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IFE: nº 5.390 - 03 de dezembro de 2021
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: Observatório de Mobilidade Elétrica Nº 3
2 GESEL na revista Engenharia: hidrogênio e o transporte rodoviário
3 Aneel aprova alterações nos procedimentos de regulação tarifária
4 Aneel conclui privatização da CEEE-T pela CPFL Cone Sul em cerimônia em São Paulo (SP)
5 CCEE defende medidas de segurança e abertura do mercado durante encontro com representantes do setor elétrico

Transição Energética
1 Transição energética no Brasil depende de descentralização do planejamento, aponta estudo
2 Fatores que influenciam o envolvimento do consumidor na entrega da transição energética

3 Alupar obtém licença de instalação para ativo leiloado em 2014
4 CPFL Soluções fecha venda de I-RECs para Ascenty
5 EIA: energia hidrelétrica da Califórnia vs seca
6 PPL Corp. divulga relatório de avaliação climática
7 NYSERDA finaliza contratos para projetos de energia renovável
8 Governo catalão executa o decreto das energias renováveis com o apoio dos comuns
9 O que são soluções baseadas na natureza e como podem ser aproveitadas para enfrentar as mudanças climáticas?

Empresas
1 Eletrobras e Petrobras recebem certificação IG-Sest Nível 1
2 Energisa compra Geogroup Paranaíta Transmissora por R$ 100,7 mi
3 Renova conclui venda da Brasil PCH
4 Taesa vai distribuir R$ 523 mi aos acionistas em dividendos e JCP
5 2W Energia conclui captação de R$ 400 mi em debêntures
6 Neoenergia inaugura centro de operações de transmissão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Custo de segurança energética em 2021 é de R$ 24,3 bi, aponta CCEE
2 Níveis no Sul recuam e chegam a 52,7%
3 AES Brasil finaliza energização da LT e da subestação do Complexo Eólico Tucano

4 Espanha: 7% da demanda de eletricidade em 2025 será coberta com autoconsumo

Mobilidade Elétrica
1 Peugeot promete dobrar participação de VEs e avançar com a eletrificação no Brasil
2 Nissan mostra carro elétrico com recarga bidirecional no Brasil
3 Toyota faz parceria com a BYD para lançar VE com preço popular
4 Toyota: Metas relacionadas aos veículos de zero emissão na Europa

Inovação
1 Total Eren estuda um grande projeto verde de H2 com 10 GW de vento no Chile
2 Omã espera US $ 34 bi em investimentos em hidrogênio verde até 2040
3 Van der Valk Solar Systems: sistemas de montagem universal para qualquer tipo de telhado ou painel

Energias Renováveis
1 Energia solar fotovoltaica e a isenção do ICMS: equilíbrio econômico-financeiro e a segurança jurídica
2 Regras para usinas híbridas tornam eólica e solar mais competitivas
3 Com investimento de R$ 110 mi, RN ganhará oito usinas de energia solar
4 Unidades do Complexo Chafariz podem iniciar operação

5 Solar Americas próxima de iniciar obras de primeiros ativos
6 Brasil está avançando na energia eólica
7 Colômbia busca energia eólica offshore
8 Vietnã tem como meta 75 por cento de energia renovável até 2045

Gás e Termelétricas
1 Aneel revisa CVU da UTE Araucária e UTE Cuiabá
2 Geração térmica em dezembro ficará limitada a 15 mil MW médios

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 CCEE prevê antecipar segunda metade de estudo de abertura
2 Tendência é de que o consumo de energia no mercado livre fique mais elevado
3 CCEE vai propor mudanças na formação de preços de energia até junho de 2022


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: Observatório de Mobilidade Elétrica Nº 3

O GESEL está disponibilizando o relatório “Observatório de Mobilidade Elétrica no 3”, relativo a novembro de 2021. O Observatório busca contribuir com a sistematização e divulgação do conhecimento, através da identificação de melhores práticas, lacunas, desafios e perspectivas para a trajetória de uma mobilidade de baixo carbono nos âmbitos nacional e internacional. Acesse: http://www.gesel.ie.ufrj.br/app/webroot/files/publications/26_rob_me_03.pdf (GESEL-IE-UFRJ - 03.12.2021)

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2 GESEL na revista Engenharia: hidrogênio e o transporte rodoviário

O coordenador do GESEL, Prof. Nivalde de Castro, concedeu entrevista à revista Engenharia, em reportagem sobre a descarbonização do transporte rodoviário. Castro comentou a utilização do hidrogênio nos transportes. Segundo ele, “olhando até 2050, com certeza, [prevalecerão] os veículos à bateria. Mas, depois de 2050, certamente vai entrar o hidrogênio verde. Por que não se faz isso hoje? Porque não tem hidrogênio suficiente ainda, mas tem lítio”. Explicando que o hidrogênio impactará principalmente o transporte marítimo e rodoviário, Castro afirma ainda que “o hidrogênio que vai prevalecer é o verde, extraído a partir de energia renovável. Ele pode ser, inclusive, um substituto do diesel - ele tem um poder energético maior do que o diesel”. Para ler a íntegra da reportagem (a partir da página 40), acesso o site da revista, aqui: https://www.institutodeengenharia.org.br/site/2021/12/02/edicao-648/ (GESEL-IE-UFRJ – 03.12.2021)

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3 Aneel aprova alterações nos procedimentos de regulação tarifária

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na última terça-feira (30/11), alterações nos Procedimentos de Regulação Tarifária (Proret). A medida visa aprimorar a regulamentação da Conta de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA), da sobrecontratação de energia e exposição ao Mercado de Curto Prazo (MCP), dos demais componentes financeiros e das regras de repasse dos preços dos contratos de compra de energia. Na data, a Aneel também decidiu instaurar uma consulta pública para discutir a proposta de apuração dos efeitos tarifários dos produtos mensais e plurianuais do Mecanismo de Venda de Excedentes (MVE). A consulta ficará aberta até o dia 31/01/2022 e os interessados devem enviar contribuições por e-mail. (Brasil Energia – 02.12.2021)

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4 Aneel conclui privatização da CEEE-T pela CPFL Cone Sul em cerimônia em São Paulo (SP)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) assinou nesta quinta-feira (2/12), em São Paulo (SP), o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão nº 4/2021, que formaliza a transferência de controle societário da Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T) para a CPFL Comercialização de Energia Cone Sul Ltda. Participaram da solenidade de assinatura o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, e o presidente da CPFL, Gustavo Estrella. O leilão de privatização da CEEE-T foi realizado em 16/7/2021, em São Paulo, com proposta de R$ 2,67 bilhões apresentada pela CPFL. O controle da transmissora era anteriormente detido pela Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações (CEEE-Par). Além da operação das subestações e de mais de 5 mil km de linhas em operação, a transferência também contempla o contrato assinado em 31/3/2021, e atualmente em implantação, com previsão de R$ 192 milhões em novos investimentos e geração de 550 empregos diretos. A anuência prévia para a troca de controle foi concedida pela Aneel em 30 de setembro deste ano, por meio do Despacho nº 3.043. (Aneel – 02.12.2021)

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5 CCEE defende medidas de segurança e abertura do mercado durante encontro com representantes do setor elétrico

Durante participação no 13º Encontro Anual do Mercado Livre, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE defendeu iniciativas que podem garantir mais segurança no processo de abertura do ambiente de contratação livre, onde consumidores podem buscar energia elétrica sob demanda e mais barata diretamente de geradores e comercializadoras. Representaram a CCEE os conselheiros Marcelo Loureiro, que está à frente do tema Abertura de Mercado na organização, e Roseane Santos, que trata de Segurança de Mercado. O evento foi realizado entre 25 e 27 de novembro, na Bahia, reunindo os principais nomes do setor elétrico brasileiro, incluindo autoridades das instituições que regem o setor e dos agentes. Confira a apresentação sobre Segurança. Nos dois primeiros debates sobre perspectivas para o mercado livre em 2022 e evolução na segurança de mercado, a conselheira Roseane comentou sobre o avanço em propostas já apresentadas pela CCEE. Além das três notas técnicas já encaminhadas (Critérios para participação no mercado; Garantias Financeiras para o MVE; e Evolução no Monitoramento), foi destacada a concepção de uma quarta proposta tratando sobre Garantias Financeiras, que será concluída até o fim do ano. (CCEE – 02.12.2021)

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Transição Energética

1 Transição energética no Brasil depende de descentralização do planejamento, aponta estudo

Um estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública e do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto de Energia da Universidade de Durham, do Reino Unido, mostrou que para haver uma transformação relevante do setor energético do Brasil seria necessário a integração de diferentes níveis de governança local e regional, assim como levar em consideração os conflitos de demandas entre diferentes setores. A pesquisa foi publicada na revista “Energy Research & Social Science” com dados públicos do setor energético do estado de São Paulo e do Brasil da base de dados de 1980 a 2019 e mostrou que o planejamento e regulação do setor energético do país é centralizado no governo federal e que as políticas públicas de transição energética precisam ser intersetoriais. A análise considerou os indicadores de consumo de energia, emissão de gases do efeito estufa por consumo de combustíveis, geração de energia renovável e frota de veículos do estado. Com isso, o estudo discutiu o papel e a influência de políticas públicas nessas transições energéticas a um nível local e nacional e mostrou que a matriz energética de São Paulo figura como uma das mais limpas do mundo, com destaque para hidrelétricas e derivados da cana-de-açúcar. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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2 Fatores que influenciam o envolvimento do consumidor na entrega da transição energética

“Como o envolvimento do consumidor ajuda as concessionárias a enfrentar os desafios do mercado de energia em um cenário cada vez mais digital, especialmente à medida que recursos de energia mais distribuídos são integrados, o que representa enormes desafios para as operações das concessionárias?” Esta pergunta foi respondida durante um painel de discussão realizado na Enlit Europe em Milão, onde Annelies Delnooz, gerente de projeto de tecnologia de energia na instituição de pesquisa VITO, explicou o papel do envolvimento do consumidor em um mundo de energia descentralizado e como pode garantir que os mercados de energia funcionem de forma eficaz e gerar benefícios para concessionárias e consumidores. De acordo com Delnooz, para que os consumidores se envolvam e participem do desenvolvimento de sistemas de energia resilientes preparados para o futuro, as concessionárias precisam implementar infraestrutura, tecnologias, elementos e um ambiente seguro para a adesão do consumidor. (Power Grid – 02.12.2021)

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3 Alupar obtém licença de instalação para ativo leiloado em 2014

A Alupar recebeu na última terça-feira, 30 de novembro, a Licença de Instalação nº 2693 expedida pela Cetesb. O documento possibilita o início da implantação da subestação Manoel da Nóbrega de 230/88 kV. A subsidiária ELTE é responsável por implementar o lote C, do Leilão de Transmissão nº 001/2014, realizado em 09 de maio de 2014. As instalações de transmissão são compostas por subestação Manoel da Nóbrega 230/88 kV, Linha de Transmissão 230 kV Henry Borden, Manoel da Nóbrega, com 40 km de extensão, Subestação Domênico Rangoni 345/138 kV, Seccionamentos da Linha de Transmissão 345kV Tijuco Preto – Baixada Santista, com 18 km de extensão e da Linha de Transmissão 138 kV Vicente Carvalho – Bertioga II, com 3 km de extensão. De acordo com comunicado da empresa, a energização deste sistema de transmissão está prevista para janeiro de 2024 e sua operação irá reforçar as redes das distribuidoras, além de atender o aumento da demanda de energia elétrica da região da baixada santista, composta por nove municípios. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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4 CPFL Soluções fecha venda de I-RECs para Ascenty

A CPFL Soluções fechou a venda de Certificados Internacionais de Energia Renovável (I-REC) com volume total de 368.018 para a Ascenty, empresa de infraestrutura de Data Centers. Os certificados atenderão as unidades de Hortolândia, Sumaré, Vinhedo, Osasco, Rio de Janeiro, Jundiaí, Maracanaú, Campinas e Paulínia. A certificação atesta que a energia utilizada em suas unidades, de janeiro a dezembro de 2020, é limpa e rastreável, proveniente de fonte renovável. O I-REC é uma das opções oferecidas pela CPFL Soluções, em parceria com o Instituto Totum e International REC Standard. Cada certificado equivale a 1MWh de energia renovável consumida e é possível adquirir certificados na mesma quantidade de energia que a empresa consome. “Nosso objetivo é oferecer as melhores soluções de baixo carbono para os clientes que querem participar da transição energética para uma matriz mais limpa”, diz Flávio Souza, diretor comercial da CPFL Soluções. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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5 EIA: energia hidrelétrica da Califórnia vs seca

Apesar das condições de seca intensa e generalizada, as usinas hidrelétricas do California Independent System Operator (CAISO), a operadora de rede da maior parte do estado dos EUA, forneceram uma quantidade significativa de geração de abril a setembro de 2021. Embora as condições de seca tenham reduzido o abastecimento de água em Califórnia, a geração hidrelétrica durante este período ainda aumentou em resposta aos preços médios de eletricidade mais altos no final da tarde, relata a Administração de Informações de Energia dos Estados Unidos (EIA). Até agora, em 2021, a geração mensal de usinas hidrelétricas na Califórnia esteve perto do fim de sua faixa de 10 anos. Para maximizar a receita, as usinas hidrelétricas devem concentrar sua geração nas horas do dia em que a demanda de eletricidade - e, portanto, os preços - são maiores, normalmente entre 18h e 21h, de acordo com o EIA. (Energy Global - 02.12.2021)

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6 PPL Corp. divulga relatório de avaliação climática

A PPL Corp. divulgou seu Relatório de Avaliação do Clima atualizado, que examina os riscos e oportunidades associados às mudanças climáticas, entre outros fatores. Especificamente, o relatório avalia as emissões futuras potenciais e o mix de geração usando análise de cenário e descreve a estratégia e as metas da empresa para permitir uma transição responsável para um futuro com energia mais limpa. A empresa estabeleceu a meta de atingir emissões líquidas de carbono zero até 2050, com metas provisórias de redução de 80% até 2040 e 70% até 2035. Por meio dessa análise, a PPL projeta que está no caminho para atingir suas metas provisórias. Este é o primeiro relatório de avaliação do clima da PPL desde 2017. Desde então, a empresa tomou várias medidas para avançar em suas reduções de emissões e estratégia geral de transição para energia limpa. Isso incluiu a aposentadoria de plantas fósseis envelhecidas e o avanço da aposentadoria planejada de outras. Além disso, a PPL também desenvolveu uma estratégia de energia limpa para descarbonizar sua geração e operações próprias, desenvolver tecnologia de rede inteligente e soluções de energia renovável para os clientes e investir em tecnologias de energia limpa. (Utility Dive – 02.12.2021)

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7 NYSERDA finaliza contratos para projetos de energia renovável

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, anunciou esta semana os contratos finalizados entre a Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Energético do Estado de Nova York (NYSERDA), a Clean Path New York LLC e a HQ Energy Services. Os projetos Clean Path NY e Champlain Hudson Power Express fornecerão energia renovável solar, eólica e hidrelétrica do interior do estado de Nova York e Canadá à cidade de Nova York. Esses contratos devem render até US $ 7,4 bilhões em benefícios gerais para o estado, incluindo as reduções de gases de efeito estufa e melhorias gerais da qualidade do ar, de acordo com a NYSERDA. Ao longo do caminho, eles também devem injetar US $ 8,2 bilhões em desenvolvimento econômico em Nova York. Ao todo, eles representarão os maiores projetos de transmissão de Nova York nos últimos 50 anos. “As apostas nunca foram tão altas para Nova York, à medida que enfrentamos os efeitos da mudança climática e da destruição econômica e ambiental que eventos climáticos extremos deixam para trás”, disse a governadora Kathy Hochul. (Utility Dive – 02.12.2021)


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8 Governo catalão executa o decreto das energias renováveis com o apoio dos comuns

O Governo conseguiu validar o decreto sobre energias renováveis, que foi ontem votado no plenário do Parlamento com os votos a favor dos membros do Executivo catalão (ERC e Juntas) e das comunas, mas com a oposição dos As unidades do PSC, os anticapitalistas e a direita, todos votaram contra a norma. Além disso, PSC-Units, Vox, Cs e PP pediram para processar o decreto como um projeto de lei, mas esta proposta foi rejeitada pelo hemiciclo, uma vez que a CUP votou contra, juntamente com ERC, Junts e commons, de acordo com Europa Press. A Ministra Regional da Ação Climática, Alimentação e Agenda Rural da Generalitat, Teresa Jordà, reconheceu que a Catalunha está atrasada na questão da transição energética, e acrescentou que quem pede para processá-la como um projeto de lei está errado porque, segundo ela, não há margem de dois anos para reagir. Jordà acrescentou que o decreto enfrenta um grande desafio uma vez que o Governo pretende “manter a velocidade de cruzeiro, atendendo à necessidade de produtos energéticos das empresas e dos cidadãos, e que há uma mudança drástica na produção de energia”. (Utility Dive – 02.12.2021)

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9 O que são soluções baseadas na natureza e como podem ser aproveitadas para enfrentar as mudanças climáticas?

Soluções baseadas na natureza referem-se a ações e políticas que protegem, gerenciam e restauram ecossistemas para enfrentar os desafios socioambientais. Pense nas soluções baseadas na natureza como um conceito abrangente que cobre uma ampla gama de abordagens relacionadas ao ecossistema, todas as quais abordam os desafios da sociedade. Essas abordagens podem ser classificadas em cinco categorias principais: abordagens de restauração de ecossistemas; abordagens relacionadas ao ecossistema de questões específicas; abordagens relacionadas à infraestrutura; abordagens de gestão baseadas em ecossistemas; e abordagens de proteção do ecossistema. Apesar do sucesso das soluções atuais baseadas na natureza, muito mais investimento é necessário para desbloquear seu potencial para enfrentar as mudanças climáticas. O que é necessário é uma revisão da política de práticas agrícolas e florestais para reparar, restaurar e regenerar a natureza e as comunidades. (World Economic Forum – 02.12.2021)

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Empresas

1 Eletrobras e Petrobras recebem certificação IG-Sest Nível 1

A Eletrobras e a Petrobras receberam a certificação do IG-SEST Nível 1, a classificação no melhor nível do indicador, no quinto ciclo da Certificação do Indicador de Governança da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, que demonstra o grau de excelência na área. No caso da Eletrobras, a certificação incluiu ainda as subsidiárias CGT Eletrosul e Eletronorte, que obtiveram Nível 2 de certificação. Neste quinto ano, 60 estatais foram avaliadas, sendo 45 de controle direto e 15 subsidiárias. Do total, 31 foram certificadas, sendo 16 no Nível 1 e 15 no Nível 2. A metodologia aplicada pelo IG-Sest é composta pelas seguintes dimensões: Governança – Conselhos e Diretoria, Transparência e Gerenciamento de Riscos e Controles. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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2 Energisa compra Geogroup Paranaíta Transmissora por R$ 100,7 mi

A Energisa e sua controlada direta Energisa Transmissão de Energia (ETE), informam que celebraram contrato com a Geogroup Holding Ltda. e PO do Brasil para aquisição de 100% das ações da Geogroup Paranaíta Transmissora de Energia por R$ 100,7 milhões. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que a SPE Paranaíta é detentora de uma subestação de 500/138 kV, 150 MVA, localizada na divisa dos Estados de Mato Grosso e Pará, e faz conexão com a Energisa Mato Grosso – Distribuidora de Energia S.A. A SPE Paranaíta possui uma receita anual permitida (RAP) de R$ 10.908.743,94, não possuindo dívidas de curto e longo prazo. (O Estado de São Paulo – 02.12.2021)

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3 Renova conclui venda da Brasil PCH

A Renova Energia concluiu a venda da Brasil PCH nos termos previstos no edital da referida UPI e no Plano de Recuperação Judicial do Grupo Renova. Com a transação, a companhia transferiu a totalidade das ações ordinárias, para os demais acionistas da Brasil PCH pelo valor de R$ 1,1 bilhão. Segundo comunicado da empresa, os recursos obtidos com a transação permitiram a liquidação antecipada do empréstimo na modalidade Debtor in Possession (DIP) por meio de uma cédula de crédito bancário estruturada pela Quadra Gestão de Recursos, conforme havia sido divulgado em Fato Relevante do dia 05 de março de 2021. Além da quitação do DIP, os recursos destinam-se à quitação de determinados credores concursais e extraconcursais, ao cumprimento de outras obrigações do Plano de Recuperação Judicial, às obras de conclusão do Complexo Eólico Alto Sertão III – Fase A e às demais atividades operacionais da companhia. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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4 Taesa vai distribuir R$ 523 mi aos acionistas em dividendos e JCP

A Taesa vai pagar R$ 523 milhões em dividendos aos seus acionistas, divididos em R$ 202,01 milhões na forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e R$ 320,9 milhões a título de dividendos intercalares. Segundo comunicado da empresa, apenas os investidores com posição comprada no dia 6 de dezembro de 2021 terão direito a receber o pagamento dos proventos da Taesa. As ações da empresa passam a ser negociadas “ex juros“, ou seja, sem direito aos dividendos e aos JCP a partir de 7 de dezembro de 2021. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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5 2W Energia conclui captação de R$ 400 mi em debêntures

A 2W Energia concluiu a captação de R$ 400 milhões em uma operação de emissão de debêntures para clientes da plataforma de gestão de fortunas do banco Credit Suisse e investidores institucionais. O prazo de vencimento é de quatro anos e serão convertidas em 15% das ações da companhia em um evento de liquidez, como o IPO. A taxa de juros da transação será de 100% das taxas médias diárias do DI, acrescidos de spread de 6,5% ao ano. Os recursos serão utilizados para a construção do segundo parque eólico da companhia, o Kairós, localizado no Ceará, que terá 261 MW de capacidade instalada e começará a operar em maio de 2023. O aporte será utilizado para que a empresa dê sequência ao seu plano de expansão de capacidade de geração. Aproximadamente R$ 150 milhões serão usados para expansão do seu canal de vendas e tecnologia. O objetivo é expandir a rede atual, para dois mil agentes em 2022, com o intuito de abarcar mais clientes, de diferentes regiões do território nacional, ao mercado livre de energia. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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6 Neoenergia inaugura centro de operações de transmissão

A Neoenergia inaugurou na última terça-feira (30/11) um centro de operação da transmissão em Campinas, após reforma e modernização tecnológica. O novo centro tem capacidade de monitorar 54 subestações, 5.127,6 km de linhas de distribuição e 6.131,4 km de circuitos de Rede Básica. A Neoenergia permite triplicar a capacidade de atuação do centro de operação com a participação em novos leilões de transmissão da Aneel. O centro de operação utiliza sistema de supervisão e controle (Scada) com alarmes inteligentes que permitem suporte a decisões em tempo real, permitindo localização de interferências e localização de falhas de forma automática. O local conta ainda com o conceito de interface homem máquina (IHM) de alta performance baseada em modelos utilizados na aviação, simulador para treinamento de habilidades técnicas e psicológicas e tecnologia remota telecomandada por voz. (Brasil Energia – 02.12.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Custo de segurança energética em 2021 é de R$ 24,3 bi, aponta CCEE

O custo do despacho por segurança energética deverá ser de R$ 24,3 bilhões no ano. Esse valor acrescenta R$ 39/MWh à conta do consumidor, ou cerca de 20% do encargo total do setor. Desse valor total R$ 21,8 bilhões são decorrentes do Encargo por Serviços do Sistema (ESS). O valor para o mês de setembro foi o mais alto até agora registrado pela CCEE, ficou em R$ 115/MWh e em outubro a perspectiva é de reduzir para R$ 105/MWh. Esse é o resultado de um valor de PLD menor com o despacho fora da ordem de mérito em vigor. A volatilidade verificada neste ano apresentou um comportamento atípico, na semana de 14 a 20 de agosto estava em R$ 3.044/MWh quando os reservatórios estavam com nível de cerca de 30%. No final de setembro, esse montante era de R$ 533/MWh, mas com armazenamento na ordem de 25% do total. Atualmente o PLD está na faixa de R$ 50 a R$ 60/MWh. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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2 Níveis no Sul recuam e chegam a 52,7%

Os reservatórios da região Sul operam com volume de 52,7%, de acordo com dados do ONS referentes ao último dia 1º de dezembro. Houve queda nos níveis de 1,1% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 10.493 MW mês, enquanto a ENA chega a 2.039 MW med, o mesmo que 4% da MLT. A usina de Salto Santiago está com 46,32% da capacidade. No SE/CO, os níveis subiram 0,1% e chegaram a 19,8%. A energia armazenada é de 40.244 MW mês, e a ENA do submercado é de 30.539 MW med, o equivalente a 63% da MLT. As usinas de Furnas e de Emborcação estão operando com volume de 21,51% e 13,92%, respectivamente. Na região Nordeste, os reservatórios operam com 38,2%, após alta de 0,3%. A energia armazenada na região é de 19.707 MW mês e a ENA é de 5.870 MW med, que corresponde a 61% da MLT. A usina de Sobradinho registra volume de 37,16%. O submercado Norte manteve os índices de 32,7% do dia anterior. A energia armazenada é de 4.959 MW mês e a ENA chegou a 8.798 MW med, o mesmo que 105% da MLT. O reservatório da UHE Tucuruí está com 30,2% da capacidade. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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3 AES Brasil finaliza energização da LT e da subestação do Complexo Eólico Tucano

AES Brasil terminou a energização do bay de conexão, de 45 km de linha de transmissão, e da subestação de 500kV do Complexo Eólico Tucano, localizado na Bahia, que será operado em parceria com a Unipar. O processo durou nove meses e agora a energia produzida pela planta poderá ser escoada e futuramente direcionada aos clientes. O Complexo Eólico Tucano nesta primeira fase contará com 52 aerogeradores de 115 m de altura e potência de até 6,2 MW. “Este processo marca mais uma fase importante desse projeto que terá capacidade instalada total de 582,8 MW”, afirma o diretor de Engenharia e Construção da AES Brasil, Rodrigo D’Elia. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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4 Espanha: 7% da demanda de eletricidade em 2025 será coberta com autoconsumo

Fática Cadahía da Haz Energía divulgou um dado baseado em dados da Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) muito esperançoso: “a penetração de curto prazo do autoconsumo será de 7% em 2025”. Para o palestrante “é muito interessante ver que essa potência se reflete em uma oferta real, em uma parte real da demanda. É um percentual muito significativo no curto prazo”. Falou também da trajetória que o autoconsumo tem percorrido nos últimos três anos: “uma evolução muito favorável desde 2019 com os novos regulamentos, que já deram um impulso ao autoconsumo em Espanha. Em 2020 foi seguida essa tendência, a o mesmo que temos este ano”. E com foco nas comunidades energéticas e no autoconsumo coletivo, e especificamente em 2020 e 2021, com os dados da própria Haz Energía, “a percentagem deste tipo de autoconsumo coletivo passou de 2 a 6%, o que indica que o interesse real por si mesmo -consumo existe". (Energías Renovables - 02.12.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Peugeot promete dobrar participação de VEs e avançar com a eletrificação no Brasil

A Peugeot esteve presente no Eletric Experience, um evento que tem como objetivo a promoção do uso de carros elétricos. Desde o início deste ano, com a consolidação da Stellantis, a Peugeot passou por uma fase de transformação, visando um novo posicionamento para a eletrificação no Brasil, permitindo que uma nova retomada de crescimento nas vendas começasse, dobrando sua participação no mercado em menos de um ano. Embora os ótimos resultados, a Peugeot pretende ir ainda mais longe, dobrando mais uma vez sua participação de mercado nos próximos 2 ou 3 anos. Para isso, investirá na diversificação da linha de veículos e na expansão de sua inserção nos setores onde se considera mais competitiva. O Head da Peugeot na América do Sul, Felipe Daemon, reforçou o compromisso de renovação da linha e, inclusive, garantiu que a marca da Stellantis está em uma fase nova, onde o país está mais integrado à sua estratégia global. Já em relação à ampliação do portfólio de carros elétricos, que já conta com os modelos Peugeot e-Expert e Peugeot e-208 GT, o executivo afirmou que a marca seguirá o movimento global e continuará seguindo com a eletrificação no Brasil. Inclusive, há dois lançamentos de carros elétricos no cronograma para o próximo ano. (Click Petróleo e Gás – 02.12.2021)

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2 Nissan mostra carro elétrico com recarga bidirecional no Brasil

Um DJ tocando seu equipamento de som em meio a um gramado. A cena seria comum se os dispositivos eletrônicos estivessem funcionando ligados a uma tomada da rede elétrica, mas no evento Electric Experience as músicas que entretêm o público saem de uma mesa profissional de DJ que recebe energia direto de um Nissan Leaf. O Nissan Leaf está no evento para mostrar sua capacidade única de recarga bidirecional, que permite "carregar" a energia de volta para a rede por meio da tecnologia V2G (vehicle-to-grid, do veículo para a rede), ou diretamente para aparelhos elétricos por meio da tecnologia V2X (vehicle-to-anything, do veículo para tudo). Assim, o veículo serve para armazenar e gerar energia como uma espécie de bateria sobre rodas. O veículo foi conectado a mesa de som por meio de um carregador bidirecional Quasar de 7,4 kW, fornecido pela EMB (Electric Mobility Brasil). (Inside EVs – 02.12.2021)

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3 Toyota faz parceria com a BYD para lançar VE com preço popular

A Toyota lançará um carro elétrico acessível na China em 2022. A notícia, que é uma surpresa, é fruto do acordo que a empresa japonesa assinou com a BYD, com a qual já havia iniciado uma parceria para o desenvolvimento conjunto de baterias que resultou na criação de um centro de P&D compartilhado. A agência Reuters informou que pessoas próximas acreditam que esse movimento representa uma espécie de ponto de virada para a Toyota na frente de eletrificação e crescimento na China. A possibilidade de alcançar os objetivos definidos seria encontrada na bateria de lâmina 'Blade' da BYD, que graças a uma química LFP e soluções racionais de montagem, permite reduzir consideravelmente os custos de produção. O carro deve custar menos de 200.000 yuan (pouco mais de 25.000 euros) e estará no meio do caminho entre carros elétricos premium como o Tesla Model Y ou o NIO ES6 e os novos carros elétricos super baratos que já abocanham uma boa parte do mercado na China. A decisão de aliar-se à BYD para este tipo de carro decorre de uma série de avaliações que a marca fez em anos de testes e comparações que levaram à conclusão de que os carros da marca chinesa são robustos, confiáveis e muito mais baratos que os próprios modelos da Toyota. O fato de a Toyota ter anunciado produzir um modelo com baterias LFP é um sinal claro da vontade de produzir VEs para as massas. (Inside EVs – 03.12.2021)

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4 Toyota: Metas relacionadas aos veículos de zero emissão na Europa

A Toyota anunciou ontem (02/12) que na Europa - pelo menos nos países da Europa Ocidental - só venderá carros de emissão zero a partir de 2035. De acordo com as intenções, em 2030 os carros com emissão zero já representarão 50% das vendas totais. Mas fique atento, estamos falando de emissões zero, não de carros elétricos. A marca japonesa, de fato, voltou a dizer que quer buscar a descarbonização da linha com uma abordagem holística, trabalhando em diversas tecnologias, como hidrogênio ou combustíveis alternativos. (Inside EVs – 03.12.2021)

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Inovação

1 Total Eren estuda um grande projeto verde de H2 com 10 GW de vento no Chile

A produtora independente de energia Total Eren, sediada em Paris, iniciou estudos para o desenvolvimento de um projeto de hidrogênio verde em grande escala no Chile. O projeto, que se chamará H2 Magallanes, envolve a adição de 10 GW de capacidade eólica para alimentar 8 GW de eletrolisadores e a construção de uma planta de dessalinização, uma instalação de produção de amônia e instalações portuárias para transportar a amônia verde para os mercados nacional e internacional. A meta da empresa é lançar o projeto em 2025 e ter o primeiro hidrogênio produzido até 2027. (Renewables Now - 02.12.2021)

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2 Omã espera US $ 34 bi em investimentos em hidrogênio verde até 2040

O plano de Omã de construir uma economia nacional de hidrogênio com capacidade de energia renovável de 30 GW deve envolver investimentos em projetos verdes de cerca de US $ 34 bilhões até 2040, disse o jornal Oman Daily Observer em Terça-feira, citando um oficial de alto nível. Como parte de sua estratégia de hidrogênio, Omã pretende expandir sua capacidade de energia verde para 1 GW até 2025 e atingir 10 GW até o final da década. A empresa estatal de petróleo e gás OQ desempenha um papel central no ambicioso plano. Nos últimos meses, a empresa se associou à Korea Gas Technology Corp (KOGAS-Tech) para estudar oportunidades de cooperação com hidrogênio verde no país árabe e fechou um acordo com um grupo de parceiros internacionais para explorar o desenvolvimento conjunto de um projeto para o produção de hidrogênio verde e até 1.000 toneladas de amônia verde por dia na Zona Franca de Salalah, no sul de Omã. (Renewables Now - 02.12.2021)

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3 Van der Valk Solar Systems: sistemas de montagem universal para qualquer tipo de telhado ou painel

Os painéis solares estão ficando maiores. Por isso, as empresas que fabricam sistemas de montagem tiveram que se adaptar. É o caso da Van der Valk Solar Systems , que desenvolveu o seu sistema de forma modular para que possam ser instalados facilmente painéis solares de 2.320 mm por 1.200 mm, tanto em telhados inclinados como planos. Em algumas configurações, é até possível usar painéis maiores. Ao calcular um projeto no painel ValkPVPlanner, qualquer tamanho de painel pode ser inserido. O resultado é uma lista de materiais para o sistema baseada nos cálculos efetuados que correspondem perfeitamente à escolha dos painéis. Os seus sistemas de montagem caracterizam-se pela ampla gama de aplicações, pela rapidez de montagem e pela elevada qualidade. Todos foram desenvolvidos de acordo com os regulamentos europeus. (Energías Renovables - 02.12.2021)

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Energias Renováveis

1 Energia solar fotovoltaica e a isenção do ICMS: equilíbrio econômico-financeiro e a segurança jurídica

Uma das formas de geração de energia que mais cresce no mundo, a solar fotovoltaica tem extraordinário potencial de expansão no Brasil, estimando-se que até 2030 esse sistema responderá por 10% de toda a demanda energética nacional. Contribuem para esse cenário promissor, além do baixo impacto ambiental e de se tratar de geração de energia a partir de fonte natural inesgotável, o contínuo amadurecimento da tecnologia – e correspondente redução dos preços de equipamentos – e as políticas de incentivo à adoção de fontes renováveis e tecnicamente mais limpas de energia. Porém, a geração solar fotovoltaica defronta-se com questões fiscais, sobretudo na forma da incidência do ICMS sobre a atividade, que reduz a remuneração do microgerador em até 30%. Isso significa um ônus financeiro na composição da tarifa, que é formada pelo custo de geração mais o preço do transporte – transmissão e distribuição – além dos encargos e tributos (federais, estaduais e municipais). (O Estado de São Paulo – 02.12.2021)

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2 Regras para usinas híbridas tornam eólica e solar mais competitivas

Os projetos de usinas eólica e solar vão ficar ainda mais competitivos com a nova regulamentação da Aneel para o funcionamento de centrais híbridas. Embora permita a combinação de várias fontes, incluindo hidrelétricas e termoelétricas, a regra beneficia sobretudo as energias renováveis, com o aumento da produtividade. Para cada 1 MW de energia eólica instalado é possível colocar até 35% de capacidade solar, segundo a desenvolvedora de projetos Casa dos Ventos. Isso porque as duas fontes são complementares. Enquanto o pico de produção da eólica é à noite, a solar gera durante o dia. Mas o parque eólico paga o uso do sistema de transmissão pela capacidade total. Com a regra, a inclusão de uma fonte solar, por exemplo, poderia ocupar parte da capacidade da rede durante o período de baixa geração da eólica. Além dos projetos novos, que já vão nascer híbridos, muitos parques em operação poderão instalar outras fontes em suas áreas. Só a Casa dos Ventos acredita que pode incrementar seus parques eólicos, de mais de 2,8 mil MW, com 650 MW de energia solar. (O Estado de São Paulo – 02.12.2021)

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3 Com investimento de R$ 110 mi, RN ganhará oito usinas de energia solar

O Rio Grande do Norte vai ganhar oito usinas de geração de energia solar. Com investimento de R$ 110 milhões, a empresa Atua Energia vai instalar unidades nos municípios de Assu, Acari, Caicó, Alto Rodrigues, Governador Dix-Sept Rosado, Baraúnas, Jucurutu e Apodi. Nesta primeira fase serão gerados 22 MW. De acordo com a empresa, a implantação vai gerar 320 empregos diretos nos próximos 24 meses. O governo do estado está agilizando os procedimentos de concessão de licenças ambientais e segurança jurídica. O projeto da Atua Energia vai atender a 500 clientes que possuem consumo de energia mensal em torno de R$ 10 mil. O projeto é destinado às médias, pequenas e microempresas no RN. (G1 – 02.12.2021)

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4 Unidades do Complexo Chafariz podem iniciar operação

A Aneel liberou nesta quinta-feira, 2 de dezembro, o início da operação comercial de unidades geradoras do complexo eólico Chafariz. Na EOL Chafariz 3, as unidades geradoras UG 6 a UG8, de 3,55 MW cada uma. Já na EOL Chafariz 4, o aval foi para as unidades UG 1 e UG2, de 3,45 MW cada uma. A eólica fica na cidade de Santa Luzia, no estado da Paraíba. Outra liberação para a operação comercial foi concedida para a UG8 e UG12 da EOL Ventos de Santa Martina 14, de 4,2 MW, nos municípios de Caiçara do Rio do Vento e Riachuelo, no estado do Rio Grande do Norte. Para testes, a Aneel liberou as unidades UG 6 a UG8, de 3,55 MW da EOL Filgueira I. A usina fica na cidade de Areia Branca (RN). Na Bahia, a cidade de Morro do Chapéu, a agência autorizou a operação em teste da UG 1 da EOL Ventos de Santa Esperança 15, da UG4 da EOL Ventos de Santa Esperança 16 e UG1 da Ventos de Santa Esperança 25. Todas as turbinas possuem 4,2 MW de capacidade. As eólicas pertencem a Enel Green Power. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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5 Solar Americas próxima de iniciar obras de primeiros ativos

A Solar Americas Capital deverá comemorar seu primeiro aniversário de existência com um marco importante, o início das obras de seus dois primeiros projetos solares. A empresa, criada no ano passado por dois brasileiros radicados no Reino Unido, tem planos ambiciosos ao passo de chegar a 2026 com um portfolio de 2 GW e investimentos da ordem de 1 bilhão de libras, ou algo próximo a R$ 7,5 bilhões, conforma a cotação da moeda britânica na data de hoje. Luiz Silva, cofundador e CEO EMEA da Solar Americas, disse em entrevista à Agência CanalEnergia que já há cerca de 500 MW em capacidade instalada em estágio avançado de negociação. Esse montante representa cerca de 25% do portfólio pretendido para o horizonte do planejamento inicial da empresa. Segundo ele, até o final de 2026 a empresa deverá ter esse volume em operação ou próximo de iniciar a geração. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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6 Brasil está avançando na energia eólica

O Brasil já é o sétimo país no ranking mundial em projetos de energia eólica - e está avançando ainda mais para aumentar suas instalações. A Acciona Energía assinou um acordo com a Casa dos Ventos, maior grupo investidor em energia renovável do Brasil, para a aquisição de dois projetos eólicos que estão atualmente em desenvolvimento no estado da Bahia. Enquanto isso, a Enel Green Power comissionou o parque eólico onshore Morro do Chapéu Sul 2 de 353 MW, também localizado no país sul-americano. No Brasil, a energia eólica já é a segunda maior fonte de energia elétrica, respondendo por 10% da produção. Até 2024, os especialistas preveem que o Brasil terá pelo menos 30 GW de projetos. Em junho deste ano, o Brasil ultrapassou 19 GW de capacidade instalada de energia eólica, com 726 parques eólicos e mais de 8.500 aerogeradores, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica. (REVE – 02.12.2021)

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7 Colômbia busca energia eólica offshore

Na 17ª conferência colombiana de distribuição de energia, o Ministro de Energia da Colômbia, Diego Mesa, disse que o país está avançando em seus planos para o desenvolvimento eólico offshore, com projetos de regulamentação quase prontos para comentários públicos. “Esperamos publicar rascunhos de regulamentos para comentários nas próximas semanas e implementá-los no próximo ano”, disse Mesa. “Vemos um grande potencial no Caribe e temos um importante apoio do Banco Mundial”, acrescentou. Em uma postagem recente no LinkedIn, Mesa disse que a principal política pública da Colômbia para o setor de energia é a transição energética. Ele lembrou que, nos últimos quatro anos, “o país está dando um grande salto na incorporação da energia solar e eólica, passando de menos de 0,2% para mais de 12%”. (REVE – 02.12.2021)

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8 Vietnã tem como meta 75 por cento de energia renovável até 2045

O Vietnã planeja que as energias renováveis respondam por 75% da capacidade nacional de produção de energia e 70% da produção real até 2045 de acordo com seus compromissos da COP 26. As metas foram definidas como parte da transição do país para energia limpa depois que o Primeiro-Ministro Pham Minh Chinh se comprometeu a atingir emissões líquidas zero até 2050 na COP 26 no mês passado. Tran Van Tung, vice-ministro da Ciência e Tecnologia, observou que o Vietnã tem um grande potencial para o desenvolvimento de energia renovável com cerca de 217 gigawatts de energia eólica onshore, 160 gigawatts de energia eólica offshore e 434 gigawatts de energia solar. “O Vietnã precisa impulsionar o investimento em tecnologias novas e verdes e dedicar recursos para desenvolvê-las com as devidas transferências de tecnologia”, disse Tung. (REVE – 02.12.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Aneel revisa CVU da UTE Araucária e UTE Cuiabá

A superintendência de regulação dos serviços de geração da Aneel decidiu dar provimento parcial à solicitação da UEG Araucária para revisão do CVU da UTE Araucária e determinar que a até 31 de dezembro de 2021 o ONS aplique o CVU no valor de R$ 2.084,34/MWh. A CCEE deverá utilizar para fins de contabilização da geração verificada no período de 6 de novembro de 2021 até 15 de novembro de 2021, o CVU no valor de R$ 1.990,96/MWh. A Agência também decidiu dar provimento parcial à solicitação da Âmbar Energia para revisão do CVU UTE Cuiabá no valor de R$ 2.188,30/MWh. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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2 Geração térmica em dezembro ficará limitada a 15 mil MW médios

O CMSE vai manter as medidas excepcionais para o atendimento à carga e a garantia do atendimento em 2022. A geração termelétrica estará, no entanto, limitada a 15 mil MW médios ao longo do mês de dezembro. A prioridade é para o despacho de usinas mais baratas, de acordo com a necessidade, enquanto se espera a recuperação do armazenamento dos principais reservatórios, durante a estação chuvosa. O Comitê também estabeleceu limite para o custo de contratação de energia térmica adicional de agentes abrangidos pela Portaria 17, publicada em julho pelo MME. O ato do MME prevê ofertas provenientes de UTEs com CVU nulo, com contratos de energia elétrica nos ambientes regulado e livre. E ofertas de usina enquadrada como cogeração qualificada, desde que não seja empreendimento de mini e microgeração distribuída. Segundo nota do MME, foram aprovadas propostas limitadas a valores de até R$ 1.000,00/MWh para os subsistemas SE/CO e Sul, não sendo aceitas ofertas acima desse valor ou em outros subsistemas. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 CCEE prevê antecipar segunda metade de estudo de abertura

A CCEE admite que poderá antecipar a entrega da segunda metade do estudo para a abertura do mercado livre. A estimativa é de que ainda em dezembro ou na primeira metade de janeiro, a entidade apresente sua proposta de cronograma ao MME. O prazo oficial para essa etapa é 31 de janeiro de 2022 e a expectativa do governo é a de colocar esse tema em consulta pública até o final do primeiro trimestre do ano que vem. O presidente do Conselho de Administração, Rui Altieri Silva, preferiu não apontar qual deverá ser a proposta de cronograma da câmara. Citou que essa ação deverá seguir as premissas que a entidade vem defendendo, que a abertura seja feita de forma contínua, gradual e organizada. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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2 Tendência é de que o consumo de energia no mercado livre fique mais elevado

Segundo a CCEE, a média mensal de migrações neste ano está na casa de 133 unidades contra 145 do ano passado. Contudo, destacou, o potencial é bem maior, lembrando de um estudo recente da câmara que aponta o potencial de 69 mil unidades consumidoras que já poderiam estar no ACL com as regras atuais. Volume esse que alcançaria 106 mil unidades caso a alta tensão migrasse, ou 46% do mercado, e excluindo os consumidores residenciais, seriam mais 11,3 milhões de unidades na baixa tensão, ou 59,1% do consumo de energia. A tendência é de que o consumo de energia no mercado livre fique mais elevado até mesmo na comparação com o ano de 2019, portanto, antes dos efeitos da pandemia. “O ano de 2020 apresentou retração de 1,5% e em 2021, até outubro, com os dados contabilizados que dispomos, há um crescimento de 3,9% e comparado a 2019 o crescimento é de 2,3%”, apontou. Somente o mercado livre apresentou 14% em 2020 e em relação a 2019 a expansão é de 16,3% por conta da migração para o ACL e pela retomada de forma ágil dos segmentos industriais que atuam com o mercado externo. (CanalEnergia – 02.12.2021)

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3 CCEE vai propor mudanças na formação de preços de energia até junho de 2022

A CCEE prevê apresentar, na primeira metade de 2022, propostas de mudanças na formação dos preços de energia elétrica no mercado de curto prazo, o PLD, com o objetivo de começar a corrigir distorções observadas entre os preços e a realidade da operação do sistema elétrico. A ideia é que esse conjunto de medidas seja debatido no âmbito da Comissão Permanente para Análise de Metolodogias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (Cpamp) e em consulta pública até 31 de julho, para que possa entrar em vigor a partir de 2023. Segundo o presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri, as medidas em estudo são de curto prazo e não vão resolver totalmente o problema do PLD. Altieri lembrou que algumas mudanças já foram aprovadas neste ano e passarão a ser incorporadas no PMO de janeiro de 2022. Segundo ele, a atualização do volume mínimo operativo dos reservatórios nos modelos computacionais tenderá a elevar a aversão a risco e, por consequência, o PLD. Conforme o executivo, soluções definitivas para o PLD, como uma eventual migração para um modelo de formação de preços por oferta, demandarão estudos aprofundados e só serão alcançadas no médio prazo. (Folha de São Paulo – 02.12.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, João Pedro Gomes, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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