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IFE: nº 5.456 - 29 de março de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL na mídia: Novo livro mostra o cenário da eletrificação para a América Latina
2 GESEL na mídia: Petróleo caro e isolamento da Rússia aceleram a busca por fontes alternativas de energia
3 TCU: Área técnica conclui segunda etapa da privatização da Eletrobras
4 MME: Governo envia nova indicação a conselho da Petrobras

Transição Energética
1 EUA: Wisconsin crescerá economicamente e empregará com 100% de energia limpa
2 Canadá: Províncias avançam com plano para construir SMRs

3 Reino Unido: Empresários impulsionarão uma maior independência de energia limpa com aumento de caixa
4 Shell revela planos de investimento verde no Reino Unido
5 Perspectivas das Transições Energéticas Mundiais: Caminho de 1,5°C
6 RMI contrata especialista em equidade climática
7 Lightsource bp e Envision Digital anunciam parceria
8 Bosch: Apresentação de nova bomba de calor
9 Assaí: Compra de 200 mil I-RECs da GreenYellow

Empresas
1 DOU: Superintendência do Cade aprova ato de concentração entre Energisa e Gemini Energy
2 Alupar aumenta participação na Transmissora Serra da Mantiqueira por R$ 6,4 mi
3 Auren Energia prioriza mercado livre e crescimento em geração renovável

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS passa a utilizar nova versão do sistema Dessem na programação da operação

Mobilidade Elétrica
1 Tesla quer aprovação de acionistas para desdobramento de ações
2 ZETA: Carros elétricos pagam sua diferença de preço com economia de gasolina

Inovação
1 Alemanha: Capacidade de hidrogênio verde pode ser de 28 GW até 2030
2 Global Maritime: Incentivo a negócios de geociências

Energias Renováveis
1 MME: 13 projetos solares fotovoltaicos são prioridade
2 EiDF/IKAV: Construção de 30 parques fotovoltaicos
3 Invenergy entra no mercado eólico brasileiro por meio de aquisição
4 EUA: ACP desafia aprovação de novas obrigações em equipamentos solares

5 Áustria: Participação das energias renováveis no mix energético do país é de 60% em fevereiro
6 Giles Dickson, CEO da WindEurope: "Os leilões devem reconhecer tudo o que contribuímos para a economia local europeia"


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL na mídia: Novo livro mostra o cenário da eletrificação para a América Latina

O recém-publicado "A Mobilidade Elétrica na América Latina – Tendências, oportunidades e desafios", fruto da parceria da GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ) e da KAS (Fundação Konrad Adenauer), possui dez artigos que mostram o panorama da eletromobilidade na nossa região, trazendo estudos de casos da Colômbia, Chile, Uruguai, Caribe e, claro, do Brasil. A curadora do #planetaelétrico, Flávia Consoni, coordenou, juntamente com sua equipe do LEVE (Laboratório de Estudos do Veículo Elétrico), da Unicamp, o artigo “Tendências da mobilidade elétrica na América Latina e ações em curso no Brasil”. Além dela, o livro tem artigos assinados por Fernando Campagnoli, Lucca Zamboni, Raquel Henriques, entre outros especialistas no assunto. Em entrevista ao Mobilidade, em fevereiro deste ano, a professora Flávia dá uma prévia sobre o artigo e afirma categoricamente que entre os casos bem-sucedidos estudados, a semelhança está no envolvimento dos governos locais. “O que é primordial para a transição para veículos de baixa emissão são as Políticas Públicas. É por aí que a eletrificação tem que começar”, declarou. Para ler a publicação na íntegra, clique aqui. (O Estado de São Paulo – 28.03.2022)

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2 GESEL na mídia: Petróleo caro e isolamento da Rússia aceleram a busca por fontes alternativas de energia

Especialistas afirmam que, historicamente, conflitos têm potencial para provocar grandes transformações na sociedade; guerra na Ucrânia pode ser um impulso para a energia limpa, acelerando a transição energética. A elevada dependência da Europa pela energia russa será o combustível para o mundo acelerar a transição energética nos próximos anos. No longo prazo, a corrida por novas tecnologias pode antecipar em quatro ou cinco anos a redução da dependência do combustível da Rússia. Nesse cenário, o hidrogênio verde, produzido por meio da eletrólise da água, que separa o hidrogênio do oxigênio, também vai ganhar novo impulso diante do agravamento do conflito. Com isso, cabe analisar seus desafios, sendo um deles encontrar alternativas de transporte do hidrogênio. Segundo Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel/UFRJ), "o processo de solução desses desafios será acelerado porque os países vão investir nesse combustível. Para sair do oligopólio do petróleo e gás, vão fazer mais leilões de energia eólica e solar (consideradas as principais fontes no processo do hidrogênio verde)." (O Estado de São Paulo – 26.03.2022)

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3 TCU: Área técnica conclui segunda etapa da privatização da Eletrobras

A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu, no fim da tarde da última sexta-feira, 25, a análise da segunda etapa da privatização da Eletrobras. O processo foi encaminhado ao ministro-relator, Aroldo Cedraz, que enviou para manifestação do Ministério Público junto ao TCU. Membros do órgão ouvidos pelo Broadcast avaliam, no entanto, que é difícil julgar o processo em plenário até 6 de abril, como quer o governo. A conclusão neste prazo é considerada importante para não comprometer o cronograma atual do Executivo, que prevê a realização da operação até 13 de maio. Nesta fase, são analisadas as condições metodológicas para a desestatização para a operação de emissão de novas ações e diluição do capital da Eletrobras. Agora, o processo sobre a segunda etapa da privatização da Eletrobras pode ser concluído pelo MP nos próximos dias. O órgão já vinha examinando os autos antes do caso chegar, em análise de relatório preliminar. A data-limite de 13 de maio foi imposta pois a empresa tem um prazo caso queira usar dados do balanço do quarto trimestre de 2021 para fazer a oferta. Caso isso não seja possível, seria necessário se basear no resultado do primeiro trimestre deste ano, previsto para ser divulgado em maio. Na última semana, o presidente da estatal, Rodrigo Limp, admitiu que há a possibilidade de que a emissão de novas ações só aconteça em agosto. Contudo, se ficar para agosto, a proximidade da corrida eleitoral atribui riscos à viabilidade da operação, na avaliação de integrantes do Executivo. (BroadCast Energia - 28.03.2022)

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4 MME: Governo envia nova indicação a conselho da Petrobras

O MME informou ontem, 28, que consolidou a relação de indicados do acionista controlador (União) para compor o Conselho de Administração da Petrobras. Os nomes serão eleitos em assembleia no próximo dia 13 de abril. Na relação, o MME confirma a indicação do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, para a presidência do Conselho de Administração da estatal e do economista Adriano Pires para a presidência da empresa, no lugar do general Joaquim Silva e Luna, que completaria um ano no cargo em abril. Além dos dois executivos, o MME confirmou a indicação de outros nomes para o Conselho de Administração: Sonia Julia Sulzbeck Villalobos; Luiz Henrique Caroli; Ruy Flaks Schneider; Márcio Andrade Weber; Eduardo Karrer e Carlos Eduardo Lessa Brandão. (BroadCast Energia - 28.03.2022)

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Transição Energética

1 EUA: Wisconsin crescerá economicamente e empregará com 100% de energia limpa

Um novo estudo descobriu que seguir a meta do estado de mudar para 100% de energia limpa até 2050 aumentaria a economia de Wisconsin em US$ 21 bilhões e criaria mais de 34.000 empregos. Uma análise do Midwest Economic Policy Institute (MEPI) e do Fiscal and Economic Research Center (FERC) da Universidade de Wisconsin-Whitewater descobriu que o dinheiro que o estado investe em energia limpa terá um retorno significativo sobre o investimento. “Cada US$ 1 bilhão gasto em energia limpa oferece um retorno mais forte na forma de atividade econômica e resultados fiscais do que investimentos comparáveis em combustíveis fósseis”, disse o coautor do estudo e diretor da FERC, Dr. Russell Kashian. “No entanto, os dados mostram que esses impactos dependem de uma estrutura política que pode desenvolver trabalhadores suficientemente qualificados para esses empregos e maximizar esses retornos”. (Daily Energy Insider – 28.03.2022)

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2 Canadá: Províncias avançam com plano para construir SMRs

Quatro províncias estão trabalhando juntas para desenvolver pequenos reatores modulares no Canadá por meio de um Memorando de Entendimento interprovincial. Os reatores modulares pequenos são reatores nucleares significativamente menores e mais flexíveis do que os reatores nucleares convencionais. Quatro governos provinciais estão avançando com um plano para desenvolver a energia nuclear no Canadá. Saskatchewan, Ontário, New Brunswick e Alberta divulgaram seu plano estratégico para expandir a indústria nuclear por meio do desenvolvimento de pequenos reatores modulares (SMR). Os SMRs são, como o próprio nome indica, muito menores do que um reator nuclear tradicional. Eles podem ser construídos em uma fábrica e transportados por caminhão, trem ou navio. Enquanto um reator nuclear convencional gera cerca de 1.000 megawatts de energia, os SMRs geram entre 200 e 300 megawatts – o suficiente para abastecer cerca de 300.000 residências. (CBC – 28.03.2022)

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3 Reino Unido: Empresários impulsionarão uma maior independência de energia limpa com aumento de caixa

Empreendedores de energia que buscam formas inovadoras de reduzir a dependência do Reino Unido de combustíveis fósseis caros têm a chance de tornar seus planos e ideias realidade, graças a £ 10 milhões em financiamento do governo. A nona rodada do Energy Entrepreneurs Fund (EEF), que busca promover novas tecnologias limpas em todos os setores da economia do Reino Unido, está aberta para inscrições à medida que o governo avança com planos para garantir maior independência de energia limpa no Reino Unido. Isso inclui inovações para aumentar a eficiência energética nas casas das pessoas e desenvolver o transporte verde - além de fornecer maneiras mais limpas de gerar energia e calor no Reino Unido. Espera-se que o financiamento apoie entre 15 e 20 projetos em todo o país. Projetos bem-sucedidos podem criar centenas de empregos verdes e impulsionar milhões de libras em investimentos do setor privado em todo o Reino Unido. (EE Online – 28.03.2022)

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4 Shell revela planos de investimento verde no Reino Unido

A gigante do petróleo diz que 75% de seus gastos planejados de £ 25 bilhões serão em produtos e serviços de baixo e zero carbono. A Shell UK revelou planos para investir até £ 25 bilhões no sistema de energia do país nos próximos 10 anos, dos quais 75% serão em produtos e serviços de baixo e zero carbono. A empresa disse que esses investimentos incluem energia eólica offshore, hidrogênio, utilização e armazenamento de captura de carbono e mobilidade elétrica. Os investimentos estão sujeitos à aprovação do conselho e à política de apoio, acrescentou. (Renews - 28.03.2022)

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5 Perspectivas das Transições Energéticas Mundiais: Caminho de 1,5°C

Em Paris, em 2015, os signatários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas concordaram em buscar esforços para tentar limitar o aumento das temperaturas globais até 2050 a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. O World Energy Transitions Outlook apresenta um caminho para esse objetivo, que descarboniza todos os usos finais, com eletrificação e eficiência energética como principais impulsionadores, possibilitados por energias renováveis, hidrogênio verde e bioenergia moderna sustentável. Esta segunda edição do Outlook descreve áreas e ações prioritárias com base nas tecnologias disponíveis que devem ser realizadas até 2030 para atingir emissões líquidas zero até meados do século. Ao traçar um mapa para os próximos oito anos, o World Energy Transitions Outlook 2022 permite que os formuladores de políticas permaneçam no caminho para 2050. O relatório fornece uma análise aprofundada de duas áreas particularmente relevantes para a descarbonização de setores de uso final: eletrificação e bioenergia. Também explora os impactos socioeconômicos do caminho de 1,5°C e sugere maneiras de acelerar o progresso em direção ao acesso universal à energia limpa. (IRENA – 28.03.2022)

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6 RMI contrata especialista em equidade climática

A RMI tem o prazer de anunciar Carmelita Kelly Miller como Diretora de Estratégias de Equidade de Energia, uma nova função criada para integrar soluções equitativas para a transição de energia limpa em todo o portfólio de trabalho da organização. Nos Estados Unidos e em todo o mundo, a RMI trabalha com comunidades, governos e setor privado para definir e acelerar soluções de energia limpa acessíveis, confiáveis e inclusivas. Miller traz para a RMI experiência jurídica e política enraizada na comunidade, bem como profunda experiência trabalhando com comunidades impactadas em todo o setor de energia. Miller é uma líder experiente em justiça energética que atuou recentemente como Diretora Sênior de Equidade Climática do The Greenlining Institute, onde trabalhou desde 2013. Ela ajudou a transformar a advocacia e as políticas em energia priorizando as comunidades mais impactadas pelas mudanças climáticas, mas que o menor acesso aos benefícios da energia limpa. Em particular, ao longo de sua carreira, Miller integrou energia às estratégias de saúde e desenvolvimento econômico como uma solução para lidar com as disparidades raciais nas respostas climáticas. Carmelita nasceu nas Filipinas antes de imigrar para a área da baía de São Francisco e possui um JD da UC Hastings College of the Law. (RMI – 28.03.2022)

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7 Lightsource bp e Envision Digital anunciam parceria

A Envision Digital, uma empresa global de inteligência artificial e internet das coisas e a desenvolvedora solar global Lightsource bp, anunciaram uma parceria global de vários anos para acelerar o crescimento e otimização da energia solar, no combate às mudanças climáticas. A Lightsource bp tem como objetivo o desenvolvimento de 25 GW de projetos de energia solar globalmente até 2025, fornecendo energia renovável em escala e com a urgência que a crise climática exige. Por meio da parceria e das análises avançadas da plataforma AIoT da Envision Digital, a Lightsource bp poderá obter insights orientados por dados para permitir automação, eficiência, valor e, finalmente, volumes substanciais de energia adicional de baixo carbono. Ao alavancar essa parceria com a Envision Digital, bem como mais de uma década de experiência em energia solar, a empresa espera poder oferecer maior valor em escala e promover uma mudança real no cenário global de energia. (Energy Global - 28.03.2022)


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8 Bosch: Apresentação de nova bomba de calor

A Bosch Comercial e Industrial atualizou recentemente o seu catálogo para incluir a energia aerotérmica na sua oferta de soluções inovadoras da mais alta qualidade, eficiência, alto desempenho e flexibilidade de aplicação. As bombas de calor são "uma das soluções mais adequadas, limpas e sustentáveis" para levar ar-condicionado e produção de água quente a uma casa ou espaço comercial graças à utilização de energia proveniente de fontes renováveis. Desta forma, não é apenas uma alternativa recomendada para alcançar a descarbonização do planeta, mas também permite que seus usuários economizem nas contas domésticas. A nova bomba de calor CS5000 AW da Bosch destaca-se por ser silenciosa, compacta, potente e pela sua versatilidade, uma vez que pode ser utilizada como gerador individual ou em combinação com um gerador de calor a gás para obter o melhor desempenho possível, de acordo com a empresa. (Energías Renovables – 28.03.2022)

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9 Assaí: Compra de 200 mil I-RECs da GreenYellow

A rede de atacarejo Assaí comprou mais de 200 mil certificados internacionais de energia renovável da GreenYellow, como forma de reduzir suas emissões de carbono. Os valores da transação não foram relevados. De acordo com a empresa, a aquisição segue o International REC Standard (I-REC), sistema global de certificação e rastreamento de atributos ambientais de energia renovável e garante consumidores que a energia comprada foi considerada "limpa", ou seja, sem emissões de gases causadores do efeito estufa. Os I-RECs adquiridos pela empresa serão utilizados na sede administrativa e em 194 lojas do Assaí que consomem energia no mercado livre, em todo o País. (Broadcast Energia – 28.03.2022)

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Empresas

1 DOU: Superintendência do Cade aprova ato de concentração entre Energisa e Gemini Energy

A Superintendência Geral do Cade aprovou sem restrições o ato de concentração entre a Energisa Transmissão de Energia S.A e a Gemini Energy S.A. O despacho está publicado no Diário Oficial da União da segunda-feira. Segundo o parecer da operação disponibilizado pelo Cade, a transação consiste em uma aquisição de controle, por meio da qual haverá a aquisição de 100% das ações de emissão da Gemini pela Energisa, sendo que 75% pertencem ao Power FIP e 20% ao Perfin Apollo 14. Outros 5% estão em tesouraria. De acordo com as informações da operação, atualmente 100% das ações de emissão da Gemini são detidas pelo Power Fundo de Investimento em Participações Infraestrutura (Power FIP), fundo pertencente ao Grupo Starboard, e pelo Perfin Apollo 14 Fundo de investimento em participações infraestrutura (Perfin Apollo 14). A superintendência do Cade informou que a operação está sujeita à aprovação da Aneel. (BroadCast Energia - 28.03.2022)

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2 Alupar aumenta participação na Transmissora Serra da Mantiqueira por R$ 6,4 mi

A Alupar aumentou sua participação para 65,70% em sua controlada Transmissora Serra da Mantiqueira (TSM). A companhia pagou R$ 6,444 milhões pela transação, segundo fato relevante divulgado há pouco. A empresa destaca que a operação ocorreu por exercício da opção de compra, conforme acordo de acionistas celebrado em 02 de maio de 2017, de ações subscritas e integralizadas pelo Perfin Apollo Energia Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura. (BroadCast Energia - 28.03.2022)

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3 Auren Energia prioriza mercado livre e crescimento em geração renovável

Após concluir sua listagem no Novo Mercado da B3, a Auren Energia, empresa nascida a partir da reorganização societária de Cesp, Votorantim Energia e VTRM, mira a abertura do Ambiente de Contratação Livre (ACL ou mercado livre) para se posicionar tanto como uma das principais comercializadoras do mercado livre, quanto entre as maiores produtoras de eletricidade por meio de fontes renováveis do País, com 3,3 Gw de capacidade instalada, sendo 70% na fonte hídrica e 30% em eólicas. Na comercialização, a empresa parte de uma carteira com pelo menos 500 clientes que movimentam, em média, 2,6 GW médios de energia. Segundo ele, a companhia vem se estruturando para crescer também entre consumidores com demanda inferior a 500 quilowatts (kW), assim que for permitida sua migração para o ACL. Essa movimentação possibilitará a pessoas e empresas, que hoje têm seu fornecimento de energia feito por concessionárias de distribuição, escolher livremente seus fornecedores. Outro pilar da estratégia de crescimento da Auren Energia é o segmento de geração, no qual a empresa quer avançar por meio do desenvolvimento de 1,9 GW em projetos a serem construídos nos próximos anos. A expectativa é crescer principalmente na geração solar fotovoltaica, que deve representar aproximadamente 30% da capacidade de geração da companhia em cinco ou seis anos. Além disso, a empresa aposta na construção de usinas híbridas, que misturam eólica e solar, por exemplo. Outra possibilidade aventada pela companhia para crescer no segmento de geração é avaliar o mercado em busca de potenciais aquisições, sempre na área de renováveis. Caso decida ir às compras, a empresa tem espaço para aumentar o endividamento que hoje está em 1,5 vez a relação entre dívida líquida e Ebitda e pode chegar próximo a 4 vezes essa relação. Além disso, a Auren avalia a compra de ativos já operacionais no segmento de transmissão, o que possibilitaria a estruturação de uma área voltada para o segmento. (BroadCast Energia - 28.03.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS passa a utilizar nova versão do sistema Dessem na programação da operação

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) passou a adotar a partir de hoje uma nova versão do sistema Dessem nos processos de programação diária da operação. A atualização do programa também será utilizada na formação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). (BroadCast Energia - 28.03.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Tesla quer aprovação de acionistas para desdobramento de ações

Os acionistas da Tesla vão deliberar sobre um desdobramento de ações na forma de dividendos, disse a fabricante de carros elétricos nesta segunda-feira. A proposta foi aprovada pelo conselho de administração da Tesla e será votada pelos acionistas em assembleia anual. O desdobramento de ações, se aprovado, seria o mais recente após uma operação similar ocorrida na proporção de cinco para um realizada em agosto de 2020 e que tornou as ações da Tesla mais baratas para funcionários e investidores. A ação da Tesla, que estreou a 17 dólares cada em 2010, é negociada atualmente acima de 1.000 dólares cada. Desde o desdobramento em 2020, os papéis valorizaram-se 128%, elevando o valor de mercado da Tesla para mais de 1 trilhão de dólares, o maior entre as montadoras dos Estados Unidos. Os VEs da Tesla estão entre os mais vendidos. A empresa entregou quase 1 milhão deles em um ano, enquanto aumenta a produção com a criação de novas fábricas nos EUA e Europa. No entanto, a empresa também está começando a enfrentar maior concorrência. A Tesla disse que o dividendo em ações dependerá da aprovação final. (O Estado de São Paulo – 28.03.2022)

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2 ZETA: Carros elétricos pagam sua diferença de preço com economia de gasolina

Um estudo recém-publicado traz que o gasto que os proprietários tiveram na hora de comprar seus veículos elétricos é mais que compensado com os baixos custos em combustível ao longo da vida útil. O dono sai, no fim das contas, no lucro: entre US$ 6 (R$ 28.600) e US$ 10 mil (R$ 47.670) de economia é feita ao comprar um elétrico puro, mesmo com o elétrico custando muito mais na concessionária. O estudo vem da The Zero Emission Transportation Association (ZETA), a primeira coalizão dos EUA que atua com políticas de apoio à venda de VEs. É uma pesquisa nos EUA, mas várias de suas conclusões podem ser aplicadas a outros países. No relatório, um dos destaques é dado aos custos de carregamento que não são dependentes dos mercados globais de petróleo e não estão sujeitos aos choques de preços, interrupções e escassez de oferta. (Olhar Digital – 28.03.2022)

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Inovação

1 Alemanha: Capacidade de hidrogênio verde pode ser de 28 GW até 2030

De acordo com uma pesquisa da Associação Alemã de Hidrogênio e Células de Combustível (DWV), o país poderia fornecer quase 28 GW a partir de hidrogênio verde até 2030. A DWV realizou uma pesquisa entre seus membros para determinar as capacidades potenciais de fornecimento de eletrolisadores para produção de hidrogênio verde até 2030. Segundo as empresas, uma capacidade máxima de fornecimento de 16,25 GW por ano é possível em 2025, e em 2030 será de 27,8 GW. A Alemanha estabeleceu uma meta de atingir a capacidade real de 10 GW até 2030. “O resultado da pesquisa de mercado DWV mostra que essa suposição pode ser superada”, disse o grupo comercial. (Renews – 28.03.2022)

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2 Global Maritime: Incentivo a negócios de geociências

A Global Maritime ampliou seu departamento de Geociências (GM Geo) para atender à demanda de clientes e projetos em projetos eólicos offshore na Europa, Japão e América do Sul. A empresa fez um recrutamento estratégico e assumiu um escritório maior no espaço de inovação sustentável, The Core, em Newcastle-upon-Tyne. O crescimento foi impulsionado por projetos-chave em energia eólica offshore tanto para desenvolvedores de energia eólica offshore quanto para operadores de transmissão. A equipe da GM Geo agora engloba conhecimentos em áreas-chave da disciplina técnica de geologia de engenharia, geofísica, engenharia geotécnica e etc. O grupo foi lançado há apenas nove meses e hoje é formado por 12 profissionais que atuam exclusivamente no setor de energia offshore. O líder global de negócios em geociências da GM Geo, Gareth Ellery, disse: “Desenvolver projetos eólicos offshore de forma econômica e rápida, enquanto apoiamos projetos ao longo de seu ciclo de vida, aproveitando nossa presença global e outros conhecimentos dentro da GM é fantástico". (Renews – 28.03.2022)

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Energias Renováveis

1 MME: 13 projetos solares fotovoltaicos são prioridade

O MME aprovou como prioritários 13 projetos solares fotovoltaicos da Chapadão Solar Participações, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União. A aprovação envolve as centrais solares Chapadão de 1 a 13, localizadas em Mato Grosso do Sul e que somam 650 MW. O enquadramento de um projeto como prioritário concede aos responsáveis benefícios fiscais de emissão de debêntures, por exemplo. (Broadcast Energia – 28.03.2022)

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2 EiDF/IKAV: Construção de 30 parques fotovoltaicos

A EiDF Solar chegou a um acordo com o fundo de investimento IKAV, através do seu veículo IEI II Global Infrastructure Investments, para financiar 30 parques de geração fotovoltaica para uma capacidade total de 48 MW. Estes são os primeiros parques a serem lançados pelo EiDF. O IKAV, por sua vez, contribui com um total de 13 milhões de euros, que significou sua entrada como sócio investidor da EiDF Generación. A EiDF fortaleceu sua unidade de geração no último ano para acelerar seus planos de integração vertical com base na complementaridade de três atividades: autoconsumo, geração e comercialização, de acordo com um comunicado. A energia produzida nos parques construídos e operados pela EiDF será utilizada para a sua área de comercialização, reforçada após a aquisição da ODF Energía. Além disso, o portfólio de projetos de geração da empresa agora ultrapassa 1.000 MW. (Energías Renovables – 28.03.2022)

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3 Invenergy entra no mercado eólico brasileiro por meio de aquisição

A desenvolvedora e operadora de energias renováveis com sede em Chicago Invenergy entrou no Brasil com a aquisição da empresa local de operação e serviços de parques eólicos Alisios, anunciou o comprador na quinta-feira. Após a transação, a Alisios será renomeada para Invenergy Serviços Brasil e oferecerá serviços que incluem comissionamento, operação e manutenção (O&M) de parques eólicos, inspeção e grandes e pequenos reparos de turbinas. Invenergy disse que esta aquisição amplia a presença da empresa na América do Sul, principalmente no que diz respeito à gestão de projetos eólicos e obras de reparação para empresas brasileiras. Atualmente, a energia eólica representa 11,11% da matriz energética brasileira, equivalente a 20,1 GW de capacidade, disse a Invenergy citando dados da Aneel, órgão regulador do setor elétrico. Até o momento, a Invenergy e suas empresas afiliadas desenvolveram mais de 30 GW de energia eólica, solar e gás natural, bem como projetos de armazenamento de energia em todo o mundo, observou. (Renewables Now - 28.03.2022)

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4 EUA: ACP desafia aprovação de novas obrigações em equipamentos solares

A American Clean Power Association (ACP) expressou profunda decepção com a decisão de hoje do governo Biden de iniciar um novo caso anti-evasão que levará a novas obrigações em painéis solares e células montadas por parceiros comerciais aliados do Sudeste Asiático. A CEO da ACP, Heather Zichal, emitiu a seguinte declaração: “A decisão do Departamento de Comércio de hoje sinaliza que a conversa do governo Biden de apoiar a energia solar é uma retórica vazia. Se seu compromisso com um futuro de energia limpa for real, o governo reverterá essa decisão imediatamente. Os trabalhadores solares da América e a comunidade de energia limpa estão assistindo e se lembrarão. Da noite para o dia, o Departamento de Comércio ignorou o precedente e, posteriormente, investiu no coração dos projetos solares planejados e sufocou até 80% do fornecimento de painéis solares para os EUA. Deve corrigir isso agora. Os trabalhadores americanos sofrerão a dor da decisão de permitir que um antagonista desonesto abuse e manipule as leis comerciais para seu próprio ganho. Os 230.000 americanos orgulhosos que trabalham na indústria solar estão pedindo ao presidente Biden e ao secretário Raimondo que revertam sua decisão e levem este assunto a uma conclusão rápida. (REVE - 28.03.2022)

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5 Áustria: Participação das energias renováveis no mix energético do país é de 60% em fevereiro

A energia renovável cobriu cerca de 60% do consumo de eletricidade na Áustria em fevereiro, já que a geração de energia eólica mais que dobrou em termos anuais graças ao clima tempestuoso, informou a Austrian Power Grid (APG) na sexta-feira (25). As turbinas eólicas em toda a Áustria produziram 994 GWh de eletricidade verde, que excedeu os 947 GWh gerados em janeiro e representou quase 18,5% do mix de eletricidade do país. Os melhores desempenhos foram novamente os estados da Baixa Áustria e Burgenland, onde os parques eólicos alimentaram a rede elétrica nacional com 266 GWh e 231 GWh, respectivamente. O país alpino usou cerca de 5.380 GWh de eletricidade em fevereiro, com energia renovável representando 3.170 GWh do total. Para preencher a lacuna e atender às necessidades de energia doméstica, a Áustria aumentou as importações de eletricidade em 12% em relação ao ano anterior para 977 GWh e o restante veio de fontes convencionais. Para apoiar a transição energética na Áustria, a APG planeja investir cerca de 370 milhões de euros somente este ano e 3,5 bilhões de euros até 2032 para expandir e atualizar a infraestrutura elétrica do país. (Renewables Now – 28.03.2022)

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6 Giles Dickson, CEO da WindEurope: "Os leilões devem reconhecer tudo o que contribuímos para a economia local europeia"

Composto por mais de 400 entidades, WindEurope é o grande fórum de encontro e a voz -a associação- de todos os elos da cadeia de valor do setor eólico europeu: fabricantes de turbinas, fornecedores de componentes, empresas dedicadas ao fornecimento de eletricidade, desenvolvedores de parques, instituições financeiras, centros de P&D... E Giles Dickson é seu CEO, cargo que ocupa desde 2015. Formado no Brasenose College (Oxford University), Dickson, que passou mais de 15 anos trabalhando como alto funcionário da Governo britânico (10 deles no Ministério das Relações Exteriores) e outros 8 na empresa de engenharia francesa Alstom (onde foi vice-presidente de Relações Públicas Globais), ele esteve à frente do Conselho Consultivo Independente da Rede Europeia para um biênio de Gestores de Redes de Transmissão de Energia Elétrica,e é o CEO, a primeira voz, da WindEurope, a associação do setor eólico europeu. Segundo ele: “somos mais baratos do que qualquer outra fonte de produção de eletricidade. Mais barato do que usinas de ciclo combinado, por exemplo. Isso são fatos. Atos. Você e eu sabemos muito bem que o preço do gás é o que orienta e define o preço da eletricidade no mercado. Porque os mercados europeus funcionam assim. E isso tem a ver com os regulamentos europeus”. (Energías Renovables - 28.03.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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