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IFE: nº 5.434 - 18 de fevereiro de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Pressa e falhas nos dados impactaram análise da Eletrobras no TCU, diz Vital do Rêgo
2 TR Soluções: Empréstimo pode reduzir tarifa em 3,41 pp esse ano

Transição Energética
1 Presidentes do Brasil e da Rússia discutem pequenas usinas nucleares
2 EUA: Eleitores do Estado Vermelho querem energia limpa

3 BERD, GCF e UE impulsionam investimentos verdes no Marrocos
4 Bruce Power, General Fusion e Nuclear Innovation Institute promoverão um futuro neutro em GEE com acordo
5 EPRI e Battelle visam o aceleramento de tecnologias de energia limpa através de parceria
6 Vertimass e World Energy visam avanço na produção de combustíveis renováveis

Empresas
1 Lucro da Neoenergia no 4º trimestre cai 36%, para R$ 635 mi
2 Lucro líquido da Taesa recua 43,6% no 4º trimestre de 2021, para R$ 423,1 mi
3 EDP tem lucro líquido de 146 mi de euros no 4º trimestre, queda de 61% na comparação anual
4 Total de energia distribuída pela Equatorial sobe em 2021
5 Light implementa novo sistema de gestão de serviços de campo
6 Grupo Safira lança plataforma digital de informações

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Região NE alcança 78,3% de sua capacidade
2 Chuvas fortes reduzem preços da energia

Mobilidade Elétrica
1 Salão e Dia da Mobilidade Elétrica têm datas anunciadas para 2022
2 Artigo de Yuri Tisi e Flávio Matos: “Autoprodução de usinas Waste-to-Energy e utilização em veículos elétricos”

Energias Renováveis
1 EDP projeta 700 MW solares para 2022 e segue com UHEs à venda
2 Atlas Renewable consegue crédito do BNB para usina solar em MG
3 Grupo Ser Educacional constrói usina solar em PE
4 UFV Francisco Sá recebe autorização de 96 MW

5 EDP começa a observar eólica offshore no Brasil
6 GWEC: Recuperação verde pode gerar 20 GW adicionais de energia eólica

Gás e Termelétricas
1 Brasil alcança a marca de 19,57 GW provenientes da cogeração

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 CCEE: Consumo de energia cai em janeiro

Biblioteca Virtual
1 TISI, Yuri Schmitke Almeida Belchior; MATOS, Flávio. “Autoprodução de usinas Waste-to-Energy e utilização em veículos elétricos”.


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Pressa e falhas nos dados impactaram análise da Eletrobras no TCU, diz Vital do Rêgo

Derrotado no plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) durante o julgamento da primeira parte da privatização da Eletrobras, o ministro Vital do Rêgo se diz "frustrado" com o resultado, mas diz ter a consciência de que "cumpriu seu papel" ao apresentar falhas na estruturação da venda da estatal que, para ele, deveria ser desestatizada pelo dobro do preço. O ministro afirmou que, com base na análise técnica do órgão, houve falhas do governo e do Ministério de Minas e Energia (MME) nos documentos enviados sobre a operação, principalmente no que diz respeito aos efeitos da desestatização nas tarifas de energia elétrica pagas pelos consumidores e na precificação do valor de venda da empresa. "Quando o TCU diz que não tem condições de auditar porque as informações que chegaram sobre impacto tarifário eram 'meras alegações', pelas palavras da unidade técnica, nota-se que houve pressa ou não houve estudo previamente denso", afirmou. (O Estado de São Paulo – 17.02.2022)

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2 TR Soluções: Empréstimo pode reduzir tarifa em 3,41 pp esse ano

Cálculo feito pela TR Soluções mostra que o novo empréstimo para a cobertura dos custos adicionais da escassez hídrica pode ter impacto médio de 3,41 pontos percentuais nas tarifas de 2022. Com a entrada dos recursos da operação as tarifas das distribuidoras poderão ser reduzidas em média de 18,11% para 14,70%. Para 2023, o efeito será o contrário. A redução média de 17,40% projetada para as tarifas sem o empréstimo ficará menor: 8,26%. Já em 2024, o aumento que seria em média de 9,05% pode chegar a 8,61%. Para chegar a esses números, a empresa adotou como premissas a liberação do empréstimo a partir de 1º março, taxa de juros de 15% ao ano (Taxa Selic + Spread), a eventual contratação dos R$ 10,8 bilhões previstos nas duas tranches, prazo de carência de dez meses e amortização do empréstimo em 24 meses. Simulação feita pela Thymos Energia e divulgada pela Agência CanalEnergia estima que o impacto tarifário esse ano pode resultar em redução em torno de 5,5%. O cálculo também considerou o valor de quase R$ 11 bilhões (primeira tranche), mas com prazo maior de pagamento da operação de crédito. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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Transição Energética

1 Presidentes do Brasil e da Rússia discutem pequenas usinas nucleares

"A Rosatom da Rússia exporta combustível para usinas nucleares brasileiras e radioisótopos para fins médicos. A Rosatom também tem interesse em participar da construção de novas unidades de energia no Brasil, incluindo usinas nucleares de pequena capacidade, tanto terrestres quanto flutuantes, porque possui e extensa experiência e tecnologias que não estão disponíveis em nenhum outro lugar do mundo", disse o presidente russo, Vladimir Putin. Por sua vez, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse: "Temos um grande potencial para desenvolver cooperação na esfera de petróleo, derivados de petróleo e gás natural. Estamos nos esforçando para fortalecer nosso diálogo de alto nível sobre exploração e produção de petróleo em depósitos em águas profundas. Estamos interessados em pequenas usinas nucleares." Uma declaração conjunta emitida após a reunião, que durou quase duas horas, disse que os dois países enfatizaram sua determinação em fortalecer sua parceria estratégica. (World Nuclear News – 17.02.2022)

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2 EUA: Eleitores do Estado Vermelho querem energia limpa

Nebraska virou muitas cabeças recentemente quando funcionários públicos adotaram metas de neutralidade de carbono em todo o setor de eletricidade. Afinal, a energia limpa tem sido frequentemente enquadrada como uma questão partidária, e o Nebraska solidamente republicano não se parece em nada com a maioria dos outros estados que estabeleceram cronogramas para energia limpa, como Nova York, Califórnia e Washington. Mas o fato é que a energia renovável goza de apoio entre os eleitores de todo o espectro político – mesmo que esses eleitores ofereçam diferentes razões para seu apoio. Pesquisas mostram há muito tempo que os americanos são a favor predominantemente do desenvolvimento eólico e solar , e a maioria dos republicanos apoia a expansão da energia eólica e das fazendas solares. Enquanto o apoio democrata é impulsionado principalmente por preocupações climáticas, o apoio republicano é impulsionado mais por benefícios econômicos, de acordo com um estudo de 2020. Embora esse apoio nem sempre se reflita nos registros de votação de autoridades eleitas, as recentes vitórias para a energia limpa mostram a promessa de uma ação bipartidária sobre o clima. (RMI – 17.02.2022)

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3 BERD, GCF e UE impulsionam investimentos verdes no Marrocos

O Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), com apoio do Fundo Verde para o Clima (GCF) e da União Europeia , está fornecendo um pacote financeiro de até 25 milhões ao Crédit du Maroc para impulsionar a transição verde do Marrocos. O financiamento, do qual o equivalente a 18,75 milhões em moeda local (MAD) será fornecido pelo BERD e 6,25 milhões pelo GCF, será repassado a pequenas e médias empresas e empresas para investimentos na mitigação das mudanças climáticas e tecnologias de adaptação. A cerimónia de assinatura decorreu em Casablanca durante o Fórum Empresarial UE-África 2022 , que decorreu à margem da Cimeira União Europeia - União Africana , na presença de Heike Harmgart, Diretor Geral do BERD para a região do Mediterrâneo Austral e Oriental, Antoine Sallé de Chou, Chefe do BERD de Marrocos, Jean-Christophe Filori, Chefe da Cooperação da UE em Marrocos e Bernard Muselet, Presidente do Conselho do Credit du Maroc. Um pacote abrangente de capacidade técnica e incentivos ao investimento, financiados pelo BERD, pela União Europeia (UE) e pelo GCF, apoiarão o Crédit du Maroc na implementação do programa. (EE Online – 17.02.2022)

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4 Bruce Power, General Fusion e Nuclear Innovation Institute promoverão um futuro neutro em GEE com acordo

Bruce Power, General Fusion e o Nuclear Innovation Institute (NII) firmaram um Memorando de Entendimento (MOU) para colaborar na aceleração da entrega de energia de fusão limpa no Canadá. Juntas, as organizações avaliarão o potencial de implantação de uma usina de fusão em Ontário, inclusive na região da Fronteira de Energia Limpa de três condados de Bruce, Gray e Huron. Os parceiros aproveitarão as tecnologias, habilidades e conhecimentos de energia limpa existentes na região para desenvolver uma estratégia de avanço. Eles também liderarão as atividades de sensibilização das partes interessadas e do público para aumentar a conscientização sobre o potencial transformador de fornecer energia a residências, empresas e indústrias canadenses com energia de fusão com zero carbono, confiável e acessível. A General Fusion, com sede na Colúmbia Britânica, é líder global no desenvolvimento de tecnologia de energia de fusão. (EE Online – 17.02.2022)

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5 EPRI e Battelle visam o aceleramento de tecnologias de energia limpa através de parceria

O Electric Power Research Institute (EPRI) e a Battelle formaram uma parceria para trabalhar com a indústria e outras partes interessadas para acelerar a demonstração e implantação de novas tecnologias de energia limpa de baixo carbono. A EPRI é líder global em pesquisa e desenvolvimento de energia limpa, enquanto Battelle trabalha há décadas com o DOE, gerenciando laboratórios nacionais. A parceria aproveitará a experiência do mundo real para garantir que os projetos de demonstração sejam projetados adequadamente e envolvam implantadores de tecnologia no início do processo para informar as decisões de implantação e implementação. “A transformação global de energia limpa exigirá a construção das tecnologias de hoje com a pesquisa inovadora de amanhã”, disse o CEO da EPRI, Arshad Mansoor. “Esta parceria importante com a Battelle e os laboratórios nacionais aproveitará nossos pontos fortes coletivos, estabelecendo as bases para futuras colaborações e, finalmente, levará a uma transição de energia limpa bem-sucedida”. (Daily Energy Insider – 17.02.2022)

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6 Vertimass e World Energy visam avanço na produção de combustíveis renováveis

A Vertimass e a World Energy anunciaram um Memorando de Entendimento para colaborar no desenvolvimento e aplicação das Tecnologias Vertimass para produzir combustíveis renováveis, incluindo combustível de aviação sustentável (SAF). A World Energy está explorando a integração do álcool proprietário da Vertimass às tecnologias de combustível renovável para a produção de SAF, diesel à base de biomassa, gasolina verde, nafta renovável e outros produtos de combustível renovável. Por meio do acordo, as duas empresas desenvolverão conjuntamente projetos de conversão de álcoois em hidrocarbonetos com a tecnologia da Vertimass. A World Energy pode posteriormente licenciar a tecnologia Vertimass para produção comercial. "Estamos gratos por trabalhar com a excelente equipe da Vertimass no que deve ser um novo processo importante para converter uma nova fonte de matérias-primas para nossos produtos", disse Gene Gebolys , CEO da World Energy. (EE Online – 17.02.2022)

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Empresas

1 Lucro da Neoenergia no 4º trimestre cai 36%, para R$ 635 mi

A Neoenergia registrou lucro de R$ 635 milhões no quatro trimestre de 2021, redução de 36% em relação a igual período em 2020. A receita operacional líquida no último trimestre do ano passado ficou em R$ 11,38 bilhões, alta de 14% na comparação anual, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 2,4 bilhões, alta de 15%. Ao todo, o grupo injetou 19.710 gigawatts (GW) entre outubro e dezembro, redução de 1,4% em relação aos iguais meses no ano anterior. No acumulado do ano de 2021, a Neoenergia registrou lucro de R$ 3,9 bilhões, crescimento de 40% em comparação com 2020. A receita anual cresceu 32% e chegou a R$ 41,4 bilhões. Já o Ebitda em 2021 foi de R$ 9,85 bilhões, aumento de 52% sobre o ano anterior. A energia injetada no ano cresceu 3,7% e chegou a 75.814 GW. (Valor Econômico – 17.02.2022)

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2 Lucro líquido da Taesa recua 43,6% no 4º trimestre de 2021, para R$ 423,1 mi

A Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.) registrou lucro líquido de R$ 423,1 milhões no quarto trimestre de 2021, um recuo de 43,6% sobre o lucro líquido de R$ 750,1 milhões registrado no quarto trimestre de 2020. Os números consolidados foram divulgados na noite desta quinta-feira e correspondem ao padrão contábil IFRS. A Taesa teve receita líquida de R$ 717,0 milhões no quarto trimestre de 2021, em queda de 38,7% em relação à receita de R$ 1,16 bilhão de um ano antes. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do quarto trimestre alcançou R$ 447,0 milhões, em alta de 55,8% sobre os R$ 286,9 do mesmo trimestre de 2020. A dívida líquida da companhia atingiu R$ 6,22 bilhões, em alta de 19,5% sobre os R$ 5,20 bilhões de um ano antes. (Valor Econômico – 17.02.2022)

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3 EDP tem lucro líquido de 146 mi de euros no 4º trimestre, queda de 61% na comparação anual

A Energias de Portugal (EDP) registrou lucro líquido de 146 milhões de euros no quarto trimestre de 2021, uma queda de 61% na comparação anual. As receitas com venda de energia e serviços somaram 4,98 bilhões de euros entre outubro e dezembro, uma alta de 47% sobre o mesmo período de 2020. Em 2021, o conglomerado registrou lucro líquido de 657 milhões de euros, queda de 18% na comparação anual. Já as receitas cresceram 20%, a 14,9 bilhões de euros, entre janeiro e dezembro. No ano, a companhia gerou 60,9 mil gigawatt-hora (GWh), queda de 5% ante 2020, com fontes renováveis respondendo por 75% da produção. De acordo com a EDP, o lucro em 2021 foi impactado por efeitos não recorrentes de 169 milhões de euros, incluindo baixa contábil associada ao portfólio de centrais térmicas no mercado Ibérico. O lucro líquido recorrente, excluindo esses efeitos, foi de 826 milhões de euros, alta de 6% na comparação anual. (Valor Econômico – 17.02.2022)

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4 Total de energia distribuída pela Equatorial sobe em 2021

O total de energia distribuída pela Equatorial Energia aumentou em 4,8% em 2021, chegando a 33.552.187 MWh. O valor inclui os mercados cativo, livre, uso da distribuidora e consumo próprio. No último trimestre de 2021, o aumento chegou em 4,1%. No ambiente cativo, houve um aumento de 2,6% em 2021 na energia distribuída, atingindo 28.116.071 MWh. O destaque ficou com os consumidores da classe residencial baixa renda, com crescimento de 18,9%. No quarto trimestre do ano passado, a venda de energia no cativo subiu 2,5%, novamente com a residencial baixa renda se destacando e crescendo 8,8%. O total de consumidores chegou a 9,4 milhões, crescendo 2%. Houve retração na classe residencial convencional, industrial e comercial. A residencial de baixa renda teve aumento de 8,1% e a classe ‘outros’ cresceu 6,7%. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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5 Light implementa novo sistema de gestão de serviços de campo

A Light concluiu a primeira fase de implementação do sistema OFS do fornecedor Oracle, uma solução, em nuvem, que automatiza os trajetos (rotas) das equipes de campo considerando situações como trânsito e tempo de deslocamento, promovendo assim uma otimização da operação com aumento da produtividade das equipes. A distribuidora informou que todo o processo de planejamento e replanejamento das rotas é feito de forma automática sem intervenção humana e utilizando inteligência artificial. A atualização das rotas em tempo real também proporcionará em um futuro próximo uma previsão mais assertiva para o cliente dos prazos de conclusão dos serviços solicitados. De acordo com a concessionária, a implementação do projeto vem sendo realizada de forma gradativa em toda área de concessão da Light e, até junho, todos os municípios atendidos pela companhia estarão com o processo de migração de todo sistema em funcionamento. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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6 Grupo Safira lança plataforma digital de informações

O Grupo Safira lançou uma plataforma que traz os principais dados e informações sobre meteorologia, projeção de preço, regulação do setor e operação do Sistema Interligado, juntamente com análises dos especialistas da Safira. O Prisma, como foi denominado, trata-se de uma ferramenta que apoia a tomada de decisão dos clientes na contratação de energia no ACL. De acordo com a empresa, um dos diferenciais da plataforma Prisma é a tendência de mercado, uma referência para diversos tipos de energia (Convencional, Incentivada 50%, Incentivada 100% e Cogeração Qualificada 50%) do ACL, considerando também a possibilidade de swap, ou a troca de energia entre submercados, que é elaborada a partir da inteligência da equipe da Safira, com todas as variáveis essenciais para consolidação dessas tendências. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Região NE alcança 78,3% de sua capacidade

De acordo com boletim do ONS, dia 16 de fevereiro, os reservatórios do Nordeste apresentaram crescimento de 0,2 ponto percentual, se comparado ao dia anterior, e operaram com 78,3% de sua capacidade de armazenamento. A região Norte apresentou aumento de 0,7 p.p e os reservatórios trabalham com 95,2% da capacidade. O submercado do SE/CO cresceu 0,4 p.p e a capacidade está em 52,8%. A energia armazenada mostra 108.054 MW mês e a ENA é de 82.247 MW med, valor que corresponde a 112% da MLT. Os reservatórios da Região Sul tiveram recuo de 0,6 p.p e operam com 32,1%. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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2 Chuvas fortes reduzem preços da energia

Após forte aumento nos preços da energia em 2021, causado pela seca histórica que o país viveu e que afetou as usinas hidrelétricas, o mercado livre apresenta um cenário favorável de preços, devido ao alto volume de chuvas nas últimas semanas. Os preços de liquidação das diferenças (PLD) têm estado próximos ao mínimo regulatório estabelecido pela Aneel para 2022, de R$ 55,70 por MWh. Segundo projeções do ONS, ao fim do mês de fevereiro, os reservatórios das hidrelétricas do subsistema SE/CO, que foram os mais afetados pela estiagem no ano passado, devem chegar a uma capacidade de 58,4%. A previsão é que ao fim do mês o volume seja de 97,4% no Norte, 82,8% no NE e 32,9% no Sul. De acordo com os especialistas, para 2023, o comportamento dos preços vai depender de algumas alterações para as variáveis dos modelos de formação de preços, em discussão pelo ONS. Além disso, apesar da tendência de um bom cenário hidrológico, uma nova seca poderia vir a colocar pressão sobre os preços. (Valor Econômico – 17.02.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Salão e Dia da Mobilidade Elétrica têm datas anunciadas para 2022

Em comunicado divulgado nesta semana, o VE Latino-Americano anuncia as datas para a realização das edições 2022 do VE Latino-Americano e Dia da Mobilidade Elétrica, que figuram entre os principais eventos relacionados aos carros elétricos e mobilidade elétrica no Brasil e na América Latina. Para este ano, a novidade é que os eventos retornarão ao formato original, onde o Dia da Mobilidade Elétrica acontecerá no dia 28 de maio, mês de prevenção dos acidentes de trânsito. Já o VE Latino-Americano, será realizado de 1º a 3 de setembro no Expo Center Norte em São Paulo, SP. Em função do bom resultado alcançado no ano passado as expectativas para 2022 são altas, é o que afirma Ricardo Guggisberg: "o mercado da eletromobilidade continua em ascensão. Aliás, esse é um caminho sem volta. O consumidor já descobriu todos os benefícios da eletrificação". (Inside EVs - 17.02.2022)

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2 Artigo de Yuri Tisi e Flávio Matos: “Autoprodução de usinas Waste-to-Energy e utilização em veículos elétricos”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, intitulado “Autoprodução de usinas Waste-to-Energy e utilização em veículos elétricos”, Yuri Schmitke Almeida Belchior Tisi (Presidente da ABREN) e Flávio Matos (Sócio da WTEEC e DAIS GLOBAL) apresentam uma proposta para combinar a geração elétrica por meio dos resíduos sólidos urbanos, por meio de usinas de Waste-to-Energy, com a eletrificação das frotas de veículos coletores de resíduos e dos ônibus públicos. Inicialmente, os autores apontam que: “a proposta que se apresenta é que os Municípios licitem concessões conjuntas a uma mesma empresa, onde serão firmados contratos de concessão para (I) geração de energia elétrica por meio de resíduos sólidos urbanos (RSU), (II) coleta e transporte de RSU, (III) mobilidade urbana (ônibus elétricos, trens elétricos ou metrô), ou até mesmo (IV) iluminação pública.” Além disso, indicam que: “para os 5 municípios estudados, foram identificados o número de veículos coletores de resíduos e de ônibus públicos urbanos. Seus respectivos consumos anuais de diesel foram convertidos ao equivalente em eletricidade, correspondendo a uma faixa de 71% a 102% da geração de energia a partir de resíduos em usinas de recuperação energética de resíduos ou waste-to-energy (WTE). Portanto, as usinas WTE permitiriam abastecer toda a demanda da frota pública destes veículos com um adicional para suprir parte da demanda de iluminação pública.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 18.02.2022)

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Energias Renováveis

1 EDP projeta 700 MW solares para 2022 e segue com UHEs à venda

A EDP Brasil está imbuída em aumentar seu portfólio de geração solar e estrategicamente diminuir a exposição à geração hidrelétrica em 2022, disse o CEO da companhia João Marques da Cruz na última quarta-feira, 16 de fevereiro, durante a coletiva virtual de apresentação dos resultados financeiros de 2021. “Estamos próximos das condições para iniciar um segundo projeto de 250 MW no estado de São Paulo e outro em Minas Gerais, fechando o ano com 650 a 700 MW aceitos na parceria com a EDP Renováveis”, destacou o executivo, salientando que as usinas serão construídas em solo e dedicadas a produção centralizada. No final do ano passado foi anunciada a primeira UFV da empresa, no Rio Grande do Norte. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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2 Atlas Renewable consegue crédito do BNB para usina solar em MG

A Atlas Renewable Energy garantiu um empréstimo de R$ 407 milhões do Fundo de Financiamento Constitucional do Nordeste do Brasil para a construção da usina solar Lar do Sol – Casablanca II, localizada em Pirapora (MG). A planta ocupará cerca de 700 hectares e terá capacidade instalada de 239 MWp com 460 mil painéis solares. A usina de autoprodução ajudará a fornecer à Unipar energia suficiente para produzir cloro para o tratamento de água para mais de 60 milhões de pessoas. A Atlas Renewable Energy será a principal investidora e operadora, fazendo parceria com a Unipar, que co-investirá no empreendimento. Para Luis Pita, gerente geral da Atlas Renewable Energy no Brasil, projetos como esses são grandes exemplos de relacionamentos de longo prazo entre um gerador de energia renovável, um financiador e um cliente. Ele se mostra orgulhosos da Unipar e BNB terem reconhecido a capacidades e o histórico da Atlas no setor para a selecionar como parceira para construir e operar projetos de energia renovável em larga escala e implementar programas sociais e ambientais para o benefício das comunidades próximas a este projeto. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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3 Grupo Ser Educacional constrói usina solar em PE

Pensando no meio ambiente e focado em manter suas atividades através da sustentabilidade, a Ser Educacional, grupo privado de educação do Brasil, investiu cerca de R$ 4,5 milhões em uma usina solar no Centro Universitário Maurício de Nassau, na cidade de Caruaru, em Pernambuco. O complexo fotovoltaico, instalado no solo, atenderá a demanda de 12 unidades da companhia. A usina, que entrou em operação em dezembro de 2021, conta com 2.212 módulos fotovoltaicos tendo a capacidade de 1,2 MW pico. O sistema irá produzir 2,3 GWh de energia 100% renovável ao ano. A energia gerada será injetada na rede da Neoenergia, de forma que é possível acompanhar quanto está sendo produzido e a empresa de distribuição de energia elétrica saiba quanto está sendo injetado. Com isso, o crédito de eletricidade injetada é abatido nas faturas de energia do grupo Ser Educacional. A economia será de 88% e o esperado é que o investimento tenha um retorno em menos de três anos. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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4 UFV Francisco Sá recebe autorização de 96 MW

A Aneel autorizou para início da operação em teste, a partir de 17 de fevereiro, unidades geradoras da UFV Francisco Sá 1, 2 e 3, localizadas no município de Francisco Sá, no estado de Minas Gerais. Juntas as UGs somam 96 MW de capacidade instalada. A liberação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 17 de fevereiro. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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5 EDP começa a observar eólica offshore no Brasil

Em entrevista coletiva à imprensa realizada nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, o CEO da EDP, Miguel Stilwell, revelou que a empresa já tem uma equipe que analisa potenciais locais para projetos de parque eólicos offshore visando licenciamento futuro. De acordo com o executivo, apesar do mercado eólico offshore brasileiro ainda não existir, a empresa quer estar pronta caso ele se desenvolva. “Já temos identificado alguns sites, mas é uma coisa bastante embrionária no momento”, explica. No fim de janeiro, o governo brasileiro publicou um decreto que dava as diretrizes para a geração de energia em alto mar. EDP vai desenvolver na Escócia um parque eólico offshore de 1.000 MW através da Ocean Wind, joint venture com a Engie. A Ocean Wind tem 1,5 GW de capacidade operacional bruta .O Reino Unido é um dos maiores mercados de eólicas offshore no mundo. Segundo Stilwell, a EDP deve investir € 15 bilhões até 2030 na região, de modo a reforçar a liderança na fonte. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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6 GWEC: Recuperação verde pode gerar 20 GW adicionais de energia eólica

Relatório do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) sobre oportunidades de recuperação verde a partir de empreendimentos da fonte revela um potencial de quase 20 GW de instalações adicionais de energia eólica a cada ano a partir de 2026 no Brasil, Índia, México, Filipinas e África do Sul. Os números foram projetados considerando ações que poderiam ser implementadas nos próximos cinco anos (2022 a 2026). O documento lançado nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, também mostra que medidas nesse sentido seriam capazes de gerar 2,23 milhões de empregos nos cinco países, ao longo de uma vida útil de 25 anos de projetos eólicos. Seria ainda possível evitar nesse período a emissão de 714 milhões de toneladas métricas de CO2. Em torno de um quarto dos empregos verdes projetados (575 mil) poderiam ser criados no Brasil por parques eólicos, com a adoção de uma abordagem de negócios diferente da tradicional. Haveria oportunidade também de gerar US$ 8 bilhões adicionais de valor adicionado bruto à economia no cenário de recuperação verde, aponta o relatório do GWEC. (CanalEnergia – 17.02.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Brasil alcança a marca de 19,57 GW provenientes da cogeração

A Associação da Indústria da Cogeração de Energia (Cogen) divulgou os dados de seu boletim mensal, DataCogen, onde foi possível perceber o aumento de 410,74 MW, no mês de janeiro de 2022, da cogeração em operação comercial no Brasil. De acordo com a Cogen, em janeiro foram adicionados ao sistema 1,43 MW de biogás decorrente da ampliação da oferta da usina Asja Jaboatão (Jaboatão dos Guararapes – PE) e de 409,31 MW de licor negro oriundo da nova usina da Bracell (Lençóis Paulista – SP). A UTE Bracell se constitui da maior usina termelétrica a biomassa do país e possui três unidades geradoras em sistema de cogeração. (CanalEnergia – 16.02.2022)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 CCEE: Consumo de energia cai em janeiro

Segundo boletim infomercado quinzenal da CCEE divulgado nesta quinta-feira, 17 de fevereiro, a demanda por energia elétrica no Brasil em janeiro de 2022 foi de 66.751 megawatts médios MWm, queda de 0,7% em relação a igual mês no ano passado. De acordo com a CCEE, a redução reflete a queda no consumo do mercado regulado, composto pelos consumidores de baixa tensão. O segmento, que responde pela maior parte do consumo de eletricidade no país, teve uma demanda de 44.228 MWm no mês, redução de 3,2% na comparação anual. No mercado livre houve um consumo de 22.522 MWm, aumento de 4,7% no consumo em relação a janeiro de 2021. Se desconsiderados os consumidores que migraram do mercado regulado para o livre nos 12 meses anteriores, a redução na demanda do ambiente regulado teria sido menor em janeiro, de 1,4%, enquanto no ambiente livre o aumento no consumo teria sido de 0,8%. Outro fator que impacta o mercado regulado é a geração distribuída, que inclui painéis solares instalados em residências e empresas. Se não houvesse esse tipo de segmento, a redução na demanda do segmento também teria sido atenuada, com uma queda de 1,9% em relação a janeiro de 2020. (Valor Econômico – 17.02.2022)

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Biblioteca Virtual

1 TISI, Yuri Schmitke Almeida Belchior; MATOS, Flávio. “Autoprodução de usinas Waste-to-Energy e utilização em veículos elétricos”.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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