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IFE: nº 5.464 - 08 de abril de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL na CNN: Nivalde de Castro comenta reajuste com nova bandeira tarifária
2 Governo cria grupo de trabalho para elaborar plano para recuperação de reservatórios
3 Radar da Imprensa: Paraguai não vê mais saída para negociar tarifa de Itaipu com Brasil

Transição Energética
1 Governo prorroga consulta pública para aprimorar créditos de descarbonização do RenovaBio
2 Estudo da SDG&E recomenda abordagem diversificada de descarbonização

3 MISO encontra benefícios para a construção de projetos de transmissão apoiadores de energia limpa
4 Correções climáticas para acompanhar a corrida de redução das emissões
5 Gigantes da tecnologia lançam ferramentas de rastreamento de emissões para o escopo 3

Empresas
1 Shell: Negócios na Rússia podem resultar em impacto negativo nos resultados

Mobilidade Elétrica
1 VW quer cortar 60% da linha a gasolina até 2030
2 Chery: QQ será o nome da nova divisão de VEs

Energias Renováveis
1 Cemig publica edital para compra de projetos eólicos e solares com direito a desconto no fio


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL na CNN: Nivalde de Castro comenta reajuste com nova bandeira tarifária

Nesta quinta-feira, dia 7 de abril, o coordenador do GESEL, Nivalde de Castro concedeu entrevista à CNN. Castro comentou a declaração do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre a expectativa do governo de que a conta de luz fique mais barata em até 20% com a mudança da bandeira tarifária para a cor verde. Castro afirmou que o valor de 20% é muito otimista e que “a estimativa é que seja de 6% a 6,5%”. Veja a entrevista na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 08.04.2022)

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2 Governo cria grupo de trabalho para elaborar plano para recuperação de reservatórios

O governo aprovou nesta quinta-feira (07/04) a criação de um grupo de trabalho para elaborar um plano para viabilizar a recuperação dos reservatórios de regularização do Sistema Interligado Nacional (SIN). A decisão foi tomada em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), colegiado presidido pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Segundo a pasta, a criação do grupo considera a evolução da matriz brasileira de geração de energia, com a relevante expansão das fontes renováveis não hídricas e o aumento dos requisitos dos demais usos da água para a operação dos reservatórios das usinas hidrelétricas. As medidas que serão elaboradas englobam grandes reservatórios. Além do próprio MME, o colegiado contará com representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Também fica permitida a participação de especialistas e representantes de órgãos e entidades da sociedade civil e de associações para robustecer as avaliações. (BroadCast Energia – 07.04.2022)

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3 Radar da Imprensa: Paraguai não vê mais saída para negociar tarifa de Itaipu com Brasil

O gerente técnico da Administracíon Nacional de Electricidad (Ande), órgão responsável pelo setor elétrico no Paraguai, Fabián Cáceres, disse que não vê alternativas para as negociações com o Brasil em relação à tarifa de Itaipu. O principal impasse hoje é que o governo brasileiro quer reduzir o valor pago pela energia produzida na usina binacional, enquanto as autoridades paraguaias insistem em manter o valor atual de US$ 22,60 por quilowatt-mês. Cáceres também disse que não há mais o que fazer em relação às negociações deste ano, uma vez que as conversas sobre as bases orçamentárias de 2023 devem começar em setembro. (BroadCast Energia – 07.04.2022)

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Transição Energética

1 Governo prorroga consulta pública para aprimorar créditos de descarbonização do RenovaBio

O governo decidiu prorrogar, por 30 dias, a consulta pública para aprimorar a regulamentação do Crédito de Descarbonização da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Com a alteração, o novo prazo para envio das consultas públicas é 6 de maio. O ato do Ministério de Minas e Energia (MME) foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (07/04). A consulta pública trata da revisão da portaria de 2019 que regulamenta a emissão, escrituração, o registro, a negociação e a aposentadoria do crédito de descarbonização. "A extensão de prazo foi concedida de forma a ampliar a participação social na revisão, atendendo ainda à solicitação dos agentes do setor, que indicaram a necessidade de aprofundamento no tema para auxílio nas contribuições dada a complexidade da matéria", informou o MME. (BroadCast Energia – 07.04.2022)

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2 Estudo da SDG&E recomenda abordagem diversificada de descarbonização

Um estudo divulgado esta semana pela San Diego Gas & Electric (SDG&E) propôs uma combinação de eletricidade limpa, gás natural renovável e hidrogênio limpo, juntamente com a remoção de carbono, para atingir a meta de neutralidade de carbono da Califórnia até 2045. O estudo marcou a primeira vez que esse olhar de bola de cristal incorporou o padrão de confiabilidade do setor de serviços públicos, utilizando ferramentas de planejamento centradas no setor. Isso significa que consideramos um sistema elétrico confiável se ocorrer apenas uma queda de energia a cada 10 anos devido à probabilidade de a demanda de energia exceder a oferta. Estudos anteriores se concentraram mais simplesmente na eletrificação de setores como transporte e edifícios. “A eletrificação acelerada do transporte e de outros setores é essencial para a sustentabilidade da Califórnia e de nossa região”, disse Caroline Winn, CEO da SDG&E. (Daily Energy Insider – 07.04.2022)

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3 MISO encontra benefícios para a construção de projetos de transmissão apoiadores de energia limpa

A Midcontinent Independent System Operator (MISO) está avançando por meio de seu processo de partes interessadas em um conjunto de linhas de transmissão de US$ 10,4 bilhões que poderia suportar cerca de 53 GW de projetos de baterias eólicas, solares, híbridas e autônomas. Os projetos de transmissão forneceriam US$ 37 bilhões em benefícios em toda a pegada norte da MISO ao longo de 20 anos, de acordo com uma apresentação que a equipe do operador da rede fez na semana passada. Os benefícios dos projetos de transmissão, programados para serem votados pelo conselho da MISO no final de julho, superam os custos em cada uma das sete zonas de transmissão do operador da rede na região. A Clean Grid Alliance, um grupo comercial para desenvolvedores de energia renovável, apóia as linhas de transmissão propostas pela MISO. "Achamos que eles são extremamente necessários para oferecer suporte à confiabilidade à medida que as concessionárias na pegada da MISO avançam para recursos mais limpos", disse Natalie McIntire, consultora técnica e de políticas da CGA, na quarta-feira, acrescentando que eles são "o primeiro passo" em um esperado construção de transmissão na região do operador da rede. (Utility Dive – 07.04.2022)

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4 Correções climáticas para acompanhar a corrida de redução das emissões

O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), um grupo de pesquisadores convocado pelas Nações Unidas, deixa claro que é agora ou nunca se há esperança de conter o aumento da temperatura da Terra para 1,5°C. Temos as ferramentas e insights para inovar nosso caminho até lá - mas apenas se formos all-in imediatamente. “É agora ou nunca”, disse Jim Skea, co-presidente do Grupo de Trabalho III do IPCC. Para lidar com as mudanças climáticas, não precisamos fazer nada menos do que transformar a economia global. Edifícios, mobilidade, indústria e a rede elétrica devem mudar. Nós podemos fazer isso. O consenso da equipe global de especialistas do IPCC corrobora a atitude da RMI sobre as medidas imediatas. Estamos pressionando por mudanças rápidas nessas 10 frentes: (I) aumentar nossa ambição política nos níveis local, estadual e nacional; (II) usar os recursos de forma mais eficaz; (III) eletrificar tudo; (IV) tornar as emissões transparentes; (V) reduzir a energia do carvão e do gás; (VI) escalar combustíveis alternativos; (VII) reduzir o vazamento de gases do efeito estufa; (VIII) tornar as cidades mais inteligentes; (IX) integrar mitigação, adaptação e desenvolvimento sustentável; e (X) remoção antecipada de CO2. (RMI – 07.04.2022)

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5 Gigantes da tecnologia lançam ferramentas de rastreamento de emissões para o escopo 3

As empresas de nuvem e software têm algumas das metas mais fortes de redução de emissões e também estão desenvolvendo novas ferramentas digitais para apoiar a descarbonização de seus clientes. Desde 2020, gigantes da tecnologia, incluindo Microsoft, Google e Amazon, lançaram novas ferramentas de rastreamento de emissões para ajudar os clientes a medir as emissões associadas ao uso de nuvem/software. O Emissions Impact Dashboard da Microsoft permite que os clientes analisem as emissões associadas ao uso mensal da nuvem, tipo de serviço e região do data center. AWS e Google Cloud lançaram ferramentas semelhantes de rastreamento de emissões para seus clientes. As ferramentas da SAP e da IBM vão além do rastreamento de emissões relacionadas ao uso da nuvem: o Environmental Intelligence Suite da IBM ajuda os clientes a rastrear métricas ambientais para prever interrupções e otimizar operações. Essas ferramentas beneficiam tanto os fornecedores de tecnologia quanto os clientes, uma vez que as mesmas emissões do Escopo 1 ou 2 para uma organização podem ser do Escopo 3 para outra. (BNEF – 07.04.2022)

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Empresas

1 Shell: Negócios na Rússia podem resultar em impacto negativo nos resultados

A Shell espera que suas operações na Rússia tenham um impacto negativo entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, como consequência das sanções econômicas aplicadas contra o país por atacar a Ucrânia. Em comunicado, a empresa informa que esses valores dizem respeito ao impacto pós-imposto de impairment de ativos não circulantes e encargos adicionais, como baixas de recebíveis, perdas de crédito esperadas e contratos onerosos relacionados à atividade na Rússia. A empresa informou também que espera identificar os encargos e que eles não afetarão o lucro ajustado do período. A Shell disse, ainda, que os detalhes do tratamento contábil e do impacto nos desenvolvimentos em andamento serão fornecidos no anúncio dos resultados do primeiro trimestre de 2022. Há um mês a companhia anunciou que pretende encerrar seu envolvimento em todos os hidrocarbonetos russos, incluindo petróleo bruto, derivados e gás natural liquefeito (GNL) de maneira faseada. (BroadCast Energia – 07.04.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 VW quer cortar 60% da linha a gasolina até 2030

A Volkswagen acaba de anunciar um plano ousado para reduzir sua linha de veículos com motor a combustão interna em 60% até o final da década, em um esforço para se concentrar mais em cada produto de forma individual e também aumentar a rentabilidade. Desse modo, o grupo alemão está procurando reduzir os volumes de produção, mas ganhar mais dinheiro vendendo carros mais caros. A Volkswagen está procurando subir de nível no mercado ao mesmo tempo em que faz a transição para os carros elétricos. Agora, embora a VW tenha uma gama cada vez maior de veículos elétricos na linha ID, a maior parte dos carros vendidos ainda queima combustível. E mesmo com o anunciado corte de 60%, isso ainda deixaria quase metade dos modelos a combustão disponíveis atualmente à venda após 2030, embora até lá ele terá lançado muito mais veículos elétricos, então eles podem deixar de ser a maioria. (Inside EVs – 07.04.2022)

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2 Chery: QQ será o nome da nova divisão de VEs

Com o aumento das opções de carros elétricos na linha, a Chery prepara uma grande mudança em sua estrutura. Conforme relatado pela imprensa chinesa, o fabricante já havia solicitado no ano passado o registro de uma nova submarca chamada QQ, batizada em homenagem ao pequeno carro urbano e que agora será uma divisão dedicada a VEs. A marca QQ será anunciada de forma oficial em junho deste ano. De acordo com documentos, a marca QQ irá trabalhar com uma linha de carros 100% elétricos, híbridos plug-in, autônomos e tecnologias relacionadas. (Inside EVs – 07.04.2022)

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Energias Renováveis

1 Cemig publica edital para compra de projetos eólicos e solares com direito a desconto no fio

A Cemig lançou um edital para a compra de projetos e empreendimentos eólicos e solares com outorga já emitida ou que o pedido tenha sido feito à Aneel até fevereiro de 2022. Segundo a empresa, para participar do certame os projetos devem ter capacidade instalada de, no mínimo, 50 MW e possuir outorga, sendo elegíveis ao desconto de 50% na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e na Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão (TUST), ou ter protocolado o pedido de outorga até 28 de fevereiro. A Cemig informou, ainda, que os empreendimentos inscritos podem ter a venda associada a um contrato de compra e venda de energia (PPA, da sigla em inglês) no mercado livre, com início de fornecimento a partir de 2025 e prazos de 10 ou 15 anos. (BroadCast Energia – 07.04.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Pedro de Campos, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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