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IFE: nº 5.375 - 11 de novembro de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel declara de utilidade pública terras para UHE São Roque
2 Avanços da Aneel na agenda de modernização do setor é destaque em congresso nacional de reguladores
3 Aneel realizará sessão virtual sobre a Agenda Regulatória 2022/2023
4 EPE e MME lançam o Caderno de Demanda de Eletricidade do PDE 2031

Transição Energética
1 Transmissão terá papel fundamental na transição energética
2 Acordo de redução de metano na COP 26 deve contar com setor de resíduos

3 COP26: Rascunho do acordo final lançado
4 Análise EPRI: Ação imediata em todos os setores essenciais para atingir as metas de carbono dos EUA
5 Québec, Califórnia e Nova Zelândia entram em uma nova fase de colaboração na luta contra as mudanças climáticas
6 Espanha: Castela e Leão destinam 53 mi de euros às mudanças climáticas, eficiência energética e economia circular
7 Espanha: Transição Ecológica concederá auxílio de até 60% para Projetos Piloto de Comunidades de Energia
8 Espanha: compromisso de encerrar o financiamento público para combustíveis fósseis até o final de 2022
9 FMI: Por que devemos aumentar o apoio aos países em desenvolvimento na luta contra as mudanças climáticas
10 A curta vida útil do metano apresenta uma oportunidade de ouro para abordar rapidamente a mudança climática
11 Integrando armazenamento com transmissão para uma transição livre de carbono

Empresas
1 BNDES garante R$ 330 mi de crédito à eficiência energética
2 Lucro da Taesa atinge R$ 536,9 mi no 3º trimestre
3 Lucro da Equatorial sobe 93,8% no 3º trimestre
4 Alupar tem lucro 26,3% maior no 3° trimestre
5 Engie tem receita de 46,9 bi de euros de janeiro a setembro, com destaque para o Brasil
6 BIC compra I-Recs da CGN Brasil Energia
7 Aeris mira segmento offshore e avalia mobilidade elétrica para 2022
8 Soltec lança programa de aceleração

9 Startup Rivian lança IPO nos EUA com preço de US$ 78 por ação

Leilões
1 Demanda para A-1 e A-2 pode ser declarada a partir desta quarta-feira

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Suspensão de medidas veio com a melhora das condições hidroenergéticas
2 Volume diminui e submercado Nordeste opera a 36,4%
3 Alupar: Linhão de Boa Vista ainda depende de negociação com indígenas

Mobilidade Elétrica
1 COP26: Cidade de São Paulo adere a compromisso para acelerar transição para veículos com emissão zero de poluentes até 2035
2 Cidade de São Paulo destaca frota de ônibus elétrico em painel da COP 26
3 Rio de Janeiro vai adotar ônibus elétricos em novo modelo de BRT
4 Wex prevê investir R$ 60 mi em fábrica no Piauí

5 Grandes montadoras recusam compromisso para acabar com veículos poluentes até 2040
6 Rivian faz estreia arrasadora na Bolsa de Nova York
7 Geely apresenta caminhão elétrico
8 Enel X tem as melhores estratégias para o transporte público eletrificado

Inovação
1 EDP vai investir em 1,5 GW de hidrogênio renovável até 2030
2 Soluções de hidrogênio verde e descarbonização: Shell e RWE querem impulsionar a transição energética

Energias Renováveis
1 Absolar: Geração própria de energia solar supera os 7,2 GW e 800 mil unidades consumidoras
2 Absolar: Usinas de grande porte já somam 4 GW em potência operacional
3 Scatec vai instalar usina solar de R$ 1,6 bi no RN
4 GreenYellow adquire 90% de usinas solares da FazSol

5 Brasil pode expandir alcance da produção da cadeia eólica
6 Geração eólica evitou racionamento e apagões em 2021
7 Tradener atinge marca de R$ 1 bi em projetos de geração própria de energia
8 Crown Estate planeja instalar 4 GW de energia eólica no Mar Celta

Gás e Termelétricas
1 Petrobras quer elevar preço do gás natural em até quatro vezes em 2022

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 Liquidação do MCP movimenta R$ 6,4 bi em setembro


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel declara de utilidade pública terras para UHE São Roque

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) declarou de utilidade pública, em favor da São Roque Energia, as terras necessárias à construção da UHE São Roque, de 141,9 MW, que está sendo construída no rio Canoas, em Santa Catarina. As terras ficam nos municípios catarinenses de Brunópolis, Curitibanos, Frei Rogério, Vargem e São José do Cerrito e correspondem a 6.409,7106 hectares. A resolução esclarece que a declaração de utilidade pública “não confere poderes expropriatórios” à empresa. Cabe à São Roque, com recursos próprios, negociar as áreas de propriedade privada existentes dentro do perímetro do empreendimento, amigável ou judicialmente, podendo inclusive invocar urgência. Em relação às áreas públicas, cabe à empresa postular o seu uso nos termos da legislação vigente para cada ente federativo. A decisão da Aneel representa a formalização do que já vinha sendo feito e chega no momento em que a empresa trabalha na finalização da usina, a única hidrelétrica com mais de 100 MW de capacidade atualmente em construção no Brasil. (Brasil Energia – 10.11.2021)

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2 Avanços da Aneel na agenda de modernização do setor é destaque em congresso nacional de reguladores

As boas práticas regulatórias da Aneel para a modernização e para a expansão do setor elétrico pautaram os debates do primeiro dia do XII Congresso Brasileiro de Regulação, nesta quarta-feira (10/11). O evento, que em 2021 acontece de 10 a 12 de novembro, em Foz do Iguaçu (PR), é promovido bienalmente pela Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR) e reúne autoridades do governo, representantes de agências reguladoras, mercado e estudiosos. O diretor-geral da Aneel, André Pepitone, destacou os principais avanços da Agência na Modernização Setor Elétrico – tema do painel que moderou com a participação de Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), e Thiago Barral, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Para Pepitone, a atuação da Agência pautada por previsibilidade, diálogo, regras claras e respeito aos contratos tem sido fundamental frente ao cenário caracterizado pela transição energética, pela abertura de mercado e pelo crescimento dos investimentos privados no setor. (Aneel – 10.11.2021)

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3 Aneel realizará sessão virtual sobre a Agenda Regulatória 2022/2023

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoverá na sexta-feira (19/11), às 10h, Audiência Pública virtual para discutir com a sociedade interessada a elaboração da Agenda Regulatória para o biênio 2022/2023. Nesse caso, a prática institucional reconhecida por conferir transparência e previsibilidade ao processo regulatório, a Agenda Regulatória apresenta a relação dos temas passíveis de regulamentação ou estudo por parte da Aneel no período de dois anos. A proposta a ser considerada na sessão virtual incorpora contribuições recebidas na Tomada de Subsídios nº 013/2021, promovida pela Aneel no período de 2 a 29/9/2021, que recebeu 518 contribuições de 37 participantes, das quais 65% foram aceitas total ou parcialmente. A Agenda Regulatória proposta para o biênio 2022/2023 contém 80 atividades (prioritárias e ordinárias) com entregas para 2022 e ainda 17 atividades indicativas previstas para o ano de 2023. Com isso, a expectativa que sejam publicadas 40 novas resoluções normativas em 2022. O evento será transmitido ao vivo pelo canal da Aneel no YouTube. Interessados em fazer exposição durante a audiência devem enviar os seus vídeos até 12h do dia 18/11 (véspera da realização), conforme as orientações deste link. (Aneel – 10.11.2021)

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4 EPE e MME lançam o Caderno de Demanda de Eletricidade do PDE 2031

A EPE e o MME lançam o Caderno de Demanda de Eletricidade do Plano Decenal de Expansão de Energia 2031 (PDE 2031), publicação que antecipa resultados de diversos aspectos relacionados à demanda elétrica que serão apresentados no documento final do PDE 2031. O Caderno traz a perspectiva de evolução até 2031 de consumo na rede por classes, autoprodução, perdas de energia, entre outros aspectos da demanda, considerando três trajetórias ou cenários - Inferior, Referência e Superior – que estão alinhados às expectativas apresentadas no Caderno de Economia. Ao longo do horizonte, no cenário Referência, o consumo de eletricidade cresce 3,5% ao ano. Mesmo com ritmo menor de crescimento, 3% a.a, a classe industrial permanece como a de maior consumo. Neste mesmo cenário, a carga de energia para atender a demanda, inclusive perdas, tem crescimento médio de 3,4% entre 2021 a 2031, alcançando 97 GW médios ao fim do período. Em comparação ao plano anterior (PDE 2030), a carga de energia do SIN em 2030 teve ligeiro aumento, passando de 93,8 GW médios para 94,3 GW médios. Clique aqui e acesse o Caderno de Demanda de Eletricidade. (EPE – 10.11.2021)

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Transição Energética

1 Transmissão terá papel fundamental na transição energética

Durante o painel “Papel das energias renováveis para enfrentar a emergência climática”, realizado nesta quarta-feira, 10 de novembro, durante o Brazil Windpower, a importância da transmissão foi ressaltada dentro do cenário da inserção de renováveis e transição energética, além da eletrificação da economia. De acordo com o diretor da Empresa de Pesquisa Energética, Erik Rego, a capacidade de escoamento da região Nordeste deve quadruplicar até 2028, podendo absorver cerca de 57 GW renováveis. Em 2024, o volume atual dobrará. “Com esse conjunto de obras, vai ser possível receber esse volume todo”, afirma. Segundo ele, os pedidos de conexão se intensificaram, o que fez com que a EPE planejasse essa expansão. Para o CEO da PSR, Luiz Augusto Barroso, a conexão à rede é um ponto importante, uma vez que o mundo está rediscutindo o papel da transmissão e como facilitar a conexão das renováveis. “Se não houver conexão, não vamos conseguir entregar as renováveis no ritmo que essa transição energética exige. Temos que olhar mais para a parte da implementação”, avisa o mesmo. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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2 Acordo de redução de metano na COP 26 deve contar com setor de resíduos

Em acordo proposto pelos Estados Unidos, Brasil se comprometeu a reduzir em 30% as emissões de metano no Brasil. Em 2020, o País foi responsável pela emissão de 20,2 milhões de toneladas, sendo 72% da agropecuária, 16% de resíduos e 9% de mudança de uso da terra. A grande questão é que o metano é 25 vezes mais nocivo que o CO2, o que deve levar a uma consideração mais efetiva sobre a redução deste gás de efeito estufa para fins de cumprimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris, incluindo também o setor de resíduos. Segundo o 6º Relatório (AR6) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que teve o relatório do seu 1º Grupo de Trabalho publicado recentemente, há grande preocupação com aquecimento Global, como incêndios florestais, inundações e elevação da temperatura e do nível do mar, apontando que o planeta Terra aquecerá 1,5 graus até 2040, com fortes efeitos inclusive no Brasil. O mesmo relatório indica emissões insustentáveis de gases do efeito estufa (GEE), mensurados em toneladas equivalentes de CO2, e parte delas são provenientes do metano gerado pela disposição de resíduos no meio ambiente. (O Estado de São Paulo – 10.11.2021)

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3 COP26: Rascunho do acordo final lançado

A eliminação gradual do carvão e a adaptação e financiamento para os países em desenvolvimento estão entre os focos do documento. O rascunho de sete páginas publicado pela agência climática da ONU, que será o foco das negociações nos últimos dias da COP26, reafirma a meta do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2 ° C acima dos níveis pré-industriais . Ao mesmo tempo, reforça o impulso para limitar o aumento a 1,5 ° C, com reduções de emissões de gases de efeito estufa, incluindo reduções de emissões de CO2 em 45% até 2030 em relação ao nível de 2010 e para zero líquido por volta de 2050. “Isso requer uma ação significativa e eficaz de todas as partes nesta década crítica com base no melhor conhecimento científico disponível”, afirma o documento, ao exortar as partes a fortalecerem suas metas para 2030 e a comunicarem suas estratégias para emissões líquidas zero por volta de 2050 antes do final de 2022. A última avaliação baseada em contribuições nacionalmente determinadas da maioria dos signatários do Acordo de Paris tem um platô de emissões de gases de efeito estufa em 2030 em 13,7% acima do nível de 2010. (Smart Energy – 10.11.2021)

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4 Análise EPRI: Ação imediata em todos os setores essenciais para atingir as metas de carbono dos EUA

Se os Estados Unidos quiserem atingir sua meta de mudança climática para 2030, as reduções de carbono em todos os setores da economia, incluindo a eletrificação acelerada, serão cruciais, de acordo com uma nova análise do Electric Power Research Institute (EPRI). Nesse caso, advindo no encalço do Congresso apresentar um projeto de lei pedindo mais de US $ 1 trilhão em desenvolvimento de infraestrutura, o relatório EPRI transmite o que pode ser necessário para atingir a meta provisória dos EUA com base na modelagem detalhada de caminhos econômicos pela organização sem fins lucrativos de pesquisa e desenvolvimento, juntamente com sua análise de vários estudos de terceiros. As principais descobertas incluem que: alcançar a meta dos EUA para 2030 significa triplicar o ritmo recente de descarbonização; o uso de eletricidade aumenta em até 23% à medida que cresce a dependência de eletricidade limpa em toda a economia; à medida que o sistema elétrico se expande para apoiar a economia de energia limpa, os custos gerais de energia diminuem para muitas famílias. Para ter acesso ao relatório completo clique aqui. (EE Online – 10.11.2021)

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5 Québec, Califórnia e Nova Zelândia entram em uma nova fase de colaboração na luta contra as mudanças climáticas

Québec, Califórnia e Nova Zelândia assinaram uma declaração conjunta em Glasgow, Escócia, na terça-feira, com o objetivo de intensificar sua cooperação na luta contra as mudanças climáticas. O Ministro do Meio Ambiente e da Luta contra as Mudanças Climáticas, o Ministro Responsável pela Luta contra o Racismo e o Ministro Responsável pela Região de Laval, Benoit Charette , a Presidente do Conselho de Recursos Aéreos da Califórnia, Liane M. Randolph, e a Ministra da Nova Zelândia Mudanças Climáticas, James Shaw , se reuniu durante evento realizado paralelamente à 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) e se comprometeu a compartilhar informações e conhecimentos sobre mercados de carbono, entre outros. Em 2020, a Nova Zelândia aprovou legislação para fortalecer seu mercado de carbono, que está em operação desde 2008, enquanto Québec e Califórnia operam um mercado de carbono vinculado desde 2014. Os signatários declararam sua intenção de promover o maior potencial dos mercados de carbono internacionalmente no que diz respeito aos inúmeros esforços que precisarão ser feitos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) e limitar o aumento da temperatura global a 1,5 C. (EE Online – 10.11.2021)

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6 Espanha: Castela e Leão destinam 53 mi de euros às mudanças climáticas, eficiência energética e economia circular

O Ministério do Desenvolvimento e Meio Ambiente aumenta seu orçamento para 2022 em 36,8% em relação a este ano. Nesse caso, a eficiência energética em moradias sociais construídas ou a construir; ou ações de eficiência energética a partir da biomassa, com ampliação das redes de calor existentes (Burgos ou Valladolid) são alguns dos projetos orçados. Outros programas serão para a Recuperação e Melhoria Ambiental de áreas degradadas, entre eles por resíduos inertes, mineração a céu aberto ou resíduos de mineração; ou a renovação da Rede de Controle de Qualidade do Ar. O Ministério do Desenvolvimento e Ambiente apresentou o conteúdo do Projeto Orçamental para 2022, projeto que conta com 800,65 milhões de euros, destacando-se o forte aumento de 36,8% (mais 215,4 milhões) face ao ano anterior, em parte, conforme reportado pelo Board, graças à contribuição de novos fundos europeus. Um aumento que se reflete em todas e cada uma das áreas de competência do Ministério do Desenvolvimento e Meio Ambiente. Por exemplo, Qualidade Ambiental e Sustentabilidade aumentaram 117%, com destaque para o aumento da biomassa e a expansão das redes de calor existentes; e Habitação, Arquitetura e Urbanismo em 180% com a ampliação e melhoria do Parque Público de Aluguel Social, com destaque, em parte, para a eficiência energética. (Energías Renovables - 11.11.2021)

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7 Espanha: Transição Ecológica concederá auxílio de até 60% para Projetos Piloto de Comunidades de Energia

O Ministério da Transição Ecológica colocou hoje à disposição do público as bases com que quer regular a concessão de ajudas a "projectos-piloto únicos de comunidades energéticas". O objetivo é receber denúncias, comentários e contribuições (até o próximo dia 19 de novembro) das partes interessadas. O auxílio, em todo o caso, foi concebido - explica o Ministério - para apoiar “as entidades jurídicas, públicas ou privadas, que promovam a participação dos cidadãos em áreas como as energias renováveis eléctrica e térmica, a eficiência energética, a mobilidade sustentável e a gestão da procura”. Serão elegíveis ações associadas à biomassa, biogás ou outros gases renováveis, eólica, hidráulica e solar fotovoltaica; solar térmica, aerotérmica, geotérmica, hidrotérmica e biometano. Essa linha de auxílio, gerida pelo Instituto de Diversificação e Economia de Energia (IDAE), é a segunda a ser aberta a audiência pública depois do auxílio aos Escritórios de Transformação Comunitária (OTCs). (Energías Renovables - 11.11.2021)


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8 Espanha: compromisso de encerrar o financiamento público para combustíveis fósseis até o final de 2022

A Espanha assinou nesta quarta-feira (10/11) o compromisso lançado na COP26 na semana passada para acabar com o financiamento público internacional de carvão, petróleo e gás até o final de 2022. Com a sua adesão, o número de signatários do compromisso chega a 30 e a média anual de financiamento público potencial transferido de fósseis combustíveis para energia limpa somam pelo menos US $ 23,6 bilhões por ano. Após uma onda de compromissos voltados para o fim do financiamento público internacional do carvão, este é o primeiro compromisso que também aborda o petróleo e o gás. A decisão foi tomada na última quinta-feira, 4 de novembro, quando um grupo de países e instituições se comprometeram a encerrar esse financiamento até o final de 2022 na Conferência do Clima das Nações Unidas, COP26. Ontem, Alemanha e El Salvador aderiram à iniciativa; e hoje a Espanha confirmou que também está aderindo. Com isso, o número de signatários sobe para 30 e a média anual do potencial de financiamento público transferido de combustíveis fósseis para energia limpa sobe para pelo menos 23,6 bilhões de dólares por ano. (Energías Renovables - 10.11.2021)

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9 FMI: Por que devemos aumentar o apoio aos países em desenvolvimento na luta contra as mudanças climáticas

A chefe do FMI, Kristalina Georgieva, falou sobre a importância do financiamento para as mudanças climáticas. Georgieva diz que isso não deve envolver apenas melhorar a resiliência de fatores como infraestrutura e safras, mas também aumentar significativamente a velocidade dos cortes nas emissões de aquecimento do planeta. O apoio à África é fundamental para enfrentar a luta contra as mudanças climáticas; muitas pessoas já estão deixando o continente devido às condições extremas, causadas pelo aumento das temperaturas. Os países ricos devem fazer mais para ajudar os países em desenvolvimento, para que possamos assumir o controle do destino de nosso planeta como uma força unida. Nesse caso, a adaptação aos impactos da mudança climática que se agravam rapidamente exigirá não apenas mais dinheiro para infraestrutura, safras e outros sistemas mais resistentes, mas também cortes muito mais rápidos nas emissões que causam o aquecimento do planeta, disse o chefe do Fundo Monetário Internacional. (World Economic Forum – 10.11.2021)

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10 A curta vida útil do metano apresenta uma oportunidade de ouro para abordar rapidamente a mudança climática

Sébastien Biraud é um cientista do Berkeley Lab liderando um esforço para identificar e mitigar alguns dos maiores emissores de metano no sul do vale de San Joaquin, na Califórnia. O metano é um poluente atmosférico e gás de efeito estufa de vida curta, capaz de aquecer a atmosfera cerca de 80 vezes mais rápido que o dióxido de carbono, de vida muito mais longa, em 20 anos. Este mês, os Estados Unidos e a União Europeia lançaram o Global Methane Pledge na conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em reconhecimento à chance que os países têm de desacelerar a mudança climática combatendo as emissões de metano - possivelmente até antes do final desta década. Os países que aderem ao compromisso se comprometem com uma meta coletiva de reduzir as emissões globais de metano em pelo menos 30% dos níveis de 2020 antes de 2030, com um foco particular nas fontes de altas emissões. Desde 2019, Biraud e a equipe estão estabelecendo uma estrutura para identificar e monitorar esses "superemissores" no vale de San Joaquin, no sul da Califórnia, onde mais de 50% das emissões de metano podem ser rastreadas até menos de 10% dos superemissores de laticínios e indústrias de petróleo e gás. (Berkeley Lab – 10.11.2021)

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11 Integrando armazenamento com transmissão para uma transição livre de carbono

Nigel Blackaby fala com Matt Allen, chefe da Pivot Power, para descobrir como uma abordagem colaborativa e inovadora pode desbloquear todo o potencial da flexibilidade energética. Enquanto os participantes do setor de energia no Reino Unido estão se concentrando na implantação de sistemas de armazenamento de energia de longa duração e integrando-os com recursos renováveis, casos de uso inovadores e novos, como conectar o armazenamento de energia às redes de transmissão, são vitais para desbloquear todo o potencial da flexibilidade energética. Matt Allen explica como a colaboração e a inovação estão sendo implementadas no projeto Energy Superhub Oxford para desbloquear sistemas de energia inteligentes locais para fornecer a transição energética. (Smart Energy – 10.11.2021)

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Empresas

1 BNDES garante R$ 330 mi de crédito à eficiência energética

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a criação do Programa de Garantias a Crédito para Eficiência Energética – FGEnergia, destinado a prestar garantias à concessão de crédito indireto a projetos de eficientização no Brasil. O objetivo é apoiar investimentos que promovam a redução do desperdício de energia elétrica e a emissão de gases do efeito estufa, além de aumentar a competitividade empresarial para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Ao facilitar a implantação das iniciativas, é esperado também a inclusão financeira, criação de empregos e a elevação da segurança energética. A primeira captação será realizada com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), através da Eletrobras, no valor de R$ 40 milhões. Com estes recursos, o banco prevê que pode garantir empréstimos de até R$ 330 milhões, já que cada real em garantia impulsiona até oito vezes o valor emprestado. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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2 Lucro da Taesa atinge R$ 536,9 mi no 3º trimestre

A empresa de transmissão de energia Taesa fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 536,9 milhões, uma queda de 18,3% na comparação com os R$ 657,4 milhões anotados em igual período do ano passado. A receita líquida da companhia entre julho e setembro ficou em R$ 1,354 bilhão, uma queda de 39,4% na comparação com os R$ 2,234 bilhões de igual período de 2020. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 539,7 milhões no terceiro trimestre, uma alta de 31,4% na comparação com os R$ 410,6 milhões do terceiro trimestre do ano passado. Segundo a empresa, o lucro líquido foi negativamente impactado pelo IGP-M menor (2,05% no terceiro trimestre deste ano, contra 6,67% no terceiro trimestre do ano passado), que afetou a receita de correção monetária e a equivalência patrimonial. Além disso, houve aumento de R$ 111,1 milhões nas despesas financeiras líquidas, resultado do aumento do IPCA e do CDI e do menor volume médio de caixa entre os períodos comparados. (Valor Econômico – 10.11.2021)

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3 Lucro da Equatorial sobe 93,8% no 3º trimestre

A Equatorial Energia registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 1,41 bilhão no terceiro trimestre deste ano, um avanço de 93,8% em relação ao mesmo período de 2020. A receita líquida cresceu 78% no comparativo anual, para R$ 7,5 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 1,45 bilhão entre julho e setembro, uma alta de 23,8% em relação ao mesmo período do ano passado, com a margem ajustada caindo 8,5 ponto percentual, para 19,4%. Segundo a companhia, o resultado do Ebitda ajustado foi beneficiado pelo expressivo aumento do mercado nas distribuidoras, além do aumento da tarifa fio B. O nível de alavancagem, medido pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, foi de 2,1 vezes ao fim do trimestre passado, praticamente estável na base anual. (Valor Econômico – 10.11.2021)

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4 Alupar tem lucro 26,3% maior no 3° trimestre

A Alupar reportou um lucro líquido de R$ 240,3 milhões no terceiro trimestre de 2021, aumento de 26,3%, na comparação com o mesmo período de 2020. No acumulado do ano o resultado positivo da empresa é 86,4% maior, com R$ 896,1 milhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) nos três meses encerrados em setembro somou R$ 902,8 milhões, alta de 20,7% ante o ano anterior e no ano está em R$ 3,1 bilhões, elevação de 65,9%. A receita bruta da empresa no trimestre recuou 22,9% ante 2020, para quase R$ 1,3 bilhão e no ano é registrado aumento de 6,1% com R$ 4,5 bilhões. Na formação dessa receita, o maior volume vem de receita de remuneração do ativo de concessão, responsável por crescimentos de 44,3% no trimestre e 129,3% no ano, com R$ 674,2 milhões e R$ 2,7 bilhões, respectivamente.No segmento de transmissão, a empresa reportou um lucro trimestral de R$ 267,4 milhões e no ano soma R$ 972,6 milhões. Em geração o resultado é negativo em R$ 23,1 milhões no trimestre e na soma dos nove meses de 2021 está em R$ 15,2 milhões, queda de 53% na comparação com o reportado um ano antes. O balanço energético da companhia registra o impacto do GSF de 251,1 GWh no trimestre, além de uma exposição negativa na CCEE de 274,9 GWh, devido à estratégia de sazonalização adotada. A disponibilidade das unidades geradoras da empresa recuou de 82,9% para 76,3% na comparação trimestral.Em termos de investimentos foram realizados aportes totais da ordem de R$ 182,9 milhões, sendo R$ 190,5 milhões no segmento de transmissão, redução de R$ 9,1 milhões no segmento de geração e ainda R$ 1,4 milhão no desenvolvimento de novos negócios. Esse volume é bem menor quando comparado aos R$ 659,6 milhões registrados no terceiro trimestre de 2020. No ano, os valores somam R$ 823,2 milhões, menos da metade do montante de R$ 1,8 bi de um ano antes. A dívida bruta consolidada da Alupar e suas subsidiárias totalizou R$ 9,4 bilhões. As disponibilidades (caixa equivalente de caixa / investimentos de curto prazo / títulos e valores mobiliários) totalizaram R$ 1,6 bilhão. Sendo assim, a dívida líquida registrada ao final do trimestre totalizou R$ 7,8 bilhões, ante os R$ 6,8 bilhões de dezembro de 2020. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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5 Engie tem receita de 46,9 bi de euros de janeiro a setembro, com destaque para o Brasil

O conglomerado francês Engie registrou receitas de 46,9 bilhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, uma alta de 18,3% na comparação anual. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) entre janeiro e setembro foi de 7,6 bilhões de euros, valor 22,7% maior que o visto no mesmo período de 2020. A Engie destaca que comissionou 3,7 gigawatts (GW) de capacidade de energia renovável nos últimos 12 meses, sendo 1,8 GW nos primeiros nove meses deste ano. A empresa diz que está a caminho de comissionar 3 GW neste ano, somando 9 GW em renováveis desde 2019. Destacam também o desempenho dos seus ativos nucleares na Bélgica, com 92% de despacho. De acordo com a empresa, os ativos operados por ela no Brasil tiveram importante influência nos resultados dos primeiros nove meses de 2021, mesmo com a crise hídrica. Isso foi possível por gestão ativa de portfólio, assim como seguros e instrumentos regulatórios, comenta a Engie. (Valor Econômico – 10.11.2021)

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6 BIC compra I-Recs da CGN Brasil Energia

A BIC acaba de adquirir da CGN Brasil Energia os certificados I-REC, que reconhece empresas sustentáveis que utilizam energia limpa para a realização de suas atividades. A empresa é líder mundial em papelaria, isqueiros e barbeadores. Ao adquirir os certificados I-REC dos parques eólicos da CGNBE, a BIC tem o rastreio e garante que a energia que consume provém de fonte renovável, 100% limpa, mostrando seu engajamento e compromisso com a sustentabilidade. Em 2020, a BIC atingiu 80% de utilização de energia renovável e pretende chegar aos 100% até 2025, como parte do programa global de sustentabilidade “Escrevendo o Futuro, Juntos”, que se compromete a participar da causa pela neutralização das emissões de gases de efeito estufa no mundo. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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7 Aeris mira segmento offshore e avalia mobilidade elétrica para 2022

Mesmo tendo o segmento onshore como carro-chefe de sua produção a curto e médio prazo, a fabricante de pás eólicas Aeris Energy está com negociações adiantadas e deve fechar os primeiros contratos no ambiente offshore no ano que vem, mirando o mercado americano mas também não excluindo o resto do mundo, disse o CEO da companhia, Bruno Vilela, durante teleconferência aos acionistas nessa quarta-feira, 10 de novembro. Ele lembra que a companhia já possui capacidade para esse tipo de produção no Brasil e que a regulamentação da atividade teve um avanço considerável nos últimos meses, com o processo podendo ser finalizado esse ano. Quantos às linhas fabris, Vilela informou que terá todas em estágio maduro de produção em meados de 2022, o que ajudará a acompanhar o crescimento previsto nos pedidos após as metas firmadas recentemente na COP 26. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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8 Soltec lança programa de aceleração

A Soltec lançou o Aurora, um programa acelerador, com o qual a empresa busca promover projetos inovadores que combatam as mudanças climáticas por meio de energias renováveis. A iniciativa oferecerá patrocínio e financiamento, além de infraestrutura e recursos da Soltec como parceira comercial e tecnológica e mentora dos projetos. A promoção está relacionada a ideias ligadas ao ao hidrogênio verde, armazenamento de energia, redes inteligentes ou novos materiais estruturais para usinas e sua reciclagem, entre outros. De acordo com a empresa espanhola, a aceleração será realizada por meio de ferramentas como blockchain, cibersegurança, big data, aprendizado de máquina, IoT e manufatura digital. O objetivo é a busca de projetos com foco global, alinhado com o setor de tecnologia limpa e comprometido com a sociedade e o meio ambiente. A Aurora oferecerá ainda toda a sua infraestrutura e recursos e um espaço de co-working para fazer networking. Para ingressar no Aurora o interessado deve acessar este link e enviar seu projeto. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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9 Startup Rivian lança IPO nos EUA com preço de US$ 78 por ação

A startup de veículos elétricos Rivian Automotive fixou o preço do seu IPO (oferta pública inicial) em U$ 78 por ação nesta terça-feira (9). De acordo com o site norte-americano CNBC, a empresa apoiada pela Amazon (AMZO34) e pela FORD (FDMO34) espera que a oferta pública seja capaz de gerar uma receita de quase US$ 12 bilhões. As ações serão negociadas na Nasdaq por meio do ticket RIVN. Com o preço dos papéis estipulado a US$ 78, a companhia passa a ter um valor de mercado de US$ 66,5 bilhões, algo próximo ao valor de mercado da Ford (US$ 79 bilhões) e da General Motors (US$ 85 bilhões). Ainda conforme o site, a Rivian informou em comunicado que pode perder até US$ 1,28 bilhão no terceiro trimestre, enquanto deve gerar uma receita de até U$ 1 milhão. No entanto, a companhia ressalta que possui cerca de 55 mil encomendas de veículos elétricos de R1T, caminhão que custa a partir de Us$ 67.500, e de RIS, um SUV de US$ 70.000. Todos os pedidos devem ser atendidos até o fim de 2023. (O Estado de São Paulo – 10.11.2021)

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Leilões

1 Demanda para A-1 e A-2 pode ser declarada a partir desta quarta-feira

O Sistema de Declaração Digital que contém o formulário de “Declaração de Necessidades de Compra de Energia Elétrica” e o “Termo de Compromisso de Compra de Energia Elétrica” pelas distribuidoras para os leilões A-1 e A-2 está disponível a partir desta quarta-feira, 10 de novembro, na página do MME. Os certames de energia existente de 2021 serão realizados no dia 3 de dezembro. A distribuidoras terão até 18 de novembro para enviar as declarações por meio do Sistema DDIG. A demanda declarada para os leilões poderá ser retificada ou ratificada pela empresa. O A-1 vai ofertar energia em contratos por quantidade. No A-2 serão será feita a contratação por disponibilidade de usinas termelétricas a biomassa, a carvão mineral nacional, a gás de processo e a gás natural, e por quantidade, para as demais fontes. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Suspensão de medidas veio com a melhora das condições hidroenergéticas

Durante o Brazil Windpower, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, respondeu as críticas sobre a suspensão do recebimento de ofertas de recursos adicionais de geração e de Resposta Voluntária da Demanda por conta da melhora das condições hidroenergéticas. Para ele, o Brasil não precisa de energia de ponta neste momento. O executivo reconheceu a contribuição do setor industrial em deslocar ou reduzir a demanda de energia nos horários de pico para assegurar a manutenção da segurança energética no país, mas disse que o Brasil precisa agora recuperar os reservatórios, que foram fortemente prejudicados pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos. O Operador, no entanto, não exclui a possibilidade da retomada das ações em 2022, caso seja identificada a necessidade de recursos adicionais para atendimento à demanda por energia elétrica no País. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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2 Volume diminui e submercado Nordeste opera a 36,4%

Os reservatórios nordestinos registraram recuo de 0,1 p.p. em seu volume útil e trabalham a 36,4%, aponta o boletim do ONS de 9 de novembro. A energia armazenada indica 18.796 MW mês e a ENA computa 4.100 MW med, correspondendo a 64% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 34,71%. Já no Sul os níveis subiram 0,2 p.p para 53,3% da capacidade em relação ao dia anterior. A energia retida é de 10.602 MW mês e ENA aponta 6.025 MW med, valor que corresponde a 73% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo trabalham com 60,30% e 52,89% respectivamente. A região Norte verificou redução de 0,5 p.p e opera a 42,3%. A energia guardada mostra 6.419 MW mês e a ENA aparece com 4.551 MW med, o mesmo que 77% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 49,51%. No SE/CO do país o armazenamento hidroelétrico não sofreu alterações e o subsistema segue com 18,6%. A energia armazenada está em 37.806 MW mês e ENA é de 23.337 MW med, equivalente a 84% da MLT. Furnas marca 20,62% e a usina de São Simão marca 11,61%. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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3 Alupar: Linhão de Boa Vista ainda depende de negociação com indígenas

Mesmo com a Licença de Instalação do Linhão Manaus-Boa Vista emitida pelo Ibama no final de setembro, a Alupar Investimentos precisa ainda acertar os detalhes finais com a comunidade indígena Waimiri-Atroari para obter o termo final e iniciar o projeto, num impasse que passa pela criação de um comitê específico e também pela atuação dos dos órgãos públicos. “É uma negociação não só da TNE, visto que os índios estão colocando diversas reinvindicações na mesa que não tem a ver com a empresa. Isso tem que ser analisado e cada agente assumir sua responsabilidade para reparação de todos os impactos pelos próximos 100 anos”, comentou o diretor financeiro da companhia, José Luiz de Godoy Pereira, durante teleconferência ao mercado nessa quarta-feira, 10 de novembro. O projeto é realizado em sociedade com a Eletronorte. A linha de transmissão de 500 kV Engenheiro Lechuga-Equador-Boa Vista em circuito duplo e as subestações associadas envolvem cerca de 715 km de extensão, atravessando os estados do Amazonas e Roraima. O projeto foi licitado em 2011 e além do licenciamento ambiental, passa também por questionamentos sobre o valor do contrato. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 COP26: Cidade de São Paulo adere a compromisso para acelerar transição para veículos com emissão zero de poluentes até 2035

O município de São Paulo aderiu a uma declaração na COP26, que visa acelerar o uso de veículos não poluentes. O documento é endossado por 33 países, além de outras cidades e 11 fabricantes de automóveis. O governo brasileiro não consta da lista de países signatários do texto, que é uma carta de intenções política, não vinculante juridicamente. O texto estabelece que os governos nacionais signatários trabalharão para que, até 2040, todos os novos automóveis e vans já não estejam equipados com motor a combustão. Nos mercados maiores, a intenção é que as vendas desse tipo de veículo sejam suspensas cinco anos antes, em 2035. No caso de cidades, estados e governos regionais que aderiram à declaração, o compromisso é trabalhar para que suas frotas próprias não emitam gases-estufas até 2035 "no mais tardar" e implementar políticas para incentivar a transição para o uso de veículos não poluentes em geral "na medida do possível dentro de nossos poderes jurisdicionais". Em nota ao GLOBO, a Prefeitura de São Paulo explicou que o novo documento se une ao plano do município para enfrentamento das mudanças climáticas, o Planclima SP, no qual assume o compromisso de zerar as emissões de poluentes dos veículos da frota própria da prefeitura até 2038. Sobre as políticas de incentivo para a transição da frota em geral, a nota afirmou que "é uma intenção em que seria necessária uma série de esforços para realmente executar-se no âmbito das cidades, mas que as cidades signatárias creem e concordam ser o caminho no enfrentamento às mudanças climáticas, para cumprimento do Acordo de Paris". Além do Brasil, EUA, China, Alemanha, França e Espanha estão entre os países que não assinaram a declaração. Em um memorando paralelo, 15 países, incluindo o Reino Unido, o Canadá e a Holanda, também se comprometeram a garantir que a partir de 2040 sejam apenas vendidos carros e caminhões não poluentes. Ambas as iniciativas, sem a força de um tratado internacional, se assemelha a outras que o Brasil assinou na conferência na semana passada, como a que promete zerar o desmatamento até 2030 e a que promete reduzir em 30% as emissões do gás metano. (O Globo – 10.11.2021)

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2 Cidade de São Paulo destaca frota de ônibus elétrico em painel da COP 26

Na terça-feira (09), a Prefeitura de São Paulo, representada pela secretária municipal de Relações Internacionais, Marta Suplicy, participou da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), que é realizada em Glasgow, Escócia, de modo remoto. No painel “Brazil Climate Action Hub”, a secretária apresentou as principais previsões do Plano de Ação Climática do Município de São Paulo 2020-2050 (PlanClima-SP), com destaque para o tema da eletrificação da frota de ônibus na capital. Marta Suplicy reafirmou que as metas da cidade são baseadas na ciência, a fim de promover abertamente o tema da sustentabilidade em suas políticas públicas ousadas e flexíveis. “Atualmente a ciência nos mostra que está concentrada nas cidades a maior parte das emissões de gases de efeito estufa. Em São Paulo, o terceiro inventário de emissões identificou que o setor de transportes representa 62% do total de gás carbônico emitido na atmosfera”, observou. “Já estamos sob trabalho intenso para ter uma frota de ônibus com matrizes energéticas limpas no curtíssimo prazo. Nosso programa de metas já considera que 20% da frota seja carbono zero até 2024. Um compromisso que exige planejamento, disponibilidade de recursos internacionais e locais”, explica. Segundo Marta Suplicy: “O compromisso de São Paulo é com a promoção da mobilidade urbana segura e sustentável, apoiando o crescimento econômico e mitigando os danos ambientais. Como um baluarte contra o negacionismo climático e científico, estamos comprometidos em trazer a ação climática para o centro das discussões, ao propor iniciativas ousadas e inovadoras, liderando o caminho. (São Paulo – 10.11.2021)

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3 Rio de Janeiro vai adotar ônibus elétricos em novo modelo de BRT

O Rio de Janeiro é mais uma capital a abrir espaço para ônibus elétricos na frota municipal. O prefeito Eduardo Paes anunciou nesta semana que o novo modelo de BRT vai contar com 62 veículos elétricos, parte de uma frota de 515 unidades que serão compradas no âmbito de um novo modelo de operação desse sistema. Segundo a Prefeitura, os ônibus elétricos serão do modelo “padron” (modelos não articulados, com 12 a 15 metros de comprimento, com capacidade de 80 passageiros). A modalidade é parte do processo de reestruturação do BRT, sistema que se deteriorou nos últimos anos, assim como o serviço de transporte público da cidade. A autonomia dos veículos deve ser de 250 km por carga e tempo máximo de recarga das baterias de três horas. Segundo as especificações da Prefeitura, as baterias devem manter a capacidade exigida na garantia (80% em até oito anos e 70% em até 10 anos) e tempo de carga durante a vigência do contrato, independente da profundidade de descarga (DOD, depth of discharge). O plano municipal prevê um modelo no qual licitará o serviço em duas fases. Na primeira fase, a licitação envolve a locação da frota pela prefeitura, permitindo a substituição da frota antiga (hoje de cerca de 220 unidades). A segunda fase prevê a concessão da operação do sistema. Está prevista ainda a concessão do serviço de bilhetagem digital, de pagamento de passagens. A expectativa é de que o edital para a locação dos ônibus seja lançado no fim deste mês de novembro. O vencedor da licitação ficará responsável pela aquisição dos novos ônibus e pela fiscalização da manutenção a ser realizada pelo operador. A Prefeitura realizará audiência pública sobre a licitação da locação da frota no próximo dia 17/11, na Câmara de Vereadores. De acordo com a gestão municipal, os veículos elétricos estão de acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio, que estipula uma substituição de até 20% da frota do sistema de ônibus por veículos zero emissão, até 2030. (Brasil Energia – 10.11.2021)

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4 Wex prevê investir R$ 60 mi em fábrica no Piauí

O governador do Piauí, Wellington Dias, selou na sexta-feira (05), um entendimento para construir uma nova fábrica de motos elétricas no estado que promete gerar diversos empregos. A empresa cearense Wex, planeja se instalar na Zona de Processamento de Exportações (ZPE), no litoral do Piauí, e produzir motos elétricas tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo. O plano da empresa prevê investimentos no valor de R$ 60 milhões, com geração de 200 empregos diretos e 1000 empregos indiretos. De acordo com o governador do Piauí está sendo trabalhado, dentro da ZPE, as condições de apoio para a produção de motos elétricas voltada para o mercado interno, mas também em uma perspectiva de ser aberta uma nova porta para o mercado externo. De acordo com o cronograma, a construção da nova fábrica no Piauí, que promete gerar vários empregos, deve ocorrer daqui a 14 meses. (Click Petróleo e Gás – 08.11.2021)

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5 Grandes montadoras recusam compromisso para acabar com veículos poluentes até 2040

As três maiores fabricantes de automóveis do mundo se recusaram a assinar um acordo para interromper a produção de veículos a combustão até 2040. Toyota, Volkswagen e a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi não se comprometeram com um pacto feito por montadoras, países e cidades na quarta-feira (10), durante a COP26 (Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas). O acordo é apoiado por marcas como Ford, Mercedes-Benz, General Motors e Volvo, que já haviam anunciado metas para interromper a fabricação de carros com motores de combustão interna. No comunicado, os signatários prometem vender apenas veículos com emissão zero de gases de efeito estufa a partir de 2040, sendo 2035 o prazo para os principais mercados. A Toyota defendeu sua decisão, alegando que seu atual modelo de negócios torna esse compromisso difícil. O presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, também se manifestou sobre o tema, rejeitando a promessa feita pelas montadoras na COP26. Em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, Diess afirmou que tal eliminação não é possível. "Precisamos de matérias-primas, novas minas, uma economia circular. A capacidade das baterias e a construção de redes de energia renováveis em toda a Europa serão o gargalo", acrescentou. A Volkswagen se comprometeu até agora a produzir veículos exclusivamente elétricos na Europa a partir de 2035, e a ter uma frota neutra de CO2 em todo o mundo até 2050. (Yahoo! – 10.11.2021)

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6 Rivian faz estreia arrasadora na Bolsa de Nova York

A companhia de carros SUV, pick-ups e caminhonetes elétricas Rivian estreou nesta quarta-feira (10) em Wall Street, onde alcançou uma capitalização de quase 100 bilhões de dólares. Esse valor supera o de tradicionais fabricantes automotivos, como Ford (US$ 78 bilhões) e General Motors (US$ 86 bilhões), apesar de a Rivian ter acabado de lançar seus primeiros veículos. O preço inicial de cotação das ações da Rivian foi estabelecido na noite de terça-feira em 78 dólares por unidade, superando assim o intervalo de entre 57 e 62 dólares que havia sido estimado há cerca de dez dias. Diante da forte demanda pelos papéis da companhia, esta elevou na terça-feira a quantidade de ativos que seriam emitidos. Contudo, isso não bastou para saciar a sede do mercado e a cotação se valorizou em mais de 50% no início das negociações em Wall Street. No fechamento do pregão, a ação terminou cotada a 100,73 dólares, o que representa uma capitalização de 99 bilhões de dólares. Nesse sentido, esta é a estreia mais alta na Bolsa de Nova York desde a oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) da gigante chinesa do comércio eletrônico, Alibaba, em 2014. (Estado de Minas – 10.11.2021)

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7 Geely apresenta caminhão elétrico

A Geely anunciou uma nova linha de caminhões elétricos. Trata-se do modelo Homtruck, produzido pela divisão Farizon Auto, que revelou a sua nova geração de semi-reboques inteligentes movidos a bateria. Construído sobre uma arquitetura altamente modular, o Homtruck promete ser "um dos veículos comerciais mais avançados e limpos do mercado" quando a produção e as entregas começarem no início de 2024. A arquitetura do caminhão elétrico pode acomodar várias opções de trem de força, incluindo extensor de alcance, híbrido a metanol e 100% elétrico com opção de troca de bateria. Este último permitirá que o Homtruck seja carregado nos postos de serviço nas rodovias "em minutos". Embora não haja especificações disponíveis no momento, a Geely diz que o novo caminhão elétrico apresenta grandes avanços em trens de força sustentáveis e se concentra na eficiência, bem como na segurança do motorista e dos pedestres. O fabricante do caminhão elétrico diz que o sistema de gerenciamento de energia pode gerenciar o fornecimento de energia ou combustível do caminhão para alcançar o melhor desempenho em termos de eficiência, ao mesmo tempo em que é capaz de recomendar rotas de reabastecimento ou recarga ideais para o motorista. Graças aos sensores, como Lidar, radares e radar ultra-sônico, juntamente com conexão 5G e V2X, o Homtruck será capaz de utilizar as funções de direção autônoma nível 4 'mãos-livres'. (Inside EVs – .11.2021)

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8 Enel X tem as melhores estratégias para o transporte público eletrificado

A Enel X, divisão global de negócios do Grupo Enel destinada a fomentar a transição energética e maior fornecedora de programas de transporte público baseados em ônibus elétricos do mundo fora da China, gerencia e cuida de mais de 1,3 mil ônibus elétricos na América Latina. Com toda a experiência e o conhecimento adquiridos em operações em outros países, a Enel X está trabalhando com prefeituras, operadoras e demais autoridades na implantação de programas de transformação dos sistemas de transporte público em diversas regiões do Brasil, para ajudar as cidades a reduzirem a emissão de poluentes. A expectativa é que os primeiros projetos sejam anunciados em breve. Carlos Eduardo Cardoso de Souza, head da Linha de Negócios de e-Cities da Enel X, explica que a empresa está em negociações avançadas com autoridades e operadores em diversas cidades, como São Paulo, onde já existe uma lei que prevê a redução das emissões de CO2 em até dez anos. Além da evolução na qualidade do transporte, a eletrificação traz importantes avanços para a cidade, com veículos mais modernos, silenciosos e, claro, que não poluem a atmosfera. (O Estado de São Paulo – 10.11.2021)

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Inovação

1 EDP vai investir em 1,5 GW de hidrogênio renovável até 2030

A EDP tem uma nova meta estratégica para o hidrogénio renovável e prevê investir em projectos que garantam mais 1,5 GW de capacidade até 2030. Com este objectivo - assumido na terça-feira, dia 9 de novembro de 2021, durante a COP26, Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, em Glasgow, Escócia - A EDP passa a ser uma das 28 grandes empresas que assumem o compromisso H2Zero do WBCSD (Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) de forma a acelerar o desenvolvimento do hidrogénio renovável à escala global. A ambição recentemente anunciada vem reforçar os objetivos do Plano Estratégico da EDP, que previa já o investimento em 250 MW de capacidade de eletrolisadores a hidrogênio até 2025. (Energy Global - 10.11.2021)

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2 Soluções de hidrogênio verde e descarbonização: Shell e RWE querem impulsionar a transição energética

A Shell New Energies NL BV (Shell) e a RWE Generation SE (RWE) pretendem desenvolver projetos ambiciosos para a produção, uso e distribuição de hidrogênio verde, bem como outras opções para descarbonizar usinas movidas a gás e biomassa RWE no noroeste da Europa. Para isso, um Memorando de Entendimento (MoU) foi recentemente assinado. O objetivo do MoU é identificar opções de projetos concretos que poderiam então ser desenvolvidos para decisões de investimento. A RWE e a Shell também desejam desenvolver novas soluções de hidrogênio verde para clientes industriais, além disso, a RWE e a Shell pretendem avaliar a possível aplicação de hidrogênio verde no setor de mobilidade na Alemanha, Holanda e Reino Unido. (REVE - 11.11.2021)

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Energias Renováveis

1 Absolar: Geração própria de energia solar supera os 7,2 GW e 800 mil unidades consumidoras

A geração própria de energia solar fotovoltaica alcançou a marca de 800 mil unidades consumidoras, o equivalente a mais de 7,2 GW de potência instalada operacional, informou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo a associação, os consumidores residenciais são os que mais utilizam geração própria de energia solar, representando 75,8% do total de unidades consumidoras. Em seguida, aparecem consumidores dos setores de comércio e serviços (14,4%), produtores rurais (7,3%), indústrias (2,1%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%). A modalidade está presente em 5.083 municípios e em todos os estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá (MT), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Teresina (PI) e Rio de Janeiro (RJ), respectivamente. Em nota, a entidade informou que o Brasil continua atrasado no uso da geração própria de energia solar, embora tenha avançado nos últimos anos. Dos mais de 88 milhões de consumidores de eletricidade do País, apenas 0,9% já faz uso do sol para produzir energia em telhados e pequenos terrenos. (Broadcast Energia – 10.11.2021)

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2 Absolar: Usinas de grande porte já somam 4 GW em potência operacional

As usinas fotovoltaicas de grande porte alcançaram a marca de 4 GW em potência instalada, representando 2,2% da matriz elétrica brasileira, informou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). As usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove Estados, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Segundo a Absolar, desde 2012, o segmento já trouxe mais de R$ 21,3 milhões em novos investimentos. (Broadcast Energia – 10.11.2021)

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3 Scatec vai instalar usina solar de R$ 1,6 bi no RN

A norueguesa Scatec vai instalar uma usina solar fotovoltaica de 532 MW na cidade de Assú, no Rio Grande do Norte. Segundo anúncio do governo do estado, a central geradora Mendubim tem investimento estimado em R$ 1,6 bilhão. O empreendimento vai produzir mais de 60% da energia elétrica necessária para alimentar a indústria de alumínio instalada no estado do Maranhão, particularmente as empresas Alubras e Norsk Hydro. Com início da construção previsto para março de 2022, a expectativa é que o projeto gere mais de 1.200 empregos diretos e indiretos. O projeto está em estágio de desenvolvimento avançado, e já foi requisitado o licenciamento ambiental junto ao Idema. A operação comercial é esperada para a partir de julho de 2023. Durante a fase de operação, com duração de 25 anos, os contratos de gestão de ativos e operação e manutenção terão um faturamento anual estimado de R$ 30 milhões. (Brasil Energia – 10.11.2021)

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4 GreenYellow adquire 90% de usinas solares da FazSol

As empresas GreenYellow e FazSol anunciaram a conclusão da negociação de cinco usinas solares de geração distribuída, que, juntas, somam 4,4MWp de capacidade instalada. Segundo o acordo, a multinacional francesa adquire 90% desses ativos junto à empresa fundada pela Shizen Energy e Espaço Y. A FazSol mantém a propriedade sobre 10% dos empreendimentos e segue responsável pela gestão da compensação dos créditos dos clientes de GD para os quais as plantas fotovoltaicas fornecem energia. As usinas estão localizadas na região de Brasília (DF) e produzem anualmente 7,3 GWh por meio dos 11 mil painéis instalados. Essas plantas estão em operação desde 2020 e já abastecem com energia solar clientes dos segmentos de aeroportos, condomínios corporativos e redes varejistas. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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5 Brasil pode expandir alcance da produção da cadeia eólica

A estimativa de que o mundo deveria investir quatro vezes mais do que fez em 2020 para a expansão da fonte eólica global e atender assim os compromissos assumidos no Acordo de Paris abrem um novo desafio para a cadeia de fornecimento dessa fonte. O tema esteve em pauta durante Brazil Windpower 2021, evento realizado pelo Grupo CanalEnergia, by Informa Markets, Abeeolica e GWEC. Segundo Rodrigo Ferreira, líder de Procurement para Latam da Vestas, o país é competitivo. E cita como exemplo uma situação vivenciada por ele mesmo. O executivo lembrou que liderava uma operação nos Estados Unidos e buscou fornecimento de componentes no Brasil. “Aqueles que pensaram grande e se qualificaram para atender não somente a demanda local, esses tiveram acesso ao mercado internacional e de forma competitiva, há oportunidades e a perspectiva continua assim uma vez que temos que aumentar muito os investimentos para atender as metas climáticas”, afirmou ele. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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6 Geração eólica evitou racionamento e apagões em 2021

Durante o Brazil Windpower, os debatedores trataram da operação do SIN em tempos de crise hídrica como a que o Brasil vive atualmente e concluíram que a geração eólica foi a responsável pela segurança do sistema elétrico no momento mais agudo da crise hídrica. Apesar das fontes hídrica e térmica serem predominantes na matriz, o incremento das fontes eólica, biomassa e solar respondem por 21,8% em novembro. O destaque, no entanto, foi da fonte eólica, que teve 24 recordes de geração em 2021. O diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, lembrou que a fonte representa pouco mais de 11% da matriz hoje e destacou que até 2025 deve atingir mais de 18%. “A geração eólica têm sido a grande locomotiva da expansão do sistema”. O executivo afirma que a operação do SIN em tempos de crise hídrica só foi possível graças ao balanço de energia na expansão da malha de transmissão, trazendo energia do Nordeste para o Sudeste. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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7 Tradener atinge marca de R$ 1 bi em projetos de geração própria de energia

A Tradener anunciou que atingiu a marca de R$ 1 bilhão em projetos de geração própria de energia no Brasil. Ao todo, a companhia possui cinco empreendimentos em operação comercial no país, com um total de 70 MW médios de geração e 135 MW instalados. Só neste ano a empresa inaugurou um parque eólico com capacidade de 80 MW na Bahia e está investindo 260 milhões na construção de duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), além de fazer a contratação de energia de longo prazo junto a projetos greenfield, ou seja, que ainda estão em fase de planejamento. A expectativa da empresa é atingir o potencial de 300 MW de geração própria de energia dentro dos próximos três a cinco anos, além de alcançar a meta de 1 GW de consumidores atendidos diretamente. Atualmente, a Tradener está atendendo 520 empresas no ambiente de contratação livre, tendo registrado um aumento médio de 7% em sua carteira de clientes nos últimos cinco anos. (Brasil Energia – 10.11.2021)

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8 Crown Estate planeja instalar 4 GW de energia eólica no Mar Celta

A Crown Estate divulgou hoje detalhes sobre os planos de arrendamento de energia eólica flutuante no Mar Celta, que pode entregar até 4 GW de nova capacidade na Inglaterra e no País de Gales. O processo de concessão se concentrará em duas categorias de projeto - projetos em escala comercial inicial de cerca de 300-350 MW e projetos em escala comercial completa de até 1 GW. Os direitos poderiam ser concedidos até o final de 2023 e a geração eólica flutuante entregue até o início de 2030. O Reino Unido, líder em energia eólica offshore, tem como meta alcançar 1 GW de energia eólica flutuante até 2030. (Renewables Now – 11.11.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Petrobras quer elevar preço do gás natural em até quatro vezes em 2022

A Petrobras propôs aumentar entre duas e quatro vezes o preço do gás natural no ano que vem, nos novos contratos que a estatal está negociando com as distribuidoras estaduais. Se o reajuste se confirmar, deverá ser repassado para o consumidor final de gás canalizado. A Abegás, representante das concessionárias de gás, pretende entrar com uma representação no Cade, contra a petroleira, e pede que as bases dos contratos vigentes sejam mantidas. Segundo a Abegás, a Petrobras apresentou propostas de contrato com diferentes prazos de validade e valores. Para os acordos mais curtos, de seis meses a um ano, o aumento proposto pode ser de até quatro vezes, aproximando os preços internos da realidade das cotações internacionais de GNL. Com isso, o preço da molécula do gás praticado pela estatal, no país, de US$ 8 o milhão de BTU (unidade térmica britânica), pode subir para níveis de US$ 35 o milhão de BTU no início do ano que vem. Nos contratos mais longos, de quatro anos, o preço do gás pode dobrar. A maior parte do volume das concessionárias para 2022 está descontratada e as empresas estão numa corrida para fechar novos contratos até o fim do ano. Mesmo com a entrada de novos atores, as concessionárias seguem dependentes da Petrobras. (O Globo – 11.11.2021)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 Liquidação do MCP movimenta R$ 6,4 bi em setembro

A CCEE divulgou em 10 de novembro o resultado da liquidação do mercado de curto prazo de setembro. A operação movimentou R$ 6,4 bilhões dos R$ 7,5 bilhões contabilizados no mês. O resultado foi influenciado pela liberação de R$ 200,8 milhões relacionados ao GSF. O valor foi pago por 17 agentes, com isso, o montante retido chega a R$ 1,1 bilhão. Além disso, houve o não pagamento de R$ 61,3 milhões relacionados aos parcelamentos da repactuação e R$ 702 mil referentes à inadimplência, menos de 0,1% do total contabilizado. Os agentes que possuem decisões judiciais vigentes para não participarem do rateio da inadimplência advindas das liminares do GSF perceberam adimplência de 98,5%. Aqueles que seguem amparados por decisões que impõem o pagamento proporcional, verificaram uma adimplência de 72,9%. Após a operacionalização dessas decisões judiciais, os credores que não possuem liminares relacionadas ao rateio da inadimplência receberam cerca de 61,1% de seus créditos. Segundo a CCEE, houve ainda o repasse de R$ 1,1 bilhão de excedente financeiro da Conta de Energia de Reserva – Coner. A maior parte foi absorvida na contabilização dos agentes, reduzindo débitos. O restante resultou em crédito financeiro de R$ 30 milhões, distribuídos para 547 participantes isentos do rateio da inadimplência. (CanalEnergia – 10.11.2021)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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