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IFE: nº 5.359 - 18 de outubro de 2021
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Governo, Aneel e distribuidoras de energia vão se reunir para discutir bandeiras tarifárias
2 Promessa de Bolsonaro sobre bandeira da energia não tem como ser cumprida, dizem técnicos do governo
3 MME aprova 46 projetos como prioritários para emissão de debêntures de infraestrutura em setembro
4 Redução da taxa extra na conta de luz só empurraria problema para 2022
5 Conta-Covid, criada para apoiar setor durante a pandemia, recebe mais um prêmio internacional
6 Consolidação de Normas de Regulação Econômico-Financeira será tema de Audiência pública
7 Presidente da EPE participa do ENASE 2021
8 Distribuidoras enfrentam rombo nas contas

Empresas
1 Energia injetada por distribuidoras da Neoenergia sobe 3,64% no trimestre
2 Light corta fornecimento em unidade da Prefeitura do RJ por inadimplência
3 Omega Geração: Grupo de acionistas propõe relação de troca maior

Leilões
1 Leilão da 2ª rodada da cessão onerosa é confirmado para 17 de dezembro

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: CMO médio continua abaixo de R$ 200/MWh
2 ONS: PMO mostra chuvas em elevação e consumo em queda
3 Região Sul continua apresentando aumento nos níveis de armazenamento

4 CREG mantém medidas até fevereiro

Mobilidade Elétrica
1 Brasil apresenta bateria de nióbio que permite recarga rápida de VEs
2 Neoenergia expande projeto de mobilidade elétrica
3 Adalberto Maluf: Brasil está ‘na contramão do mundo’
4 UFPA: Projeto de mobilidade elétrica

5 Comep: Cooperativa de taxis elétricos
6 Volkswagen: Projetos de VEs comerciais autônomos
7 Renault lança posto que abastece furgão a hidrogênio em 5 minutos

Inovação
1 EUA: $ 85 mi arrecadados para apoiar o primeiro voo de teste de aeronave regional movida a hidrogênio em 2022
2 Alemanha-Noruega: INEOS investe mais de € 2 bi em unidades de produção de hidrogênio
3 INEOS planeja unidade de hidrogênio de € 2 bi
4 Ballard, Forsee Power para impulsionar a mobilidade do hidrogênio para serviços pesados com acordo recém-assinado

5 Repsol vai investir 2.549 mi até 2030 para promover o hidrogênio renovável
6 Hidrogênio verde deve ser o combustível da transição
7 AES Brasil termina P&D de balcão em blockchain para comercialização de energia
8 Vestas anuncia instalação da maior turbina eólica do mundo na Dinamarca

Meio Ambiente
1 Brasil tem vocação para liderar a transição energética
2 Tecnologias disruptivas vão guiar a transição energética
3 União Europeia: dez bilhões de euros para a Transição Ecológica
4 AIE antecipa relatório por causa da COP26 e destaca lentidão global nas mudanças para a energia limpa

Energias Renováveis
1 Caminhos da energia solar: aumento da produção e queda do preço viabilizam mercado brasileiro
2 Complexo Parque do Sabiá será alimentado por energia de usina solar em Uberlândia
3 Eólicas localizadas em Pernambuco e RN iniciam operação em teste
4 Chesf realiza operação em parques eólicos de Casa Nova

5 Equipamentos para geração de energia solar ficam mais caros com crise energética na China
6 Nordex recebe pedidos de 1.829 MW no 3º trimestre

Gás e Termelétricas
1 Gás Energy: transição energética forçada leva a aumento de custos
2 Alvarez & Marsal: Brasil precisa rever a questão do gás
3 Abertura do mercado e o biogás são oportunidade para o setor
4 Executivos defendem espaço das térmicas na transição
5 ABCM: descarbonizar não significa acabar com a fonte fóssil
6 Abraget: matriz ideal precisa ser determinada
7 ABDAN: descarbonização é uma oportunidade para ampliar a energia nuclear

Economia Brasileira
1 CNI lista prioridades do setor privado brasileiro para o G20
2 Santander: Alta da renda em 2022 não compensa perdas deste ano

3 A situação difícil do mercado de trabalho
4 PEC dos precatórios abre espaço para venda controversa de dívida ativa
5 Focus: Mercado projeta expansão menor do PIB em 2021 e 2022
6 FGV: IPC-S tem alta de 1,29% na segunda medição de outubro
7 Dólar ontem e hoje


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Governo, Aneel e distribuidoras de energia vão se reunir para discutir bandeiras tarifárias

Em meio às mais recentes declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro de que, com a volta das chuvas, é possível reduzir os valores das bandeiras tarifárias, o Ministério de Minas e Energia (MME) fará uma reunião na próxima quinta-feira, 21 de outubro, com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) para tratar do tema. A definição sobre qual será a bandeira tarifária não é um gesto meramente político, mas sim uma decisão técnica executada pela Aneel. Para decidir qual será a bandeira de cada mês, unidades técnicas da agência reguladora levam em conta um conjunto de fatores, como o nível de consumo previsto para o período, a situação dos principais reservatórios de água do País, a previsão de chuvas para o mesmo intervalo e a disponibilidade geral de operação de todo o setor elétrico, o que é diariamente calculado e fiscalizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A redução nos valores das bandeiras é considerada importante por Bolsonaro, uma vez que a escalada nos preços da energia têm pressionado os índices de inflação e o bolso dos consumidores. Por outro lado, a cobrança da taxa extra nas contas de luz é fundamental para reduzir o descasamento entre o custo da energia e as tarifas, o que pode gerar problemas no caixa das distribuidoras. (O Estado de São Paulo – 15.10.2021)

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2 Promessa de Bolsonaro sobre bandeira da energia não tem como ser cumprida, dizem técnicos do governo

Técnicos do governo terão a difícil missão de convencer o presidente Jair Bolsonaro a desistir da ideia de retirar a bandeira "escassez hídrica" das contas de luz. Apesar das chuvas que voltaram a cair no Sul e Sudeste nas últimas duas semanas, os reservatórios das hidrelétricas ainda estão muito distantes de recuperar um nível adequado e o acionamento de termoelétricas continua a todo o vapor, bem como a importação de energia elétrica de países vizinhos. Essa geração mais cara não será descartada neste momento e precisa ser paga, o que explica o aumento mais recente nas contas de luz. Desde 1º de setembro, em razão da crise hídrica, os consumidores pagam um adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh), um valor que pesa sobre o bolso dos brasileiros, já bastante pressionados por aumentos no gás de cozinha, gasolina e alimentos. Nesse caso, foi justamente essa taxa que se tornou o novo alvo do presidente Jair Bolsonaro, que disse na quinta-feira, 14 de outubro, que vai determinar ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que dê fim à bandeira. "Dói a gente autorizar o ministro Bento decretar bandeira vermelha, dói no coração, sabemos as dificuldades da energia elétrica. Vou pedir para ele... pedir, não, determinar a ele que volte à bandeira normal a partir do mês que vem", disse Bolsonaro. (O Estado de São Paulo – 15.10.2021)

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3 MME aprova 46 projetos como prioritários para emissão de debêntures de infraestrutura em setembro

A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME aprovou, em setembro, 46 projetos de energia elétrica como prioritários, para fins de emissão de debêntures incentivadas. Nesse caso, são 42 de geração, 1 de transmissão e 3 de distribuição de energia elétrica. O acumulado no ano alcançou 175 projetos aprovados, sendo 116 do segmento de geração, 20 de transmissão e 39 de distribuição. Segundo informações do Boletim Informativo de Debêntures Incentivadas do Ministério da Economia (ME), até agosto deste ano, houve 50 emissões de debêntures de infraestrutura do setor de energia, que incluem também projetos de bioenergia, com volume total de R$ 16,447 bilhões. Como comparação, em 2020 foram aprovados como prioritários 180 projetos de energia elétrica, tendo ocorrido ainda 40 emissões de debêntures incentivadas de infraestrutura de energia, num total de R$ 12,287 bilhões, segundo a Secretaria de Política Econômica do ME. De um modo geral, os titulares de projetos de energia elétrica, constituídas sob a forma de sociedade por ações, têm buscado cada vez mais usar a emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura para financiar seus projetos de investimentos, tendo em vista a boa aceitação desses títulos no mercado. (Aneel – 15.10.2021)

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4 Redução da taxa extra na conta de luz só empurraria problema para 2022

Na quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro prometeu rever o valor da bandeira tarifária cobrada na conta de luz. Porém ampliaria o já elevado déficit da conta destinada a bancar as térmicas e colocaria mais pressão sobre os reajustes tarifários em 2022. A proposta é criticada por especialistas no setor, que consideram que o cenário ainda requer a utilização de toda a capacidade térmica disponível, mesmo com a melhora no nível de chuvas sobre os reservatórios nas últimas semanas. A MegaWhat Consultoria estima que o retorno à bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 9,49 para cada 100 kWh consumidos, elevaria em cerca de R$ 3,4 bilhões o déficit da chamada conta bandeiras, que poderia chegar a R$ 10,5 bilhões. O presidente da República não tem autonomia para tomar essa decisão. Em situação normal, o valor das bandeiras é definido pela Aneel. Durante a crise hídrica, o tema pode ser deliberado pela Creg. Sem redução da despesa, a revisão do valor da tarifa implicaria apenas em adiar o impacto ao consumidor. "Não é a hora de reduzir a bandeira", defende o presidente da consultoria especializada PSR Energy, Luiz Barroso. "Reduzi-la agora vai criar uma pressão no fluxo de caixa das distribuidoras para o pagamento destes custos, que ficaram maiores, e aumentar mais ainda a pressão para reajustes futuros, visto que os valores financeiros não arrecadados via bandeira vão para o reajuste tarifário em 2022", explica. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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5 Conta-Covid, criada para apoiar setor durante a pandemia, recebe mais um prêmio internacional

A operação financeira que ficou conhecida como Conta-Covid, regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e estruturada no ano passado em conjunto com o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para mitigar impactos da pandemia no mercado de distribuição de energia elétrica, ganhou mais um reconhecimento internacional. A publicação Latin Finance, especializada no mercado financeiro de economias da América Latina e Caribe, destacou a iniciativa na categoria Loan of The Year, no prêmio 2021 Project & Infrastructure Finance Awards. A seleção é um processo rigoroso feito pela equipe editorial da Latin Finance, que avalia critérios como representatividade de mercado, impacto social, complexidade da operação e inovação. “O setor elétrico brasileiro foi o único que teve operação de apoio no pior momento dos efeitos da pandemia. E sem um centavo de dinheiro do Tesouro, uma legítima operação de mercado desenhada pela Aneel, pelo Ministério de Minas e Energia e pela CCEE”, afirmou o diretor-geral da Aneel, André Pepitone. (Aneel – 15.10.2021)

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6 Consolidação de Normas de Regulação Econômico-Financeira será tema de Audiência pública

A proposta de consolidação de normas relativas à “Regulação Econômico- Financeira – Regulamentação das Operações” será o tema da audiência pública virtual promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na próxima quarta-feira (20/10), às 14h. O evento será transmitido ao vivo pelo canal da Agência no YouTube e os interessados em fazer exposição durante a Audiência Pública devem enviar os seus vídeos até 12h do dia 19 de outubro. A minuta de Resolução Normativa contém aprimoramentos em atos normativos que serão consolidados em uma única norma, em mais um passo da Aneel para simplificar e aperfeiçoar seu estoque regulatório. Além disso, a iniciativa atende ao Decreto 10.139, de 2019, que determina a consolidação ou revogação de normas tacitamente revogadas ou cujos efeitos tenham se exaurido no tempo. Segundo a análise dos técnicos, foram necessárias algumas alterações para atualizar itens que são inaplicáveis ou correções pontuais que buscam conferir maior clareza ao texto, apesar de não contemplar alteração de mérito na proposta. Os documentos relacionados à audiência pública 27/2021 e as orientações para os interessados em se manifestar na mesma, estão disponíveis neste site. (Aneel – 18.10.2021)

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7 Presidente da EPE participa do ENASE 2021'

O presidente da EPE, Thiago Barral, participou da 18ª edição do ENASE 2021 – Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico – que teve como o tema foi "O Setor Elétrico Brasileiro e a Transição Energética: Desafios e Oportunidades". Em formato virtual, o evento trouxe a oportunidade de falar sobre o contexto de escassez hídrica e o futuro das hidrelétricas, o papel das fontes renováveis e das termelétricas, os custos para o consumidor e a reforma e abertura do mercado. Em sua fala, Thiago Barral destacou a importância dos estudos para o fortalecimento da infraestrutura de transmissão para a acomodação de novos recursos renováveis, que serão fundamentais para garantir a segurança energética, além da presença de fontes não expostas aos riscos dos preços de combustíveis. Por outro lado, Barral também falou do papel das termelétricas no processo de transição energética, que somam recursos que podem dar maior gestão do sistema na operação, para fazer frentes a variações na geração das fontes renováveis e na demanda. Sobre a participação das hidrelétricas na matriz elétrica, o Presidente da EPE chamou atenção para a evolução nos usos múltiplos da água e as variações na disponibilidade hídrica, inclusive podendo ser influenciadas pelas mudanças climáticas e alteração no uso do solo. (EPE – 15.10.2021)

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8 Distribuidoras enfrentam rombo nas contas

As distribuidoras vinham negociando com o MME alternativas para reduzir o rombo gerado na conta bandeiras pelo aumento no custo dos combustíveis para térmicas, pressionados pela crise energética internacional. Segundo as contas da MegaWhat, o rombo, hoje, fica entre R$ 5 bilhões e R$ 7 bilhões. "E o que não se cobriu com a bandeira tarifária reverte em aumento tarifário no ano seguinte", diz a presidente da MegaWhat Consultoria, Ana Carla Petti. O presidente da Abradee, Marcos Madureira, defende que as bandeiras funcionam também como um sinal ao consumidor de que a energia é escassa, servindo como um incentivo à economia. "As distribuidoras não têm nenhuma margem em relação a isso, elas simplesmente recolhem as receitas, entre elas as bandeiras, para pagar os custos da energia", diz. "Nesse momento, entendemos que é importante a permanência de uma bandeira que procura trazer recursos adicionais para esse pagamento". (Valor Econômico – 15.10.2021)


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Empresas

1 Energia injetada por distribuidoras da Neoenergia sobe 3,64% no trimestre

A energia injetada pelas distribuidoras do Grupo Neoenergia cresceu 3,64% no terceiro trimestre de 2021. Em nove meses, o aumento no valor chegou a 5,64%. No trimestre, o melhor resultado é da Cosern (RN), que registrou aumento de 6,35% na energia injetada. Na Coelba (BA) teve aumento de 4,86% e na Elektro (SP), o crescimento chegou a 2,03%. Na Celpe (PE), a energia injetada subiu 2,79%, enquanto na Neoenergia Brasília (DF) houve aumento de 3,66%. Na geração de renováveis, o resultado das eólicas melhorou 12,48%, ficando em 748 GWh no trimestre. O destaque foi para a entrada de 184 MW do Complexo de Chafariz. Já o das hídricas recuou 4,09% no período, em razão da menor afluência, com impacto na margem minimizado pelo seguro do GSF. Em nove meses, a geração eólica de 1.555 GWh resultou em aumento de 17,96%. Já a hídrica teve queda de 4,66%. (Aneel – 15.10.2021)

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2 Light corta fornecimento em unidade da Prefeitura do RJ por inadimplência

A Light informou que suspendeu na última quinta-feira, 14 de outubro, por inadimplência, o fornecimento de energia de 66 unidades administrativas da Prefeitura do Rio de Janeiro. A dívida total da administração municipal com a companhia é de mais de R$ 261 milhões. Deste montante, R$ 68 milhões são referentes a 2021. De acordo com a distribuidora, os cortes foram feitos apenas em instalações cadastradas na empresa como serviços não essenciais. Unidades de saúde não foram cortadas. A Light alegou ter realizado diversas tentativas de acordo com a prefeitura para regularizar os débitos e notificou o órgão previamente com aviso de corte, como determina a legislação. (Aneel – 15.10.2021)

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3 Omega Geração: Grupo de acionistas propõe relação de troca maior

A Omega Geração (OG) informou, em fato relevante publicado na noite deste sábado, que recebeu uma carta de um grupo de gestores, que detêm, juntos, 28,6% das ações da companhia, questionando os termos da proposta de combinação de negócios com a Omega Desenvolvimento (OD), que dará origem à Omega Energia, e propondo um novo valor para a relação de troca entre as empresas. Para esse grupo, representado por abrdn (representada por Aberdeen do Brasil Gestão de Recursos Ltda), Compass Group LLC, Icatu Vanguarda, IP Capital Partners, Larus Gestora, Oceana Investimentos, Squadra Investimentos, Squadra Investments, Truxt Investimentos e Verde Asset Management, a operação não capta o “valor correto” da OG e “não incorpora os desafios que surgem com a combinação com a OD”. (O Estado de São Paulo – 18.10.2021)

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Leilões

1 Leilão da 2ª rodada da cessão onerosa é confirmado para 17 de dezembro

O MME informou que foi publicado o edital e as minutas de contrato da segunda rodada do leilão de excedentes da cessão onerosa. A data de realização do certame foi confirmada para o dia 17 de dezembro. Na licitação, a ANP vai oferecer ao mercado reservas de óleo e gás nos campos Sépia e Atapu, na Bacia de Santos. O governo estima que, juntos, os dois blocos poderão responder por até 20% da atual produção diária do país, ao alcançarem o pico de extração no dia. Em média, a produção de óleo e gás do país deve aumentar em 12%. O governo cobrará R$ 11,1 bilhões de bônus de assinatura das petroleiras vencedoras. Desse total, R$ 7,7 bilhões serão repassados aos Estados e municípios, mecanismo de distribuição de recursos também usado na primeira rodada. Se as duas reservas forem negociadas, o dinheiro entrará no caixa dos governos até o final de fevereiro do ano que vem. Em abril, a Petrobras havia decidido exercer o direito de preferência, garantido pela legislação brasileira, para operar os dois blocos com a fatia de 30% dos consórcios que serão formados. O risco exploratório das duas reservas é considerado “zero”, pois Atapu já entrou em operação em junho do ano passado e Sépia deve entrar ainda este mês. Outra incerteza que foi superada é o valor de ressarcimento à Petrobras pelos montantes já investidos na fase de exploração das reservas. “A expectativa é que seja um leilão competitivo, pois o projeto foi estruturado observando as melhores práticas de transparência, rastreabilidade, previsibilidade, segurança jurídica e competitividade à luz do novo cenário da indústria de petróleo”, destacou o MME, em nota. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: CMO médio continua abaixo de R$ 200/MWh

A terceira revisão semanal do Programa Mensal de Operação de outubro mostrou que o CMO médio continua abaixo de R$ 200/MWh mesmo com o despacho térmico fora da ordem de mérito em decorrência do enfrentamento à crise hídrica onde há térmicas de mais de R$ 2 mil MWh em operação. O valor médio calculado pelo modelo computacional é de R$ 172,60/MWh em todo o país. A carga pesada está estimada em R$ 175,12, a média em R$ 173,82 e a leve em R$ 170,44 por MWh. Se não houvesse a ordem do CMSE de GFOM o despacho térmico estaria em 7.355 MWm para a semana operativa que se inicia neste sábado, 16 de outubro. Sendo, 2.546 MWm por ordem de mérito, 4.864 MWm por inflexibilidade e mais 35 MWm por restrição elétrica. (Aneel – 15.10.2021)

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2 ONS: PMO mostra chuvas em elevação e consumo em queda

A terceira revisão semanal do Programa Mensal de Operação de outubro começou a refletir as chuvas no Sudeste e o programa de redução de consumo. As previsões apresentadas apontam que o maior submercado do SIN, o SE/CO deverá fechar o mês com o maior volume de ENA enquanto o consumo de energia tem uma queda significativa quando comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com o ONS, a projeção é de que as vazões fiquem em 103% da MLT. No Sul o índice é de 87%, praticamente o mesmo do Norte com 89% e no Nordeste a situação é a pior com 42% da MLT. Por outro lado, a estimativa é de queda de 2,1% na carga do SIN. A retração mais expressiva está no Sul com 4,7% a menos do que em outubro de 2020, no SE/CO a estimativa aponta para redução de 3,8%. Nos dois outros submercados é esperado aumento de 3,8% no NE e de 2,6% no Norte. Assim, o ritmo esperado para o deplecionamento dos reservatórios no SE/CO para os próximos 15 dias é de relativa estabilidade. O volume armazenado ao final deste período deverá ficar em 16,7%, 0,1 p.p abaixo dos atuais 16,8%. No NE a queda projetada é de 0,8 p.p. para 35,8%, no Norte é de 7,1 p.p., encerrando em 46,4%. No Sul está o único aumento, de 34,3% atuais para 39,9%. (Aneel – 15.10.2021)

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3 Região Sul continua apresentando aumento nos níveis de armazenamento

A região Sul segue apresentando aumento nos níveis de seus reservatórios, com 0,1 p.p. e operando com 34,4% de sua capacidade de armazenamento, na última quinta-feira, 14 de outubro, se comparado ao dia anterior, segundo o ONS. A energia retida é de 6.854 MW mês e ENA aponta 9.828 MWm, valor que corresponde a 79% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 21,03% e 43,03% respectivamente. Os reservatórios do SE/CO também tiveram aumento de 0,1 p.p e trabalham com 16,9%. A energia armazenada mostra 34.356 MW mês e a ENA aparece com 23.614 MWm, o mesmo que 71% da MLT. Furnas admite 15,11% e a usina de São Simão marca 10,17%. O submercado do Norte teve recuo de 0,5 p.p e chega a 54,2%. A energia armazenada marca 8.212 MW mês e ENA é de 1.535 MWm, equivalente a 72% da MLT no mês até o dia. A UHE Tucuruí segue com 68,29%. A Região Nordeste apontou uma redução de 0,1 p.p e opera com 37,4% da sua capacidade. A energia armazenada indica 19.274 MW mês e a ENA computa 981 MWm, correspondendo a 34% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 36,09%. (Aneel – 15.10.2021)

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4 CREG mantém medidas até fevereiro

Em reunião sobre a crise hídrica de sexta-feira (15) na CREG decidiram manter as “flexibilizações hidráulicas” nas hidrelétricas Jupiá e Porto Primavera até fevereiro do ano que vem. A estratégia vem sendo adotada desde o fim do primeiro semestre para reduzir a queda no nível dos reservatórios das usinas do Sudeste — as mais afetadas pela falta de chuva. “A operação flexibilizada para o horizonte, a partir de março de 2022, será avaliada oportunamente em nova reunião da Creg”, informou o MME. A eventual suspensão da nova bandeira tarifária não foi mencionada no comunicado oficial divulgado pelo MME após a reunião da Creg. O ministério informou que, no encontro, foram avaliadas as “condições hidroenergéticas” verificadas no país e informações encaminhadas pelo CMSE. Os representantes do Instituto Nacional de Meteorologia fizeram uma apresentação sobre previsões climáticas, “contemplando diferentes horizontes temporais e agregações”. Foi observado que, nos últimos dias, houve “aumento das chuvas no país, especialmente na região Sul, características que apontam para a transição para o período tipicamente úmido, dentro dos padrões usuais” e “além disso, há expectativa de ocorrência de chuvas em maiores volumes nas regiões Sudeste/Centro-Oeste no curto prazo”. “No entanto, apesar do aumento das chuvas, a situação ainda requer atenção, fato também impactado pelas atuais condições do solo, bastante seco, e, portanto, maiores dificuldades de transformação das chuvas em vazões, ou seja, em volumes significativos de água que chegam nos reservatórios do país”, alertou o governo, no comunicado oficial. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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Mobilidade Elétrica

1 Brasil apresenta bateria de nióbio que permite recarga rápida de VEs

O Brasil é responsável por 95% das reservas de nióbio no planeta, de acordo com informações no site do Governo Federal. O mineral é utilizado para a composição de ligas metálicas e permite um material mais maleável e resistente ao calor e desgaste. Em setembro deste ano, a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) anunciaram parceria para o desenvolvimento e aplicação das baterias com o mineral para utilização em veículos elétricos da montadora, algo inédito na indústria automotiva mundial. A VW Caminhões e Ônibus vai desenvolver os controles da operação da bateria com nióbio no veículo, além de fabricar os veículos 100% elétricos utilizados no projeto e implantar a infraestrutura de recarga ultrarrápida. De acordo com a CBMM, a tecnologia que será empregada nas baterias é resultado de mais de três anos de pesquisa e desenvolvimento em parceria com a Toshiba, no Japão. (Diário do Nordeste – .10.2021)

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2 Neoenergia expande projeto de mobilidade elétrica

A Neoenergia segue avançando com o Programa de Mobilidade Elétrica, que conta com o projeto Linha Verde, iniciativa voltada a instalar eletropostos nas bases operacionais de forma a viabilizar viagens com carros elétricos entre as sedes administrativas das distribuidoras. A companhia informou que a primeira fase da Linha Verde foi implantada entre as capitais Natal (RN) e Recife (PE), onde atuam as distribuidoras da Neoenergia, Cosern e Neoenergia Pernambuco. As cidades ficam a cerca de 300 km de distância uma da outra e veículos elétricos tem uma autonomia média de 200 km, número que pode variar a depender do modelo do carro. Assim, o projeto contemplou a instalação de dois eletropostos de carga rápida nesse trajeto, de forma a garantir maior segurança e autonomia dos veículos durante a viagem. Os pontos de recarga foram instalados nas Unidades Territoriais de Distribuição (UTDs) da Neoenergia localizadas em Goianinha (RN) e Goiana (PE). Os municípios ficam, aproximadamente, a 60 km de distância da capital de cada estado, o que garante uma parada estratégica no percurso para recarregar o veículo. Aliada a expansão dos pontos de recarga nas UTDs, a Neoenergia conta, desde março de 2020, com eletropostos nas sedes administrativas da companhia, nos estados da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Ao total, são 85 veículos híbridos e 44 totalmente elétricos na Neoenergia. O objetivo é que toda a frota da veículos leves e administrativos seja completamente substituída até 2030. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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3 Adalberto Maluf: Brasil está ‘na contramão do mundo’

Durante a mostra Veículo Elétrico Latino-Americano, realizada em São Paulo, o portal Olhar Digital realizou uma entrevista com o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Adalberto Maluf. Ele foi perguntamos por que está demorando tanto para o carro elétrico virar uma realidade no Brasil. Adalberto comentou sobre os desafios em eletrificar um país que investiu quase todas suas fichas em outra tecnologia para aposentar o combustível fóssil: a biomassa, na forma de álcool e biodiesel. Um país que está definitivamente atrás em termos de mobilidade elétrica. Para acessar a entrevista na íntegra, clique aqui. (Olhar Digital – 15.10.2021)

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4 UFPA: Projeto de mobilidade elétrica

Dois ônibus elétricos circulam na Universidade Federal do Pará (UFPA) desde 2019, período em que foram colocados também cinco eletropostos na Grande Belém; quatro no Campus Belém da universidade e um em Castanhal. As estruturas e os veículos foram resultados de um projeto do Centro de Excelência em Eficiência Energética da Amazônia (Ceamazon), da UFPA, em parceria com o Parque Tecnológico do Guamá, e financiamento da Eletrobrás. O sistema utilizado está em conformidade com as normas e os padrões de funcionamento e desempenho de distribuição de energia elétrica no País, estabelecidos pela Aneel. O projeto, que está em andamento, ainda contará com barco elétrico equipado com painéis fotovoltaicos e um sistema elétrico capaz de garantir à embarcação uma autonomia de até seis horas. Será um “catamarã solar”, projetado pela Fenav/UFPA, com capacidade de receber até 20 passageiros e portar baterias que possam ser carregadas pelas placas fotovoltaicas instaladas neste transporte e por carregador elétrico. A professora e pesquisadora Maria Emília Tostes, coordenadora do Ceamazon, destaca que o principal objetivo do centro é desenvolver estudos voltados para a diminuição de desperdícios de energia elétrica. Especificamente sobre a popularização do uso de carros elétricos, ela afirma que não basta que sejam “limpos”, que não emitam gás carbônico (CO2) para a atmosfera, se o sistema energético utilizado para carregar as baterias também não for ecologicamente responsável. (O Liberal – .10.2021)

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5 Comep: Cooperativa de taxis elétricos

Quando os aplicativos de transporte chegaram a Belém, em 2015, o taxista Isaac Nunes refletiu sobre a necessidade de encontrar uma alternativa para baixar os custos de seu carro para que pudesse oferecer preços mais competitivos aos clientes, e assim poder concorrer com os baixos valores oferecidos pelo novo segmento. Após tentar experiências com hidrogênio como fonte de energia, mas sem sucesso, ele entrou em contato com iniciativas em São Paulo como VEs e criou a Cooperativa de Transporte de Profissionais Autônomos em Mobilidade Elétrica do Estado do Pará (Comep). O objetivo da cooperativa é fazer com que os modelos elétricos possam ser utilizados por frotas de táxi, e contribuir para a diminuição dos gastos dos motoristas, ao mesmo tempo em que atuam também como redutores de emissão de gases poluentes no Pará. “Eu trouxe o projeto do táxi elétrico para o Pará não apenas por interesse próprio, mas pensando que o gás carbônico é a principal causa do aquecimento global. Também queremos que o transporte em Belém seja mais organizado, para que as competições entre os motoristas sejam reguladas”, afirma. Atualmente, a Comep possui mil inscritos e está em contato com uma concessionária para que seja firmada uma parceria. “Hoje, Belém do Pará é a sexta capital com o maior número de vendas de carros elétricos. Em 2030, todas as empresas automobilísticas terão que fabricar carros elétricos. Nós precisamos nos preparar”, conclui. (O Liberal – .10.2021)

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6 Volkswagen: Projetos de VEs comerciais autônomos

Durante o evento ITS World Congress em Hamburgo, a Volkswagen Commercial Vehicles apresentou um protótipo de ambulância autônoma baseado no ID.Buzz. Obviamente, não há um motorista, e os bancos dianteiros estão direcionados para trás para equipamentos médicos especiais. Infelizmente, não há muitos detalhes disponíveis, mas a Volkswagen divulgou um vídeo que dá uma boa ideia de como é esta ambulância autônoma. O vídeo também apresenta alguns outros conceitos autônomos, incluindo um táxi sem motorista para mobilidade compartilhada, uma van e uma espécie de escritório móvel sobre rodas. A montadora alemã enfatiza que esses conceitos são equipados com interiores que são em grande parte feitos de materiais reciclados, como resíduos industriais, redes de pesca e outros. Os bancos dos veículos autônomos são revestidos em material livre de animais que é fácil de limpar e ao mesmo tempo confortável. (Inside EVs – 17.10.2021)

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7 Renault lança posto que abastece furgão a hidrogênio em 5 minutos

A Hyvia, joint venture Hyvia, nascida da parceria da Renault e da Plug Power, apresentou oficialmente o primeiro veículo comercial a hidrogênio: o Renault Master Van H2. A van com células de combustível, atualmente em forma de protótipo, abre caminho para uma série de vans que tirarão proveito dessa tecnologia. Mas, além dos próprios veículos, a Hyvia também mostrou sua nova estação de abastecimento de hidrogênio. A estação permitirá que os utilitários da Renault 'encham o tanque' de hidrogênio em apenas 5 minutos. Tudo isso, com operações muito simples, que tornam esse tipo de reabastecimento praticamente idêntico ao de veículos automotores com motores a combustão. A estação de abastecimento da Renault foi projetada para atender a todas as regulamentações vigentes sobre o tema e usa hidrogênio armazenado em tanques especiais de alta pressão que serão preenchidos graças ao transporte no local por veículos pesados ou graças à produção no local por eletrólise. As estações de hidrogênio serão construídas na fábrica da Flins na França e estarão disponíveis tanto para venda quanto para aluguel. Toda a linha de produtos Hyvia, incluindo o novo protótipo Master Van, será apresentada ao público durante o evento Hyvolution, realizado em Paris nos dias 27 e 28 de outubro. (Inside EVs – 15.10.2021)

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Inovação

1 EUA: $ 85 mi arrecadados para apoiar o primeiro voo de teste de aeronave regional movida a hidrogênio em 2022

O setor de aviação poderia receber um grande impulso para a incorporação de tecnologias de hidrogênio com a Universal Hydrogen (UH) garantindo US $ 85 milhões em capital para o avanço do primeiro vôo de teste de aeronaves regionais movidas a hidrogênio em 2022, disse o grupo. Espera-se que este financiamento apoie o desenvolvimento de um voo de teste que contará com um trem de força de célula de combustível de hidrogênio UH implementado em um avião regional para mais de 40 passageiros e espera-se que isso aumente consideravelmente a probabilidade de testar o avião em 2022 em Moses Lake em Washington, EUA. O setor de aviação poderia se beneficiar enormemente com o hidrogênio e, com empresas como Airbus e EasyJet, todos investindo no avanço do hidrogênio em aeronaves, este voo de teste poderia representar um grande avanço internacional. (H2 View – 15.10.2021)

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2 Alemanha-Noruega: INEOS investe mais de € 2 bi em unidades de produção de hidrogênio

A INEOS declarou hoje (18) que planeja construir uma planta de eletrolisador de 20 MW na Noruega e outra de 100 MW na Alemanha, como parte de um investimento de mais de € 2 bilhões que espera transformar a produção de hidrogênio zero carbono em toda a Europa. Considerada a maior operadora de eletrólise da Europa, embora seja sua subsidiária INOVYN, a INEOS também revelou planos para outros projetos na Bélgica, Reino Unido e França, enquanto busca colaborar com outras empresas envolvidas na economia do hidrogênio em evolução. Ao lado de outras empresas no mercado, a INOS também pretende trabalhar em estreita colaboração com os governos europeus para garantir que a infraestrutura necessária seja implementada para facilitar o papel do hidrogênio em todo o continente. (INEOS – 18.10.2021)

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3 INEOS planeja unidade de hidrogênio de € 2 bi

A operadora do eletrolisador INEOS está investindo mais de € 2 bilhões em projetos de eletrólise para produzir carbono zero e hidrogênio verde em toda a Europa. Suas primeiras fábricas serão construídas na Noruega, Alemanha e Bélgica, com investimentos planejados também no Reino Unido e na França. A primeira unidade a ser construída será um eletrolisador de 20 MW para produzir hidrogênio limpo por meio da eletrólise da água, alimentado por eletricidade zero-carbono na Noruega. A empresa também pretende trabalhar em estreita colaboração com os governos europeus para garantir que a infraestrutura necessária seja implementada para facilitar o papel principal do hidrogênio na nova economia verde. (Renews - 18.10.2021)

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4 Ballard, Forsee Power para impulsionar a mobilidade do hidrogênio para serviços pesados com acordo recém-assinado

A Ballard Power Systems e a Forsee Power uniram forças para impulsionar aplicações pesadas de mobilidade de hidrogênio com uma nova célula de combustível integrada e soluções de bateria. Tendo assinado um Memorando de Entendimento (MoU) hoje (18), a dupla visa impulsionar as aplicações de ônibus, caminhões, ferrovias, marítimas e off-road com suas soluções de emissão zero. Marcando o estado de uma colaboração de longo prazo, a parceria estratégica verá o co-design, o co-desenvolvimento, o mercado de produção e as vendas das soluções de bateria de célula de combustível. De acordo com esses planos, Ballard fornecerá o sistema de célula de combustível e controles relacionados, e a Foresee Power fornecerá o sistema de bateria e o sistema de gerenciamento de bateria relacionado, sistema de resfriamento e sistema de conversão DC / DC de alta tensão. (H2 View – 18.10.2021)

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5 Repsol vai investir 2.549 mi até 2030 para promover o hidrogênio renovável

A Repsol acelera na corrida do hidrogênio renovável com um investimento previsto de 2.549 milhões de euros até 2030. O novo roteiro da Repsol para o hidrogênio renovável é instalar uma potência de 552 megawatts em 2025 e uma capacidade de 1,9 gigawatts em 2030 por meio de eletrólise, produção de H2 verde a partir do biogás e fotoeletrocatálise. A Repsol está a adaptar as suas infra-estruturas convencionais de produção de hidrogénio para obter hidrogénio renovável a partir do biogás. Dessa forma, poderá produzir hidrogênio a partir de resíduos orgânicos de diversas origens, como resíduos urbanos, biomassa ou diversos subprodutos da agro-pecuária. (Energías Renovables - 18.10.2021)

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6 Hidrogênio verde deve ser o combustível da transição

Em painel do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico sobre a sustentabilidade no consumo de energia realizado nesta sexta-feira, 15 de outubro, o coordenador do Grupo de Estudos de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirmou que até 2040 o hidrogênio deverá estar pouco acima do mercado de óleo e gás. Na década seguinte, já será superior. De acordo com o coordenador do Gesel, a produção de hidrogênio verde no Brasil poderá se tornar uma grande oportunidade. Muitos países da Europa não terão como produzir o suficiente para abastecer a demanda e precisarão importar o energético. Ele dá como exemplo a Alemanha, que vai importar 90% da sua necessidade de consumo de H2 em 2050. Ainda segundo Castro, essa produção de H2 faria com que os investimentos em geração e transmissão aumentassem sem depender da demanda. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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7 AES Brasil termina P&D de balcão em blockchain para comercialização de energia

Após 18 meses de pesquisas e desenvolvimentos, a AES Brasil concluiu o “Projeto AES Brasil de Energy Intelligence”, em parceria com Fohat, que teve como objetivo desenvolver o primeiro balcão organizado em blockchain no país para compra e venda de energia em um ambiente digital, com a existência de uma contraparte central, que garante a custódia e a liquidação de contratos bilaterais de energia para compradores e vendedores. O projeto teve início em outubro de 2019 e investimento de R$ 3,4 milhões, por meio do programa de P&D da Aneel. A nova solução impacta o mercado brasileiro, trazendo uma plataforma de trading 100% online e acessível, que agrupa todas as operações do blackoffice do usuário. Além disso, oferece integração com outras soluções externas, possibilitando um balcão organizado na comercialização de energia e, também, dos certificados de energia renovável em blockchain. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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8 Vestas anuncia instalação da maior turbina eólica do mundo na Dinamarca

O fabricante dinamarquês acaba de anunciar que vai instalar o primeiro protótipo de sua megatergia (modelo V236 de quinze megawatts, 15 MW) na área de testes do Østerild National Test Centre, em West Jutland (Dinamarca). A instalação ocorrerá no segundo semestre do próximo ano. A Vestas espera começar a gerar eletricidade com seu protótipo no quarto trimestre do ano. A formidável máquina Vestas V236-15 MW, que será o mais alto e mais poderoso já instalado no mundo, subirá até 280 metros acima do nível do solo e produzirá oitenta gigawatts-hora por ano, eletricidade suficiente - eles especificam na empresa - para atender a demanda de cerca de 20.000 europeus casas. (Energías Renovables - 18.10.2021)

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Meio Ambiente

1 Brasil tem vocação para liderar a transição energética

Reunindo lideranças dos meios empresarial e acadêmico, assim como da administração pública e sociedade civil, o Shell Talks apresentou de 4 a 6 de outubro a sua edição mais robusta. Foram 13 painéis on-line gratuitos que consolidaram a importância do evento no calendário do setor de energia e no debate da transição energética. Em 2021, a discussão se tornou ainda mais relevante por causa da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas, a COP-26, que acontecerá em Glasgow (Escócia), em novembro. O “Shell Talks: Impulsionando o Progresso”, nome oficial do evento, foi transmitido direto do Museu do Amanhã, no Centro do Rio de Janeiro, para o www.shell.com.br/talks e as redes sociais dos jornais O GLOBO e Valor Econômico — as gravações dos painéis estão disponíveis nos mesmos ambientes digitais. Tanto os convidados quanto a equipe de produção seguiram rígidos protocolos de segurança contra a Covid-19. “A expectativa que eu tenho do Brasil na COP 26 é a de um papel de liderança, não um papel reativo, defensivo. O país tem muitas oportunidades e tem que liderar esse diálogo”, defendeu André Araujo, presidente da Shell Brasil, durante o painel “Soluções de Transição Energética e os Setores com Difícil Descarbonização”, que também contou com Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil, Luiz Eduardo Osorio, vice-presidente executivo de Relações Institucionais e a Comunicação da Vale, e Walter Schalka, presidente da Suzano. (O Globo – 16.10.2021)

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2 Tecnologias disruptivas vão guiar a transição energética

A inovação tecnológica será a principal vantagem para a transição energética, segundo uma das conclusões dos especialistas no último dia do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase). Nesse caso, a pauta do encontro foi o debate colocou o Brasil como um dos principais protagonista dessa revolução energética por conta das peculiaridades de uma matriz limpa e renovável, em relação ao resto do mundo. Na avaliação do diretor de Operações da Lactec, Lauro Elias, o contexto é pertinente para que isso aconteça. Ele destaca as tecnologias do hidrogênio, mobilidade elétrica, storage, termosolar (armazenamento), inteligência artificial, além do volume de dados necessários para trazer informação em tempo real e de maneira mais inclusiva. “Temos um regulador atuante, um contexto político favorável e um aspecto tecnológico promissor (…) Mais de 50% dos CEOs globais estão preocupados com inovação dentro das empresas”, calcula o mesmo. Elias destaca que soluções baseadas em inteligência artificial serão cada vez mais necessárias em um sistema elétrico, que tem se tornado mais complexo com a expansão de fontes intermitentes e recursos energéticos distribuídos. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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3 União Europeia: dez bilhões de euros para a Transição Ecológica

O orçamento total do Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico para 2022, considerando os fundos dos Orçamentos Gerais do Estado e os da União Europeia no âmbito do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência, ascende a 10.195 milhões de euros, o segundo mais elevado. valor em sua história, e 17,1% a menos que no ano recorde de 2021. Ações em mobilidade sustentável, implantação de energias renováveis ou hidrogênio verde vão receber mais de 2.200 milhões. A rubrica do anteprojeto de Lei Geral do Orçamento do Estado de 2022 correspondente ao Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico aumenta 6% em relação a 2021, para 5.817 milhões. Por sua vez, os recursos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) da União Europeia chegam a 4.378 milhões, 36% abaixo do ano passado, de acordo com o cronograma de distribuição acordado com a Comissão Europeia, que atribuiu para 2021 um volume maior de investimento total para acelerar tanto quanto possível seu impacto positivo na economia e tem uma maior margem de execução. (Energías Renovables - 18.10.2021)

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4 AIE antecipa relatório por causa da COP26 e destaca lentidão global nas mudanças para a energia limpa

A Agência Internacional de Energia (AIE) em seu último World Energy Outlook (WEO), lançado na última semana, diz que a transição para um sistema de energia limpa está progredindo muito lentamente para que o mundo alcance emissões líquidas zero até 2050. No entanto, o relatório prevê como o mundo ainda pode se mover em direção a um caminho que teria uma boa chance de limitar o aquecimento global a 1,5° C, mas não vê nenhum papel importante para a energia nuclear. Em seu Prefácio ao relatório de 386 páginas, o Diretor Executivo da agência, Fatih Birol, disse que o WEO estava sendo publicado mais cedo por causa da reunião da Conferência sobre Mudanças Climáticas COP26, daqui a alguns dias, em Glasgow, na Escócia: “A edição deste ano do WEO foi concebida, excepcionalmente, como um guia para a COP26. Ele explica claramente o que está em jogo – o que as promessas de redução das emissões feitas pelos governos até agora significam para o setor de energia e o clima. E deixa claro o que mais precisa ser feito para ir além dessas promessas anunciadas em direção a um caminho que teria uma boa chance de limitar o aquecimento global a 1,5 ° C e evitar os piores efeitos das mudanças climáticas”, afirmou. (Petronotícias – 17.10.2021)

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Energias Renováveis

1 Caminhos da energia solar: aumento da produção e queda do preço viabilizam mercado brasileiro

Um fator essencial para esse crescimento é a queda dos custos. Se, no começo, a energia solar era considerada uma alternativa cara, hoje esse conceito está superado. O preço médio nos leilões de energia no mercado regulado brasileiro caiu a um quarto no período entre 2013 e 2021, de US$ 103 para US$ 25,87 por megawatt-hora (MWh). Desde 2019, a energia solar se tornou a fonte mais competitiva dos leilões de energia realizados no País. Considerando-se a crescente demanda por fontes sustentáveis de energia, em sintonia com as metas corporativas de redução das emissões de carbono e os princípios ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), o cenário aponta para uma grande expansão da energia solar no Brasil ao longo da década que está começando. (O Estado de São Paulo – 15.10.2021)

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2 Complexo Parque do Sabiá será alimentado por energia de usina solar em Uberlândia

O completo do Parque do Sabiá passará a ser alimentado por um sistema sustentável de energia. A estrutura foi inaugurada nesta sexta-feira (15) e promete alimentar o parque de lazer, o estádio e a Arena Sabiazinho. O investimento do Município foi de R$ 894 mil que em até, no máximo, 3 anos de geração de energia da usina estará pago e, posteriormente, serão aproximadamente R$ 300 mil economizados por ano. Com 628 placas, a usina fotovoltaica está localizada ao lado do Parque Aquático e vai tornar o Parque do Sabiá um dos primeiros complexos esportivos do Brasil a ser completamente abastecido com energia solar, segundo a Prefeitura. (G1 – 15.10.2021)

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3 Eólicas localizadas em Pernambuco e RN iniciam operação em teste

A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou para início da operação em teste, a partir de 15 de outubro, a unidade geradora UG8, de 5,5 MW, da EOL Tacaicó II. Localizada no Município de Tacaratu, no estado de Pernambuco. E também as unidades geradoras UG2, de 4,2 MW, da EOL Vila Espírito Santo III e UG4, de 4,2 MW, da EOL Vila Espírito Santo V, ambas localizadas no estado do Rio Grande do Norte. Para operação comercial, a agência reguladora liberou as UG1 a UG7, de 3,45MW cada, da UTE Auto Geração Azulão. Localizada no Município de Silves, no estado do Amazonas. As unidades UG8 e UG9, de 3,33 MW cada, da UFV Solar Salgueiro III. Localizada no Município de Terra Nova, no estado de Pernambuco. Além das UG1 a UG252, de 0,166 MW cada, da UFV Pereira Barreto I, as unidades UG1 a UG252, de 0,166 MW cada, da UFV Pereira Barreto II, as unidades UG1 a UG252, de 0,166 MW cada, da UFV Pereira Barreto III e por fim, as unidades UG1 a UG252, de 0,166 MW cada, da UFV Pereira Barreto IV. Os empreendimentos estão localizados no Município de Pereira Barreto, no estado de São Paulo. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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4 Chesf realiza operação em parques eólicos de Casa Nova

A Chesf concluiu, no início do mês de outubro, uma operação nos parques eólicos de Casa Nova: a substituição de dois geradores do Parque A por dois retirados do Parque B, ambos no estado na Bahia. A companhia informou que a troca se deu por conta de defeitos irreversíveis em dois geradores de Casa Nova A, detectados pouco antes do início da retomada das obras. O processo, que levou ao todo seis meses, consistiu em desmontar os geradores danificados no Parque A, retirar dois geradores do Parque B, levá-los ao primeiro parque; remontar as “estrelas” (peça composta pela nacele e as pás), refazer as conexões internas e iniciar os testes de comissionamento. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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5 Equipamentos para geração de energia solar ficam mais caros com crise energética na China

Os preços de equipamentos para geração de energia solar dispararam com o agravamento da crise energética na China, principal fornecedora mundial da indústria fotovoltaica. Segundo fabricantes e distribuidoras de equipamentos, os preços dos painéis, que já estavam pressionados, tiveram nova escalada com paralisações pontuais em fábricas de silício, componente que chega a representar até 60% do custo do módulo. Fornecedores não trabalham com a possibilidade de falta de produtos, mas dizem ver um cenário turbulento para os preços até junho de 2022, pelo menos. (Valor Econômico – 15.10.2021)

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6 Nordex recebe pedidos de 1.829 MW no 3º trimestre

No terceiro trimestre de 2021, o Grupo Nordex recebeu pedidos de 389 aerogeradores com potência total de 1.829 MW, mais que os 271 aerogeradores com 1.229 MW no terceiro trimestre do ano passado. As turbinas da série Delta 4000 responderam por 1.391 MW ou 76% desses pedidos. No mesmo trimestre do ao passado, percentual era de 86%. No geral, o Grupo Nordex gerou entrada de pedidos de 4.610 MW nos primeiros nove meses, acima dos 3.759 MW, o que inclui uma alta proporção de cerca de 80% para a série Delta 4000. Segundo a fabricante de aerogeradores, o maior pedido individual no terceiro trimestre veio da Austrália, com o projeto MacIntyre, de 162 turbinas N163 / 5.X e potência nominal de 923 MW. Além disso, a Nordex recebeu pedidos de outros onze países europeus. Os maiores mercados individuais foram Alemanha, França, Ucrânia, Irlanda e Polônia. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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Gás e Termelétricas

1 Gás Energy: transição energética forçada leva a aumento de custos

Segundo os especialistas, a transição energética que o gás pode viabilizar traz um problema quando a contratação é feita por meio da imposição de uma lei como ocorre com a determinação do leilão de capacidade. Segundo o CEO da Gás Energy, Rivaldo Moreira Neto, o caminho deveria ser da diversificação de fontes e sua capacidade para que a transição aconteça e os custos não saiam do controle. “Da forma que estamos o caminho escolhido aponta para o aumento da tarifa, a conta de energia fica mais cara”, afirmou. O executivo disse que colocar uma Medida Provisória ou lei para forçar uma transição energética acabam somente forçando uma tarifa adicional ao consumidor final. Ele afirmou que para que a matriz elétrica seja diversificada e alcance a descarbonização é necessário um custo que a sociedade possa pagar. Sendo assim, é necessário abrir os mecanismos de contratação e novas possibilidades de planejamento. Neto acrescentou ainda que o ideal seria o de aumentar o preço médio para evitar picos de preços de energia. “A transição a mão de ferro não acontecerá por conta dos custos”, avaliou. Da mesma forma que a imposição na contratação de capacidade por meio de térmicas a gás para a transição estão as regras colocadas para usinas dessa natureza na lei que permitiu a privatização da Eletrobras. Neto destaca que o mercado não aconteceu por falta de transporte, que é o básico no país. Ele lembrou que o número de gasodutos no país é limitado e mesmo assim está ociosa a capacidade de transporte. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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2 Alvarez & Marsal: Brasil precisa rever a questão do gás

Um dos destaques que mostram que o Brasil ainda precisa rever a questão do gás é que a escolha econômica para o insumo tem se dado pela reinjeção nos poços de petróleo. Esse é o ponto ressaltado pelo sócio líder da Alvarez & Marsal, Marcos Ganut. Ele lembrou que essa ação representa uma grande perda de oportunidade para melhor utilizar o combustível que é o escolhido para a transição de uma matriz com emissões para uma com menor nível gases de efeito estufa. E em sua análise o Brasil está em uma das posições mais privilegiadas em todo o mundo. “Estamos entre os mais bem posicionados, temos o gás do pré-sal com eólica e solar, bem como as demais fontes ainda inexploradas como a eólica offshore que pode estar viável daqui a uma década. O problema está em não olhar pelo lado da competição entre as fontes e sim focar como uma medida de segurança”, acrescentou. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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3 Abertura do mercado e o biogás são oportunidade para o setor

Bernardo Sicsú, diretor de Energia e Gás Natural da Abraceel avalia que a questão do modelo regulatório deve ser sim revista para que as ações relacionadas à transição energética tenham espaço. Entre elas a abertura do mercado. Lembrou que esses projetos estão há muito tempo no Congresso Nacional apesar dos recentes avanços. O presidente da Abiogás, Alessandro Gardeman, lembrou por sua vez que o próprio biogás é uma oportunidade para o setor, uma vez que a falta de política leva ao desperdício de cerca de 100 MM m3/dia desse insumo. Esse é o volume estimado do potencial diário no país, o chamado ‘pré-sal caipira’, por conta de sua origem nas fazendas do interior do país. “É como se tivéssemos um poço vazando diariamente”, comparou. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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4 Executivos defendem espaço das térmicas na transição

De fonte fóssil ou renovável, as termelétricas terão lugar no movimento em direção a uma matriz descarbonizada nas próximas décadas, na avaliação de executivos que participaram de debate sobre o papel da termeletricidade na transição energética. Todos reforçaram, no Enase, que essas usinas representarão segurança e confiabilidade para o sistema, considerando a variabilidade de usinas eólicas e solares e a necessidade de garantir a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas. A discussão sobre a neutralização das emissões não está limitada ao setor elétrico, alertou a diretora do Centro de Estudos em Infraestrutura da FGV, Joisa Dutra. No mundo da termeletricidade, a defesa da descarbonização é vista, porém, como uma pauta estranha à realidade brasileira, dado o histórico da matriz predominantemente renovável no país. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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5 ABCM: descarbonizar não significa acabar com a fonte fóssil

Dirigentes de entidades empresariais que participaram do debate sobre o papel da termeletricidade na transição energética no Enase consideram que no contexto de mudanças os fósseis terão uma participação relevante nas próximas décadas, porque são importantes no processo de urbanização. “O fato de descarbonizar não significa acabar com a fonte fóssil. É uma das formas, não é a única. Uma fonte fóssil pode reduzir suas emissões através da captura de CO2”, destacou o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, Fernando Zancan. Ele observou que as tecnologias para que isso já são conhecidas e haverá uma curva de aprendizado, como foi feito com as renováveis. O executivo vê uma pressão internacional para eliminar o carvão da matriz, mas lembrou que com a crise energética atual na China aumentou em sete vezes o investimento nesse tipo de usina. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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6 Abraget: matriz ideal precisa ser determinada

Edmundo Pochman, consultor da Associação Brasileira dos Geradores Termelétricos, disse que é preciso determinar, em nível mundial, qual é o máximo de renováveis que é possível incluir na matriz, sem que isso cause maiores problemas. No caso brasileiro, que tem um sistema interligado, é preciso garantir potência, adequacidade, segurança, reserva controlável e resiliência, na avaliação do especialista. “São fatores preponderantes e fundamentais.” Para o representante da Abraget, “as fontes variáveis não podem continuar proliferando ao bel prazer”, e a matriz ideal precisa ser determinada. Ela tem que ter geração de suporte e também precisa manter os reservatórios cheios, utilizando térmicas de todas as fontes disponíveis. “Desde 2012 temos esses sustos de problemas de água”, lembrou o executivo, que defende uma combinação ótima das fontes renováveis. Em relação ao gás pós abertura de mercado, ele acredita que a tendência é o preço cair à medida em que novos players entrarem. Para isso, precisa haver sinalização no planejamento, com uma política de governo para desenvolver a infraestrutura. “Precisa levar gás para o interior, construir novos gasodutos. Não sei se a forma dessa MP (Medida Provisória 1055, que recebeu emenda propondo incluir o custo dos gasodutos na tarifa de transmissão) é a mais correta”. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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7 ABDAN: descarbonização é uma oportunidade para ampliar a energia nuclear

O segmento de energia nuclear vê a pressão pela descarbonização da economia como uma oportunidade para ampliar a inserção da fonte. O presidente da Associação Brasileira Para Desenvolvimento de Atividades Nucleares, Celso Cunha, argumentou que a fonte tem pegada de carbono compacta, é estável, pode ser alocada próxima do centro de carga e requer pequenas áreas, além de ter um grande arrasto tecnológico para outros usos. A mais recente novidade do setor é a tecnologia dos small reactors, pequenos reatores modulares utilizados em países como Canadá, França e também Inglaterra, que tem trabalhado na produção em série desses equipamentos. Esse tipo de reator pode reduzir pela metade o tempo de implantação de centrais nucleares, que levam em média dez anos para serem construídas. Atributos como maior flexibilidade e menor risco podem ser uma vantagem para essas usinas, na avaliação de Cunha. O próprio sitio de Angra comportaria um small reactor no futuro, uma Angra 4, que permitiria injetar mais potência diretamente no centro de consumo. Para o executivo da Abdan, o que emperra o crescimento da fonte no Brasil é o monopólio, que impede a participação de investidores privados na operação de usinas nucleares. (CanalEnergia – 15.10.2021)

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Economia Brasileira

1 CNI lista prioridades do setor privado brasileiro para o G20

Representantes do setor empresarial do G20, incluindo a CNI, entregaram para a cúpula de líderes de governo e chefes de Estado dos países membros um documento que pede prioridade em temas como promoção do livre comércio, interrupção do protecionismo e aumento em investimentos em infraestrutura sustentável. Os líderes das maiores economias desenvolvidas e emergentes vão se reunir no fim do mês em Roma. E o braço empresarial do grupo, o chamado B20, fez uma série de reuniões ao longo do ano para discutir como o setor privado pode se preparar para eventuais futuras crises sanitárias e desastres ambientais, e como apoiar na recuperação econômica sustentável. Das 32 recomendações enviadas aos líderes do G20, a CNI destacou pontos como o fortalecimento da capacidade de resposta do comércio internacional a interrupções futuras, construção de sistemas de saúde resilientes e sustentáveis e governança sustentável nos negócios. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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2 Santander: Alta da renda em 2022 não compensa perdas deste ano

A massa salarial brasileira ampliada - que inclui salários, benefícios previdenciários e transferências regulares, como o Bolsa Família, e emergenciais, a exemplo do auxílio na pandemia - deve crescer 3,4% em 2022, após cair 5,7% neste ano, contribuindo para uma expansão de 1,1% no consumo das famílias e ajudando o PIB do país a ficar em torno de 1,5% no ano que vem. Esse é o cenário-base do Santander, mas o banco reconhece que o horizonte é cercado de incertezas e, dependendo de até onde forem a inflação e os juros em 2022, essa massa de renda pode crescer mais ou menos. Diversos cenários foram traçados pelos economistas Gabriel Couto e Ítalo Franca em relatório do Santander. A escalada da inflação levou os economistas a revisar o crescimento da massa real em 2020 de 2,2%, ante 2019, em relatório de abril para 3,7% agora. O impulso vem dos R$ 293 bilhões (mais de 8% do PIB) do auxílio emergencial - sem isso, haveria queda de 7,9 na massa ampliada. Em 2021, mesmo considerando transferências de renda de 90 bilhões de reais (1% do PIB), é esperada queda de 5,7% nos rendimentos totais. A situação é a inversa de 2020: sem considerar as transferências, poderia haver avanço de 3,3%, devido à melhora gradual e relativa no mercado de trabalho, mas, com estímulo fiscal menor, o resultado final fica negativo. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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3 A situação difícil do mercado de trabalho

O emprego tem mostrado uma recuperação significativa nos últimos meses, mas a situação no mercado de trabalho segue difícil. Apesar da maior criação de postos de trabalho, a desocupação continua muito elevada, a taxa de subutilização da força de trabalho permanece nas alturas e as perspectivas para a economia no ano que vem não são animadoras, dado o cenário formado por juros em alta, incertezas fiscais e políticas e o risco imposto pela crise hídrica. Para completar, as pressões inflacionárias se mostram resistentes, corroendo a renda dos trabalhadores, e o nível de endividamento das famílias está em nível recorde. Na visão do economista Bruno Ottoni, o emprego de fato reage, mas o quadro geral do mercado de trabalho ainda é ruim. Em texto para o Blog do FGV Ibre, Ottoni diz que tanto os dados do Caged quanto da Pnad Contínua sugerem realmente uma retomada expressiva do emprego. Pesquisador do FGV Ibre e da consultoria IDados, ele ressalva, contudo, que, “diante da grande perda de emprego causada pela pandemia, a forte geração de postos de trabalho de 2021 se mostra até pequena”. Além disso, muita gente ainda precisa voltar à força de trabalho, diz o pesquisador Ottoni. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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4 PEC dos precatórios abre espaço para venda controversa de dívida ativa

O relatório da PEC dos Precatórios atende a uma demanda antiga dos Estados e inclui dispositivo com regras para tentar dar segurança jurídica às operações de securitização (venda) de dívida ativa. Esse tipo de operação costuma ser visto como opção para Estados e municípios, e também para a União, anteciparem recursos. Ela consiste na venda ao mercado, com deságio, de créditos (relativos a tributos não pagos) que eles têm a receber e que podem demorar anos para entrar nos cofres. A medida historicamente tem focos de resistências na área econômica do governo federal, por ser vista como uma antecipação de receitas, o que poderia prejudicar futuras administrações. Mas não há um movimento fortemente contrário a ela porque o foco do Ministério da Economia hoje é aprovar a PEC para postergar a maior parte das dívidas de decisões judiciais e abrir espaço no teto de gastos para o sucesso do Bolsa Família. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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5 Focus: Mercado projeta expansão menor do PIB em 2021 e 2022

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 saiu de 5,04% para 5,01% no Relatório Focus, do BC, divulgado nesta segunda-feira com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2022, o ponto-médio das expectativas para a expansão do PIB foi reduzido de 1,54% para 1,50%. Já mediana das projeções dos economistas do mercado para o IPCA em 2021 subiu de 8,59% para 8,69%. Para 2022, também houve ligeiro aumento, de 4,17% para 4,18%. Para a Selic, o ponto-médio das expectativas manteve-se em 8,25% no fim de 2021 e permaneceu em 8,75% para 2022. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No caso do câmbio, a mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi mantida em R$ 5,25. Para 2022, o ponto-médio das projeções também ficou parado em R$ 5,25 entre uma semana e outra. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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6 FGV: IPC-S tem alta de 1,29% na segunda medição de outubro

O IPC-S subiu 1,29% na segunda quadrissemana de outubro e acumula elevação de 10,29% nos últimos 12 meses, informou a FGV. O resultado mostra desaceleração ante o aumento de 1,43% do indicador na primeira leitura do mês. De acordo com a FGV, das oito classes de despesa que compõem o índice, a maior contribuição para o resultado partiu da Habitação, cuja taxa de variação passou de 2,03% na primeira quadrissemana de outubro para 1,34% na segunda quadrissemana. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade, cujo preço variou 3,93% ante 6,35% na edição anterior do IPC-S. (Valor Econômico – 18.10.2021)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 15 sendo negociado a R$ 5,4526 com variação de -0,76% em relação ao início do dia. Hoje (18), começou sendo negociado a R$ 5,4759, com variação de +0,43% em relação ao fechamento do dia útil anterior. Às 11h13 de hoje, estava sendo negociado pelo valor de R$ 5,5319, variando +1,02% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 15.10.2021 e 18.10.2021)


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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Bruno Gonçalves, Cristina Rosa, Hevelyn Braga, José Vinícius S. Freitas, Luana Oliveira, Monique Coimbra e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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