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IFE: nº 5.071 - 30 de julho de 2020
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL disponibiliza vídeo do Webinar "Hidrogênio e a Transição Energética"
2 Novas diretrizes para exportação de energia entram em consulta pública
3 CCEE registra 100% de adimplência na liquidação do MCSD de EE em junho
4 Aneel revoga despachos de UHE no Mato Grosso do Sul
5 Geradores querem despacho por oferta de preço para hídricas

Empresas
1 AES passa a deter 42,9% da AES Tietê
2 AES Corp planeja acelerar crescimento no Brasil
3 AES Tietê estipula 6 meses para migração de segmento na B3
4 Cesp lucra R$ 138 mi no segundo trimestre
5 Enel reduz guidance para 2020 por efeito cambial
6 Subsidiárias da Eletrobras iniciam pesquisa de satisfação de clientes
7 Celesc inaugura subestação no norte catarinense

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis de reservatórios pelo Brasil

Mobilidade Elétrica
1 Toyota: Desenvolvimento de baterias sólidas até 2025
2 Volkswagen registra perda operacional
3 Tesla aberta para fornecer baterias para rivais
4 Volvo: Meta de lançamento de pelo menos um VE por ano até 2025

Inovação
1 Furnas abre chamada de P&D
2 Light amplia eficiência com novo sistema logístico
3 Copel instala medidores inteligentes em Ipiranga

Meio Ambiente
1 América Latina tem apenas 2% do valor das emissões globais de títulos socioambientais

Energias Renováveis
1 Aneel autoriza novas usinas solares na Paraíba
2 Galp quer ampliar investimentos em renováveis
3 Mercado solar desacelera, mas ainda cresce
4 Estudo mostra perfil de público de solar

5 Aerogerador é liberado para testes na Bahia
6 Eólicas do Sul promove leilão para compra e venda de energia

Gás e Termelétricas
1 Câmara aprova urgência de novo marco legal para mercado de gás
2 Marco do gás pode destravar investimentos de R$ 43 bil ao setor
3 Oposição diz que novo marco regulatório do gás é ineficaz
4 Indústria de cerâmica apoia a Nova Lei do Gás
5 INB interrompe temporariamente atividades com material nuclear

Economia Brasileira
1 Descompasso entre IPCA e IGP-M aumenta neste ano
2 Pandemia afetou negativamente 62,4% das empresas até o fim de junho, diz IBGE

3 Confiança dos serviços sobe 7,3 pontos em julho, mostra FGV
4 IGP-M acelera alta para 2,23% em julho, aponta FGV
5 Dólar ontem e hoje


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL disponibiliza vídeo do Webinar "Hidrogênio e a Transição Energética"

O GESEL está disponibilizando o vídeo do Webinar "Hidrogênio e a Transição Energética", realizado no último dia 28/07. O evento buscou debater qual o papel do Hidrogênio (H2) na Transição Energética, apresentando políticas e iniciativas globais, debatendo a maturidade tecnológica e o valor que o tema pode trazer para a indústria e utilities. O evento, que também objetivou sistematizar temas e cenários acerca do H2 para consideração no Plano Nacional de Energia 2050, contou com uma abertura do Prof. Nivalde de Castro (GESEL) juntamente com Caio Klasing Pandolfi, do Centro de Inovação da Siemens Energy. Os palestrantes foram: Dr. Giovani Vitoria Machado (EPE); Pedro Valverde (EDP Inovação - Lisboa) Andreas Eisfelder (Siemens Energy - Berlin). A coordenação do Prof. Sidnei Colombo Martini (USP). Para assistir ao Webinar, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 30.07.2020)

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2 Novas diretrizes para exportação de energia entram em consulta pública

O MME colocou para consulta pública nessa quarta-feira, 29 de julho, a proposta da Portaria que estabelece as diretrizes para exportação de energia elétrica para a Argentina e Uruguai, proveniente do vertimento das hidrelétricas despachadas centralizadamente pelo ONS e disponíveis para atendimento ao SIN, cuja geração seja transmissível e não alocável na carga do SIN. Segundo a Portaria nº 288, publicada no DOU, o Ministério receberá as contribuições num prazo de até 30 dias. Nos mesmos moldes, o MME também divulgou para consulta a NT nº 6/2020/CGDE/DMSE/SEE, que contextualiza a discussão sobre o estabelecimento dos procedimentos para exportação de energia destinada a países vizinhos interconectados eletricamente com o Brasil, oriunda de excedentes energéticos de fontes renováveis não-hidrelétricas, sem afetar a segurança eletroenergética do sistema e mantendo custos e riscos da transação restritos aos envolvidos no processo. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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3 CCEE registra 100% de adimplência na liquidação do MCSD de EE em junho

A CCEE concluiu a liquidação financeira dos termos de cessão dos contratos regulados decorrentes do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD de Energia Existente relativa ao mês de junho de 2020. A operação envolveu R$ 6.436.082,04 e contou com 100% de adimplência. O MCSD de Energia Existente entrou em operação na CCEE em 2005 com a tarefa de permitir às distribuidoras ajustar as diferenças nos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEARs, exclusivamente decorrentes de energia existente, em três situações: perda de grandes consumidores, quando estes passam a ser livres; acréscimo aos contratos celebrados antes de 16 de março de 2004; ou por outros desvios de mercado. (CCEE – 29.07.2020)

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4 Aneel revoga despachos de UHE no Mato Grosso do Sul

A Aneel revogou nessa quarta-feira, 29 de julho, os despachos nº 3.550/2010, nº 3.036/2008, nº 2.203/2011 e nº 2.204/2011 que conferiam os Registros Ativos e os Aceites referentes à hidrelétrica Sucuri, com potência instalada de 38 MW no rio Coxim, Mato Grosso do Sul, e sob titularidade das empresas Hidrotérmica e Bimetal Indústria Metalúrgica. A decisão foi publicada no DOU, por meio do despacho nº 2.034. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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5 Geradores querem despacho por oferta de preço para hídricas

Reforçando a pressão por mudança no atual modelo de despacho do setor elétrico, o presidente da ESBR (concessionária da UHE Jirau), Édson Luiz da Silva, e o vice-presidente de Geração da CTG Brasil, Evandro Vasconcelos, defendem a adoção de despacho por oferta de preço como alternativa moderna para superar as distorções do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), criado na década de 1990 e que, segundo ambos, já não representa a realidade do setor elétrico brasileiro. A proposta dos executivos, que participaram de webinar da MegaWhat, está em debate no âmbito do projeto de modernização do setor e não excluiria a centralização do despacho. Questionados pelo ex-diretor geral do ONS, Eduardo Barata, sobre o preparo dos agentes para a adoção do despacho por oferta de preço, ambos responderam que haverá um processo de adaptação. (Brasil Energia - 29.07.2020)

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Empresas

1 AES passa a deter 42,9% da AES Tietê

Após a recente confirmação de que a controladora AES Holdings Brasil foi a vencedora na disputa para compra da participação do BNDESpar na Aes Tietê, a geradora paulista emitiu novo comunicado na quarta-feira (29/7), confirmando o contrato para aquisição de 73.834.706 ações de emissão da companhia, equivalentes a 18,5% de seu capital social. Efetivada a operação, a holding passará a deter 42,9% dos papéis da subsidiária brasileira. “Em decorrência da transação, o acordo de acionistas celebrado entre AES e BNDESpar deixará de vigorar”, complementa da publicação na CVM. (Brasil Energia - 29.07.2020)

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2 AES Corp planeja acelerar crescimento no Brasil

A decisão de aumentar a participação na AES Tietê demonstra a confiança da AES Corporation no Brasil, um mercado que ainda é pouco representativo nos números do grupo americano, mas que tem grande potencial de crescimento nos próximos anos, segundo Julian Nebreda, presidente da unidade de negócios da AES para a América do Sul. “Somos um investidor global, temos oportunidade de colocar dinheiro em qualquer mercado dependendo da necessidade. Para nós, o Brasil é muito importante”, destacou o executivo. (Valor Econômico – 30.07.2020)

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3 AES Tietê estipula 6 meses para migração de segmento na B3

Em nota à imprensa nessa quarta-feira, 29 de julho, a AES Tietê comunicou que submeterá, em até seis meses, a proposta de migração para o segmento especial de listagem da B3 junto ao Conselho de Administração e aos demais acionistas, numa iniciativa que visa melhorar as práticas de governança exigidas pelo regulamento do chamado Novo Mercado, além de um espertado aumento de liquidez de suas ações. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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4 Cesp lucra R$ 138 mi no segundo trimestre

A Cesp fechou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 138 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 4 milhões apurados no mesmo período de 2019. A companhia atribuiu o desempenho à combinação de aumento de receita e redução dos custos e despesas gerenciáveis. A receita líquida subiu 32%, para R$ 485,5 milhões, com a empresa informando que o desempenho foi conquistado com a sazonalização de energia vendida, início das operações de trading pela Cesp Comercializadora e pela atualização dos contratos indexados ao dólar. O Ebitda dobrou em relação ao segundo trimestre de 2019, para R$ 398 milhões. (Valor Econômico – 29.07.2020)

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5 Enel reduz guidance para 2020 por efeito cambial

A elétrica Enel reduziu seu “guidance” para 2020 nesta quarta-feira, citando efeitos cambiais, depois de superar expectativas ao registrar um leve aumento no lucro no primeiro semestre do ano. Em comunicado, o grupo italiano disse que a receita principal ordinária avançou 0,4% no período, a 8,794 bilhões de euros, impulsionada pelas unidades de energia renovável e comercialização. A Enel disse que não espera uma recuperação das moedas latino-americanas até o final do ano. A empresa passou a projetar as receitas essenciais no ano em cerca de 18 bilhões de euros, ante “guidance” anterior de cerca de 18,6 bilhões de euros. O lucro líquido ordinário no ano deve ficar entre 5 bilhões a 5,2 bilhões de euros, versus projeção anterior de cerca de 5,4 bilhões de euros. (Reuters – 29.07.2020)

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6 Subsidiárias da Eletrobras iniciam pesquisa de satisfação de clientes

As empresas Eletrobras iniciaram na última segunda-feira, 27 de julho, a 4ª Pesquisa Integrada de Satisfação de Clientes, com a coleta das opiniões indo até 9 de agosto. Realizado a cada dois anos, desde 2014, o estudo tem como principais objetivos mensurar a qualidade dos serviços prestados em geração e transmissão, identificando oportunidades de melhoria. Este ano o foco recai sob o aspecto comercial dos negócios da Amazonas GT, CGT Eletrosul, Chesf, Eletronorte, Eletronuclear e Furnas, além da holding, que terá pela primeira vez a percepção de satisfação dos cotistas do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) e de Itaipu. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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7 Celesc inaugura subestação no norte catarinense

A subestação Araquari-Corveta foi inaugurada na última segunda-feira (27) às margens da BR-101, no Norte de Santa Catarina. Com investimento de R$ 9,3 milhões, a nova estrutura da Celesc tem potência instalada inicial de 30 MVA, aumentando em 70% a capacidade de atendimento na demanda no município de Araquari e no polo regional. O volume suportado poderá chegar até 120 MVA, o que viabiliza o crescimento da demanda por mais 10 anos, segundo a companhia. A construção do empreendimento integra um pacote de obras avaliadas em R$ 140 milhões e que visam atender o Norte catarinense. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis de reservatórios pelo Brasil

Os submercados brasileiros apresentaram queda no volume útil na última terça-feira, 28 de julho, em relação ao dia anterior, afirma o boletim diário do ONS. Com 0,5%, a região Sul teve a maior variação, caindo para 59,7%. A ENA afere 110% da MLT e a armazenada 11.881 MW. As UHEs Passo Fundo e G.B Munhoz funcionam, respectivamente, com 73,35% e 47,77%. Os reservatórios do Nordeste trabalham com 82,6% da capacidade, após recuo de 0,1%. A ENA armazenável permanece em 72% e a armazenada foi para 42.614 MW mês. A hidrelétrica de Sobradinho funciona com 80,41% de seu volume. Na região Norte o decréscimo foi de 0,3% para 81% de sua vazão e conferem uma energia armazenada de 12.290 MW, enquanto a armazenável aparece com 88% da MLT. A usina de Tucuruí trabalha com 96,34%. Na região Sudeste/Centro-Oeste a capacidade de armazenamento diminuiu em 0,2%, ficando em 48,9%. A energia contida aparece com 99.093 MW mês e a ENA segue com 80% da MLT. Furnas registra 57,59% e a UHE Nova Ponte opera a 47,08%. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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Mobilidade Elétrica

1 Toyota: Desenvolvimento de baterias sólidas até 2025

A Toyota quer ganhar terreno no mercado de carros elétricos com uma tecnologia muito importante: baterias de material sólido. As atuais tem estado líquido por dentro das células. Segundo o site Automotive News, o foco da Toyota é começar a oferecer nos carros de série a nova tecnologia em 2025. As baterias de estado sólido, em relação as atuais, que são de íons de lítio, tem maior densidade de energia. Isso garante que elas podem armazenar mais energia em pacotes menores e mais leves. As recargas serão mais rápidas e, com menos peso, os carros terão melhor aproveitamento da energia em termos de autonomia. O especialista da Toyota, Keiji Kaita, diz que a expectativa é de recarga total em menos de 15 minutos Kaita diz ainda que, apesar de mais caras, a Toyota projeta que, talvez, seja possível manter até 90% do desempenho da bateria por até 30 anos. (O Estado de São Paulo – 29.07.2020)

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2 Volkswagen registra perda operacional

A Volkswagen registrou uma perda operacional no primeiro semestre, após sofrer uma queda de 27% nas entregas de veículos devido à pandemia de coronavírus, que forçou a montadora a reduzir seus dividendos. Restaurar as operações para níveis pré-crise é fundamental para o Grupo VW, depois de lançar uma nova iteração do importante hatchback Golf e planejar começar a entregar o ID3 totalmente elétrico aos clientes em setembro. O sucesso do ID3 é vital para cumprir com as regras mais rígidas de emissões na Europa e acompanhar a Tesla, que nas últimas semanas ultrapassou os fabricantes tradicionais para se tornar a montadora mais valiosa do mundo. (Automotive News Europe – 30.07.2020)

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3 Tesla aberta para fornecer baterias para rivais

O CEO da Tesla, Elon Musk, disse na terça-feira que a empresa está aberta para licenciar softwares e fornecer motores e baterias. A Tesla já havia fornecido baterias à Mercedes-Benz e Toyota sob acordos de parceria separados. A fabricação de baterias é uma área que analistas e funcionários do setor dizem que a fabricante de carros elétricos dos EUA tem uma vantagem competitiva em comparação com as montadoras tradicionais. Atualmente, a Tesla administra uma joint venture de baterias com a Panasonic e também fornece baterias da Contemporary Amperex Technology da China e da LG Chem da Coréia do Sul. (Automotive News Europe – 30.07.2020)

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4 Volvo: Meta de lançamento de pelo menos um VE por ano até 2025

A Volvo reafirmou seu compromisso de lançar pelo menos um veículo elétrico por ano até 2025. Em entrevista ao site britânico Auto Express, o vice-presidente sênior de design da Volvo, Robin Page, disse que o foco na eletrificação ajudará a diversificar seu portfólio e abrir novas oportunidades em outros segmentos. (Inside EVs – 29.07.2020)

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Inovação

1 Furnas abre chamada de P&D

Furnas abriu edital para programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D). São 33 temas de áreas como fontes alternativas de geração de energia elétrica, inteligência e segurança operacional, aplicações blockchain para geradoras e transmissoras do setor elétrico e inteligência artificial. As propostas podem ser submetidas até 11/9. “As propostas escolhidas serão aquelas que atenderem as necessidades de FURNAS, de forma inovadora, colaborativa e sustentável, resultando em projetos cada vez mais relevantes para a empresa, para a sociedade e para o setor elétrico” afirma a superintendente de estudos de mercado e inovações, Fabiana Teixeira. (Brasil Energia - 29.07.2020)

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2 Light amplia eficiência com novo sistema logístico

A Light anunciou nesta terça-feira, 28 de julho, que ampliou em 20% a eficiência e em 30% a produtividade dos serviços prestados pelas equipes de campo e de monitoramento, graças a uma nova solução logística implementada para gerir o atendimento a ocorrências na rede elétrica. O sistema de roteirização RoutEasy utiliza inteligência artificial para distribuir os times entre os chamados, de forma que consigam executar mais serviços numa menor distância a ser percorrida diariamente. O funcionamento da ferramenta se dá por meio de um tripé formado por algoritmo genérico, plataforma de monitoramento em nuvem e gestão analítica em tempo real, sendo esse o primeiro projeto da empresa a ser customizado para o setor de energia. Com a nova tecnologia, é possível também prover a geolocalização de todos os serviços. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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3 Copel instala medidores inteligentes em Ipiranga

A Copel passou a disponibilizar em aplicativo de celular uma funcionalidade para medições inteligentes do consumo de energia em tempo real aos cliente de Ipiranga, município paranaense a 175 km da capital com cerca de 15 mil habitantes (IBGE 2017). De acordo com a distribuidora, esta foi a primeira cidade brasileira a contar com rede de distribuição de energia 100% inteligente – smart grid. (Brasil Energia - 29.07.2020)

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Meio Ambiente

1 América Latina tem apenas 2% do valor das emissões globais de títulos socioambientais

O crescimento “rápido” ainda é tímido na América Latina e no Caribe, mercados que responderam por apenas 2% (US$ 6,4 bilhões) das emissões globais, mas isso representa uma "oportunidade" para a região, segundo Maria Netto, especialista do BID no assunto. "Há um enorme potencial. A América Latina tem um DNA verde importante, mas ainda não usou esse ativo a fundo", afirmou Maria, ao abrir o seminário online "Tendências dos Títulos Verdes e Sustentáveis no Brasil: o que procuram os investidores e emissores?", promovido pelo BID em parceria com a CVM e a B3. Os dados compilados pelo BID, com base em informações da agência de notícias Bloomberg, foram apresentados na palestra de abertura. (O Estado de São Paulo - 29.07.2020)

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Energias Renováveis

1 Aneel autoriza novas usinas solares na Paraíba

A Aneel autorizou, na terça-feira (28/07), a Rio Alto Energia a implantar e explorar, como produtora independente de energia elétrica, cinco usinas solares que somam 135 MW no município de Coremas, na Paraíba. A agência também estabeleceu descontos de 50% nas tarifas de uso do sistema de transmissão (TUST) e de uso do sistema de distribuição (TUSD), referente à autoprodução ou à comercialização da energia proveniente das usinas Coremas IV a VIII, com 27 MW cada uma. A previsão de início das obras é agosto e a operação comercial deve iniciar até julho de 2021. As usinas fazem parte do complexo Coremas que, segundo o site da empresa, tem capacidade total de 300 MWp. (Brasil Energia - 29.07.2020)

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2 Galp quer ampliar investimentos em renováveis

A Galp entrou para a base de investidores da plataforma Energy Impact Partners (EIP), anunciou a companhia na quarta-feira (29/7). O acordo prevê investimento de € 20 milhões nos próximos cinco anos na plataforma. A EIP tem mais de US$ 1,5 bilhão em ativos sob gestão e investe globalmente em capital de risco, crescimento, crédito estruturado e infraestruturas. Os parceiros da plataforma têm acesso a análises e informações exclusivas e, como parte do acordo, ajudam a EIP a encontrar melhores negócios. A Galp está interessada em desenvolver portfólio sustentável de energia renovável, destinando entre 10% e 15% do seu plano de investimentos a essa área. (Brasil Energia - 29.07.2020)

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3 Mercado solar desacelera, mas ainda cresce

O mercado de geração de energia solar fotovoltaica manteve a tendência de crescimento no primeiro semestre deste ano, mas sofreu com a pandemia e a pressão de custos por causa da disparada do dólar. É o que mostra um estudo da consultoria Greener. Segundo a pesquisa, o volume de importação de módulos fotovoltaicos - termômetro da demanda do mercado - atingiu 2,49 GW entre janeiro e junho, aumento de 93% frente à primeira metade de 2019. Mas, na comparação trimestral, houve recuo de 40% entre o primeiro e o segundo trimestre. Os dados se referem a compras direcionadas tanto a usinas de grande porte, quanto às de geração distribuída. Entre os dois segmentos, a geração distribuída foi o que sentiu maior impacto da crise. (Valor Econômico – 30.07.2020)

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4 Estudo mostra perfil de público de solar

Em relação ao perfil dos proprietários de sistemas fotovoltaicos, o estudo consultoria Greener observou que um público cada vez mais jovem tem investido nesse tipo de geração. Em 2017, 22% das pessoas físicas donas de sistemas fotovoltaicos possuíam menos de 50 anos - essa fatia subiu para 55% neste ano. Em paralelo, pessoas com renda intermediária também estão investindo mais em sistemas próprios de geração, atraídas pelos benefícios econômicos e pelo apelo ambiental, diz Takata. Em sua avaliação, esses movimentos refletem a queda dos preços dos equipamentos, a maior oferta de serviços e também o aumento de opções de financiamento. (Valor Econômico – 30.07.2020)

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5 Aerogerador é liberado para testes na Bahia

A central de geração eólica Ventos de São Januário 22 recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para início da operação em teste da turbina cinco, de 4,2 MW de potência. A usina é explorada pela empresa Ventos De Santo Eloy Energias Renováveis, no município de Campo Formoso, no estado da Bahia. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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6 Eólicas do Sul promove leilão para compra e venda de energia

A Eólicas do Sul promoverá na próxima segunda-feira, 3 de agosto, às 15 horas, um leilão eletrônico para compra de energia elétrica convencional, ao preço de R$ 85,00 /MWh, e para a venda de incentivada 50%, com entrega no submercado Sul. O certame será realizado através da plataforma Paradigma e acontecerá por lotes de 1 MW médio, sendo um mínimo de 3 MW médios. O período de suprimento contratado irá de 01/07/2020 até 31/07/2020. Os interessados podem se manifestar até as 10 horas da próxima segunda-feira, 3 de agosto, por meio de assinatura eletrônica ou digital. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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Gás e Termelétricas

1 Câmara aprova urgência de novo marco legal para mercado de gás

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, por 323 a 113, o requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto sobre o novo marco legal para mercado de gás natural. Apenas um parlamentar se absteve. Com a aprovação, o texto poderá ser analisado diretamente pelo plenário da Casa. A chamada Lei do Gás é considerada uma das prioridades do governo para a retomada da economia após a pandemia de covid-19. Diante de críticas de parlamentares da oposição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a análise do projeto ocorrerá pelo menos daqui a duas semanas para que os partidos tenham tempo para fazer sugestões ao relator Laércio Oliveira (PP-SE). (Valor Econômico – 29.07.2020)

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2 Marco do gás pode destravar investimentos de R$ 43 bil ao setor

Um ano depois de lançado pelo governo, o plano Novo Mercado de Gás deve ser votado pela Câmara dos Deputados nos próximos dias e pode destravar investimentos da ordem de R$ 43 bilhões, segundo os cálculos do governo. Apesar do avanço de algumas medidas no âmbito federal, o prometido "choque de energia barata", do ministro da Economia Paulo Guedes, ficou longe do objetivo de baixar o preço do gás natural em 40%, pois ainda sofre resistências nos Estados e distribuidoras locais. (O Estado de São Paulo - 29.07.2020)

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3 Oposição diz que novo marco regulatório do gás é ineficaz

A aprovação de regime de urgência para discutir o novo marco regulatório do gás natural foi comemorada por produtores e grandes consumidores do combustível. Já os opositores dizem que o texto não garante a atração de investimentos e precisa ser mais bem discutido. No mundo empresarial, o principal foco de resistência está no segmento de distribuição de gás canalizado, setor que é monopólio estadual. As distribuidoras alegam que o projeto não traz incentivos ao investimento na expansão da rede de transporte, que hoje abastece principalmente estados do litoral brasileiro. O argumento também é usado pela oposição, que votou contra o regime de urgência na votação desta quarta (29). Para o deputado Carlos Zarattini, investidores privados não colocarão dinheiro em novos gasodutos sem saber o tamanho do mercado que será abastecido. A oposição chegou a propor a criação de uma estatal para financiar novos gasodutos com dinheiro do Fundo Social que gere parcela do governo federal na arrecadação de royalties do petróleo, projeto que enfrenta resistência do governo. "Não acreditamos que o projeto vá gerar todo esse avanço se não tivermos novos gasodutos", afirmou ele, em live da agência EPBR. (Folha de São Paulo – 29.07.2020)

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4 Indústria de cerâmica apoia a Nova Lei do Gás

A indústria de cerâmica para revestimentos apoia as reformas do setor elétrico e de gás natural para ter mais competitividade no mercado. Em live realizada pela Thymos Energia na última terça-feira, 29 de julho, representantes do segmento lembraram que entre 40 e 45% do custo de fabricação de um metro quadrado de cerâmica é energia. O país é o terceiro maior produtor do mundo, segundo consumidor e sexto exportador, sendo o oitavo setor consumidor de energia elétrica e o segundo maior consumidor de gás natural. De acordo com Otmar Muller, do sindicato da Indústria da Cerâmica de Santa Catarina, a pandemia mostrou que a regulação do mercado de energia foi criada para um cenário de normalidade. No entanto, o modelo se mostra ineficaz para responder aos choques de mercado. (Agência CanalEnergia – 29.07.2020)

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5 INB interrompe temporariamente atividades com material nuclear

A INB, Indústrias Nucleares do Brasil, que fica em Engenheiro Passos, distrito de Resende, interrompeu temporariamente as atividades com utilização de material nuclear. Nesta quarta-feira (29), uma nota foi enviada à Comissão Nacional de Energia Nuclear informando sobre a decisão, depois do afastamento de dois supervisores de radioproteção, por terem apresentado sintomas gripais e febre. A INB informou ainda que serão tomadas medidas necessárias para que não haja atraso na entrega da recarga de Angra 1 à eletronuclear. Sobre as medidas de prevenção à Covid-19, a empresa disse que vem adotando todos os cuidados fundamentais de combate a doença. A retomada das atividades está prevista para o dia seis de agosto. (G1 – 29.07.2020)

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Economia Brasileira

1 Descompasso entre IPCA e IGP-M aumenta neste ano

A demanda deprimida do consumidor por causa da crise contrasta com a pressão de custos no atacado provocada pela escalada do dólar, conjuntura que está levando dois dos principais indicadores de inflação do país a mostrar realidades distintas. Enquanto o IPCA, do IBGE, avançou 2,13% nos 12 meses até junho e deve chegar em dezembro perto de 1,5%, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) voltou a acelerar no mês passado, devendo acumular aumento de quase 8% em 2020. Em 6,7% há um mês, a mediana das estimativas para a alta anual do IGP-M está em revisão para cima há duas semanas no boletim Focus, do BC. Agora, o mercado espera que a inflação medida pelo indicador da FGV seja de 7,96% no ano. Na contramão, a projeção para o IPCA anual caiu de 1,72% para 1,67%, e há quem vislumbre variação ainda menor. (Valor Econômico – 30.07.2020)

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2 Pandemia afetou negativamente 62,4% das empresas até o fim de junho, diz IBGE

Entre as empresas que resistiam à crise e permaneciam abertas até o fim de junho, 62,4% — 1,72 milhões de negócios — tiveram suas atividades afetadas negativamente pela pandemia. Para 22,5% delas os efeitos foram pequenos ou inexistentes e 15,1% relatou avanços. Até o fim do mês passado, segundo o IBGE, o Brasil possuía 2,77 milhões de empresas em funcionamento. Os dados são da segunda edição da pesquisa Pulso Empresa, do IBGE, que tenta mensurar os impactos da crise sanitária em empresas não financeiras. As empresas do setor de serviços foram as que relataram maiores prejuízos, 65% delas. No comércio, 64,1% relataram efeitos negativos, enquanto na construção, 53,6%, e, na indústria, 48,7%. Do total de empresas, pouco mais da metade, ou 50,7% das empresas, relataram queda nas vendas da segunda quinzena de junho. (Valor Econômico – 30.07.2020)

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3 Confiança dos serviços sobe 7,3 pontos em julho, mostra FGV

A confiança dos serviços, setor assolado pelas medidas de isolamento em função da pandemia, voltou a melhorar em julho ao aumentar 7,3 pontos, para 79 pontos. Mesmo com três avanços consecutivos, o índice recompôs cerca de 62% das perdas sofridas nos primeiros quatro meses do ano. Na comparação com julho de 2019, o Índice de Confiança dos Serviços (ICS) registra queda, de 14,7 pontos. Em julho, houve variação positiva do ICS em todos os 13 segmentos pesquisados, exceto o de serviços de manutenção, cujo indicador caiu 2,4 pontos. Tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas em relação aos próximos meses melhoraram em julho. (Valor Econômico – 30.07.2020)

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4 IGP-M acelera alta para 2,23% em julho, aponta FGV

Pressionado pelos custos ao produtor nos diversos estágios de processamento, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou a alta para 2,23% em julho, após subir 1,56% um mês antes. O Índice de Preços ao Produtor (IPA-M) subiu 3% em julho, depois de aumentar 2,25% um mês antes, pressionado pela inflação de matérias-primas brutas (2,57% para 6,35%). A pressão de custos ao produtor se refletiu com menor intensidade nos preços ao consumidor. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) subiu 0,49% em julho, após alta de 0,04% em junho. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,84% em julho, ante 0,32% no mês anterior, puxado pelos acordos salariais coletivos firmados no Rio de Janeiro e em São Paulo, que resultaram em alta de 0,92% no custo da mão de obra. (Valor Econômico – 30.07.2020)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 29 sendo negociado a R$5,1748 com variação de +0,74% em relação ao início do dia. Hoje (30) começou sendo negociado a R$5,2091 - com variação de +0,66% em relação ao fechamento do dia útil anterior sendo negociado às 11h o valor de R$5,1821 variando -0,52% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 29.07.2020 e 30.07.2020)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Cinthia Valverde, Mateus Amâncio, Sérgio Silva, Walas Júnior.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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