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IFE: nº 5.502 - 06 de junho de 2022
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Área técnica da Aneel sugere redução de indenizações devidas às transmissoras de energia
2 Conta Bandeira repassará R$ 275,6 mi para distribuidoras
3 Em cerimônia de posse, diretores da Aneel tratam das transformações no setor
4 Até dezembro, três postos na Diretoria da Aneel ganharão novos ocupantes

Transição Energética
1 EDP muda identidade visual e promete acelerar estratégia de descarbonização até 2030
2 Canadá não pode atingir as metas climáticas de carbono zero sem operações de energia renovável responsáveis e sustentáveis

3 Reino Unido: Governo investe mais de £31 mil para ajudar a indústria a reduzir emissões e custos de energia
4 Inovadores procuram resolver o desafio de armazenamento de energia de longa duração do Reino Unido
5 Masdar e Azerbaijão planejam unidade de energia limpa de 4 GW
6 Medidores inteligentes e redes inteligentes são fundamentais no plano de energia limpa da SDG&E

Empresas
1 Eletrobras: Justiça suspende assembleia de debenturistas de Furnas e pode afetar privatização
2 Wilson Ferreira Jr.: ‘Com a privatização, a Eletrobras deve triplicar o investimento’
3 Wilson Ferreira Jr./Vibra Energia: ‘Brasil tem a matriz de energia mais limpa do mundo”
4 Shell Brasil anuncia mudança de Presidência
5 Eaton anuncia Gustavo Schmidt como vice-presidente do setor elétrico na América Latina

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Carga de energia no SIN deve crescer 0,3% em junho para 66.988 MW médios
2 Custo Marginal da Operação aumenta 46,5% em todos os submercados para R$ 57,89/MWh
3 Projeção indica afluências estáveis em todos os subsistemas em junho

Mobilidade Elétrica
1 BYD negocia fábrica na Bahia para fabricar seus VEs
2 Transporte eletrificado enfrenta falta de marco legal e infraestrutura
3 GM: Planos para o segmento de VEs direcionados a frotas comerciais

Inovação
1 White Martins: Fornecimento de hidrogênio para modelo da Toyota
2 Marcopolo: Ônibus a hidrogênio é vendido no exterior
3 Petrobras diz ter concluído primeiro teste de produção do bioQAV com resultados 'promissores'

Energias Renováveis
1 Franquias aderem à Geração Distribuída para reduzir custos com tarifa de energia
2 Spic: Controle de usinas fotovoltaicas da Canadian Solar
3 Brookfield: Lançamento de fintech voltada para projetos de geração solar
4 Acciona: Aquisição de startup de energia eólica offshore

Gás e Termelétricas
1 MME aprova projeto prioritário de termelétrica da Suzano Papel e Celulose


 

 

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Área técnica da Aneel sugere redução de indenizações devidas às transmissoras de energia

A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs a redução nos valores de indenizações devido às transmissoras de energia. Em nota técnica, a Superintendência de Gestão Tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sugere à diretoria colegiada que acate, parcialmente, pedidos de associações que questionam as metodologias empregadas no cálculo financeiro das dívidas da chamada Rede Básica Sistema Existente (RBSE). Os técnicos apontam que, em valores de julho de 2020, a correção levaria a uma redução do saldo devedor na ordem de R$ 2 bilhões. A sugestão é que o encontro de contas seja feito apenas no segundo semestre de 2023, para atender ao ciclo de revisão da Receita Anual Permitida (RAP), pela qual essas empresas são remuneradas. (BroadCast Energia – 02.06.2022)

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2 Conta Bandeira repassará R$ 275,6 mi para distribuidoras

A Superintendência de Gestão Tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica fixou os valores da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias (Conta Bandeiras), para fins da Liquidação das operações do mercado de curto prazo junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, referente à contabilização de abril de 2022. De acordo com Despacho Nº 1.452, publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 01 de junho, os valores a serem repassados à Conta Bandeiras, pelas concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica devedoras, até 02 de junho de 2022, tem o total de R$ 196.346.637,08. Já os valores a serem repassados às concessionárias de distribuição de energia elétrica credoras, pela Conta Bandeiras, até 06 de junho de 2022, tem o total de R$ 275.667.791,28, nas contas correntes vinculadas à liquidação das operações do mercado de curto prazo das distribuidoras. A publicação destaca ainda que as concessionárias inadimplentes e credoras nesta liquidação terão seus créditos retidos para abatimento dos débitos de competências anteriores, atualizados nos termos do Submódulo 6.8 dos Procedimentos de Regulação Tarifária – Proret. (CanalEnergia – 03.06.2022)

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3 Em cerimônia de posse, diretores da Aneel tratam das transformações no setor

Nas duas primeiras fileiras do Auditório da Agência Nacional de Energia Elétrica, em Brasília, os pequenos Alice, de 3 anos, Isadora, de 6 anos, e Bernardo, de 7 anos, personificaram o olhar para o futuro durante a cerimônia de posse dos diretores Hélvio Neves Guerra e Ricardo Lavorato Tili, promovida pela Agência nesta quinta-feira (2/6). Netos de Guerra, as crianças foram citadas pelo avô como exemplos do consumidor dos novos tempos, o “protagonista do setor elétrico” segundo o diretor, para o qual a Agência deve trabalhar visando a uma regulação equilibrada e harmônica. A superação de decisões difíceis em um setor em reconfiguração e a busca da felicidade no cumprimento do interesse público permearam os pronunciamentos dos dois homenageados e também os da diretora-geral substituta da Aneel, Camila Bomfim, e do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, perante o auditório lotado. Em sua fala de boas-vindas aos colegas de Diretoria, Camila Bomfim animou Guerra e Tili sobre as mudanças em curso no fornecimento de energia elétrica. Representado na cerimônia pelo secretário executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia (MME), José Roberto Bueno Júnior, o ministro Adolfo Sachsida enviou um vídeo parabenizando os novos diretores da Aneel e desejando sucesso. De acordo com Sachsida, os dois encontrarão um panorama com muitas oportunidades de transformação. Ricardo Tili abordou em seu discurso a trajetória construída no setor e relatou sua paixão pelas questões relacionadas ao fornecimento de energia, essencial para todos os brasileiros. Diretor da Aneel desde novembro de 2020, reconduzido ao cargo, Hélvio Guerra enfocou em seu pronunciamento os valores fundamentais da Agência, dando destaque ao equilíbrio, que considera o eixo da atuação da autarquia. Na ocasião, Guerra renovou o compromisso de trabalhar para que a Agência cumpra a missão de atuar para o equilíbrio dos agentes e em benefício da sociedade. (Aneel – 02.06.2022)

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4 Até dezembro, três postos na Diretoria da Aneel ganharão novos ocupantes

Além de Guerra e Tili, outros três diretores foram nomeados pelo presidente da República, em abril de 2022, e serão empossados este ano na Aneel. Sandoval Feitosa foi nomeado para exercer o cargo de diretor-geral da Agência, com mandato a partir de 14 de agosto de 2022 até 13 de agosto de 2027, na vaga decorrente do término do mandato de André Pepitone – e hoje ocupado pela diretora-geral substituta Camila Bomfim. A partir de 14 de agosto de 2022, Fernando Luiz Mosna exercerá o cargo de diretor da Aneel, com mandato até 13 de agosto de 2026, na vaga decorrente do término do mandato de Efrain Pereira da Cruz. Agnes da Costa inicia como diretora da Aneel, na vaga decorrente do término do mandato de Elisa Bastos Silva, a partir de 3 de dezembro de 2022 e seu mandato segue até 2 de dezembro de 2028. (Aneel – 02.06.2022)

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Transição Energética

1 EDP muda identidade visual e promete acelerar estratégia de descarbonização até 2030

O grupo português EDP pretende se acelerar o plano de descarbonização de seus negócios até 2030, e estima que a empresa conseguirá retirar o carvão de suas atividades de geração até 2025. Em linha com essa estratégia, a empresa lançou hoje sua nova identidade visual global, que tem o objetivo de refletir uma maior integração de suas atividades. "Temos que ser mais do que a soma das partes e trabalhar numa cultura global para liderar a transição energética e criar valor sustentável a todos", disse o presidente global da EDP, Miguel Stilwell, durante evento realizado na manhã de hoje para apresentar a nova marca. O executivo disse também que a mudança na identidade da EDP tem como objetivo refletir o que a empresa é como uma equipe, e o objetivo que o grupo tem de liderar a transição energética global. O grupo já alcançou mais de 50% da meta de capacidade de geração renovável com a qual a empresa se comprometeu a ter até 2025, e que a construção de projetos eólicos nos Estados Unidos, Escócia e Coreia do Sul contribuem para alcançar esse objetivo. Além disso, ele mencionou o avanço da empresa no segmento de geração solar fotovoltaica no Brasil e no mercado norte-americano. Além de destacar a estratégia de crescimento da empresa em geração solar no Brasil, o presidente do conselho de administração da EDP, Miguel Setas, disse que no País o grupo pretende continuar investindo em transmissão e distribuição, e mencionou a integração da Celg-T, atual EDP Goiás. (BroadCast Energia – 02.06.2022)

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2 Canadá não pode atingir as metas climáticas de carbono zero sem operações de energia renovável responsáveis e sustentáveis

Quase 150 líderes de operações de energia renovável de todo o Canadá se reuniu na Cúpula de Operações de 2022 da Associação Canadense de Energia Renovável, o maior evento de operações eólicas, solares e de armazenamento de energia do país. Esta foi a primeira vez desde o início da pandemia de COVID-19 que o CanREA Operations Summit foi realizado presencialmente. A equipe de operações experiente que lidera a inovação, fabricação, construção, instalação e desempenho no local de tecnologias de energia renovável é essencial para a transição energética do Canadá. A Visão 2050 da CanREA é uma estrutura ambiciosa, mas necessária na luta contra as mudanças climáticas. Durante o painel de discussão de abertura da conferência, proprietários de projetos em escala comercial e fornecedores de equipamentos e serviços discutiram como a indústria pode realizar essa Visão. (EE Online – 06.06.2022)

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3 Reino Unido: Governo investe mais de £31 mil para ajudar a indústria a reduzir emissões e custos de energia

Novo financiamento de mais de £ 31 milhões em novos fundos governamentais apoiará as indústrias britânicas a reduzir sua dependência de combustíveis fósseis e a reduzir o uso de combustíveis fósseis ajudará a indústria a reduzir tanto as emissões quanto os custos de energia. Ainda, o financiamento também apoiará o desenvolvimento de tecnologias inovadoras de captura de carbono e energia verde no Reino Unido, apoiando empregos verdes e incentivando o investimento. O financiamento de hoje baseia-se no apoio anterior do governo para ajudar a indústria a se tornar mais verde, como o Programa de Inovação Energética BEIS de £ 505 milhões, que incluiu £ 100 milhões para descarbonização industrial e CCUS, bem como o Fundo de Transformação de Energia Industrial de £ 315 milhões, que apoia o desenvolvimento de tecnologias para ajudar a indústria com alto uso de energia a fazer a transição para um futuro de baixo carbono. Juntamente com os planos do governo para aumentar a independência energética a longo prazo do Reino Unido, este investimento ajudará a indústria na mudança para uma economia de baixo carbono. (EE Online – 03.06.2022)

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4 Inovadores procuram resolver o desafio de armazenamento de energia de longa duração do Reino Unido

O Reino Unido tornou-se um líder global indiscutível em implantações de armazenamento de energia, impulsionado nos últimos seis anos pelo crescente caso de negócios para baterias na rede. Conforme observado em um artigo recente na revista trimestral PV Tech Power (Vol.31), as baterias desempenham vários papéis-chave diferentes para ajudar a equilibrar a rede, desde a resposta de frequência até o mecanismo de balanceamento e o mercado de capacidade. No entanto, as aplicações que eles executam são em grande parte pesadas em energia, não em energia fornecida. “O armazenamento de longa duração é um dos últimos desafios não resolvidos da transição energética”, disse Matt Allen, CEO e cofundador do Pivot Power, participante do Programa de Demonstração de Armazenamento de Energia de Longer Duração, à Current± em um do blog me maio. “Embora já tenhamos grande parte da tecnologia para armazenar energia renovável por curtos períodos de tempo, armazená-la em intervalos mensais e até anuais desempenhará um papel fundamental na criação de sistemas de energia fortes, seguros e sustentáveis”. (Energy Storage News – 06.06.2022)

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5 Masdar e Azerbaijão planejam unidade de energia limpa de 4 GW

A Masdar assinou acordos de implementação com o Ministério da Energia do Azerbaijão para desenvolver projetos de energia renovável no país com uma capacidade combinada confirmada de 4 GW, incluindo energia eólica offshore integrada com hidrogênio verde. Os acordos de implementação foram assinados pelo Ministro da Energia Parviz Shahbazov e Fawaz Al Muharrami, diretor executivo interino da Masdar Clean Energy em um evento em Shusha, realizado como uma sessão especial da Baku Energy Week. O presidente da Masdar, Sultan Ahmed Al Jaber, disse: “ Esses projetos de energia limpa também demonstram as valiosas oportunidades econômicas da transição energética e contribuirão para a diversificação energética e a segurança energética do Azerbaijão.” (Renews.Biz – 06.06.2022)

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6 Medidores inteligentes e redes inteligentes são fundamentais no plano de energia limpa da SDG&E

A San Diego Gas & Electric (SDG&E) apresentou um plano de US$ 3 bilhões para os anos de 2024-2027 em direção ao seu contínuo esforço de energia limpa. O plano, que deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024, está focado na construção de resiliência nas redes de eletricidade e gás da empresa e visa o cumprimento da meta da Califórnia de alcançar a neutralidade de carbono até 2045. Entre os principais investimentos detalhados está a implementação da próxima geração de medidores inteligentes para dar aos clientes mais controle, acesso e insights sobre seu uso de energia. A modernização da rede está planejada com tecnologias de ponta para permitir a integração de geração de energia renovável significativamente maior, armazenamento de energia e carregamento de veículos elétricos (VE), enquanto a automação da rede e ferramentas de sensoriamento remoto e a substituição de equipamentos envelhecidos ou propensos a falhas se destinam a cortar o risco de falta de energia. (Smart Energy – 06.06.2022)

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Empresas

1 Eletrobras: Justiça suspende assembleia de debenturistas de Furnas e pode afetar privatização

A assembleia de debenturistas de Furnas prevista para hoje, 6, foi suspensa por uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A juíza do plantão judicial, Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, concedeu neste domingo, 5, uma tutela provisória de urgência atendendo a um pedido da Associação dos Empregados de Furnas (Asef), em ação que apontava uma série de supostas irregularidades cometidas pela companhia. Entre elas, estariam a quebra de contrato de debêntures e a violação de regras sobre prazos. A juíza acolheu o argumento da ação movida pela Asef de que houve "violação do dever de informação aos debenturistas convocados quanto à deliberação de 'waiver' prévio para permitir o aumento do capital na subsidiária Madeira Energia S.A.". A decisão menciona o direito de exercício de voto pelo debenturista e que o aporte "de R$ 681.446.626,81, sem aprovação da Assembleia Geral de Debenturistas" poderia "vir a caracterizar o rompimento do contrato de debêntures". A disputa judicial pode afetar a oferta pública de ações da Eletrobras, que tem como objetivo a privatização da estatal. Na decisão do judiciário, a magistrada determina que a Assembleia de Debenturista de Furnas está suspensa "até que o Juiz Natural analise a regularidade dos vícios arguidos pelo parte autora para realização da segunda assembleia geral de debenturistas de Furnas". (O Estado de São Paulo – 05.06.2022)

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2 Wilson Ferreira Jr.: ‘Com a privatização, a Eletrobras deve triplicar o investimento’

Em entrevista ao Estadão, Wilson Ferreira Jr. fala sobre o destravamento da operação de desestatização da Eletrobras, marcada para 13 de junho, o modelo de capitalização e as perspectivas da empresa sob gestão privada. Segundo ele, com a privatização, a Eletrobras poderá mais do que triplicar o volume de investimentos, de R$ 4 bilhões para R$ 15 bilhões ao ano. Ferreira Jr comenta, também, o impacto da privatização nas tarifas de energia, as iniciativas de Bolsonaro para baixá-las e a possibilidade de os trabalhadores usarem parte do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na compra de ações da companhia. “Se tivesse FGTS, eu investiria”, afirma. “Hoje, a Eletrobras é negociada por 80% do valor patrimonial. Acredito que ela vai chegar muito rapidamente na média do mercado, de 150% do valor patrimonial, porque o investidor verá uma perspectiva de crescimento de uma empresa de energia renovável, como a Eletrobras, e vai se dispor a pagar um prêmio por isso.” Para conferir a entrevista na íntegra, acesse o link. (O Estado de São Paulo – 05.06.2022)

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3 Wilson Ferreira Jr./Vibra Energia: ‘Brasil tem a matriz de energia mais limpa do mundo”

O presidente da Vibra Energia, Wilson Ferreira Jr., ex-presidente da Eletrobras, assumiu o comando da empresa em março de 2021, dois anos depois da privatização da antiga BR Distribuidora. Neste período, concluiu o “choque de custos” na companhia, iniciado ainda antes da desestatização, e diversificou as suas atividades, na direção do que ele chama de “transição energética”, por meio de investimentos nas áreas de biocombustíveis e de energia solar e eólica. Em entrevista ao Estadão, Ferreira Jr. diz que o Brasil “tem a matriz de energia mais limpa do mundo” e que a demanda de combustíveis fósseis não vai diminuir da noite para o dia, mas de forma lenta e gradual. Ele mergulha também nas mudanças que está promovendo na gestão e na estratégia da Vibra. “Eu estou muito feliz”, afirma, ao comentar o desafio de atuar numa nova área, depois de mais de 40 anos dedicados ao setor de energia elétrica. “O que me fascina é que este é um setor muito competitivo. Tem que ter qualidade de produto e custo. No setor de energia, o mercado era regulado e os clientes compravam o que a gente vendia. O mercado estava garantido. Aqui, não. Você tem que ir atrás. Para mim, o legal é isso.” Para conferir a entrevista na íntegra, acesse o link. (O Estado de São Paulo – 05.06.2022)

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4 Shell Brasil anuncia mudança de Presidência

A Shell Brasil informou que Cristiano Pinto da Costa, Vice-presidente Executivo da companhia, assumirá a Presidência em 1º de agosto de 2022, depois de André Araujo decidir se aposentar após uma carreira de 38 anos, doze dos quais atuando como Presidente. André e Cristiano já iniciaram formalmente um processo de transição a ser concluído em 1º de agosto. Até lá, as atribuições e responsabilidades do cargo permanecem com André Araujo. (CanalEnergia – 03.06.2022)

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5 Eaton anuncia Gustavo Schmidt como vice-presidente do setor elétrico na América Latina

A Eaton, multinacional de gerenciamento inteligente de energia, nomeia Gustavo Schmidt para assumir o cargo de vice-presidente e gerente geral da América Latina para o setor Elétrico. Omar Zaire, que ocupava a posição, assume agora responsabilidades dos negócios para os Estados Unidos como vice-presidente e gerente geral da Divisão de Power Reliability (PRD) que consiste em LIPE, religadores e controles, capacitores e network protectors na Divisão Power Systems (PSD). De acordo com o comunicado, Schmidt passa a ser responsável por liderar os negócios das frentes de Power Distribution/Bussmann, Power Systems, Serviços de Engenharia Elétrica e CPDI (Critical Power and Digital Infrastructure) na América Latina. Ele também atuará como líder sênior no México e vai liderar a equipe corporativa focada no país. Já Zaire exercerá a liderança estratégica e executiva operacional da equipe PRD e ficará localizado na cidade de Waukesha, WI (EUA), atuando como membro de liderança sênior para os Estados Unidos. (CanalEnergia – 03.06.2022)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Carga de energia no SIN deve crescer 0,3% em junho para 66.988 MW médios

A carga de energia no SIN deve ficar em 66.988 MWm em junho, segundo dados do ONS, alta de 0,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. No Sudeste/Centro-Oeste a carga deve ficar em 38.340 MWm, alta de 0,3%, no Sul a estimativa é que alcance 11.685 MWm, crescimento de 0,4%. No Nordeste a projeção é que a demanda por energia seja de 11.685 MWm, aumento de 0,3% e no Norte que ela fique em 6.000 MWm, crescimento de 0,8%. (BroadCast Energia – 03.06.2022)

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2 Custo Marginal da Operação aumenta 46,5% em todos os submercados para R$ 57,89/MWh

O Custo Marginal de Operação (CMO) para a semana de 04 a 10 de junho aumentou 46,5% em todos os submercados, para R$ 57,89 Mwh. O CMO é o custo para produzir 1 MWh para atender ao Sistema Interligado Nacional (SIN). (BroadCast Energia – 03.06.2022)

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3 Projeção indica afluências estáveis em todos os subsistemas em junho

O ONS manteve suas projeções de afluências para os principais subsistemas do SIN no mês de junho. De acordo com o Operador, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por aproximadamente 70% da capacidade de armazenamento do SIN, a estimativa de afluências é de 67%. No Sul, o volume previsto à média histórica e deverá atingir 170%, no Nordeste deve ser de 63% da MLT e no Norte de 78%. Desta maneira, os reservatórios devem alcançar 98,8% no Norte, 91,2% no Nordeste, 90,9% no Sul e 65,3% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. (BroadCast Energia – 03.06.2022)

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Mobilidade Elétrica

1 BYD negocia fábrica na Bahia para fabricar seus VEs

A BYD está planejando adquirir uma parte da fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, para expandir a produção dos seus elétricos e gerar milhares de novos empregos. Embora já possua duas fábricas no Brasil, uma de painéis solares fotovoltaicos na Zona Franca de Manaus (AM) e outra de chassi de ônibus elétricos em Campinas (SP), a BYD agora busca a aquisição de pelo menos uma parte da antiga fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, onde poderia montar seus carros elétricos e híbridos de passeio. Na última semana, o governador da Bahia, Rui Costa, em visita ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento que a Ford manteve aberto na cidade do interior da Bahia, comentou que espera, em breve, poder desenvolver um grande anúncio de uma nova indústria de produção de carros elétricos na Bahia. Costa afirma que as tratativas estão muito avançadas com os investidores. Apesar de o governador do estado não ter aberto os nomes dos investidores, fontes locais garantem que se trata da BYD, que já conta com um contrato com o governo da Bahia, de R$ 1,5 bilhão, para construção e operação de uma rede de monotrilhos que circulará em Salvador e no município de Simões Filho, gerando centenas de novos empregos. De acordo com dados, o maior impasse na negociação com a fábrica da Ford está no fato de que a legislação que disponibiliza incentivos fiscais para as montadoras que se instalam no Nordeste ou no Centro-Oeste do Brasil. Desse modo, as conversas estariam envolvendo órgãos regionais de incentivo, como a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a Agência de Fomento do Estado da Bahia (DesenBahia), e até uma participação do Estado na oferta de benefícios subsídios tributários. (Click Petróleo e Gás – 05.06.2022)

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2 Transporte eletrificado enfrenta falta de marco legal e infraestrutura

A formação de uma melhor infraestrutura de recarga de baterias, a criação de um marco legal e de programas de fomento à eletromobilidade e a adoção de um conjunto de sistemas e tecnologias que facilitem a gestão de dados, entre outros temas, são alguns dos aspectos apontados em uma pesquisa com 16 grandes empresas para identificar desafios e oportunidades para o transporte elétrico de cargas. Realizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), e encomendado pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), o levantamento teve como objetivo mapear o cenário atual em diversas situações: da logística de entregas de mercadorias ao consumidor final até o deslocamento de longas distâncias para equipamentos e suprimentos. Marina Grossi, presidente do CEBDS, disse que o estudo identificou pontos essenciais para que a transformação da mobilidade avance, como novas leis e normas que favoreçam a utilização de veículos elétricos e a ampliação da infraestrutura de recarga, o que pode criar ambiente favorável para a realização de investimentos pelas empresas. Apesar de haver política insuficiente de incentivos, há um movimento do setor para eletrificação da frota, aponta o estudo. Em grandes capitais se pode ver a circulação de VUCs (veículos urbanos de carga) elétricos, geralmente utilizados na chamada última milha, que é o trajeto entre o centro de distribuição e o destino. Para o coordenador do portfólio de transporte do Instituto Clima e Sociedade, Marcel Martin, há grande espaço para desoneração fiscal a fim de incentivar a transformação e uso dos veículos elétricos. Já as empresas têm a oportunidade de descarbonizar e cumprir as métricas ESG por meio da substituição de frotas, sobretudo em meios urbanos. A pesquisa ouviu empresas de vários setores. O estudo é divulgado no momento em que os preços do óleo diesel no país e no mundo encontram-se em altos patamares, puxados pela desorganização do mercado global causado pela guerra na Ucrânia. O governo vem debatendo medidas que possam aliviar a pressão de preços sobre o transporte, como mudanças na política de preços da Petrobras, adoção de subsídios a caminhoneiros (ainda que temporários) ou mesmo o controle dos preços internos. (Valor Econômico – 02.06.2022)

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3 GM: Planos para o segmento de VEs direcionados a frotas comerciais

Após anunciar os cerca de 110.000 pedidos para a picape Chevrolet Silverado EV, a GM já adicionou quase a mesma quantidade de reservas de compradores de frotas, e as empresas estão agora passando da fase inicial de pesquisa, decidindo que realmente podem fazer a transição para elétricos. Assim, a mudança para VEs na GM está a todo vapor não só para seus veículos de passageiros, mas agora cada vez mais para veículos comerciais também. A GM venderá o Chevrolet Silverado EV e o GMC Sierra EV. Nos próximos cinco anos, além das duas picapes elétricas de meia tonelada, a GM também lançará um Equinox elétrico, bem como uma van elétrica de cargas com o emblema Chevrolet. A empresa também tem a BrightDrop, uma submarca criada em 2021 para oferecer soluções de transporte totalmente elétrico de última milha para frotas, cujas primeiras vans elétricas já foram reveladas. A GM quer investir US$ 35 bilhões até 2025 em veículos elétricos e autônomos. Os executivos da GM também acreditam que, uma vez que os veículos comerciais elétricos se tornem uma presença mais comum nas ruas norte-americanas, os compradores ficarão cada vez mais confiantes em migrar para os veículos elétricos, aumentando as taxas de adoção de VEs. (Inside EVs – 05.06.2022)

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Inovação

1 White Martins: Fornecimento de hidrogênio para modelo da Toyota

A White Martins fechou uma parceria com a Toyota do Brasil para o fornecimento de hidrogênio que será usado no Toyota Mirai – veículo movido à célula combustível da montadora japonesa. O modelo realizará diversas demonstrações em Sorocaba (SP) ao longo deste ano, que poderão ser acompanhadas por autoridades, jornalistas e outras entidades interessadas no projeto. “O hidrogênio faz parte da estratégia de negócios da White Martins. A Linde, controladora da White Martins, tem mais de 100 anos de experiência na produção de hidrogênio, além de ser pioneira no desenvolvimento de tecnologias para toda a cadeia. Acreditamos que o produto deverá desempenhar um papel fundamental na transição energética para uma economia de baixo carbono”, disse o presidente da White Martins, Gilney Bastos. No ano passado, a White Martins já havia celebrado Memorandos de Entendimento com o Complexo Portuário do Pecém e os governos do Ceará e Rio Grande do Sul, com o objetivo de realizar estudos de viabilidade para a possível construção de plantas de hidrogênio verde nesses locais. (Petronotícias – 02.06.2022)

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2 Marcopolo: Ônibus a hidrogênio é vendido no exterior

Diesel, gás, biodiesel, elétrico e agora a hidrogênio. A Marcopolo ampliou a gama de opções de propulsão dos ônibus que vende em todo o mundo. O movimento faz parte da estratégia de reforçar o papel do mercado externo nos negócios da multinacional brasileira. No primeiro trimestre, a empresa exportou 369 veículos montados no Brasil e produziu 371 ônibus nas oito fábricas instaladas em seis países, que somados representam 27,1% da produção no período. Em receita, exportação e produção no exterior somaram R$ 370,1 milhões, ou 38,6% do faturamento total entre janeiro e março. O modelo a hidrogênio não estará a curto prazo disponível no Brasil, que aliás ainda engatinha na transição energética da sua frota de ônibus. Inicialmente apenas a operação na Austrália terá os novos veículos, fruto de parceria com o grupo irlandês Wrightbus. O plano é começar a produzir os modelos movidos a hidrogênio em 2023 naquele país. Já os elétricos têm ganhado mais espaço nas linhas de produção puxados pelos vizinhos da América Latina, como Chile e Colômbia, e também a Austrália. (Valor Econômico – 02.06.2022)

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3 Petrobras diz ter concluído primeiro teste de produção do bioQAV com resultados 'promissores'

A Petrobras informou hoje ter concluído com sucesso o primeiro teste de produção de querosene de aviação com conteúdo renovável do país. O teste aconteceu na Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, e os resultados foram considerados "promissores" pelos técnicos da empresa. Por ter alto valor agregado e gerar menos emissões de gases do efeito estufa, o bioQAV é uma das principais apostas da companhia à frente, aos chamados combustíveis de última geração. Outro produto na mira do programa BioRefino é o diesel renovável. O BioRefino é uma das frentes de descarbonização prevista no plano estratégico da Petrobras para os anos entre 2022 e 2026. O bioQAV é produzido por meio do processamento conjunto do querosene de origem fóssil e de óleo vegetal. O diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras disse esperar que até 2027 a empresa tenha uma unidade dedicada de bioQAV para atender o mercado. Em pouco mais de quatro anos, ele disse que o combustível deve ser uma realidade em termos de eficiência e escala. (BroadCast Energia – 03.06.2022)

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Energias Renováveis

1 Franquias aderem à Geração Distribuída para reduzir custos com tarifa de energia

A escalada no preço da energia, que nos últimos sete anos aumentou mais do que a inflação, tem servido como incentivo para que redes de franquias adotem sistemas de geração fotovoltaica em telhados, em busca de uma economia que podem superar os 30% do valor médio das tarifas de energia da empresa. Em 2020, a rede de restaurantes Água Doce investiu R$ 480 mil num projeto-piloto na sede da franqueadora, e em oito meses já tinha observado uma economia de R$ 160 mil nas contas de luz. Agora já conta com 17 unidades utilizando energia solar e outras nove em implantação. Além da economia na conta de luz, que varia de acordo com o tamanho do sistema implantado e fatores técnicos como insolação no local, outro motivo que tem levado à adoção desses sistemas é a facilidade de financiamento. Nos últimos anos a geração de energia solar em telhados têm apresentado crescimento exponencial. De acordo com a Absolar o País já tem mais de um milhão de sistemas instalados, que somam mais de 10,6 GW de potência instalada. (BroadCast Energia – 03.06.2022)

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2 Spic: Controle de usinas fotovoltaicas da Canadian Solar

O gosto dos chineses pelo setor elétrico brasileiro se confirma com mais uma aquisição da Spic Brasil, subsidiária da State Power Investment Corporation of China (Spic), agora no setor solar. A empresa comprou o controle, 70%, em dois projetos solares novos da Canadian Solar e juntas vão investir mais de R$ 2 bilhões. A aquisição passará pelo aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica. As usinas juntas somam 738 MWp de potência. O maior empreendimento, o projeto Marangatu, fica no município de Brasileira, no Piauí, e terá uma capacidade instalada de 446 MWp de potência. Já o menor se chama Panati-Sitiá e fica em Jaguaretama, no Ceará, e terá 292 MWp de capacidade instalada. Em equivalência energética, as plantas poderiam gerar eletricidade igual ao consumo anual de 900 mil casas. No Brasil, a Spic atua em geração térmica, hídrica e eólica e agora dá o pontapé inicial no segmento solar. No mundo, a estatal chinesa já tem experiência no setor. Para a Canadian, a conclusão da venda deve monetizar 2,3 GW de potência em projetos solares em escala no Brasil. (Valor Econômico – 02.06.2022)

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3 Brookfield: Lançamento de fintech voltada para projetos de geração solar

A Brookfield lançou uma fintech focada em financiar projetos de geração distribuída. Denominada Sol Agora, a energytech iniciou a operação no segmento de energia solar para pequenas e médias empresas, agricultores e pessoas físicas com um aporte inicial de R$ 10 milhões da gestora canadense e a previsão de mais R$ 1,9 bilhão em investimentos em até cinco anos. Para se capitalizar, a empresa pretende ainda fazer captação de investidores a depender de quem tenha interesse. O foco será em dívida e, segundo o presidente da empresa, Antonio Nuno Verças, já há interessados. Para dar suporte, a Sol Agora pode ter acesso aos equipamentos da distribuidora Aldo Solar, também controlada pela Brookfield. “Há uma previsão de investimento para os próximos cinco anos de R$ 1,9 bilhão por parte da própria Brookfield. Eles já assumiram este compromisso, sendo R$ 275 milhões este ano e eu tenho carta branca para ir à procura de dívida nesta fase inicial”, diz o executivo. (Valor Econômico – 01.06.2022)

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4 Acciona: Aquisição de startup de energia eólica offshore

A Acciona Energia comprou 24% da startup francesa Eolink, especializada na fabricação fundações flutuantes para geração eólica offshore. Com a aquisição, o grupo espanhol torna-se o principal acionista da empresa. Segundo comunicado da Acciona, o acordo permitirá impulsionar a tecnologia e antecipar a maturação de sua primeira unidade de 5 MW com tecnologia comercial. O aerogerador tem 150 metros e fornecerá energia suficiente para abastecer 3,5 mil casas. A primeira unidade pré-comercial deverá ser instalada em 2023, na costa de Le Croisic, da França. (Broadcast Energia – 02.06.2022)

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Gás e Termelétricas

1 MME aprova projeto prioritário de termelétrica da Suzano Papel e Celulose

O Ministério de Minas e Energia aprovou como prioritário o projeto da Central Geradora Termelétrica Suzano RRP1, localizado em Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul. O empreendimento compreende três unidades geradoras de 128.000 kW, somando 384.000 kW de capacidade instalada, e sistema de transmissão de interesse restrito. Quando classificados como prioritários, os projetos ficam aptos a emitir debêntures incentivadas para financiar as obras. (BroadCast Energia – 06.06.2022)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Allyson Thomas, Ana Eduarda Oliveira, José Vinícius S. Freitas, Leonardo Gonçalves, Luana Oliveira, Maria Luísa Michilin, Matheus Balmas, Sofia Paoli e Vinícius José

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ.

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