l

IFE: nº 5.438 - 24 de fevereiro de 2022
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Acionistas aprovam a privatização da Eletrobras
2 Abradee apresenta propostas para a modernização do setor elétrico
3 FNE defende nova proposta de compartilhamento de postes

Transição Energética
1 Governo prepara decreto para ampliar a produção de biometano no Brasil
2 Climatempo: Resiliência no Setor Elétrico e o Impacto das Mudanças Climáticas

3 EUA: Descarbonização do sistema de gás como uma das prioridades dos reguladores de serviços públicos estaduais em 2022
4 China se mantém como líder em energias renováveis
5 Instalação de teste de microrrede de Queensland suporta transição energética
6 Fundo de infraestrutura arrecada € 575 mi para projetos verdes
7 Emissões de metano do setor de energia são 70% maiores do que os números oficiais
8 Economia circular é vital para a transição energética
9 Emerson Technologies foi selecionada para produção de energia limpa geotérmica
10 Avista ajudará a eletricidade limpa com novas propostas de recursos energéticos

Empresas
1 Neoenergia: Investimento em ampliação da capacidade de geração em subestações na Bahia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Volume sobe no SE/CO e reservatórios ultrapassam 56%
2 Chesf: Vazão de Sobradinho e Xingó é mantida em 4.000 m³/s
3 Eletronorte: UHE Tucuruí passará por modernização e digitalização

Mobilidade Elétrica
1 Senado discute criação de frente parlamentar pelos VEs
2 Fiat venderá apenas carros elétricos na Europa a partir de 2027
3 Tesla recua e volta a usar baterias de tecnologia antiga

Inovação
1 Furnas: Plata de geração de hidrogênio em Itumbiara
2 Vestas: Planos para hidrogênio verde e energia eólica offshore

Energias Renováveis
1 Startup de crédito imobiliário entra no setor de energia solar
2 Aneel: Liberada a operação de aerogeradores na BA e SC

Gás e Termelétricas
1 ANP suspende temporariamente chamada pública do Gasbol a pedido da Sulgás


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Acionistas aprovam a privatização da Eletrobras

Os acionistas da Eletrobras aprovaram os 12 itens da pauta que se refere à privatização da empresa. O encontro foi realizado de forma virtual na tarde da terça feira e se estendeu até meados da noite de ontem. A assembleia durou cerca de 5 horas até ser concluída e o comunicado com as deliberações ser publicado. Autorizar todos os itens era parte fundamental para que o processo fosse colocado adiante. Um dia antes a Eletrobras apresentou os votos dados pelos acionistas à distância, que deram ampla margem de tranquilidade à meta de continuar o processo de privatização. Entre eles está a emissão de ações ordinárias sem a participação da União, o que levará à perda do controle na estatal, o pagamento de cerca de R$ 26 bilhões em outorga para as usinas que serão renovadas e mais outros R$ 32 bilhões recolhidos para a CDE. Enquanto a votação a distância foi tranquila, na AGE o encontro foi marcado por interrupções que duraram horas e segundo fontes que acompanhavam a reunião, por conta de um acionista que mostrou-se contrário à privatização. A paralisação ocorreu para que houvesse a resposta a questionamentos. Mas, ao final houve a aprovação como o governo esperava. A meta ainda continua sendo a de realizar a operação até 14 de maio. Agora há uma nova rodada de avaliação do TCU, a aprovação da modelagem do BNDES e a precificação das ações da empresa, um assunto que determinará o sucesso da venda ou não. (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

2 Abradee apresenta propostas para a modernização do setor elétrico

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica apresentou ao Ministério de Minas e Energia um estudo com propostas para a modernização do setor. Esse trabalho foi realizado nos últimos meses pela entidade juntamente com as consultorias PSR, Sigla Sul e i4 Economic Regulation. Segundo a associação, a iniciativa pretende apontar os direcionamentos regulatórios e de mercado do setor. A reunião que marcou essa entrega dos resultados deste trabalho ocorreu nesta quarta-feira, 23 de fevereiro. Além do presidente da Abradee, Marcos Madureira e do diretor de Regulação, Ricardo Brandão, estavam presentes pelo MME, o secretário de Energia Elétrica Christiano Vieira, e demais membros da pasta. O estudo de modernização, descreve a Abradee, envolve três pilares centrais do processo de modernização do setor elétrico brasileiro. O primeiro é a abertura do mercado livre, tratando da gestão dos contratos legados. O segundo versa sobre a separação de fio e energia, com a distinção entre as atividades de distribuição e comercialização regulada. Já o terceiro é sobre a inserção dos Recursos Energéticos Distribuídos, tratando de aspectos além da ampliação da GD. (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

3 FNE defende nova proposta de compartilhamento de postes

A Federação Nacional dos Engenheiros pediu à Aneel e à Anatel o cancelamento da consulta pública que discute a revisão das regras de compartilhamento de postes entre distribuidoras de energia e prestadoras de serviços de telecomunicações. A entidade sugere a construção de uma nova proposta prevendo penalidades às operadoras de telecom que desobedecerem às normas e prazo entre dois e cinco anos para reordenamento total da ocupação do espaço. A FNE reconhece pontos positivos do texto conjunto que está em consulta pública na Agência Nacional de Energia Elétrica e na Agência Nacional de Telecomunicações, mas afirma que ele pode ter “efeito muito mais adverso” que a norma atual, “ao perpetuar e compactuar com situações irregulares.” Duas grandes falhas de concepção de novo regulamento foram apontadas pelo presidente da federação, Murilo Celso Pinheiro, em carta enviada em janeiro ao diretor Efrain Cruz, relator do processo na Aneel. A primeira delas é considerar o passivo de regularização da ocupação dos postes como algo do passado, quando essa é uma pratica recorrente entre as empresas. (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

 

 

Transição Energética

1 Governo prepara decreto para ampliar a produção de biometano no Brasil

O governo prepara a publicação no início de março de um decreto para estimular a produção de biometano, o que vai ajudar o País a cumprir as metas de descarbonização firmadas na COP-26, informam fontes do setor. A expectativa é de que seja criado um crédito de metano que dialogue com o mercado de carbono, além de linhas de financiamento mais favoráveis e isonomia tributária entre os estados. O Brasil se comprometeu na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Glasgow, Escócia, a reduzir as emissões de metano em 30% até 2030. O foco do programa será a substituição do diesel na agropecuária, setor responsável por 28% do metano jogado na atmosfera no Brasil. O país tem potencial de geração de biometano que vem dos resíduos urbanos (aterros sanitários) e rurais, especialmente de aves, suínos, açúcar e álcool, o que já foi batizado de "pré-sal rural" pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em referência às abundantes jazidas de petróleo no litoral. (O Estado de São Paulo – 23.02.2022)

<topo>

2 Climatempo: Resiliência no Setor Elétrico e o Impacto das Mudanças Climáticas

Na busca pela modernidade e com o objetivo de melhorar os investimentos para manter a qualidade dos serviços prestados aos seus clientes, cada vez mais empresas do setor de energia vêm realizando estudos relacionados a capacidade de uma rede elétrica sofrer uma perturbação e se recuperar rapidamente, ou seja, ser resiliente frente às adversidades operacionais. É o que destaca o novo Boletim da Climatempo, que já está disponível na Biblioteca do Portal CanalEnergia. De acordo com o informativo, os estudos de resiliência realizam um levantamento dos principais fatores que possuem potencial de causar algum tipo de dano à estrutura da rede elétrica. Com isso, os estudos de identificação dos principais eventos que causam danos à rede são importantes para que a empresa conheça estas causas e comece a planejar como se preparar para ocorrências futuras. A partir desse planejamento, a empresa começa a se tonar mais resiliente. Embora os estudos sejam importantes para o planejamento, fazendo com que o sistema sofra um menor impacto e tenha uma recuperação mais rápida, é importante ressaltar que após o final do evento o funcionamento da rede não volta ao seu estado original. (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

3 EUA: Descarbonização do sistema de gás como uma das prioridades dos reguladores de serviços públicos estaduais em 2022

O sistema de energia e gás está mudando rapidamente de atender à demanda relativamente previsível dos clientes com combustíveis fósseis para gerenciar climas extremos cada vez mais frequentes, integrando quantidades sem precedentes de energia limpa . Os reguladores de serviços públicos estaduais estão tentando navegar nessas transições orientando seus serviços públicos de eletricidade e gás para reduzir as emissões, mantendo taxas acessíveis e serviço confiável. Essa tensão capturou a atenção dos reguladores na Cúpula de Políticas de Inverno da Associação Nacional de Reguladores de Serviços Públicos (NARUC) 2022 na semana passada, manifestando-se em três imperativos: planejamento de transmissão para desbloquear o acesso a energias renováveis de baixo custo, abordagens holísticas para planejar a confiabilidade do sistema no rastro da tempestade de inverno Uri, em fevereiro passado, e oportunidades para reduzir as emissões dos sistemas de gás natural. Os membros do painel da cúpula destacaram as ações de curto prazo que os reguladores podem tomar para orientar uma transição de energia limpa acessível e confiável, como a integração de tecnologias de aprimoramento de rede (GETs) para aumentar a capacidade nas linhas de transmissão existentes, priorizando medidas do lado da demanda no planejamento de confiabilidade e plugging gas vazamentos de metano na tubulação. (Utility Dive – 23.02.2022)

<topo>

4 China se mantém como líder em energias renováveis

A China acaba de reescrever o livro de recordes de energia global. Impulsionado pelo crescente crescimento econômico do país, 2021 viu a China registrar o maior aumento anual absoluto na demanda de eletricidade por qualquer país da história. Para ajudar a suprir isso, o consumo de carvão chinês atingiu um recorde histórico e a China ultrapassou o Japão para se tornar o maior importador de GNL do mundo. E enquanto nenhum outro país chegou perto de suas adições de capacidade de energia renovável em 2021, a China também viu suas emissões anuais de carbono subirem para o nível mais alto até agora. O ano recorde da China inevitavelmente desempenhou seu papel na crise de energia. Os esforços para atender à crescente demanda doméstica contribuíram para o aperto do mercado global e o aumento dos preços em toda a energia e recursos naturais. Mas quando se trata do impacto da China no aumento inesperado do custo das energias renováveis em 2021, a história é mais sutil. Após anos de declínio, os preços globais dos módulos solares aumentaram até um quarto no ano passado, enquanto os preços das turbinas eólicas cresceram até 15%. (Wood Mackenzie – 23.02.2022)

<topo>

5 Instalação de teste de microrrede de Queensland suporta transição energética

A concessionária governamental de Queensland Ergon Energy abriga as novas instalações de Microgrid and Isolated Systems Test (MIST). A instalação de Au $ 6 milhões (US $ 4,3 milhões) em Cairns, inaugurada em outubro de 2021, está ajudando a orientar a transição do estado australiano oriental para um futuro de energia de baixo carbono, de acordo com um comunicado. Anunciado como um dos centros de P&D de energia mais sofisticados da Austrália, seu uso é para testes de energia solar e baterias, microrredes e sistemas de energia autônomos, bem como tecnologias emergentes, como armazenamento de energia de hidrogênio e redução de carbono. Em uma visita recente à instalação, o Tesoureiro e Ministro do Comércio e Investimento Cameron Dick disse que o MIST está desempenhando um papel fundamental no avanço das energias renováveis e na integração de novas tecnologias na rede elétrica de Queensland. “Este é um hub de classe mundial para pesquisa e desenvolvimento de energia. Ele mantém benefícios potenciais para todos em nossa cadeia de fornecimento de energia, a partir de distribuidores e desenvolvedores para Queenslanders diárias”, acrescentou o mesmo. (Smart Energy – 23.02.2022)

<topo>

6 Fundo de infraestrutura arrecada € 575 mi para projetos verdes

A Pioneer Point Partners, empresa especializada em investimentos em infraestrutura sustentável, atingiu um fechamento final de € 575 milhões em seu primeiro fundo institucional, Pioneer Infrastructure Partners. O fechamento final ultrapassou a meta de € 500 milhões que a Pioneer estabeleceu inicialmente. O Fundo gerou um interesse significativo, com compromissos de 15 investidores institucionais europeus e norte-americanos de grande reputação e longa data, incluindo fundos de pensão, dotações, seguradoras, instituições financeiras e family offices. O Fundo visa uma TIR de 15+% ao longo de um prazo de dez anos, incluindo um rendimento anual em dinheiro de 4 a 6%, através de uma carteira diversificada de 8 a 10 investimentos. Ele será implantado de acordo com a estratégia de infraestrutura de valor agregado de baixo valor agregado da Pioneer, historicamente bem-sucedida, nos setores de transição de energia e meio ambiente em toda a Europa Ocidental, que anteriormente viu a empresa comprometer mais de € 900 milhões de capital em dez investimentos em um acordo - por transação, proporcionando retornos ajustados ao risco superiores. (Renews Biz – 23.02.2022)

<topo>

7 Emissões de metano do setor de energia são 70% maiores do que os números oficiais

As emissões globais de metano do setor de energia são cerca de 70% maiores do que a quantidade que os governos nacionais relataram oficialmente, de acordo com uma nova análise da IEA divulgada hoje, destacando a necessidade urgente de esforços de monitoramento aprimorados e ações políticas mais fortes para reduzir as emissões do potente gás de efeito estufa. O metano é responsável por cerca de 30% do aumento das temperaturas globais desde a Revolução Industrial, e reduções de emissões rápidas e sustentadas são fundamentais para limitar o aquecimento de curto prazo e melhorar a qualidade do ar. O metano se dissipa mais rápido que o dióxido de carbono (CO2), mas é um gás de efeito estufa muito mais poderoso durante sua curta vida útil, o que significa que o corte das emissões de metano teria um efeito rápido na limitação do aquecimento global. O setor de energia responde por cerca de 40% das emissões de metano da atividade humana, e a edição ampliada deste ano do Global Methane Tracker da IEA inclui pela primeira vez as emissões de minas de carvão e bioenergia país a país, além de uma cobertura detalhada contínua de operações de petróleo e gás natural. (RMI – 23.02.2022)


<topo>

8 Economia circular é vital para a transição energética

A economia circular é um sistema que visa tirar o máximo proveito dos materiais, manter produtos e materiais em uso e projetá-los para serem reciclados de volta à economia, eliminando o desperdício. É também um pilar vital da transição energética. Mais de 70% do PIB mundial está agora coberto por uma meta líquida de zero, com muitas economias avançadas com o objetivo de descarbonizar até 2050 e a China se comprometendo com 2060. Transformar nosso sistema econômico atual é um desafio assustador e uma grande oportunidade – algo como o mundo nunca conheceu. Chegar a neutralidade de missões liquidas de gases do efeito estufa em 2050 significará realizar o que parece inimaginável, como eliminar completamente o motor de combustão interna ou adicionar o equivalente à maior fazenda solar do mundo todos os dias . Para apoiar e dimensionar esses esforços, a velocidade será essencial – especialmente considerando o relatório climático do ano passado do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), confirmando que são necessárias ações urgentes para impedir que as temperaturas globais subam acima de 1,5°C e 2°C . Para construir a infraestrutura energética de que o mundo precisa em velocidade e escala, a economia circular desempenhará um papel vital de três maneiras principais. (World Economic Forum – 23.02.2022)

<topo>

9 Emerson Technologies foi selecionada para produção de energia limpa geotérmica

A HITA, uma empresa de energia geotérmica profunda na Bélgica, selecionou o líder global de software e tecnologia Emerson como um fornecedor de tecnologia chave na descoberta e desenvolvimento de fontes de energia geotérmica no norte da Bélgica. O software de modelagem geológica e de reservatórios da Emerson ajudará a reduzir o risco na seleção de locais para projetos de energia geotérmica renovável, aumentando a segurança e a confiabilidade da construção e operação, ao mesmo tempo em que permite a produção de energia sustentável de longo prazo a partir do calor da Terra. As políticas de mudança climática estão impulsionando o crescimento da energia geotérmica, uma indústria que deve crescer até oito vezes na União Europeia até 2050, de acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável. O software de modelagem geológica da Emerson ajudará a HITA a localizar as subsuperfícies mais adequadas para a perfuração de poços geotérmicos profundos para desbloquear fontes de energia sustentáveis para uso corporativo e municipal. "Uma imagem altamente precisa e realista da geologia de subsuperfície é fundamental para o desenvolvimento seguro de fontes de energia sustentáveis", disse Stijn Bos, diretor de operações e geólogo sênior de projetos da HITA. (EE Online – 23.02.2022)

<topo>

10 Avista ajudará a eletricidade limpa com novas propostas de recursos energéticos

Em uma nova solicitação de proposta (RFP) na semana passada, a Avista encorajou ideias para geração de energia e geração de demanda de licitantes interessados em ajudá-la a atingir as próximas metas de energia limpa e neutra em carbono e, mais imediatamente, atender aos déficits de capacidade e energia previstos. “A Avista está procurando obter energia que atenda às necessidades de capacidade do nosso sistema e nos aproxime de nossa meta de atender os clientes com eletricidade 100% limpa até 2045 e recursos 100% neutros em carbono até 2027”, Jason Thackston, vice-presidente sênior de recursos energéticos da Avista, disse. “Estamos mais da metade do caminho com nosso mix de energia hidrelétrica renovável, biomassa, eólica e solar. Este é mais um passo para garantir energia acessível, confiável e limpa nos próximos anos.” Além de suas metas de energia limpa, a Avista atualmente prevê capacidade e escassez de energia entre 2026 e 2030. Acima e além dos desejos de energia renovável, a empresa precisa de 196 MW de capacidade de inverno e 190 MW de capacidade de verão até 2030 para garantir a confiabilidade de seu sistema. As propostas podem incluir várias fontes de combustível, como eólica, solar, biomassa, hidrelétrica, gás natural, gás natural renovável e hidrogênio, juntamente com tecnologias de gerenciamento de energia, incluindo armazenamento bombeado, baterias e resposta à demanda. (Daily Energy Insider – 23.02.2022)

<topo>

 

 

Empresas

1 Neoenergia: Investimento em ampliação da capacidade de geração em subestações na Bahia

A Neoenergia Coelba investiu cerca de R$ 125 milhões para reforçar o sistema elétrico do oeste da Bahia. No final de 2021, a distribuidora realizou os investimentos na construção de três novos empreendimentos na região. A entrega oficial destas obras foi realizada nesta terça-feira, 22 de fevereiro em evento de inauguração da Subestação Rio do Algodão, localizada em São Desidério. Esse ativo tem capacidade de transformação de 26,6 MVA, beneficiando mais de 40 mil pessoas. Adicionalmente, foram construídos 32 quilômetros de rede elétrica e instalados 60 postes e 88 torres. Estas estruturas permitiram que o empreendimento fosse energizado e integrado ao sistema elétrico. Antes da Rio do Algodão, uma outra subestação foi inaugurada na região nos últimos meses, a SE Rio Grande III. O empreendimento conta com três alimentadores e, para o funcionamento do mesmo, houve a implantação de 12 quilômetros de linha de distribuição e 105 postes. A potência instalada da unidade também é de 26,6 MVA e beneficiará mais de 38 mil moradores da região. O terceiro empreendimento concluído pela distribuidora no Oeste foi a Linha de Distribuição de 138 kV Rio Grande II-Rio das Éguas. Com 127 quilômetros de extensão, passa pelos municípios de São Desidério e Correntina, e teve mais de mil postes implantados. (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

 

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Volume sobe no SE/CO e reservatórios ultrapassam 56%

Os reservatórios do SE/CO registraram aumento de 0,5 ponto percentual e operam com 56,1% da capacidade na última terça-feira, 22 de fevereiro, em relação ao dia anterior, informa o boletim do ONS. A energia armazenada mostra 114.850 MW mês e a ENA aparece com 76.215 MW med, o mesmo que 104% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. Furnas admite 76,41% e a usina de Nova Ponte marca 41,35%. Já na região Sul o armazenamento hidroelétrico caiu 0,6 p.p para 29,9% do volume útil. A energia retida é de 5.886 MW mês e ENA aponta 1.787 MW med, valor que corresponde a 33% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 32,03% e 29,31%, respectivamente. O submercado Norte atingiu 97,3% da capacidade, após incremento de 0,3 p.p. A energia armazenada marca 14.893 MW mês e ENA é de 33.656 MW med, equivalente a 86% da MLT. A UHE Tucuruí trabalha com 99,85%. No Nordeste do país os níveis cresceram 0,2 p.p e os reservatórios admitem 80,8%. A energia armazenada está em 41.776 MW mês e a natural afluente de 18.614 MW med, correspondendo a 159% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 76,5% de seu volume. (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

2 Chesf: Vazão de Sobradinho e Xingó é mantida em 4.000 m³/s

Após reunião coordenada pela ANA, a Chesf anunciou que manterá a vazão das hidrelétricas Sobradinho e Xingó nos atuais 4.000 m³/s até 10 de março. Consequentemente a companhia informou também que não haverá alteração no vertimento da cachoeira de Paulo Afonso. A avaliação do Cemaden e do Inmet é de que ocorrerem chuvas abaixo da média na bacia do São Francisco até a 1ª quinzena de março, com a 2ª quinzena apresentando chuvas dentro da média. O Inmet informou que poderão ocorrer eventos extremos no período compreendido entre a 2ª quinzena de março e 1ª quinzena de abril. (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

3 Eletronorte: UHE Tucuruí passará por modernização e digitalização

A UHE Tucuruí (8.340 MW, PA) a segunda maior hidrelétrica 100% nacional passará por uma modernização e digitalização do seu sistema de resfriamento de turbinas. A ação ocorrerá por meio de um projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) que começou a ser executado no último dia 15 de fevereiro. O investimento é de R$ 16 milhões, com aplicação de recursos da Aneel e da Eletronorte. A meta é permitir o aumento da disponibilidade e melhorias na operação e desempenho, reduzindo as sinalizações de alta temperatura nas unidades geradoras e aumentando a vida útil dos ativos. Os resultados serão entregues até fevereiro de 2025. A Eletronorte informou que o projeto intitulado de Digitalização e Modernização do Sistema de Resfriamento das Unidades Geradoras da UHE Tucuruí – Sistema de Resfriamento Inteligente (Siri), inclui a automação do sistema de resfriamento por meio de uma nova malha de sensores, criação de sistema supervisório e banco de dados para a aplicação de inteligência computacional, auxiliando o gerenciamento e tomadas de decisão. Além disso, também serão aprimorados os sistemas de filtração e de tratamento da qualidade da água de resfriamento. (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

 

 

Mobilidade Elétrica

1 Senado discute criação de frente parlamentar pelos VEs

Entre as pautas do plenário do Senado desta quinta-feira (24) está o projeto que institui a Frente Parlamentar Mista pela Eletromobilidade, um colegiado para debater o desenvolvimento sustentável por meio da inovação tecnológica. A ideia é discutir formas de fomentar o uso das energias renováveis em prol da mobilidade urbana por meio de veículos elétricos. O projeto de resolução do Senado, de autoria do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), busca o debate sobre o uso da eletricidade na mobilidade urbana, com veículos elétricos ultracompactos, em prol da preservação ambiental e da sustentabilidade. O relator do projeto é o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). O texto do projeto apontai que a Frente Parlamentar Mista pela Eletromobilidade terá como objetivo cumprir o papel de promover o debate sobre o desenvolvimento sustentável aliado à inovação tecnológica para tornar possíveis cidades inteligentes asseguradas por energias renováveis. (R7 – 24.02.2022)

<topo>

2 Fiat venderá apenas carros elétricos na Europa a partir de 2027

O Grupo Stellantis anunciou a eliminação gradual dos carros a combustão da Fiat e da Abarth na Europa. As duas marcas italianas se tornarão, portanto, marcas exclusivamente elétricas em cinco anos. O anúncio foi feito em um gráfico com os resultados financeiros de 2021. Isso significa que já está claro para seis marcas Stellantis quando o motor a combustão sairá de cena. Até agora, as datas de saída da DS (2024), Lancia (2026), Alfa (2027) e Opel (2028) eram conhecidas. A maioria dessas datas foram anunciadas quando os resultados financeiros do primeiro semestre de 2021 foram anunciados. O anúncio da Fiat acontece no momento em que os números do ano inteiro de 2021 são anunciados. Em junho de 2021, o CEO da Fiat, Olivier François, havia dito: "Entre 2025 e 2030, nossa gama de produtos será gradualmente convertida em veículos puramente elétricos". Em janeiro, o chefe da marca prometeu então um novo Fiat elétrico baseado no Centoventi, que deveria ser apresentado em 2022 e lançado em 2023. (Inside EVs– 24.02.2022)

<topo>

3 Tesla recua e volta a usar baterias de tecnologia antiga

A Tesla está trocando o tipo de células usadas em todos os carros de sua linha básica no mundo por uma tecnologia que, segundo analistas chegaram a prever, em breve se tornaria obsoleta. A empresa controlada por Elon Musk passará a usar baterias à base de ferro nesses carros, também chamadas de baterias de fosfato de ferro de lítio. A tecnologia é bastante usada em veículos menos complexos, como carrinhos de golfe, ou em sistemas de reserva de energia residencial. Para os carros elétricos, contudo, há muito ela é considerada opção menos eficiente. No mundo, cerca de 10% de todas as células de baterias de carros elétricos produzidas hoje são à base de ferro. A maior debilidade é o alcance menor. O material usado nas baterias à base de ferro tem uma menor densidade energética e oferece menos alcance por peso transportado a cada carga de abastecimento em comparação às baterias de íon de lítio à base de níquel, hoje mais usadas. Por esse motivo, quase todas as montadoras fora da China optaram por esse tipo, cujas principais matérias-primas são o níquel, o cobalto e o manganês. Uma substituição pelas baterias à base de ferro, contudo, teria grande e crucial vantagem: o preço. Estas baterias são bem mais baratas - cerca de 30% por célula de bateria do que as equivalentes à base de níquel, em grande medida em razão do preço mais baixo das matérias-primas usadas. Também há possíveis economias de custo com eventuais programas de substituição de peças defeituosas. As baterias à base de ferro são mais estáveis na temperatura e trazem menos riscos de pegar fogo. A reorientação da Tesla poderia marcar um ponto de inflexão. Poderia convencer as montadoras rivais, cautelosas em usar baterias à base de ferro, de que se trata de uma opção viável e confiável. (Valor Econômico – 23.02.2022)

<topo>

 

 

Inovação

1 Furnas: Plata de geração de hidrogênio em Itumbiara

Inaugurada recentemente por Furnas, a planta para estudos sobre a geração de hidrogênio verde na usina de Itumbiara, entre Minas Gerais e Goiás, entra em nova etapa. De acordo com a empresa, devem ser finalizados neste mês as primeiras pesquisas com os resultados sobre a sinergia entre as fontes hidrelétrica e solar com armazenamento de energias sazonais e intermitentes em sistemas de hidrogênio. O objetivo principal do projeto é testar o armazenamento de energias sazonais e intermitentes e sua inserção no SIN. O sistema instalado em Itumbiara conta com energia gerada por um sistema fotovoltaico que alimenta um eletrolisador. Esse eletrolisador produz o hidrogênio a partir de processo físico-químico com a água. O hidrogênio é armazenado em forma de gás em um tanque com capacidade de 900 m³ a 27 bar, instalado na planta. E, por fim, uma célula de combustível é usada para reonversão da energia química contida no hidrogênio em energia elétrica. Outro projeto de pesquisa e desenvolvimento que está em curso na planta de Itumbiara está relacionado com estudos para uso do hidrogênio como combustível sem a etapa da reconversão em eletricidade. (Petronotícias – 23.02.2022)

<topo>

2 Vestas: Planos para hidrogênio verde e energia eólica offshore

Mesmo enfrentando um ano complicado para o setor eólico com alta de preços das commodities e problemas no transporte internacional, a fabricante de aerogeradores Vestas fechou 2021 com um dos melhores anos da história. Agora os planos de longo prazo incluem uma nova fábrica de equipamentos para eólicas de alto-mar (offshore) e hidrogênio verde. O presidente da companhia na América Latina, Eduardo Ricotta, acredita que a região terá protagonismo nas futuras soluções eólicas em alto-mar (“offshore”) e para o mercado de hidrogênio verde. “Estamos fazendo estudos de fabricação local mapeando onde teremos os melhores recursos para saber exatamente o local da fábrica, pois os equipamentos são grandes e a fabricação precisa ser próxima do local onde serão as instalações”, afirma Ricotta. O executivo avalia que é preciso haver um arcabouço regulatório mais maduro e menos burocrático para que a empresa concretize seus planos. “Hoje, é preciso passar por muitas áreas para obter as licenças. Se tivéssemos um ambiente com tudo concentrado em um local, que é o que vemos em outros países, ajudaria bastante a desenvolver o ‘offshore’ no Brasil”. (Valor Econômico – 23.02.2022)

<topo>

 

 

Energias Renováveis

1 Startup de crédito imobiliário entra no setor de energia solar

A Oito Crédito Imobiliário, que facilita o acesso a créditos imobiliários, anunciou a criação de um novo braço destinado a viabilização e até instalação de projetos fotovoltaicos. Ao financiar a casa própria clientes poderão aproveitar para realizar todo o estudo e mapeamento da fonte energética para suas necessidades de forma gratuita pela Oito Energia Solar. Segundo a startup a ideia é complementar o negócio central, oferecendo a oportunidade de migração dos consumidores para fontes renováveis como a solar, gerando assim uma economia no orçamento familiar que pode ser superior a 90% da conta de luz. No primeiro semestre desse ano a previsão é de R$ 9 milhões em vendas para os clientes localizados em São Paulo e Rio de Janeiro. A avaliação é de que o segmento fotovoltaico tem crescido ao longo dos últimos anos, tanto no exterior quanto no Brasil, e que os benefícios da tecnologia são muitos, entre eles a autossuficiência, diminuição do valor das contas, contribuição com o meio ambiente e o investimento em um ativo que dura mais de 25 anos. (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

2 Aneel: Liberada a operação de aerogeradores na BA e SC

A superintendência de fiscalização dos serviços de geração da Aneel deu provimento à Engie Brasil e aprovou a operação comercial de um aerogerador de 4,2 MW de capacidade da central Tubarão P&D 2, localizada no município de Tubarão(SC). Outra liberação para operação comercial publicada no Diário Oficial deste quarta-feira, 23 de fevereiro, é de uma turbina de 3 MW de potência da usina eólica Jacarandá do Cerrado, de posse de uma empresa controlada pela Renova Energia no município de Licínio de Almeida (BA). (CanalEnergia – 23.02.2022)

<topo>

 

 

Gás e Termelétricas

1 ANP suspende temporariamente chamada pública do Gasbol a pedido da Sulgás

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) suspendeu temporariamente o processo da chamada pública para contratação de capacidade de transporte da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), que controla o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). A decisão de suspensão temporária do processo foi motivada pelo pedido de anulação apresentado à ANP pela Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul - Sulgás, no último dia 21. (Broadcast Energia – 23.01.2022)

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastro do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ