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IFE: nº 5.411 - 17 de janeiro de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Bolsonaro publica decreto que regulamenta empréstimo de socorro ao setor elétrico
2 Novo empréstimo é esperado para fevereiro
3 Aneel abre tomada de subsídios para nova versão do Newave

Transição Energética
1 Acende Brasil: Mudanças no setor elétrico trazem desafios ao planejamento do sistema
2 Metas de descarbonização de Biden podem triplicar a dependência da rede elétrica

3 Índia assina acordo com IRENA para fortalecimento da colaboração no campo das energias renováveis
4 Relatório IRENA-AfDB: transição energética central para o futuro econômico de África
5 El Salvador assina acordo com IRENA para impulsionar energias renováveis
6 IEA: o aumento da demanda de energia impactará as emissões de GEE
7 EPRI: P&D colaborativo será essencial para alcançar a neutralidade de gases do efeito estufa
8 O aumento da demanda de eletricidade e suas consequências sobre os sistemas de energia

Empresas
1 Array conclui compra da STI Norland, criando gigante de rastreadores solares
2 SolarVolt anuncia expansão para SP, ES e soluções para veículos elétricos
3 Emae investe R$ 105 mi na modernização da usina do complexo Henry Borden

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: Carga no SIN deve recuar 1,6% em janeiro
2 ONS: Reservatórios do Sul operam com 39,9% da capacidade
3 Cemig: Cheia continua e UHE Três Marias bate recorde de vazão afluente

4 TCU: Novo relatório trata da recente crise de oferta de energia elétrica

Mobilidade Elétrica
1 Lucid Motors terá fábrica de carros elétricos na Arábia Saudita
2 Planos de expansão da CATL
3 BP: Carregamento de VEs está prestes a se tornar mais lucrativo do que os combustíveis
4 Universidade de Michigan: Nova bateria mais eficiente à base de lítio e enxofre

Energias Renováveis
1 Portal Solar: Geração solar distribuída chega a 1 milhão de clientes e deve dobrar em 2022
2 EDP: Brasil precisa agregar mais energias solar e eólica ao mix de fontes renováveis
3 Statkraft acerta com Nordex contrato para eólica na Bahia

Gás e Termelétricas
1 Agentes varejistas somavam 925 ativos representados em novembro de 2021

Mercado Livre de Energia Elétrica
1 CCEE: Agentes varejistas somavam 925 ativos representados em novembro de 2021


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Bolsonaro publica decreto que regulamenta empréstimo de socorro ao setor elétrico

O presidente Jair Bolsonaro publicou nesta sexta-feira o decreto que regulamenta a medida provisória (MP 1.078/21) que autorizou a tomada de novo empréstimo bilionário para cobrir despesas do setor elétrico assumidas durante a crise hídrica e atenuar o aumento das tarifas em 2022. O Decreto 10.939/2022, publicado na edição de hoje do “Diário Oficial da União”, autoriza a criação da “Conta Escassez Hídrica”, destinada a receber recursos e repassá-los ao setor, por meio das distribuidoras de energia. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) ficará encarregada de fazer a gestão dessa conta. Os recursos captados deverão cobrir os custos associados à situação de escassez hídrica vivida pelo país, que incluem o déficit na arrecadação do sistema de bandeiras tarifárias para a competência de abril de 2022, o programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo, a importação de energia referente às competências de julho e agosto de 2021, entre outros. De acordo com o decreto, a Aneel definirá o limite total de captação e homologará os valores a serem pagos pela Conta Escassez Hídrica a cada distribuidora. (Valor Econômico – 14.01.2021)

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2 Novo empréstimo é esperado para fevereiro

O valor que o mercado regulado terá que arcar para pagar a Conta de Escassez Hídrica, criada nesta sexta-feira, 14 de janeiro, por meio do Decreto 10.939, ainda não é conhecido. A estimativa continua no entorno de R$ 15 bilhões e deverá ser tomado junto ao pool de bancos até o final de fevereiro. A decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, desta semana de limitar o CVU a R$ 1 mil por MWh por ajudar a limitar esse patamar. Contudo, uma coisa é clara, a tendência da tarifa de energia é de continuidade de elevação nos próximos anos. Segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, o motivo que originou essa nova operação, o déficit entre a arrecadação da bandeira escassez hídrica e o custo de geração, somava R$ 14 bilhões até novembro. Os dados de dezembro ainda não estão disponíveis. E ainda nessa conta deve-se considerar de R$ 1,5 a R$ 1,6 bilhão de descontos na conta dos consumidores no programa de redução voluntária. Contudo, o presidente executivo da entidade, Marcos Madureira, disse que a conta não está fechada, pois é necessário, conforme determina o decreto, reduzir do valor a pagar o saldo acumulado da conta bandeiras. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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3 Aneel abre tomada de subsídios para nova versão do Newave

A Aneel abriu a Tomada de Subsídios 001/2022, que trata da autorização de uso da nova versão do modelo computacional Newave (versão 27.4.16, que passaria a ser denominada 28) no âmbito do planejamento e da programação da operação e da formação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), a partir do Programa Mensal da Operação (PMO) de março de 2022. Entre outros aprimoramentos, a Agência destaca a incorporação da metodologia Par(p)-A, a correção da escrita das afluências passadas anteriores ao início do estudo, em casos sem tendência hidrológica, além dos mecanismos de otimização de tempo computacional do próprio modelo. Em suma, os interessados devem enviar suas contribuições para o e-mail da Aneel até 9 de fevereiro de 2022. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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Transição Energética

1 Acende Brasil: Mudanças no setor elétrico trazem desafios ao planejamento do sistema

O White Paper “Matriz elétrica do futuro: diversificada, dispersa e integrada”, produzido pelo Instituto Acende Brasil sinaliza que as mudanças que o setor elétrico vem passando nos últimos anos – que culmina com uma nova matriz – trarão importantes desafios. Um novo planejamento para o sistema aparece com força, devido a presença de novos riscos que devem ser avaliados. “Há mais incerteza quanto à dinâmica de evolução da carga e das alternativas de suprimento, o que demandará uma análise de cenários mais sofisticada, com ênfase na robustez das alternativas face as incertezas”, diz o relatório. O documento pede mais detalhamento da operação no processo de planejamento da expansão, avaliando a compatibilidade entre o perfil horossazonal da produção com o perfil horossazonal da carga. A compatibilidade entre o perfil da carga e o perfil de geração foi outro ponto levantado, já que com o aumento das renováveis, em que em que o padrão de produção de energia elétrica é determinado pelo padrão estocástico do recurso energético, será preciso incorporar essa dimensão de forma mais intensa na tomada de decisão de investimentos em novas usinas de geração. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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2 Metas de descarbonização de Biden podem triplicar a dependência da rede elétrica

O cumprimento das metas de redução de gases de efeito estufa do presidente Joe Biden exigirá uma "transformação maciça" do setor elétrico e poderá triplicar a dependência dos Estados Unidos em sua rede elétrica, de acordo com Daniel Brooks, vice-presidente de rede integrada do Electric Power Research Institute (EPRI). Cerca de 20% do consumo final de energia nos Estados Unidos hoje é eletricidade, mas isso pode aumentar para 60% até 2050, à medida que o país avança para uma economia neutra em carbono, de acordo com a análise do EPRI. Com isso, haverá um "aumento maciço da dependência do setor elétrico pela sociedade à medida que avançamos", exigindo melhor planejamento e modelagem de energia, inovação colaborativa em todo o setor e políticas e regulamentos de apoio, disse Brooks na quinta-feira em uma ligação com repórteres. (Utility Dive – 14.01.2022)

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3 Índia assina acordo com IRENA para fortalecimento da colaboração no campo das energias renováveis

O Ministério de Energias Novas e Renováveis da Índia assinou hoje um acordo de parceria estratégica com a IRENA, sinalizando sua intenção de fortalecer ainda mais sua colaboração com a IRENA no campo de Energias Renováveis. O acordo foi assinado pelo Secretário do Ministério de Energia Nova e Renovável (MNRE), Indu Shekhar Chaturvedi e Diretor Geral da IRENA Francesco La Camera durante a 12ª Assembléia da IRENA. A Índia instalou 13 GW de energias renováveis em 2021 e aumentou sua capacidade em mais de 53 GW nos últimos cinco anos, posicionando-a como um dos adotantes de energia renovável de mais rápido crescimento no mundo. Com enorme potencial de energia renovável, a Índia tem o objetivo de se tornar um grande produtor de hidrogênio verde para apoiar a descarbonização de sua economia industrial. De acordo com a IRENA, o hidrogênio representará cerca de 12% do fornecimento total de energia em um mundo de 1,5°C até 2050. “O compromisso da Índia com a causa das energias renováveis é muito conhecido e nosso histórico fala por si”, disse o secretário Sr. Indu Shekhar Chaturvedi. (IRENA – 16.01.2022)

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4 Relatório IRENA-AfDB: transição energética central para o futuro econômico de África

Uma estrutura política integrada construída em torno da transição energética pode trazer uma onda de novos investimentos em energia sustentável para a África, aumentando a economia da região em 6,4% até 2050, resultados de uma análise publicada hoje pela International Agência de Energias Renováveis (IRENA) em colaboração com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) revelou. O relatório, Análise do Mercado de Energia Renovável: África e suas Regiões, mostra que a África está prosperando significativamente com o desenvolvimento possibilitado pelas energias renováveis, enquanto melhora muito o acesso à energia e oferece profundos benefícios ambientais e de bem-estar para as pessoas em todo o continente. A sua visão para uma transição energética em África, alinhada com a ambição climática global, mostra que o continente irá gerar mais 26 milhões de empregos em toda a economia até 2050 do que o previsto nos planos de cenário de negócios como de costume. Nesse contexto, os empregos criados por meio da transição energética na África superariam as perdas de empregos relacionadas aos combustíveis fósseis por um fator de quatro, apresentando um ganho líquido significativo para as economias regionais. Para acessar as conclusões completas do relatório, clique aqui. (IRENA – 14.01.2022)

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5 El Salvador assina acordo com IRENA para impulsionar energias renováveis

El Salvador assinou hoje um acordo-quadro com a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) que fará com que as duas partes trabalhem em estreita colaboração para impulsionar os esforços nacionais de descarbonização do país centro-americano em apoio ao clima e objetivos de desenvolvimento económico. O acordo foi assinado durante a 12ª Assembleia da IRENA pela Alexandra Hill Tinoco, Presidente da Assembleia e Ministra das Relações Exteriores de El Salvador, e Diretor-Geral Francesco La Camera. El Salvador está em processo de implementação de uma nova política nacional de energia de longo prazo 2020-2050, que visa reduzir as tarifas de eletricidade no país, priorizando as energias renováveis sobre as importações de combustível e facilitando a remoção dos subsídios da eletricidade no final do período da política. El Salvador está cada vez mais recorrendo a fontes de energia renováveis indígenas, como energia hidrelétrica, biomassa, energia solar fotovoltaica e energia geotérmica. Em 2019, mais de dois terços da oferta total de energia do país veio de combustíveis fósseis importados. (IRENA – 16.01.2022)

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6 IEA: o aumento da demanda de energia impactará as emissões de GEE

O aumento da demanda de eletricidade nos próximos três anos pode resultar em volatilidade adicional do mercado e altas emissões contínuas, de acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) divulgado hoje. O relatório semestral “Electricity Market Repor”' disse que a demanda global por eletricidade aumentou 6% em 2021, criando tensões nos principais mercados, elevando os preços a níveis sem precedentes e elevando as emissões do setor de energia a um recorde. A demanda foi impulsionada pela rápida recuperação econômica e condições climáticas mais extremas do que em 2020, incluindo um inverno mais frio que a média. O aumento de mais de 1.500 TWh foi o maior em termos percentuais desde 2010, disse a IEA. Acrescentou que o aumento da procura ultrapassou a capacidade das fontes de fornecimento de eletricidade de manter o ritmo em alguns dos principais mercados, com a escassez de gás natural e carvão levando a preços voláteis, destruição da procura e efeitos negativos sobre os geradores de energia, retalhistas e utilizadores finais, nomeadamente na China, Europa e Índia. (Renews Biz – 14.01.2022)

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7 EPRI: P&D colaborativo será essencial para alcançar a neutralidade de gases do efeito estufa

À medida que as reduções de carbono em toda a economia em todo o mundo estão mudando de aspiração para expectativa, haverá uma maior necessidade de pesquisa e investimento colaborativos para trazer novas tecnologias de energia limpa do laboratório para o mercado, destacou o CEO da EPRI, Arshad Mansoor, quinta-feira (13/01) durante seu Endereço do Estado da Indústria. Como muitos setores da economia, incluindo transporte, edifícios e indústria, podem reduzir amplamente as emissões de carbono por meio da eletrificação, o setor elétrico desempenhará um papel crucial no alcance das metas líquidas zero anunciadas por corporações e governos em todo o mundo. “A eletricidade é a ponta da lança da energia limpa, mas para atingir o zero líquido em toda a economia até 2050 requer previsão com modelagem e planejamento abrangentes, inovação global e colaborativa e respaldado por políticas e regulamentos de apoio”, disse Mansoor. Nesse contexto, a EPRI está trabalhando com parceiros de pesquisa, partes interessadas em energia e agências governamentais para impulsionar a inovação e ajudar a identificar caminhos de redução de carbono acessíveis e confiáveis para a indústria e o governo usarem como um roteiro. (EE Online – 14.01.2022)


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8 O aumento da demanda de eletricidade e suas consequências sobre os sistemas de energia

A demanda global por eletricidade aumentou em 2021, criando tensões nos principais mercados, elevando os preços a níveis sem precedentes e elevando as emissões do setor de energia a um recorde. A eletricidade é fundamental para a vida moderna e a eletricidade limpa é fundamental para as transições energéticas, mas na ausência de mudanças estruturais mais rápidas no setor, o aumento da demanda nos próximos três anos pode resultar em volatilidade adicional do mercado e altas emissões contínuas, de acordo com um relatório da IEA divulgado hoje. Impulsionado pela rápida recuperação econômica e condições climáticas mais extremas do que em 2020, incluindo um inverno mais frio que a média, o aumento de 6% na demanda global de eletricidade no ano passado foi o maior em termos percentuais desde 2010, quando o mundo estava se recuperando da crise financeira global. Em termos absolutos, o aumento de mais de 1.500 TWh no ano passado foi o maior de todos os tempos, de acordo com a edição de janeiro de 2022 do relatório semestral do mercado de eletricidade da IEA. (Utility Dive – 14.01.2022)

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Empresas

1 Array conclui compra da STI Norland, criando gigante de rastreadores solares

A STI Norland concluiu o processo de venda para a Array Technologies. A transação cria a maior empresa de rastreadores solares do mundo, com capacidade de fabricação e recursos de projeto e engenharia em três continentes, entre eles o sul-americano onde a empresa está estabelecida como líder, com destaque para o mercado solar brasileiro, em rápido crescimento. De acordo com Javier Reclusa, CEO da STI Norland, a empresa está entusiasmada em ingressar oficialmente na Array enquanto se concentra em fornecer aos clientes tecnologia de ponta e serviço superior. Segundo ele, os produtos complementares e relacionamentos de longa data permitirão que as empresas juntas tragam uma oferta abrangente para o mercado global de rastreadores, fornecendo o menor custo de vida útil de qualquer sistema de rastreador e desempenho excepcional a longo prazo. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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2 SolarVolt anuncia expansão para SP, ES e soluções para veículos elétricos

Após consolidar sua atuação em Minas Gerais e Rio de Janeiro, a integradora SolarVolt Energia anuncia sua chegada nos estados de São Paulo e Espírito Santo, mirando crescimento de 33% em 2022 e faturamento em torno de R$ 100 milhões. Para isso, aposta no desenvolvimento de projetos e soluções para geração solar distribuída e infraestrutura para recarga de veículos elétricos. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o sócio-fundador e diretor Comercial da companhia, Gabriel Guimarães, disse que a ideia é crescer de uma forma mais bem estruturada, buscando representantes comerciais ativamente nessas novas regiões para angariar projetos de maior porte, com foco em clientes comerciais, industriais, investidores de fazendas solares e outros ligados ao agronegócio. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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3 Emae investe R$ 105 mi na modernização da usina do complexo Henry Borden

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia – EMAE vai investir R$ 105 milhões na modernização das seis unidades geradoras da usina subterrânea do Complexo Henry Borden, em Cubatão. A mudança, que inclui a substituição de equipamentos obsoletos e em final de vida útil, proporcionará a atualização tecnológica e adequação de processos. De acordo com a empresa, do total de geradores, dois deles (15 e 16), que estão em operação desde 1960, passarão por uma reforma mais completa, o que resultará na repotenciação dos geradores. A expectativa é que haja um acréscimo de 3 MW nesses geradores, ou seja, cada gerador passaria de 70 MW para 73 MW, com o mesmo volume de água passando pelas turbinas. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: Carga no SIN deve recuar 1,6% em janeiro

A carga no SIN deve ter um recuo de 1,6% em janeiro na comparação com o registrado no mesmo período de 2021. Dados do Informe Preliminar Diário da Operação do ONS apontam para uma queda no Sudeste/ Centro-Oeste de 4,7%. O maior aumento fica com o Norte, que deve crescer 5,4%, sendo seguido pela região Sul, que deve subir 4,5%. A queda no Nordeste deve ser de apenas 0,9% no primeiro mês do ano. A previsão teve forte alteração em relação a da semana passada, que sinalizava para um aumento de 0,6%. A previsão de Energia Natural Afluente para o fim do mês no SE/CO é de 69.570 MW med, o mesmo que 106% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. Na região Sul, a ENA prevista é de 1.988 MW med, o equivalente a 27% da MLT. A região Norte deve registrar ENA de 32.783 MW med, que corresponde a 210 % da MLT. O Nordeste tem expectativa de ENA de 20.948 MW med, valor correspondente a 155% da MLT. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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2 ONS: Reservatórios do Sul operam com 39,9% da capacidade

A região Sul segue apresentando recuo nos níveis de seus reservatórios, com 0,4 ponto percentual e opera com 39,9% de sua capacidade de armazenamento, na última quinta-feira, 13 de janeiro, comparado ao dia anterior, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia retida é de 7.843 MW mês e ENA aponta 1.923 MW med, valor que corresponde a 25% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 44,12% e 42,87%, respectivamente. Os reservatórios de SE/CO apresentaram crescimento de 0,8 p.p e trabalham com 35,3%. A energia armazenada mostra 72.195 MW mês e a ENA aparece com 97.889 MW med, o mesmo que 117% da MLT. Furnas admite 44,77% e a usina de São Simão marca 29,52%. O submercado do Norte teve aumento de 1,5 p.p e chega a 81,9%. A energia armazenada marca 12.531 MW mês e ENA é de 36.987 MW med, equivalente a 218% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A UHE Tucuruí segue com 94,17%. A Região Nordeste apontou um crescimento de 1,4 p.p e opera com 69,1% da sua capacidade. A energia armazenada indica 35.737 MW mês e a energia natural afluente computa 17.477 MW med, correspondendo a 119% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 62,07%. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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3 Cemig: Cheia continua e UHE Três Marias bate recorde de vazão afluente

Mesmo sem previsão de chuvas nos próximos dias na parte central de Minas Gerais, as águas que chegam ao reservatório da hidrelétrica Três Marias continuam em patamares extremamente altos em função do escoamento natural dos rios, informa a Cemig em comunicado enviado nesta sexta-feira, 14 de janeiro. Nele a companhia afirma também o recorde diário de vazão afluente da barragem, equivalente a 8.939 m³/s e superior às maiores vazões do histórico, ocorridas nos anos de 1979, 1983, 1992 e 1997, data das maiores cheias já verificadas na região. No último boletim diário de operação do ONS, a UHE aparece com 85,71% de sua capacidade de armazenamento. Essas afluências elevadas, mesmo com a política de vertimento avaliada anteriormente pela empresa, mantêm um significativo ganho de armazenamento do reservatório e levam à necessidade de ajustar uma ampliação das defluências totais a serem praticadas (vazão turbinada + vazão vertida), iniciando neste sábado com a ampliação da vazão para 2.180 m³/s, seguindo há cada dia progressivamente para 2.680 m³/s e 3.480 m³/s. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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4 TCU: Novo relatório trata da recente crise de oferta de energia elétrica

O TCU, produziu recentemente um relatório acerca da crise de oferta de energia elétrica, trazendo boas contribuições ao promissor cenário de privatização da Eletrobras e o que resta para graduar os efeitos da explosão da tarifa. Tal documento, detalhado e pontualmente contundente, é, porém, impreciso ao abordar, no item VI, as causas estruturais da crise, embora as 63 páginas anteriores tragam um bom diagnóstico. Para o ONS, em texto da página 67 do relatório, a crise decorre do acúmulo de déficits de precipitação nas principais bacias. E segue: “a identificação das causas de precipitações inferiores é um problema complexo, multidisciplinar, na fronteira do conhecimento científico, que extrapola o escopo de atuação do Operador”. A termelétrica ganhou, ao adquirir poder de monopólio e exigir preço muito maior do que em cenário de concorrência. Não é o que pensa a EPE. A culpa não é da natureza, indiferente à fronteira do conhecimento. O planejador, na mesma página 67, alega que é esperada a ocorrência de períodos de escassez. E é didático quando trata do déficit de precipitações. Diz a EPE, em parágrafo merecidamente grifado pelo TCU: “Há evidências científicas suficientes para justificar a necessidade de preparação para a ocorrência mais frequente e mais severa de eventos climáticos como a escassez hídrica de 2020/2021”. Assim, não falta conhecimento, mas condições políticas para cuidar da habitual restrição de oferta. Link para relatório: https://static.poder360.com.br/2022/01/relatorio-tcu-crise-hidroenergetica.pdf (Valor Ecônomico – 17.01.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Lucid Motors terá fábrica de carros elétricos na Arábia Saudita

A norte-americana Lucid Motors mal iniciou a produção de seu primeiro modelo totalmente elétrico, o Lucid Air, enquanto já planeja a construção de uma nova planta. Como o maior acionista da Lucid é o fundo soberano da Arábia Saudita - o Fundo de Investimento Público (PIF) - a empresa está sendo pressionada a estabelecer uma fábrica no país. De acordo com o Automotive News, a fábrica de veículos elétricos da Lucid na Arábia Saudita pode ser construída até 2025 ou 2026. Provavelmente será algum tipo de joint venture com uma contribuição significativa do PIF. Fontes não oficiais apontam que a localização potencial pode ser a cidade de Jeddah, no Mar Vermelho, ou Neom, uma nova cidade no noroeste da Arábia Saudita. De qualquer forma, o foco principal da Lucid, por enquanto, é aumentar a produção do Lucid Air para 20.000 unidades em 2022, ampliando as vendas para a Europa, e introduzindo o Project Gravity - um SUV luxuoso, totalmente elétrico e grande que ainda não foi revelado de forma oficial. (Inside EVs – 15.01.2022)

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2 Planos de expansão da CATL

A gigante chinesa CATL se firmou como a número 1 global de baterias para carros elétricos em 2021. A empresa agora quer consolidar sua liderança, realizando os planos de expansão anunciados e atingindo a meta de 455 GWh de vendas até 2025, mantendo assim pelo menos 30% do mercado. A CATL anunciou 11 planos apenas em 2021, no valor total de 131 bilhões de yuans (18,156 bilhões de euros). Os planos dizem respeito principalmente à expansão da produção graças a novas fábricas na China. Mas não há apenas a China entre os planos da CATL, porque outras plantas nascerão na Alemanha e, no futuro, também nos Estados Unidos. No entanto, serão necessárias muitas matérias-primas. A empresa então iniciou a construção de um parque industrial na cidade de Yichang, província de Hubei. Segundo a empresa, a instalação processará fosfato de ferro, fosfato de lítio, NCM, óxido de lítio-cobalto e grafite. Também há espaço para a reciclagem de baterias. A quantia destinada é de 32 bilhões de yuans (4,3 bilhões de euros). Para não deixar passar nada, a CATL também pensa em um futuro em que o íon-lítio poderia perder espaço entre os carros elétricos. A gigante está, portanto, investindo em baterias de íons de sódio, que podem estar prontas já em 2023. O objetivo é criar uma cadeia de suprimentos completa até 2030. (Inside EVs – 15.01.2022)

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3 BP: Carregamento de VEs está prestes a se tornar mais lucrativo do que os combustíveis

A BP afirmou que os seus carregadores rápidos para VEs estão prestes a tornar-se mais lucrativos do que abastecer um carro com combustível. Com esta realidade em cima da mesa, a BP pode assim afastar-se aos poucos do petróleo e expandir as operações nos mercados de energia e em torno de veículos elétricos. O carregamento rápido (50 KW) e o carregamento ultrarrápido (150 KW) exigem um investimento grande por parte das empresas, nomeadamente em infraestrutura de energia para serviços. Como tal, o retorno neste tipo de investimentos não é imediato. A BP pretende aumentar o número de postos de carregamento nos próximos anos para 70 mil. (Executive Digest – 14.01.2022)

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4 Universidade de Michigan: Nova bateria mais eficiente à base de lítio e enxofre

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Michigan mostrou, em paper, como uma rede de nanofibras formadas por meio de kevlar reciclado pode resolver problemas ligados à autonomia de carros elétricos. A equipe afirmou ainda que a nova tecnologia permite a produção de uma bateria feita com o uso de lítio e enxofre para a indústria automotiva que pode superar em cinco vezes a capacidade de baterias convencionais. O professor Nicholas Kotov, líder de pesquisa, o modelo das baterias para carros elétricos é quase perfeito, com sua eficiência e capacidade se aproximando da teoria. O pesquisador também afirma que a nova bateria pode lidar com temperaturas extremas de um veículo, que vai desde o frio até o calor, o que consequentemente influi em uma autonomia maior. Junto com a maior capacidade, as baterias contam com vantagens de sustentabilidade em comparação a outras baterias de íon-lítio. (Click Petróleo e Gás – 14.01.2022)

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Energias Renováveis

1 Portal Solar: Geração solar distribuída chega a 1 milhão de clientes e deve dobrar em 2022

Apontada como opção para aliviar as elevadas contas de luz, a geração solar distribuída vai ter um novo salto este ano com a aprovação do novo marco legal do setor (Lei 14.300/2022), avalia o Portal Solar, plataforma de conteúdo especializada em energia solar que recebe diariamente cerca de mil consultas sobre a instalação de sistema fotovoltaicos no País. De acordo com o portal, a geração solar distribuída atingiu em janeiro a marca de 1 milhão de clientes em residências, comércio, indústria, propriedades rurais e prédios públicos, crescimento de 122% em relação a janeiro de 2021, quando haviam 450 mil clientes gerando energia própria. O Portal Solar ressalta, no entanto, que os consumidores que utilizam a energia solar na geração própria representam apenas 1,1% do total de estabelecimentos com conta de luz no País, hoje com 89 milhões de unidades. (Broadcast Energia – 14.01.2022)

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2 EDP: Brasil precisa agregar mais energias solar e eólica ao mix de fontes renováveis

O Brasil precisa ampliar a participação das energias solar e eólica no mix de geração para depender menos das hidrelétricas, em meio as mudanças climáticas, defendeu o presidente da EDP Brasil, João Marques, em participação na Rio Innovation Week na manhã da última sexta-feira (14). “O problema do Brasil é que depende muito de uma única renovável, a hidrelétrica. As alterações climáticas, que são uma realidade, fazem com que a gente tenha momentos de seca e depois de grandes cheias, grandes chuvas. O Brasil precisa reequilibrar o mix de energia renovável, para mais solar e eólica, para não ficar tão dependente da hídrica”, disse. Marques apontou que, apesar do crescimento exponencial nos últimos anos, a energia solar ainda tem baixa participação no mix total de energia do país. “O peso do solar ainda é pequeno no Brasil. Não é uma questão de opinião, são os números que dizem. Há espaço para os vários tipos de solar”, apontou o presidente da EDP Brasil. (Valor Econômico – 14.01.2022)

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3 Statkraft acerta com Nordex contrato para eólica na Bahia

A Statkraft assinou com a fabricante de aerogeradores Nordex contrato para o fornecimento de 14 turbinas eólicas para o projeto eólico Morro do Cruzeiro (79,8 MW), que fica localizado na Bahia. Com o acerto, a empresa está pronta para começar a construção do empreendimento. O complexo vai gerar 386 GWh de energia renovável por ano, o suficiente para abastecer mais de 190 mil residências. A instalação das turbinas em torres de concreto de 120 metros está programada para começar no primeiro trimestre de 2023. As turbinas serão entregues em um modo de operação de 5,7 MW. O pedido também inclui um contrato de serviço Premium de três anos com opção de extensão. De acordo com a Statkraft, o complexo está sendo implementado conforme rígidos processos de licenciamento e monitoramento ambiental e social. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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Gás e Termelétricas

1 Agentes varejistas somavam 925 ativos representados em novembro de 2021

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica divulgou o boletim InfoMercado Dados Gerais onde destaca que o volume de ativos representados por varejistas saltou de 508 em novembro de 2020 para 925 no mesmo mês deste ano, uma alta de 82,1%. Os montantes dos contratos de compra negociados na categoria cresceram de 99,5 MW médios para 146,9 MW médios, na mesma base de comparação. De acordo com a CCEE, as informações consideram os resultados de consumidores livres, especiais, autoprodutores e produtores independentes que estão cadastrados na organização sob responsabilidade de agentes da categoria varejista. Ao todo, até o final do ano, a Câmara contava com 38 comercializadores que fazem parte dessa modalidade. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

1 CCEE: Agentes varejistas somavam 925 ativos representados em novembro de 2021

A CCEE divulgou o boletim InfoMercado Dados Gerais onde destaca que o volume de ativos representados por varejistas saltou de 508 em novembro de 2020 para 925 no mesmo mês deste ano, uma alta de 82,1%. Os montantes dos contratos de compra negociados na categoria cresceram de 99,5 MW médios para 146,9 MW médios, na mesma base de comparação. De acordo com a CCEE, as informações consideram os resultados de consumidores livres, especiais, autoprodutores e produtores independentes que estão cadastrados na organização sob responsabilidade de agentes da categoria varejista. Ao todo, até o final do ano, a Câmara contava com 38 comercializadores que fazem parte dessa modalidade. (CanalEnergia – 14.01.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, João Pedro Gomes, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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