do compromisso com o meio ambiente”

Energias Renováveis
1 Crise hídrica impulsiona energia solar
2 Portuguesa Galp decide investir em parques de energia no Brasil e compra dois projetos no Nordeste
3 Preço de painéis solares deve seguir em alta até 2022, dizem fornecedores
4 Aneel libera 27,74 MW de eólicas para teste

5 Enel Green Power inicia operação de parque eólico Cumaru no RN
6 Dow usará energia eólica da Casa dos Ventos
7 Iberdrola no ‘top 10’ no Índice Global de Energia Limpa
8 Bolt lança fundo para investimento em renováveis

9 Energias renováveis atendem a 14,2% da demanda de energia da Argentina em setembro

10 Portfólio de energia eólica onshore do Reino Unido atinge 33 GW

11 Galp obtém financiamento para instalar 2.000 megawatts de energia solar na Espanha
12 Espanha: investimento sustentável e responsável cresce 21%

Gás e Termelétricas
1 Grupo Cosan compra distribuidora de gás encanado do RS
2 Resolução do CNPE traz diretrizes para preço da energia de Angra 3

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Acesso ao mercado livre faz cooperativas reduzirem custos com energia em 50%

Economia Brasileira
1 Condições financeiras deprimem PIB em 2022
2 Estagflação vira realidade primeiro para mais pobres

3 Qualificado apela para trabalho por conta própria
4 Focus: mercado reduz projeções para 2021 e 2022
5 Como o Copom vai reagir à crise fiscal?
6 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual
1 DUTRA, Luciano. “Empreendimento e sustentabilidade: uma análise sobre a importância do compromisso com o meio ambiente”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL na Revista Oeste: Roberto Brandão comenta crise hídrica

Roberto Brandão, pesquisador sênior do GESEL concedeu entrevista à Revista Oeste, publicada no último dia 22/10. Em comentário sobre a seca que reduziu drasticamente o nível das represas, Brandão comenta: “de 2012 para cá, apenas um ano teve hidrologia na média histórica, todos os outros foram abaixo, e esse último o pior de todos”. O pesquisador comentou ainda os custos da geração termelétrica: “o fato de os combustíveis terem os preços ditados pelo mercado internacional e pelo dólar faz com que a conta das térmicas para nós seja ainda maior”, afirmou Brandão. Para ler a matéria na íntegra, acesse: https://revistaoeste.com/revista/edicao-83/o-choque-da-crise-energetica-global/ (GESEL-IE-UFRJ – 25.10.2021)

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2 GESEL: governo está disposto a introduzir renováveis na contratação emergencial

Embora a grande maioria dos projetos cadastrados para o leilão emergencial sejam termelétricas, o fato de o governo ter aberto um produto especificamente para negociar energias renováveis mostra uma disposição a contratar ao menos uma parcela da demanda nessas fontes, avalia Roberto Brandão, pesquisador do GESEL, da UFRJ. Brandão observa que projetos renováveis acabaram sendo limitados tanto pelos prazos exigidos, quanto pela característica regional do certame - as usinas precisarão estar no SE/CO e Sul, submercados que mais têm necessitado de geração ultimamente, diante da crise hídrica. Como ponto positivo, ele destaca o cadastramento de projetos eólicos em Minas Gerais, pode representar uma nova fronteira para desenvolvimento da fonte. Já no caso das termelétricas, especialistas acreditam na contratação de usinas mais simples, modulares, que possam ser importadas prontas. Como exemplo, citam termelétricas em barcaças ou geradores em contêineres que costumam ser usados como “backup” em indústrias e shoppings. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico – 25.10.2021)

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3 Segundo avaliação do Governo, horário de verão não traz economia de energia

O Ministério de Minas e Energia (MME) informou nesta sexta-feira, 22 de outubro, que os novos estudos sobre o horário de verão, solicitados ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não identificaram economia significativa de energia e, por isso, entende não haver benefício na sua aplicação. A nova avaliação sobre a adoção do horário de verão, que foi encerrado em 2019, foi pedida em razão da atual conjuntura hidroenergética e do momento de crise hídrica pelo qual o país vem passando. "A redução observada no horário de maior consumo, ou seja, das 18h às 21h, é compensada pelo aumento da demanda em outros períodos do dia, especialmente no início da manhã", concluiu o ONS, segundo informou o MME em nota divulgada nesta sexta. Além disso, segundo a análise realizada pelo ONS, "não haveria impacto sobre o atendimento da potência, pois o horário de verão não afeta o consumo no período da tarde, quando se observa a maior demanda do dia". Em suma, a avaliação do Ministério é de que a aplicação do horário de verão não produz resultados na redução do consumo nem na demanda máxima de energia elétrica ou na mitigação de riscos de déficit de potência. (O Estado de São Paulo – 22.10.2021)

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4 MME propõe fim do desconto na conta de consumo para novos contratos de venda

Uma das alternativas para lidar com o aumento do custo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) propostas pelo comitê de implementação da modernização do setor elétrico do Ministério de Minas e Energia (MME) é o fim do desconto na conta de consumo para novos contratos de venda. Os técnicos têm ciência de que esse é um tema difícil de ser aprovado, mas a pasta entende que a alocação correta dos custos e redução de subsídios é um caminho para a modernização do setor. Os descontos para o consumo permanecem vigentes para os contratos de comercialização existentes e eventuais prorrogações destes contratos até o final da outorga do gerador incentivado. A partir disso, um cálculo preliminar mostrou que a migração dos consumidores de baixa tensão poderá, em curto prazo, triplicar o custo do subsídio tarifário oferecido ao consumo de energia proveniente de fontes renováveis existentes, superando mais de R$ 10 bilhões anuais. “Isso equivale a praticamente quatro vezes o subsídio oferecido aos 10 milhões consumidores de baixa renda” disse o assessor da Secretaria-Executiva do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Takemitsu Simabuku em webinar promovido pelo MME nesta sexta-feira, 22 de outubro. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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5 MME quer incentivar que concessionárias tenham novas fontes de receitas

Uma das contribuições para a modernização do setor elétrico proposta pelo Ministério de Minas e Energia (MME) é o tratamento para novas receitas das concessionárias. Segundo a pasta, entre os pontos alinhados com a pauta da modernização do setor elétrico entra o incentivo ao desenvolvimento de novos arranjos tecnológicos ou novos serviços, que terão prazo de dez anos para compor a modicidade tarifária. Segundo o assessor da Secretaria-Executiva do MME, Ricardo Takemitsu Simabuku, o tema está “alinhado com as discussões da modernização do setor elétrico, especialmente na questão da sustentabilidade da distribuição”. O assessor falou durante webinar promovido pelo MME nesta sexta-feira, 22 de outubro. Para ele, o dispositivo incentivaria o investimento em inovação das distribuidoras e que poderia trazer benefícios no atendimento ao consumidor. Nesse caso, esse tema vem sendo debatido nos Projetos de Lei PL 414 e 1917 que tratam da modernização do setor elétrico. Em suma, a abertura do mercado pode gerar um problema nos contratos legados das distribuidoras e novas fontes de receita é um tema defendido por outros players. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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6 Indústria agora sofre com energia cara, diz pesquisa da CNI

Segundo sondagem da CNI, na passagem de agosto para setembro, o alto custo da energia elétrica ganhou espaço entre os problemas apontados pelas empresas. Enquanto a falta ou alto custo de matéria-prima foi apontado como a principal dificuldade por 62,4% das empresas consultadas pela entidade, a falta ou alto custo de energia elétrica apareceu em 24,7%. No primeiro trimestre, a conta de luz era citada por apenas 11,3% das indústrias. Em São Paulo, pouco mais da metade das micro e pequenas indústrias já veem o custo da energia elétrica como um fator de ameaça aos negócios, segundo pesquisa Datafolha para o Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo) realizada em setembro. O número de indústrias micro e pequenas que relatou aumento significativo na conta de luz passou de 68%, em agosto, para 74%, no mês passado. As que disseram não ter registrado alta caíram de 29% para 25%. "Indiscutivelmente, a crise hídrica e energética provocada pela falta de chuvas tem agravado o prejuízo financeiro de empresas em todos os segmentos, especialmente entre as micro e pequenas indústrias, cujo repasse das sucessivas altas de preços muitas vezes é inviável", diz o Simpi, em nota. O resultado, segundo o Simpi, é o pior em seis anos. (Folha de S.Paulo – 22.10.2021)

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Empresas

1 Eletrobras: Hidrelétricas aderem a stand still do BNDES

A Eletrobras informou em comunicado ao mercado nesta sexta-feira, 22 de outubro, que o Conselho de Administração anuiu com a adesão por Sociedades de Propósito Específico de geração hidrelétrica, nas quais há participação acionária da Companhia ou de suas Controladas, ao programa de Stand Still, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com foco em empreendimentos hidrelétricos com capacidade instalada acima de 50 MW. Esse programa foi anunciado pelo BNDES em setembro de 2021 e está inserido entre as medidas emergenciais disponibilizadas ao mercado para o enfrentamento do cenário hídrico vigente. A decisão envolve as SPEs Norte Energia S.A., Santo Antônio Energia S.A., Energia Sustentável do Brasil S.A., Companhia Hidrelétrica Teles Pires, Companhia Energética Sinop S.A. e Empresa de Energia São Manoel S.A., que poderão obter a suspensão temporária do pagamento de principal e juros no âmbito dos contratos de financiamentos diretos ou indiretos do BNDES por até 7 meses, abrangendo, de acordo com as regras do programa, um período que esteja compreendido entre os meses de setembro de 2021 e junho de 2022. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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2 Grupo Voith compra os 35% da Siemens Energy numa joint venture formada entre as duas companhias

O Grupo Voith acaba de comprar o restante da participação de 35% na joint venture Voith Hydro de sua parceira Siemens Energy. Com esta aquisição, a Voith continua a expandir suas principais áreas de negócios na direção de tecnologias sustentáveis, com grande potencial de crescimento rentável e sustentável graças ao aumento da importância da hidreletricidade para o cumprimento das metas climáticas globais. Em breve o Grupo Voith será o único proprietário da Divisão do Grupo Voith Hydro, que vinha sendo operado como uma joint venture em parceria com a Siemens Energy. O acordo para a aquisição dos 35% restantes da parceira com Siemens Energy, a Voith dá mais um passo em sua estratégia de fortalecer suas principais áreas de negócios da hidreletricidade na matriz de energias renováveis globais, além de ocupar um papel de pioneira na transição energética mundial. As empresas concordaram em não divulgar os detalhes financeiros da transação, que deverá ser concluída até o final do primeiro trimestre de 2022, após a devida aprovação dos órgãos antitruste e o cumprimento de outras exigências legais. (Petronotícias – 23.10.2021)

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3 Equatorial: venda de energia elétrica registra alta anual de 34,8% no 3º trimestre de 2021

A Equatorial Energia informou que a energia total distribuída no terceiro trimestre deste ano cresceu 34,8% ante o mesmo período do ano passado, atingindo 8.035 GWh. Entre os consumidores cativos, foi registrada alta de 29,5% no comparativo entre os mesmos trimestres, total de 6.652 GWh. Entre os consumidores livres, houve avanço de 69,8% no período, passando a 1.323 GWh. No acumulado do ano, a companhia somou 23.990 GWh de distribuição total, alta anual de 42%. Nos Estados, houve aumento de 4,8% na quantidade de energia injetada no sistema do Maranhão no terceiro trimestre de 2021, em relação ao mesmo intervalo de 2020. As perdas totais tiveram alta 1,8%. No Pará, o indicador de energia injetada cresceu 1,3% e as perdas totais registraram queda 2,7%. Em Alagoas, foi registrada alta de 1,9% na energia injetada, com recuo de 3,3% nas perdas totais. No Piauí, a energia injetada no sistema teve avanço de 6,6%, com queda de 9,9% nas perdas totais. A Equatorial informa ainda que os números da CEEE-D, comprada em leilão realizado no final de março, passam a refletir no desempenho da companhia a partir deste trimestre. (Broadcast Energia – 22.10.2021)

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4 Cesp cria comitê para avaliar proposta da Votorantim

O conselho de administração da Cesp aprovou a criação de Comitê Especial Independente que terá por função negociar a operação de reorganização societária proposta de forma não vinculante pela Votorantim e pelo CPPI para a incorporação da geradora pela VTRM Energia Participações, a nova empresa a ser criada. O comitê será composto por Glaisy Peres Domingues, conselheira de administração da Cesp na qualidade de membro do Comitê eleita pelo conselho de administração. Felipe Dutra Cançado, membro independente do conselho, eleito para ocupar esse cargo em votação em separado, sem a participação do acionista controlador, por acionistas titulares de ações preferenciais, na qualidade de membro do Comitê indicado por acionistas não-controladores. E ainda, Fernando Fontes Iunes, na qualidade de membro independente não administrador da Cesp, indicado, pelos outros dois membros. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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5 Fitch eleva ratings de IDRs da Cemig e subsidiárias para BB

A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou de ‘BB-‘ para ‘BB’ os Ratings de Inadimplência do Emissor em Moeda Local e Moeda Estrangeira da Cemig e das subsidiárias Cemig-D e Cemig GT. A Fitch também elevou de ‘AA- (bra)’ para ‘AA + (bra)’ os ratings na escala nacional para as três empresas. A Perspectiva do Rating é Negativa para os IDRs do FC e Estável para os outros ratings. De acordo com a Fitch, a elevação reflete a redução da alavancagem do grupo Cemig, o fortalecimento da liquidez e o melhor desempenho operacional de seu negócio de distribuição. Os ratings também refletem a próxima redução da concentração de vencimento da dívida em 2024 e alongamento do prazo de expiração de concessões importantes. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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6 Mercado fio da Copel cresce 8,3% no 3º trimestre

O mercado fio da Copel aumentou 8,3% no terceiro trimestre de 2021 quando comparado a 2020. O consumo total de mercado livre, cativo e de outras concessionárias e permissionárias aumentou para 7.728 GWh no período de julho a setembro. O ACL apresentou maior expansão proporcional com 17%. No acumulado dos nove meses de 2021 o mercado da Copel indica alta de 7,5% de crescimento. A companhia aponta que o resultado observado decorre do desempenho da produção industrial do Paraná, que teve um crescimento de 8,2% em julho e 8,7% em agosto de 2021 em comparação com o ano anterior, ficando acima da média nacional no acumulado do ano, que é de 15,1% no estado, contra 9,2% no Brasil. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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7 AES Brasil firma parceria para projeto de P&D de análise de risco climático e hidrológico

A AES Brasil acaba de firmar uma parceria com a WayCarbon, consultoria de soluções para economia de baixo carbono, e com a Enacom, desenvolvedora de softwares, para o desenvolvimento de um projeto de P&D Aneel para análise de risco climático e hidrológico. A iniciativa visa fortalecer a tomada de decisões da AES Brasil diante dos cenários de risco. De acordo com a empresa, a execução do projeto busca auxiliar na análise e planejamento da geração de energia nas plantas eólicas, solares e hidrelétricas da Companhia. Além disso, contribuirá com a mensuração do potencial impacto financeiro das mudanças climáticas em cada um dos ativos que compõem o portfólio da empresa. As análises serão desenvolvidas pela MOVE® , plataforma da WayCarbon que avalia a vulnerabilidade e os riscos associados às ocorrências climáticas a partir de dados estatísticos e análises geoespaciais. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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Leilões

1 Governo busca mais energia em contratação emergencial

O governo realiza hoje (25/10) um leilão para contratar usinas que possam rapidamente oferecer energia nova para o SIN. Estruturado como uma medida emergencial, para evitar que os riscos de atendimento da demanda por energia se prolonguem nos próximos anos, o certame conta com uma oferta grande de projetos: foram cadastrados 62 GW de potência, principalmente de térmicas movidas a gás natural. A quantidade de energia a ser contratada, porém, é uma informação sigilosa, que fica a cargo do governo. Entre especialistas, a expectativa é de que o certame contrate principalmente usinas pequenas, modulares, capazes de entrar em atividade em pouquíssimo tempo. Pelas regras, os projetos começam a fornecer energia em maio de 2022, daqui sete meses, um prazo muito curto para se colocar de pé grandes empreendimentos. (Valor Econômico – 25.10.2021)

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2 PSR: leilão emergencial tem “pontas soltas”

Fernando Porrua, diretor técnico da consultoria PSR, destaca algumas “pontas soltas” no Leilão emergencial que podem ter chamado a atenção dos empreendedores. Uma delas é que não há garantia de que as usinas vão conseguir, de fato, se conectar ao sistema. Normalmente, para evitar esse problema, o governo faz um leilão prévio de conexão, mas não houve tempo para organizar algo do gênero para essa contratação emergencial. Especificamente para termelétricas a gás com inflexibilidade, ele observa que o custo terá reajuste pela inflação, e não pelo índice de compra do gás, o que pode gerar um descasamento. Para especialista da PSR, diante do alívio promovido pelas chuvas nas últimas semanas, é possível que o governo tenha recalibrado seus cálculos para contratação neste certame. “Depende muito da aversão a risco do governo, se ele estiver mais tranquilo, é bem provável que ele tenha revisado a demanda que projetou há um mês”. (Valor Econômico – 25.10.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: carga deverá ser 3,8% menor em outubro

O consumo de energia em outubro desacelerou em comparação ao mesmo período do ano passado. A mais recente estimativa é de que fique 3,8% abaixo na comparação mensal. Os dois maiores submercados é que são os responsáveis por esse movimento. No Sul está a previsão de maior queda, 7,6% e no SE/CO é de 5,8% a menos. Nos outros dois a projeção é de crescimento, no Nordeste é de 3,9% e no Norte está em 1,9%. O NE passaria o Sul e passa a ser a segunda maior região do país em termos de carga com 12.259 MWm contra 10.972 MWm. Segundo a ONS, a previsão de vazões continua com o SE/CO apresentando o volume de ENA mais elevado, pouco acima da média histórica, com 101% da MLT. Em seguida aparecem o Sul e o Norte com 90% e o NE segue com a menor média, 44% da MLT. O nível de reservatórios projetado para o final de outubro segue a tendência das afluências. A estimativa é de que no SE/CO aumente o nível, mesmo estando ainda, oficialmente, no período seco, dos atuais 17,6% deverá elevar até 17,8%, ainda assim, o mais pressionado dos quatro submercados no país. Na outra ponta está o Norte que deverá encerrar o mês com 46,6%. O Sul vem logo em seguida com 44,3% e o NE com 36,2%. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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2 ONS: CMO médio em queda

Segundo a ONS, o CMO médio estimado continua em queda, da semana operativa que se encerra nesta sexta-feira para a próxima redução é de pouco mais de R$ 11/MWh. Está em R$ 161,01/MWh em todo o país sendo a carga pesada e média em R$ 162,81 e a leve em R$ 159,02/MWh. Se não houvesse a determinação de despacho térmico fora da ordem de mérito e todas as demais medidas de combate à crise hídrica, o volume de geração dessas usinas seria de 6.780 MW médios. A maior parte, com 4.704 MW médios por inflexibilidade e outros 2.034 por ordem de mérito e 42 MW médios por restrição elétrica. Assim, a perspectiva é de que o volume acumulado de Encargos Serviços do Sistema (ESS) continue a se elevar. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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3 Níveis dos reservatórios da região Sul seguem em crescimento

A região Sul continua apresentando crescimento em seus níveis de armazenamento, com 0,8 p.p. e operando com 43,8% de sua capacidade de armazenamento, na última quinta-feira, 21 de outubro, se comparado ao dia anterior, ONS. A energia retida é de 8.713 MW mês e ENA aponta 12.972 MWm, valor que corresponde a 92% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 35,56% e 48,26% respectivamente. Os reservatórios do SE/CO também tiveram aumento de 0,1 p.p e trabalham com 17,6%. A energia armazenada mostra 35.729 MW mês e a ENA aparece com 27.105 MWm, o mesmo que 83% da MLT. Furnas admite 16,38% e a usina de São Simão marca 11,19%. O submercado do Norte teve recuo de 0,9 p.p e chega a 50,3%. A energia armazenada marca 7.625 MW mês e ENA é de 1.972 MWm, equivalente a 72% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 62,2%. A Região Nordeste apontou uma redução de 0,1 p.p e opera com 36,7% da sua capacidade. A energia armazenada indica 18.914 MW mês e a ENA computa 1.230 MWm, correspondendo a 33% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 34,06%. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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4 Última fase de projeto de transmissão da Sterlite no RS

Com duas de suas três etapas em operação comercial, o Projeto Vineyards de transmissão, localizado no Rio Grande do Sul e desenvolvido pela Sterlite Power, está em fase final de conclusão. Conquistado no Leilão 05/2016, com 114,4 km de linhas de transmissão e duas novas subestações em Bento Gonçalves e Lajeado, o empreendimento conta com uma antecipação significativa para o sistema: 30 meses e 13 meses, respectivamente, para as duas primeiras etapas. A terceira e última fase do projeto, que corresponde à Linha de Transmissão 230 kV, entre Bagé e Candiota, no extremo sul do país, está em fase final de comissionamento e estará pronta para integração à Rede Básica ainda em outubro de 2021. A nova LT, que é importante para o atendimento da demanda e segurança elétrica na região, faz parte de um conjunto de instalações previstas para entrada em operação ainda neste ano. Esses investimentos possibilitarão o escoamento integral da geração termelétrica na região para o sistema neste momento de escassez de recursos hídricos. O reforço deve chegar antes do verão, quando historicamente, as demandas são maiores no sistema. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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5 Aneel autoriza reforço em subestação do Rio Grande do Norte

A Aneel autorizou obras de reforço na subestação João Pessoa II, o que vai permitir escoar energia renovável da região para todo o País. Para André Pepitone, diretor-geral da Aneel, o reforço autorizado, além de gerar investimento e emprego para o Estado, propiciará o escoamento de energia limpa e renovável do Nordeste para o resto do País. “O investimento destinado para subestação significa geração de emprego, renda, movimentação da economia, atração de mais investimentos. Essas obras auxiliarão o escoamento da energia de usinas solares e eólicas do Nordeste. É a contribuição do setor elétrico para que o Brasil volte a crescer, para que desperte a capacidade do potiguar, do nordestino, do brasileiro de empreender, inovar e criar”. Para Paulo César Domingues, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, a autorização dos reforços é fundamental para escoar energia de fonte eólica para o SE/CO do Brasil. “Esse empreendimento, sozinho, tem capacidade para atender com sobra João Pessoa e 60% do estado da Paraíba, e será fundamental para o crescimento contínuo da geração eólica na região”, ressaltou. O investimento na subestação João Pessoa II, pelo grupo indiano Sterlite, é da ordem de R$ 530 milhões, com previsão de criação de 1165 empregos diretos. O reforço vai aumentar a capacidade de escoamento em 450 MW, dobrando o atendimento da subestação. (Aneel – 23.10.2021)

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6 ONS prevê melhora nos níveis dos reservatórios

O ONS prevê também melhora nos níveis de armazenamento dos reservatórios. A estimativa é que os reservatórios do Sul cheguem ao fim de outubro com 44,3%. Já a região SE/CO deve terminar o mês com 17,8%. "O aumento de precipitações nas últimas duas semanas não é o único motivo da melhora nas condições dos reservatórios, o conjunto de medidas adotadas pelo operador foi decisivo para um resultado mais otimista", disse o ONS. O operador cita como exemplo o reservatório de Furnas, em Minas Gerais, um dos mais relevantes do país, que saiu de 13,76% em setembro para 16,38% em outubro. Localizado na parte alta do Rio Grande, Furnas alimenta as outras hidrelétricas da bacia, uma das formadoras do rio Paraná. (Folha de S.Paulo – 22.10.2021)

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7 Chuvas começam a encher reservatórios, mas o cenário ainda é de atenção

As chuvas que caíram nas últimas semanas no país já começam a surtir efeitos sobre os reservatórios das principais hidrelétricas brasileiras. Nas regiões SE/CO, o nível de armazenamento de energia reverteu a curva de queda e já sobe 0,9 p.p. no mês. No Sul, a situação é ainda melhor, com alta acumulada de 15,2 p.p. até esta quinta-feira (21), segundo o ONS. Especialistas alertam, porém, que a situação ainda requer atenção. Os reservatórios do SE/CO, regiões consideradas a caixa d'água do setor elétrico brasileiro, atingiram 17,6% de sua capacidade de armazenamento de energia na quinta. Não há mais nenhuma usina nas regiões com níveis inferiores a 10%. No Sul, o nível dos reservatórios chegou a 43,8% no mesmo dia. Mesmo com queda nas regiões Norte e Nordeste, as chuvas sobre o Centro-Sul elevaram o nível geral dos reservatórios em 0,4 p.p., para 24,5%. Para a próxima semana, o ONS prevê chuvas continuarão acima da média nas regiões SE/CO, atingindo volume equivalente a 133% da média histórica. No Sul, o volume deve ficar em 83% da média histórica. (Folha de S.Paulo – 22.10.2021)

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8 Especialistas acreditam que devem manter medidas emergenciais mesmo com aumento das chuvas

A previsão da chegada de chuvas, alinhada com as medidas emergenciais adotadas pelo governo, já havia levado especialistas a minimizar os riscos de racionamento de energia em 2021, embora com grande impacto sobre a conta de luz dos brasileiros. Na opinião de especialistas, o governo deve manter as medidas em vigor. "Sem sombra de dúvida, a situação hoje é mais tranquila do que há um mês", diz o ex-diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata. "Entretanto, essas chuvas de outubro ainda não caracterizam o início do período chuvoso, de modo que a atenção tem que ser mantida com a mesma intensidade.". O professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ Maurício Tolmasquim ressalta que embora a situação pareça menos desafiadora para 2021, o abastecimento em 2022 ainda depende do volume de chuvas de verão sobre os reservatórios. Ele avalia, porém, que as chuvas podem ajudar o governo a reduzir a pressão sobre as tarifas de energia. "Atualmente, tão importante quanto evitar o risco de racionamento é reduzir o impacto das termelétricas na conta de energia e na inflação", afirma. "Dado que estamos despachando termelétricas extremamente caras, a hidrologia será uma variável chave para encontrar um equilíbrio entre dois objetivos, igualmente importantes: a garantia da segurança de abastecimento e a redução do custo econômico do uso das termelétricas". (Folha de S.Paulo – 22.10.2021)

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9 Itaipu pode fechar 2021 com a menor geração de energia dos últimos 26 anos

A usina hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, pode fechar o ano com a menor geração de energia dos últimos 26 anos. De janeiro até agora, a hidrelétrica gerou mais 52,8 milhões de MW, quase 15% a menos na comparação com o mesmo período do ano passado. E 2020 já havia sido o pior ano na geração, desde que a hidrelétrica começou a operar com 20 turbinas. Antes da crise hídrica, Itaipu chegava a produzir mais de 90 milhões de MW por ano. A justificativa da direção da hidrelétrica de Itaipu para essa queda na produção de energia vem do ONS. A ordem foi gerar menos energia e deixar a água guardada no reservatório para um momento ainda mais crítico. “Itaipu pode ser demandada para que saia com a produção x para 2x em questão de no máximo 10 minutos. Então podemos restabelecer a energia, se houver um problema em alguma região que seja grande consumidora”, diz o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, João Francisco Ferreira. “A estratégia de guardar água nos reservatórios, está correta, já que o nível dos reservatórios está muito baixo. Mas para isso tem que acionar as termelétricas. O problema todo é que as termelétricas funcionam com combustível fóssil, que, além de poluente, é extremamente caro. Então isso tem um impacto sobre o bolso do consumidor”, afirma Maurício Tolmasquim, professor da Coppe/UFRJ. (G1 – 23.10.2021)

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10 Tempestade obriga Itaipu a verter água

Uma tempestade na região oeste do Paraná interrompeu no sábado a operação de linhas de transmissão que conectam a usina hidrelétrica binacional de Itaipu ao SIN, desligando assim, automaticamente, por segurança, cinco das 20 turbinas da usina. Em função da diminuição na geração, houve redução da afluência e, também, do nível do rio Paraná a jusante da usina. Como o Acordo Tripartite - do qual fazem parte o Brasil, Paraguai e Argentina - impõe limites de variação nos níveis do rio Paraná, foi necessário abrir o vertedouro da usina às 14h30, para compensar temporariamente a variação de afluência sofrida com o desligamento das cinco unidades geradoras, informou Itaipu em nota. Segundo Itaipu, o vertedouro permaneceu aberto pelo tempo e com valores de vazão estritamente necessários para compensar a redução parcial da geração. "À medida que a Itaipu foi sendo demandada para o restabelecimento da geração aos valores originais, a vazão vertida foi sendo diminuída até o completo fechamento do vertedouro, às 22h28min de sábado", informou a empresa. Segundo a hidrelétrica, o temporal não trouxe qualquer impacto para as instalações da usina de Itaipu, que segue operando normalmente, com total disponibilidade de potência e energia. (Broadcast Energia – 24.10.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Magalu começa a operar com caminhões elétricos

O Magalu começou a eletrificar sua frota de caminhões. Os 23 primeiros veículos urbanos de carga (VUC) elétricos já começaram a circular este mês em cidades dos estados de São Paulo, Paraíba e Bahia. Até dezembro, a frota chegará a 51 veículos com emissão zero de gases do efeito estufa. A iniciativa faz parte de uma série de ações da companhia, com objetivo de diminuir o impacto de sua operação sobre o meio ambiente. O projeto da frota elétrica é uma parceria das áreas de Logística e de Sustentabilidade do Magalu com transportadores parceiros que adquiriram os 51 VUCs da montadora JAC Motors. Os veículos ficarão a serviço exclusivo do Magalu por três anos e serão usados para abastecer lojas e para entregas de produtos de maior porte, como móveis e eletrodomésticos. (Mobilidade Sampa – 24.10.2021)

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2 Carros híbridos superam as vendas de modelos a diesel na Europa

Os carros elétricos vendidos na Europa no terceiro trimestre de 2021 estão próximos de atingir uma participação de dois dígitos. Pela primeira vez na história, alcançam 9,8% de participação de mercado, registrando crescimento de 56,7% com 212.582 unidades registradas. É o que revela o relatório elaborado pela ACEA, associação de fabricantes automotivos europeus que representa as 15 maiores empresas do segmento sediadas no Velho Continente. Apoiados por incentivos em vários mercados, os carros com emissão zero registraram aumentos substanciais de volume em todos os quatro principais mercados do Velho Continente. Na Espanha, subiram 21,8%, na França em 34,6%, na Alemanha em 62,7% e na Itália até 122%. O trimestre julho-setembro, mostra que todas as formas de eletrificação fizeram excelentes números. Os carros híbridos plug-in, por exemplo, cresceram 42,6%, para 197,3 mil emplacamentos e uma participação de 9,1%, um pouco abaixo dos totalmente elétricos. O terceiro trimestre de 2021 também marca um momento histórico para o mercado europeu de automóveis: os veículos híbridos superaram os modelos a diesel pela primeira vez. Com percentual de 20,7% (os carros a diesel ficarem em 17,6%), os híbridos estão em segundo lugar no ranking entre todos os tipos de propulsão, ficando atrás apenas da gasolina. (Inside EVs – 22.10.2021)

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Inovação

1 Cepel lança ferramenta inovadora no Brasil para cálculo de custo do hidrogênio verde

O Centro de Pesquisas de Energia Elétrica - Cepel lançou uma ferramenta inovadora para aplicação na área de tecnologias do hidrogênio. Trata-se de uma calculadora que fornece o "custo nivelado de hidrogênio" (Levelized Cost Of Hydrogen - LCOH) de uma planta de produção por eletrólise utilizando energia renovável ("hidrogênio verde"). A ferramenta possui interface amigável e interativa, fornecendo o resultado do LCOH imediatamente na tela do celular ou no computador, e pode ser acessada via web, gratuitamente. “A iniciativa faz parte dos esforços do Centro de se manter na vanguarda da pesquisa e inovação associadas às tecnologias do hidrogênio e temas correlatos. Acredita-se que será uma ferramenta útil para os associados e parceiros do Cepel que têm procurado a instituição para o desenvolvimento de projetos de P&D+I relacionados à produção de hidrogênio verde”, considera o pesquisador Francisco Lopes, desenvolvedor da ferramenta. A calculadora de LCOH pode ser acessada aqui. (Cepel – 25.10.2021)

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2 Singapura: País realiza investimento de US $40 mi em tecnologias de baixo carbono

O país Singapura planeja importar até 4 gigawatts (GW) de eletricidade de baixo carbono até 2035, ou cerca de 30% de seu fornecimento total, comércio e indústria, o ministro Gan Kim Yong disse na segunda-feira, para diversificar o fornecimento e aumentar a segurança energética. A cidade-estado asiática possui planos de importar 100 megawatts (MW) de eletricidade da Malásia e 100 MW de eletricidade gerada por energia solar na Indonésia. Estão sendo concedidos S $55 milhões (US $40,79 milhões) para financiar pesquisas para melhorar a viabilidade técnica e econômica de tecnologias de baixo carbono, como hidrogênio e captura, utilização e armazenamento de carbono, disse Gan. A EMA e a JTC Corporation vão lançar um pedido de US $ 6 milhões para uma proposta de teste de energia renovável, sistemas de armazenamento de energia e soluções de baixo carbono na Ilha de Jurong, em Cingapura, disse o ministro da Força de Trabalho, Tan See Leng, em um discurso separado na segunda-feira. consulte Mais informação A EMA está trabalhando com a indústria para explorar a experimentação do Gás Natural Enriquecido com Hidrogênio para abastecer as usinas existentes, bem como as importações de hidrogênio com baixo teor de carbono. (Reuters – 25.10.2021)

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Meio Ambiente

1 Entidades citadas em relatório do Ministério do Meio Ambiente à COP-26 negam ter sido ouvidas

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, passou as últimas semanas dizendo que a proposta que o Brasil vai levar à Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (COP-26) é resultado de um amplo debate e diálogo feito com mais de 200 empresas e instituições civis e públicas. Conforme apurou a reportagem, porém, diversos dos 219 citados negam oficialmente ter participado de qualquer conversa com o governo Bolsonaro sobre a COP, evento que será realizado em Glasgow, na Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro. A lista das 219 instituições e empresas apontadas pelo Meio Ambiente como colaboradoras da proposta brasileira sobre as mudanças climáticas foi obtida pela organização Política Por Inteiro, por meio da Lei de Acesso à Informação. O Estadão teve acesso à lista e entrou em contato com algumas das empresas e instituições mencionadas, para saber que tipo de colaboração havia sido dada, e quando. A partir dessas indagações começaram a surgir as negações sobre os encontros. (O Estado de São Paulo – 22.10.2021)

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2 Artigo: “Empreendimento e sustentabilidade: uma análise sobre a importância do compromisso com o meio ambiente”

Em artigo publicado no Estadão, Luciano Dutra, sócio do Gran Paradiso Campos do Jordão Resort, trata dos pontos positivos para o setor imobiliário fornecer serviços alinhados com um compromisso frente as questões ambientais. Segundo o autor, “sem dúvida alguma, é a possibilidade de valorização do imóvel, o que resulta em lucro para a organização. Isso porque, com a implementação de normas que atendam às medidas de cuidado com o meio ambiente, é possível atrair a atenção de quem compreende a relevância da iniciativa e deseja investir em uma propriedade que vá de encontro com esses valores”. O mesmo acrescenta que “ao prestar atenção em tais demandas, as empresas proporcionam comodidade e serviços diferenciados aos seus moradores, destacando-se perante os concorrentes que ainda não se adequaram aos novos tempos”. Ele conclui que “uma importante forma de incentivo para que as instituições do ramo imobiliário façam adaptações em seus empreendimentos ou repensem a forma de planejá-los desde os primeiros passos do projeto é o Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). Trata-se de um sistema internacional de certificação ambiental para edificações utilizado em mais de 160 países, que visa a sustentabilidade dos imóveis”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.10.2021)

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Energias Renováveis

1 Crise hídrica impulsiona energia solar

Em meio à crise hídrica, outras fontes de energia ganham força. Um dos maiores parques solares do país começou a funcionar em São Paulo. E até no campo, o interesse pelos painéis solares aumentou. De uma horta, saem hortaliças fresquinhas o ano inteiro. E para isso, o seu Osmair montou um sistema de irrigação movido a energia elétrica. Só que a conta estava alta demais. "A gente estava gastando muita energia, aí apareceu a energia solar. A gente resolveu montar essa usina de energia solar para economia. A gente consumia R$ 7 mil de energia por mês, agora pagamos R$ 700, R$ 800", conta o agricultor Osmar Ferazin. Segundo a Aneel, esse tipo de instalação no campo quase que dorbrou no campo do ano passado para cá. Hoje, em todo o país, mais de 480 mil casas têm placas solares. (G1 – 23.10.2021)

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2 Portuguesa Galp decide investir em parques de energia no Brasil e compra dois projetos no Nordeste

A Galp decidiu comprar e desenvolvimento dos projetos solares no Brasil em estado inicial de desenvolvimento nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte, com capacidades de 282 MWp e 312 MWp, respectivamente. A capacidade total de 594 MWp, está cumprindo as ambições de expansão nas energias renováveis e dando um salto importante na transformação do seu perfil de negócio e na redução da sua pegada de carbono. Com estas transações, a Galp ganha acesso a ativos de qualidade num país onde a empresa está presente há mais de 20 anos e que se encontra entre os 10 principais países no mundo com maior procura de energia e com a ambição de duplicar a sua capacidade instalada atual de geração de solar e eólica para 40 GW em 2030. (Petronotícias – 24.10.2021)

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3 Preço de painéis solares deve seguir em alta até 2022, dizem fornecedores

O preço dos equipamentos para a geração de energia solar, que já vem subindo desde o ano passado, pode avançar mais 10% até julho de 2022 antes de começar a baixar, segundo Rodolfo Meyer, presidente do Portal Solar, marketplace que reúne fabricantes, distribuidores e instaladores do país. Neste mês, o valor total da instalação de painéis solares de 5,52 kWp (quilowatts-pico) de potência, que são o carro-chefe em residências com conta de luz em torno de R$ 600, chegou a R$ 33 mil, segundo simulações do Portal Solar. Os fatores que impulsionaram o preço atual abrangem a crise energética na China, que é o principal fornecedor de equipamentos, a inflação de transportes, insumos e câmbio. (Folha de S.Paulo – 24.10.2021)

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4 Aneel libera 27,74 MW de eólicas para teste

A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou para início da operação em teste, a partir de 22 de outubro, unidades geradoras da EOL Ventos de Santa Martina 14, que somam 8,4 MW, localizada no Rio Grande do Norte. A unidade geradora da EOL Pau Ferro II, com 5,5 MW, no estado de Pernambuco, e por fim, as UG da EOL Lagoa 4, que somam 13,84 MW, localizada no estado da Paraíba. No total, foram liberados 27,74 MW de geração eólica nesta sexta-feira, 22 de outubro, segundo publicação do Diário Oficial da União. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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5 Enel Green Power inicia operação de parque eólico Cumaru no RN

A Enel Green Power Brasil iniciou a operação comercial do parque eólico Cumaru, localizado no município de São Miguel do Gostoso, no Estado do Rio Grande do Norte. O Grupo Enel investiu ao todo cerca de R$ 948 milhões na construção do empreendimento, que possui capacidade instalada total de 206 MW. Segundo a empresa, o parque eólico Cumaru é composto por 49 aerogeradores e será capaz de gerar mais de 966 GWh por ano, evitando a emissão de mais de 543 mil de toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. A produção de energia do parque será integralmente fornecida ao mercado livre para venda a clientes comerciais, alavancando a presença integrada da Enel no país. Além de Cumaru, que acaba de entrar em operação comercial, a Enel Green Power está concluindo a construção de outros três parques eólicos e um parque solar, todos localizados no Nordeste e que somam cerca de 1,1 GW de capacidade instalada. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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6 Dow usará energia eólica da Casa dos Ventos

Uma das maiores petroquímicas do mundo, a Dow firmou mais um contrato de longo prazo de compra de energia renovável no Brasil, desta vez com a Casa dos Ventos. O acordo prevê fornecimento contínuo, por 15 anos, de 60 megawatts (MW) gerados no parque eólico Rio do Vento (RN) para a fábrica da multinacional de Cabangu (MG), que produz silício metálico e sílica ativa, além de uma opção de compra de participação, pela Dow, no empreendimento. De acordo com o presidente da companhia na América Latina, Javier Constante, a opção será exercida e a Dow se tornará autoprodutora no país. “Não é só energia. É uma janela de investimento em energia eólica”, disse o executivo ao Valor. Com a Casa dos Ventos, acrescentou, há também compartilhamento de valores ESG (aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa, na sigla em inglês). O suprimento de energia terá início em 2024. (Valor Econômico – 25.10.2021)

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7 Iberdrola no ‘top 10’ no Índice Global de Energia Limpa

A Iberdrola permanece no ‘top 10’ do Índice Global de Energia Limpa da agência de notação de crédito Standard & Poor’s (S&P), que é considerada a referência número um em sustentabilidade. Na verdade, esse índice é utilizado por vários fundos na elaboração de suas carteiras de investimento. Este ranking tem o objetivo de medir o desempenho de empresas com atividades de negócios relacionadas à energia limpa em mercados desenvolvidos e emergentes. Em sua última edição, a S&P explica que revisou os critérios “para melhorar a diversificação do índice, aumentar a transparência, reduzir ainda mais a pegada de carbono do índice e alinhar a metodologia com as tendências do mercado e padrões de investimento sustentável”. Isto resultou na exclusão de empresas como ENEL, Nextera e o grupo espanhol Audax Renovables por não cumprirem determinados parâmetros. (REVE - 22.10.2021)

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8 Bolt lança fundo para investimento em renováveis

A Bolt Energy lançou um fundo de direitos creditórios dedicado a fontes renováveis. A meta é financiar projetos na área, em linha com as práticas ESG. O fundo lançará suas atividades neste mês com potencial para atingir o volume de R$ 300 milhões, valores que podem aumentar com as perspectivas que surgirem. Em comunicado a empresa afirma que o Bolt Energy FIDC “surge em um momento de alta demanda do mercado, tanto devido à crise energética que o país atravessa como pela necessidade de proporcionar mais crédito e liquidez financeira aos agentes, sejam eles geradores, consumidores ou comercializadoras. O fundo permite um crescimento sustentável do setor e da economia, o que é fundamental para acelerar a expansão da oferta de geração, ponto nevrálgico do setor”. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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9 Energias renováveis atendem a 14,2% da demanda de energia da Argentina em setembro

A Argentina atendeu 14,2% de sua demanda por energia com energia renovável em setembro, já que eólica, solar, bioenergia e pequenas centrais hidrelétricas abasteceram o país com 1.469,8 GWh, disse o governo argentino citando dados do administrador do mercado atacadista de eletricidade CAMMESA. Em agosto, a participação das energias renováveis na demanda de eletricidade do país foi de 13,3%, ou 1.556,1 GWh, ante 12,9% (1.600,4 GWh) em julho. Em 26 de setembro, às 9h30, hora local, as energias renováveis atingiram um recorde histórico ao cobrir 28,84% da demanda argentina, informou o governo. (Renewables Now - 25.10.2021)

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10 Portfólio de energia eólica onshore do Reino Unido atinge 33 GW

O portfólio total de projetos de parques eólicos onshore no Reino Unido aumentou para quase 33 GW, em comparação com 30 GW 12 meses atrás, de acordo com uma nova pesquisa publicada no último relatório Wild Wind Project Intelligence. Abrange projetos de turbinas eólicas que estão em operação, em construção, aprovados ou planejados no país, disse o R-UK. (REVE - 23.10.2021)

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11 Galp obtém financiamento para instalar 2.000 megawatts de energia solar na Espanha

A petrolífera portuguesa vai financiar 2.000 MW da sua carteira fotovoltaica espanhola graças a um empréstimo de 325 milhões do Banco Europeu de Investimento. A empresa portuguesa assinou com o BEI até três acordos de financiamento para a construção de parques solares em Espanha e Portugal e a implantação de postos de carregamento de veículos elétricos em toda a península. A operação tripla, avaliada em 406,5 milhões de euros (M €), poderá ascender a 731,5 milhões de euros numa fase posterior. De momento, foram aprovados 325 M € para o financiamento de parques solares em Espanha; € 40 M para parques solares em Portugal; e € 41,5 milhões para a implantação de 5.500 pontos de recarga em toda a península. (Energías Renovables - 25.10.2021)

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12 Espanha: investimento sustentável e responsável cresce 21%

Spainsif, o Fórum Espanhol de Investimento Sustentável, realizou o seu evento anual com a apresentação das conclusões do seu estudo "Investimento Sustentável e Responsável na Espanha 2021", patrocinado pela DWS. De acordo com este relatório, o investimento sustentável e responsável (SRI) na Espanha atingiu 345.314 milhões de euros administrados em Espanha durante 2020, supondo um aumento de 21 % em relação a 2019, e pela primeira vez os ativos ambientais, sociais e de governança (54%) superam os tradicionais. O estudo foi apresentado no Encontro Anual Spainsif 2021, patrocinado por Amundi, Morningstar, Nordea Asset Management e VDOS, que se realizou em formato híbrido no Auditório Mutua Madrileña e contou com mais de 300 participantes. O crescimento no último ano referido, e que atingiu um valor recorde, deve-se, de acordo com o estudo, ao impulso legislativo do Plano de Ação de Financiamento Sustentável da UE, à sensibilização e maturidade dos investidores e ao desenvolvimento da dimensão social do investimento ESG (Ambiental, Social e Governança) para superar o impacto da Covid19. (Energías Renovables - 25.10.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Grupo Cosan compra distribuidora de gás encanado do RS

A Compass Gás & Energia, controlada pelo grupo Cosan, arrematou sem disputa o controle da distribuidora de gás encanado do Rio Grande do Sul, em leilão realizado nesta sexta-feira (22) na B3. A empresa pagará R$ 927,8 milhões por 51% das ações da companhia. A Compass já estava prestes a se tornar minoritária da Sulgás, após comprar a fatia da Petrobras na Gaspetro, veículo de investimento em distribuidoras de gás pelo país, que detém 49% da companhia gaúcha. A operação, porém, ainda depende de aprovação de órgãos de defesa da concorrência. Após o leilão, o governador do RS, Eduardo Leite, disse que o interesse da Comgás é "uma manifestação de confiança na economia do estado". "É um grupo forte e tenho certeza de que seremos bem atendidos", afirmou. "Vamos unir o aprendizado que tivemos nesses anos de administração da Comgás com a experiência da Sulgás", disse o presidente da Compass, Nelson Gomes, defendendo que o crescimento do setor se dará pela maior conexão de novos clientes à rede. Coordenador da operação, o BNDES disse esperar que a empresa "expanda a malha de distribuição da Sulgás para novos municípios e regiões do Estado, de forma a ampliar as condições de acesso ao gás natural para a população local". (Folha de S.Paulo– 22.10.2021)

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2 Resolução do CNPE traz diretrizes para preço da energia de Angra 3

O governo federal publicou a Resolução no. 23 do Conselho Nacional de Política Energética com as diretrizes para a definição do preço da usina termonuclear de Angra 3. O texto assinado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque aponta que o preço da energia produzida pela usina será o resultante dos estudos do BNDES e considerará a viabilidade econômico-financeira do empreendimento no prazo do contrato, bem como sua financiabilidade em condições de mercado. Nos parâmetros estão custo de capital próprio de 8,88% a.a., em termos reais, ao longo do prazo do CCEAR. Consta ainda a conversão em capital de mútuos e adiantamentos para futuro aumento de capital (AFAC). E ainda, a possibilidade de revisão extraordinária do preço da energia com a meta de preservar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, ação que deve ser homologada pela Aneel, caso necessária. Caberá ao BNDES a realização dos “melhores esforços na estruturação e captação de novos financiamentos do projeto”, diz a resolução que foi tomada na reunião do colegiado nesta semana. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Acesso ao mercado livre faz cooperativas reduzirem custos com energia em 50%

Análise feita pela TR Soluções indica que cooperativas com contratos de permissão de distribuição conseguiram reduzir em cerca de 50% o custo do insumo por meio da compra no mercado livre em comparação com os valores pagos anteriormente às distribuidoras. A economia foi calculada por meio do Sistema para Estimativa de Tarifas de Energia da TR, levando em conta 13 licitações públicas realizadas por cooperativas entre junho de 2019 e maio deste ano. Os preços médios dos leilões, atualizados pelo IPCA para setembro de 2021, giram na ordem de R$ 150/MWh. De acordo com Paulo Steele, sócio-administrador da TR, em um ambiente de incerteza econômica acentuada por reajustes nas tarifas de suprimento e mudanças setoriais, o planejamento tarifário de longo prazo torna-se fundamental. Para ele, a busca por preços mais competitivos ajuda a garantir tarifas módicas aos cooperados, evitando inclusive a migração de unidades consumidoras isoladamente para o mercado livre. A análise mostra ainda que 33 das 52 permissionárias ainda não realizaram contratações via licitação pública. Isso quer dizer que 42% da energia requerida por essas cooperativas, cerca de 200 MW médios, ainda é disponibilizada por distribuidoras. Na avaliação de Steele existe um mercado promissor para ser explorado pelas comercializadoras de energia, no qual se destaca a segurança. (CanalEnergia – 22.10.2021)

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Economia Brasileira

1 Condições financeiras deprimem PIB em 2022

A deterioração das condições financeiras no Brasil, que já vinha impondo uma perspectiva menos positiva para a atividade econômica em 2022, acelerou nas últimas semanas, sobretudo com a percepção de quebra do atual regime fiscal, e tem contribuído para que mais casas passem a projetar um PIB na faixa de zero a 0,5% em 2022. As condições financeiras dizem respeito a uma série de variáveis que, no fundo, refletem, por exemplo, a facilidade de acesso a crédito, o apetite de empresas para investir e a disposição de consumo. O Índice de Condições Financeiras (ICF) da ASA Investments alcançou 2,6 pontos na sexta-feira passada, nível superior ao de março de 2020 (2,13 no dia 18), mês em que a pandemia teve início no país. O índice já é também 84% do observado no pior momento da série (3,11, em setembro de 2015), quando o governo Dilma Rousseff encaminhou um Orçamento para 2016 com projeção de déficit. (Valor Econômico – 25.10.2021)

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2 Estagflação vira realidade primeiro para mais pobres

A combinação de inflação alta e estagnação decorrente do alto desemprego tem levado as famílias mais pobres a um cenário de “estagflação”. A inflação se aproxima de 11%, no acumulado de 12 meses, para as famílias de renda muito baixa, e a taxa de desemprego chega a 22,66% para quem não terminou o ensino médio. Para as famílias menos escolarizadas, a taxa de ocupação ainda está 7,3% abaixo do patamar pré-pandemia. Economistas dizem que sem crescimento econômico, uma mudança no médio prazo é improvável dadas as condições ruins do mercado de trabalho e perspectivas desanimadoras de inflação. Dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram que a inflação acelerou em setembro ante agosto para todos os segmentos de renda, mas foi de 1,30% para famílias de renda muito baixa (cuja renda domiciliar vai até R$ 1.808,79) e de 1,09% para as de renda alta (renda domiciliar acima de R$ 17.764,49). No acumulado de 12 meses, a inflação para os mais pobres chega a 10,98%, 2,1 pontos percentuais a mais do que para as famílias mais ricas. (Valor Econômico – 25.10.2021)

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3 Qualificado apela para trabalho por conta própria

Num mercado de trabalho que ensaia recuperação após os efeitos mais intensos da pandemia, a maior parte das vagas geradas é aquelas por conta própria, em que não há vínculos empregatícios e o rendimento, em média, é menor, como vêm mostrando os dados do IBGE. Mas chama a atenção um outro fenômeno neste grupo de trabalhadores: o avanço da parcela de profissionais mais qualificados - com ensino médio ou superior. Um estudo exclusivo da consultoria IDados antecipado para o Valor aponta que a fatia dos que têm ensino superior (completo ou incompleto) nesse grupo avançou de 18,8% no primeiro trimestre de 2020 para 20,9% no segundo trimestre de 2021. Essa parcela era de 16,2% no primeiro trimestre de 2018 e de 17,7% primeiro trimestre de 2019. A participação de quem tem ensino médio (completo ou incompleto), por sua vez, passou de 36,7% para 38,2%, considerando a mesma base de comparação. Neste caso os números também eram menores anteriormente: 34,4% (primeiro trimestre de 2018) e 35,6% (primeiro trimestre de 2019). O trabalho usa como base os microdados da Pnad Contínua do IBGE. (Valor Econômico – 25.10.2021)

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4 Focus: mercado reduz projeções para 2021 e 2022

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 voltou a cair, de 5,01% para 4,97%, no Relatório Focus, do BC, divulgado nesta segunda-feira (25) com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2022, o ponto-médio das expectativas para a expansão do PIB foi reduzido de 1,50% para 1,40%. Para o dólar no fim de 2021, a mediana das estimativas para o dólar foi elevada de R$ 5,25 para R$ 5,45. Para 2022, o ponto-médio das projeções também subiu, dos mesmos R$ 5,25 em que estava na semana anterior, para R$ 5,45. A mediana das projeções para o IPCA em 2021 subiu pela 29ª semana consecutiva, agora de 8,69% para 8,96%. Para 2022, subiu pela 14ª semana seguida, de 4,18% para 4,40%. Para a taxa básica de juros Selic, o ponto-médio das expectativas também subiu, de 8,25% para 8,75% no fim de 2021 e de 8,75% para 9,50% no de 2022. (Valor Econômico – 25.10.2021)

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5 Como o Copom vai reagir à crise fiscal?

O mercado financeiro espera que o Copom do Banco Central, que se reúne nos próximos dois dias, reaja com firmeza à crise fiscal causada pelo drible patrocinado pelo governo no teto de gastos. Será que a ação será à altura das expectativas? É bem provável que o Banco Central procure se distanciar do barulho político em torno do mais forte ataque ocorrido, até aqui, à âncora fiscal. O caminho é tomar a política fiscal como um fator exógeno que afeta a inflação, fora do controle do BC, como se fosse uma geada que leva à quebra da safra agrícola. Em termos práticos, o Copom deverá quantificar, nos seus modelos, o impacto direto do choque na inflação. Depois, verificar se, depois de tudo o que aconteceu, cresceram as chances de a inflação superar o previsto. Por fim, dosar o remédio dos juros para trazer a inflação para a meta. Ainda assim, não será nada fácil, porque terá que julgar o estado atual da política fiscal. (Valor Econômico – 25.10.2021)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 22 sendo negociado a R$ 5,6282 com variação de -0,92% em relação ao início do dia. Hoje (25), começou sendo negociado a R$ 5,6566, com variação de +0,50% em relação ao fechamento do dia útil anterior. Às 11h16 de hoje, estava sendo negociado pelo valor de R$ 5,6101, variando -0,82% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 22.10.2021 e 25.10.2021)

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Biblioteca Virtual

1 DUTRA, Luciano. “Empreendimento e sustentabilidade: uma análise sobre a importância do compromisso com o meio ambiente”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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