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IFE: nº 5.421 - 01 de fevereiro de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1 Distribuidoras de energia têm dúvida sobre tributação de bônus concedido a consumidores
2 Aneel suspende a participação do fundo da Votorantim em leilões por um ano
3 Aneel estende prazo do preenchimento de dados para fiscalização de segurança de barragens
4 Aneel fala sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em podcast

Transição Energética
1 Gerdau cria plano para redução das emissões de CO2 até 2031
2 McKinsey: “Descarbonizar economia será caro, mas Brasil pode se beneficiar”

3 IFC financiará edifícios verdes e combaterá as mudanças climáticas
4 Estados Unidos: Con Edison apresenta plano de investimento para energia limpa
5 Estados Unidos: concessionárias comprometem-se a aumentar o uso de energia limpa
6 Entergy fecha novos acordos de fornecimento de energia limpa com US Steel
7 UNEF é contra a rotulação do gás e da energia nuclear como verdes
8 Grandes financiamentos conectados com grandes temas da transição energética
9 O próximo boom de captura e armazenamento de carbono
10 A necessidade de repensar as cadeias de suprimentos globais para a transição energética
11 Teste de descarbonização por calor é lançado na Escócia

Leilões
1 Enel ganha 130MW em leilões italianos de energias renováveis

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Resenha Mensal EPE: consumo nacional de eletricidade em dezembro foi 42.937 GWh

Mobilidade Elétrica
1 Projetos de engenharia adaptam tomadas para carregar VEs
2 AION está desenvolvendo os primeiros VEs com baterias de grafeno
3 Gartner: Estimativas para a ME em 2022

Inovação
1 Valencia apresenta a Estratégia de Hidrogênio Renovável 2030

Energias Renováveis
1 Fitch: Fontes eólica e solar se destacam durante a pandemia
2 Neoenergia: volume de energia distribuída cresce 1,42% no 4º tri e 3,71% no ano de 2021
3 Espanha: Liderança na substituição de combustíveis fósseis dentro da UE
4 Itália: Leilão de 3,35 GW em energias renováveis

5 Portugal: EDPR conclui a venda de 221 MW de energia eólica
6 Finlândia: VSB obtém licença para construção de parque eólico de 170 MW
7 Alemanha: Instalação de 5,26 GW de energia solar e 1,85 GW de energia eólica onshore em 2021
8 Energisa compra Grupo Vision e amplia a capacidade de geração solar

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Distribuidoras de energia têm dúvida sobre tributação de bônus concedido a consumidores

O governo federal criou o Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo. Todavia, distribuidoras de energia elétrica têm dúvidas sobre a tributação de bônus destinadas para os consumidores que reduziram o consumo de luz entre setembro e dezembro do ano passado. A orientação é da Aneel, mas a falta de legislação tributária sobre o assunto deixou as distribuidoras sem saber ao certo como pagar o ICMS aos Estados. Com o bônus, se o consumidor atingir a meta estipulada de redução de consumo ele recebe um desconto na conta de luz. O bônus é de R$ 0,50 por quilowatt-hora (kWh) do total da energia economizada entre setembro e dezembro de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. As leituras, a emissão e o vencimento podem ocorrer com pequenos desvios em relação ao mês civil correspondente. Para as distribuidoras, o risco é cada Estado acabar adotando uma postura diversa quanto ao recolhimento de ICMS. As distribuidoras são tributadas normalmente mesmo devolvendo parte do valor pago aos consumidores. Depois elas serão ressarcidas pela União e temem que os Estados tributem novamente o valor. O assunto já aguarda decisão do STF, em discussão sobre a subvenção econômica para consumidores de baixa renda. A Corte vai decidir se a espécie de indenização que as empresas recebem deveria ser tributada (ADI 3973 e RE 990.115). (Valor Econômico – 01.02.2022).

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2 Aneel suspende a participação do fundo da Votorantim em leilões por um ano

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu o fundo administrado pela Votorantim Asset Management (DTVM) de participar, por um ano, de leilões de novas concessões, permissões ou autorizações. A informação consta no Diário Oficial da União (DOU). De acordo com a agência reguladora, a suspensão ocorre pelo atraso na construção das usinas eólicas Valência I e III, que somam capacidade instalada de 71,3 megawatts (MW), localizadas no Rio Grande do Norte, que foram leiloadas em 2012 e deveriam ter entrado em operação em 2015. A empresa apresentou recurso à agência reguladora, solicitando a revogação amigável das outorgas, sem penalizações, mas a Aneel optou pela revogação das outorgas e a penalização de um ano do fundo. (Broadcast Energia – 31.01.2022)

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3 Aneel estende prazo do preenchimento de dados para fiscalização de segurança de barragens

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estendeu até 7 de fevereiro o recebimento dos dados de agentes geradores de energia elétrica, requisito necessário para o monitoramento da Campanha de Fiscalização de Segurança de Barragens 2022. A prorrogação do prazo ocorreu devido a problemas técnicos verificados pelos usuários no acesso ao sistema FSBWeb, no qual são inseridas as informações dos empreendimentos. A campanha agrega dados dos geradores hidrelétricos como Usinas Hidrelétricas (UHEs), Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas(CGHs), não enquadradas como Micro e Mini Geração Distribuída. Para preencher o Formulário, os agentes poderão assistir o vídeo institucional disponível no canal da ANEEL no YouTube. (Aneel – 31.01.2022)

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4 Aneel fala sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em podcast

O novo episódio do ANEELcast, o podcast da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), traz como tema a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Marco legal em vigor desde 2020, a LGPD visa proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e a livre formação da personalidade de cada indivíduo. A Lei aborda o tratamento de dados pessoais e engloba um conjunto de operações que podem ocorrer em meios manuais ou digitais. Nesta edição do ANEELcast, servidores da Agência contam como estão trabalhando para adequar a ANEEL aos moldes da Lei e dão outras informações sobre o tema. O 25º episódio do podcast pode ser ouvido nas principais plataformas de áudio e, também, no site da ANEEL. (Aneel – 01.02.2022)

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Transição Energética

1 Gerdau cria plano para redução das emissões de CO2 até 2031

O grupo Gerdau, um dos maiores fabricantes de aços longos, planos e especiais das Américas, acaba de definir um plano de longo prazo - dez anos -, para se manter entre companhias na vanguarda em programas de redução de emissões de carbono do processo de fabricação do aço. A empresa definiu como meta chegar em 2031 com geração 11% menor no volume de CO2 emitido para cada tonelada de aço que produzir. A meta é baixar a emissão dos atuais 930 quilos para 830 quilos de CO2 em cada tonelada de aço. É considerada arrojada, pois já parte de um patamar baixo. “Hoje, a empresa atinge metade da média mundial de CO2 gerado no setor, que é de 1,89 tonelada”, afirma Rafael Japur, vice-presidente de finanças e de relações com investidores do grupo. (Valor Econômico – 01.02.2022).

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2 McKinsey: “Descarbonizar economia será caro, mas Brasil pode se beneficiar”

O processo de descarbonização da economia global deve custar, até 2050, aproximadamente US$ 275 trilhões, o que representaria, em média US$ 9,2 trilhões por ano, segundo um estudo da consultoria McKinsey que o Valor teve acesso e será divulgado hoje. Isso exigiria um aumento de US$ 3,5 trilhões em comparação aos valores investidos atualmente a cada ano em todo o mundo. O custo é alto, segundo aponta o relatório, e não há garantia de que será possível evitar impactos significativos das mudanças climáticas mesmo que todos os compromissos firmados pelas nações sejam cumpridos. Contudo, existe a percepção de que a transição já se tornou inevitável e o Brasil pode ser um dos grandes beneficiados. “A descarbonização se tornou uma realidade. Não tem um ser relevante que não está fazendo os seus planos ou que já não assumiu compromissos. E hoje já há incentivos financeiros para tal”, disse o sócio e líder de sustentabilidade da McKinsey no Brasil, Henrique Ceotto. (Valor Econômico – 01.02.2022).

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3 IFC financiará edifícios verdes e combaterá as mudanças climáticas

Um novo investimento no BBVA Peru ajudará a impulsionar o subdesenvolvido mercado de financiamento de edifícios verdes do Peru, aliviando o impacto das mudanças climáticas dos edifícios, fortalecendo a capacidade do BBVA de estruturar o financiamento de edifícios verdes seguindo as melhores práticas internacionais. A Corporação Financeira Internacional (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, assinou um empréstimo de US$ 60 milhões para apoiar os esforços do BBVA Perú para desenvolver sua linha de negócios de construção verde, financiando hipotecas verdes de compradores de casas e prestando serviços de consultoria por meio do EDGE, o edifício verde da IFC programa de certificação. Elizabeth Martínez de Marcano, Gerente da IFC para a Região Andina, disse: "É uma honra participar deste investimento com o BBVA Perú. Este é o primeiro projeto de hipotecas verdes com um importante player de mercado no setor financeiro do Peru, tornando-se uma oportunidade única para IFC para apoiar a inclusão financeira, habitação e financiamento de edifícios verdes no país." (EE Online – 31.01.2022)

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4 Estados Unidos: Con Edison apresenta plano de investimento para energia limpa

A Con Edison está buscando novas tarifas de eletricidade e gás em 2023 para financiar investimentos em energia limpa em apoio às metas climáticas do estado de Nova York e fazer atualizações de infraestrutura que ajudarão a manter os clientes em serviço durante o clima severo. A proposta à Comissão de Serviço Público do Estado de Nova York daria continuidade a investimentos sem precedentes em eficiência energética, energias renováveis, veículos elétricos e aquecimento limpo. A proposta também busca financiamento para investimentos em armazenamento de baterias e novas linhas de transmissão para maximizar os benefícios ambientais da energia renovável que o Estado de Nova York adicionará ao seu portfólio. A Con Edison planeja explorar futuros usos e combustíveis - como hidrogênio limpo - para seu sistema de fornecimento de gás natural. A empresa está propondo investimentos para financiar a substituição continuada das tubulações de gás por tubulações plásticas duráveis e de alta densidade, o que reduz vazamentos e emissões de metano e aumenta a segurança, enquanto ocorre o afastamento dos combustíveis fósseis. (EE Online – 31.01.2022)

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5 Estados Unidos: concessionárias comprometem-se a aumentar o uso de energia limpa

As maiores empresas de energia elétrica do Arizona, incluindo a Arizona Public Service Company, a Tucson Electric Power e o Salt River Project, se comprometeram a gerar mais energia a partir de recursos de energia limpa e se afastar dos combustíveis fósseis. Em janeiro de 2020, a Arizona Public Service Company (APS) anunciou planos para encerrar toda a geração de carvão até 2031 e gerar 100% de sua eletricidade a partir de recursos de emissão zero de carbono, como eólica e solar, até 2050. Em junho de 2020, a Tucson Electric Power (TEP) disse que aposentaria a Estação Geradora de Springerville a carvão em 2032. Além disso, a TEP anunciou que fornecerá mais de 70% de sua energia a partir de fontes renováveis até 2035 - uma mudança que resultará em uma diminuição líquida de 70% do uso de água em 2020 e 80% das emissões de dióxido de carbono. Em junho de 2019, o Salt River Project (SRP) anunciou que fecharia a usina Hayden a carvão em 2027. Também disse que fecharia Craig Unit 1 em 2025, Unit 2 em 2028, Four Corners Power Plant em 2031, e Coronado até 2032. O plano atual da SRP reduzirá o carbono em 65% em relação aos níveis de 2005 em 2035 e 90% em 2050. (Daily Energy Insider – 31.01.2022)

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6 Entergy fecha novos acordos de fornecimento de energia limpa com US Steel

Entre suas filiais de Louisiana e Arkansas, a Entergy Corporation celebrou este mês dois novos acordos com grandes empresas industriais – Sempra Infrastructure e US Steel, respectivamente – para centenas de megawatts de energia limpa. “Estamos colaborando com nossos clientes para atender às suas necessidades e ajudá-los a alcançar os resultados que desejam”, disse Leo Denault, presidente e CEO da Entergy. “Eles precisam de soluções de energia que não sejam apenas acessíveis e confiáveis, mas cada vez mais limpas, e estamos fornecendo produtos para ajudá-los a alcançar seus importantes objetivos ambientais e de sustentabilidade.” Enquanto o fornecimento para a Sempra Infraestrutura será de cerca de 300 MW de demanda, os números exatos da US Steel não foram divulgados. No entanto, a US Steel recentemente selecionou Osceola, Arkansas, como o local para uma nova usina siderúrgica sustentável e avançada, que será alimentada pela Entergy Arkansas. (Daily Energy Insider – 31.01.2022)

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7 UNEF é contra a rotulação do gás e da energia nuclear como verdes

A União Fotovoltaica Espanhola (UNEF) pensa que a inclusão finalmente do gás e da energia nuclear pode atrasar a necessária implantação de tecnologias verdadeiramente renováveis. Consideram que na “fase crítica” que atravessamos a nível global para a transição energética, subtrair investimentos que permitam o avanço das energias renováveis seria um “grande erro”. Para a Espanha, especificamente, incluir gás e nuclear na taxonomia verde europeia poderia prolongar sua situação de "dependência energética histórica". Esta decisão, acrescentam, poderá também travar os investimentos em armazenamento e hidrogénio verde, essenciais para permitir uma maior flexibilidade na gestão da procura de energia. A UNEF se declara contra a rotulagem de projetos de gás e energia nuclear como investimentos "verdes" na taxonomia de finanças sustentáveis da União Européia, pois considera que não atendem aos critérios ambientais que devem ser rotulados como tal. A inclusão destas duas energias na referida taxonomia -relatórios UNEF- poderia retardar a necessária implantação de fontes verdadeiramente renováveis e também poderia desacelerar o investimento em armazenamento e hidrogênio verde, essencial para permitir uma maior flexibilidade na gestão da demanda energética. (Energías Renovables – 31.01.2022)


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8 Grandes financiamentos conectados com grandes temas da transição energética

O investimento em transição energética segue padrões familiares nos mercados de capitais globais. Grandes instituições financeiras estabelecidas fornecem centenas de bilhões de dólares por ano para financiar a construção de ativos de longa duração usando tecnologias conhecidas de zero carbono – ou seja, implantação. Instituições menores (algumas bem estabelecidas, outras bastante novas) fornecem dezenas de bilhões para financiar a formação de empresas e a comprovação de novas tecnologias e modelos de negócios – portanto, inovação. No ano passado, a transição energética e a tecnologia climática (energia renovável, armazenamento de energia, veículos eletrificados e aquecimento, hidrogênio, energia nuclear, materiais sustentáveis e captura de carbono) atraíram mais de US$ 900 bilhões . Somente o investimento em transição energética atingiu US$ 755 bilhões, um aumento de um quarto em relação ao investimento de 2020, o dobro do que foi investido em 2015 e um aumento de mais de 20 vezes desde 2004. Para obter mais detalhes sobre essas descobertas, em uma versão resumida do Relatório de tendências de investimento em transição de energia de 2022, clique aqui. (BNEF – 31.01.2022)

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9 O próximo boom de captura e armazenamento de carbono

A captura e armazenamento de carbono, ainda um pequeno nicho na busca pelo zero líquido, tem seus céticos. A indústria de energia ganhou pouca recompensa por arriscar US$ 10 bilhões em investimentos no início deste século testando a tecnologia e sua comercialidade. No entanto, a CCS precisa funcionar – capturar e armazenar CO2 é responsável por 20% da redução de emissões necessária para atingir o zero líquido global até 2050, com base em nossa análise. Uma nova indústria massiva, tão grande quanto a capacidade anual de produção global de petróleo e gás de hoje, deve ser construída quase do zero. Mhairidh Evans , analista principal, vê três razões para estar otimista com as perspectivas do CCS. Primeiro, houve uma enxurrada de novos projetos de CCS no ano passado. Há apenas 61 Mtpa de capacidade operacional globalmente, e os 200 projetos de CCS anunciados em 2021 elevam a capacidade de desenvolvimento para cerca de 700 Mtpa. Ainda há um longo caminho a percorrer para atingir os 6,5 Btpa necessários até 2050 em nosso cenário de transição energética acelerada 1,5, que prevê um aumento de temperatura limitado a 1,5 ° C até o final do século. Mas estamos começando a voar. (Wood Mackenzie – 31.01.2022)

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10 A necessidade de repensar as cadeias de suprimentos globais para a transição energética

Os sinos de alarme estão soando sobre o futuro da transição energética. Esses sinos estão ficando mais altos no momento em que o mundo contempla se afastar do petróleo – a commodity para a qual a dependência de recursos estrangeiros e rotas de suprimento vulneráveis definiram a insegurança energética por mais de um século. Com isso, precisa-se repensar as cadeias de suprimentos globais para apoiar a transição energética. Há lições do desenvolvimento dos mercados globais de petróleo que podem ser aplicadas aos mercados de materiais críticos de transição energética, como lítio, cobalto e cobre. A partir disso, definir padrões globais e apoiar a inovação para aumentar a diversidade da oferta ajudará a erradicar possíveis pontos de estrangulamento à medida que a demanda global por essas commodities continua a aumentar. (World Economic Forum – 31.01.2022)

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11 Teste de descarbonização por calor é lançado na Escócia

O Projeto ReHeat foi lançado pelas operadoras de rede escocesas SP Energy Networks e Scottish and Southern Electricity Networks. O projeto visa explorar como as redes elétricas podem gerenciar o aumento esperado da demanda resultante da mudança para descarbonizar o aquecimento por meio da eletrificação. Além disso, o projeto de £ 5 milhões (US $ 6,7 milhões) verá 150 bombas de calor da Daikin instaladas em residências em três áreas em East Ayrshire, East Dunbartonshire e Highlands, selecionadas para fornecer uma imagem da melhor forma de trazer soluções em toda a Escócia. As bombas de calor serão ligadas a unidades de armazenamento térmico, permitindo aos clientes uma maior flexibilidade nos horários de utilização da eletricidade para aquecimento. Usando controles de rede inteligente e gerenciamento inteligente de aquecimento com armazenamento de calor doméstico, a Re-Heat deve demonstrar soluções técnicas que não apenas aceleram a implantação de aquecimento eletrificado de baixo carbono, mas também reduzem a demanda na rede elétrica, reduzindo ou eliminando a necessidade de rede tradicional reforço. (Smart Energy – 31.01.2022)

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Leilões

1 Enel ganha 130MW em leilões italianos de energias renováveis

A Enel Green Power Italia e a Enel Produzione receberam 130MW divididos entre nova capacidade renovável e reforma de usinas hidrelétricas já em serviço, em recentes leilões italianos. Os negócios da Enel conquistaram a capacidade na sétima rodada de licitações de fontes de energia renovável realizada pela Gestore Servizi Energetici (GSE), a partir das cotas de "leilões" e "registros". Da capacidade total adjudicada, 89,2MW serão atendidos por dois novos projetos solares, a serem construídos na região do Piemonte e na Sicília, com início das obras em 2022. Da mesma forma, 37,3MW são provenientes da reforma de três usinas hidrelétricas já em operação nas regiões de Basilicata, Campânia e Lácio. (Renewables Now - 01.02.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Resenha Mensal EPE: consumo nacional de eletricidade em dezembro foi 42.937 GWh

O consumo nacional de eletricidade em dezembro foi 42.937 GWh, o maior valor para o mês em toda a série histórica, desde 2004, e o segundo maior consumo total de 2021, perdendo apenas para o mês de março. O consumo avançou 2,0% em comparação com mesmo período de 2020. O comércio, com um bom desempenho, seguido pela indústria, puxaram a expansão. Assim, 2021 fechou com 500.209 GWh de consumo acumulado em 12 meses, crescimento de 5,2% comparado à 2020. O consumo de eletricidade na indústria expande 2,9% no mês, em comparação com igual período do ano anterior, registrando 15.077 GWh, o maior para dezembro desde 2014. Quanto às regiões geográficas, destaque para Nordeste (+9,7%), apresentando a maior expansão, seguido por Norte (+6,2%), Centro-Oeste (+1,9%), Sudeste (+1,6%) e Sul (+0,6%). Entre os estados, Alagoas (+103,0%) ainda se destaca com a maior taxa, devido o efeito base baixa no setor químico. As exportações contribuíram com o consumo na indústria. O consumo de energia elétrica da classe comercial foi de 8.026 GWh em dezembro, expansão de 6,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Todas as regiões registraram crescimento no consumo da classe. Assim como ocorreu no mês anterior, a região Nordeste (+13,3%) continua liderando a expansão, seguida pela região Sul (+9,7%), Norte (+6,0%), Sudeste (+4,5%) e Centro-Oeste (+2,9%). O consumo de eletricidade da classe residencial foi de 13.090 GWh, retraindo 1,7% em dezembro, comparado com igual mês em 2020. Grande parte do País foi afetado por um maior volume de chuvas e temperaturas mais amenas, sendo que a região Sudeste uma das que mais sofreu com o excesso de chuvas no período, influenciando na queda do consumo de energia elétrica das residências. A região Sudeste (-5,5%) foi a que registrou a maior retração no consumo da classe em dezembro, seguida pelo Sul (-1,6%) e Centro-Oeste (-0,9%). Por outro lado, as regiões Norte (+10,2%) e Nordeste (+3,2%) tiveram crescimento. Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou alta de 6,7% no consumo no mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica retraiu 0,6%. (EPE – 31.01.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 Projetos de engenharia adaptam tomadas para carregar VEs

Os VEs (veículos elétricos) estão crescendo cada vez mais no mercado de mobilidade urbana. Além de ser mais limpa, outra vantagem da energia elétrica em relação aos demais combustíveis é a praticidade, visto que, é possível abastecer o carro na garagem de casa. No entanto, apesar de ser uma ideia simples, no setor da engenharia civil essa adaptação exige mudanças mais profundas nos novos projetos residenciais. “Vários carros elétricos na garagem de um condomínio, por exemplo, sugerem que haverá um aumento no consumo de energia”. “Então, além de painéis solares que forneçam parte dessa demanda, também estamos adaptando gerenciadores inteligentes de energia, que fazem a leitura e o direcionamento adequado do consumo”, disse João Borges, engenheiro eletricista e coordenador técnico da Projelet, escritório de engenharia focado no desenvolvimento de soluções inovadoras. Ele explica que o mecanismo interrompe o abastecimento dos veículos conectados ao carregador enquanto há um consumo maior de eletricidade nos apartamentos. Quando essa demanda cai, de madrugada, por exemplo, os automóveis voltam a receber carga. “Hoje é possível, inclusive, programar o horário de início e de término do abastecimento. E vale lembrar que a autonomia dos VEs é de algo em torno de 400 km. Dependendo dos hábitos do condutor, não é necessário abastecer todos os dias”, sugeriu Borges. Segundo o especialista, o mais importante é que os condomínios sejam adaptados para uma nova realidade de mercado, mas sem renunciar à sustentabilidade. A ideia é oferecer a inovação, mas dosando os picos de consumo de energia. (Canal Solar – 31.01.2022)

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2 AION está desenvolvendo os primeiros VEs com baterias de grafeno

A AION, empresa de automóvel chinesa, resolveu fazer uma tremenda e arriscada aposta na parte de mobilidade elétrica. Agora vem a notícia da chegada do primeiro VE que fará o uso de baterias feitas de grafeno, o modelo Aion V. A empresa já afirmou que a produção em massa do Aion V será a partir de setembro, garantindo a capacidade e integridade que a montadora possui em relação ao seu compromisso com o mundo automobilístico. O grafeno tem sido bastante cogitado para ser utilizado na fabricação de baterias para VEs, justamente pelo fato de permitir que o carro vá de 0 a 80% em apenas 8 minutos. O grafeno é um melhor condutor de eletricidade comparado ao cobre, sendo 200 vezes mais resistente que o aço, ao mesmo tempo que também é 6 vezes mais leve. O grafeno também é um dos materiais que conseguem armazenar uma alta quantidade de energia, em um reduzido prazo de tempo. Algumas outras montadoras também estão cogitando fazer testes com o grafeno, tendo em vista que a Tesla também está em fase de desenvolvimento de soluções próprias, então deverá cogitar o uso dessas baterias ou o desenvolvimento de uma bateria própria. No páreo, também está o Grupo Samsung, que segue muito interessado em integrar em suas linhas de aparelhos mobile o uso das baterias de grafeno, visando maior durabilidade de carga e alta tecnologia em seus eletrônicos. (Click Petróleo e Gás – 31.01.2022)

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3 Gartner: Estimativas para a ME em 2022

De acordo com a previsão da empresa de consultoria Gartner, cerca de 6 milhões de VEs serão comercializados em 2022. Durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), que aconteceu em novembro, o Conselho Zero Emission Vehicle Transition acatou a premissa de que os fabricantes de carros e outros automóveis se comprometeriam a comercializar somente veículos de emissão zero até 2040. Isso pressionou o segmento automotivo a se preparar para descarbonizar o transporte e fomentar o uso de carros elétricos. Segundo a expectativa do Gartner, os carros elétricos irão representar 95% do total de remessas de veículos elétricos neste ano, enquanto o restante será dividido entre ônibus, vans e caminhões pesados. A estimativa é de que 46% das remessas mundiais de VEs em 2022 venham da China, fazendo com que o país assuma a primeira posição no mercado de remessas globais, com um total de 2,9 milhões de carros elétricos. Já a Europa Ocidental deve ocupar o segundo lugar no ranking, produzindo cerca de 1,9 milhão de carros. A expectativa é de que a América do Norte ocupe a terceira posição em remessas, com a produção de 855,3 mil carros elétricos. Além dos novos regulamentos e dos incentivos prestados pelos governos de todo o mundo para fomentar a introdução dos carros elétricos no dia a dia dos países, a indústria automotiva também está investindo em empresas que disponibilizam a infraestrutura de carregamento e tecnologia de baterias de veículos, a fim de apoiar essa transição. A previsão do Gartner é de que haja aproximadamente 2,1 milhões de unidades de carregadores públicos para carros elétricos em 2022. (Click Petróleo e Gás – 31.01.2022)

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Inovação

1 Valencia apresenta a Estratégia de Hidrogênio Renovável 2030

O Ministério da Economia Sustentável apresentou a Estratégia de Hidrogênio Renovável da Comunidade Valenciana 2030, que fornece uma estrutura para a implantação dessa energia nos próximos anos e para promover a descarbonização. Em linha com os objetivos do Pacto Verde Europeu e da Estratégia Europeia para o Hidrogénio, bem como do Plano Nacional de Energia e Clima (PNIEC), e no quadro do Plano Estratégico da Indústria Valenciana (PEIV), a Generalitat pretende promover iniciativas na geração de uma cadeia de valor de hidrogênio baseada na produção e consumo de hidrogênio renovável em diferentes setores que precisam melhorar sua competitividade reduzindo sua conta de energia, como indústrias de uso intensivo de energia, setor portuário, indústria de refino. (Energías Renovables - 01.02.2022)

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Energias Renováveis

1 Fitch: Fontes eólica e solar se destacam durante a pandemia

A agência de classificação de risco Fitch Ratings disse que o desempenho global das energias eólica e solar continuou bom durante a pandemia, embora o crescimento dessas fontes ainda enfrente obstáculos de mudanças de políticas, investimentos em redes de transmissão e aumento da exposição comercial. Em relatório, a agência destacou que, individualmente, a energia solar continua superando a eólica no índice de cobertura do serviço da dívida (DSCR, na sigla em inglês), no risco de volume e pontos de disponibilidade devido aos recursos e métodos de projeção mais simplificados. Segundo a Fitch, 86% das transações de energia solar e eólica tiveram seus ratings afirmados em 2021, à medida que a indústria se estabilizou. "Com mais países impondo metas de redução de carbono, emitindo reformas na lei de emprego e investimentos em infraestrutura de transmissão, o portfólio de energias renováveis deverá se expandir”. (Broadcast Energia – 31.01.2022)

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2 Neoenergia: volume de energia distribuída cresce 1,42% no 4º tri e 3,71% no ano de 2021

A Neoenergia acaba de divulgar as suas prévias operacionais referentes ao quarto trimestre de 2021, período em que o total de energia distribuída cresceu 1,42% na comparação com igual período de 2020, para 19.711 GWh. No acumulado do ano, o avanço foi de 3,71% ante o mesmo período de 2020, somando 75.814 GWh. Entre as distribuidoras do grupo, Coelba e Brasília cresceram 2,72% cada uma no quarto trimestre. Elektro avançou 2,20%, Cosern, 1,20%; e Pernambuco, 0,82%, na mesma base de comparação. A geração hídrica registrou alta de 104,03%, com ganhos acumulados de 9,31% no ano. Já a geração de energia nas usinas térmicas foi maior tanto no trimestre como no acumulado anual. Segundo a Neoenergia, o aumento foi de 31,97% na comparação trimestral e de 33,92% nos 12 meses de 2021. (Broadcast Energia – 31.01.2022)

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3 Espanha: Liderança na substituição de combustíveis fósseis dentro da UE

Desde 2019, a Espanha, juntamente com a Grécia e a Holanda, contribuíram com mais de metade do crescimento total da produção de energia eólica e solar na UE, de acordo com um novo relatório apresentado hoje pelo grupo de especialistas Ember. Outro fato destacado no estudo, em que analisam a geração de eletricidade na UE entre 2019 e 2021, é que a Espanha é o país que mais reduziu o uso de carvão e gás em toda a UE. Esses dados colocam o país ibérico na vanguarda do combate às mudanças climáticas e na substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis. Em relação ao carvão, o relatório, que compara a geração de eletricidade em 2021 com os níveis de referência pré-pandemia de 2019, indica que sua participação na matriz energética europeia continua muito alta. Embora as fontes solar e eólica tenham aumentado a sua produção na UE para 44 TWh nos últimos dois anos, e este aumento tenha compensado a queda da utilização do gás natual no contexto do aumento exponencial do preço, o mesmo não aconteceu com o carvão, que caiu apenas 3% em relação aos níveis de 2019. (Energías Renovables – 01.02.2022)

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4 Itália: Leilão de 3,35 GW em energias renováveis

A Itália abriu um novo leilão de energia renovável com 3,350 GW de capacidade em oferta. O leilão será encerrado em 2 de março, com os vencedores a serem anunciados em 31 de maio, disse o Gestore dei Servizi Energetici (GSE). A GSE disse que 2,346 GW de energia eólica e solar estão disponíveis, além de 110 MW de hidrelétrica e 472 MW para repotenciação das fontes eólica e hidrelétrica. Outros 427 MW estão em oferta para nova energia solar com a remoção simultânea de amianto da matriz energética do país. (Renews – 31.01.2022)

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5 Portugal: EDPR conclui a venda de 221 MW de energia eólica

A EDP Renováveis concluiu a venda de um portfólio eólico onshore de 221 MW em Portugal para a Onex Renewablespor um valor de € 534 milhões. O escopo da transação inclui cinco parques eólicos, dos quais 96MW estão em operação desde 2018-19 e 125MW entraram em operação em dezembro de 2021. A empresa acrescentou que a transação está no contexto do programa de rotação de ativos de € 8 bilhões para o período 2021-25, que permitirá à EDPR acelerar a criação de valor enquanto recicla capital para reinvestir em crescimento sustentável. (Renews – 31.01.2022)

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6 Finlândia: VSB obtém licença para construção de parque eólico de 170 MW

A subsidiária finlandesa do Grupo VSB, VSB Uusiutuva Energia Suomi, recebeu permissão para construir o parque eólico Karahka de 170 MW na Finlândia. O projeto, localizado na região norte de Ostrobothnia, está programado para entrar em operação no final de 2024. O parque Karahka cobrirá uma área de cerca de 2.300 hectares e está localizado a a 5 km ao norte da cidade de Oulainen. Um total de 25 turbinas serão instaladas, com início de construção em 2023. O diretor administrativo da VSB Uusiutuva Energia Suomi, Seppo Tallgren, disse: “A chave para o sucesso do projeto é a atitude positiva adotada pela cidade de Oulainen e outras autoridades. (Renews – 31.01.2022)

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7 Alemanha: Instalação de 5,26 GW de energia solar e 1,85 GW de energia eólica onshore em 2021

A Alemanha conectou usinas solares de 421,11 MW ao sistema nacional em dezembro para aumentar a capacidade solar instalada em todo o país para 5,26 GW em 2021, informou a Agência Federal de Redes no dia 31 de janeiro. A nova capacidade eólica onshore, por sua vez, permaneceu muito atrás da energia solar. Turbinas eólicas com uma potência combinada de 152,9 MW entraram em operação em dezembro e aumentaram a capacidade eólica total implantada em 2021 para quase 1,86 GW. A implantação de nova capacidade eólica terrestre aumentou ligeiramente no último mês do ano, após registrar uma queda de 36% em novembro em relação ao mês anterior. A incorporação de novas turbinas deve acelerar este ano com a nova capacidade a ser comissionada em todo o país tangenciando a faixa de 2,3 GW a 2,7 GW, mostra um estudo realizado pela consultoria Deutsche WindGuard com base em dados para já aprovados projetos e licitações anteriores. (Renewables Now – 01.02.2022)

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8 Energisa compra Grupo Vision e amplia a capacidade de geração solar

Movimento no mercado de energia solar no Brasil. A Energisa anunciou no dia 31 a compra do Grupo Vision, uma companhia especializada em geração distribuída solar fotovoltaica, localizada em Minas Gerais. O negócio foi realizado através de sua subsidiária Alsol e faz parte da estratégia de diversificação dos negócios não relacionados àqueles regulados de distribuição de energia elétrica. O contrato no valor de R$ 75,5 milhões foi assinado na última sexta-feira (28) e a conclusão da operação está sujeita à verificação de condições precedentes, que serão aplicáveis a cada grupo de sociedades, usuais para transações como essa, incluindo a aprovação pelo Cade. Com a efetivação da operação, por meio da Alsol, o Grupo Energisa passará a ser responsável pela operação de até 41 unidades de geração distribuída por fonte solar, que, ao fim dos aportes e obras de reforço necessários à implementação dos projetos, poderão adicionar até 136 MWp ao portfólio da Alsol nos próximos três anos. (Petronotícias – 31.01.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Cristina Rosa, João Pedro Gomes, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Matheus Balmas e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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