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IFE: nº 5.443 - 10 de março de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Comissão especial da Câmara vai analisar PL 414

Transição Energética
1 Rio de Janeiro/Nasdaq/GEAP: Protocolo de intenções para criação de bolsa para venda de créditos de carbono
2 Grupo Santander compra consultoria ESG WayCarbon

3 Norte Energia emitirá certificados de neutralização de carbono
4 Empresa dos EUA desenvolverá pequeno reator modular na Romênia
5 SwRI criará um queimador mais eficaz na redução das emissões de metano
6 Indústria nuclear olha para além da geração de eletricidade visto o desafio das energias renováveis
7 1° reunião do Conselho de Trabalho de Energia Limpa da IEA
8 Roteiro de energia renovável para a América Central: rumo a uma transição energética regional
9 Competição de financiamento fortalecerá tecnologias de transição energética
10 Rolls-Royce SMR inicia avaliação regulatória

Empresas
1 Endesa investiu 819 mi de euros na rede de distribuição em 2021

Mobilidade Elétrica
1 iCarros: Levantamento aponta que 62% dos brasileiros têm interesse em ter um VE
2 Startup nacional de mobilidade terá 100% carros elétricos em 2030

Inovação
1 Espanha: Projeto de economia circular visa reforçar autonomia estratégica

Energias Renováveis
1 Solarprime: UFV de 1 MW no interior do MS
2 Alupar: Implantação de dois parques eólicos no RN
3 Eólicas recebem autorização de 98,25 MW
4 Colômbia: Parque eólico é anunciado em Barranquilla

5 Comissão Europeia: Fonte eólica responsável por 50% da energia do continente até 2050
6 Espanha: Ilhas Baleares licitam 40 projetos de autoconsumo
7 Egito: Parque eólico West Bakr entra em operação
8 Arábia Saudita: ACWA Power firma PPA de 770 MW

9 Huawei, HDT e Ecori firmam parceria para energia solar


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Comissão especial da Câmara vai analisar PL 414

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) determinou a criação de comissão especial para analisar o PL 414, que trata do novo modelo comercial do setor elétrico. Apesar da decisão, é provável que o texto siga da comissão diretamente ao plenário para votação, por meio da aprovação de requerimento de urgência, avalia o diretor da Dominium Consultoria Leandro Gabiati. Para o especialista, “o movimento indica avanço na tramitação da matéria.” Em situação normal, o projeto teria de passar por mais de três comissões de mérito, o que justifica a decisão da Mesa Diretora da Câmara, com base no regimento interno da casa. No despacho enviado às comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, de Defesa do Consumidor, de Minas e Energia, de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça Lira indica prioridade na tramitação, de acordo com o Artigo 151, inciso II do regimento. O parecer preliminar à proposta de modernização, divulgado pelo deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE) antes do Carnaval, será oficializado, segundo a Dominium, nesta quarta-feira, 9 de março. A expectativa, é de que uma nova versão já incluindo sugestões feitas por parlamentares seja apresentada antes da votação em plenário. (CanalEnergia – 10.03.2022)

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Transição Energética

1 Rio de Janeiro/Nasdaq/GEAP: Protocolo de intenções para criação de bolsa para venda de créditos de carbono

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, assinou na última terça-feira 8 de março, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, um protocolo de intenções com a Nasdaq e a Global Environmental Asset Plataform para dar os primeiros passos para a implantação de uma bolsa de valores para compra e venda de créditos de carbono e ativos ambientais, como energia, clima e florestas. A expectativa é que a Bolsa de Ativos Ambientais esteja funcionando no segundo semestre. A parceria prevê o intercâmbio de informações entre o Governo do Estado, a Nasdaq e a GEAP para a implementação de políticas públicas para certificar, emitir e negociar créditos de carbono, como, por exemplo, a entrega de créditos ambientais a contribuintes que quitarem seus débitos do IPVA. Nos próximos 90 dias, serão criados um grupo de trabalho para discutir as medidas propostas e um projeto-piloto. Após esse período de avaliação, será instalada uma subsidiária brasileira da Nasdaq no Rio de Janeiro. De acordo com Castro, a equipe do Governo do Rio de Janeiro tem trabalhado há oito meses neste protocolo. A Nasdaq fornecerá a tecnologia, e o estado, os ativos ambientais. Há expectativa que o potencial econômico ambiental do Rio alcance um estoque de CO2 de 73 milhões de toneladas, representando R$ 25 bilhões. E cada tonelada desse ativo ambiental pode custar em média US$ 5. O governador ressaltou que o segmento está ganhando força em todo o mundo e é visto como uma das alternativas de retomada da economia após a crise causada pela pandemia da Covid-19. O secretário de Fazenda, Nelson Rocha, conta que a intenção é fazer do Rio um hub de investimentos de ativos ambientais, com a meta de trazer também os ativos ambientais da iniciativa privada para serem negociados por meio da plataforma da Nasdaq, que, a princípio, vai operar no exterior. Segundo Carlos Patiño, vice-presidente associado da Nasdaq Technologies, a Nasdaq tem muito interesse de fazer parte deste tipo de iniciativa. Para ele, será um desafio participar desse projeto criativo e há muito o que fazer, estando ansioso em iniciar esse trabalho em conjunto com o estado do Rio de Janeiro. (CanalEnergia – 10.03.2022)

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2 Grupo Santander compra consultoria ESG WayCarbon

O Grupo Santander anunciou um acordo para comprar 80% da WayCarbon, líder no Brasil em consultoria ESG (sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança). A transação foi feita pela matriz espanhola e a ideia do grupo é escalar o negócio globalmente. O acordo é visto como transformacional, já que o banco deixa de ter uma agenda passiva de ESG e passa a ter políticas ativas, incluindo ajudar seus clientes na transição energética. O banco não revela o valor da transação, mas fontes de mercado estimam em algumas centenas de milhões de reais. Segundo José Linares, diretor global do Santander Corporate & Investment Banking, como referência em ESG a WayCarbon ajudará tanto nos objetivos do próprio banco quanto na transição dos clientes para modelos mais sustentáveis. O Santander é líder no mercado de CBIOs, que são os créditos de descarbonização criados no Brasil para o setor de combustíveis, e percebeu que havia uma grande oportunidade nos créditos de carbono, onde a demanda é muito superior à oferta. O potencial do país nessa área é tão grande que costuma-se dizer que o Brasil pode ser para os créditos de carbono o que a Arábia Saudita é para o petróleo. (Valor Econômico – 09.03.2022)

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3 Norte Energia emitirá certificados de neutralização de carbono

A Norte Energia, responsável pela construção e operação da usina de Belo Monte (PA), vai entrar no mercado de comercialização de certificados de neutralização de carbono. A empresa recebeu autorização para emitir certificados internacionais do tipo I-REC (International Renewable Energy Certificate). Os papéis serão vendidos a empresas interessadas em comprovar a origem renovável da eletricidade que usam nas operações. A meta da Norte Energia é atender a cerca de 10% do mercado brasileiro de certificados de descarbonização ainda em 2022. A estimativa é que a companhia possa emitir anualmente cerca de 31 milhões de certificados, a partir da produção de Belo Monte. A usina tem 11,2 gigawatts (GW) de potência e é hoje a maior hidrelétrica totalmente brasileira, atrás de Itaipu, que é binacional. Os certificados emitidos pela Norte Energia serão voltados para redução de emissões de carbono escopo 2, ou seja, emissões geradas pelo consumo de energia. Além de comercializar os certificados, a companhia também vai compensar as próprias emissões de carbono dos escritórios que opera. (Valor Econômico – 09.03.2022)

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4 Empresa dos EUA desenvolverá pequeno reator modular na Romênia

A empresa norte-americana Last Energy, especializada em pequenos reatores nucleares modulares, juntamente com a Direção Autónoma de Tecnologias de Energia Nuclear da Roménia (RATEN), vai realizar na plataforma nuclear de Mioveni um projeto piloto complementar aos investimentos já anunciados pela Roménia no domínio nuclear, anunciou o primeiro-ministro Nicolae Ciuca, informou Economica.net. Sob um projeto bilateral, a Romênia e os EUA planejam desenvolver reatores nucleares de pequena escala para consolidar a capacidade de geração de energia do país e substituir as usinas térmicas a carvão. A Last Energy está desenvolvendo soluções para pequenos reatores nucleares modulares (20 MWh de capacidade instalada). Os Estados Unidos e a Romênia planejam construir uma usina de pequeno reator modular (SMR) "primeira do tipo" na Romênia em parceria com a US NuScale Power, anunciou a Casa Branca em um briefing relacionado à participação do presidente Joe Biden na COP26 cimeira em Glasgow em Novembro passado. (Romania Insider – 10.03.2022)

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5 SwRI criará um queimador mais eficaz na redução das emissões de metano

O Southwest Research Institute colaborará com a Universidade de Michigan (UM) para usar manufatura aditiva e aprendizado de máquina para criar um queimador avançado que eliminará 99,5% do metano encontrado durante a produção de petróleo. Os queimadores atualmente usados em campo geralmente funcionam abaixo das especificações desejadas, especialmente sob condições de vento cruzado, o que resulta em uma porção significativa desse poderoso gás de efeito estufa escapando para a atmosfera. O projeto de três anos, no valor de US$ 2,9 milhões, é financiado pelo programa de Redução de Emissões de Metano Todos os Dias do Ano (REMEDY) do Departamento de Energia dos Estados Unidos. É um dos vários projetos financiados em apoio ao Plano de Ação de Redução de Emissões de Metano dos EUA, anunciado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26). O plano busca reduzir as emissões de metano e promover a inovação americana e a fabricação de novas tecnologias para atingir as metas climáticas. (EE Online – 09.02.2022)

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6 Indústria nuclear olha para além da geração de eletricidade visto o desafio das energias renováveis

Pesquisas apoiadas pelo governo federal sobre aplicações para usinas nucleares fora da geração de eletricidade podem oferecer um novo potencial para a indústria, disseram os palestrantes na terça-feira em uma conferência organizada pela Comissão Reguladora Nuclear dos EUA. O Idaho National Laboratory (INL) está modelando como reatores nucleares de alta temperatura e pequenos reatores modulares podem ser usados para oferecer energia térmica a usuários industriais em momentos em que a geração de eletricidade não é necessária. Shannon Bragg-Sitton, diretor da divisão de sistemas integrados de energia e armazenamento do INL, disse que tal plano exigiria repensar o sistema de rede elétrica, mas permitiria que mais usuários usufruíssem dos benefícios das usinas nucleares. Após anos de perguntas sobre o papel da energia nuclear em uma rede elétrica limpa, Arshad Mansoor, presidente e CEO do Electric Power Research Institute (EPRI), disse que o impulso está por trás do setor. “Não é mais renovável ou nuclear”, disse Mansoor, “é claramente ambos”. (Utility Dive – 09.02.2022)

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7 1° reunião do Conselho de Trabalho de Energia Limpa da IEA

O novo Conselho de Trabalho de Energia Limpa da AIE realizou sua primeira reunião hoje, reunindo líderes sindicais e outras vozes importantes de todo o mundo para promover um diálogo mais forte sobre como os governos podem garantir que as transições de energia limpa sejam centradas nas pessoas e inclusivas. Convocado pelo Diretor Executivo da IEA, Fatih Birol, os membros do Conselho incluem representantes dos sindicatos e confederações sindicais nacionais mais importantes do mundo, bem como pensadores proeminentes sobre o tema. Ele complementa o Conselho Empresarial de Energia da AIE, que promove intercâmbios entre a Agência, a comunidade empresarial e os formuladores de políticas. A reunião transmitida ao vivo de hoje foi copresidida por Sharan Burrow, Secretária Geral da Confederação Sindical Internacional, e Bheki Ntshalintshali, Secretária Geral do Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos. Foi uma oportunidade para todos os membros apresentarem suas perspectivas sobre as principais questões trabalhistas que afetam as transições de energia limpa. (IEA – 09.02.2022)


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8 Roteiro de energia renovável para a América Central: rumo a uma transição energética regional

A América Central está entrando em uma década crucial para moldar seu futuro sistema energético e está fortemente engajada na transição energética. Embora a contribuição dos países da América Central para as emissões globais de CO 2 em 2018 tenha sido de apenas 0,2%, a região ainda espera sofrer efeitos climáticos adversos, como mudanças nos padrões de precipitação e aumento da temperatura média. O Roteiro de Energias Renováveis para a América Central oferece um caminho abrangente para o desenvolvimento de um sistema de energia regional sustentável e mais limpo. Ele explora o papel da eletrificação dos setores de uso final, a expansão viável da geração renovável, soluções de eficiência energética, bem como a importância de expandir a integração do setor de energia regional existente. Caminhos tecnológicos específicos do setor e oportunidades de investimento e ações sob medida são resultados importantes que enriquecerão o debate regional e ajudarão a acelerar a transformação energética. (IRENA – 09.02.2022)

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9 Competição de financiamento fortalecerá tecnologias de transição energética

O Programa de Inovação Aberta de 10 milhões de libras (US$ 13,1 milhões) 2022 visa desenvolver e implantar tecnologias líquidas zero para acelerar a produção de energia limpa e reduzir as emissões offshore. A competição é organizada pelo Net Zero Technology Centre, que visa desenvolver e implantar tecnologia para acelerar um setor de energia líquida zero acessível. O programa de 2022 contará com duas competições. A primeira abre no dia 16 de março e a segunda está prevista para outubro. Empresas de todo o mundo podem se inscrever para uma parte de £ 7 milhões (US$ 9,2 milhões) disponível na primeira competição. Um máximo de £ 1 milhão (US $ 1,4 milhão) deve ser concedido a cada projeto bem-sucedido. Iain Stewart, Ministro do Governo do Reino Unido para a Escócia, disse sobre o projeto: “Esta é uma oportunidade fantástica para as empresas trabalharem com o líder mundial no Net Zero Technology Center para desenvolver suas ideias para o futuro do nosso setor de energia. (Smart Energy – 09.02.2022)

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10 Rolls-Royce SMR inicia avaliação regulatória

O anúncio é o passo mais significativo até agora para garantir o consentimento para o projeto do Small Modular Reactor (SMR) operar no Reino Unido. Segue-se a conclusão bem-sucedida do processo de triagem inicial do Departamento de Energia Empresarial e Estratégia Industrial. Os reguladores do projeto são o Office for Nuclear Regulation, a Environment Agency e Natural Resources Wales. “Entrar no processo de avaliação GDA é outro marco importante à medida que avançamos em direção ao nosso objetivo de implantar uma frota de SMRs que produzirá eletricidade acessível e de baixo carbono – ajudando a atender às demandas futuras de energia e alcançar nossas metas líquidas de zero”, disse Tom Samson, CEO da Rolls-Royce SMR. (The Engineer – 08.03.2022)

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Empresas

1 Endesa investiu 819 mi de euros na rede de distribuição em 2021

Endesa , por meio de sua subsidiária de infraestrutura e redes e-Distribution, investiu 819 milhões de euros no ano passado, mais 33,4% do que no ano anterior, na sua rede de distribuição, que ampliou com mais de 1.100 novos quilómetros de linhas, 12 subestações, 5.165 telecomandos e 519 centros de transformação, conforme reportado em comunicado. O objetivo deste aumento é melhorar a qualidade do abastecimento, aumentar o seu nível de digitalização e reforçar e expandir a rede de distribuição para promover a eletrificação da economia. As redes de distribuição são facilitadoras do processo de transição energética e requerem melhoria contínua e digitalização das infraestruturas. Somente no ano passado, a energia distribuída por e-distribuição atingiu 131.090 GWh, 5,3% a mais que no ano anterior. (Energías Renovables - 10.03.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 iCarros: Levantamento aponta que 62% dos brasileiros têm interesse em ter um VE

Cada vez mais se difundindo mundo afora, o conceito do carro elétrico vem também a cada dia entrando mais no mercado e na sociedade do Brasil. Atestando isso, um novo levantamento do site iCarros diz que 62% das pessoas compradoras têm intenção de adquirir um modelo elétrico no futuro. Foram consultadas mais de 100 mil pessoas ao longo do mês de janeiro e a margem de erro é de cinco pontos percentuais. Apenas no primeiro mês de 2022, mais de 2.500 veículos elétricos foram emplacados, o que corrobora o bom crescimento deste setor. O número representa 93% de alta frente aos emplacamentos de janeiro de 2021, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). A frota de elétricos no Brasil é de 80 mil veículos, um número que a associação espera que cresça para 100 mil no segundo semestre de 2022. Por outro lado, ainda segundo o iCarros, agora dando conta do cenário de veículos a combustão, mais de 79% dos participantes da pesquisa informaram que pretendem priorizar um veículo usado como próximo carro, e mais de 80% têm a intenção de fazer a aquisição neste ano. Para 42%, a melhor condição de compra no momento é no plano de financiamento, com valor não passando de R$ 40 mil. A pesquisa evidencia o momento bom do mercado de usados, com mais de 15 milhões de modelos sendo comercializados em 2021 - resultado 17,8% superior ao verificado em 2020. (UOL – 09.03.2022)

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2 Startup nacional de mobilidade terá 100% carros elétricos em 2030

A Letz, que já captou R$ 30 milhões junto a investidores como Endeavor Brasil, Caravela Capital e Redpoint Eventures, foi criada no início de 2020 com o objetivo de oferecer serviços de mobilidade urbana, especificamente o transporte compartilhado para funcionários, da porta de suas casas até o trabalho, e do trabalho para as suas residências por meio de rotas otimizadas. Este anúncio rumo à mobilidade elétrica faz parte das práticas de governança ambiental, social e corporativa da startup, que compõem a agenda ESG (Environmental, Social and Governance). O objetivo é reduzir custos com o alto preço dos combustíveis e minimizar os impactos da operação no meio ambiente, reduzindo as emissões de carbono. Segundo Bruno Oliveira, CEO da Letz, a ideia de substituir os veículos convencionais que fazem o transporte dos passageiros por carros elétricos é irreversível. Outro ponto que atraiu a atenção da Letz na decisão pelo uso de carros elétricos é que a manutenção, por exemplo, pode custar até 87% menos em relação aos modelos movidos a bateria, conforme levantamento da revista Carro (novembro/2021). Rumo à meta 100% de carros elétricos até o fim da década, já em 2022 a startup começará a colocar à disposição dos motoristas parceiros os primeiros carros elétricos para que façam suas linhas com mais economia e com menos emissão de poluentes. (Inside EVs – 09.03.2022)

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Inovação

1 Espanha: Projeto de economia circular visa reforçar autonomia estratégica

O Conselho de Ministros do Governo da Espanha aprovou o Projeto Estratégico de Recuperação e Transformação Econômica (Perte) de Economia Circular, um plano que visa (1) "acelerar a transição para um sistema produtivo mais eficiente e sustentável na utilização de matérias-primas" e (2) "posicionar a Espanha como referência internacional na gestão, reciclagem e reutilização de resíduos". Uma das principais linhas de desenvolvimento desta Perte consistirá em promover o “desenvolvimento de instalações e sistemas que permitam aumentar a reutilização e reciclagem” de pás de aerogeradores, baterias e painéis solares. Este setor – bens de capital para fontes renováveis – será um dos que concentrará o grosso dos subsídios. O objetivo do Perte (que prevê uma ajuda de 492 milhões de euros e mobilizará recursos superiores a 1,2 bilhão até 2026) é “acelerar a transição para um sistema de produção mais eficiente e sustentável na utilização de matérias-primas”. O projeto estratégico visa ainda “aumentar a competitividade dos setores industriais e das empresas em geral, e garantir maior autonomia estratégica ao país num contexto de elevada incerteza internacional”. Nesse sentido, a Ministra para a Transição Ecológica e Desafio Demográfico, Teresa Ribera, sustenta que "este projeto contribuirá decisivamente para os esforços do Governo para fortalecer a autonomia estratégica da Espanha em termos de disponibilidade de matérias-primas e reduzir nossa vulnerabilidade. diante das crises globais. (Energías Renovables – 10.03.2022)

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Energias Renováveis

1 Solarprime: UFV de 1 MW no interior do MS

A rede de franquias Solarprime entregou uma planta solar de 1 MW de potência entre 2.670 painéis instalados numa área 1,94 hectares no Parque de Exposições Lídia Calabreta Massi, em Ivinhema (MS). Com investimento do Sicredi, esse é o maior projeto já executado e gerido pela desenvolvedora, que possui mais de 450 franquias espalhadas pelo país. Segundo a rede, esse também é o maior investimento da região em produção de energia solar, com ela sendo destinada a abastecer a sede regional e agências do Sicredi, assim como para seus cooperados. Toda consultoria para locação da área, disposição da usina, além dos melhores e mais apropriados equipamentos foram delineados pela Solarprime, que afirma pensar não só na montagem da UFV mas na alteração ao longo de 25 de vida útil do ativo. (CanalEnergia – 10.03.2022)

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2 Alupar: Implantação de dois parques eólicos no RN

A Alupar finalizou mais uma etapa na implementação de seu complexo eólico Agreste Potiguar, localizado na cidade de Jandaíra (RN). A empresa anunciou que a concretagem das fundações que receberão as 15 torres de concreto, com 125 metros de altura cada, foi concluída no final de fevereiro. A construção do projeto teve início no quarto trimestre do ano passado. Os dois parques preveem capacidade instalada de 63 MW, sendo 15 aerogeradores de 4,2 MW cada. O complexo contempla também a geração de cerca de 330 vagas de empregos, diretos e indiretos, contando com 80% de mão de obra da região. (CanalEnergia – 10.03.2022)

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3 Eólicas recebem autorização de 98,25 MW

A Aneel autorizou para início da operação em teste, a partir de 09 de março, unidades geradoras da EOL Tucano VI, que juntas somam 49,6 MW de capacidade instalada, e estão localizadas no estado da Bahia. Para operação comercial, a Aneel liberou 48,65 MW da UTE Jaguatirica II, localizada no estado de Roraima. A Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração decidiu ainda suspender, a partir de 08 de março, a operação comercial da UG 12 de 2 MW de capacidade instalada, da EOL Arizona 1, localizada no estado do Rio Grande do Norte. As liberações e suspenção foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 09 de março. (CanalEnergia – 10.03.2022)

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4 Colômbia: Parque eólico é anunciado em Barranquilla

A Colômbia poderá construir seu primeiro parque eólico offshore na costa do porto de Barranquilla, após um acordo assinado esta semana em Houston. Sob o memorando de entendimento, a Copenhagen Infrastructure Partners da Dinamarca concordou com o governo da cidade em projetar um parque eólico offshore de 350 MW que exigirá um investimento de quase US$ 1 bilhão. Uma vez aprovado pelas autoridades ambientais correspondentes, as duas partes assinariam um novo acordo para implementar o projeto. “Este projeto vai gerar empregos e uma fonte de energia que será muito importante para o país”, disse o prefeito de Barranquilla, Jaime Pumarejo. (REVE – 09.03.2022)

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5 Comissão Europeia: Fonte eólica responsável por 50% da energia do continente até 2050

A Comissão Europeia apresentou hoje novas medidas, fortemente influenciadas pela invasão russa da Ucrânia, para responder ao aumento dos preços da eletricidade em toda a Europa e para aumentar a segurança energética e reduzir a sua dependência das importações de combustíveis fósseis da Europa. A aposta é na energia renovável, com a energia eólica desempenhando um papel de destaque. Para o efeito, a Comissão apresentou hoje o plano RePowerEU, cujo núcleo é uma expansão mais rápida da energia eólica e de outras energias renováveis. Hoje, a Europa ainda importa 58% de sua energia, principalmente de combustíveis fósseis e muitas vezes de países que apresentam sérios riscos geopolíticos. “A energia eólica é nativa e mais barata que os combustíveis fósseis importados. Cada parque eólico contribui para tornar a Europa menos dependente destas importações”, sublinham os empregadores europeus da energia eólica. A União Europeia quer que a energia eólica represente 50% de sua eletricidade em 2050. Isso significa expandir a energia eólica onshore dos atuais 173 GW para 1.000 GW e a energia eólica offshore de 16 GW para 300 GW. A Comissão sugere que mais 30 GW de energia eólica poderiam ser implantados até o final de 2030, além dos 450 GW previstos em seus cenários de descarbonização. (Energías Renovables – 09.03.2022)

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6 Espanha: Ilhas Baleares licitam 40 projetos de autoconsumo

O Instituto Balear de Energia (IBE) colocou a licitou os primeiros 40 projetos do Plano de Autoconsumo do Governo das Ilhas Baleares que irão gerar os primeiros 9,5 MW de potência dos 60 MW previstos. A empreitada está licitada pelo valor de 133.950 euros mais IVA, que perfaz um total de 162.079,50 euros, e está dividida em quatro lotes que incluem projetos das quatro ilhas. Ao todo, serão desenvolvidos 18 projetos em Maiorca, 5 em Ibiza e Menorca e 2 em Formentera. Em potência, os projetos prevêem a instalação de 7,29 MW em Maiorca, 1,62 MW em Menorca, 489 kW em Eivissa e 164 kW em Formentera. O Plano de Autoconsumo das Ilhas Baleares, apresentado em 3 de março de 2022, vai reduzir a fatura de eletricidade da administração local em 13 milhões de euros anuais e vai produzir até 60 MW de energia nova através de energia fotovoltaica. (Energías Renovables – 10.03.2022)

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7 Egito: Parque eólico West Bakr entra em operação

O parque eólico West Bakr entrou oficialmente em operação. A instalação no Golfo de Suez foi o foco de uma cerimônia com a presença de vários dignitários, incluindo Mohamed Ahmed Chaker, Ministro de Eletricidade e Energias Renováveis do Egito, bem como altos funcionários da Companhia Egípcia de Transmissão de Eletricidade (EETC) e da Autoridade de Energia (NREA). O parque eólico no Golfo de Suez está equipado com 96 aerogeradores fornecidos e instalados pela Siemens Gamesa, empresa detida pela gigante alemã Siemens Energy, pelo Norges Bank e pela gestora de ativos BlackRock. A capacidade total das turbinas é de 252 MW. O projeto em fase operacional é fruto de uma parceria público-privada (PPP) firmada entre o governo egípcio e a empresa produtora independente de energia Lekela Power (IPP), fruto de uma fusão entre o fundo de investimento britânico Actis e a empresa irlandesa Mainstream Energia Renovável. Segundo Lekela, seu parque eólico será capaz de gerar 1.000 GWh de eletricidade limpa por ano, evitando a emissão de 530.000 toneladas de dióxido de carbono no mesmo período. (REVE – 09.03.2022)

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8 Arábia Saudita: ACWA Power firma PPA de 770 MW

A ACWA Power, desenvolvedora, investidora e operadora de geração de energia, água dessalinizada e usinas de hidrogênio verde, e a Saudi Power Procurement Company (SPPC) assinaram um contrato de compra de energia (PPA) para desenvolver uma usina de energia solar de 700 MW Ar Rass, província de Al Qassim, na Arábia Saudita. Nos termos do contrato, a ACWA Power venderá a energia produzida pelo projeto à SPPC por um período de 25 anos. Avaliado em US$ 450 milhões, o Ar Rass é um dos maiores projetos fotovoltaicos que foi licitado como parte do Programa Nacional de Energia Renovável da Arábia Saudita (NREP) até o momento, para o qual a ACWA Power foi destinada a entregar 70% da meta total de 58,7 GW. Quando estiver totalmente funcional, o projeto produzirá energia para abastecer cerca de 132.000 residências na região central da Arábia Saudita. (Energy Global – 10.03.2022)

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9 Huawei, HDT e Ecori firmam parceria para energia solar

A Huawei Digital Power anunciou uma parceria com a HDT Energy e a Ecori Energia Solar para distribuição de inversores a instalações comerciais e industriais de sistemas fotovoltaicos, além de outros equipamentos. O anúncio ocorreu durante evento na sede da companhia no Brasil, em São Paulo. O acordo prevê que a Ecori, especialista da tecnologia Eletrônica de Potência a Nível de Módulo (MLPE, na sigla em inglês), faça a distribuição dos produtos e soluções no Brasil. Entre o portfólio o público-alvo aponta para comércio e indústria, com inversores, otimizadores e o sistema de bateria string inteligente, que pode melhorar o rendimento de energia em 30% e o poder de armazenamento em até 15%. Os inversores suportam proteção inteligente de arco AFCI e desligam automaticamente em 0,5 segundos, garantindo a segurança dos sistemas. Para a HDT, empresa responsável pela comercialização dos produtos Huawei no segmento de energias renováveis, a parceria é muito significativa para o posicionamento da marca e manutenção de sua posição como fabricante de tecnologia. Segundo o gerente de soluções da Huawei, Nelson Stanisci, a companhia é pioneira no armazenamento string para geração centralizada, ideal para usinas solares e que garantem uma produção de energia entre 3 a 4% maior. (CanalEnergia – 10.03.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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