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IFE: nº 5.418 - 27 de janeiro de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Transição Energética
1 EUA: Congresso recebe pedidos de empresas de energia limpa para aprovação da Lei Build Back Better
2 EUA: Senadores posicionam-se sobre avanço na aprovação de créditos fiscais de energia limpa

3 DOE anuncia novas iniciativas para a aceleração do aumento da energia solar comunitária
4 DOE financiará pesquisa de ponta em energia das ondas para uma rede livre de carbono
5 FERC prioriza atualização das regras de transmissão para atender à transição energética
6 A política climática é a nova política monetária para as finanças verdes

Empresas
1 Anatel analisa denúncia contra projeto piloto da Enel SP
2 PotencializEE abre edital para 90 projetos de eficiência energética em SP
3 BTG Pactual: Potencial incorporação de ativos da State Grid pela CPFL seria transformacional
4 EGP bate recordes de geração e aposta em baterias
5 GEL Engenharia quer ampliar atuação no setor elétrico em 2022

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Dcide: Período úmido acima do esperado ajuda na trajetória de queda do preço da energia
2 ONS: Reservatórios do Norte apontam recuo de 0,2 p.p após período de crescimento

Mobilidade Elétrica
1 Ricardo Gondo/Renault: Opções elétricas no Brasil
2 Raízen investe em estações de recarga no Brasil
3 Tesla anuncia lucro recorde
4 GM vai investir mais de R$ 35 bil em VEs até 2024

5 Bentley anuncia que será 100% elétrica até 2030

Energias Renováveis
1 Governo define regras para instalação de parques de energia eólica offshore
2 Decreto que orienta energia eólica offshore é bem recebido pelo setor
3 Decreto deve acelerar projetos eólicos offshore que já somam 40 GW de potência
4 Aneel autoriza 45,6 MW de energia eólica para operação em teste

5 Sicredi capta R$ 550 mi para crédito a energia solar e eficiência energética
6 Projeto de usinas hidrelétricas na Amazônia avança após 10 anos
7 Copel almeja energias renováveis e programa participação em leilões de transmissão
8 GWEC abre inscrições para o Women in Wind 2022

Gás e Termelétricas
1 Nota de esclarecimento sobre a geração da UTE Porto do Sergipe
2 UTE Norte Fluminense tem CVU revisado pela Aneel

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Abraceel: Nova ferramenta compara custo da energia à realidade da operação


 

 

Transição Energética

1 EUA: Congresso recebe pedidos de empresas de energia limpa para aprovação da Lei Build Back Better

Mais de 260 empresas do setor de energia limpa enviaram uma carta aos líderes do Congresso instando-os a agir sobre o Build Back Better Act (BBBA). “Cada mês de atraso significa cerca de US$ 2 bilhões em atividade econômica perdida. Isso significa oportunidades econômicas perdidas em comunidades de transição energética. Isso significa menos empregos nas usinas domésticas que produzem aço para projetos de energia solar e eólica. E isso significa um atraso na construção da base de fabricação e força de trabalho americanas em uma potência global de energia limpa”, escreveram representantes de empresas de energia limpa ao líder da maioria no Senado Chuck Schumer (D-NY) e à presidente da Câmara Nancy Pelosi (D-CA). Entre aqueles que o assinaram estão SunRun, Avangrid, NextEra Energy, Orsted, Alliant Energy e Xcel Energy, para citar apenas alguns. “Como líderes no setor de energia limpa, estamos prontos para empregar dezenas de bilhões de dólares para expandir nossa capacidade de fabricação doméstica e empregar trabalhadores americanos para construir equipamentos e projetos para impulsionar nossa transição de energia limpa”, acrescentaram. (Daily Energy Insider – 26.01.2022)

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2 EUA: Senadores posicionam-se sobre avanço na aprovação de créditos fiscais de energia limpa

Estender os créditos fiscais de energia limpa separados do projeto de lei Build Back Better, que parou no Senado no final de 2021, pode ser um "componente-chave" para alcançar as metas climáticas, disse a senadora Tina Smith, D-Minn, a uma multidão virtual em um evento da Associação das Indústrias de Energia Solar terça-feira. Sem uma extensão, o crédito fiscal de produção eólica expirará no final deste ano, enquanto o crédito fiscal solar começará a diminuir gradualmente. Como resultado, especialistas do setor concordaram que os preços aumentariam para o desenvolvimento de energias renováveis . "Pode não ser chamado de 'Reconstruir Melhor', mas há um caminho a seguir, particularmente nas disposições climáticas", disse Smith, acrescentando que o senador Joe Manchin, DW.Va., não se opôs a essas peças. (Utility Dive – 26.01.2022)

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3 DOE anuncia novas iniciativas para a aceleração do aumento da energia solar comunitária

Na Cúpula Anual da National Community Solar Partnership (NCSP) de hoje (25 de janeiro), o Departamento de Energia dos EUA (DOE) anunciou várias novas iniciativas para desbloquear as barreiras à implantação da energia solar comunitária. Juntas, essas iniciativas ajudarão a atingir a meta do NCSP de permitir que a energia solar comunitária abasteça o equivalente a 5 milhões de residências e gere US$ 1 bilhão em economia na conta de energia até 2025. "Ao atingir as metas do governo, todas as comunidades merecem se beneficiar da transição de energia limpa", disse Kelly Speakes-Backman, vice-secretária adjunta principal do Escritório de Eficiência Energética e Energia Renovável do DOE. “A energia solar comunitária é um elemento essencial para expandir o acesso acessível à energia solar, permitindo que todos compartilhem os benefícios da energia limpa, independentemente de suas casas suportarem painéis solares no telhado”, acrescentou a mesma. (EE Online – 26.01.2022)

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4 DOE financiará pesquisa de ponta em energia das ondas para uma rede livre de carbono

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) anunciou hoje (25 de janeiro) US$ 25 milhões em financiamento para apoiar o aumento da pesquisa, desenvolvimento e demonstração de tecnologias que aproveitam a energia das ondas para gerar eletricidade. O financiamento apoia oito projetos que comporão a primeira rodada de testes em águas abertas no local de testes PacWave South ao largo da costa do Oregon. Esses prêmios fortalecerão as tecnologias de energia das ondas para acelerar sua viabilidade comercial e implantá-las em escala para ajudar a descarbonizar a rede e alcançar a meta do presidente Biden de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050. "Aproveitar o poder implacável do oceano é uma maneira limpa, inovadora e sustentável de reduzir a poluição por carbono, beneficiando empresas e famílias americanas, especialmente as comunidades costeiras mais atingidas pelos impactos das mudanças climáticas", disse a secretária de Energia dos EUA, Jennifer M. Granholm. (EE Online – 26.01.2022)

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5 FERC prioriza atualização das regras de transmissão para atender à transição energética

A Federal Energy Regulatory Commission (FERC) continua a alinhar suas regras e regulamentos com a transição energética, com a reforma da transmissão como prioridade máxima, disse a comissária da FERC, Allison Clements na terça-feira durante um webinar organizado pela Resources for the Future. As outras principais prioridades da FERC são atualizar a forma como a agência analisa as propostas de gasodutos e fortalecer a rede elétrica para resistir aos efeitos das mudanças climáticas, de acordo com Clements. Ela também está focada em garantir que a transição energética afete as pessoas de forma justa. "As decisões que tomamos... impactam cada vez mais as pessoas", disse Clements. "Quando você está tomando qualquer decisão, na minha opinião, levantar as questões de equidade para as pessoas precisa ser parte de como esta agência regula com sucesso." (Utility Dive – 26.01.2022)

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6 A política climática é a nova política monetária para as finanças verdes

Desde que o histórico Acordo de Paris foi assinado em 2015, um movimento crescente de investidores começou a questionar a ortodoxia do lucro acima de tudo do investimento tradicional. Muitos deles agora evitam essa abordagem, optando por investimentos sustentáveis, responsáveis e de impacto (SRI), que priorizam o bem-estar social e geram retornos financeiros. Investidores em todo o mundo estão começando a se preocupar com as mudanças climáticas, e o boom global nas emissões de títulos verdes – usados para financiar projetos favoráveis ao clima – é uma evidência disso. Embora os recursos de alguns títulos verdes financiem a inovação e a produção verdes, outros são cada vez mais usados para atividades de uso geral, ou mesmo de uso intensivo de carbono, inconsistentes com as reivindicações iniciais dos títulos. Muitas empresas até exageram ou falsificam seus compromissos ambientais para acessar o capital SRI – um fenômeno conhecido como “greenwashing”. (World Economic Forum – 26.01.2022)

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Empresas

1 Anatel analisa denúncia contra projeto piloto da Enel SP

A Agência Nacional de Telecomunicações vai investigar denúncia apresentada pela Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) contra o projeto piloto de compartilhamento de postes da Enel São Paulo, que está sendo executado pela operadora de redes neutras de fibra óptica Ufinet. A associação que representa pequenas e médias prestadoras de serviço pede providências contra uma suposta conduta anticompetitiva da empresa de telecom, que é controlada pela própria Enel. A Anatel informou que o caso apresentado pela Abrint terá tratamento sigiloso até sua completa apuração, conforme previsto na Lei Geral de Telecomunicações. No pedido, a entidade solicita a suspensão do projeto, para evitar, segundo ela, prejuízos maiores aos provedores. A Abrint questiona a proposta de ordenamento elaborada pela Ufinet em parceria com Enel, e diz que ela afeta os princípios de isonomia e da competitividade, o que pode acarretar conflitos com os provedores. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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2 PotencializEE abre edital para 90 projetos de eficiência energética em SP

O Programa Investimentos Transformadores em Eficiência Energética (PotencializEE) abriu licitação para contratar Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ESCOs) visando o apoio a até 90 projetos de eficiência energética em pequenas e médias indústrias do estado de São Paulo. As inscrições vão até 10 de fevereiro. O escopo da contratação de serviços inclui a apresentação de diagnósticos energéticos, levantamento de dados e oportunidades, elaboração de ações de eficientização, além da medição e verificação de economia com subsídios e apoio do Fundo Garantidor previsto pelo programa, com liberação de R$ 49 milhões para facilitar a obtenção de créditos. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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3 BTG Pactual: Potencial incorporação de ativos da State Grid pela CPFL seria transformacional

Uma potencial incorporação dos ativos de transmissão da State Grid no Brasil por sua controlada CPFL Energia seria uma operação "transformacional" para a elétrica listada na B3, avaliou o BTG Pactual. Por ora, não existe qualquer sinalização clara sobre quando ou se essa operação pode acontecer, mas ao avaliarem que a CPFL está com baixo nível de alavancagem, de 1,8 vez dívida líquida em relação ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), os analistas João Pimentel e Gisele Gushiken buscaram estimar o tamanho e o valor dos ativos de transmissão da chinesa no País. "Nós ainda não sabemos se essa transação vai acontecer, e mesmo que aconteça, não vemos isso acontecendo no curto prazo", disseram os profissionais em relatório, no qual justificam seus cálculos. (Broadcast Energia – 26.01.2022)

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4 EGP bate recordes de geração e aposta em baterias

Com mais de 5 GW implementados entre parques eólicos, solares e usinas hidráulicas e geotérmicas, incluindo pela primeira vez em seu portfólio 220 MW em armazenamento de baterias, a Enel Green Power bateu novo recorde de capacidade renovável construída em 2021. Os dados apresentados pela empresa mostram aumento de 2.014 MW ou 64,8% em relação ao ano anterior. Além disso, a EGP também alcançou a sua melhor marca em termos de geração de energia, atingindo aproximadamente 119 TWh. Deste total, 55,4 TWh foram de eólica e solar – 9 TWh a mais do que em 2020. Cerca de 57 TWh correspondem a hidrelétricas e 6 TWh de energia geotérmica. Também foi significativo o crescimento do pipeline de projetos em desenvolvimento, que alcançaram 370 GW, incluindo renováveis, Sistema de Armazenamento de Energia de Bateria (BESS) e capacidade já em execução. Atualmente a companhia administra cerca de 54 GW. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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5 GEL Engenharia quer ampliar atuação no setor elétrico em 2022

Com forte atuação na área de saneamento, a GEL Engenharia na última década também vem se destacando no setor elétrico. A construtora, que já atuou em empreendimentos como os complexos eólicos Alto Sertão II; Gameleiras e Assuruá, conseguiu seu primeiro contrato para a construção de uma PCH de 27 MW na cidade de Guarapuava (PR). Nilton de Paiva Cardoso Júnior, o CEO da companhia, se mostra animado com o setor eólico. Atualmente, a empresa está com quatro eólicas em construção: duas na Bahia e outras duas no Piauí. “Hoje nós estamos batendo a casa do 1,6 GW de parques construídos ou em construção de eólica. Estamos otimistas, temos vários orçamentos colocados e esperamos que consigamos sucesso em alguns deles”, explica. Infraestrutura, Óleo e Gás, Construção Civil e Mineração são as outras áreas de atuação da GEL. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Dcide: Período úmido acima do esperado ajuda na trajetória de queda do preço da energia

Os preços de referência para a energia continuam numa trajetória de queda tanto no curto como no médio prazo, diante da chuva acima do esperado no período úmido, refletindo na boa afluência que vem se consolidando e na recuperação dos reservatórios, segundo a consultoria para o setor elétrico Dcide. O índice trimestral de energia convencional compilado pela empresa passou de R$ 111,88 por megawatt-hora (MWh) para R$ 92,15 por MWh, uma queda de 17,64% em relação à semana anterior. Na base mensal, o preço registra queda de 50,78%, enquanto na comparação com igual período de 2021, o preço está 58,86% mais baixo. Já o preço de referência da energia incentivada 50% - que considera o valor do MWh produzido por usinas eólicas, fotovoltaicas, térmicas, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com desconto de 50% no fio - caiu 11,76% na comparação semanal, passando de R$ 163,98 por MWh para R$ 144,70 por MWh. Na comparação mensal, houve retração de 40,03%, enquanto em relação a igual período do ano anterior, o preço tem queda de 48,47%. (Broadcast Energia – 26.01.2022)

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2 ONS: Reservatórios do Norte apontam recuo de 0,2 p.p após período de crescimento

Os reservatórios da região Norte apresentaram recuo de 0,2 ponto percentual na última terça-feira, 25 de janeiro, segundo o boletim do ONS, e estão operando com 86,3% de sua capacidade. A energia armazenada está em 13.212 MW mês e ENA é de 34.306 MW med, equivalente a 229% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A UHE Tucuruí segue com 96,04%. O submercado SE/CO aumentou 0,1 p.p e está com 39,7% da capacidade. A energia armazenada mostra 81.273 MW mês e a ENA aparece com 51.200 MW med, o mesmo que 111% da MLT. Furnas marca 53,19% e a usina de Nova Ponte marca 26,81%. Os reservatórios do Nordeste apresentaram níveis estáveis e contam com 73,2%. A energia armazenada indica 37.862 MW mês e a energia natural afluente computa 21.978 med, correspondendo a 131% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 67,27%. A Região Sul contou com recuo de 0,6 p.p e está operando com 35,6% de sua capacidade. A energia retida é de 7.005 MW mês e ENA aponta 3.364 MW med, valor que corresponde a 34% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 36,18% e 37,72% respectivamente. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Ricardo Gondo/Renault: Opções elétricas no Brasil

Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil desde 2019, conversou com o Estadão sobre os desafios impostos pela pandemia e o futuro da indústria. Além disso, revelou que a marca lançou na quarta (26/01), no mercado brasileiro, uma versão 100% elétrica da van Master de olho no crescimento do setor de transporte de carga de última milha. De acordo com o executivo, “Como parte do plano de investimentos 2021/2022, lançamos o novo Zoe 100% elétrico e o novo (SUV) Captur com motor 1.3 turbo. Em 2022, já lançamos o novo Kwid, que tem mais tecnologia e ficou mais econômico. Nesta quarta-feira, vamos lançar a nova (van) Master, que, pelo oitavo ano consecutivo, foi líder de vendas do segmento. Ela tem motor 24% mais econômico que o anterior.” Ricardo ainda destaca que, “Com a Master elétrica, a Renault assume o protagonismo do setor no Brasil. Temos veículos para atender diferentes faixas do mercado. No setor de transporte de carga, onde já temos o Kangoo, passaremos a ter duas opções. Mas ainda não dá para oferecer um SUV elétrico. Seu preço ficaria muito fora da realidade do País.” A entrevista na íntegra pode ser acessada por este link. (CNN Brasil - 26.01.2022)

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2 Raízen investe em estações de recarga no Brasil

A Raízen anunciou nesta semana a participação da rodada de investimentos na Tupinambá Energia, startup criada em 2019 que desenvolve soluções de recarga. A joint venture nacional entre Shell e Cosan que foi fundada em 2011 e atua no setor de etanol, energia e distribuição de combustíveis, integrou a rodada de investimentos na startup voltada à mobilidade elétrica. Esse investimento tem como objetivo acelerar o desenvolvimento de infraestrutura de carregamento para VEs no Brasil, fortalecendo ainda mais o software e aplicativo criados pela Tupinambá e criando uma parceria complementar entre Raízen e a Startup, as quais passarão a oferecer soluções em conjunto ao mercado. Também fica em aberto a possibilidade da gigante do etanol converter o investimento em participação societária. O aplicativo para smartphones da Tupinambá reúne mais de mil pontos de recarga mapeados pelo país para facilitar a localização pelos proprietários de carros eletrificados. Esta nova parceria fará parte do portfólio de mobilidade elétrica da Raízen, que inclui o fornecimento de energia renovável e soluções de abastecimento elétrico para frotas de empresas, e o desenvolvimento de uma ampla rede de recarga rápida através do programa Shell Recharge, anunciado no final de 2021. A Raízen pretende integrar suas soluções de energia em um único ponto (one stop shop), ou seja, o cliente poderá abastecer tanto carros a combustão como elétricos e ter acesso a serviços relacionados no mesmo local. (Inside EVs - 27.01.2022)

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3 Tesla anuncia lucro recorde

A Tesla anunciou um lucro recorde de US$ 5,5 bilhões, com faturamento de US$ 53,8 bilhões, no ano passado. Foi um aumento expressivo em relação aos números de 2020. Com um modelo de negócios mais verticalizado e DNA digital, a companhia entregou resultados enquanto o resto da indústria sofria com a falta de chips e problemas de cadeia de suprimentos. O apelo dos VEs também ajudou a empresa. Além de ter largado na frente na eletrificação, a Tesla tem outra vantagem importante sobre as montadoras tradicionais. No relatório apresentado na tarde da quarta-feira (26/01), a empresa afirma que manufatura é sua “competência central e crítica”. A empresa fundada por Elon Musk tem a fábrica de carros mais eficiente dos EUA. Em meio à falta global de chips, que afetou toda a indústria, a Tesla aumentou sua produção em 83% em comparação com 2020. Apesar de navegar com sucesso a crise de abastecimento, a empresa anunciou que nenhum novo modelo será lançado este ano. A prioridade será aumentar a produção dos carros em oferta hoje. (Capital Reset - 26.01.2022)

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4 GM vai investir mais de R$ 35 bil em VEs até 2024

A General Motors investirá US$ 6,6 bilhões (mais de R$ 35 bi) até 2024 em dois esforços de fabricação de VEs, em Michigan, apoiados por incentivos do governo estadual, segundo anunciou a própria empresa na última terça-feira (25). Os projetos incluem uma nova fábrica de baterias sendo construída em Lansing em parceria com a LG Energy Solution e a reformulação de sua fábrica de montagem Orion, existente no Lago Orion, para fabricar caminhões elétricos A governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, disse que os novos empregos criariam US$ 35 bilhões (perto de R$ 190 bi) em nova renda pessoal nos próximos 20 anos. Até por isso, o governo do estado está fornecendo um total de US$ 824 bilhões (quase R$ 4,5 trilhões) em incentivos na forma de uma doação direta de US$ 600 milhões (cerca de R$ 3,2 tri) e benefícios fiscais adicionais. A GM também disse que os projetos criarão 4 mil novos empregos e ajudarão a elevar a capacidade de fabricação de VEs norte-americanos da montadora para um milhão de unidades anualmente até 2025, incluindo 600 mil caminhões. (Yahoo! - 26.01.2022)

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5 Bentley anuncia que será 100% elétrica até 2030

A Bentley é mais uma marca do Grupo Volkswagen que promete se tornar 100% elétrica. A montadora emitiu um comunicado na quarta-feira, 26/01, anunciando um investimento de 2 bilhões e meio de libras esterlinas (cerca de R$ 18,3 bilhões) ao longo dos próximos dez anos para se tornar puramente elétrica. O plano de eletrificação se chama Beyond100 e o primeiro modelo totalmente elétrico da empresa deverá ser lançado em 2025. Após isso, a montadora vai começar a vender um novo carro com a tecnologia por ano até 2030, o que tem chamado de plano “Five in Five”, com cinco carros em cinco anos. As mudanças devem afetar diretamente o trabalho na fábrica da empresa, a Dream Factory, localizada em Crewe, na Inglaterra. A planta já é neutra em emissões de carbono e agora se tornará também neutra na criação de rejeitos líquidos e outros tipos de dejetos. (Automotive Business - 26.01.2022)

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Energias Renováveis

1 Governo define regras para instalação de parques de energia eólica offshore

A publicação de um decreto que regulamenta a instalação de parques eólicos no litoral brasileiro deve acelerar o andamento de projetos de geração que já somam mais de 40 mil megawatts de energia e que estão em análise ambiental pelo Ibama. Esse volume de energia equivale à potencial total de praticamente quatro hidrelétricas de Belo Monte, que é a maior usina nacional. Por meio do Decreto 10.946, publicado nesta quarta-feira, 25, em edição extra do Diário Oficial da União, pelo Ministério de Minas e Energia, foram estabelecidas regras para exploração energética dos ventos marítimos, prática já explorada em diversos países da Europa, mas que ainda aguardava definições de regras no Brasil. O texto prevê o aproveitamento em águas interiores de domínio da União, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma continental, para geração de energia elétrica dos chamados “empreendimentos offshore”, ou seja, no mar. (O Estado de São Paulo – 26.01.2022)

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2 Decreto que orienta energia eólica offshore é bem recebido pelo setor

A publicação do Decreto 10.946/2022 que estabelece as diretrizes para a fonte eólica offshore no Brasil é considerada positiva e foi comemorada por diversos interessados no tema. Em geral, a avaliação é de que o texto agrega segurança jurídica ao tema e ainda que elimina incertezas ao sinalizar ao investidor que o Brasil considera esta modalidade de geração como parte integrante da matriz elétrica nacional em um futuro próximo. O movimento dado pelo governo federal é apenas o início de um processo de mais longo prazo. Até porque as regras complementares de que dispõe o decreto ainda deverão ser elaboradas e conhecidas em um ano. É necessário ainda que a Aneel regule o assunto por meio de portarias. E mais do que isso, há a incerteza ainda acerca do tamanho do mercado. De acordo com a presidente executiva da Associação Brasileira da Energia Eólica, Élbia Gannoum, esse decreto já era esperado desde dezembro do ano passado. E ainda, representa um passo importante para a fonte. Em sua análise, com o decreto em vigor, fato que acontecerá em 15 de junho, o investidor saberá qual caminho deverá seguir. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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3 Decreto deve acelerar projetos eólicos offshore que já somam 40 GW de potência

A publicação de um decreto que regulamenta a instalação de parques eólicos no litoral brasileiro deve acelerar o andamento de projetos de geração que já somam mais de 40 GW de energia e que estão em análise ambiental pelo Ibama. Esse volume de energia equivale à potencial total de praticamente quatro hidrelétricas de Belo Monte, que é a maior usina nacional. Por meio do Decreto 10.946, publicado nesta quarta-feira, 25, em edição extra do Diário Oficial da União, foram estabelecidas regras para exploração energética dos ventos marítimos, prática já explorada em diversos países da Europa, mas que ainda aguardava definições de regras no Brasil. Com as regras, o setor entende que ficam estabelecidos os critérios técnicos, as obrigatoriedades de estudos e como os órgãos que responderão pelos empreendimentos poderão analisar, aprovar e formalizar o avanço de cada etapa dos projetos, que possuem complexidade maior do que os de eólicas instaladas em terra. (Broadcast Energia – 26.01.2022)

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4 Aneel autoriza 45,6 MW de energia eólica para operação em teste

A Aneel autorizou para início da operação em teste, a partir de 26 de janeiro, unidades geradoras das eólicas Ventos de Santa Esperança 8 e 13 e das eólicas Ventos da Bahia XXVII e XXIII, que juntas somam 45,6 MW de capacidade instalada. Os empreendimentos estão localizados no estado da Bahia. Para operação comercial, a Aneel liberou 11 MW da EOL Ventos da Bahia XIV, também localizada no estado da Bahia. O despacho com as autorizações foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 26 de janeiro. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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5 Sicredi capta R$ 550 mi para crédito a energia solar e eficiência energética

O banco Sicredi realizou sua primeira emissão de Green Bond no exterior. A operação junto ao BID Invest, membro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), perfaz US$ 100 milhões (cerca de R$ 550 milhões), com 100% dos recursos destinados ao financiamento de novos projetos de energia fotovoltaica e eficiência energética a partir do final de janeiro. O processo conta ainda com certificação da consultoria norueguesa Cicero Shades of Green, especializada em títulos verdes e com critérios específicos para a seleção dos projetos a serem financiados. A carteira de crédito do Sicredi para financiamento fotovoltaico no Brasil totalizou R$ 4,5 bilhões ao final de 2021, com aumento de 93% em relação ao mesmo período de 2020. Só nos últimos 12 meses, o volume de crédito concedido pela instituição ultrapassou a marca de R$ 2,5 bilhões no país. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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6 Projeto de usinas hidrelétricas na Amazônia avança após 10 anos

A estatal Eletrobras e sua subsidiária Eletronorte receberam aval da Aneel para levar adiante o plano de erguer três grandes hidrelétricas na Bacia do Rio Tapajós, na Amazônia, uma das áreas mais preservadas da região. Nesta semana, a agência aprovou o pedido das estatais de elaborar os estudos de viabilidade técnica e econômica das usinas de Jamanxim, Cachoeira do Caí e Cachoeira dos Patos, hidrelétricas que somariam mais de 2,2 GW, o suficiente para abastecer mais de 3 milhões de famílias. Os levantamentos poderão ser realizados até 31 de dezembro de 2023. Há mais de dez anos, a Aneel recebe pedidos para estudar a construção dessas usinas, mas estas nunca foram viabilizadas. (O Estado de São Paulo – 27.01.2022)

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7 Copel almeja energias renováveis e programa participação em leilões de transmissão

Enquanto analisa as oportunidades em geração renovável disponíveis no mercado para uma possível aquisição nos próximos meses, a Copel já começa a preparar sua participação nos leilões de transmissão de energia que ocorrerão em junho e dezembro deste ano. A exemplo do que aconteceu no último certame realizado pela Aneel, em dezembro do ano passado, a estatal paranaense quer ser bastante competitiva e, para isso, já começou a estudar os grandes ativos que serão licitados. "Costumo dizer que negócios são como ondas, você perde um, vem outro. E no leilão do meio do ano tem mais um lote grande, no fim do ano tem outro. Temos [oportunidades em] renováveis, e estaremos sempre atentos ao processo de venda de ativos do mercado", disse o diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, em entrevista ao Energia em Debate, do Broadcast Energia. Já nos casos de geração, Slaviero quer projetos com capacidade instalada de pelo menos 150 MW, o que permitirá alcançar pelo menos 13% do portfólio da empresa em eólicas e solares até o final de 2022, e avançar para 25% de toda energia produzida pela empresa nessas fontes num horizonte de cinco anos. (Broadcast Energia – 26.01.2022)

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8 GWEC abre inscrições para o Women in Wind 2022

O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) e a Rede Global de Mulheres para a Transição Energética (GWNET) abriram as inscrições para a 4ª edição do Programa de Liderança Global Mulheres no Vento (Women in Wind) de 2022. O objetivo da iniciativa é acelerar as carreiras femininas na indústria eólica, facilitando o empoderamento e o desenvolvimento profissional por meio de treinamento, orientação e compartilhamento de conhecimento que promovem uma rede global de profissionais do setor. As inscrições podem ser feitas até 25 de fevereiro e os candidatos aprovados serão acompanhados por um mentor dedicado e participarão de um programa de março de 2022 a janeiro de 2022. A diretora de Women In Wind do GWEC, Jeanette Gitobu, comentou que uma transição energética justa deve envolver uma gama diversificada de pluralidades e que a indústria eólica continuará crescendo, sendo a hora de agir para garantir a diversidade de gênero nesse ambiente de trabalho e produção. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Nota de esclarecimento sobre a geração da UTE Porto do Sergipe

A UTE Porto do Sergipe está contratada na modalidade de despacho antecipado, por ser abastecida com Gás Natural Liquefeito – GNL importado de navio metaneiro. Assim, quando o seu despacho é comandado pelo ONS, a UTE Porto do Sergipe pode ficar despachada até 2 (dois) meses para consumir todo o gás adquirido para a sua jornada de produção, não podendo ser interrompido. A UTE Porto do Sergipe foi comandada para o despacho no início de janeiro, por decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE e, portanto, pode ficar em operação até o início de março. Em razão da antecipação do período úmido na região Norte do País, os reservatórios das hidrelétricas daquela região, especialmente Tucuruí e Belo Monte, apresentaram rápida recuperação ao longo do mês de janeiro, o que proporciona capacidade de geração hidrelétrica para transferência à região Sudeste e Centro-Oeste. (Aneel – 26.01.2022)

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2 UTE Norte Fluminense tem CVU revisado pela Aneel

A superintendência de regulação dos serviços de geração da Aneel decidiu conhecer e dar provimento à solicitação da Usina Termelétrica Norte Fluminense S.A. para revisão do Custo Variável Unitário da UTE Norte Fluminense, relativos aos meses de dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Os valores referentes ao mês de dezembro ficaram fixados da seguinte forma: Norte Fluminense 1, no valor de R$ 102,38; Norte Fluminense 2, no valor de R$ 116,16; Norte Fluminense 3 em R$ 224,95, respectivamente. Referente ao mês de janeiro de 2022 ficou a Norte Fluminense 4, com valor de R$ 677,65. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Abraceel: Nova ferramenta compara custo da energia à realidade da operação

A Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia (Abraceel) lançou nesta quarta-feira, o Match da Energia, uma ferramenta desenvolvida pela Volt Robotics para dimensionar a operação real e o resultado calculado pelos modelos oficiais. Quanto mais alto for o ‘match’, maior será a otimização do sistema e menor será o preço da energia para o consumidor. De acordo com o presidente executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira, a solução está inserida no planejamento estratégico da entidade a partir dos temas da formação de preços e da abertura de mercado. “O match tem como objetivo mensurar o desacoplamento. Ele evidencia e localiza onde estão as maiores discrepâncias. É uma ferramenta riquíssima”, explica. Ferreira destaca que a solução não busca apontar erros ou culpados pelos eventuais descasamentos, mas sim mensurar a imperfeição. Os cálculos dos desvios são realizados de forma absoluta por usina e por hora para a geração hidrelétrica e termoelétrica. Para a geração eólica e para o consumo, os cálculos dos desvios são realizados de forma absoluta por submercado e por hora. O termo “match” vem dos aplicativos de relacionamento, usado quando duas pessoas combinam ou se aproximam. Na ferramenta da Abraceel, ela indica o nível de aproximação entre o real e planejado. (CanalEnergia – 26.01.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, João Pedro Gomes, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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